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INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICOINSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
FLORIANÓPOLIS
DISCIPLINA: OFICINA DE DESENHO IPROFA. ARQ. PATRÍCIA BIASI CAVALCANTI
INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
Desenhos (perspectivas, plantas, fachadas, cortes,...) x representação de idéias;
Permitem: avaliar o projeto, discutir a proposta, fazer a aprovação nos órgãos competentes eviabilizar a execução.
Permitem a todos (pedreiros, carpinteiros, concretistas, encanadores, eletricistas,...) entender astarefas a serem executadas.
Visando a padronização dos trabalhos e facilitar o entendimento por todos, a ABNT criou algumasregras para a execução dos desenhos técnicos.
Desenho é ferramenta de projeto.
“(...) a representação gráfica é uma parte inseparável do processo de projeto, uma ferramentaimportante que fornece ao projetista os meios não somente de apresentar um projeto, mas também decomunicar-se com outras pessoas no próprio escritório.”(CHING, 2000)
INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
Leigo – maior facilidade em entender desenhos humanizados e perspectivas.Desenhos técnicos permitem a compreensão da proposta e sua execução.
Possibilidade de expressar-se minimamente (suas idéias) por meio de desenhos.
Fazer croquis rápidos junto ao cliente ou na obra.
Princípios são os mesmos para desenho a mão ou no computador.
É preciso saber fazer para também poder cobrar!
Desenho é sobretudo prática contínua e repetida. Todos podem aprender a desenhar bem.
Tão importante quanto as técnicas de desenho, é saber OBSERVAR (ver de forma analítica eobjetiva).
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
1 – DESENHOS MONOCROMÁTICOS
1.1 – LÁPIS E GRAFITESMaterial básico, sensível e versátil.Diferenciam-se pela qualidade da grafite: de 9H (duro) à 8B (suave/mole).
Grafites duras – F, H ou HB - linhas claras e finas.- linhas e desenhos delicados, linhas de construção do desenho.
Grafites moles - 6B e 8B - linhas mais grossas e escuras.- linhas finais, mais densas e escuras, e sombreamento.- outra opção: grafite integral
Duríssimo Duro Médio Macio ou mole
9H a 3H 2H, F, H HB, B 2B a 9B
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
Desenho técnico: 2H ao 2B.
Para desenhos artísticos, de observação e sombreamentos: apontar os lápis com lixa, deixando pontasmais arredondadas e largas.
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1.2 LAPISEIRAS PROFISSIONAISEspessura homogênea e maior precisão - indicadas para desenhos técnicos.
Espessuras finas -vlinhas de construção dos desenhos técnicos.Espessuras médias e grossas - arte final e sombreamento.
Conjunto básico de lapiseiras: 0.3, 0.5, 0.7 e 0.9 mm.
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1.3 – CANETAS NANQUIMDesenhos técnicos nítidos e precisos.
Descartáveis - mais fáceis de manipular. Borram menos.
Erros são difíceis de apagar x utilização da ponta de um estilete.
Conjunto básico: 0.05 (para texturas e detalhes de graficação), 0.1 ou 0.2 (para o geral do desenho) e0.8 ou 1.0 mm (para linhas de sombra e contornos).
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1.4 – BORRACHASBorrachas macias, que se desmancham facilmente – boas para desenhos á lápis, especialmente osartísticos.
Borrachas duras - desenhos feitos à caneta.
Borracheiras - maior precisão na correção do desenho.
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2 - DESENHOS COLORIDOS
2.1 – LÁPIS DE CORGrande variedade.
Marcas de lápis de cor aquareláveis recomendadas: Berol Prismacolor, Derwent Studio, e DesignSpectracolor.
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2.2 – GIZ PASTELPermite o desenho de linhas ou manchas.
Variedades: seco, oleoso e lápis pastel.
Pastel seco borra facilmente x spray fixador.
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2.3 - MARCADORESA tinta é transparente, permite a sobreposição de linhas e cores.São canetinhas de ponta larga, que não mancham tanto.Fabricantes: Design, Prismacolor, Stabilo, Magic Color, entre outras.
Rendering - pintura rápida e realista de grandes superfícies. Base da pintura com marcadores eacabamentos com lápis de cor aquarelável.
