INTRODUÇÃO_À_PROGRAMAÇÃO_I_2012_2_pag-13-33

download INTRODUÇÃO_À_PROGRAMAÇÃO_I_2012_2_pag-13-33

of 21

Transcript of INTRODUÇÃO_À_PROGRAMAÇÃO_I_2012_2_pag-13-33

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    1/21

    PARA INICIAR NOSSOS ESTUDOS

    a lgica, termo que surgiu com Aristteles no sculo IV a.C.. Estedesenvolvido mediante silogismos e, desde ento, muito se estudousobre lgica e vrias outras teorias surgiram.

    Nesta primeira unidade estudaremos como a lgica que conhecemosno nosso dia a dia pode ser transferida para programas de computador.Vamos compreender tambm como o funcionamento de um programae quais etapas devem ser seguidas para a construo de um software ousistema computacional.

    SEO 1 Lgica e programas de computador

    Muito antes de pensarmos em computador ou at mesmo luzeltrica j se pensava e se discutia sobre lgica.

    que fazemos. Observe a Imagem 1: essas atividades no exigem lgica?Andar de bicicleta, escovar os dentes, jogar bola, fazer um bolo, trocar

    uma lmpada, tudo isso exige lgica.

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 11

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    O que voc acha: existe lgica no dia a dia?

    Voc costuma pensar em coisas lgicas? Como

    voc executa atividades bsicas do dia a dia?

    Fonte: o autor.

    Imagem 1 - Lgica no dia a dia

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    2/21

    Segundo o dicionrio, lgica aparece como a cincia do raciocnio,maneira como organizamos nossos pensamentos.

    Pensando nisso, descrevemos a atividade de trocar uma lmpada, daseguinte maneira:

    1 Pegar uma escada;

    2 Posicionar a escada embaixo da lmpada;

    3 Buscar uma lmpada nova;

    4 Subir na escada;

    5 Retirar a lmpada velha;

    6 Colocar a lmpada nova.

    Essas etapas compreendem um processo lgico para uma simples trocapassos para esse processo e, at mesmo, vrios outros casos lgicos noseu dia a dia.

    12

    Ento, o que compreendemos por lgica?

    nosso pensamento para executar as atividades

    da Imagem 1. Seria possvel descrevermos em

    etapas lgicas como voc executaria cada uma

    das atividades.

    Na rea de computao a lgica tambm muito

    que iremos desenvolver, mas onde ela est

    presente? Como ela pode nos ajudar a desenvolversolues computacionais que resolvam problemas

    rotineiros de nossas vidas?

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    3/21

    Antes de entendermos onde a lgica aplicada na computao,precisamos revisar rapidamente alguns conceitos:

    Processamento de dados: consiste, basicamente, em receberdados de entrada, efetuar um clculo ou processamento sobre osmesmos e gerar um resultado de sada;

    Programas de computador: para Salvetti e Barbosa (1998, p.3) O processamento de dados feito pela execuo de um programa.uma linguagem de programao e para ser executado precisa serarmazenado na memria do computador.;

    Sistema desoftware: segundo Sommervile (2003, p. 5)

    Um sistema de software, usualmente consiste em uma srie dedescreve a estrutura desse sistema e a documentao do usurio,que explica como utilizar o sistema [...].

    Como observamos, a computao cria seus programas por meio daexecuo de uma sequncia de atividades de processamento de dados e nessas atividades que a lgica aplicada.

    Lgica na computao

    De acordo com Forbellone e Eberspcher (2000) lgica de programao o uso correto das leis do pensamento, da ordem da razo e deprocessos de raciocnio e simbolizao formais na programao decomputadores, objetivando racionalidade e o desenvolvimento detcnicas que cooperem com a produo de solues logicamente vlidase coerentes, as quais resolvam com qualidade os problemas que sedeseja programar.

    Podemos compreender melhor a lgica de programao quando acomparamos com a criao de um texto, pois este deve seguir regrasformais de uma linguagem (portugus, ingls, ou qualquer outroidioma). E alm de seguir as regras do idioma dever respeitar uma

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 13

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    A lgica na computao aplicada na resoluo

    e traduo de problemas tradicionais para uma

    linguagem de smbolos conhecida tambm como

    lgica de programao.

