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9 INTRODUÇÃO Diante de tantos questionamentos sobre inclusão, especificamente sobre TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), e como se desenvolve a aprendizagem nesse grupo da sociedade, senti a necessidade de realizar um estudo cujo tema relaciona as dificuldades de aprendizagem e TDAH, para realmente detectar se há ligação entre os dois e desmitificar alguns mitos que rondam TDAH e a aprendizagem. Entendo que o estudo é de suma importância, em outras palavras, devemos pensar e crer que a escola inclusiva permite na prática evidenciar o fundamento de que todas as crianças devem aprender juntas com dificuldades, ou diferenças que apresentam. Entende-seque a escola inclusiva deve rever a questão pedagógica, as concepções do ensino, da aprendizagem e principalmente a avaliação que é uma prática segregadora comum, entre os professores despreparados para atuar com alunos que têm diferentes maneiras de aprender. Sendo a inclusão um processo que contempla todas as pessoas independentemente de sua deficiência, é que me propus a pesquisar os fatores que interferem nos problemas de aprendizagem dos alunos com TDAH. A pesquisa pretende auxiliar o professor do 1º ao 5º anos da Escola Antonio Valdenir e da Escola Terezinha Bezerra Siqueira, a buscarem melhorias na sua prática pedagógica, buscando adequar o ensino para que os alunos com TDAH, também consiga aprender embora demore um pouco mais, Ele tem condições de aprender basta paciência e estímulo. A pesquisa pretende responder às questões relacionadas aos problemas de aprendizagem que os alunos com TDAH são acometidos. Dessa forma contribuir para que os professores e familiares dos alunos das escolas pesquisadas, obtenha conhecimentos detalhados em TDAH e Dificuldades de Aprendizagem. O estudo tem como objetivos: Identificar os principais fatores relacionados aos problemas de aprendizagem, bem como sua interferência na aprendizagem de alunos com TDAH. Assim como estudar os diversos tipos de dificuldades de aprendizagem. Investigar as características de alunos com TDAH. Analisar os conceitos dos educadores pesquisados sobre TDAH e dificuldades de aprendizagem, e por fim propor alternativas para melhorar o DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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INTRODUÇÃO

Diante de tantos questionamentos sobre inclusão, especificamente sobre

TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), e como se

desenvolve a aprendizagem nesse grupo da sociedade, senti a necessidade de

realizar um estudo cujo tema relaciona as dificuldades de aprendizagem e

TDAH, para realmente detectar se há ligação entre os dois e desmitificar

alguns mitos que rondam TDAH e a aprendizagem. Entendo que o estudo é de

suma importância, em outras palavras, devemos pensar e crer que a escola

inclusiva permite na prática evidenciar o fundamento de que todas as crianças

devem aprender juntas com dificuldades, ou diferenças que apresentam.

Entende-seque a escola inclusiva deve rever a questão pedagógica, as

concepções do ensino, da aprendizagem e principalmente a avaliação que é

uma prática segregadora comum, entre os professores despreparados para

atuar com alunos que têm diferentes maneiras de aprender.

Sendo a inclusão um processo que contempla todas as pessoas

independentemente de sua deficiência, é que me propus a pesquisar os fatores

que interferem nos problemas de aprendizagem dos alunos com TDAH. A

pesquisa pretende auxiliar o professor do 1º ao 5º anos da Escola Antonio

Valdenir e da Escola Terezinha Bezerra Siqueira, a buscarem melhorias na sua

prática pedagógica, buscando adequar o ensino para que os alunos com

TDAH, também consiga aprender embora demore um pouco mais, Ele tem

condições de aprender basta paciência e estímulo.

A pesquisa pretende responder às questões relacionadas aos problemas

de aprendizagem que os alunos com TDAH são acometidos. Dessa forma

contribuir para que os professores e familiares dos alunos das escolas

pesquisadas, obtenha conhecimentos detalhados em TDAH e Dificuldades de

Aprendizagem. O estudo tem como objetivos: Identificar os principais fatores

relacionados aos problemas de aprendizagem, bem como sua interferência na

aprendizagem de alunos com TDAH. Assim como estudar os diversos tipos de

dificuldades de aprendizagem. Investigar as características de alunos com

TDAH. Analisar os conceitos dos educadores pesquisados sobre TDAH e

dificuldades de aprendizagem, e por fim propor alternativas para melhorar o

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ensino dos alunos com TDAH.

As possíveis respostas ao problema ficaram assim definidas: o uso

inadequado de práticas pedagógicas contribui para aumentar os problemas de

aprendizagem nos alunos com TDAH. A falta de investimentos em cursos de

capacitação para professores na área de educação inclusiva. Os recursos

pedagógicos disponíveis na escola não contribuem com a aprendizagem dos

alunos. O professor não tem a preocupação de trabalhar as dificuldades

individuais dos alunos.

