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INTRODUÇÃO

“O Senhor Edwards é um cristão firme e excelente... creio jamais ter visto alguém como

ele em toda a Nova Inglaterra.” George Whitefield

Se você me perguntasse quem foi o maior pastor americano dos últimos 300 anos, eu

creio que a resposta seja Jonathan Edwards. Se você me perguntasse quem foi o maior

pregador dos últimos três séculos, minha resposta seria a mesma: Jonathan Edwards. Se

você me perguntasse quem foi o maior teólogo/filósofo que viveu nos Estados Unidos nos

mesmos 300 anos, a resposta seria novamente Jonathan Edwards. E, se você me

perguntasse quem foi o mais profundo autor americano dos últimos 300 anos, novamente

a resposta seria Jonathan Edwards. Mas Edwards não se tornou esta grande força

espiritual da noite para o dia. Como todos os crentes, ele foi resultado da graça

progressiva, no qual Deus estava trabalhando desde sua adolescência.

Quando Jonathan Edwards tinha dezenove anos de idade, ele estava firmemente decidido

a viver para a glória de Deus. Edwards levava esse objetivo tão a sério que escreveu suas

Resoluções para ajuda-lo a traçar um caminho cuidadosamente definido nessa direção.

Essas resoluções serviriam como uma declaração de sua missão pessoal para o resto de

sua vida. Elas eram uma série de setenta declarações de propósito, cada uma

começando com a forte afirmação “Resolvi”. Essas Resoluções registraram seu desejo

supremo de viver inteiramente para a honra de Deus e de disciplinar a si mesmo a fim de

alcançar tal propósito. Edwards estava firmemente determinado a viver para a glória de

Deus. As primeiras quatro resoluções tornaram essa ambição abundantemente clara. De

acordo com J. I. Packer, Edwards era: “centrado em Deus, focado em Deus, inebriado em

Deus e fascinado por Deus. Não estou exagerando. Todos os dias, desde a manhã até a

noite, ele buscava viver em comunhão consciente com Deus”. Esse era o inequívoco

batimento do coração de Jonathan Edwards.

A única pergunta que restava para Edwards era: Como ele iria, na prática, viver isso?

Quais as principais áreas de sua vida precisariam ser dominadas, disciplinadas e

colocadas debaixo do controle do Senhorio de Cristo? As respostas a tais questões

seriam o foco das demais resoluções. Para Edwards, a busca pela glória de Deus não era

algo etéreo ou filosófico, não era algo distinto do âmago da vida diária. Não se tratava de

um exercício mental a ser desenvolvido numa remota torre de marfim, distante das

realidades da vida. Pelo contrário, Edwards acreditava que o trabalho prático de buscar a

glória de Deus em sua vida envolveria coisas bastante realistas, coisas do dia a dia,

coisas comuns. A glória de Deus seria vivida na rotina básica e diária da vida; coisas

como o uso de seu tempo, de sua língua, comer e beber, estudo da Bíblia e oração,

honrar os pais, amor pelos outros, autoexame, arrependimento e mais. Assim, conforme

Edwards escrevia o restante de suas resoluções, elas tratavam de assuntos relacionados

ao intenso aspecto prático.

Então, tendo estabelecido a fundação central nas quatro primeiras resoluções, a questão

permanecia: como? Como Edwards se conduziria de forma prática em seu dia a dia de

forma a glorificar a Deus ao máximo em sua vida? Começando pela quinta e indo até a

septuagésima resolução, a qual conclui a lista, Edwards pensou cuidadosamente nos

meios necessários para realizar esse objetivo final. Em outras palavras, ele sabia qual ele

queria que fosse o mais elevado objetivo de sua vida. Era glorificar a Deus. Como ele

poderia glorificar a Deus mais? Conforme Edwards pegava sua Bíblia e avaliava seu

coração, ele tentou unir as duas coisas. Ele se propôs a conformar sua vida às Escrituras.

No coração das demais sessenta e seis resoluções, Jonathan Edwards documentou seu

desejo de viver com uma perspectiva da eternidade. Muitas destas resoluções lidam com

um foco em três assuntos cruciais: tempo, morte e eternidade. Ele deveria viver com a

eternidade gravada em seus olhos, mesmo quando era um menino de dezoito anos. A

natureza premente da eternidade deveria governar e guiar o modo como ele vivia dentro

do tempo. Se ele perdesse a visão da eternidade, seu tempo seria mal gasto, mal usado e

desperdiçado. Especificamente, Edwards fixou seu olhar na brevidade do tempo, na

certeza da morte e na extensão da eternidade. Ter o olhar fixo nestas três realidades o

ajudaria a colocar sua vida sob o foco devido. Consequentemente, muitas das resoluções

restantes lidam com estes três assuntos. Esse será o foco deste estudo.

