INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO EDGAR MORIN A complexidade não é chave do mundo, mas o desafio...
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INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO
EDGAR MORIN
A complexidade não é chave do mundo, mas o desafio a enfrentar, o pensamento complexo não é o que evita ou suprime o desafio, mas o que
ajuda a revelá-lo e, por vezes, mesmo a ultrapassá-lo.Edgar morin
Edgar Morin: vida e obra
• Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum, nasceu em 8 de julho de 1921, em Paris;• Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia; • Filho único de uma família judia e ateu declarado, em 1941 adere ao Pardido Comunista, do qual é excluído em 1951 por suas posições antistalinistas; • Participa da Resistência Francesa (entre 1942 e 1944) durante a Segunda Guerra Mundial, adotando desde então o codinome Morin; • Durante a Libertação, é transferido para a Alemanha ocupada (1945 e 1946), época em que escreve seu primeiro livro: L'An zéro de l’Allemagne ("O Ano Zero na Alemanha");
Edgar Morin: vida e obra
• É pesquisador emérito do Centro Nacional de Pesquisa Científica – CNRS, fundador do Centro de Estudos Transdisciplinares da Escola de Autos Estudos Sociais, presidente da Agência Européia para Cultura junto à UNESCO de Paris, e presidente da Associação para o Pensamento Complexo;
• É também professor Honoris causa pelas Universidades de: Natal - Rio Grande do Norte e João Pessoa - Paraíba (1999); Católica de Porto Alegre - Rio Grande do Sul (2001); Milano - Itália e Tecnológica de La Paz – Bolívia (2001); Consenza - Itália (2002) e pela Universidade Candido Mendes - Rio de Janeiro (2003).
• Preside a Universidade Mundo Real Edgar Morin (fundada em 2004), que se localiza em Hermosillo, no estado de Sonora, no México.
Edgar Morin: vida e obra
Principais obras:Morin é autor de mais de 30 livros, entre eles:
Francês Português
L´Homme et la mort, Le Seuil, Paris., 1951. O Homem e a Morte, Imago, Brasil, 1997.
Le Cinéma ou l´Homme Imaginaire, Minuit, Paris, 1956
O Cinema ou o Homem Imaginário. Lisboa: Relógio d'Água Editores, 1997.
Les Stars, Le Seuil, Paris, 1957. As Estrelas: Mito e Sedução no Cinema. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
L'esprit du temps, Grasset, Paris, 1962. Cultura de Massa no século XX - O espírito do tempo vol.I Neurose, Forense Universitária, Brasil, 1977 vol.II Necrose, Forense Universitária, Brasil, 1977
Le Paradigme perdu: la nature humaine, Le Seuil, Paris, 1973
Enigma do Homem - Para uma nova Antropologia, Zahar, Brasil, 1979
Edgar Morin: vida e obra
La Méthode (6 volumes)
La Nature de la nature (t. 1), Paris: Le Seuil, Nouvelle édition, coll. Points, 1981
O Método I - A Natureza da Natureza. Porto Alegre, Sulina, 2003.
La Vie de la vie (t. 2), Le Seuil, Nouvelle édition, coll. Points, 1985.
O Método 2 - A Vida da Vida. Europa América, 1999. Sulina, 2001.
La Connaissance de la connaissance (t. 3), Le Seuil, Nouvelle édition, coll. Points, 1986.
O Método 3 - O Conhecimento do Conhecimento, Europa América, 1996. Sulina, 2002.
Les Idées. Leur habitat, leur vie, leurs moeurs, leur organisation (t. 4), Le Seuil, Nouvelle édition, coll. Points, 1996.
O Método 4 - As idéias: habitat, vida, costumes, organização. Sulina, 2002. Europa América, 2002.
L’Humanité de l’humanité (t. 5), 1. L’identité humaine, Paris, Le Seuil, 2001.
O Método 5 - a humanidade da humanidade: a identidade humana. Sulina, 2003.
L'Éthique complexe (t. 6), Le Seuil, 2004. O Método 6 - A Ética. Europa América, 2005. Sulina, 2005.
Edgar Morin: vida e obra
Science avec Conscience, Fayard, Paris, 1982 Ciência com Consciência, Europa América, Portugal, 1984
Introduction à la pensée complexe, ESF, Paris, 1990. Introdução ao pensamento complexo, Instituto Piaget, Portugal, 1995.
Mes Démons, Stock, Paris, 1994. Meus Demônio, Edição brasileira, Bertrand-Brasil, 1997.
