INTRODUÇÃO - MBA Presencial e Distância · 8 INTRODUÇÃO O processo de tomada de decisões...

37
8 INTRODUÇÃO O processo de tomada de decisões estratégicas é definido como o conjunto de atividades racionais, intuitivas, políticas e culturais, que levam a organização a determinar a maneira mais adequada, dentro de um contexto, de dirigir os esforços e recursos organizacionais visando à obtenção de seus objetivos estratégicos (Ansoff, 1991; Cyert e March, 1963; Pettigrew, 1987; Simon, 1972) Decidir é administrar. Sendo verdadeiro que pessoas a todo o momento têm que decidir ante as mais diferentes situações e sobre problemas os mais diversos. Decisões de gestão são, acima de tudo, riscos. Algumas pessoas são mais conservadores, outras possuem características inovadoras e empreendedoras estando mais dispostas a assumir riscos em potencial. As características pessoais daqueles que possuem o poder decisório podem representar tanto o sucesso como o fracasso das pessoas e organizações. Para que as decisões sejam tomadas com rapidez e qualidade que gere excelência é imprescindível desenvolver determinadas habilidades nos tomadores de decisão. Uma vez que uma abordagem convencional, que estabeleça ênfase nas soluções lógico-racionais dos problemas não pode enfrentar a velocidade com que as mudanças surgem no cenário empresarial, e muito menos lidar com as incertezas e os conflitos relacionados com o moderno gerenciamento de empresas e pessoas, descobriu-se o potencial da intuição, que parece ser um horizonte para fortalecer os julgamentos efetuados em condições de incerteza. O gestor atual tem cada um, um método próprio para tomadas de decisões, que priorizam, para cada tipo de decisão (tempestivas ou intempestivas), uma estratégia diferente. Ele precisa administrar as incertezas, selecionando entre as várias alternativas de cursos de ação, àquela que lhe pareça mais adequada, com a convicção de estar no verdadeiro caminho do sucesso. Para isso deverá usar todas as ferramentas e informações que

Transcript of INTRODUÇÃO - MBA Presencial e Distância · 8 INTRODUÇÃO O processo de tomada de decisões...

8

INTRODUÇÃO

O processo de tomada de decisões estratégicas é definido como o

conjunto de atividades racionais, intuitivas, políticas e culturais, que levam a

organização a determinar a maneira mais adequada, dentro de um contexto, de

dirigir os esforços e recursos organizacionais visando à obtenção de seus

objetivos estratégicos (Ansoff, 1991; Cyert e March, 1963; Pettigrew, 1987;

Simon, 1972)

Decidir é administrar. Sendo verdadeiro que pessoas a todo o

momento têm que decidir ante as mais diferentes situações e sobre problemas

os mais diversos. Decisões de gestão são, acima de tudo, riscos. Algumas

pessoas são mais conservadores, outras possuem características inovadoras e

empreendedoras estando mais dispostas a assumir riscos em potencial. As

características pessoais daqueles que possuem o poder decisório podem

representar tanto o sucesso como o fracasso das pessoas e organizações.

Para que as decisões sejam tomadas com rapidez e qualidade que gere

excelência é imprescindível desenvolver determinadas habilidades nos

tomadores de decisão. Uma vez que uma abordagem convencional, que

estabeleça ênfase nas soluções lógico-racionais dos problemas não pode

enfrentar a velocidade com que as mudanças surgem no cenário empresarial, e

muito menos lidar com as incertezas e os conflitos relacionados com o

moderno gerenciamento de empresas e pessoas, descobriu-se o potencial da

intuição, que parece ser um horizonte para fortalecer os julgamentos efetuados

em condições de incerteza.

O gestor atual tem cada um, um método próprio para tomadas de

decisões, que priorizam, para cada tipo de decisão (tempestivas ou

intempestivas), uma estratégia diferente. Ele precisa administrar as incertezas,

selecionando entre as várias alternativas de cursos de ação, àquela que lhe

pareça mais adequada, com a convicção de estar no verdadeiro caminho do

sucesso. Para isso deverá usar todas as ferramentas e informações que

9

dispõe. Deve aplicar todos os métodos conhecidos, mas seu discernimento e

intuição lhe conferem uma visão única do problema e de sua solução.

O tomador de decisão individual deve estar apto para trabalhar, sempre

que possível, exaustivamente múltiplos fatores como risco e expectativa, de

forma a traçar um painel do resultado da decisão dentro de um determinado

tempo, e monitorar o processo após a tomada de decisão, a fim de aprender

com o feedback. Tendo em vista as ambiguidades, incertezas e demandas

conflitivas, a qualidade de juízo de um tomador de decisão determina o destino

de toda a organização. Por isso a capacidade de associar intuição com

racionalidade é a essência da excelência em gestão.

Ao tomador de decisão é essencial construir um mecanismo

operacional de discernimento e desenvolver o autoconhecimento para não

deixar que seu modelo mental interfira na sua visão global do objetivo e

estratégia.

A questão principal deste estudo é: “Decisão: função lógica ou

intuitiva? Como essas funções se complementam no processo de tomada de

decisões administrativas individuais?”

Os objetivos deste trabalho são:

1. Através de uma revisão de literatura, apresentar algumas

estruturas e variáveis do processo de tomada de decisão.

2. Relacionar capacidades e estilos que tornam a decisão algo

pessoal e intuitivo, a despeito de todo o desenvolvimento de sistemas

de informações. E demonstrar que o debate sobre o poder da intuição

no contexto empresarial é tema amplo, ainda pouco explorado, mas

com alto valor para uma visão corporativa mais competitiva diante as

incertezas, riscos e mudanças de cenários cada vez mais rápidas e

abrangentes.

Este trabalho examinará alguns atributos indispensáveis ao tomador de

decisão, tanto nas decisões tempestivas quanto nas intempestivas, para o

sucesso de suas resoluções estratégicas, considerando o valor da razão e da

intuição para que este sucesso aconteça, tendo em vista que há fatores

10

subjetivos e não facilmente identificáveis na maior parte dos processos de

tomada de decisão.

O Capitulo I procurará fundamentar a importância e influência da

intuição no processo decisório.

O Capítulo II apresentará os processos lógicos de decisão. Mencionará

a História da decisão, segundo Buchman e O’Cornnell, ressaltará o valor da

informação num processo decisório. Listará, também, etapas do processo

decisório, modelos de tomada de decisões estratégicas, alguns passos e

armadilhas do processo decisório. Relacionará algumas habilidades essenciais

aos agentes da decisão para conduzirem um processo com segurança.

Indicará fatores pessoais de influência e abordará alguns estilos decisórios

descritos em literatura própria.

O Capítulo III mostrará como o discernimento é essencial no processo

decisório, que deve mesclar a lógica e a intuição, extraindo o melhor de cada

forma de decidir, apresentando alguns exemplos, divulgados na mídia, sobre

decisões estratégicas e seus atores.

11

CAPÍTULO I

DECISÃO: FUNÇÃO INTUITIVA

Existem diversas definições para o termo intuição. Intuição não é agir

por impulso nem é contrária a razão. A seguir, algumas definições que

representam o entendimento desse trabalho:

Segundo Vergara (1991), intuição é uma função psíquica que permite

acesso ao conhecimento de forma imediata, sem análises ou mediações e

transcende a razão.

Conforme Motta (2007), intuição é algo altamente impregnado dos

conhecimentos e experiências acumulados pelo indivíduo, mas que, talvez,

ainda não sejam parte do próprio consciente.