Este estudo está dividido em três capítulos. No primeiro conceituei

TDAH e suas características, com o intuito de aprofundar os estudos sobre

TDAH, apresentando conceito, sintomas, diagnóstico, tipos e etc.

No segundo, descrevi como acontece a aprendizagem, fazendo um apanhado

geral de acordo com as teorias da aprendizagem. Enfatizei também o conceito

de dificuldades de aprendizagem, que foi abordado sob o enfoque de diferentes

autores, verificando os tipos mais comuns das dificuldades de aprendizagem

fazendo relação com TDAH.

No terceiro, analisei os resultados da pesquisa, na qual procurei

identificar os principais fatores que interferem na aprendizagem dos alunos

com TDAH, segundo a ótica dos professores do 1º ao 5º ano, das escolas

estaduais Antonio Valdenir e Terezinha Bezerra Siqueira, ambas localizadas no

município de Capitão Poço.

A guisa de conclusão fiz considerações sobre os achados da pesquisa,

sobre a importância deste trabalho na aprendizagem e no campo da pesquisa

educacional, voltado para a educação inclusiva, aspecto fundamental para

minha formação acadêmica.

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CAPÍTULO – I

TDAH E SUAS CARACTERÍSTICAS

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade costuma dá sinais

bem cedo para a maioria das pessoas logo na infância. A síndrome é

caracterizada por comportamentos crônicos e se instalam definitivamente antes

dos sete anos.

1.1- Como definir o TDAH

Antes de definir o TDAH propriamente dito, é de suma importância falar

um pouco sobre a origem do nome TDAH.

Segundo Rohde et. al.(2000), em meados do século XIX, surgiram as

primeiras referências aos transtornos hipercinéticos na literatura médica. A

denominação lesão cerebral mínima surgiu na década de 40, porém em 62 foi

alterada para disfunção cerebral mínima admitindo-se que as alterações

características da síndrome se relacionavam mais com as disfunções em vias

nervosas do que propriamente a lesões. A CID-10 e DSM-IV são sistemas

classificatórios modernos utilizados em psiquiatria. Estes apresentam mais

singularidade do que diferenças nas diretrizes diagnósticas para o transtorno

apesar de utilizarem nomenclaturas diferentes

( Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade no DSM-IV, e Transtorno

hipercinéticos na CID-10 ) ( ROHDE et, al., 2000).

Ansiedade, inquietação, euforia e distração freqüentes podem significar

mais do que uma fase na vida de uma criança. Os exageros de conduta

diferenciam quem vive um momento atípico daqueles que sofrem de Transtorno

de Déficit de Atenção e Hiperatividade, doença precoce que provoca falhas nas

funções do cérebro responsáveis pela atenção e memória.

De acordo com DSM- IV, a síndrome do TDAH é um conjunto de

sintomas e sinais. Afirma-se que o paciente sofre da condição se “um número”

de sintomas estiver presente. Segundo o Dr. Paul Wender, o sistema

classificatório é um tipo poliético. Por exemplo, o transtorno está presente caso

dois sintomas A, B, C, D ou E estiverem presentes. Nesse caso, um deles pode

ter os sintomas A e D enquanto outros B e C, A e B ou B e E, entre outras

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combinações ( BIAGGI, 1996 ).

1.2- Principais sintomas

Os sintomas clássicos do TDAH são: desatenção, hiperatividade e

impulsividade ( ROHDE et, al., 2000a ).

Os sintomas da desatenção são: dificuldade de prestar atenção a

detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e de trabalho;

dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; parecer

não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar

tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais; dificuldade em

organizar tarefas e atividades; evitar ou relutar em envolver-se em tarefas que

exijam esforço mental constante; perder coisas necessárias para atividades ou

tarefas; e ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e apresentar

esquecimentos em atividades diárias.

Já a hiperatividade se caracteriza da seguinte maneira: agitar as mãos

ou os pés ou se remexer na cadeira; abandonar sua cadeira em sala de aula

ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; correr ou

escalar em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado;pela

dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer;

estar frequentemente a mil ou muitas vezes agir como se estivesse a todo

vapor; fala em demasia.

Os sintomas de impulsividade são: frequentemente dar respostas

precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas; com freqüência tem

dificuldade em esperar sua vez; e frequentemente interrompe ou se mete em

assuntos de outros. (ROHDE et, al., 2000b ).

1.3- Tipos (TDAH)

Segundo San Goldstein (1998), o TDAH está classificado em quatro

subtipos.

- Tipo Desatento

A pessoa apresenta pelo menos seis das características descritas

anteriormente nos sintomas de desatenção.

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- Tipo Hiperativo/ Impulsivo

É caracterizado quando a pessoa apresenta seis dos sintomas da

hiperatividade e impulsividade, já citadas anteriormente.

- Tipo Combinado

É caracterizado quando a pessoa apresenta as características do tipo

desatento e hiperativo/impulsivo simultaneamente.

