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As incubadoras no processo do empreendedorismo na
educao acadmica
Murilo Gomes1, Natana Souza da Rosa2
1 Programa de Ps Graduao em Engenharia e Gesto do Conhecimento - UniversidadeFederal de Santa Catarina (UFSC)Florianpolis - SC - Brasil
2Programa de Ps Graduao em Engenharia e Gesto do Conhecimento - UniversidadeFederal de Santa Catarina (UFSC)Florianpolis - SCBrasil
Resumo: As incubadoras contribuem para o surgimento e crescimento de
novos empreendimentos, assim como a educao tem o papel fundamental na
criao e desenvolvimento de atitudes empreendedoras. O objetivo deste artigo
busca verificar de que forma as incubadoras podem auxiliar oempreendedorismo na educao. Deste modo foi realizada uma reviso
sistemtica da literatura, analisando as publicaes indexadas pelas bases de
dados Scopus e Web of Science, envolvendo a temtica Incubadora e
Educao.
Palavras-chave: Incubadora. Educao. Empreendedorismo. Reviso
Sistemtica.
Abstract:Incubators contribute to the emergence and growth of new ventures,as well as education has a fundamental role in the creation and development of
entrepreneurial attitudes. This paper aims to verify how incubators can assist
entrepreneurship in education. Thus a systematic review of the literature was
performed by analyzing the publications indexed by the databases Scopus and
Web of Science, involving the theme Incubator and Education.
Keywords: Incubator. Education. Entrepreneurship. Systematic review.
1. Introduo
Os principais fatores que levam as pessoas a empreender esto relacionados aosmotivos de necessidade e aos motivos de oportunidade. A falta de emprego, demisso ea necessidade de aumentar a renda so alguns exemplos que provocam oempreendedorismo quando se trata de necessidade. J as razes ligadas oportunidadeesto relacionadas vontade de ter o prprio negcio ou a realizao de um sonho.
Segundo pesquisa realizada pelo Global Entrepeneurship Monitor GEM(2014), o Brasil comparado com os pases que compem o Brics, o pas com a maiortaxa de empreendedorismo ficando com 34,7%. A China fica em segundo lugar com26,7%, a ndia tem uma taxa de 10,2%, a frica do Sul de 9,6% e a Rssia de 8,6%. O
grfico 1 apresenta a taxa de empreendedorismo de acordo com os pases.
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Grfico 1. Taxa Total de Empreendedorismo entre os pases do Brics
Fonte: GEM Brasil 2014 (2014)
A pesquisa do Global Entrepeneurship Monitor GEM (2014), realizada no
Brasil pelo SEBRAE e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP),indica que 34,5% da populao brasileira entre 18 e 64 anos possuem uma empresa ouesto envolvidos com a criao de um negcio prprio. A tabela 1 mostra como estdistribudo este percentual, sendo que metade da taxa corresponde aos empreendimentosrecentes, ou seja, com menos de trs anos e meio de atividade, e a outra metade, aosempreendimentos estabelecidos h mais tempo.
Tabela 1. Taxas* de empreendedorismo segundo estgio dos empreendimentos no Brasil 2014.
Estgio do empreendedorismo Brasil
Empreendedores Iniciais: 17,2%
- Empreendedores Nascentes3,7%
- Empreendedores Novos13,8%
Empreendedores Estabelecidos17,5%
Taxa total de empreendedores34,5%
Fonte: GEM Brasil 2014 (2014).
* Percentual da populao de 18-64 anos.
No entanto, de acordo com dados do SEBRAE (2013) apesar do crescimento daprtica do empreendedorismo no Brasil, o ndice de mortalidade destas empresas ainda significativo. A taxa de mortalidade de empresas com at 2 anos nascidas em 2007corresponde a 24,4%. Dentre as causas do fechamento destas empresas, est
principalmente s relacionadas falta de planejamento na abertura do negcio, pois noexiste uma avaliao correta de alguns fatores importantes para o sucesso ou fracasso doempreendimento.
Neste contexto existem as incubadoras que podem auxiliar neste processo deplanejamento, pois permitem desenvolver e testar ideias. Assim uma empresa instaladaem uma incubadora tende a ter maiores chances de sobrevivncia quando inserida nomercado.
