Introdução algoritmo

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Introdução A maioria das pessoas que querem aprender a programar começam de maneira errada. Arrumam um compilador ou ambiente de programação e já vão metendo a mão na massa. Esta é a maneira mais frustrante de aprender a programar. Logo, logo estas pessoas vão esbarrar em obstáculos que só serão transpostos com a análise cuidadosa do problema e com a construção de um algoritmo. A lógica de programação e a construção de algoritmos são conhecimentos fundamentais para programar. Construído o algoritmo, você pode, então, codificar seu programa em qualquer linguagem. "Conte-me e eu esqueço Mostre-me e eu lembro Deixe-me fazer e eu aprendo" Confúcio Isto é verdade. E baseado nisto é que você deve assimilar as regras básicas da construção de algoritmos e cair em campo para fazer os exercícios. Não olhe as respostas antes. Queime os neurônios e tente até a cabeça doer. No final confira com as respostas. Porém, lembro que muitas vezes um problema pode ser resolvido de várias maneiras. A solução mostrada aqui é apenas uma delas. Caso você já conheça alguma linguagem de programação, é interessante codificar suas soluções. O que é um algoritmo Basicamente, um algoritmo é um conjunto de passos a serem seguidos para a resolução de um problema.

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Page 1: Introdução algoritmo

Introdução

A maioria das pessoas que querem aprender a programar começam de maneira errada.

Arrumam um compilador ou ambiente de programação e já vão metendo a mão na massa.

Esta é a maneira mais frustrante de aprender a programar. Logo, logo estas pessoas vão

esbarrar em obstáculos que só serão transpostos com a análise cuidadosa do problema e

com a construção de um algoritmo. A lógica de programação e a construção de algoritmos

são conhecimentos fundamentais para programar. Construído o algoritmo, você pode, então,

codificar seu programa em qualquer linguagem.

 

"Conte-me e eu esqueço

Mostre-me e eu lembro

Deixe-me fazer e eu aprendo"

Confúcio

 

Isto é verdade. E baseado nisto é que você deve assimilar as regras básicas da construção de

algoritmos e cair em campo para fazer os exercícios. Não olhe as respostas antes. Queime os

neurônios e tente até a cabeça doer. No final confira com as respostas. Porém, lembro que

muitas vezes um problema pode ser resolvido de várias maneiras. A solução mostrada aqui é

apenas uma delas.

Caso você já conheça alguma linguagem de programação, é interessante codificar suas

soluções.

O que é um algoritmo

Basicamente, um algoritmo é um conjunto de passos a serem seguidos para a resolução de

um problema.

Digamos que você quer que o seu programa calcule a média aritmética entre quatro notas.

Para resolver este problema você poderia dar as seguintes ordens ao computador:

Page 2: Introdução algoritmo

1. Receba as quatro notas do usuário;

2. Calcule a soma destas quatro notas;

3. Divida o resultado desta soma por quatro.

Simples não ???

Porém existem algumas regras e convenções que facilitam a nossa vida e nos ajudam a

resolver problemas mais complexos.

Sentimos dificuldade em organizar nossos pensamentos e fazer o algoritmo. Para melhorar

isso devemos treinar, fazer muitos algoritmos e com o passar do tempo ficaremos com o

raciocínio bem flexível.

Após feito o algoritmo você pode codificar seu programa em qualquer linguagem,

observando, é lógico, as possibilidades e limitações da linguagem.

Existem várias formas de representar um algoritmo. Aqui utilizarei uma representação em

forma de texto. Creio que esta representação facilita na hora da codificação devido a

semelhança entre ela e a sintaxe das diversas linguagens.

Tipos de dados

Basicamente existem quatro de tipos de dados. São eles: inteiro, real, caracter e lógico.

Inteiro representa todo e qualquer número que pertença ao conjunto dos números inteiros.

Na prática são os números positivos e negativos sem partes decimais. Exemplos: 2; -4; 145; -

354.

Real representa todo e qualquer número que pertença ao conjunto dos números reais. Na

prática são os números positivos e negativos que tem parte decimal. Exemplos: 3,545; -2,6; 0,157.

Caracter é qualquer dado composto por um conjunto de caracteres alfanuméricos. Os caracteres

alfanuméricos são os números, as letras e os caracteres especiais (!,@,#,$,%, etc...). Exemplos: 3d;

valor1; nome.