De acordo com Fischer (1989), intuição é saber algo sem estar cônscio

disso. É um conhecimento que parece chegar até nós sem sabermos de onde

provém; uma percepção súbita, um insight sem uma evidência lógica.

Um tomador de decisões tem bons motivos para confiar na intuição.

Numa pesquisa com executivos feita por Parikh, quando aluno da Harvard

Businnes School, os entrevistados disseram que usam tanto a intuição quando

sua capacidade analítica, embora atribuíssem 80% dos sucessos a intuição.

Em "A Quinta Disciplina”, Peter Senge (1990, p.156/157) condensa

com elegância a abordagem holística:

“indivíduos com alto nível de domínio pessoal (...) evitam

escolher entre a razão e a intuição, ou entre a cabeça e o

coração, assim como não preferem caminhar com uma

perna só ou ver com um só olho. Afinal piscar fica mais

fácil quando usamos os dois olhos.”

12

Destaca a interação entre a razão e intuição, visto que depois de

décadas sendo ignorada, recentemente a intuição começou a ter grande

aceitação no campo administrativo.

“O raciocínio sistêmico pode ser a chance para integrar

razão e intuição. A intuição foge ao raciocínio linear, com

sua ênfase exclusiva em causa e efeito que estão

próximos no tempo e no espaço. O resultado é que a

maioria das nossas instituições não fazem “sentido”, ou

seja, não podem ser explicadas em termos de lógica

linear. Muitas vezes administradores experientes têm

intuições interessantes sobre problemas complexos, as

quais não conseguem explicar. A intuição lhes diz que

causa e efeito não estão próximos no tempo e no espaço,

que as soluções obvias farão mais mal que bem, e que

“quebra-galhos” de curto prazo produzem problemas a

longo prazo. Mas eles não podem explicar suas idéias

numa simples linguagem linear de causa-efeito. Einstein

certa vez declarou “Nunca descobri nada com minha

mente racional”. No entanto, pegava instituições

brilhantes e transformava-as em proposições sucintas,

racionalmente testáveis.” (SENGE, 1990, p.157/158).

Os tomadores de decisão nem sempre dispõem de informações

suficientes para selecionar alternativas claras ou calcular seu risco, precisam

tomar decisões sob condições de incerteza. Para fazer isso, devem recorrer à

intuição e à criatividade, Nesse contexto, quem toma decisões usa a

criatividade para combinar idéias de maneiras novas e fazer associações

incomuns a fim de solucionar problemas de forma criativa

O debate sobre a intuição no contexto empresarial é um assunto que

está se tornando um elemento fundamental no pensamento e nas práticas de

negócios. Contudo a intuição apresente uma estrutura conceitual abrangente e

pouco explorada, bem como um processo de aproveitamento amplo.

13

O processo de decisão não será sempre lógico-racional. As escolhas

serão muitas das vezes intuitivas e pessoais – e acontecerão numa fração de

segundos. Muitas vezes no intuitivo já temos uma decisão, mas optamos por

aquela que as análises lógicas sugerem. O que nos dá confiança para decidir

com base na intuição? Segundo Oscar Motomura, diretor-geral do Amana Key,

na reportagem da Revista Você SA de agosto de 2003, p.74, “Quando o

propósito está claro e nobre e visa o bem comum, tudo fica mais simples”.

A intuição resulta de um processo de amadurecimento. Ela é um

reflexo de situações vividas anteriormente. Entretanto, a intuição pode ser

traiçoeira, caso a ligação seja feita com experiências negativas. E também nem

sempre as situações parecidas são iguais. Por isso é importante um

autoconhecimento, para não cair em armadilhas

Rafael Klein em entrevista à revista Isto É Dinheiro de outubro de 2010,

p.64, declarou que "eles (pai e avô) também me ensinaram a escutar, digerir as

informações, conversar com o travesseiro e só depois tomar as decisões.”

Desenvolver a intuição requer treino, da mesma forma com se aprende

a tocar um instrumento musical. Uma vez integrada ao dia-a-dia, pode tornar-

se uma norteadora para as decisões individuais e uma ferramenta para o

sucesso. De nada serve abrir esse canal de comunicação com o inconsciente

se o conhecimento não impulsionar ações. Segundo Parikh (1994), nas

grandes organizações, executivos bem-sucedidos já admitem que aprenderam

a confiar na intuição, e que ela se tornou mais precisa à medida que depositam

cada vez mais credibilidade nela. Em um levantamento internacional

organizado por Parikh, 53,6% dos administradores afirmaram usar em igual

proporção a intuição e a lógica e o raciocínio, enquanto 7,5% disseram que se

guiam principalmente pela intuição na tomada de decisões.

O reconhecimento do papel da intuição como componente do processo

de tomada de decisão tornou-se um conteúdo dos mais citados por executivos

bem sucedidos, que se sentem cada vez mais estimulados a elevar o seu

potencial intuitivo.

14

CAPITULO II

DECISÃO: FUNÇÃO LÓGICO-RACIONAL

A decisão é parte do processo decisório, que é parte do processo de

resolução de problemas. O processo de resolução de problemas deve

obedecer à racionalidade, a decisão deve incluir a intuição, a fim de agregar

valores diante das rápidas mudanças do mundo globalizado.

2.1 - História da decisão através dos tempos

Alguns autores, como Buchanan e O’Connell (2006) entendem que a

tomada de decisão é parte de um fluxo de pensamento iniciado nos tempos em

que o homem buscava orientação nos astros. Através dos tempos, o homem

buscou desenvolver novas ferramentas decisórias e atualmente o crescente

refinamento das gestões de risco, os avanços tecnológicos e a compreensão

das variáveis do comportamento humano e das habilidades cognitivas, guiam

positivamente as tomadas de decisões.

No quadro abaixo os autores destacam que a cronologia de decisão é

longa, rica e diversificada.

ANO EVENTOS Séc. 6 a.C. Confúcio explica que toda decisão de ser influenciada pela

benevolência, o ritual, a reciprocidade e a piedade filial.

Séc. 5 a.C. Em Atenas, cidadãos do sexo masculino tomam decisões pelo

voto, num dos primeiros exemplos de autogestão democrática.

Séc. 4 a.C. Platão diz que tudo o que é perceptível deriva de arquétipos

eternos e é melhor apreendido pela alma do que pelos sentidos.

Aristóteles prega uma visão empírica do conhecimento que

valoriza a informação obtida por meio dos sentidos e do

raciocínio dedutivo.

15

399 a.C. Numa das primeiras decisões por júri, 500 cidadãos de Atenas

condenam Sócrates à morte.

Séc. 9 O sistema numérico indo-arábico, que inclui o zero, circula pelo

império árabe, estimulando o crescimento da matemática.

Séc. 11 Omar Khayyam usa o sistema numérico indo-arábico para criar

uma linguagem de cálculo que abre o caminho para o

desenvolvimento de álgebra.

Séc. 14 Um frade inglês propõe a “navalha de Occam”, um princípio

básico para cientistas e quem mais analise dados: computadas

todas as evidências, a melhor de todas as teorias é a mais

simples.

1620 Francis Bacon afirma a superioridade do raciocínio indutivo na

investigação científica.

1641 René Descartes propõe que a razão é superior à experiência na

obtenção do conhecimento e estabelece o arcabouço para

método científico.

1660 A aposta de Pascal na existência de Deus mostra que para o

tomador de decisão as consequências do erro, e não a

probabilidade de errar, podem ser de suma importância.