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Brasil China ndia frica do Sul Rssia
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Existem algumas limitaes relacionadas prtica do empreendedorismo,principalmente as que envolvem educao e treinamento, apoio financeiro e polticasgovernamentais (GEM, 2005).
Neste sentido quando se trata de educao para o desenvolvimento doempreendedorismo, as instituies de ensino tem papel fundamental, principalmente as
universidades nos cursos de administrao. Estas instituies de ensino devemproporcionar uma formao empreendedora aos estudantes que procuram abrir seuprprio negcio, alm disso, outro papel importante seria o de incentivarempreendedores que no tm educao formal a buscarem mais conhecimento nestarea do empreendedorismo.
Uma ferramenta que pode ser utilizada para aumentar o desenvolvimento doesprito empreendedor so as incubadoras, pois auxiliam no aperfeioamento de umaideia, fornecendo mais suporte para ingressar e se consolidar no mercado de trabalho.
Sendo assim o objetivo deste artigo busca verificar de que forma as incubadoraspodem auxiliar o empreendedorismo na educao. Para tanto se realizou uma revisosistemtica da literatura nas bases de dados cientificas Scopus eWeb of Science.Comoforma de organizao, este artigo constitudo em sete sees. A primeira seo realizauma caracterizao do objeto de estudo, seguido pela seo dois, que trata sobreIncubadoras e Empreendedorismo. A seo trs apresenta a metodologia da revisosistemtica da literatura sobre Incubadoras e Educao. A discusso da revisosistemtica na seo quatro. As concluses so apresentadas na seo cinco e finalmente
as referncias.2.
Incubadoras e Empreendedorismo
De acordo com a Associao Nacional de Entidades Promotoras deEmpreendimentos de Tecnologias Avanadas (Anprotec), as incubadoras so destinadasa amparar o estgio inicial de novas empresas, oferecendo-lhes assessoria gerencial,
jurdica e contbil, alm de infraestrutura (DORNELAS, 2003).
As incubadoras permitem desenvolver e testar novas ideias, e tem comocaracterstica, criao de condies para o crescimento de instituies, negcios e
pessoas, oferecendo servios especializados, orientaes de pessoas qualificadas, einfraestrutura. Neste sentido as incubadoras oferecem uma srie de facilidades para osurgimento e crescimento de novos empreendimentos.
Barreto (1998) define empreendedorismo como a capacidade de se criar eestabelecer algo partindo de muito pouco. Considera o empreendedorismo como um
processo voltado para a criao e desenvolvimento de um negcio que trar resultadospositivos.
Segundo a ANPROTEC a criao de incubadoras estimulam cooperao entreuniversidades e a sociedade, otimizando o potencial regional economicamente,
socialmente, tecnologicamente e, principalmente incentivando o empreendedorismo(GUEDES, FILRTIGA & MEDEIROS, 1999).
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3. Reviso Sistemtica da Literatura
Este trabalho foi realizado a partir de uma reviso sistemtica da literatura. A buscafoi realizada no perodo de agosto de 2015, utilizando-se de todas as sub-bases
disponveis nas bases Scopuse Web of Sciencee do perodo de busca disponvel at oltimo ano incompleto. A reviso sistemtica se baseou nas autoras Crossan e Apaydin(2010). Segundo as autoras a reviso sistemtica utiliza um algoritmo para a realizaode uma pesquisa e anlise crtica dos trabalhos encontrados. O algoritmo segue asseguintes etapas: a) Selecionar as melhores bases de dados para a realizao da
pesquisa. b) Identificar as palavras-chave e termos. c) Agrupas as publicaes. d)Classificar os resultados e e) Realizar a sntese dos trabalhos.
As bases de dados foram acessadas por meio do Virtual Private Network -VPN, disponibilizado pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. A escolha
pelas bases de dados se deu pelo fato das mesmas serem multidisciplinares e devido a
sua amplitude, alm de ser considerada uma fonte relevante de estudos cientficos. Paraa verificao dos estudos pertinentes temtica Incubadoras e Educao, utilizaram-seas seguintes palavras-chaves: Incubator* e Education, buscando nos ttulos, palavras-chaves e abstracts.O asterisco foi utilizado na palavra-chaveIncubatorcom o propsitode buscar a palavra tanto no singular quanto no plural. Esta combinao gerou 264trabalhos na base Scopus e 134 trabalhos na base Web of Science totalizando 398trabalhos. Verificando a duplicidade das publicaes e selecionando somente os artigoscompletos disponibilizados pelas bases e pelo Google Scholar foram selecionados 58artigos para anlise. Foram lidos os artigos na integra e selecionados somente ostrabalhos relacionados com incubadoras e empreendedorismo na educao. Deste modoforam selecionados 10 artigos. A seguir no Quadro 1 possvel observar o portflio da
pesquisa sistemtica.Quadro 1. Portflio da pesquisa sistemtica.