1997, Amour, Poésie, Sagesse, Seuil, Paris, 1997. Amor, poesia, sabedoria. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998
La Tête bien faite, Le Seuil, 1999. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
Les Sept savoirs nécessaires à l'éducation du futur, Le Seuil, 2000 ( a pedido do governo francês, para UNESCO)
Os sete saberes necessários à educação do futuro. Cortez, 2000.
Obras conjuntas: 1993, A decadência do futuro e a construção do presente. Edgar Morin,
Jean Baudrillard e Michel Maffesoli. Florianópolis, Editora da UFSC. 1999, L'Intelligence de la complexité, Éd. l’Harmattan. Em português: A
Inteligência da Complexidade, com Jean-Louis Le Moigne. 2003, Éduquer pour l'ère planétaire, la pensée complexe comme
méthode d’apprentissage dans l'erreur et l’incertitude humaine (com Raul Motta, Émilio-Roger Ciurana), Balland. Em português: Educar para a era planetária. Cortez, 2003.
2008, A educação e a Complexidade do Ser e do Saber. São Paulo, Vozes (Izabel Petraglia, Edgar Morin).
Edgar Morin: vida e obra
Filme: 1962, Chronique d´un ête (roteiro do filme, em colaboração com
Jean Rouch), Interspectacle, Paris. Crônica de um verão (documentário).
Cenas do filme e relação das demais obras disponíveis em: www.edgarmorin.org.br
Edgar Morin: vida e obra
Considerado um dos principais pensadores da complexidade, Morin defende em suas obras a reforma do pensamento como necessidade chave da sociedade, pois o sistema de educação não produz apenas conhecimento e elucidação; produz também ignorância e cegueira;
A educação dominante troca o todo pela parte, separa os objetos do conhecimento de seu contexto, fragmentando o mundo, fracionando os problemas e impedindo uma compreensão melhor da realidade;
É a reforma do pensamento, dentro da ideia de um pensamento não fragmentado, que permitiria o pleno emprego da inteligência, de forma que se possa realmente entender e enfrentar os problemas contemporâneos.
Pela reforma do pensamento
“O conhecimento da sociedade não pode ser somente baseado no cálculo. Os problemas sociais não podem ser reduzidos a cálculos. Não podemos dizer que só o desenvolvimento da economia resolve todos os demais problemas humanos”. (Edgar Morin)
Programa Roda Viva exibido em 18/12/2000
Pela reforma do pensamento
Introdução ao pensamento complexo: reagrupamento de textos diversos sobre a problemática da complexidade;
O pensamento complexo é o denominador comum das obras de Morin, mas o conceito de complexidade formou-se no final dos anos 60, passando da periferia ao centro do seu discurso. Inicia-se então com “O método”, que segundo o autor é de fato o método da complexidade.
“A Complexidade é um tecido de constituintes heterogêneas, inseparavalmente associadas: ela coloca o paradoxo do uno e do múltiplo (..) é efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações, determinações, acasos que constituem nosso mundo fenomênico.” (Edgar Morin)
O pensamento complexo
Erros, ignorância, cegueiras
O que gera a inteligência cega (modo mutilador de organização do conhecimento):
1) Modo de organização do nosso saber (teorias); 2) Ignorância no desenvolvimento da própria ciência; 3) Cegueira ligada ao uso degradado da razão; 4) As ameaças da humanidade estão ligadas ao progresso cego do
conhecimento (degradamento ecológico, armas nucleares, etc)
O pensamento complexo
O paradigma simplificador
Formulado por Descartes ao separar sujeito pensante da coisa entendida, promoveu também uma separação entre filosofia e ciência. Isolou a física/biologia/ciência do homem.
dicotomia cartesiana: tende a colocar ordem (lei, princípios) e dominar o real. Vê o uno OU o múltiplo, trabalha com verdades antagônicas, separa as disciplinas, é unidimensional e opera de acordo com os princípios de disjunção/redução.
O pensamento complexo
Um novo paradigma
A reforma do pensamento necessária à ciência pede então a criação de um novo paradigma, o paradigma complexo: aquele que lida, promove um diálogo com o real. Vê o uno E o múltiplo, trabalha com verdades antagônicas, mas complementares, é transdisciplinar, multidimensional e opera de acordo com os príncípios de conjunção/distinção.
O pensamento complexo
O pensamento complexo
Paradigma simplificador Paradigma complexo
Põe ordem, lei, domina o real (racionalização) Lida, dialoga com o real (racionalidade)
Ou/ou e/e
Verdades antagônicas Verdades antagônicas e complementares
Unidimensional/Unidisciplinar Multidimensional/Multidisciplinar
Disjunção/redução Conjunção/distinção
Determinista Considera o acaso e a incerteza
Supera (ou tenta) a contradição Aceita a contradição
Teoria Sistêmica (Jean-Louis Le Moigne)
Sistema como uma entidade complexa; Sistema fechado: troca de energia com o exterior é nula, equilíbrio, por
exemplo, pedra, mesa; Sistema aberto: desequilíbrio no fluxo energético, renovação/desordem
que gera ordem e equilíbrio, por exemplo, vela, célula, organismo; Paradoxo: a abertura que permite o fechamento.