Séc. 19 Carl Friedrich Gauss estuda a curva do sino antes descrita por

Abraham de Moivre, e cria uma estrutura para compreensão da

ocorrência de eventos aleatórios.

1900 Estudos de Sigmund Freud sobre o inconsciente sugerem que

atos e decisões do indivíduo muitas vezes são influenciados por

causas ocultas na mente.

1921 Fran Knight distingue o risco (no qual é possível saber a

probabilidade de um resultado e,portanto buscar proteção) da

incerteza (quando é impossível saber a probabilidade de um

desfecho)

1938 Chester Barnard distingue a tomada de decisão pessoal da

organizacional para explicar por que certos funcionários agem

com o interesse da empresa, e não o próprio, em mente.

16

1944 Num livro sobre a teoria dos jogos, Jonh von Neumnn e Oskar

Morgenstern descrevem uma base matemática para a tomada

de decisões econômicas: assim como a maioria dos teóricos até

ali, julgam que o tomador de decisão é racional e coerente.

1947 Rejeitando a noção clássica de que quem toma decisões age

com perfeita racionalidade, Herbert Simon diz que, devido ao

custo de reunir informações, o executivo toma decisões com

uma “racionalidade limitada”, contentando-se com decisões

“boas o bastante”.

Dec. 50 Pesquisas realizadas no Carnegie Institute of Technology e no

MIT vão levar ao surgimento das primeiras ferramentas

informatizadas de apoio à decisão.

Dec. 60 Edmund Learned C.Roland Christensen, Kenneth Andrews e

outros desenvolvem o modelo de análise SWOT (vantagens,

desvantagens, oportunidades e ameaças, na sigla em inglês),

para a tomada de decisão em prazos curtos e circunstâncias

complexas.

Dec. 70 John D.C.Little desenvolve a teoria fundamental de sistema de

apoio à decisão e aumenta a capacidade destes.

Dec. 80 A famosa frase “Ninguém nunca foi demitido por comprar um

IBM” simboliza decisões motivadas primordialmente pela

segurança.

1984 W. Carl Kester promove o conceito de opções reais ao sugerir

que o gestor pense em oportunidades de investimentos como

opções sobre o futuro crescimento da empresa.

Daniel Isenberg explica que o executivo costuma combinar

planejamento rigoroso com intuição quando o grau de incerteza

é elevado.

1989 Howard Dresner apresenta o termo “business intelligence” para

descrever uma série de métodos de apoio a um processo

decisório analítico sofisticado voltado a melhorar o desempenho

da empresa.

17

1992 Max Bazerman e Margarete Neale fazem a conexão entre

estudos sobre decisões comportamentais e negociações no livro

“Negociando Racionalmente”

1995 Anthony Greenvald cria o teste de associação implícita para

revelar atitudes ou crenças inconscientes capazes de influenciar

o julgamento

1996 Usuários de internet passam a decidir o que comprar com base

no que já foi adquirido por indivíduos similares.

2005 Em Blink, Malcolm Gladwell explora a tese de que decisões

instantâneas são, às vezes, melhores do que as fundamentadas

em longas análises racionais.

Fonte: BUCHANAN, L e O’CONNELL, Uma breve história da tomada de decisão. IN.

Harvard Business Review. Página: 22-29, Janeiro de 2006.

2.2 - Etapas do processo decisório

Segundo Uris (1989), um processo de tomada de decisão para por 7

etapas, sendo elas: análise e identificação da situação: a situação do ambiente

onde o problema está inserido, deve ser claramente identificado, através do

levantamento de informações, para que se possa chegar a uma decisão segura

e precisa; desenvolvimento das alternativas: em função do levantamento das

informações, ou seja, da coleta de dados, pode se chegar a possíveis

alternativas para a resolução do problema proposto; comparação entre as

alternativas: levantamento das vantagens e desvantagens de cada alternativa;

classificação dos riscos de cada alternativa: as decisões sempre envolvem

riscos, em níveis diversos. Devemos, sempre, considerar o grau de risco de

cada alternativa, optando pela alternativa que apresente o menor grau de risco.

Entretanto, às vezes, faz-se necessário assumir um grau de risco alto,

considerando os objetivos a serem alcançados; escolher a melhor alternativa:

tendo o conhecimento das vantagens, desvantagens e riscos, o decisor deve

ser capaz de identificar a melhor solução para seu problema; execução e

18

avaliação: a alternativa escolhida fornecerá resultados que deverão ser

comparados e avaliados com as previsões anteriores; extração das lições

positivas e/ou negativas oriundas de todo o processo decisório.

Essas etapas são consecutivas e importantes para traçar um rumo no

processo de tomada de decisão tempestivas, tendo em vista que num processo

de decisão intempestiva, algumas etapas são eliminadas por falta de tempo.

2.3 - Modelos de Tomada de Decisão

Os modelos de tomada de decisão não são, em verdade, excludentes

entre si, mas sim complementares, tendo em vista todas as nuances de um

processo completo de tomada de decisão. Todos os modelos dependem da

qualidade das informações e do tempo que se dispõe para estruturar ou não

um processo de tomada de decisão. São ferramentas tangíveis que

impulsionam um processo de tomada de decisão

2.3.1 - Modelo matemático de Benjamin Franklin

Esse modelo consiste em definir o problema, relacione os critérios

importantes para avaliar as alternativas, estabeleça pesos a cada fator,

mensurando-os por ordem de importância, totalize cada opção e pronto. A

opção de maior nota é a melhor. Ocorre que o mundo não é uma ciência exata,

e nem sempre a opção de maior peso é a mais adequada.

19

2.3.2 - Modelo da racionalidade limitada de Simon (1965)

Para Herbert Simon a tarefa de decidir é composta de três etapas, com

um constante feedback entre elas. A primeira é a fase da prospecção ou

investigação, caracteriza-se pela percepção da necessidade de decisão de um

problema ou oportunidade. A segunda fase é da concepção: relaciona-se com

a análise dos vários cursos de ação e as possíveis consequências decorrentes

de cada opção e sua potencial aplicabilidade. A terceira fase é a da avaliação

ou escolha: baseia-se na avaliação comparativa de cada curso de ação e as

possíveis conseqüências e escolha de uma opção, a partir de informações e

valores pessoais e organizacionais.

Entretanto Simon (1965) alerta que é impossível que o decisor conheça

todas as alternativas de que dispõe com todos os seus resultantes, ou seja, ele

só poderá saber a resposta correta da decisão que tomou, não tenho certeza

completa de foi a melhor, visto que desconhece o efeito das outras opções,

tendo apenas um palpite razoável. Simon defende, ainda, que não é possível o

decisor ter acesso a todas as opções viáveis. Tendo em vista a impossibilidade

de obter todas as informações. “o que o indivíduo faz, na realidade, é formar

uma série de expectativas das conseqüências futuras, que se baseiam e

relações empíricas já conhecidas e sobre informações acerca de uma situação

existente.” (Simon, 1965). Para isso o decisor baseia-se em sua intuição e

discernimento sobre as relações de causa e efeito das opções disponíveis.

2.3.3 - Modelo de Mintzberg

Mintzberg (1976) apresenta as organizações como sistemas de

processo decisório. Afirma que o modo de compreender como as organizações

funcionam é analisar seu fluxo hierárquico, materiais de trabalho, informações

e processos decisórios. O autor considera que mais importante que uma

tipologia de decisão é o entendimento do modo como esse processo flui, mais

especificamente como as decisões se interligam e quais os papéis que os

participantes desempenham nas fases dos processos decisórios. Para o autor

o processo decisório é composto de três grandes fases: identificação

20

(reconhecimento e diagnóstico do problema/oportunidade), desenvolvimento

(inclui uma rotina de pesquisa de soluções alternativas e outra rotina de

delineamento ou projeto da solução) e seleção, que se subdivide em outras

três etapas : (a) Pré-seleção, que elimina soluções não viáveis; (b)

Avaliação/escolha, que pode seguir três trajetórias distintas: julgamento,

análise ou barganha; (c) Autorização.