- Tipo Não Específico

Chama-se não específico por ter um número de sintomas não definidos

para se chegar a um diagnóstico completo, porém os sintomas impedem a

pessoa de levar a vida diária normalmente.

1.4- Diagnóstico

O diagnóstico do TDAH deve ser entendido, sob a ótica de diversos

problemas. Tais como: o biológico e psicológico que podem ter sintomas

similares nas pessoas com TDAH.

De acordo com o DSM-IV há a necessidade de pelo menos seis

sintomas de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, para o diagnóstico

de TDAH. Entretanto, têm se sugerido que esse limiar possa ser rebaixado

para talvez, cinco ou menos sintomas em adolescentes e adultos, pois, estes

podem continuar com um grau significativo de prejuízo do seu funcionamento

global, mesmo com menos de seis sintomas de desatenção e/ou

hiperatividade/impulsividade. É importante não se restringir tanto ao número

de sintomas no diagnóstico de adolescentes, mas sim ao grau de prejuízos dos

mesmos.O nível de prejuízo deve ser sempre avaliado a partir das

potencialidades dos adolescentes e do grau de esforço necessário para a

manutenção.(ROHDE et, al, 2000b ).

Segundo Phelan, 2005 inúmeros fatores podem ocasionar mudanças

substanciais no quadro de sintomas típicos do TDAH e em decorrência disso

impedir que crianças com o problema sejam diagnosticadas.

Esses fatores são: boas habilidades sociais, QI alto, timidez, ausência

de irmãos ou situações a sós com os pais durante o período pré- escolar. Mas,

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na proporção que cresce o conhecimento médico, educacional, psicológico e

da comunidade sobre os sintomas e os problemas ocasionados pelo TDAH, um

número maior de pessoas estão sendo corretamente identificados,

diagnosticados e tratados. Mesmo assim acredita-se que um grupo significativo

de pessoas com TDAH ainda permanece sem serem identificadas, ou tem o

diagnóstico incorreto o que acarreta situações muito difíceis na vida diária

dessas pessoas.

1.5- A função da família e da escola na vida da criança com

TDAH.

Tanto a família quanto a escola, são instituições que tem grande

importância na vida da criança. É na família que ela aprende as primeiras

regras de comportamento, que são aprimoradas na escola.

A família de uma criança com TDAH deve acima de tudo ser

comprometida para que a mesma atinja seus objetivos, não devendo se

prender demasiadamente ao problema da hiperatividade. “com freqüência as

crianças que sofrem com esse problema são filhas de pais hiperativos que não

educam de forma organizada”, afirma o pediatra Dr Ricardo Gama Carneiro.

Benczik (2000, p.80-81) ensina que os pais devem ser otimistas,

pacientes e persistentes com o filho. Não devem desanimar diante dos

possíveis obstáculos.

A seguir uma lista contendo sugestões que achei importante destacar

com o intuito de ajudar os pais a lhe dar com o filho que têm TDAH.

• Sempre valorizar as qualidades da criança.

• Não fazer comparações entre os filhos.

• Sempre conversar com a criança.

• Usar um sistema de recompensa para cada atividade correta da criança.

• Manter limites claros e consistentes, relembrando-os regularmente.

• Estimular a independência e a autonomia da criança, considerando a

sua idade.

• Estimular a criança a fazer amizades.

• Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades

extracurriculares.

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• Aprender a controlar sua própria impaciência.

Segundo Barkley (2002), os padrões de comportamento desatento,

impulsivo e hiperativo da criança com TDAH geralmente entram em conflito

com o que todos os pais esperam de seus filhos. Ora para a sociedade

preconceituosa cheia de estereótipos, ter um filho “anormal” para muitos é

motivo de vergonha.

É imprescindível aos pais estabelecer em casa normas de

comportamento claro e definido, evitar castigar excessivamente a criança,

dispor de espaço físico com poucos fatores de distração (brinquedos, janelas),

para a realização dos deveres de casa, manter horários regrados, assim como

para as refeições, para dormir, e para a diversão. (Araújo, 2002).

Segundo Rohde et,al.,(2000), muitas vezes é preciso um programa de

treinamento para os pais, a fim de que aprendam a lidar com os sintomas dos

filhos. É importante que eles conheçam as melhores estratégias para ajudar os

filhos na organização e no planejamento das atividades.

Assim com a família, a escola tem papel preponderante na vida de

qualquer pessoa, a criança com TDAH precisa de cuidados mais que especiais

para que consiga desenvolver-se com perfeição.

Para Andrade (2002), as escolas não estão preparadas, todavia

precisam aprender. E realmente não estão preparadas mesmo para

desenvolver um bom trabalho com alunos que tem TDAH, mas, nada impede

que os professores pesquisem, busquem conhecimentos, para fazer com que

seu aluno tenha êxito tendo ou não TDAH.