Lógico é um tipo de dado que só pode assumir dois valores.

Constantes e variáveis

Page 3: Introdução algoritmo

Constante, como o nome indica, é um dado que não sofre nenhuma variação durante todo

o algoritmo.

As constantes do tipo caracter sempre devem ser colocadas entre aspas ( " ). Exemplo: "Isto

é uma constante caracter".

Convencionaremos que constantes do tipo lógico poderão assumir um dos seguintes valores:

verdadeiro (V), ou falso(F).

Variável, como o nome indica, é um dado que tem a possibilidade de variar, ou seja, ter

seu valor alterado durante a execução do algoritmo.

As variáveis do tipo caracter sempre devem ser colocadas entre aspas ( " ). Exemplo: "Isto é

uma variável caracter".

Convencionaremos que variáveis do tipo lógico poderão assumir um dos seguintes valores:

verdadeiro (V), ou falso(F).

Nomeando constantes e variáveis

Para nomear constantes e variáveis devemos obedecer as seguintes regras:

1. Os nomes devem começar por um caractere alfabético;

2. Podem ser constituídos de caracteres alfabéticos ou numéricos;

3. Não devem conter caracteres especiais;

4. Não devem ser utilizados nomes reservados da linguagem de programação que se

vai usar.

Exemplos:

1. Nomes válidos: delta, X, BC4R, K7, notas, media, ABC, PI, ICMS.

2. Nomes inválidos: 5X, E(13), A:B, X-Y, Nota/2, AWq*, P&AA

Como regra de estilo eu costumo não utilizar acentuação, usar apenas letras maiúsculas para

nomear as constantes e apenas letras minúsculas para nomear as variáveis. Mas, como gosto

não se discute, fique livre para adotar estas regras ou não.

Declaração de variáveis

As variáveis devem ser declaradas antes do seu uso no algoritmo. Declarar uma variável é

definir seu tipo e seu nome. Para a declaração de variáveis usaremos a seguinte sintaxe:

Page 4: Introdução algoritmo

TIPO DE DADO: VARIÁVEL1, VARIÁVEL2, ....., VARIÁVELn;

Exemplos:

inteiro: x;

caracter: nome, endereco, data;

real: PI, preco;

lógico: resposta, opcao;

A declaração das variáveis deve estar no início do algoritmo.

Duas variáveis não devem ter o mesmo nome.

Operadores aritméticos

Operadores aritméticos são os sinais que representam as operações básicas da matemática.

OPERADOR FUNÇÃO EXEMPLO

+ Adição 2 + 3, nr1 + nr1

- Subtração 5 - 3, b - c

* Multiplicação 12 * 4, x * y

/ Divisão 10 / 2, x / y3

% Resto da divisão9 % 4 resulta em 1

27 % 5 resulta em 2

pot (x,y)Potenciação.

Significa x elevado a ypot(3,2)

raiz(x) Raiz quadrada de x raiz(25)

Prioridade das operações:

1. Parênteses mais internos

2. pot, raiz

3. *, /, %

4. +, -

Dentro da mesma prioridade as operações são executadas da esquerda para a direita.

Para alterar a prioridade utilize parênteses.

Page 5: Introdução algoritmo

Operadores relacionais

Operadores relacionais são sinais utilizados para realizar comparações entre dois valores de

mesmo tipo.

Os valores comparados podem ser constantes, variáveis ou expressões aritméticas.

OPERADOR FUNÇÃO EXEMPLO

= igual a 5 = 5, x = y

> maior que 8 > 4, x > y

< menor que 1 < 5, x < y

>= maior ou igual a 11 >= 5, x >= y

<= menor ou igual a 2 <= 5, x <= y

!= diferente de 34 != 5,  a != b

O resultado obtido sempre será um valor lógico. Por exemplo, analisando a operação a + b

= c, o resultado será verdadeiro se o valor da expressão aritmética a + b for igual ao

conteúdo da variável c. Caso o resultado da expressão a + b seja diferente de c o resultado

será falso.

Exemplos:

a) 2 * 4 = 24 /3  resultado V, pois 2 * 4 = 8 e 24 / 3 = 8;

b) (14 resto 4) < 1  resutaldo F, pois 14 resto 4 = 2 e 2 não é menor que 1;

c) (2 +(8 resto 7)) >= 3  resultado V, pois 2 + (8 resto 7) = 2 + 1 = 3 e 3 é maior ou igual a 3.