Contribuições Transdisciplinares
Teoria da informação (Hartley, Shannon e Weawer) Aspecto comunicacional: transmissão de mensagens; Aspecto estatístico: unidade elementar portadora de informação/codigo
binário; De qualquer forma, a informação é inseparável da organização e da
complexidade biológica/física: Biologia: Transmissão genética (reprodução) como cópia de uma
mensagem (emissão-recepção), onde os elementos químicos assimilam-se aos fonemas, que formam unidades complexas (palavras) e onde a mutação é comparada ao “ruido”.
Física: segundo princípio da termodinâmica (entropia/crescimento da desordem sobre a ordem) como ruído. A entropia cresce de maneira inversa à informação (sistema organizado).
Contribuições Transdisciplinares
Máquina viva Máquina artefatoAuto-oragnizada Organizada Autonomia Princípio de organização externoGrande confiabilidade do conjunto,pouca dos constituintes
Maior confiabilidade dosconstituintes do que do conjunto
Organização e Auto-organização
• Na máquina viva há um elo entre desorganização e organização. A ordem auto-organizada só pode se complexificar a partir da desordem, a partir do ruído.• A autonomia então se alimenta de dependências (relações com o meio externo/meio ambiente): princípio auto-eco-organizador.
“Viver da morte, morrer da vida”. Heráclito
Visão positivista: sujeito como “ruído”/ método experimental Visão metafísica: sujeito reina sobre o mundo dos objetos/excluído desse
mundo Sujeito e objeto são inseparáveis: “Só existe objeto em relação a um
sujeito, e só há sujeito em relação a um meio ambiente objetivo”, mas nosso modo de pensar exclui um ou outro;
Isso se reflete na ciência e na necessidade de uma Ciência nova: que integre o acaso (inventividade e criatividade)/perspectiva transdisciplinar;
Nessa época, a complexidade ausente na ciência aparecia na vida cotidiana, e era retratada nos romances de Balzac, Dickens, Rousseau, Dostoiévski (personagens que conviem com contradições e identidades múltiplas).
A complexidade nas relações sujeito/objeto
Ordem e desordem cooperam para organizar o universo “Sistemas não podem evoluir (gerar novos padrões) em estados de equilíbrio
ou próximos do equilíbrio.” Ilya Prigogine
Teoria do caos (James Yorke/Edwar Lorenz)
Início nos estudos meteorológicos Metáfora “Efeito Borboleta” – pequenas causas podem provocar grandes efeitos, independentes do espaço e do tempo. A Teoria do Caos permite que as pessoas passem a ver ordem e padrão ondeantes, por conta de uma visão reducionista de mundo, só se observava aaleatoriedade, a irregularidade e a imprevisibilidade. Podemos dizer quecom a visão complexa de mundo a realidade tem uma irregularidade regular,uma imprevisibilidade previsível, uma desordem ordenada.
Ordem/Desordem/Organização
Na complexidade e na completude as aspirações são as mesmas (conhecimento), mas na complexidade não é possivel escapar das incertezas. Um saber total, completo, é impossível.
A complexidade está na aceitação das contradições, e não na tentaviva de superá-las.
Theodor Adorno (1903-1969) : “A totalidade é a não verdade.”
Complexidade/Completude
Define-se o centro, mas as fronteiras são fluidas.
Princípio dialógico: associa termos complementares e antagônicos; Recursão organizacional: causa efeito. O efeito retorna sobre a causa
(indivíduo/sociedade); Hologramático: o todo está na parte que está no todo.
Macroconceitos para pensar a complexidade do real
Holograma (forma de apresentar uma imagem em 3 dimensões):
Cada parte possui a informação do todo, vista na íntegra, a partir de um ângulo estreito. Ex: se cobrirmos uma janela, deixando um pequeno buraco na cobertura, permitiremos a um espectador continuar enxergando a paisagem do outro lado, de um ângulo restrito, mas ele ainda verá toda a paisagem pelo buraco.
Se um holograma é cortado , cada parte ainda conterá a mesma imagem total.
Macroconceitos para pensar a complexidade do real
1º complexidade: Realidade policultural A cultura de massa é policultural: ela se acrescenta à cultura nacional, à
cultura humanista, à cultura religiosa, ao mesmo tempo em que entra em concorrência com elas. Não é absolutamente autônoma.