I. RESOLUÇÃO #5:

“Nunca desperdiçar um único momento de tempo”

Para Edwards, o tempo era algo muito precioso, valioso e totalmente insubstituível

quando perdido. O tempo que ele tinha pertencia a Deus. Edwards corretamente

entendeu que ele era apenas um mordomo de seu tempo. Era um empréstimo da parte de

Deus e devia ser investido com sabedoria. Tenho a maior parte de sua vida ainda diante

de si, esse jovem puritano queria que cada momento restante contasse estrategicamente

para a glória de Deus. Ele não podia desperdiçar sua vida ou seu tempo. Ambos, sua vida

e seu tempo, estavam inseparavelmente conectados. Se ele fosse glorificar a Deus com

sua vida, então ele devia remir o tempo que lhe fora dado. O mal uso de seu tempo

desonraria a Deus. Assim, o uso proveitoso de seu tempo era um meio pelo qual ele iria

glorificar ao Senhor.

A. Valorize seu tempo

“jamais desperdiçar...tempo”

Edwards percebeu que ele não tinha tempo a perder enquanto vivesse neste mundo.

Perder tempo era como perder dinheiro, só que pior. Riquezas perdidas podem ser

reconquistadas, mas não o tempo perdido. Uma vez que o tempo é perdido, ele é perdido

para sempre, jamais será recapturado. Uma vez perdido, jamais substituído. A cada

pessoa é conferida uma quantidade especifica de tempo por Deus. O número de dias,

horas e segundos que cada pessoa tem, já foi determinado por Deus, muito antes de o

mundo ser criado. A quantidade de tempo que alguém possui foi ordenada por Deus.

Portanto, qualquer que for o tempo que você tem, ele deve ser usado sabiamente.

“Os dias do homem estão determinados; tu decretaste o número de seus meses e

estabeleceste limites que ele não pode ultrapassar” (Jó 14.5).

“Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (Salmo

90.12).

“Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos

no teu livro antes de qualquer deles existir” (Salmo 139.16).

“Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo,

mas desfrutá-lo da maneira mais proveitosa possível.”

Além disso, Deus decretou certas oportunidades dentro do tempo que nos foi confiado as

quais devem ser usadas para Ele. Estas janelas de tempo são abertas para nós por Deus,

mas apenas por um tempo. Estas portas abertas logo se fecharão. Elas só podem ser

usadas no tempo que Deus determinou. Esta porta de oportunidade logo se fechará. Se

for devido passar por determinada porta aberta, isso deve ser feito agora. Ela logo se

fechará, talvez para nunca mais abrir. Se essa janela de tempo for desperdiçada e

perdida, ela está perdida para sempre. São decretos divinos dentro do tempo, uma

temporada divinamente organizada de tempo que nunca será reproduzida novamente.

Essas oportunidades são momentos de Deus, orquestradas por Deus com propósitos

eternos em vista. Sábio é aquele que captura estas oportunidades criadas por Deus

dentro do tempo e as usam para a glória de Deus.

Estações Passageiras, Tempos Oportunos

Existem estações e períodos quando Deus concede a cada crente ministrar aos filhos ou

ministrar aos descrentes, tempos estes que não podem ser recuperados. Tais estações

devem ser agarradas agora.

“Portanto, que todos os que são fiéis orem a ti enquanto podes ser encontrado” (Salmo

32.6a).

“Mas eu, Senhor, no tempo oportuno, elevo a ti minha oração; responde-me, por teu

grande amor, ó Deus, com a tua salvação infalível!” (Salmo 69.13).

“Busquem o Senhor enquanto se pode acha-lo; clamem por ele enquanto está perto”

(Isaías 55.6).

Jonathan Edwards estava decidido a não perder um momento sequer de seu tempo, nem

nenhuma oportunidade dentro do tempo. Ele não podia deixar que o tempo escapasse por

entre seus dedos. Ele não podia desperdiçar nem segundos nem estações para servir a

Deus. Tal perda falharia totalmente em glorificar a Deus. Desperdiçar tempo é desperdiçar

vida. Como alguém desperdiça seu tempo? De muitas formas: ociosidade, preguiça,

inatividade, futilidade, etc.; coisas que Edwards decidiu não fariam parte de sua vida.

B. Maximize Seu Tempo

“desfrutá-lo da maneira mais proveitosa possível”

Edwards acreditava que o uso adequado de seu tempo deveria ser continuamente

aperfeiçoado a fim de ser o mais proveitoso possível. Ele precisava investi-lo com a maior

taxa de retorno para a eternidade. Ele estava comprometido com o fato de que seu tempo

precisava estar sempre sendo redirecionado e reinvestido para propósitos eternos. “A

maneira mais proveitosa possível” de usar o tempo é gastá-lo com o que for de maior

importância para a eternidade. Este fato obriga ao investimento de cada momento de

cada dia para a glória de Deus. Cada segundo investido em honrar a Deus é bem

investido.

“Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas

como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus.

Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor”

(Efésios 5.15-17).

“Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as

oportunidades” (Colossenses 4.5).

II. RESOLUÇÃO #7

“Se fosse a última hora da minha vida”

Edwards também percebeu que ele só poderia usar bem o seu tempo se considerasse

cada hora como se fosse a última hora de sua vida. Como resultado, ele se propôs a não

fazer nada que ele não gostaria de ser encontrado fazendo caso fosse a última hora de

sua vida. Edwards afirmou:

Focar na última hora de sua vida, aqueles minutos e momentos finais quando alguém seja

ao fim de sua vida, tem uma maneira dramática de priorizar agora o que é mais

importante na vida. Edwards queria viver no presente para aquilo que seria o mais

importante naquela futura última hora. Edwards sabia que se ele sempre vivesse como se

fosse sua última hora, isso reprimiria pensamentos, atividades e palavras pecaminosas.

Além disso, teria o efeito de ajuda-lo a escolher os mais elevados objetivos na vida. Nem

todas as escolhas no uso do tempo são entre o bom e o mau. Algumas das escolhas mais

difíceis são entre o bom, o melhor e o excelente. Viver sempre como se estivesse no final

de sua vida o ajudaria a manter uma estrita consideração para com Deus e com os

outros; e, a viver para o excelente, a glória de Deus. Isso o ajudaria a viver sem pecados

não confessados ou sem arrependimento em sua vida. Mais além, sempre viver como se

essa hora fosse sua última hora o ajudaria a manter coisas superficiais fora de sua vida. A

última hora da vida de alguém só tem tempo para o que é mais importante. A última hora

de alguém é um momento para compartilhar o evangelho com aqueles que se ama,

determinar se sua salvação está em ordem, buscar expressar amor àqueles mais

importantes, confessar todos os pecados, e assim por diante.

“Depois de dizer isso, Jesus olhou para o céu e orou: Pai, chegou a hora. Glorifica o teu

Filho, para que o teu Filho te glorifique” (João 17.1).

“Tendo-o provado, Jesus disse: ‘Está consumado!’ Com isso, curvou a cabeça e entregou

o espírito” (João 19.30).

Se essa fosse a última hora da tua vida

Deixe-me perguntar-lhe: Se você tivesse uma hora para viver, como você gastaria essa

“Resolvi nunca fazer alguma coisa que eu não faria caso

fosse a última hora da minha vida.”

última hora? O que seria mais urgente? O que fosse mais importante em sua vida ficaria

evidente? A quem você precisaria dizer que ama? A quem você precisaria testemunhar

de Cristo? Que pecado seria confessado? Que erro teria que ser corrigido? Que

relacionamento precisaria ser restaurado? A resposta que você der a tal pergunta é a

forma que você precisa viver agora. É assim que Jonathan Edwards decidiu viver sua

vida.

III. RESOLUÇÃO #10

“Pensar nas dores do martírio e do inferno”

A fim de manter uma perspectiva correta, Edwards decidiu pensar sobre a morte dos

mártires, aqueles santos cujas vidas haviam sido tiradas de forma tão violenta pela causa

do evangelho. Além disso, ele escolheu pensar sobre as dores das almas condenadas ao

inferno, sofrendo sob a ira de Deus. Qualquer dificuldade que Edwards estivesse

experimentando era relativamente pequena comparada com as dores do martírio e do

inferno. Manter essa perspectiva eterna iria fortalecer sua resistência em meio às

dificuldades e o levaria a prosseguir com mais força.

A. Pensar nas dores do martírio

“quando sentir dor, pensarei nas dores do martírio”

Quando Edwards sentia dor, ele a comparava às dores associadas ao martírio. Seja qual

fosse a doença física ou sofrimento emocional que ele sentisse, não se comparava às

dores daqueles que encontraram uma morte violenta nas mãos de opressores maus. Seja

qual fosse a frustração que ele experimentasse na vida e no ministério, não se comparava

às dores do martírio. Tal visão da vida o manteria prosseguindo com firmeza.

“E mandou decapitar João na prisão. Sua cabeça foi levada num prato e entregue à

jovem, que a levou à sua mãe” (Mateus 14.10,11).

“Arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas

deixaram seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto apedrejavam

Estêvão, este orava: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito’. Então caiu de joelhos e

bradou: ‘Senhor, não os consideres culpados deste pecado’. E, dizendo isso, adormeceu”

(Atos 7.58-60).