Operadores lógicos

Os operadores lógicos são sinais usados para montar operações relacionais compostas. São

eles: não, e e ou

Exemplo: (notafinal >= 7,0) e (prestacao = V)

O resultado da operação acima será V se a variável "notafinal" for maior ou igual a 7,0 e a

variável lógica "prestacao" for igual a V.

Page 6: Introdução algoritmo

Prioridade de execução entre os operadores lógicos

1. não

2. e, ou

Prioridade de execução entre todos os operadores

1° parênteses mais internos

2°operadores aritméticos

3° operadores relacionais

4° operadores lógicos

Comando de atribuição

Este comando atribui um valor a uma constante ou variável. O valor deve ser compatível com

o tipo de dado da constante ou variável, ou seja, para uma constante ou variável inteira deve

ser atribuído um valor inteiro; para uma constante ou variável real deve ser atribuído um

valor real; o mesmo ocorrendo com o tipo caracter e o lógico.

Sintaxe: VARIÁVEL <== VALOR;

VALOR pode ser um valor propriamente dito ou uma expressão.

Exemplos:

x <== 34;

notafinal <== ((nota1+nota2+nota3)/3);

LIGADO <== V;

preco <== 25,15;

Comandos para entrada e saída de dados

Para a entrada de dados adotaremos o comando ler, cuja finalidade é receber os dados que

serão processados. Sua sintaxe é:

Page 7: Introdução algoritmo

ler (VARIÁVEL1, VARIÁVEL2, ..., VARIÁVELn);

Para a saída de dados utilizaremos o comando imprimir, cuja finalidade é exibir os dados

processados. Sua sintaxe é:

imprimir (VARIÁVEL1, VARIÁVEL2, ..., VARIÁVELn);

Você pode exibir texto juntamente com as variáveis. Para isso coloque o texto entre aspas

( " ). Exemplo:

imprimir ("Seu nome é :", nome);

Inserindo comentários

A fim de dar ao seu algoritmo um entendimento melhor por parte de outros leitores, ou até

para você mesmo, você deve sempre comentá-lo. Para inserir um comentário utilizaremos os

comando /* (barra e asterisco) e */(asterisco e barra). O que vier escrito entre estes dois

comandos deve ser interpretado como comentário e não haverá ação alguma por parte do

programa. Exemplo:

preco precobruto + IMPOSTO; 

/* o IMPOSTO acima deve seguir a alíquota do ICMS. */

imprimir ("O preço do produto é", preco);

A linha do meio do trecho de algoritmo acima não dá nenhuma ordem pois é apenas um

comentário.

Blocos de instruções

Um bloco de instruções é um conjunto de comandos com uma função definida. O algoritmo é

formado de um ou mais blocos de instruções. O bloco de instruções também define os limites

para o conhecimento de constantes e variáveis. Uma constante ou variável definida em um

bloco só será conhecida dentro deste.

Para delimitar um bloco utilizamos os comandos início e fim. Exemplo:

início

  inteiro: nota1, nota2; /* declaração das variáveis * /

Page 8: Introdução algoritmo

  imprimir ("Entre com a primeira nota :");

  ler (nota1);

  imprimir ("Entre com a segunda nota :");

  ler (nota2);

  imprimir ("A soma das duas notas é ", (nota1+nota2));

fim

Estrutura básica de um algoritmo

O algoritmo como um todo é um bloco de instruções, então deve ser delimitado pelos

comandos início e fim.

As constantes e variáveis devem ser declaradas no início.

Os comandos são executados sequencialmente de cima para baixo e da esquerda para a

direita, assim, devem ser escritos nesta sequência.

Cada comando deve terminar com ; (ponto-e-vírgula).

Abaixo segue um modelo da estrutura básica de um algoritmo:

início

  /* declaração das constantes e variáveis*/

  inteiro: var1, var2;

  real: var3;

  caracter: nome;

  /* comandos */

  comando 1;

  comando 2;

  comando 3;

  ..........

  ..........

  ..........

  comando n;

fim

Observe que os comandos delimitados por início e fim estão avançados de dois espaços.