Ao concluir a descrição das três fases da tomada de decisão, ou seja,

identificação, desenvolvimento e seleção; o autor menciona as chamadas

rotinas de apoio ao processo decisório, dentro de uma organização. Em três

conjuntos podem ser agrupadas as rotinas auxiliares: (a) Rotina de controle

(que conduz o processo); (b) Rotina de comunicação(que fornece informações

e elabora relatórios); (c) Rotina de políticas (que permite ao decisor procurar

uma solução própria em um ambiente cheio de influências).

Segundo Mintzberg, define-se decisão como um comprometimento

específico para a ação, e o processo decisório como um conjunto de ações e

fatores dinâmicos que inicia com a identificação do estímulo para a ação e

termina com o comprometimento para a ação. Para o autor, o processo

decisório é desestruturado e não é uma decisão sob risco ou incerteza, mas a

escolha entre alternativas dadas é uma decisão sob ambigüidade.

Mintzberg inicia seu modelo classificando as decisões em:

• Segundo o estímulo: - decisão de oportunidade; - decisão em

situação de crise; - decisão frente a um problema.

• Quanto a determinação da solução: - solução totalmente

desenvolvida em um único processo; - solução desenvolvida no meio

ambiente geral; - solução sob medida; - adaptação de soluções gerais

à situação existente

2.3.4 - Modelo de Ansoff (1965)

Surge uma nova forma de pensar: o Planejamento Estratégico. A

estratégia é baseada na análise das ameaças e oportunidades (ambiente) e

21

nos pontos fortes e pontos fracos (organização). A partir da análise dos

cenários são elaboradas estratégias para cada cenário, segundo análises

probabilísticas destes cenários. Há uma separação clara entre planejamento e

ação. A decisão estratégica preocupa-se principalmente com problemas

externos ou com a empresa e o ambiente em que está inserida. Surge a

necessidade de integração entre planejamento estratégico e decisão

estratégica.

2.3.5 - Modelo Cohen, March e Olsen (1972)

Também chamado de “Modelo da lata de lixo”, descreve o processo de

tomada de decisão como algo desestruturado ao extremo. As decisões não são

determinadas pela intenção de alguém: elas são efetivavas em razão da

ausência de ação ou por acidente. A tomada de decisão se torna parecida com

uma “lata de lixo” no sentido que problemas, soluções e as preferências de

diferentes indivíduos e coalizões todas misturadas e disputando entre elas a

atenção e ação organizacional. A organização é um conjunto de escolhas que

procuram problemas; de problemas e sentimentos que buscam situações de

decisão; de soluções que procuram problemas aos quais respondem.

Decisões, problemas, ideias e pessoas fluem pela organização e se interagem

de várias maneiras, ocorrendo um aprendizado gradual, onde muitos

problemas são solucionados e alguns nunca o serão, e a organização manterá

ou melhorará seu nível de desempenho. Conforme os autores, o fluxo das

ações dos decisores individuais produz um fluxo de decisões que não é

pretendido por ninguém, e não está relacionado, de maneira direta, a

resultados desejados por qualquer pessoa” . Para os autores as decisões são

etapas de muitos dramas, e sua complexidade é ampliada pela ambigüidade.

22

2.3.6 – Modelo “FOFA” ou “SWOT”

Este modelo relaciona e analisa os fatores internos (forças e fraquezas)

e ambientais (oportunidade e ameaças), para uma melhor visualização do

processo decisório. Este modelo ressalta a importância de perceber um

problema como sinal de mudanças no ambiente, como presságio de novas

oportunidades. Ao analisar os ambientes, o decisor pode se antecipar aos

acontecimentos e ganhar terreno em circunstâncias inovadoras.

2.3.7– Modelo de construção de cenários

Um exemplo clássico na literatura de cenários (Schwartz, 2003; 2000;

Van Der Heijden, 2004) que ilustra a arte de imaginar o inimaginável em um

ambiente complexo, foi à construção feita pela Shell na década de 1970. Na

ocasião, a equipe de profissionais da Royal Dutch/Shell liderada por Pierre

Wack, tentava descobrir acontecimentos que pudessem impactar no preço do

petróleo, relativamente estável desde a II Guerra Mundial. Com a elaboração

de cenários, baseados em acontecimentos políticos e econômicos da época, a

Shell não só reagiu rapidamente a mudança abrupta de cenário, como ainda

consolidou-se no posto de segunda maior empresa mundial de petróleo por

vários anos. Mais do que simplesmente prever o futuro, a construção de

cenários permite que os gestores reconsiderem as possibilidades, a fim de lidar

com as incertezas e o dinamismo do ambiente, questionando de maneira

sustentada, os seus pressupostos (modelos mentais) para entender como o

mundo funciona (Wack, 1985; Schwartz, 2000; Van Der Heijden, 2004).

Segundo Wack (1985) os cenários lidam com dois mundos: o mundo

dos fatos e o das percepções. Os construtores de cenário examinam os fatos,

mas visam às percepções dos tomadores de decisão, com a finalidade de

trazer insumos estratégicos que vão além do alcance das mentes dos gestores.

23

2.4 – Valor da informação

Conforme Moresi (2000), é importante destacar que as informações

podem atender a duas finalidades estratégicas: para conhecimento dos

ambientes interno e externo e para atuação eficaz nesses ambientes.

Segundo Moritz et al (2006), estudos em gestão demonstram que as

decisões baseadas em informação são apenas tão boas quanto a qualidade da

informação nas quais estão baseadas. Computadores conseguem produzir

uma quantidade enorme de informação, mas o impacto dessa tecnologia não

está na quantidade e sim na qualidade da informação produzida. A eficiência e

eficácia das empresas são diretamente afetadas pela qualidade das decisões,

as quais, por sua vez, são influenciadas pela qualidade das informações

geradas, criando assim um processo sistêmico. Desta forma a simples

quantidade de informação não promove melhores tomadas de decisões nas

organizações. Em vez disso a força das tecnologias de aquisição de

informações se encontra na habilidade de aprimorar a qualidade da

informação; e isso sim tem um impacto significativo no sucesso gerencial.

2.5 - Passos do bom tomador de decisão

A revista HSM Management de março/abril 2003, p.3/4/5, descreve os

cinco passos do bom processo decisório, que seriam recomendados para uma

tomada de decisão eficaz. Ressalto, entretanto, que esses passos só são

possíveis em decisões tempestivas e estruturadas:

1. Questione todo fato anterior: submeta o primeiro fato anterior que

lhe vier a mente a uma série de testes de validade. As pesquisas mostram que

é muito provável que a lembrança que lhe surge primeiro o leve a uma má

decisão. Com frequência relembramos inconscientemente o fato anterior que

confirma a decisão para a qual já estamos pendendo. É o chamado “efeito

prisma”. O primeiro fato recordado, uma vez a tona, tende a resistir a todas as

24

lógicas que sugerem sua inadequação. Isso ocorre porque a mente está

inclinada a considerar mais os primeiros fatos recordados e menos as

evidências subsequentes. Esse fenômeno é chamado "viés de ancoragem”.