O sangue dos mártires

Eu certamente já experimentei a veracidade dessa resolução em minha própria vida. Eu

tenho sido grandemente encorajado e fortalecido ao pensar nas dores do martírio. Pelos

últimos anos, eu tenho mantido uma foto de John Rogers (1500-1555), colada na parte

“Resolvi que quando sentir dor pensarei nas dores do

martírio e do inferno.”

interna da capa da minha Bíblia. Ele está lá para me lembrar de ser corajoso sempre que

eu pregar. Rogers foi o primeiro mártir a ser morto sob o reino de terror de Maria, a

Sanguinária, Rainha da Inglaterra. Ele sofreu por causa de seu comprometimento em

pregar a verdade da Palavra de Deus. Maria, a Sanguinária, esse diabo em forma de

mulher, fez com que esse piedoso pastor fosse queimado na fogueira em frente de sua

própria igreja na presença de uma grande multidão de milhares que se reuniram naquele

dia para testemunhar esse abominável espetáculo. Os oficiais negaram os pedidos da

família de Rogers de o visitarem nas últimas semanas que ele ficou cativo na prisão.

Conforme o levavam para a fogueira, seus filhos correram por entre a multidão e

abraçaram-no por um breve momento antes que fossem retirados e a marcha à fogueira

continuasse.

Na providência de Deus, Ele me chamou a viver um período bastante difícil alguns anos

atrás. Foi um tempo no qual eu tive que pagar um grande preço por pregar a verdade da

Palavra de Deus. Conforme eu passava por minha difícil experiência que me causava

grande dor, eu encontrei grande coragem e consolo na foto e no exemplo de John

Rogers. Conforme eu refletia em sua vida, Eu percebia que, comparado com ele, minha

vida tinha sido muito fácil. Ninguém tentara me queimar numa fogueira. Ninguém impedira

minha família de me ver. No dia após minha ordenação eu estava cercado por centenas

de pessoas que me amavam. A verdade é que havia sido bom pra mim ter meditado com

frequência no martírio de John Rogers. Deus usou o exemplo heroico desse homem para

me manter firme em minha caminhada.

B. Pensar nas dores do inferno

“quando sentir dor, pensarei nas dores do... inferno”

Ainda mais graficamente, Edwards também considerava as dores dos condenados no

inferno. Edwards acreditava que sempre que ele sentisse as dores da vida, ele deveria

compará-las ao indizível tormento daqueles que já estão no inferno. Tal perspectiva

colocaria tudo sob a perspectiva correta. Seja qual fosse a dificuldade que ele estivesse

experimentando, não poderia se comparar à completa fúria da ira eterna de Deus imposta

sobre os pecadores que rejeitaram a Cristo. Como ele poderia reclamar de suas

dificuldades? Como ele poderia chorar em seus problemas? Ou desistir? Sua provação

era relativamente insignificante quando comparada ao tormento dos condenados no

inferno.

“O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz

tropeçar e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde

haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 13.41,42).

“No Hades, onde estava sendo atormentado, ele olhou para cima e viu Abraão de longe,

com Lázaro ao seu lado. Então, chamou-o: ‘Pai Abraão, tem misericórdia de mim e

manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque

estou sofrendo muito neste fogo’” (Lucas 16.23,24).

“Também beberá do vinho do furor de Deus que foi derramando sem mistura no cálice da

sua ira. Será ainda atormentado com enxofre na presença dos santos anjos e do

Cordeiro” (Apocalipse 14.10).

IV. RESOLUÇÃO #50

“Quando eu chegar ao mundo vindouro”

Edwards queria moldar sua vida presente de acordo com o que seria mais importante no

mundo vindouro, o céu. O que fosse mais importante lá, na eternidade, deveria ser mais

importante agora, neste mundo. Assim, Edwards se propôs a viver sempre com uma

perspectiva da eternidade. Ele decidiu viver com os olhos fixados no céu e na

recompensa eterna. Ele escolheu sempre estar olhando além deste mundo presente, com

todas suas vãs promessas e prazeres vazios, para a recompensa eterna que esperava

aqueles que amam a Deus. De tal forma, no dia 5 de Julho de 1723, Edwards escreveu o

seguinte:

O que é de maior importância quando alguém entra na glória? Não a minúcia trivial deste

mundo. Não as coisas passageiras e temporárias da presente era. Não o ganho de

riquezas terrenas. Não a conquista de fama mundana. Tudo isso será destituído pela

morte. Ao invés disso, o que é de maior importância lá é aquilo que é eterno e duradouro.

“Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vêm, mas no que não se vê, pois o que se

vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2 Coríntios 4.18).

“Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó, preferindo ser

maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado durante algum tempo.