Isto será muito utilizado pois facilita o entendimento do algoritmo.

Page 9: Introdução algoritmo

Primeiros algoritmos

Abaixo seguem três algoritmos. Como você está iniciando (é o que suponho) analise-os com

cuidado para entender a coisa.

Média aritmética entre quatro notas

início

  /* Declaração das variáveis */

  real: nota1, nota2, nota3, nota4, soma, media;

  

  /* Comandos * /

  /* Entrada de dados */

  imprimir ("Entre com a primeira nota :");

  ler (nota1);

  imprimir ("Entre com a segunda nota :");

  ler (nota2);

  imprimir ("Entre com a terceira nota :");

  ler (nota3);

  imprimir ("Entre com a quarta nota :");

  ler (nota4);

  /* Processamento */

  soma <== (nota1 + nota2 + nota3 + nota4 );

  media <== soma / 4 ;

/* Saída de dados */

imprimir ("A média aritmética é ", media);

fim

Observe o uso dos comentários para tornar o algoritmo mais legível.

Cálculo da área de um quadrado

início

  real: lado, area;

  imprimir ("Entre com a medida do lado do quadrado :");

  ler (lado);

  area <== lado * lado;

  imprimir ("A área do quadrado é ", area);

fim

Page 10: Introdução algoritmo

Cálculo de juros

início

  real: preco, taxa, juros, total;

  imprimir ("Entre com o preço :");

  ler (preco);

  imprimir ("Qual a taxa de juros (%)?");

  ler (taxa);

  juros <== preco * (taxa / 100);

  total <== preco + juros;

  imprimir ("O total a pagar é ", total);

fim

Desvio condicional

A estrutura de desvio condicional deve ser utilizada quando nos deparamos com a seguinte

situação:

1. Queremos que uma condição seja analisada;

2. Caso esta condição seja verdadeira, um comando será executado;

3. Caso esta condição seja falsa, outro comando será executado.

Sua sintaxe é:

se CONDIÇÃO

  COMANDO1;

senão

  COMANDO2;

fimse;

Se CONDIÇÃO for verdadeira, COMANDO1 será executado. Se CONDIÇÃO for falsa,

COMANDO2 será executado.

Tanto COMANDO1 como COMANDO2 podem constituir um bloco de instruções. Quando isso

acontecer você deve delimitar o bloco com os comandos "início" e "fim".

 

Você pode aninhar mais de uma estrutura "se" e analisar mais de uma condição:

Page 11: Introdução algoritmo

se CONDIÇÃO1

  COMANDO1;

senão se CONDIÇÃO2

  COMANDO2;

senão

  COMANDO3;

fimse;

Cuidado quando usar isto para não deixar o algoritmo ruim de compreender. Às vezes,

escolhendo outro tipo de estrutura conseguimos o mesmo efeito com um algoritmo mais

legível.

 

Exemplo demonstrativo: algoritmo que recebe a idade do usuário e verifica se o mesmo tem

mais de 21 anos:

início

  inteiro: idade;

  imprimir ("Entre com sua idade :");

  ler (idade);

  se (idade >=21)

    imprimir ("Você é de maior !!!");

  senão

    imprimir ("Você é de menor !!!");

  fimse;

fim

Múltipla escolha

Esta estrutura analisa o valor de uma variável e, de acordo com este valor, executa

determinado comando. Sua sintaxe é:

escolha VARIÁVEL

  caso VALOR1: COMANDO1;

  caso VALOR2: COMANDO2;

  caso VALOR3: COMANDO3;

Page 12: Introdução algoritmo

  ..............................................

  caso contrário: COMANDO4;

fimescolha;

Na sintaxe acima, caso o valor de VARIÁVEL seja igual a VALOR1, COMANDO1 será

executado. Caso seja igual a VALOR2, COMANDO2 será executado, e assim por diante. Se

VARIÁVEL não coincidir com nenhum valor, o COMANDO4 será executado.

Como na estrutura de desvio condicional, os COMANDOS podem constituir blocos com mais

de um comando. Quando isso acontecer, não esqueça de delimitar o bloco.