Artigo PropsitoHow do fi nni sh teacher educators
implement entrepreneurship
education? (2015)
Verificar de que modo as pessoas que treinamprofessores finlandeses implementam educao para oempreendedorismo.
How education, stimulation, and
incubation encourage student
entrepreneurship: Observations from
MIT, IIIT, and Utrecht University
(2015)
Apresentar trs estudos de caso em que o incentivo aoempreendedorismo contribuiu para que estudantesescolham uma carreira como um empreendedor.
Entr epreneurship education and jobcreation for touri sm graduates in
Ghana (2014)
Apresentar um estudo que busca saber em que medidaa educao em empreendedorismo tem recebidograduados de turismo.
The importance of surrogate
entrepreneurship f or incubated
Swedish technology ventures (2014)
Investigar o impacto de empresrios substitutos emempreendimentos tecnolgicos decorrentes do lder deincubadoras universitrias suecos.
Entr epreneur ial universities in two
European regions: A case study
comparison (2014)
Comparar universidades empreendedoras em duasregies da Europa (Espanha e Irlanda), utilizando umaabordagem qualitativa em profundidade com base emvrios estudos de caso entre 2006 e 2010.
The 'Ecosportech' proj ect as an
example of entrepreneur ial uni versity.
An experi ence based on the problem
based l earn ing methode (2012)
Apresentar o projeto EcoSPORTech, que se baseia na
criao de uma empresa social, utilizando tambm asnovas tecnologias.
http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5http://apps.webofknowledge.com/full_record.do?product=UA&search_mode=GeneralSearch&qid=2&SID=2BExjgU2frd5tusQ4zO&page=1&doc=5 -
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I nvestigating the complexity facing
academic entrepreneurs in science and
engineeri ng: The complementari ties of
research performance, networks and
support structur es in commercial isation
(2012)
Anlise da Sucia, que manteve o 'privilgio doprofessor "o, em que o indivduo detm os direitos doinventor e pode optar por atribuir direitos depropriedade.
Complements or substitu tes? the role ofuniversities and local context in
support ing the creation of academic
spin -off s (2011)
Analisar em que medida a universidade no Nvel demecanismos de apoio (ULSMs) e ao contexto localapoiar os mecanismos (LCSMs) complemento ousubstituto para o outro em promover a criao de spin-offs acadmicos.
Outlook of female students towards
entrepreneurship: An analysis of a
selection of business students in Dubai
(2010)
Apresentar uma pesquisa emprica entre as mulheresem seu primeiro ano de estudos de negcios emDubai, fornecendo uma anlise descritiva dasintenes empreendedoras dos estudantes.
An innovation park in Hungary:
INNOTECH of the Budapest
University of Technology and
Economi cs (2004)
Apresentar um estudo de caso que apresenta aexperincia dos ltimos 15 anos de um parquecientfico, que foi fundado na Hungria ao lado daUniversidade de Tecnologia de Budapeste em 1987.
Fonte: Autor da fonte.
4. Anlise da Reviso Sistemtica
A reviso buscou responder a seguinte pergunta: De que forma as incubadoras
podem auxiliar o empreendedorismo na educao acadmica?. Primeiramente sero
apresentados alguns dados bibliomtricos e em seguida a anlise crtica dos trabalhos.Existem 48 palavras-chave associadas aos 10 artigos encontrados sobre o tema.
A figura 1 mostra as palavras-chave mais utilizadas representadas de acordo com sua
frequncia. As 6 palavras-chave mais utilizadas com sua respectiva frequncia so:Entrepreneurship (6), University (6), Academic (4), Incubator (3), Education (3),Entrepreneurial(3). As palavras-chave Entrepreneurship, University e Incubator queso o tema desta pesquisa aparecem em destaque entre as palavras-chaves.
Figura 1. Representao das frequncias das palavras-chave.