Por amor a Cristo, considerou a desonra riqueza maior do que os tesouros do Egito,

porque contemplava a sua recompensa. Pela fé saiu do Egito, não temendo a ira do rei, e

perseverou, porque via aquele que é invisível” (Hebreus 11.24-27).

“Resolvi agir da maneira que eu julgarei ter sido a melhor e

mais prudente quando eu chegar ao mundo vindouro.”

V. O SERMÃO DE EDWARDS

“A preciosidade do tempo”

Em Dezembro de 1734, Edwards pregou um sermão intitulado: “A preciosidade do tempo

e a importância de remi-lo”. A data deste sermão é importante porque ele marca o inicio

do primeiro grande reavivamento (1734-1736), que veio ao seu ministério pastoral em

Northampton. No mês anterior, novembro de 1734, Edwards pregara dois sermões

marcantes intitulados “Justificação pela fé”. Eles eram polêmicas contra os perigos

mortais que ele percebeu estar atacando as igrejas da Nova Inglaterra, o arminianismo e

o antinomianismo. Estas duas aberrações teológicas geralmente andam de mãos dadas,

ambas promovendo um evangelho centrado no homem. Como resultado, Deus começou

a despertar a igreja em Northampton. O mês seguinte, dezembro de 1734, vislumbrou as

primeiras três conversões na congregação. Logo depois, dezenas e até milhares de

pessoas viriam a conhecer a Cristo.

No centro deste reavivamento estava o sermão que Jonathan Edwards pregou sobre a

preciosidade do tempo. Seu texto era Efésios 5.16, “aproveitando ao máximo cada

oportunidade”, o qual Edwards usou para mostrar que os crentes deveriam sempre

aperfeiçoar o uso do tempo que lhes era concedido por Deus. Na breve introdução do

sermão, Edwards afirmou que “o tempo é extremamente precioso”. Como resultado, os

cristãos deveriam “estudar a fim de aperfeiçoar as oportunidades das quais desfrutavam”

e “trabalhar para corrigir outros de seus maus caminhos”. Tendo afirmado isso, ele

imediatamente prosseguiu para estabelecer seu primeiro grande título acerca do porque o

tempo é tão precioso.

A. Porque o tempo é precioso

Com os incisivos poderes da razão, Edwards primeiramente enfatizou para sua

congregação que o tempo é precioso pelas seguintes quatro razões:

1. O tempo afeta a eternidade

Edwards argumentou que a forma como o crente investe seu tempo, seja sabia ou

insensatamente, tem consequências eternas. Questões eternas repousam e se articulam

sobre o uso adequado do tempo.

“Uma eternidade feliz ou miserável depende do bom ou mau proveito do tempo... isso faz

com que o tempo seja extremamente precioso, porque nosso bem estar eterno depende

de seu proveito... ele está sobre todas as coisas preciosas, uma vez que nosso estado na

eternidade depende dele... O tempo é tão precioso porque através dele temos a

oportunidade de escapar da miséria eterna e de obter benção e glória eternas. Disso

depende nossa fuga de um mal infinito e nossa obtenção de um bem infinito.”

2. O tempo é muito curto

Combinando a preciosidade do tempo está o fato de que cada pessoa tem pouco tempo.

O tempo tem um estoque cada vez menor. Ninguém tem tempo suficiente para

desperdiçar um único momento. Edwards fez soar esta advertência seguida destes

versos:

“A escassez de qualquer mercadoria faz com que os homens imponham alto valor sobre a

mesma, especialmente se for algo necessário e sem o qual não seja possível viver...

Assim, o tempo deve ser ainda mais valorizado pelo homem porque toda a eternidade

depende dele; e, ainda, temos pouco tempo... Temos apenas um momento antes da

eternidade. O tempo é tão curto e o trabalho que temos para realizar é tão grande que

não temos tempo a perder. O trabalho que temos que fazer para nos preparar para a

eternidade deve ser realizado no tempo, ou nunca poderá ser realizado.”

3. O tempo é incerto

Edwards também argumentou que ninguém sabe quanto tempo ainda tem. A quantia de

tempo que alguém possui e que continuamente diminui, é sempre uma quantidade

incerta. Com frequência, é menos do que se presumiria.

“O tempo deve ser estimado por nós como sendo muito precioso porque nós não temos

certeza de sua continuidade. Nós sabemos que é bastante breve, mas não sabemos quão

breve. Nós não sabemos quanto tempo ainda temos, seja um ano, ou muitos anos, ou

somente um mês, uma semana ou um dia... Se um homem tivesse poucas provisões para

uma jornada ou viagem, e ao mesmo tempo soubesse que se tais provisões não fossem

suficientes ele morreria no caminho, ele as escolheria e usaria com mais sabedoria.