2ª complexidade: arte/indústria cultural A indústria cultural favorece a abertura original e inventiva: “As
resistências, as aspirações e a criatividade podem funcionar no interior do sistema”:
Corrente principal: cultura “média”, onde a qualidade nasce da própria quantidade. A qualidade dos produtos culturais sobe, mas estes seguem os traçados do sistema.
Contracorrente: apresenta o negativo (contrário) da corrente dominante. É secundária, mas sempre presente.
A complexidade na cultura de massa
Relações com Apocalípticos e Integrados (Umberto Eco):
O pensamento dualista é fragmentado e pouco esclarecedor, não consideraas diferentes visões (antagônicas) como parte do mesmo processo(complementares):
Os integrados erram ao dizer que a reprodução (multiplicação/quantidade) é somente boa e os apocalípticos erram ao dizer que a cultura de massa é somente má.
Necessidade de uma visão integrada, ou seja, complexa.
A complexidade na cultura de massa
3ª complexidade: real/imaginário – projeção/identificação
O real está no imaginário que está no real (o indivíduo projeta nos filmes, novelas, romances os seus desejos, aspirações, receios e necessidades não satisfeitos pela vida prática e assim os “substancializa”).
Ainda, os produtos culturais permitem uma projeção/identificação que influenciam nas relações sociais, refletindo visões de mundo, contribuindo para mudanças ou reforço de comportamento.
Nesse ponto, sobretudo o cinema, tem papel importante. Neste, os fenômenos psicológicos de projeção/identificação são intensificados pela “impressão de realidade”, “passividade” e proximidade com os estados “mágicos”:
A complexidade na cultura de massa
A complexidade na cultura de massa
CINEMA(semi-consciência)
Estados Subjetivos(vaporoso,
pensamentos, consciência )
Estados “Mágicos”(substancializado,
alucinatório, insconsciência)
Projeção/identificação com as personagens/celebridades/”olimpianos”, gerando imitações de comportamentos.
Exemplo dos efeitos dessaprojeção/identificação no cinema:
O efeito Kuleshov (falsos reconhecimentos) • A sucessão de imagens leva a umaassociação de ideias, fundindo-as emuma imagem complexa que não estava emnenhuma delas;• Mesma imagem, assimilação de
expressões diferentes (fome, tristeza e ternura).
A complexidade na cultura de massa
Ação: decisão/desafio (risco/incerteza) – “ecologia da ação”; Empresa: o mercado é uma mistura de ordem (repetição, o
provável)/desordem (acaso, criação, inovação); Estratégia(conta com o acaso) /programa (previsível, fechado).
“Um empreendimento que não inova, quer se trate de uma empresa ou de qualquer outra instituição, não sobrevive por muito tempo.”
Peter Drucker
A complexidade, a ação e a empresa
“Eu não posso tirar, nem pretendo tirar do meu bolso um paradigma da complexidade. Um paradigma [...] é no fundo, o produto de todo um desenvolvimento cultural, histórico e civilizacional. O paradigma da complexidade surgirá do conjunto de novas concepções, de novas visões, de novas descobertas e de novas reflexões que vão conciliar-se e juntar-se.”
O “João Bastista” do pensamento complexo
Hoje, qual a situação da ciência diante dessa “reforma do pensamento” proposta por Morin? É possível identificar mudanças paradigmáticas no âmbito cultural ou um conjunto de novas concepções e reflexões que permitam ultrapassar uma visão fragmentada do conhecimento? A abordagem das dicotomias ciência/filosofia, sujeito/objeto, cultura de massa/cultura “erudita”, real/imaginário, arte/indústria cultural caminha para a conjunção e o diálogo?
Para uma reflexão
“O fim está no ponto de partida” (Elliot)
ECO, U. Apocalípticos e integrados. São Paulo: Perspectiva, 1993. MORIN, E. Introdução ao Pensamento Complexo. Porto Alegre: Sulina, 2005.______. Cultura de Massas no Século XX: o espírito do tempo. Rio de Janeiro-São
Paulo: Forense, 1969.______. Cultura de Massas no Século XX: Vol.2 Necrose. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2009______. As estrelas: mito e sedução no cinema. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.______. O Cinema ou o Homem Imaginário. In: XAVIER, Ismail (Org). A Experiência
do Cinema. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983, p. 145-172.Fontes Eletrônicas:<http://www.edgarmorin.org.br > Acesso em: 17/05/2010<http://www.rodaviva.fapesp.br > Acesso em: 18/05/2010 <http://www.fractalis.com.br > Acesso em: 18/05/2010
Referências Bibliográficas