Em geral o primeiro fato que vem a mente está mais próximo da decisão atual

do ponto de vista cronológico então porque retrate uma situação semelhante à

presente. Supere esse “viés de atualidade”.

Claramente, a emoção e o vínculo pessoal são fatores preponderantes

para ditar o fato histórico que mais rapidamente vem à mente. Por isso, outra

maneira de suavizar seu impacto desproporcional é introduzir critérios mais

objetivos para a tomada de decisão.

2. Ponha a prova o conhecimento amplamente aceito

“A memória é criada e recriada para satisfazer nossas necessidades

atuais” observa Michael Menard, presidente do grupo Gensight. Então deve-se

pôr a prova um fato anterior que já é praticamente aceito como lugar-comum na

empresa. O que já é considerado familiar resulta frequentemente de

interferências feitas pela mente “primitiva”, ou seja, é produto da evolução e,

dessa forma, tende a ser governado por emoções e instinto. Uma parte

essencial da aplicação de nossa mente analítica à tomada de decisão, segundo

Menard, é “coletar, administrar e visualizar dados relevantes”. O importante é

fazer uma triagem cognitiva, que nos possibilite desvencilhar suficientemente

de nossas experiências anteriores para avaliá-las intelectualmente.” Explica

Lorraine Segil, sócia-fundadora do The Lared Group.

3. Encoraje os outros a desafiar suas idéias

A relevância de determinado fato anterior pode ser estabelecida mais

solidamente se você convidar outras pessoas para verificar sua validade –

pessoas que se sintam livres para descartar eventos passados que você possa

considerar significativos. Alguns gestores devem encorajar o “pensamento

herético”. Os “hereges” contribuem para a tomada de decisão ao propor

desvios radicais em relação ao caminho que todos estão tendendo a tomar.

25

4. Nunca confie somente no fato anterior

“Diferentemente do que o ditado popular diz, a história nunca se repete

de forma precisa” afirma Turner. “Olhar para o passado pode frequentemente

limitar as possibilidades que você vê no futuro."

Isso não quer dizer que os fatos históricos devam ser completamente

descartados.

5. Acima de tudo crie um procedimento

As tomadas de decisão precipitadas baseadas em precedentes falsos

ou frágeis ocorrem com mais frequência na economia globalizado do que se

pode imaginar. Existem algumas perguntas que podem direcionar melhor o

decisor, são elas: Qual foi o contexto da decisão? Qual foi a decisão?Que

recursos foram alocados? Que alternativas foram consideradas, porém não

selecionadas? Por quê? Que suposições foram feitas? Que resultado você

esperava? Para quando?

Esses passos trilham uma linha orientadora para o processo decisório,

entretanto como não se tem todas as respostas, e, muitas das vezes, não são

feitas todas as perguntas, o aprimoramento intelectual é essencial para

conduzir o decisor pelas limitações e contingências impostas pelas constantes

mudanças de cenários.

2.6 – Armadilhas do Processo Decisório

Existem, em processo de tomada de decisão, as chamadas

“armadilhas ocultas” Hammond et al (1998) que são detectadas nas causas de

decisões fracassadas. Segundo Shimizu (2001), as armadilhas ocultas que

acompanham o processo de decisão podem causar erros na formulação e

estruturação do problema, e também na escolha da alternativa correta.

Gestores devem tentar familiarizar-se com essas armadilhas e outros

fenômenos semelhantes para assegurar que suas decisões sejam sadias e

seguras.

26

Conforme autores, as principais armadilhas são:

1. Ancoragem: é um dos tipos mais comuns de armadilha. Ao

considerar uma decisão, a mente dá peso despropositado às

primeiras informações que o decisor recebe. Impressões iniciais,

estimativas ou dados ancoram pensamentos subsequentes e

julgamentos. Há um cuidado ainda maior que merece atenção,

as âncoras levam muitos disfarces.

2. Armadilha do “status-quo”: todos os decisores querem acreditar

que suas decisões são racionais, objetivas e imparciais. Mas o

fato é que todos carregam preconceitos e estes influenciam as

alternativas que perpetuam o status-quo. A fonte da armadilha

do status-quo mente profundamente dentro das psiques, no

desejo de proteger os egos do dano. Quebrar status-quo

significa tomada de ação, assumindo dessa forma a

responsabilidade, permitindo abertura para uma autocrítica.

Desta armadilha nasceu uma máxima das teorias de mudança:

“toda mudança gera resistência”.

3. Armadilha do custo investido: trata-se de fazer escolhas de certo

modo justificando escolhas passadas, até mesmo quando as

escolhas passadas já não são válidas no momento presente.

4. Armadilha da evidência confirmada: advêm do fato de buscar

informações que apóiem o instinto do decisor evitando

informações que contradizem sua decisão. Essa armadilha

induz o tomador de decisão a dar maior peso às informações

que ratifiquem a sua decisão. Duas situações se apresentam: a

primeira é a tendência das pessoas para decidir o que se quer e

fazer subconscientemente antes de entender por que se quer

fazer isso. O segundo é a inclinação das pessoas a serem mais

suscetíveis às coisas de que gostam do que às coisas que

desgostam.

27

5. Armadilhas de tabelas comparativas: o primeiro passo para

tomar uma decisão é formular a pergunta. O modo com um

problema é formulado pode influenciar das escolhas que o

decisor tem de fazer. Essa armadilha pode ser causa ou

consequencia de outras armadilhas psicológicas.

6. Estimativa e previsão: a maioria das pessoas é adepta a fazer

estimativas sobre tempo, peso, distância e volume. Fazer esses

julgamentos faz parte da vida. Essa prática acaba moldando a

mente das pessoas. Numa situação de julgamento de eventos

incertos, a questão torna-se diferente porque ocorre a

autoconfiança que pode levar a decisões erradas.

7. Excesso de confiança: Mesmo a maioria das pessoas não sendo

boas em fazer estimativas, há uma tendência a serem

excessivamente confiantes nas suas estimativas. Isso pode

conduzir a erros em julgamentos, portanto resultando em

decisões ruins.

8. Associação enganosa: decisores tendem a superestimar as

probabilidades de dois eventos ocorrerem juntos, baseados no

número de associações semelhantes anteriores lembradas.

Essas associações são frutos da experiência pessoal ou da

influência social do indivíduo.

9. Confirmação e compreensão tardia e a maldição do

conhecimento: Compreensão tardia refere-se ao fato de que

depois de saber que um evento aconteceu, decisores tendem a

superestimar o grau para o qual eles teriam predito o resultado

correto. Gestores também falham ignorando suas informações,

quando preveem outros resultados.

28

2.7 – Estilos de decisores

Os autores clássicos identificam cinco estilos decisórios determinantes.

Estes estilos estão relacionados, nas teorias modernas, com personalidades

dos decisores. Segundo Driver et al (1990), existem dois tipos de

personalidades: a autoritária e a democrática. O primeiro tipo é identificado

com o poder, projetando culpa sobre as minorias e mostrando um pensamento

extremamente simplório. Já o segundo tipo estaria no outro extremo,

distinguindo uma distribuição de poder. Um decisor pode apresentar mais de

um estilo, dependendo do tipo de decisão (rotineira ou não-programada) e do

tempo que ele dispõe para decidir. Os estilos são:

1. Estilo Decisivo ou Objetivo: é o indivíduo que utiliza pouca

informação para decidir. Entre as características desse estilo

podemos identificar: a conversa e ação diretas, pouco

planejamento, pouco respeito à hierarquia, reuniões curtas com

agendas claras e com tomadas de decisão a cada reunião. Este

estilo prefere organizações onde as tarefas são bem definidas e

trabalha um problema de cada vez. Apresenta um estilo

autocrático e delegativo, procurando resultados sem interferir na

tarefa delegada. Tem foco nos resultados.