Quanto mais os homens estimariam seu tempo se soubessem que eles têm apenas

alguns meses ou alguns dias mais de vida!”

4. O tempo não pode ser recuperado

O tempo perdido jamais pode ser recuperado. Uma grande propriedade pode ser perdida

numa falência e ser recuperada depois num sensato investimento. Mas isso não se aplica

ao tempo. Uma vez que o tempo é perdido, ele é perdido para sempre. É isso que torna o

tempo tão precioso. Uma vez desperdiçado é irrecuperável.

“O tempo é muito precioso porque uma vez passado ele não pode ser recuperado. Há

muitas coisas que os homens possuem que, se forem perdidas, podem ser obtidas

novamente... Mas isso não diz respeito ao tempo; uma vez passado, passado para

sempre; nem a dor nem o dinheiro podem recuperá-lo. Embora nos arrependamos com

frequência por termos permitido que ele passasse sem que o aproveitássemos enquanto

o tínhamos, isso não faz a menor diferença... Se um homem perdesse todas as suas

posses mundanas e fosse à falência, é possível que tal perda possa ser reparada. Ele

pode ter uma condição tão boa quanto a anterior. Mas, quando o tempo da vida é perdido,

é impossível que venhamos a obter outro tempo como o que se passou.”

B. Quem Perde Tempo

Nesta seção, Edwards prosseguiu de forma a desafiar de maneira mais direta seus

ouvintes. Ele agora fala àqueles em maior risco de desperdiçar seu tempo e, assim, de

trazer desonra a Deus. Ele tem três grupos em sua mira, conforme se segue:

1. Aqueles envolvidos em ociosidade

Edwards considerava isso algo leviano, viver de maneira ociosa era uma grande ameaça

a viver para a glória de Deus. Aqueles que se envolvem em “não fazer nada” no que diz

respeito ao reino de Deus estão degradando a glória de Deus. Edwards transmitiu essa

repreensão apoiando-se nos seguintes versos:

“Alguns passam a maior parte de seu tempo no bar, com seus copos, e andando sem

rumo de casa em casa, desperdiçando suas horas com conversas inúteis e desvantajosas

as quais não tem valor”.

Edwards então citou os seguintes versículos a fim de firmar seu argumento:

“Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em palavras leva à pobreza” (Provérbios

14.23).

“O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador” (Provérbios 18.9).

“A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome” (Provérbios

19.15).

“Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de

trapos” (Provérbios 23.21).

2. Aqueles envolvidos em perversidade

Edwards também desafiou o vulgar mau uso do tempo por aqueles que o desperdiçavam

em atividades pecaminosas. Isso, ele argumentou, era pior do que não fazer nada com o

tempo, como mencionado previamente. Aqui o tempo era pior do que perdido, mas usado,

ao invés disso, para seu próprio dano, como também para o dano de outros.

“Alguns gastam muito tempo se deleitando em práticas ou conversas imundas, mantendo

companhias depravadas, corrompendo e iludindo as mentes dos outros, dando mau

exemplo, e levando outros a pecar; levando não apenas suas próprias almas à ruínas,

como também as almas dos outros. Muitos gastam grande parte de seu precioso tempo

em detração e maledicência; em falar contra os outros; em contendas, não apenas

brigando entre si, mas fomentando e encorajando brigas e contendas... O tempo que eles

passam na terra será de maior prejuízo para eles do que se tivessem passado o mesmo

tempo no inferno.”

3. Aqueles envolvidos em buscas unicamente mundanas

Finalmente, Edwards buscou confrontar e desafiar aqueles que gastavam seu tempo

exclusivamente em buscas mundanas ao ponto de negligenciarem suas almas.

“Aquele cujo tempo é usado em se importar e trabalhar apenas para o mundo, em se

perguntar o que irão comer e o que irão beber, e com que se vestirão; em planejar o

ganho de tesouros na terra, em como enriquecer, em como se tornar grandes no mundo,

ou em como viver em circunstâncias confortáveis e prazerosas, enquanto estão aqui; que

ocupam suas mentes e empregam suas forças nestas coisas; eles perdem seu precioso

tempo... Você gastou grande parte de seu tempo e grande parte de suas forças em

ganhar um pouco do mundo; e quão pouco bem isso lhe fez, agora que você conseguiu o

que queria! Que felicidade ou satisfação você pode colher disso? Isso lhe dará paz de

espírito ou algum conforto ou quietude racionais? O que sua pobre, necessitada e finita

alma ganhou com isso? E que expectativas isso lhe dá com relação à eternidade? E que

proveito tudo o que você adquiriu terá quando não houver mais tempo?