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    4/21

    como uma sequncia de passos que visam atingir um objetivo bem

    Se observarmos nosso dia a dia, vamos perceber que um algoritmo estpresente em vrias atividades, como quando seguimos uma receita debolo onde so apresentados os ingredientes e uma sequncia exata de

    o algoritmo para fazer o mesmo, que deve ser seguida de maneira rgidae formal para obter o resultado desejado.

    lgica e organizao de pensamento para que o mesmo faa sentido paraquem o l. Na programao, desenvolveremos um texto seguindo um

    raciocnio lgico e uma linguagem que o computador compreenda. Paraque exista padronizao na escrita desses textos, surge a necessidade deutilizarmos um algoritmo para representar melhor o nosso raciocnio.

    SEO 2 Algoritmos e Fluxogramas

    Oalgoritmo surgiu da necessidade de padronizao na organizaodo pensamento de quem est construindo um programa decomputador.

    14

    Mas o que um

    algoritmo?

    Existem vrios sites com exerccios para o

    raciocnio lgico, que ajudam a reforar nosso

    alunos nas escolas: ,

    , .

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    5/21

    Salvetti e Barbosa (1998) conceituam algoritmo como uma sequncia

    um problema computacional em qualquer instncia.

    Podemos observar que os autores citados vo alm do conceito simplesde organizao de etapas, pois eles se preocupam em deixar claro quecada etapa deve ser diferente da outra e que deve existir um tempoparada.

    E de acordo com Forbellone e Eberspcher (2000, p. 3)

    seguido, uma norma de execuo a ser trilhada, com vistas a alcanar, como

    executado, sob as mesmas condies, produza o mesmo resultado.

    Podemos pensar em algoritmo como uma ferramenta que transformaentradas em sadas. Como podemos observar no Esquema 1, o algoritmoir receber alguns valores de entrada, executar um processamento eproduzir um resultado de sada.

    Agora que sabemos o que lgica e algoritmo, podemos analisaras atividades envolvidas na troca do pneu dianteiro do lado direitode um carro. A ideia apresentar de maneira formal todas as etapaspara a troca do mesmo e para isso estaremos utilizando um portuguscoloquial:

    Pegar a chave de roda e o macaco;

    Pegar o pneu reserva;

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 15

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    Fonte: o autor.

    Esquema 1 Etapas de um algoritmo

    Notas de um aluno

    10, 6, 8, 9

    Entrada

    Encontrar a mdia

    (10 + 6 + 8 + 9)/4 = 8,25

    Processamento

    Resultado

    Aprovado

    Sada

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    6/21

    Afrouxar os parafusos da roda;

    Encaixar o macaco no carro;

    Levantar o carro com o macaco;

    Terminar de afrouxar os parafusos da roda;

    Tirar os parafusos da roda;

    Tirar o pneu furado;

    Colocar o pneu reserva;

    Apertar os parafusos do pneu;

    Baixar macaco;

    Reforar o aperto nos parafusos;

    Guardar a chave de roda e o macaco;

    Levar para arrumar o pneu furado.

    Nesses algoritmos, so descritas sequencialmente as atividades lgicasenvolvidas na troca de um pneu, levando em considerao que jsabamos qual pneu deveria ser trocado.

    Se a quantidade de pneu testado for menor que quatro, utilize a

    sequncia apresentada anteriormente.

    Ento, sabemos que, no mximo, precisamos avaliar quatro pneuspara saber se algum deles est furado. Para isso devemos utilizar uma

    instruo de repetio que indica quantas vezes a ao ser executada,evitando a perda de tempo e diminuindo o esforo, pois precisamos tercerteza de que o pneu est furado antes de ir buscar o reserva e comear

    16

    Mas se no soubssemos qual era o pneu

    etapas deveriam ser includas?

    O carro no possui somente 4 pneus

    em uso?

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    7/21

    a troca. Assim utilizamos uma pergunta como estrutura de deciso e, se

    para o prximo pneu at examinarmos todos.No algoritmo anterior, utilizamos a lngua portuguesa para descrever asoluo, mas infelizmente a nossa lngua no a melhor maneira pararepresentarmos um algoritmo. Ela possui em sua estrutura muitosvcios de linguagem, palavras com duplo sentido e muitas regrasgramaticais que os computadores no conseguem entender, vamos

    EXEMPLO

    Para resolver esse problema que surgem as tcnicas de representaode algoritmo que podem ser divididas em: portugus estruturado ou

    AS TCNICAS DE REPRESENTAO servem para guiar a maneira comque escrevemos os algoritmos, j que proporcionam um entendimentonico entre as vrias pessoas que as leem. Todas as tcnicas possuem

    um vocabulrio ou smbolos que no deixam dvidas em suainterpretao, portanto devem ser seguidos formalmente.