Exemplo demonstrativo: Este algoritmo exibe um menu de formas de pagamento, analisa

qual foi a forma escolhida e exibe uma mensagem relativa ao desconto.

início

  inteiro: opcao;

  imprimir ("Forma de pagamento");

  imprimir ("-------------------------------------");

  imprimir ("1. A vista em dinheiro.");

  imprimir ("2. Cheque para trinta dias.");

  imprimir ("3. Em duas vezes.");

  imprimir ("4. Em três vezes.");

  imprimir ("5. Em quatro vezes.");

  imprimir ("6. A partir de cinco vezes.");

  imprimir ("--------------------------------------");

  imprimir ("Entre com sua opção :");

  ler (opcao);

  escolha opcao:

    caso 1: imprimir ("Desconto de 20%.");

    caso 2: imprimir ("Preço de a vista.");

    caso 3: imprimir ("Preço de a vista.");

    caso 4: imprimir ("Preço de a vista.");

    caso 5: imprimir ("Juros de 5%.");

    caso 6:

      início

        imprimir ("Juros de 3% ao mês");

        imprimir ("Sujeito a mudança de acordo a financeira.";

      fim;

   caso contrário: imprimir ("Opção inválida !!!");

Page 13: Introdução algoritmo

  fimescolha;

fim

Repetição com teste inicial

Esta estrutura permite repetir um trecho de algoritmo diversas vezes. O fluxo de execução é

controlado por um teste feito antes da execução:

enquanto CONDIÇÃO faça

   COMANDO1;

   COMANDO2;

   ...........................

   ...........................

   ...........................

   COMANDOn;

fimenquanto;

Quando CONDIÇÃO for falso os COMANDOS serão abandonados e o algoritmo passará para o

próximo comando após o "fimenquanto". Se já da primeira vez o resultado é falso, os

COMANDOS não são executados nenhuma vez, o que representa a característica principal

desse modelo de repetição.

Exemplo demonstrativo: algoritmo que calcula a média aritmética de uma quantidade

indeterminada de números.

início

  inteiro: contador; /*contará quantos números são passados para o programa*/

  real: acumulador; /*acumulará a soma dos números passados*/

  real: media; /*armazenará o resultado da média aritmética*/

  real: numero;/*armazenará os números e controlará o encerramento do programa*/

  /*Inicialização das variáveis. É uma boa regra de estilo sempre inicializar (atribuir algum

valor) as variáveis

    antes de usá-las. Algumas linguagens exigem isso.*/

  contador <== 1;

  acumulador <== 0;

  media <== 0;

  numero <== 0;

Page 14: Introdução algoritmo

  enquanto (numero >= 0) faça 

    imprimir ("Entre com um número (-1 para encerrar) :");

    ler (numero);

    se (numero >=0) /*só computa o número se este for maior ou igual a zero*/

      acumulador <== acumulador + numero;

      contador <== contador + 1;

    fimse;

  fimenquanto;

  media <== acumulador / contador;

  imprimir ("A média aritmética é", media);

fim

Repetição com teste final

Esta estrutura também permite repetir um trecho de algoritmo diversas vezes, porém o fluxo

é controlado por um teste feito no final da execução.

faça

   COMANDO1;

   COMANDO2;

   ...........................

   ...........................

   ...........................

   COMANDOn;

enquanto CONDIÇÃO;

Observe que os COMANDOS são executados pelo menos uma vez, independente da

CONDIÇÃO. Isto acontece porque a condição é avaliada após a execução dos comandos, o

que representa a característica principal desta estrutura.

Exemplo demonstrativo: algoritmo que calcula a média aritmética de uma quantidade

indeterminada de números.

início

  inteiro: contador; /*contará quantos números são passados para o programa*/

  real: acumulador; /*acumulará a soma dos números passados*/

Page 15: Introdução algoritmo

  real: media; /*armazenará o resultado da média aritmética*/

  real: numero;/*armazenará os números e controlará o encerramento do programa*/

  /*Inicialização das variáveis. É uma boa regra de estilo sempre inicializar   (atribuir algum

valor) as variáveis

     antes de usá-las. Algumas linguagens exigem isso.*/

  contador <== 1;

  acumulador <== 0;

  media <== 0;

  numero <== 0;

  faça

    imprimir ("Entre com um número (-1 para encerrar) :");

    ler (numero);

    se (numero >=0) /*só computa o número se este for maior ou igual a zero*/

      acumulador <== acumulador + numero;

      contador <== contador + 1;

    fimse;

   enquanto (numero >= 0);

   media <== acumulador / contador;

   imprimir ("A média aritmética é", media);

fim

Repetição controlada

Esta estrutura permite repetir um trecho de algoritmo um número específico de vezes. Sua

sintaxe é:

para contador de inicio até fim incremento nr faça

   COMANDO1;

   COMANDO2;

   ...........................