2. Estilo Flexível ou Intuitivo: o decisor flexível utiliza pouca

informação para decidir, mas procura analisá-la sob diferentes

aspectos, optando pela mais apropriada. Este indivíduo

geralmente é adaptativo, flexível e criativo, preferindo a intuição

ao planejamento. Trabalha com vários objetivos que geralmente

refletem o pensamento da maioria, preferindo mais a aceitação

que a resistência. Prefere organizações pouco estruturadas e

regradas. Decide com base nas discussões do grupo no atua.

3. Estilo Hierárquico ou Planejador: o decisor hierárquico planeja a

longo prazo, fazendo análise complexas dos dados. Faz máximo

uso de informações para alcançar a única melhor solução. É

detalhista, controlador, centralizador, preocupado com métodos

29

utilizados e resultados esperados. Prejudica sua comunicação

pela complexidade e detalhamento das idéias. É burocrático e

inibe a criatividade do grupo.

4. Estilo Integrativo ou Meticuloso: este decisor usa muita

informação e gera o maior numero de alternativas possíveis para

uma decisão. Produz simultaneamente várias interpretações

sobre as situações e valoriza a exploração e a criatividade. Suas

decisões geralmente estão abertas a modificações e demoram a

ser tomadas. O decisor meticuloso tenta conciliar interesses das

pessoas e da organização. Prefere organizações menos rígidas.

Os relatórios e projetos são longos e elaborados, envolvendo

bastante discussão. Admite intuição, fatos e opiniões como

informação.

5. Estilo Sistêmico ou Estratégico: o decisor sistêmico é o mais

complexo e difícil de ser compreendido. Reúne qualidade do

estilo hierárquico/planejador e do integrativo/estratégico. É um

maximizador e multifoco. Não delega, exercendo influência e

controlando informações. Enfatiza as prioridades e estratégias

detalhadas para tratar problemas. Planeja para curto prazo com

objetivos concretos e mensuráveis, sendo que o conjunto é

dirigido para objetivos maiores e a longo prazo. Valoriza a

informação, estimulando a coleta regular e cuidadosa. Estimula

as pessoas a trazerem informações informais. Utiliza-se de

todos os recursos para compreender as várias faces da

situação.

2.8 – Habilidades

Nos últimos anos, todos os aspectos que envolvem o processo

decisório passaram a demandar novas habilidades/atributos do tomador de

decisão, forçando-o a desenvolver uma gama enorme de talentos para dar

30

conta das competitividades e das incertezas e conseguir o almejado sucesso

no mundo globalizado. Segundo Dawson (1994), o agente de decisão seguro

coloca-se no centro da situação, analisando os múltiplos aspectos da decisão

antes de chegar a uma conclusão sensata. Existem algumas características

peculiares aos agentes de decisão seguros. São elas: aceitar a ambiguidade;

ter um senso de prioridade bem ordenado; ser um bom ouvinte; procurar

perspectivas diferentes; formar sempre um consenso sobre uma decisão; evitar

estereótipos; ser flexível; sentir-se à vontade, tanto com input informal, quanto

com input formal; ser realista em relação a custos e dificuldades; evitar os

campos minados da decisão; possuir grande senso de oportunidade; ter

coragem para delegar poderes; ter coragem para tomar uma decisão.

2.9 - Fatores de influência do processo decisório

A despeito da evolução dos sistemas de informações, que podem ser

obtidos para sustentar os processos de tomada de decisões, os fatores

individuais são de grande influência na condução do processo decisório.

Podemos elencar os seguintes: Cultura e valores pessoais; hábitos e reflexos;

inteligência; nível social; sexo; religião; costumes; crenças; ética; motivação

pessoal ou organizacional; pressão do tempo; fator emocional

Todos esses fatores exercem influência na hora de ser tomar uma

decisão estratégica, ocasionando, muitas das vezes, uma visão deturpada das

alternativas, o que gera uma escolha que não é mais adequada. É importante

ao tomador de decisão desenvolver autoconhecimento e discernimento, a fim

de identificar a quais fatores é mais suscetível.

31

CAPITULO III

DISCERNIMENTO: UNINDO INTUIÇÃO E RAZÃO

Segundo Rocchiccioli (2010), as empresas estão cada vez mais

expostos a um ambiente dominado pela crescente sentimento de insegurança,

fruto do surgimento desenfreado das novas tecnologias que se sobrepõe e se

inviabilizam mutuamente com a mesma velocidade com que geram

intermináveis modelos de negócios, o mercado passou a exigir de seus

gestores capacidade e ferramentas e competências diferentes das exigidas no

passado. A intuição pode ser este elemento diferencial, embora ainda distante

da compreensão de gestores. Deve-se esclarecer que agir com intuição não é

agir impensadamente. É conhecer todas as informações e processos lógicos e

usar o discernimento para, com tantas instabilidades e pontos cegos, conseguir

um grau elevado de acertos em decisões individuais, tanto as tempestivas,

quanto as intempestivas.

Decisões tomadas por equipes heterogêneas, compostas por homens,

mulheres, jovens, idosos, tendem a resultados de melhor qualidade. Pessoas

com pontos de vistas e experiência diferentes usam o discernimento de forma

diferente para compreender as situações. As decisões tendem a ser mais

sólidas e ter um resultado melhor, inclusive por ter um maior número de

pessoas envolvidas no acompanhamento para que tudo dê certo.

Os grandes líderes apresentam um alto percentual de boas decisões.

Todos os líderes possuem sua cota de fracassos decisórios, mas os bons

aprendem com isso e não tornam a repetir. Eles gerenciam o processo

decisório de modo a obter sucesso no resultado ao mesmo tempo em que se

promove o envolvimento e desenvolvimento das pessoas ao longo do

processo. Segundo Ticky (2009), para se fazer isso é necessário que o líder

tenha conhecimentos que ultrapassem os limites da capacidade analítica que

se refere “apenas aos fatos”. Isso requer profundo conhecimento em quatro

áreas:

1. Autoconhecimento: consciência dos valores, objetivos e aspirações

32

de uma pessoa. Isso inclui reconhecer o momento em que esses desejos

pessoais interferem na percepção pessoal da necessidade do discernimento ou

da interpretação dos fatos. Também inclui ser capaz de criar um roteiro mental

relacionado à materialização dos juízos e aos resultados a que eles conduzem,

identificando as armadilhas e as oportunidades de desenvolvimento do seu

discernimento.

Jim Owens, CEO da Caterpillar fez a seguinte observação durante uma

entrevista “Acho que fui afortunado na minha carreira. Lançar-me-ão em

situações que eram de crise parcial e onde era necessário fazer mudanças

radicais. Tive a oportunidade de avaliar a condições em que se encontrava o

empreendimento e de fazer recomendações que provaram ser fruto de um bom

discernimento.”

2. Conhecimento da rede social: entendendo as personalidades, as

habilidades e a historia decisória pregressa daqueles que integram a sua

equipe. Isso inclui como suplementar ou influenciar o seu processo decisório.