    PORTUGUS ESTRUTURADO

    Tambm conhecido como pseudocdigo entre as tcnicas existentes amais utilizada, por se aproximar muito das tradicionais linguagens depor isso cada autor estabelece um conjunto de regras e vocabulrio, mastodos seguem um metamodelo que sugere uma nomenclatura padro.No Quadro 1 podemos observar um exemplo de um algoritmo escrito em

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 17

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    Joo passou a noite inteira cantando no Karaok e Pedro passou a noite

    inteira cantando uma garota. A palavra cantando foi empregada de duas

    maneiras diferentes na mesma frase: o nosso crebro consegue processar

    das palavras, j o computador no possui raciocnio e muito menos

    inseridas em um contexto.

    Tcnicas de representao de algoritmos

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    8/21

    Como observamos no Quadro 1 as palavras que esto em negrito fazemparte do vocabulrio do portugus estruturado. Nas prximas sees,estudaremos detalhadamente cada uma dessas palavras da linguagem.

    O que podemos j compreender que todo algoritmo inicia pela palavraAlgoritmo onde o mesmo nomeado (no exemplo apresentadono Quadro 1, mdia_aluno). Logo aps temos a palavra inicio quea palavra que representa o trmino do algoritmo. No Quadro

    2 apresentamos a estrutura bsica de um algoritmo em portugusestruturado:

    FLUXOGRAMA

    vocabulrio. de fcil visualizao e entendimento, devido ao uso desimbologia padro.

    Essa tcnica utiliza uma representao esquemtica para representarum processo ou algoritmo. Seus smbolos so utilizados por vriosseguimentos, pois so muito teis para descrever um processo se

    cair nas armadilhas de duplo entendimento da lngua portuguesa. Naprocesso informando se um aluno est ou no aprovado.

    18

    Fonte: o autor.

    Quadro 1 Algoritmo em portugus estruturado para clculo do resultado e mdia de aluno

    Algoritmo media_aluno;

    inicio real nota1, nota2, nota3, nota4, media 0; ler(nota1, nota2, nota3, nota4);

    media (nota1 + nota2 + nota3 + nota4)/4; se media >= 7 entao escrever('Aluno Aprovado') senao escrever('Aluno Reprovado');

    Fonte: o autor.

    Quadro 2 Representao bsica portugus estruturado

    Algoritmo NOME_ALGORITMO;inicio//Desenvolvimento do algoritmo.

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    9/21

    Fonte: o autor.

    Fluxograma 1 Fluxograma para calcular mdia e resultado de aluno

    No Fluxograma 1, podemos observar os smbolos bsicos utilizadosutilizados para representar processos no somente no desenvolvimentode algoritmos, por isso, torna-se uma ferramenta importante paracomunicar o funcionamento de um algoritmo. No Quadro 3 veremos o

    Fonte: o autor.

    Smbolo Descrio

    Utilizado para descrever o processamento doalgoritmo.

    Entrada normal de dados.

    lado verdadeiro ou falso.

    Representa a sada ou exibio dos dados.

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 19

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    10/21

    20

    estruturado ou pseudocdigo leva a vantagem de se aproximar bastantede uma maneira mais visual e clara as intenes do algoritmo. Quandotamanho.

    Nas prximas sees e unidades estaremos aprofundando os estudosem cada uma das tcnicas e compreendendo como os algoritmos soconstrudos para que o computador possa process-los e produzir oresultado esperado.

    As duas tcnicas apresentadas

    possuem vantagens e desvantagens.

    O que voc achou das tcnicas?

    comunicar instrues aos computadores. um conjunto

    um programa de computador. Voc pode encontrar um

    histrico sobre as linguagens de programao em: .

    Existem tambm vrias ferramentas para desenho de

    Lucidchart for

    Education que pode ser instalada no navegador Chrome na

    opo Chrome Web Store. Ela muito intuitiva, o que facilita

    SEO 3 Variveis, constantes, tipos de dados e operadores aritmticos

    P

    ara que possamos compreender o funcionamento de um algoritmocomputacional imprescindvel que compreendamos os conceitosde variveis, tipos de dados e operadores aritmticos. Com eles

    podemos realizar operaes matemticas e processamento de dados namemria do computador.

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    11/21

    possui um valor e ora outro. Um exemplo pode ser a cotao do dlar,o peso ou a idade de uma pessoa. Pois bem, uma varivel no contexto

    armazenar um valor que pode ser trocado a qualquer momento.