   ...........................

   ...........................

   COMANDOn;

fimpara;

Page 16: Introdução algoritmo

onde:

"contador" é a variável de controle;

"inicio" é o valor inicial de "contador";

"fim" é o valor final de "contador";

"nr" é o valor segundo o qual "contador" será incrementado a cada execução.

Exemplo demonstrativo: algoritmo que imprime os números até 500

início

  inteiro: contador

  para contador de 1 até 500 incremento 1 faça

    imprimir (contador, " - ");

  fimpara;

fim

Exercícios

1. Construa um algoritmo que receba a idade do usuário e verifique se ele tem mais de

21 anos.

2. Construa um algoritmo que receba três números inteiros e verifique qual o maior.

3. Construa um algoritmo que calcule o peso ideal de uma pessoa. Dados de entrada:

altura e sexo. Fórmulas para cálculo do peso:

peso ideal de homem = (72,7 x altura) - 58

peso ideal da mulher = (62,1 x altura) - 44,7

4. Construa um algoritmo que receba o código de um produto e o classifique de acordo

com a tabela abaixo:

CÓDIGO  CLASSIFICAÇÃO

1            Alimento não-perecível

2 a 4      Alimento perecível

5 e 6      Vestuário

7            Higiene pessoal

8 a 15     Limpeza e utensílios domésticos

Qualquer outro código Inválido

Page 17: Introdução algoritmo

5. Construa um algoritmo que leia uma quantidade indeterminada de números inteiros

positivos e identifique qual foi o maior número digitado. O final da série de números

digitada deve ser indicada pela entrada de -1.

6. Construa um algoritmo que leia três valores inteiros e os imprima em ordem

cresecente.

7. Construa um algoritmo que receba um número inteiro e verifique se o mesmo é

primo.

8. Dada a fórmula: H = 1 + !/2 + 1/3 + 1/4 + ..... + 1/N . Construa um algoritmo que

calcule o número H, dado o número inteiro N.

9. Construa um algoritmo que calcule o fatorial de um número N inteiro e positivo (N!).

Saiba que:

N! = 1 x 2 x 3 .... x (N -1) x N

0! = 1

10. A série de Fibonacci é formada pela seguinte sequência: 1,1,2,3,5,8,13,21,34,55....

Construa um algoritmo que gere a série de Fibonacci até o vigésimo termo.

11. Construa um algoritmo que leia cinco números inteiros e identifique o maior e o

menor.

12. Construa um algoritmo que imprima a tabela de equivalência de graus Fahrenheit

para centígrados. Os limites são de 50 a 70 graus Fahrenheit com intervalo de 1

grau.

Fórmula: C = 5/9 (F -32)

13. Uma rainha requisitou os serviços de um monge, o qual exigiu o pagamento em

grãos de trigo da seguinte maneira: os grãos de trigo seriam dispostos em um

tabuleiro de xadrez, de tal forma que a primeira casa do tabuleiro tivesse um grão, e

as casas seguintes o dobro da anterior. Construa um algoritmo que calcule quantos

grãos de trigo a Rainha deverá pagar ao monge.

14. Construa um algoritmo que apure uma eleição com três candidatos. O algoritmo deve

realizar as seguintes tarefas:

- Calcular o total de votos para cada candidato;

- Calcular a quantidade de votos nulos;

- Calcular a quantidade de votos em branco;

- Calcular o percentual de votos em branco e nulos em relação ao total.

- A votação deve obedecer as seguintes convenções:

Page 18: Introdução algoritmo

1,2,3 => votos dos candidatos

4 => votos em branco

5 => votos nulos

0 => encerramento da apuração 

15. José tem 1,50 m e cresce 2 centímetros por ano. Pedro tem 1,10 m e cresce 3

centímetros por ano. Construa um algoritmo que calcule em quantos anos Pedro será

maior que José.