C. Como aprimorar o tempo

Nesta seção, Edwards prosseguiu dando a seus ouvintes uma poderosa exortação

relacionada ao melhor uso do tempo. Aqui está o que eles deviam considerar:

1. Considere sua responsabilidade diante de Deus

Edwards corretamente argumentou que cada crente é um servo de Cristo. Assim, cada

servo prestará contas de si mesmo a seu Mestre, Cristo, de tudo que lhe foi confiado, até

do uso de seu tempo. Essa é uma grande parte da responsabilidade do homem diante de

Deus.

“O tempo é um talento dado a nós por Deus; Ele determinou nosso dia; e, não é sem

propósito, nosso dia foi estabelecido para algum serviço; portanto, Ele irá, no final do dia,

nos chamar a prestar contas... Você não se comportaria de maneira diferente se você

considerasse consigo mesmo todas as manhãs, que você tem que prestar contas a Deus

de como você deveria ter gasto aquele dia? E se você considerasse consigo mesmo, no

final de cada tarde, que você tem que prestar contas a Deus, como você gastaria aquela

noite?”

2. Considere que você já perdeu muito tempo

Edwards enfatizou o fato de que seus ouvintes já haviam perdido muito do tempo que lhes

fora conferido. Eles não podem se permitir perder mais tempo. Muito já foi perdido. Esta

firme percepção exige uma meticulosa correção de tal má administração do tempo agora.

“Tendo em vista que você já perdeu muito tempo, você precisa ser ainda mais diligente...

(1) Uma vez que sua oportunidade é consideravelmente menor... (2) Você tem a mesma

tarefa a realizar que você tinha no começo. Considerando que você não realizou seu

trabalho, ele ainda precisa ser realizado... Assim, não apenas o tempo que você tem para

realizar seu trabalho diminuiu, seu trabalho aumentou. Você não apenas tem o mesmo

trabalho a fazer, você tem mais trabalho... (3) Você que desperdiçou sua juventude com

pecado, perdeu a melhor parte.

3. Considere aqueles que estão no fim de seu tempo

Além disso, Edwards impressionou sua congregação enfatizando o quão grandemente o

tempo é valorizado pelos homens quando eles chegam ao final de suas vidas e

consequentemente de seu tempo. Aqueles que se encontram em seus leitos de morte não

podem fazer nada para recuperar seu tempo, considere isto! Edwards exortou:

“Pobres pecadores, quando estão em seu leito de morte, possuem um grande senso da

preciosidade do tempo. Muitos já clamaram: “Ah, eu daria milhares de mundos em troca

de um pouco de tempo!” Então o tempo parece ser algo realmente precioso... A

aproximação da morte torna os homens sensíveis ao inestimável valor do tempo.”

4. Considere aqueles que já se foram

Edwards concluiu esta seção instando seus ouvintes a considerar aqueles que já tinham

concluído o tempo que lhes fora dado. Ou seja, ele pleiteou que eles considerassem

aquelas almas que já estão no inferno. Elas dariam tudo para usar seu tempo de maneira

diferente nesse mundo. Não caia na mesma armadilha, Edwards alertou, que caíram

aquelas almas atormentadas agora no inferno.

“Que pensamentos você acredita que dariam à preciosidade do tempo, aqueles que

perderam sua oportunidade de obter vida eterna e foram para o inferno? Embora tenham

usado seu tempo de maneira liberal enquanto viviam, e não tenham lhe dado um grande

valor; como eles mudaram seu julgamento... O que eles não dariam por um de teus dias,

debaixo dos meios da graça! Você também, mais cedo ou mais tarde, terá essa

convicção. Mas, se você for convencido apenas como eles foram convencidos, será tarde

demais.

D. Aja agora enquanto você tem tempo

A força total do sermão altamente impactante de Edward agora chega a uma conclusão

dramática e poderosa. Este fiel pastor desafiou seus ouvintes a aperfeiçoarem o uso de

seu tempo agora, sem demora. Hesitar em corrigir o uso do tempo apenas aumenta o

problema. Mudanças no melhor uso do tempo devem ser feitas agora! Edwards concluiu

com esta urgente exortação:

“Se você demorar e adiar tal aperfeiçoamento, ainda mais tempo será perdido... Não fale

mais de estações oportunas daqui em diante; mas aprimore seu tempo enquanto você o

tem.”

Edwards então concluiu com as seguintes passagens bíblicas:

“Eu me apressarei e não hesitarei em obedecer aos teus mandamentos” (Salmo 119.60).

“Busquem o Senhor enquanto se pode acha-lo; clamem por ele enquanto está perto”

(Isaías 55.6).

“Pois ele diz: ‘Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação’. Digo-lhes que

agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!” (2 Coríntios 6.2).