Fonte: Autor da fonte.
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O grfico 2 apresenta a distribuio temporal dos 10 trabalhos selecionados.Nota-se que o interesse em pesquisas pela temtica teve incio em 2004. O ano de 2014foi onde acorreu o maior nmero de publicaes at o momento.
Grfico 2. Frequncia das publicaes por ano no perodo (2004-2015).
Fonte: Autor da fonte.
Dentre as 22 instituies que pesquisam sobre o tema, o maior nmero deinstituies pertence Espanha, seguido da Finlndia com 3 instituies como mostrana tabela 2.
Tabela 2. Instituies e respectivos pases.
Instituies Pases
Orkestra-Basque Institute of CompetitivenessAutonomous University of Barcelona
Deusto Business SchoolUniversitat de Vic
Espanha
University of Turku
Lappeenranta University ofTechnology
HAMK University of Applied Sciences
Finlndia
University of ToulouseEMLYON Business School
Frana
Chalmers University of Technology
Institute of Technology
Sucia
International Institute of Information Technology ndiaImperial College Business School Reino Unido
State University of New York Estados UnidosCape Coast Polytechnic Gana
National University of Ireland IrlandaUniversity of Bologna Itlia
Higher Colleges of Technology Emirados rabes UnidosAndor u. Hungria
Utrecht University Holanda
Fonte: Autor da fonte.
Atualmente com as dificuldades enfrentadas pelo mercado, diversas universidades esto
incentivando seus discentes e docentes a serem mais ativos no desenvolvimento de pesquisas e
incentivando a participao em incubadoras para que possam incubar suas ideias e transform-
las em futuras empresas. No entanto no basta apenas incubar, tambm necessrio aprender
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sobre o empreendedorismo, tendo uma viso empreendedora para crescer e se destacar no
mercado.
Plmai, (2014) afirma que h um elo entre a universidade e parques tecnolgicos, onde
professores trabalham juntos com os estudantes a fim de desenvolver pesquisas em laboratriosatravs de incubadoras. Lundqvist, (2014)destaca que desde meados dos anos noventa diversas
universidades suecas criaram ou co-criaram incubadoras com o propsito de transformar ideias
em empresas. Com a anlise dos ltimos quinze anos de incubao sueca o autor enfatizou a
universidade tcnica de Chalmers, que a mesma possui duas incubadoras uma trabalhando a
inovao e a outra incubando projetos, que vem sendo utilizado desde 1997 pelos estudantes, e
todos ligados ao ensino empreendedor, tendo um impacto positivo os empreendimentos
desenvolvidos nas incubadoras. No estudo realizado por Owusu-Mintah, (2014) apresentam-se
diversas dificuldades econmicas enfrentadas em Gana, mas encontram no empreendedorismoum caminho alternativo para contornar este cenrio. No estudo o autor sugere a criao de
incubadoras nos cursos politcnicos onde os estudantes possam desenvolver suas ideias e
converte-las em negcio. Guerrero et, al. (2014)aponta as universidades empreendedoras como
sendo uma incubadora natural, onde proporcionam a comunidade acadmica atividades crticas
de ensino, pesquisa e empreendedorismo, podendo ainda avaliar e explorar as ideias
transformando-as em iniciativas sociais, econmicas e empresariais.
O Empreendedorismo teve um foco maior na sociedade por virtude das crises que
assombram a economia de diversos pases. Segundo Sim Algado; De San Eugenio Vela e
Ginesta Portet (2012), desde 2008 a sociedade est sendo afetada pela crise econmica e
apresenta alguns dados referentes Espanha, onde a taxa de desemprego muito alta e atinge
principalmente os jovens com idade de 20 a 24 anos. Tambm apresenta o empreendedorismo
social como um modo de reverter este quadro, demostrando a importncia da ligao do
empreendedorismo com a universidade, gerando assim mais desenvolvimento econmico e o
bem-estar social. Os autores apresentam o projeto EcoSPORT da universidade de Vic , que tem
como objetivo o empreendedorismo social, visando a criao de uma empresa social voltada asprticas esportivas, entretenimento e integrando nova tecnologias (TIC). Este projeto apoiado
pela Obra Social de La Caixa, e conta com o apoio de trs faculdades a de Administrao e
comunicao (FEC), a Cincia da Sade e Bem-Estar(FCSB) e Educao (FE), que integra uma
equipe de profissionais de algumas reas como negcios, marketing, jornalismo, esporte e
cultura. Com o apoio dessas faculdades os docentes buscam formar grupos de jovens com
objetivo de criar empresas.