A escola exige não apenas que o aluno fique parado, mas, também, que

se concentre em assuntos geralmente considerados desinteressantes. ”chata”

é certamente uma das palavras mais utilizadas por crianças com TDAH para

descrever a escola. Phelan, (2005). A época em que o aluno só ouvia

informações e nada tinha a dizer, ficou no passado, agora a escola deve buscar

assuntos que tenham relação com a vida da criança, para que a instituição não

se torne um lugar entediante e sim um lugar prazeroso que sempre tem algo

novo a ensinar.

Na visão de Ênio Roberto Andrade,(2000), a hiperatividade só fica

evidente no período escolar, quando é preciso aumentar o nível de

concentração para aprender. “O diagnóstico clínico, deve ser feito com base no

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histórico da criança”. Por isso a observação de pais professores é fundamental.

(ANDRADE, 2000, p.30).

A inteligência de pessoas hiperativas não é comprometida com a

doença, mas “o principal empecilho para elas é a impulsividade e a falta de

atenção, ferramentas importantes para o progresso dos estudos”. Afirma a

psicopedagoga Maristane Dias.

Antes de apelar para conclusões precipitadas é preciso que se leve em

conta que crianças hiperativas não podem ser julgadas como rebeldes, por

sofrerem de uma síndrome que provoca dificuldades de concentração, e desta

forma não se dão conta das ordens que recebem.

Segundo Maristane Dias, não cabe ao professor ou à escola fazer o

diagnóstico, mas, é possível observar o aluno e conversar com os pais para

que um especialista seja procurado.

1.6- O que o professor pode fazer para lidar com alunos que

tem TDAH.

Apesar de se falar demais em inclusão, na atualidade, muitos

professores não estão preparados para lidar com essas crianças, mesmo após

freqüentar oficinas e/ou consultar a literatura relevante (DUPAUL; STONER,

2007).

Segundo Andrade (2002), a verdade é que os professores estão muito

atarefados, não conseguindo lidar com o assunto. Afinal de contas, lidam com

diversos alunos que apresentam problemas e não podem se dedicar aos

alunos com TDAH. Aliás, diante de uma turma superlotada, torna-se muito

difícil para um professor dar atenção individualizada aos alunos, e acompanhar

as dificuldades e avanços de cada um.

Contudo, o professor deve buscar soluções para as dificuldades do dia-

a-dia, pois a profissão de professor deve ser guiada pela busca incessante de

melhorias que influenciem diretamente no fazer pedagógico. Com essa postura

ativa diante das suas dificuldades e das dos seus alunos, o professor tornará

as suas aulas mais prazerosas tanto para o seu aluno como para si mesmo.

A seguir algumas sugestões para os professores lidarem com o TDAH:

• Realmente tenha certeza que o aluno tem TDAH;

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• Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com

TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudança de rotina;

• Coloque os alunos nos primeiras fileiras do centro da classe e de costas

para ela;

• Não fale de costas, mantenha sempre contato visual com os alunos;

• Mescle atividades de alto e baixo interesse durante o dia;

• Repita ordens, instruções, faça frases curtas e peça para os alunos

repeti-las;

• Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar

materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos;

• Esteja sempre em contato com os pais;

• O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido;

• Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula pequenas, um

professor para cada oito alunos é indicado;

• Proporcione um ambiente acolhedor;

• Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;

• Proporcione trabalho de aprendizagem em pequenos grupos,

favorecendo oportunidades sociais;

• Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as

deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH;

• Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais

da comunidade;

• Coloque limites claros e objetivos;

• Tenha atitude disciplinar equilibrada, proporcione avaliação contínua,

com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um

comportamento adequado;

• Repare se a criança se isola durante situações recreativas, barulhentas;

• Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes

(som, visão tato).

• Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou orientador

da escola. Ele é a melhor ligação entre escola, pais e médico;

• Em relação ao dever de casa, preocupe-se mais com a qualidade de

que com a quantidade. Eles precisam de uma carga de atividades

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menor.

Sabemos que os desafios para se desenvolver um bom trabalho com

alunos que tem TDAH são muitos, o professor deve ser o principal interessado

em fazer com que esse aluno tenha bons rendimentos, mas para isso esse

profissional deve buscar a parceria da família e de profissionais da área

neurológica, para que juntos possam encontrar mecanismos que contribuam

para um melhor rendimento do ensino e da aprendizagem de alunos com

TDAH.

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CAPÍTULO - II

COMO ACONTECE A APRENDIZAGEM

Falar da aprendizagem é algo muito complexo, mas, que de grande

importância para esse estudo hora apresentado.

Na visão de (MC Connell APUD PILLETI 2002), a aprendizagem é a

progressiva mudança do comportamento que está ligada de um lado, a

sucessivas apresentações de uma situação e, de outro, a repetidos esforços

dos indivíduos para enfrentá-la de maneira eficiente. Já para (Gagné APUD

PILLETI 2002), a aprendizagem é uma modificação na disposição ou na

capacidade do homem. Modificação essa que pode ser anulada e que não

pode ser simplesmente atribuída ao processo de crescimento. Segundo

(Sawrey e Telford APUD PILLETI 2002), normalmente, consideram-se como

aprendidas as mudanças de comportamento relativamente permanentes, que

não podem ser atribuídas à maturação, lesões ou alterações fisiológicas do

organismo, mas, que resultam da experiência.