Solução aos exercícios

1. início

  inteiro: idade;

  imprimir("Qual a sua idade ?");

  ler(idade);

  se(idade>=21)

    imprimir("Você é de maior !!!.");

  senão

    imprimir("Você é de menor !!!.");

  fimse;

fim

2. início

  inteiro nr1, nr2, n3;

  imprimir("Entre com o primeiro número :");

  ler(nr1);

  imprimir("Entre com o segundo número :");

  ler(nr2);

  imprimir("Entre com o terceiro número :");

  ler(nr3);

  se(nr1 > nr2)

    se(nr2 > nr3)

      imprimir("O ", nr1, " é o maior.");

    senão se(nr1 > nr3)

      imprimir("O", nr1, "é o maior.");

    senão

      imprimir("O", nr3, "é o maior.");

    fimse;

  senão se(nr2 > nr3)

Page 19: Introdução algoritmo

    imprimir("O", nr2, "é o maior.");

  senão

    imprimir("O", nr3, "é o maior.");

  fimse;

fim

3. início

  inteiro: sexo;

  real: peso, altura;

  imprimir("Sexo (1. Homem 2. Mulher) :");

  ler(sexo);

  se((sexo<1) ou (sexo>2)) /* analisa se escolha de sexo é válida */

    imprimir("Opção de sexo inválida !!!");

  senão

    início

      imprimir("Qual sua altura ?");

      ler(altura);

      se (sexo = 1) /* usuário é homem */

        peso <== (72,7 * altura) -58;

      senão /* usuário é mulher */

        peso <== (62,1 * altura) - 44,7;

      fimse;

      imprimir("Seu peso ideal é ", peso);

     fim;

  fimse;

fim

4. início

  inteiro: cod;

  imprimir("Código do Produto :");

  ler(cod);

  escolha cod

    caso 1: escreva ("Alimento não perecível.");

    caso 2,3,4: escreva ("Alimento perecível.");

    caso 5,6: escreva ("Vestuário");

    caso 7: escreva ("Higiene pessoal");

    caso 8,9,10,11,12,13,14,15; escreva ("Limpeza e utensílios domésticos.");

    caso contrário: escreva ("Opção inválida.");

Page 20: Introdução algoritmo

  fimescolha;

fim

5. início

  inteiro: nr, maior;

  maior <== 0;

  faça

    imprimir("Entre com um número inteiro positivo (-1 para terminar) :");

    ler(nr);

    se(nr > maior )

      maior <== nr;

    fimse;

  enquanto(nr >= 0);

  imprimir("O maior é ", maior);

fim

6. início

  int nr1,nr2,nr3;

  imprimir("Entre com o primeiro número :");

  ler(nr1);

  imprimir("Entre com o segundo número :");

  ler(nr2);

  imprimir("Entre com o terceiro número :");

  ler(nr3);

  se(nr1 > n2)

    se(nr1 > nr3)

      se(nr2 > nr3)

        imprimir("Números em ordem crescente :",nr3,nr2,nr1);

      senão

        imprimir("Números em ordem crescente :",nr2,nr3,n1);

      fimse;

    senão

      imprimir("Números em ordem crescente :",nr2,nr1,nr3;

    fimse;

  senão se(nr1 > nr3)

    imprimir("Números em ordem crescente :",nr3,nr1,n2);

  senão se(nr2 > nr3)

    imprimir("Números em ordem crescente :",nr1,nr3,n2);

Page 21: Introdução algoritmo

  senão

    imprimir("Números em ordem crescente :",nr1,nr2,n3);

  fimse;

fim

7. início

  int numero,contador,resto,indicador;

  indicador <== 0; /* variável que indicará se o número é primo ou não */

  /* caso ela seja igual a 0 (zero) o número será primo */ 

  imprimir("Entre com o número :");

  ler(numero);

  para contador de 2 até (numero-1) incremento 1 faça

    início

       resto = numero % contador;

       se(resto == 0)

          indicador <== 1;

       fimse;

  fimpara;

  se(numero == 2)

     imprimir("O número 2 não é primo."); 

    /* Analisa se "numero" é 2 pois, caso isto aconteça, o laço "para" */

    /* não é executado e "indicador" terá valor 0(zero), indicando, */

    / * assim, que 2 é primo. O que não é verdade. */ 

  senão se(indicador == 0) /* Analise da variável "indicador" */

     imprimir("O número ", numero, " é primo.");

  senão

     imprimir("O número ", numero, " não é primo.");

  fimse;

fim

8. início

   real: h,n,contador;

   h <== 0;

   imprimir("H = 1 + ½ + 1/3 + ¼ + ... + 1/N");

   imprimir("Entre com o valor de N :");

   ler(n);

   para contador de 1 até n incremento 1 faça

      h = h + 1/contador;