Lista ideal de cores: verde claro e neutro, verde oliva neutro, bege, areia (bege claro), marrom (cor demadeira escura), marrom avermelhado (cor de tijolo), azul claro, e marcadores cinzas (tonalidades esombras).Priorizar marcadores de cores neutras e suaves.
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
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2.4 – GIZ DE CERALinhas decisivas, texturas e pintura de superfícies sólidas e homogêneas.
Não são facilmente apagáveis, em caso de erro.
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
3 - OUTROS MATERIAIS
3.1 - PAPÉISMais usados: - manteiga (transparente e poroso, absorve bem o grafite e tinta);
- vegetal (transparente e liso, borra mais facilmente);- sulfite (opaco e poroso, absorve bem grafites e tinta).
Recomendações:- Mi-Teintes ou Ingres – Pastel Seco, pois permitem uma melhor fixação do material;- Espessos e especiais para aquarela;- Com textura, para utilização de giz de cera e lápis de cor;- Fino e sem textura (manteiga, vegetal ou sulfite) para desenho de sólidos homogêneos.
Quanto a cor do papel em desenhos coloridos:-Papéis brancos - cores parecerão mais brilhantes;-Papéis coloridos (bege e cinza claro) - cores e brilhos são neutralizados.
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
Papéis coloridos - mais indicados para renderização. Também facilitam a representação de superfíciesiluminadas, (lápis de cor branco, pêssego ou lilás).
Papéis em tons acinzentados ou azulados – pinturas em cores frias.Papéis em tons de bege – pinturas em tons quentes (tijolo, madeira,...).
3.2 – COMPASSO, BOLÔMETRO OU GABARITO DE CIRCUNFERÊNCIASDesenho de circunferências e arcos, vegetação e layouts.
Ideal: com alongador. Mão esquerda segura o compasso e a mão direita faz o giro.
Para outras curvas: curva francesa e a curva universal.
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
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3.4 – PRANCHETA, ILUMINAÇÃO E RÉGUA PARALELAUsada para desenhos técnicos e perspectivas.
Fixar o papel com durex ou fita crepe, buscando o paralelismo da borda superior do papel com aprancheta e com a régua.
Quando com régua T: apoiá-la do lado esquerdo da prancheta; fixar o papel o mais próximo da cabeçada régua.
Iluminação: da esquerda para a direita.
Régua paralela: linhas horizontais paralelas, apoiar os esquadros para linhas verticais e oblíquas.
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
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3.5 - RÉGUA GRADUADA (ESCALA / ESCALÍMETRO)Transpor desenhos de uma escala para outra.
3.6 – ESQUADROSTraçar retas horizontais, verticais, e inclinadas. São dois os esquadros mínimos: 30 e 60 graus, e 45graus. Não devem ser graduados.
Apoiam-se na régua paralela ou na régua Tê. Apoiando-se uns esquadros nos outros paraperpendiculares às diversas inclinações.
3.7 – TRANSFERIDORMedir ângulos ou para transferi-los. Podem ser graduados de 0 a 180, ou de 0 a 360 graus.
INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO
DIMENSÕES E CONFIGURAÇÃO DOS PAPÉIS
A série mais comum é a série A:- A0 – 841 x 1189 mm- A1 – 594 x 841 mm- A2 – 420 x 594 mm- A3 – 297 x 420 mm- A4 – 210 x 297 mm
“Traçamos uma margem de 10 mm para os formatos A0 e A3 e de 5 mm para o formato A4 e ossubsequentes.”( OBERG, 1997, p. 8) Margem esquerda: 25 mm.
Legenda no canto inferior direito.
Itens da legenda: nome do escritório, empresa ou profissional; título do projeto; nome do arquiteto ouengenheiro autor da proposta; nome do desenhista e data; escalas; local para a nomenclaturanecessária ao arquivamento do desenho; assinatura do arquiteto ou engenheiro responsável pelaexecução da obra; nome do cliente.
DIMENSÕES E CONFIGURAÇÃO DOS PAPÉIS
DIMENSÕES E CONFIGURAÇÃO DOS PAPÉIS
BIBLIOGRAFIADOYLE, Michael E. Color Drawing: a marker colored pencil approach for Architects, Landscapearchitects, Interior and graphic designers, and artists. New York: Van Nostrand Reinhold, 1993.
MONTENEGRO, Gildo. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgard Blücher, 1978.
OBERG, L. Desenho arquitetônico. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1997.