    Na construo de um algoritmo utilizamos inmeras variveis paraarmazenar os valores que sero utilizados na hora de efetuar um clculo.

    A maioria de vocs j trabalha com alguma planilha eletrnica pararealizar algum clculo. Como vocs fazem esta frmula?

    Vocs no utilizam os valores digitados, mas sim a posio que

    os valores so encontrados, por exemplo: =A1+A2; estes nomesrepresentam uma posio da planilha que possui o valor que vocspretendem somar. Nos algoritmos a mesma ideia: iremos criarvariveis que representaro os nossos valores na memria docomputador. Na Imagem 2 vocs podem observar essa analogia daplanilha com as variveis do algoritmo.

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 21

    CONCEIT

    OS

    BSICOS

    DE

    ALGORITM

    OS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    Variveis

    No pensem em computao agora,

    tentem responder a pergunta: o que

    um valor varivel?

    Portanto, uma varivel um espao da memria

    do computador que reservamos para guardarinformaes. (CARVALHO, 2007).

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    12/21

    Imagem 2 Comparao da planilha e algoritmo na utilizao de variveis

    Fonte: o autor.

    Algoritmo Soma

    inicio inteiro b1, b2, b3; b3 = b1 + b2;.

    Observamos na Imagem 2 que no precisamos conhecer os valores quesero digitados pelo usurio, mas sim, as variveis ou posies em queos valores se encontram. Isso torna vivel a construo de algoritmos,pois seno seria necessrio ter um algoritmo para cada combinao devalor que desejssemos.

    O que uma constante?

    independentemente da execuo do programa.

    As constantes tambm so armazenadas na memria do computador,mas como j explicado no mudam de valor durante a execuo.

    22

    Para Forbellone e Eberspcher (2000) uma constante um dado queno sofre nenhuma variao no decorrer do tempo, ou seja, seu valor

    constante para execues diferentes no tempo.

    EXEMPLO

    Constantes

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    13/21

    REGRAS DE FORMAO PARA IDENTIFICADORES DE VARIVEIS ECONSTANTES

    seguir algumas regras:

    1 possuir somente caracteres alfanumricos;

    2 no pode conter espaos em branco;

    3 no pode possuir caracteres especiais;

    4 no pode ter acento;

    5 deve ter um nome que ajude a compreender o algoritmo.

    EXEMPLO

    Nomes vlidos:

    X, nome, codigo, idade, X23, 32B, y, codigo_pessoa

    Nomes invlidos:

    $X, #b, A:B, (A), codigo pessoa, nota/2, correo

    QUANDO PENSAMOS NO VALOR de uma varivel sempre estamospensando em um tipo de dado: se pensarmos na idade de uma pessoa,com certeza voc ir lembrar de um nmero que representa essaidade; se pensar no nome dela, voc ir imaginar um texto ou umconjunto de caracteres referentes ao nome da pessoa. Esta maneiracom que pensamos sobre os dados chamamos de tipo de dados e,

    Forbellone e Eberspcher (2000):

    1 Inteiro: toda e qualquer informao numrica que pertenaao conjunto dos nmeros inteiros e relativos (negativa, nula oupositiva);

    EXEMPLO

    a) Ele tem 10 anos (idade uma varivel inteira).

    b) A escada possui 8 degraus (quantidade_degraus uma varivel

    inteira).

    c) Em minha casa h 3 quartos (quantidade_quarto uma varivel

    inteira).

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 23

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    Tipos de dados

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    14/21

    2 Real: toda e qualquer informao numrica que pertena aoconjunto dos nmeros reais (negativa, nula ou positiva);

    EXEMPLO

    a) Ele tem 1,87 metros de altura (altura uma varivel do tipo real).

    b) A cotao do dolar de 1,95. (cotacao_dolar uma varivel do tipo

    real).

    c) Meu salrio, no momento, de 1.234,50 (salario uma varivel do tipo

    real).

    3 Caracter: toda e qualquer informao composta por umconjunto de caracteres alfanumricos: numricos (0..9), alfabticos

    EXEMPLO

    a) Meu nome Andr Luiz (nome uma varivel do tipo caracter).

    b) O endereo do Andr rua principal s/n (endereco uma varivel do

    tipo caracter).c) O nome do vencedor Joo da Silva (nome_vencedor uma varivel

    do tipo caracter).

    4 Lgico: toda e qualquer informao que pode assumir apenasduas situaes (biestvel).

    EXEMPLO

    a) A porta pode estar aberta ou fechada.

    b) A lmpada pode estar acesa ou apagada.