Page 22: Introdução algoritmo

   fimpara;

   imprimir("H = ", h);

fim

9. início

   inteiro: nr,contador,fatorial;

   fatorial <== 1;

   imprimir("Entre com o número :");

   ler(nr);

   para contador de 1 até nr incremento 1 faça

      fatorial <== fatorial * contador;

   fimpara;

   se (nr == 0)

      imprimir("Fatorial de ", nr, " = ", 1);

   senão

      imprimir("Fatorial de ", nr, " = ", fatorial);

   fimse;

fim

10. início

   inteiro: termo, termo_anterior1,termo_anterior2, contador;

   imprimir("1, ");

   termo_anterior1 <== 1; 

   termo_anterior2 <== 0;

   para contador de 2 até 20 incremento 1 faça

         termo <== termo_anterior1 + termo_anterior2;

         imprimir("termo, ");

         termo_anterior2 <== termo_anterior1;

         termo_anterior1 <== termo;

   fimpara;

fim

11 inicio

   inteiro: nr, maior,menor,contador;

   imprimir("Entre com o 1o número :");

   ler(nr);

   maior <== nr;

Page 23: Introdução algoritmo

   menor <== nr;

   para contador de 2 até 5 incremento 1 faça

         imprimir("Entre com o ", contador, "o número :");

         ler(nr);

         se(nr > maior)

            maior <== nr;

         fimse;

        se(nr < menor)

           menor <== nr;

        fimse;

   fimpara;

   imprimir("O maior é ", maior.");

   imprimir("O menor é ", menor.");

fim

12 início

   real: cent, far;

   para far de 50 até 70 incremento 1 faça

         cent = 5/9(far - 32);

         imprimir(far, " - ", cent);

   fimpara;

fim

13 A sequência dos grão no tabuleiro será: 1, 2, 4, 8, 16, 32, ......

início

   int casa,casa_ant,contador,total;

   casa <== 1;

   casa_ant <== 1;

   total <== 1;

   para contador de 2 até 64 incremento 1 faça

         casa <== casa_ant * 2;

         total <== total + casa;

         casa_ant <== casa;

         casa <== total;

   fimpara;

   printf("A rainha pagará ", total, " grãos de trigo ao monge.");

fim

Page 24: Introdução algoritmo

14. início

   inteiro: a,b,c,branco,nulo,total,voto;

   real: percent_branco,percent_nulo;

   a <== 0; /* votos do candidato 1 */

   b <== 0; /* votos do candidato 2 */

   c <== 0; /* votos do candidato 3 */

   branco <== 0;

   nulo <== 0;

   total <== 0;

   imprimir("Entre com seu voto :");

   ler(voto):

   enquanto (voto <> 0) faça

      total <== total + 1;

      escolha voto

         caso 1: a <== a + 1;

         caso 2: b <== b + 1;

         caso 3: c <== c + 1;

         caso 4: branco <== branco + 1;

         caso 5: nulo <== nulo + 1;

      fimescolha;

      imprimir("Entre com seu voto :");

      ler(voto);

   fimenquanto;

   percent_branco <== (branco * 100)/total;

   percent_nulo <== (nulo * 100)/total;

   imprimir("Total de votos => ",total);

   imprimir("Candidato 1 => ",a, " votos.");

   imprimir("Candidato 2 => ",b, " votos.");

   imprimir("Candidato 3 => ",c, " votos.");

   imprimir("Votos em branco => ", branco, " votos ( ", percent_branco, " % ).");

   imprimir("Votos nulos => ", nulo, " votos ( ", percent_nulo, " % ).");

fim

15. início

   inteiro: jose,pedro,anos;

   jose <== 150;

   pedro <== 110;

Page 25: Introdução algoritmo

   para anos de 1 até (pedro > jose) incremento 1 faça

      jose <== jose + 2;

      pedro <== pedro + 3;

   fimpara;

   imprimir("Levarão ", anos, "anos para Pedro ser maior que José.");

fim