Podemos dizer então que aprendizagem é um processo de mudança de

comportamento, conseguido por meio da experiência e por fatores emocionais,

neurológicos, relacionais e ambientais. Aprender é o resultado da interação

entre estruturas mentais e o meio ambiente. Atualmente com a mudança de

paradigma educacional em que o aluno é o centro da atenção, e o professor é

co-autor do processo de aprendizagem.

Alguns fatores são determinantes para acontecer a aprendizagem são

eles:

• Motivação: um dos mais importantes, pois, quando não existe motivação

raramente haverá aprendizagem;

• Objetivo: o aluno deve ter claro na sua mente porque ele está estudando

determinado tema, se é relevante para sua vida. Caso contrário o aluno

não se preocupará em aprender;

• Preparação e prontidão: quando o aluno está apto a atingir os objetivos

e assim satisfazer sua necessidade;

• Obstáculos: são barreiras que servem de estímulos para acontecer a

aprendizagem;

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• Respostas: são caminhos para vencer os obstáculos;

• Reforço: são formas de superação de obstáculos até conseguir a

resposta que leva à satisfação da necessidade;

• Generalização: é quando o indivíduo tende a repetir ações que deram

certo, em situações semelhantes.

Segundo (Gagné APUD PILLETI 2002), existem oito tipos de

aprendizagem:

• Aprendizagem de Sinais (associada a estímulos);

• Estímulo-Resposta (cadeia estímulo-resposta-reforço);

• Cadeias Motoras ( várias cadeias motoras, estímulo-resposta-reforço

seguidas, numa determinada ordem);

• Cadeias Verbais (várias associações de palavras, como frases, poesias,

sinônimos);

• Aprendizagem de Discriminação (dar respostas diferentes a estímulos

semelhantes),

• Aprendizagem de Conceitos (dar a mesma resposta a estímulos

diferentes em vários aspectos);

• Aprendizagem de princípios (cadeia de dois ou mais conceitos);

• Solução de problemas (aplicar princípios já conhecidos na solução de

problemas).

Como vimos anteriormente há várias formas de aprendizagem e a

educação vista sob a ótica da aprendizagem representa a voz e a oportunidade

de ser levado em consideração. O conhecimento como cooperação,

criatividade e criticidade, fomenta a liberdade e a coragem para transformar. O

aprendiz se torna sujeito, ator principal da sua própria aprendizagem.

A educação tem o dever de formar sujeito com capacidade de criar e

recriar sua própria história, não sendo apenas mero expectador da vida.

É importante conhecer as diferentes teorias da aprendizagem, haja vista

que possibilitam ao educador adquirir conhecimentos, atitudes e habilidades

que lhe permitirão alcançar melhor os objetivos do ensino. Mas, é imperativo

que compreendamos o modo como as pessoas aprendem e as condições

necessárias para a aprendizagem, bem como identificar o papel do professor

nesse processo. (FREITAS et.al, 2006,p.3)

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2.1- Teorias da aprendizagem

A aprendizagem apesar de ser algo que ocorre durante toda a vida, muitos

estudiosos ainda não foram capazes de desvendar o que acontece no cérebro

de uma pessoa que aprende alguma coisa, acredita-se que a alteração ocorre

no sistema nervoso, mas, não se tem tanta certeza assim. Diante de tantas

incertezas surgem as teorias que tem como objetivo, entender e explicar o

processo de aprendizagem.

1- Teoria do Condicionamento

Segundo (Skinner APUD PILLETI 2002), a associação da resposta desejada a

um reforço faz com que o indivíduo repita a mesma ação em situações futuras.

Mas essa teoria é muito eficiente para animais, no ser humano não se tem

conhecimento de tanta eficiência assim

2-Teoria da Gestalt

A aprendizagem é vista como INSIGHT, ou seja, de repente se encontra as

respostas que estava procurando, em momentos inesperados.

3- Teoria de Campo

Busca explicitar que a aprendizagem está intimamente ligada ao campo

psicológico do indivíduo, atitudes sentimentos e emoções, interfere no

momento que a mesma está ocorrendo.

4- Teoria Cognitiva

Tem como ponto principal enfatizar que a aprendizagem ocorre concomitante

quando se raciocina, sendo importante que a escola se aproxime o máximo

possível da realidade vivida pelos alunos, fazendo com que os mesmos

participem ativamente da escola.

5 -Teoria Fenomenológica

Uma das mais importantes teorias da aprendizagem, pois se entende que a

aprendizagem ocorre a partir da experiência do próprio aluno, utilizando

recursos pedagógicos que tenha sentido para o mesmo, com o intuito de

desenvolver as capacidades e potencialidades de cada um.