A MORTE DE EDWARDS

O triunfo final

Adiante-se comigo agora para o final da memorável vida de Edwards. Depois da terrível

frustração de ser removido do pastorado em Northampton, Massachusetts, após 22 anos

de ministério fiel ali, e depois de sete anos difíceis e isolados no campo missionário em

Stockbridge, o último volume da vida de Edwards estava pronto para ser escrito, um

brilhante capítulo por sinal. Em janeiro de 1759, Jonathan Edwards assumiu a presidência

de Princeton, sucedendo seu genro, Aaron Burr, que havia se casado com sua filha

Esther. Então no ápice de sua vida, ele estava cheio de anseios para o futuro tendo

muitos projetos de escrita diante de si. Ele estava ansioso em escrever o que certamente

teria sido sua magnum opus, uma teologia sistemática, de fato uma teologia bíblia, uma

versão expandida de uma séria de sermões que ele havia pregado anteriormente

intitulada “A história da obra de redenção”. Tal trabalho concluído teria sido um tesouro

querido para a igreja, algo semelhante em valor a “Escravidão da Vontade” (The Bondage

of the will), de Martinho Lutero; e “As institutas da Religião Cristã” (Institutes of the

Christian Religion), de João Calvino. Mas não foi assim. O último volume da vida de

Edwards era para ser apenas um último capítulo.

Depois de um mês como presidente de Princeton, em fevereiro de 1759, Jonathan

Edwards foi vacinado contra varíola. Tragicamente a vacina teve o efeito contrário nele.

As postulas em sua garganta se tornaram tão grandes que ele não conseguia engolir os

fluídos necessários para lutar contra a febre. Logo ficou evidente que ele iria morrer.

Edwards mandou chamar sua filha Lucy para ficar ao lado de seu leito, sendo ela o único

membro de sua família que estava em Princeton; Sarah, sua esposa, ainda estava em

Stockbridge empacotando seus pertences e se preparando para viajar para Princeton.

Lucy recebeu suas últimas palavras. Com confiança inabalável na soberania absoluta de

Deus, Edwards falou não com remorso, mas resoluto.

“Querida Lucy, parece-me ser a vontade de Deus que eu a deixe em breve; assim,

expresse meu mais terno amor à minha querida esposa, e lhe diga que, a união incomum

que por tanto tempo subsistiu entre nós, foi de tal natureza ao ponto de ser espiritual e

assim continuará para sempre; e, eu espero que ela seja auxiliada em tão grande

tribulação e se submeta alegremente à vontade de Deus. E quanto a meus filhos, vocês

serão deixados sem pai, o que eu espero lhes sirva de estímulo para buscar um pai que

nunca irá lhes falhar.”

Edwards morreu repentinamente em 22 de março de 1759, aos 55 anos de idade, apenas

dois breves meses após se tornar presidente de Princeton. Ele morreu para a glória de

Deus. Ele havia se preparado para esse dia durante toda a sua vida. Ao tomar

conhecimento da morte de Jonathan, Sarah, ainda em Stockbridge, empacotando seus

pertences, escreveu à sua filha Ester em 3 de abril, dizendo:

“O que direi: um santo e bom Deus nos cobriu com uma nuvem negra. Que beijemos sua

autoridade e cubramos nossas bocas! O Senhor o fez, Ele me fez adorar sua bondade por

termos tido a ele por tanto tempo. Mas meu Deus vive; e Ele tem meu coração. Que

legado meu esposo, e teu pai, nos deixou! Nós somos todos dados a Deus: e lá eu estou

e lá amo estar.”

Resolvi viver sem arrependimentos

Como um universitário de 18 anos de idade, pastoreando no centro da cidade de Nova

York, Jonathan escrevera suas resoluções a fim de viver ao máximo “para a glória de

Deus”: se ele pudesse maximizar sua vida para Deus, então ele poderia morrer sem

arrependimentos. O curso que havia traçado quando jovem, ele o manteve até o fim.

Jonathan Edwards morreu como viveu – buscando a glória de Deus. Nunca ele esteve

mais decidido a cumprir esta resolução do que no momento de sua morte. Anos antes,

ainda adolescente, Edwards havia se preparado para esse dia. Ele morreu como havia

desejado, sem arrependimentos. Anteriormente, ele havia escrito:

Jonathan Edwards foi a personificação desta resolução. Ele viveu e morreu sem

arrependimentos. Você fará o mesmo?

Soli Deo Gloria

Dr. Steven J. Lawson

Dr. Steven J. Lawson, “How Edwards Pursued the Glory of God” Unpublished document © 2005 Steve Lawson

“Eu frequentemente ouço pessoas idosas dizerem como elas

viveriam se pudessem viver suas vias novamente. Resolvi

viver da maneira como desejaria ter vivido, supondo que eu

viva até uma idade avançada.”