    DECLARAO DAS VARIVEIS

    memria do computador ocupando uma posio da mesma. Em seu livro,Forbellone e Eberspcher (2000) fazem uma analogia que nos ajuda aentender esse funcionamento. Imaginemos a memria do computador

    24

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    15/21

    inteiro x, a, idade;

    real altura, largura, dolar, salario;

    caracter nome, endereco, data;

    logico ehSolteiro, continua;

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 25

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    como um grande armrio repleto de gavetas, no qual as gavetas seriam

    os dados e as gavetas, as variveis.Visto que na memria (armrio) existem inmeras variveis (gavetas),precisamos criar um mecanismo para diferenciar uma varivel (gaveta)da outra. Cada varivel, no entanto, pode guardar apenas um dado(objeto) de cada vez, sendo sempre do mesmo tipo (material).

    Para isso, devemos determinar nomes para cada uma das gavetas epois seno o computador no saber em qual gaveta pegar o dado

    solicitado.

    SINTAXE DA DECLARAO OU DO COMANDO

    Para que os comandos sejam sempre entendidos pelo computador, surgea necessidade de se estabelecer padres de escrita, como j discutidoanteriormente. Como em todo padro, existem regras rgidas a seremseguidas; a estas chamamos de sintaxe da declarao ou do comando. como se estivssemos seguindo uma regra de gramtica onde temosque respeitar a pontuao e a sinttica das frases ou expresses.

    Para declararmos variveis seguimos a sintaxe:

    Onde o tipo de dado a ser utilizado; o nomenico da varivel que desejamos declarar; a (,) vrgula utilizada como ponto e vrgula indicando que a expresso terminou.

    EXEMPLO

    gaveta do armrio que estar armazenando um objeto, ou seja, cada

    Ao se declarar uma varivel ainda podemos inicializar ela j com umvalor padro.

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    16/21

    real totalFolhaPagamento 0.0;

    26

    EXEMPLO

    No Quadro 4 e no Fluxograma 2 podemos ver como isso descrito nasduas tcnicas:

    Fonte: o autor.

    Quadro 4 Declarao de variveis representada no portugus estruturado

    Algoritmo exemplo_variaveis;inicio real largura, altura, salario, totalFolhaPagamento 0.0; inteiro idade, totalPessoas 0;

    Fonte: o autor.

    Fluxograma 2 Declarao de variveis

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    17/21

    Operador Funo Exemplos

    + Adio B + C; 2 + 3

    - Subtrao 4 2; N M

    * Multiplicao 10 * 4; X * Y

    / Diviso 10/2; X1/X2

    Operador Funo Exemplos

    pot(x,y) Potenciao X elevado a y pot(2,3)

    rad(x) Radiciao Raiz quadrada de x rad(9)

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 27

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    No exemplo anterior, as variveis largura, altura, salario etotalFolhaPagamento so declaradas como real e as variveis

    idade e totalPessoas so declaradas como inteiro e podem serusadas agora para armazenar valores ou participarem de uma operaomatemtica. Sendo que totalFolhaPagamento e totalPessoas esto sendoinicializadas com o valor 0 (zero).

    Operadores aritmticos

    OPERADORES ARITMTICOS so utilizados para representar asoperaes bsicas da matemtica. Por exemplo, quando queremos

    somar duas variveis precisamos representar esta soma por meio deum smbolo, nesse caso o sinal de (+) mais. No Quadro 5 veremos asimbologia utilizada para as operaes bsicas:

    Fonte: o autor.

    Quadro 5 Operadores aritmticos bsicos

    Para representar as operaes de radiciao e potenciao, usaremos aspalavras-chaves radepot, conforme Quadro 6.

    Fonte: o autor.

    Quadro 6 Operadores aritmticos para radiciao e potenciao

    Quando necessitarmos saber o resto de uma diviso ou o quocientede uma diviso usaremos as palavras reservadas mode divconformeQuadro 7.

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    18/21

    Como poderamos calcular o volume de uma lata de leo que

    possui raio de 6cm e altura de 10cm sabendo que a frmula

    28

    Nesse exemplo declaramos as variveis raio, altura e volumetodas do tipo real, pois pode possuir valores quebrados. Logo aps calculado o volume da lata com base na frmula apresentadaanteriormente; a varivel volume passar a valer o resultado da

    frmula de clculo do volume da lata. Portanto, nesse exemplo deixamosfunciona muito bem.