2.2- Conceito de dificuldades de aprendizagem

As dificuldades de aprendizagem são inerentes ao ser humano e

determinantes em sua vida, e podem ser de grande prejuízo quando não

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tratada de maneira correta por parte da escola, que atribui ao próprio aluno a

culpa de não conseguir resultados satisfatórios. O que contribui para a evasão

escolar.

O termo dificuldades de aprendizagem não é muito simples para se

definir, requer ainda muita discussão e reflexão para se chegar a um

denominador comum. Os principais conceitos que se tem sobre D.A são:

O National Joint Committee on Learning Desabilities (NJCLD,1998,P1),

define como sendo um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de

transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na aquisição e

uso da escuta, fala leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas.

A Individual With Desabilities Education ACT (IDEA), diz que: “dificuldade

de aprendizagem específica significa uma perturbação em um ou mais dos processos

psicológicos básicos envolvidos na compreensão ou utilização da linguagem falada ou

escrita, que pode manifestar-se por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler,

escrever, soletrar ou fazer cálculos matemáticos. O termo não engloba as crianças que

tem problemas de aprendizagem resultantes principalmente de deficiências visuais,

auditivas ou motoras, deficiência mental, de perturbação emocional ou de

desvantagens ambientais, culturais ou econômicas”. (Federal Register, 1977,

p.65083, citado por correia, 1991).

Como podemos perceber são inúmeros os aspectos que se leva em

consideração no termo D.A, sendo este mais aceito por ser mais amplo do que

o termo dislexia, disgrafia, entre outros. Esses a meu ver são ramificações das

dificuldades de aprendizagem (D.A).

2.3- Tipos de dificuldades de aprendizagem

Entender as Dificuldades de Aprendizagem não é tarefa nada fácil, pois

muitos fatores podem contribuir para o aparecimento das mesmas, vejamos os

tipos mais comuns das D.A.

2.3.1 Deficiência da Percepção Visual

Normalmente é percebida no momento que a criança vai à escola,

especificamente quando começa o processo de alfabetização, pois se precisam

memorizar sons para se desenvolver a escrita, leitura e cálculo. a deficiência

da percepção visual apresenta os seguintes sintomas:

- atraso na aprendizagem da escrita;

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- dificuldade para lembrar as formas das letras e números;

- confunde letras e palavras;

- dificuldade de memorizar sequencias numéricas, fórmulas e ilustrações.

2.3.2 Deficiência de Processamento da Linguagem

Geralmente a criança que tem essa deficiência tem dificuldade em

processar as informações, ocorrendo mais devagar do que em uma pessoa

normal. Elas podem aprender, mas, ”(...) podem ter problemas com qualquer

aspecto da linguagem: ouvir as palavras corretamente, entender seu

significado, recordar materiais verbais e comunicar-se claramente” (SMITH;

STRICK, 2001, p.48).

2.3.3 Deficiências Motoras finas

Aparentemente essa deficiência não afeta o desenvolvimento cognitivo,

pois, a criança raramente não consegue controlar plenamente somente alguns

músculos das mãos o que prejudica a escrita, impedindo a sua comunicação

através da mesma.

2.4- TDAH e as dificuldades de aprendizagem

Tomei a liberdade de colocar um tópico separado das demais

dificuldades de aprendizagem, devido a muitas contradições existentes

envolvendo TDAH e a aprendizagem. Há autores que afirmam que TDAH é

uma dificuldade de aprendizagem, porém, outros contestam dizendo que nem

todas as crianças com TDAH são acometidas por dificuldades de

aprendizagem.

Segundo Barkley (2002, p.114), é preciso salientar que entre 20 e 30%

de crianças com TDAH apresentam pelo menos um tipo de deficiência de

aprendizado, em matemática, leitura ou ortografia. Uma porcentagem muito

pequena para ser considerada uma dificuldade de aprendizagem, ainda

necessita de mais estudos na área para comprovar o fato.

Veja o que afirma Schwartzman (2001), embora o TDAH possa estar

vinculado ás dificuldades de aprendizagem escolar, esta associação não é

plena, já que os indivíduos com TDAH apresentam D.A escolar em 20 a 80%

dos caos, enquanto as D.A ocorrem em 10 a 43% dos caos de TDAH.

Como se vê não dá para afirmar que TDAH é uma dificuldade de

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aprendizagem, já que há contradições nas afirmações.

É importante ter em mente que todos os tipos de dificuldades de

aprendizagem podem variar imensamente em termos de gravidade. Enquanto

algumas têm impacto razoavelmente global sobre aquisição escolar, muitas

deficiências são tão sutis e específicas que interferem em apenas uma faixa

muito estreita de atividades.

Também é importante recordar que as D.A frequentemente se

sobrepõem e ocorrem em combinações quase intermináveis. Na verdade, cada

estudante com D.A é praticamente único, uma realidade que pode tornar a

identificação e a intervenção um desafio. (SMITH; STRICK, 2001,p.57).