Os autoresSim Algado; De San Eugenio Vela e Ginesta Portet (2012) expem uma
iniciativa utilizando um trabalho pedaggico voltada na aprendizagem baseada em problemas,
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onde os alunos podem integrar os conhecimentos adquiridos em sala e aplicar na pratica de
acordo com a realidade. A pesquisa mostrou o potencial desta metodologia de aprendizagem
baseada na realidade, onde toda a aprendizagem demostra de maneira mais clara e reforada
quando combinada com servios de aprendizagem, onde os alunos alm de adquirir todo o
conhecimento acadmico e prtico, podem realizar servios comunidade.
Para Bourelo; Magnusson e McKelvey (2012), o empreendedorismo acadmico na
sociedade muito alinhado com a produtividade focada na comercializao, e a poltica muito
utilizada em diferentes pases para estimular empresas de startups, universidades e investidores
individuais. O autor Eklud (2007), coloca que nos ltimos anos a viso de inovao tem-se
alinhado principalmente em cima do papel do empreendedorismo acadmico e da
comercializao da cincia. Henrekso e Rosenberg (2001), dizem que a transferncia de
tecnologia mais fcil quando h a participao da universidade, onde o empreendedorismoacadmico proporciona com mais facilidade a transferncia da tecnologia para o mercado.
Guerrero et, al. (2014), diz que as universidades empreendedoras tem uma variedade de
relacionamentos para trabalhar em colaborao e cooperao, tendo diversos fatores envolvidos
como a evoluo da cincia na multidisciplinariedade, mencionada pelos autores como
moldadores do espirito empresarial baseado no conhecimento gerado dentro das universidades.
Os mesmos autores afirmam que em uma sociedade empreendedora, possui um espirito
empresarial baseando-se no conhecimento e auxiliando o crescimento econmico, a criao de
empregos e a competitividade no mercado global. Observando este contexto a universidade
empreendedora se torna a responsvel por produzir este conhecimento e disseminar para as
organizaes e para a sociedade. Este fenmeno de universidade empreendedora tratado pelo
autor ganhou ateno no meio acadmico, governamental e formuladores de poltica do mundo
todo, tendo visto que os conhecimentos criados dentro destas universidades podem ajudar a
economia de maneira direta ou indireta. Alm disso, os resultados de estudos e tecnologias
desenvolvidas nas universidades empreendedoras fornecem insights para mercado e pases
desenvolvidos.
Trazendo uma viso diferente em relao aos trabalhos anteriores, est o estudo do
empreendedorismo com foco no pblico universitrio feminino em Dubai, onde as estudantes,
lutam pelo espao de trabalho perante aos homens. Os autores expem que nos ltimos anos nos
Emirados rabes Unidos houve grandes mudanas na renda e no desenvolvimento econmico,
apesar das mudanas econmicas a maioria dos pases rabes ainda tem muito a evoluir em
termos de oportunidades sociais para as mulheres. Deste modo os autores mostram a
importncia da atividade empreendedora, especialmente entre a nova gerao de mulheres com
formao universitria. O empreendedorismo frente as mudanas econmicas atuais se torna
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uma fonte vital para o crescimento econmico atravs da criao de empregos, riquezas e
fornecendo interesses a sociedade. Ainda neste sentido o empreendedorismo parece ser o motor
que gira a economia e a sociedade da maioria das naes.
A pesquisa foi aplicada em uma universidade com estudantes do sexo feminino, paraidentificar a importncia do empreendedorismo na educao, os resultados apresentam que os
estudantes esto cientes do baixo nvel de participao do pblico feminino no mercado dos
Emirados rabes Unidos. Entretanto mostram um interesse positivo em comear seus prprios
empreendimentos nos prximos anos, mostram tambm que so positivos em questo do papel
das universidades que fomentam o empreendedorismo e demonstraram interesse, caso suas
universidades ofertassem cursos de especializao ou nvel de mestrado em empreendedorismo.
Os autores concluem afirmando que a integrao da educao com o empreendedorismo uma
maneira de lidar com as mudanas e dificuldades que esto aparecendo na sociedade, e falamque temos que ter solues estratgicas nacionais e internacionais para implementar a educao
no empreendedorismo, alm disso mencionam que deve se prestar ateno no desenvolvimento
dos professores, pois so eles quem estabelecem a base para a nossa futura sociedade
(GALLANT; MAJUMDAR; VARADARAJAN, 2010).
Os autores Seikkula-Leio et, al. (2015),apresentam uma proposta de estudo em cima do
projeto YVI coordenado pela Universidade de Turku na Finlndia, tendo o apoio do Concelho
Nacional de Educao da Finlndia, que consiste em desenvolver uma educao para o
empreendedorismo, capacitando professores do ensino profissional. O projeto tem como
submeta o desenvolvimento pedaggico e o de redes de educao, assim como o
desenvolvimento do ambiente virtual de aprendizagem para o ensino do empreendedorismo.
GHK, (2011) afirma que a Unio Europeia um ator muito importante no desenvolvimento do
empreendedorismo, mas mesmo assim este tema muito incomum na capacitao inicial dos
docentes. Seikkula-Leio et, al. (2015, apudHannula et al. 2012), afirmam que a educao para o
empreendedorismo deve ser reforada desde a base dos professores. Os mesmos autores
sugerem que os professores devem ter mais contado com as empresas, seja visitando ouconvidando-as na participao do ambiente empreendedor junto educao, e assim ajudando
no entendimento do empreendedorismo, e concluem afirmando que a educao empreendedora
est se manifestando fortemente entre os docentes, utilizando como mtodo de ensino a
experincia vivida em empresas para a resoluo de problemas.
Lundqvist (2014) apresenta um contexto diferente, onde a universidade da Sua
procura mais experincias em empreendimentos criados por empreendedores substitutos, que
segundo Kassicieh (2010), o tecnlogo ou tcnico que possui uma ideia e quer empreender,
mas faltam competncias, e trabalha com um empresrio (substituto) ao seu lado, ajudando-o
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com as competncias que o falta, e assim colocando a ideia em execuo. Foi concludo com
este estudo que o empreendedor substituto possui um impacto muito positivo no
desenvolvimento dos empreendimentos incubados.
Owusu-Mintah (2014) apresenta um estudo com foco no empreendedorismoeducacional. A pesquisa ocorreu na frica em especial na cidade de Gana, onde existe uma taxa
crescente de desemprego entre os jovens, sendo que identificaram no empreendedorismo a
oportunidade de resolver o problema. Foi relacionado o empreender junto ao processo de
educar, fortalecendo as competncias dos jovens e tornando-os empregados ou empregadores, e
fortalecendo o desenvolvimento no pas. Alguns autores como Owusu-Mintah (2014, apud
Young 1997; Wilson, 2008), descrevem que o estudo do empreendedorismo auxilia o
desenvolvimento de atitudes, conceitos, habilidades para poder empreender posteriormente, e
para Hynes e Richardson (2007), um investimento em capital humano preparando osestudantes para iniciar novos empreendimentos atravs do conhecimento adquirido atravs do
empreendedorismo.
Com o desenvolvimento deste estudo o autor Owusu-Mintah (2014), pode diagnosticar
que o desemprego afeta no somente os jovens no qualificados, mas tambm os diplomados,
pois a maioria prefere empregos em setores privados ou no setor pblico. Foram identificados
diversos problemas que inibem o desenvolvimento do empreendedorismo no pas como, por
exemplo, altos impostos, falta de incentivo para o empreendedor, incapacidade de assegurar
fundos para iniciar o seu prprio negcio, juros altos sobre emprstimos e dentre outros fatores
destacados.
Para os autores Jansen, et. al. (2015), as universidades de todo o mundo esto cada vez
mais querendo se tornar empreendedoras.Tambm afirmam que as universidades possuem o
recurso mais poderoso para estimular o empreendedorismo, os seus alunos. Este estudo foi
desenvolvido com base em trs ambientes incentivadores do empreendedorismo o MIT nos
Estado Unidos, IIT na ndia e na Universidade de Utech na Holanda, demonstrando que o
incentivo do empreendedorismo aos alunos contribui para o auxlio da escolha na carreira
profissional. Os autores afirmam que as universidades desempenham um papel importante no
meio empresarial, pois as universidades concentram-se na criao de inovao e conhecimento
que servem como uma importante sada de novos empreendimentos, e informam que o
empreendedorismo acadmico se tornou prioridade dentro das universidades.