    Operador Funo Exemplos

    mod Resto da diviso 9 mod4 resulta em 127 mod5 resulta em 2

    div Quociente da diviso 9 div4 resulta em 227 div5 resulta em 5

    Fonte: o autor.

    Quadro 7 Operadores aritmticos para resto e quociente de diviso

    Conhecendo os operadores aritmticos e as variveis possvelcombinar os dois conceitos para construirmos algoritmos que realizemoperaes matemticas.

    Algoritmo exemplo_volume_lata;inicio

    real raio 6, altura 10, volume 0; //Declarao de variveisvolume 3.14 * pot(raio,2) * altura; //Clculo do volume

    O smbolo representa a atribuio, ou seja, o valor

    que est na direita atribudo para a varivel que est

    esquerda. A varivel passa a valer o que est a sua direita.

    Tudo que estiver aps //(duas barras) considerado

    comentrio e no tem valor nenhum de execuo no

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    19/21

    Se quisssemos calcular o volume de uma lata com outras

    Como o usurio poderia interagir com o nosso programa?

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 29

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    Para isso, surgem os comandos de entrada e sada de dados.

    COMANDO DE ENTRADA E SADA DE DADOS

    Como j vimos na seo 2 dessa unidade, um algoritmo dividido ementrada processamento sada. O processamento ocorre por meio

    de uma ou mais contas e regras de execuo. Quando precisamos tornardinmico o valor das variveis necessrio utilizar um comando quepossibilite ao usurio digitar o valor pretendido para cada varivel,realizada e utilizar um comando para sada de dados. Abaixo estdescrita a sintaxe de cada um dos comandos.

    Comando de entrada:

    leia(nome_varivel);

    leia(altura, raio);

    Comando de sada:

    escreva(nome_varivel);

    escreva(volume);

    escreva(O volume , volume).

    O comando de sada pode escrever na tela o valor de uma varivel

    ou ento um texto entre aspas. Tudo que estiver entre aspas ele vaiimprimir na tela como est escrito, se for necessrio imprimir um textoseguido de um valor de uma varivel, basta separar por vrgula os doiscontedos, lembrando que o nome da varivel no pode estar entreaspas e deve ser uma varivel vlida j declarada no programa.

    O comando de entrada, simplesmente, pega o que o usurio digitouno teclado e armazena na varivel passada dentro dos parnteses. Apso trmino da leitura a varivel passa a valer o que o usurio digitou. possvel ler muitas variveis ao mesmo tempo, basta separar elas porvrgula. Agora j podemos escrever o nosso exemplo do volume de uma

    usurio ir digitar.

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    20/21

    Solicite ao usurio para digitar o nome de um aluno e quatro notas

    de prova que este j realizou, depois calcule a mdia e apresente-a,

    juntamente com o nome do aluno.

    Algoritmo exemplo_calculo_media;inicio //Declarao das variveis

    real media, nota1, nota2, nota3, nota4;caracter nomeAluno;//Comandos de entrada

    escreva(Digite o nome do aluno); ler(nomeAluno); escreva(Digite as 4 notas do aluno); ler(nota1, nota2, nota3, nota4);

    //Processamentomedia (nota1+nota2+nota3+nota4)/4;

    //Sada escreva(O aluno ,nomeAluno, obteve a mdia: , media);

    30

    No Quadro 8 conseguimos observar com clareza o processo de entradaprocessamento sada, sendo que o comando ler est representando

    as entradas, o clculo do volume representa o processamento e oescreva

    EXEMPLO

    Fonte: o autor.

    Quadro 8 Entrada processamento sada

    Algoritmo exemplo_volume_lata;

    inicio real raio, altura, volume 0; //Entrada de dados escreva(Digite o valor para o raio);//Escrita na tela ler(raio); //Leitura do teclado escreva(Digite o valor para a altura);//Escrita na tela ler(altura);//Leitura do teclado

    //Processamentovolume 3.14 * pot(raio,2) * altura;

    //Sada escreva(O volume da lata de leo : ",volume);//Escrita na tela

  • 7/29/2019 INTRODUO__PROGRAMAO_I_2012_2_pag-13-33

    21/21

    CONCEITOS BSICOS DE ALGORITMOS E LGICA DE PROGRAMAO 31

    CONCEITOS

    BSICOS

    DE

    ALGORITMOS

    E

    LGIC

    AD

    E

    PROGRAM

    AO

    O mesmo exemplo descrito anteriormente, mas agora em um