3. Conhecimento organizacional: saber como as pessoas de uma

determinada organização irão e responder, se adaptar e executar. Isso também

inclui as redes pessoais ou os mecanismos de aprendizagem dos lideres em

todos os níveis da organização. Um gestor deve avaliar a rede e os

mecanismos de que dispõe para formular, executar, testar e modificar as

tomadas de decisão.

4. Conhecimento contextual: entendimento baseado nas relações e

interações com as partes envolvidas como consumidores, fornecedores,

governo, investidores, concorrentes ou grupos de interesse que possam vir a

causar impacto no resultado de um juízo já feito. Isso implica não só que tipo

de resposta direta essas partes vão dar a uma resolução, mas também como

irão interagir umas com as outras em todo o processo decisório.

Um estudo de exemplos de decisões mostra várias que foram tomadas

de maneira intuitiva e algumas vezes até contrária ao que a lógica indicava.

Ø A decisão de Thomas Watson Jr. da IBM de desenvolver em

1962, a família de computadores sistema/360, que custou à empresa US$ 5

bilhões e que, embora a pesquisa de mercado da IBM sugerisse que apenas

33

duas unidades seriam vendidas em todo o mundo, foi o primeiro de uma série

de computadores do tipo mainframe.

Ø A decisão de Ted Turner, que, contrariando todas as orientações

do mercado, lançou e 1980 a CNN, um canal de televisão a cabo dedicado a

notícias, que ninguém imaginava que funcionaria, mas funcionou.

Ø Bill Gates é um exemplo de que a criatividade e conhecimento

técnico aliados à intuição e visão de futuro pode ser o caminho do sucesso.

Ø Jeff Imelt, CEO da GE, criou uma forma de operacionalizar o

desenvolvimento de lideres do crescimento, que tenham excelência em

tomadas de decisão. Ele declara: nossos líderes são treinados e avaliados a

luz de cinco capacidades. São elas: Gerar um foco externo que defina o

sucesso em termos de mercado; ser claros pensadores capazes de simplificar

a estratégia em especificações, de tomar decisões e informar as prioridades;

ter imaginação e coragem para assumir riscos relacionados a pessoas e idéias;

entusiasmar as equipes por meio de inclusão e conexão com as pessoas;

desenvolver especialidade em uma função ou domínio, empregando a

profundidade como fonte de confiança para impulsionar as mudanças.

Ø Maria Silvia Bastos Marques, presidente da Icatu Seguros,

declarou que, para ela, há dois tipos de decisão – e, para cada um, usa um

método. Decisões que exigem rapidez são baseadas na intuição e nas

informações disponíveis. Decisões que podem esperar são maturadas. “Se o

prazo é mais longo, estudo o problema duas, três semanas. A resposta vem

num clique, quando estou tomando banho, correndo ou dormindo” diz ela.

“Intuição é um misto de experiência e sensibilidade. Se eu estiver contratando

um executivo e ele disser que não usa a intuição, não contrato”. (Revista Época

maio de 2010, p.99)

Ø José Carlos Grubisich, presidente de ETH Bioenergia e ex-

executivo da Braskem declarou que em decisões que podem construir ou

destruir a cultura de uma empresa e você é responsável pela motivação dos

funcionários, deve-se levar a intuição em conta. (Revista Isto É, novembro de

2009, p.127)

Ø Nazaré Oliveira, Assessora de Investimento da Confederação

34

Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, declarou, em entrevista

para este trabalho, que ela absorve todas as informações do mercado de

capitais, mas na hora de escolher como investir, confia muito em sua intuição.

Esses exemplos dão conta do valor da intuição e do discernimento do

gestor, que dotado de uma visão de futuro e disposição de assumir riscos,

tomaram decisões acertadas, contrariando algumas informações e critérios

técnicos, deixando predominar sua intuição.

Segundo Schultz (1999), descobriu-se que a lógica pura não tem

capacidade de enfrentar a quantidade de incertezas com que se deparam os

decisores individuais. Sem abandonar a lógica e a razão, eles retornaram a

uma única qualidade capaz de sobrepor à incerteza: a intuição. Foram

destacados os seguintes aspectos:

1. A intuição parece ser uma habilidade que mais prevalece a medida

que se ascende na hierarquia empresarial.

2. Os gestores de alto nível apresentam resultados significativamente

melhores do que os de nível médio e baixo nível em sua

capacidade de usar a intuição para tomar decisões.

3. Os gestores de alto nível integram bem suas capacidades intuitivas

com suas outras funções, mas quando estão prontos para agir

parecem confiar mais na intuição como guia.

Atualmente, só sobrevive no mundo empresarial quem for capaz de

inovar, ser um visionário, alguém que trace um rumo entre a natureza do

negócio e as intenções para o futuro. Contar com a intuição pode ser o grande

diferencial para gestores no mundo globalizado, especialmente se o gestor tiver

amplo conhecimento analítico dos objetivos, cenários e de si próprio.

35

CONCLUSÃO

Há uma constante busca de aperfeiçoar o processo de tomada de

decisão das empresas. Criam-se modelos e desenvolvem-se estilos, entretanto

nem sempre é possível estar ciente de todas as informações, riscos e

multifatores que envolvem uma decisão e suas consequências. Diante desse

cenário, a possibilidade do gestor em equilibrar suas decisões tanto em

modelos racionais quanto em formas intuitivas e criativas acrescentam uma

qualidade especial em suas decisões, tanto as tempestivas, quanto as

intempestivas.

Todos os parâmetros formais que envolvem o processo decisório, em

especial as informações, são imprescindíveis e não podem ser descartados

nas decisões. Entretanto a própria dinâmica veloz e feroz do ambiente

corporativo atual, passou a demandar novas habilidades do tomador de

decisão, forçando-o a desenvolver uma gama enorme de talentos,

principalmente a intuição — que em alguns casos é bem mais rápida que a

lógica —, para dar conta das competitividades e das incertezas, e conseguir o

sucesso em negociações num mundo globalizado

As citações quando ao papel da intuição nas tomadas de decisões

estão se tornando mais constante na literatura especializada em gestão. Os

padrões de pensamento lógico-racionais e analíticos já não são mais

suficientes para entender os cenários atuais, em contínua mudança e acirrada

competitividade, muito menos para lidar com eles. Com mudanças tão rápidas

é imprescindível certo sentido de estabilidade interna, um nível mais profundo

de apoio interno, uma capacidade de síntese que só a intuição consegue

oferecer ao decisor individual.

Se existe uma receita de sucesso para os negócios é equilibrar a

intuição com a racionalidade. Afinal a racionalidade é limitada e não há como

conhecer os múltiplos aspectos de um problema e, embora a intuição ainda

sofra barreiras limitantes, por ser algo ainda distante da compreensão de

muitos, deve ser mais explorada como habilidade diferencial. Os desafios não

podem ser encarados como meras equações, é importante equilibrar

36

parâmetros racionais e intuitivos a fim de estabelecer processos dinâmicos

com alta eficácia. O ideal é combinar a razão com a intuição. A intuição deve

ser considerada uma fonte tão valiosa quanto às outras, e pode ser “treinada” a

fim de se desenvolver como um talento da percepção. A filosofia de gestão dos

executivos é determinada por suas crenças, valores e experiências, resultando

em atitudes que se sustentam tanto em aspectos lógicos como intuitivos. A

intuição é um elemento de diferenciação e de vantagem competitiva, podendo

determinar o sucesso de uma decisão, uma vez que a intuição possui em si

uma capacidade de síntese, uma leitura amplificada da complexidade do todo,

que a lógica não possui.