As atividades empreendedoras possuem um forte indicio positivo desejveis relacionado
a competitividade da economia, criao de emprego e reduo do desemprego, inovao e
demais fatores. Por este motivo os autores propem um modelo de como incentivar eficazmenteo empreendedorismo entre os estudantes. Este modelo foi descrito como Empreendedorismo
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Educao e Ofertas de suporte (EESO), e como tem como proposta a educao em
empreendedorismo, competies de planos de negcios, a criao de incubadoras de tecnologia,
escritrio de transferncia de tecnologia e indicao dos presidentes para o empreendedorismo,
tendo como alvo os institutos acadmicos, visando a criao de um ambiente capaz de
incentivar os estudantes a empreender e que aps o trmino da universidade possam continuar
suas carreiras como empresrios.
Fini et. al. (2011), proporciona uma abordagem diferenciada mencionando que asNew
Technology-Based Firms (NTBFs), as novas empresas de bases tecnolgicas, so muito
importantes para o desenvolvimento e crescimento econmico, e afirma que as Spin-off
acadmicas tem um papel muito forte nesta situao, por criarem empresas visando explorar o
conhecimento tecnolgico que se origina dentro das universidades representando uma categoria
especifica de (NTBF). Este crescimento nestas reas vem recebendo cada vez mais ateno dospesquisadores e formuladores de poltica, pela capacidade de valorizao dos avanos no
conhecimento cientfico. dito que existem diversas razes para o crescimento econmico,
dentre elas est a crescente evoluo nas reas de conhecimento, como por exemplo, a
multidisciplinaridade, e a nanotecnologia, que para o devido funcionamento requer vrios
ambientes de pesquisa, que pode ser oferecido por Spin-off acadmicos. Tambm mencionado
que atividades de P&D das grandes empresas evoluiu para um modelo mais aberto, com
alianas de pequenas empresas e spin-off acadmicos, tornando-se assim um pilar central na
busca de novas tecnologias. Observa-se que todo este contexto de spin-off acadmica dependente do contexto local da abrangncia do objetivo do fator poltico ao incentivo do
empreendedorismo no ambiente acadmico. O mesmo autor afirma que as universidades devem
estimular a criao de spin-off, investindo em mecanismos, polticas ad-hoc, em atividades
complementares e aumentando o incentivo ao empreendedorismo (Fini et. al. 2011)
5. Concluso
O presente trabalho apresentou o estudo onde h uma crescente ateno dos pesquisadores,
governos, universidade e mercado em relao ao empreendedorismo na educao. Nos atuais
tempos de crise afetando diversos pases e principalmente os jovens, o empreendedorismo
visto como resposta contra a crise.
Visto que foi apresentado anteriormente, os professores so base da educao, e todos
devem passar por uma capacitao empreendedora e terem mais contato com empresas,podendo repassar a experincia e conhecimento adquirido para seus alunos, incentivando-os a
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empreender. Neste contexto as universidades esto querendo ainda mais que seus estudantes
continuem a carreira empreendedora mesmo aps o termino da graduao.
Desta forma a educao aparece com fora, realizando a capacitao empreendedora em
escolas tcnicas e universidades, promovendo o fomento de ideias criativas, trabalhando ashabilidades dos jovens para que sejam empreendedores, dando a eles a viso alm da
possibilidade de serem empregados e podendo no atual mercado se tornar empreendedores.
E complementando junto educao as incubadoras, que auxiliam em todo o processo
educacional para o empreendedorismo. Pode-se observar que as incubadoras esto presente no
meio acadmico, sendo naturalmente parte da universidade, ajudando os alunos na criao e
explorao de ideias, tornando-os mais crticos e transformando as ideias em iniciativas sociais,
econmicas e empresariais. Ainda pode-se observar que as incubadoras em algumas
universidades esto presentes h muito tempo, trazendo um forte impacto positivo nos
empreendimentos desenvolvidos e assim ajudando a combater crises, gerando novos empregos e
empreendimentos. Mesmos as universidades que ainda no desenvolvem projetos de
incubadoras, indicam a implementao de incubadoras no ambiante educacional, contribuindo
assim com a estmulo ao empreendedorismo na comunidade acadmica.
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