Então faz se necessário que o educador tenha conhecimentos que

possa ajudar a identificar características de cada educando, e as possíveis

dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos mesmos, pois, cada ser

humano é único com suas peculiaridades, modo de vida e culturas diferentes.

25

CAPÍTULO – III

ACHADOS DA PESQUISA

Este capítulo foi desenvolvido para fazer a tabulação dos dados da

pesquisa, e analisar os resultados encontrados no formulário dos professores.

Os dados evidenciam que 40% dos professores que responderam o

formulário têm como formação profissional a graduação e pós-graduação em

nível de especialização como podemos ver no gráfico a seguir:

GRÁFICO 01

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

-

MAGISTÉRIONIVEL SUPERIORSUPERIOR E PÓS

O gráfico demonstra que os professores que foram pesquisados em sua

maioria possui especialização, mas não na área de educação especial.

Podemos observar também que 30% dos professores só concluíram

o nível médio na modalidade de magistério, o que vai de encontro às políticas

públicas para a educação básica que diz: que todo professor deve ter pelo

menos o ensino superior para estar em regência de classe. Indicador esse que

confirma a necessidade de qualificar o professor para melhorar sua prática

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pedagógica.

No que consiste aos fatores que interferem na aprendizagem dos alunos

com TDAH, 60% afirmaram que a falta de interação entre família e escola é o

principal empecilho para a aprendizagem, 50% disseram que a falta de

conhecimento por parte dos professores sobre o assunto, e a escola não está

preparada para lhe dar com o problema, são os fatores que estão entre os que

mais dificultam o processo de aprendizagem, outros fatores também foram

citados pelos docentes entrevistados entre eles está: a falta de recursos

pedagógicos 40%, o uso de práticas pedagógicas inadequadas pelo professor

30%, e o excesso de alunos por turma. Vejamos o gráfico:

GRÁFICO 02

FATORES QUE INTERFEREM NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS

COM TDAH.

Resultado esse que indica que para os professores a família é

fundamental para a aprendizagem efetiva dos alunos com TDAH, não

colocando em primeiro lugar o despreparo da escola, muito menos a falta de

conhecimento dos professores para trabalhar com esse aluno de forma

adequada. Não seria transferir a responsabilidade da escola e do professor

27

para a família? Não que a família não seja importante, mas a escola deve estar

preparada para as dificuldades que poderá aparecer, ficando claro que a

maioria dos professores atribui o fracasso desses alunos a ausência da família

na escola.

No que concerne a participação dos professores em cursos de

capacitação sobre TDAH oferecido pelo MEC ou SEDUC, o resultado é

surpreendente 90% dos professores disseram que não participaram de cursos

sobre TDAH.

GRÁFICO-03

PARTICIPAÇÃO EM CURSO DE CAPACITAÇÃO OFERECIDO

PELO MEC OU SEDUC.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

SIMNÃO

Ficando claro que a inclusão não é algo prioritário na educação

brasileira, o que temos é muito marketing e pouca ação, esses dados

confirmam umas das hipóteses do plano de pesquisa: a falta de investimentos

em cursos de capacitação na área de educação inclusiva.

Em relação ao conceito do TDAH podemos detectar que 60%

28

conceituaram como sendo um distúrbio do cérebro, conceito atualmente em

desuso, hoje em dia após estudos sobre o tema síndrome é o conceito mais

aceito. E as 30% conceituaram como uma síndrome, 10% como uma doença

mental. Observemos o gráfico:

GRÁFICO – 04

COMO OS PROFESSORES CLASSIFICARAM TDAH

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

DOENÇAMENTAL

UM DISTÚRBIODO CÉREBRO

UMASÍNDROME

Perguntei aos professores se eles se sentem preparados para ensinar alunos

com TDAH, 90% afirmaram não se sentirem preparados, apenas 10%

enfatizaram que estão preparados. Segue o gráfico com o resultado:

29

GRÁFICO – 05

SE SENTE PREPARADO PARA ENSINAR ALUNOS COM TDAH

O fato da maioria dos docentes não sentirem segurança confirma a falta

de conhecimento sobre o tema e de investimentos por parte dos governantes

em cursos de capacitação na área de educação inclusiva.

Seguindo a análise dos dados irei mostrar os resultados obtidos quando

perguntado sobre a disponibilidade de professor itinererante e de sala de

recursos, para auxiliar o professor da classe regular e/ou da classe especial na

escola em que trabalham, 90% afirmaram não ter nenhum dos itens citados

acima na escola em que trabalha, e apenas 10% disse ter apoio especializado,

não sei se podemos realmente chamar de apoio pois a professora que afirmou

ter apoio ela trabalha sozinha na classe especial, e tem apenas o magistério, e

alguns curso sobre educação especial. Vejamos o gráfico para

compreendermos melhor:

90%

10%nãosim

30

GRÁFICO – 06

DISPONIBILIDADE DE PROFESSOR ITINERANTE E SALA DE

RECURSOS

0%

20%

40%

60%

80%

100%

sim

não

No geral, os resultados obtidos a partir da visão dos professores,

evidenciam que a educação inclusiva é algo que pode e deve ser melhorado no

município de Capitão Poço.

31

CONCLUSÃO

Estudar TDAH e a aprendizagem na visão dos professores das escolas

estaduais Antonio Valdenir e Terezinha Bezerra Siqueira, ambas no município

de Capitão Poço, proporcionou-me verificar os fatores que mais interferem na

aprendizagem de alunos com TDAH.

Através desta investigação pode-se constatar que os professores em

sua totalidade não possuem formação adequada para trabalhar com Educação

Inclusiva, a maioria possui nível superior e até especialização, mas, em outras

áreas. Os dados analisados evidenciam que a falta de interação entre família e

escola é o principal fator que dificulta a aprendizagem dos alunos com TDAH

na visão dos professores entrevistados.

O contato com os professores favoreceu a compreensão de que eles

têm noção do seu papel e de sua função social. Entretanto vimos que os

grandes desafios estão na superação dos condicionantes sócio-econômicos,

políticos e culturais.tal situação exige destes profissionais melhor capacitação

para lidar com essa complexa situação, e pelo resultado desse estudo nem o

MEC, nem a SEDUC contribuem com a capacitação desses profissionais da

educação .

Nesse sentido é possível concluir que a pesquisa foi válida e

imprescindível para a melhor compreensão das dificuldades que interferem na

aprendizagem dos alunos com TDAH, sob a ótica dos professores do Ensino

Fundamental (1º ao 5º ano). Neste caso o estigma do ensino público de ser

ruim, passa a ser de esperança e crença na valorização da educação. Na

essência de todo esse processo estará, certamente a Educação Inclusiva que

precisa ser disseminada em sua plenitude para que se possa construir uma

sociedade igualitária.

32

BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Enio Roberto de. Quadro Clínico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. In. Princípios e práticas em TDAH. Porto Alegre: Artmed ,2002. TOPAZEWSKI, Abram. Hiperatividade: como lidar? São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.p.89. CASTRO, Chary,A. Alba; Nascimento, Luciana.TDAH- Inclusão nas escolas. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2009. BENCZIK, Edyleine B. P. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Atualização diagnóstica e terapêutica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. DSM- IV- Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Tradução de Dayse Batista 4: Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. ROHDE, Luís Augusto; BENCZIK, Edyleine B. P. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: O Que é? Como Ajudar? . Porto Alegre: Artmed,1999. FONSECA, V. da. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. SMITH, Corine; STRICK, Lisa. Dificuldades de Aprendizagem de A a Z: um guia completo para pais e educadores. Porto Alegre: Artmed, 2001 LEONHARDT, Cíntia Dalke; FRANÇA, Rodrigo Marcelino de. As Entrelinhas das Dificuldades de aprendizagem. Revista de divulgação técnico - cientifíca. Do ICPG. Vol.3n. 11-jul-dez: 2007, p.29-35. PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional, 17ª Ed, São Paulo, Ática, 2002.

LAKATOS, E.M. e MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo,Atlas, 1999.

GOLDESTEIN, SAM. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. São Paulo : Papirus, 1998. 246 p.

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ANEXOS

ANEXO 1- FORMULÁRIO DOS PROFESSORES

Universidade Cândido Mendes Pró-Reitoria de planejamento e desenvolvimento

Curso: Especialização em Educação Especial e Inclusiva Pesquisa de trabalho de conclusão de curso

Tema: TDAH ( transtorno déficit de atenção e hiperatividade) e a Aprendizagem

Formulário- professores 1- Formação profissional. ( ) Ensino Médio ( ) Magistério ( ) Nível Superior ( ) Superior e Pós qual curso? ____________________. 2- Para você, qual ou quais os principais fatores que interferem na aprendizagem de alunos com TDAH. ( ) A escola não está preparada para lhe dar com o problema. ( ) A falta de interação entre família e escola. ( ) O uso de práticas pedagógicas inadequadas pelo professor. ( ) A falta de recursos pedagógicos. ( ) O excesso de alunos por turma. ( ) A falta de conhecimento por parte dos professores sobre o assunto. 3- Você já participou de algum curso de capacitação sobre TDAH oferecido pelo MEC ou SEDUC? ( ) Sim ( ) não 4- Como você classificaria o TDAH? ( ) Uma doença mental. ( ) Um desvio de conduta. ( ) Um distúrbio do cérebro. ( ) Uma síndrome (conjunto de sintomas e sinais). 5- Você se sente preparado (a) para ensinar aluno(a)s com TDAH? ( ) Sim ( )Não 6- A escola dispõe de professor itinerante e sala de recursos para auxiliar o professor da classe regular e/ou da classe especial? ( ) Sim ( ) não