Quando se decide usando somente a intuição, há uma grande

possibilidade de fracassar nas decisões. Quando se decide somente pela

lógica, baseado em modelos e informações, as chances dessa decisão ser

razoável é boa. Todavia quando se alia lógica com intuição num processo de

tomada de decisão, as possibilidades de sucesso são enormes, tendo em vista

que decisões eficazes são muito mais comuns num método que inclua o

raciocínio, a lógica e a intuição

37

BIBLIOGRAFIA

AMORIM, L. A decisão mais difícil. Revista Exame, fevereiro de 2009.

ANSOFF, i. Um Modelo de Tomada de Decisões Estratégicas. In A nova

Estratégia Empresarial. São Paulo: Atlas, 1991.

BUCHANAN L, e O’CONNELL, Uma breve história da tomada de decisão. In

Harvard Business Review, Janeiro de 2006.

BURDEN, Virginia. O processo da Intuição: uma psicologia da criatividade. São

Paulo: Pensamento, 1975.

CHOO, Chun Wei. A organização do conhecimento: como as organizações

usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar

decisões . 2ª ed., São Paulo : SENAC, 2006.

COHEN, D. Você Sabe tomar Decisões? Revista Exame, agosto de 2001.

COHEN, D.; MENDONÇA, M.; FERNANDES, N. e TURRER, R. Como você

toma decisões? Revista Época, maio de 2010.

COHEN, M D.; MARCH, J G. and OLSEN, J P. The garbage can model of

organizational choice. Administrative Science Quartely, 1972.

CRAINER, S., Decisões Extraordinárias!, In HSM Management, jul/ago 2008.

CYERT, R. e MARCH, J. Organizational Goals, In A behavioral Theory of the

Firm. Oxford: Basil Blackwell. 2ª ed., 1963.

DAWSON, R. Decisões certas, e seguras sempre!. Rio de Janeiro: Campus,

1994.

DRIVER, M. J.; BROUSSEAU, K. R.; HUNSAKER, P. L. The dynamic decision-

maker: five decision styles for executive and business success. New York:

Harper & Row, 1990.

DRUCKER, P. Desafios Gerenciais para o Século XXI. São Paulo: Pioneira,

1999.

38

FISHER, Milton. Intuição: estratégias e exercícios para auxiliar na tomada de

decisões.São Paulo: Nobel, 1989.

GOMES, L.F.A.M.; ARAYA, M.C.G.; CARIGNANO, C.Tomada de decisões em

cenários complexos. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004.

HAMMOND S J.; KEENEY, R e RAIFFA H. Armadilhas ocultas na tomada de

decisão. In Harvard Business Review. Janeiro de 2006.

KLADIS C M.; FREITAS H. O gerente nas organizações: funções, limitações e

estilos decisórios. São Paulo: Revista Ser Humano (RH), junho de 1996.

LEMENTY, A C. As ideias vivem em bandos. Revista Época, novembro de

2010.

LOES, J. e FRUTUOSO S. A Arte de Decidir. Revista Isto É, novembro de

2009.

MATSUSHITA, K. Administração, Decisão e Responsabilidade. Brasília:

SEBRAC, 1993.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B. e LAMPEL, J. Safári de Estratégia – Um

roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

MINTZBERG, H.; RAISINGHINI, D.; e THEORET, A. The structure of

unstructured decision process. Administrative Science Quarterly, 1976.

MORESI, Eduardo. Delineando o valor do sistema de informação de uma

organização. Brasília: Ciência da Informação, 2000.

MORITZ, G.O.; PEREIRA, M.F. Processo Decisório. Florianópolis:

SEAD/UFSC, 2006.

MOTOMURA, O. A decisão numa fração de segundo. Revista Você SA, agosto

de 2003.

MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser

dirigente. 16 ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.

OLIVEIRA, M. A. e SOUSA NETO, S. P. A Intuição como Elemento Essencial

no Desenvolvimento de Estratégias Organizacionais. Anais do Encontro de

Estudos em Estratégia. Curitiba: PUC/PR, 2003.

39

PARIKH, J, NEUBAUER, F. e LANK, A. G. Intuição, a nova fronteira da

Administração. São Paulo: Cultrix, Amana-Key, 2000.

PETTIGREW, A. Context and action in the transformation of the firm. Journal of

Management Studies, 1987.

ROCCHICCIOLI, Gean Franco. O Segredo de Ebbinghaus. São Paulo: Livro de

Safra, 2010.

ROGERS. P e BLENKO, M. De quem é a D? Papéis de decisão claros

acentuam o desempenho organizacional. In Harvard Business Review. Janeiro

de 2006.

SCHULTZ, R. Sabedoria e Intuição. São Paulo: Cultrix/Amana, 1999.

SCHWARTZ, P. A arte da visão de longo prazo. 2ª ed. São Paulo: Best Seller,

2003.

SCHWARTZ, P. O amanhã chegou. HSM Management, 2000.

SENGE, PETER M., A Quinta Disciplina, São Paulo: Best Seller, 1990, 10º ed.

SHIMIZU, T. Decisões nas organizações: introdução aos problemas de decisão

encontrados nas organizações e nos sistemas de apoio à decisão. São Paulo:

Atlas, 2001.

SIMON, H. A capacidade de decisão e de liderança. Rio de Janeiro: Fundo de

Cultura, 1972.

SIMON,H.A. Comportamento Administrativo: estudo dos processos decisórios

nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas,

1965.

TICKY, N M. Decisão: como líderes vencedores fazem escolhas certeiras.

Porto Alegre: Bookman, 2009.

URIS, A. O Livro de Mesa do Executivo. São Paulo: Editora Pioneira, 1989.

VAN DER HEIJDEN, K. Planejamento de cenários: a arte da conversação

estratégica. Porto Alegre: Bookman, 2004.

VERGARA, S C. e BRANCO, P D. Intuição e programas de treinamento e

40

desenvolvimento. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: Fundação

Getúlio Vargas, out/dez.1994.

VERGARA, S C. Razão e intuição na tomada de decisão: uma abordagem

exploratória. Revista de administração pública, Rio de Janeiro: Fundação

Getúlio Vargas, 1991.

WACK, P. Scenários: Shooting the Rapids. Harvard Business Review, 1985.

41

WEBGRAFIA

www.portalexame.com.br , acessado em 18 de dezembro de 2010.

www.movimentodespertar.com.br, acessado em 1 de dezembro de 2010.

42

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 1

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I – DECISÃO: FUNÇÃO INTUITIVA 11

CAPÍTULO II – DECISÃO: FUNÇÃO LÓGICO-RACIONAL

2.1 – História da decisão através dos tempos

2.2 – Etapas do processo decisório

2.3 – Modelos de tomada de decisão

2.3.1 – Modelo matemático de Benjamim Franklin

2.3.2 – Modelo da racionalidade Limitada de Simon

2.3.3 – Modelo de Mintzberg

2.3.4 – Modelo de Ansoff

2.3.5 – Modelo Cohen, March e Olsen

2.3.6 – Modelo “FOFA” ou “SWOT”

2.3.7 – Modelo de construção de cenários

2.4 – Valor da informação

2.5 – Passos do bom tomador de decisão

2.6 – Armadilhas do processo decisório

2.7 – Estilos de decisores

2.8 – Habilidades

2.9 – Fatores de influência do processo decisório

14

14

17

18

18

19

19

20

21

22

22

23

23

25

27

29

29

CAPÍTULO III – DISCERNIMENTO: UNINDO INTUIÇÃO E RAZÃO 31

43

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 37

WEBGRAFIA 41

ÍNDICE 42

44

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: