Introdução À Astronomia e Astrofísica

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Introdução À Astronomia e Astrofísica 2014 Origem da Vida e Vida Extraterrestre. Escala do Universo. Galáxias. Universo e Cosmologia. A Origem da Vida e Vida Extraterrestre Somos nós as únicas criaturas no Universo que pensam sobre sua origem e evolução, ou existiriam outras formas de vida inteligente entre as estrelas? A origem da vida e a existência de vida extraterrestre vêm sendo focalizadas nos noticiários com grande intensidade desde os anos 1950, mas de forma crescente nos últimos anos. Qual é a origem da vida? O que diferencia seres vivos de simples matéria orgânica? No contexto de evolução cósmica, a vida resulta de uma sequência natural de evolução química e biológica da matéria pré-existente, regida pelas leis físicas. A regra fundamental é que os seres vivos são organismos que têm metabolismo, se reproduzem, sofrem mutações, e reproduzem as mutações, isto é, passam por selecção cumulativa. Cláudio Moisés Paulo Página 1

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Origem da Vida e Vida Extraterrestre. Escala do

Universo. Galáxias. Universo e Cosmologia.

• A Origem da Vida e Vida Extraterrestre• Somos nós as únicas criaturas no Universo que pensam sobre

sua origem e evolução, ou existiriam outras formas de vidainteligente entre as estrelas?

• A origem da vida e a existência de vida extraterrestre vêmsendo focalizadas nos noticiários com grande intensidadedesde os anos 1950, mas de forma crescente nos últimos anos.

• Qual é a origem da vida? O que diferencia seres vivos desimples matéria orgânica?

• No contexto de evolução cósmica, a vida resulta de umasequência natural de evolução química e biológica damatéria pré-existente, regida pelas leis físicas.

• A regra fundamental é que os seres vivos são organismosque têm metabolismo, se reproduzem, sofrem mutações,e reproduzem as mutações, isto é, passam por selecçãocumulativa.

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• Já a vida inteligente requer mais de uma centena debilhões de células, diferenciadas em um organismoaltamente complexo e, portanto, a selecção naturalcumulativa requer um longo tempo.

• Vida na Terra

• Segundo a paleontologia, fósseis microscópicos debactéria e algas datando de 3,8 bilhões de anos são asevidências de vida mais remota na Terra.

• Portanto cerca de 1 bilhão de anos após a formação daTerra, a evolução molecular já havia dado origem à vida.

• Desde então as formas de vida sofreram muitasmutações e a evolução darwiniana selecionou as formasde vida mais adaptadas às condições climáticas da Terra,que mudaram com o tempo.

• Embora nenhuma evidência concreta de vida tenha atéagora sido encontrada fora da Terra, os elementosbásicos para seu desenvolvimento foram detectados nomeio extra-terrestre.

• Na Terra foram necessários 4,5 bilhões de anos para avida inteligente evoluir, mas somente 1 bilhão para a vidamicroscópica iniciar.

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• Entretanto, a vida pode tomar formas inesperadas, evoluirem lugares imprevisíveis, e de formas improváveis, oschamados extremófilos, descobertos em 1965.

• Vida no Sistema Solar

• A existência de vida inteligente pode ser descartada emtodos os demais planetas do Sistema Solar.

• Em Marte, onde há água em certa abundância,actualmente em forma de vapor ou sólido, e a pressãoatmosférica na superfície é 150 vezes menor do que naTerra, a morfologia da superfície indica que houve águalíquida no passado.

• Vida na Galáxia

• A inteligência, interesse sobre o que está acontecendo noUniverso, é um desdobramento da vida na Terra,resultado da evolução e selecção natural.

• Os seres inteligentes produzem manifestações artificiais,como as ondas electromagnéticas moduladas emamplitude (AM) ou frequência (FM) produzidas pelosterráqueos para transmitir informação (sinais comestrutura lógica).

• Acreditando que possíveis seres extra-terrestresinteligentes se manifestam de maneira similar, desde1960 se usam radiotelescópios para tentar captar sinaisdeles.

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• Esta busca leva a sigla SETI, do inglês Search forExtra-Terrestrial Intelligence, ou Busca de InteligênciaExtra-Terrestre.

• Até hoje não houve nenhuma detecção, mas esta busca sebaseia em emissões moduladas de rádio, que produzimosaqui na Terra somente nos ultimos 60 anos.

• Hoje em dias, as transmissões de dados por ondaselectromagnéticas estão sendo superadas por transporte deinformação por fibras ópticas, que não são perceptíveis adistâncias interestelares.

• Planetas fora do Sistema Solar

o Embora desde 1992 existam evidências gravitacionaisda existência de mais de quatrocentos planetas fora doSistema Solar, em várias estrelas na nossa Galáxia, émuito difícil detectar os planetas directamente porquea estrela em volta da qual o planeta orbita é muitomais brilhante que o planeta, ofuscando-o.

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Projecto de Mphil do Ramiro Caisse na Universidade das Maurícias. �
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• A Escala do Universo

o A astronomia, apesar de exercer um certo fascínio sobre amaioria das pessoas, apresenta alguma dificuldade para quemtoma contacto pela primeira vez, porque seu assunto é remotoe não familiar, envolvendo ideias novas e utilizando umanomenclatura específica.

o O simples fato de pensar sobre o Universo exige imaginardistâncias que parecem inimagináveis frente ao tamanho dascoisas com que estamos acostumados em nossa vida diária.

o Quero aqui dar uma noção da escala do Universo, partindo detamanhos familiares e passando gradativamente a tamanhosmaiores, cada um 10 vezes maior que o anterior.

10 m = um edifício comum m = uma quadra de uma cidade m = 100 km, uma cidade grande m = ~ o diâmetro da Terra (=12 700 km)..

• m = quase 1 UA (unidade astronômica) = 150 000 000 km, queé distância entre a Terra e o Sol.

• m = 7 UA, ultrapassa o raio da órbita de Júpiter, que é de 5,2UA.

• m = aproximadamente o diâmetro do sistema planetário do Sol.• m = O Sol ainda é a única estrela nesta região do espaço.

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• m = 1 AL (ano-luz). É o limite do Sistema Solar (a nuvem de co-metas, Nuvem de Oort).

• A estrela mais próxima, chamada Próxima Centauri, está a 4,22 AL,ainda 4 vezes mais distante.

• m = 1000 AL é uma parte do disco da nossa galáxia. • m = 10 000 AL, é 1/10 do tamanho da nossa galáxia. O Sol

está a 30 000 AL do centro da nossa galáxia. • m = 100 mil AL, é o tamanho da nossa galáxia, a Via Láctea. As

Nuvens de Magalhães, galáxias satélites da Via Láctea estão a cer-ca de 150 mil AL.

o Galáxias

o Classificação morfológica de galáxias

As galáxias diferem bastante entre si, mas a grandemaioria têm formas mais ou menos regulares quandoobservadas em projecção contra o céu, e seenquadram em duas classes gerais: espirais eelípticas.

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Algumas galáxias não têm forma definida, e sãochamadas irregulares.

Um dos primeiros e mais simples esquemas declassificação de galáxias, que é usado até hoje,aparece no livro de 1936 de Edwin Hubble, The Realmof the Nebulae.

O esquema de Hubble consiste de três sequênciasprincipais de classificação: elípticas, espirais e espiraisbarradas.

Nesse esquema, as galáxias irregulares formam umaquarta classe de objectos.

o As galáxias espirais, quando vistas de frente, apresentamuma clara estrutura espiral. Andrômeda (M31) e a nossaprópria Galáxia são espirais típicas.

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o As galáxias espirais têm diâmetros que variam de20 mil anos-luz até mais de 100 mil anos-luz.

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o Estima-se que suas massas variam de 10 bilhões a10 trilhões de vezes a massa do Sol.

Exemplos de galáxias espirais e espirais barradas.

o As galáxias elípticas apresentam forma esférica ouelipsoidal, e não têm estrutura espiral. Têm pouco

gás, pouca poeira e poucas estrelas jovens.

o As galáxias elípticas variam muito de tamanho,desde super-gigantes até anãs. As maiores elípticastêm diâmetros de milhões de anos-luz, ao passoque as menores têm somente poucos milhares deanos-luz em diâmetro.

o As elípticas gigantes, que têm massas de até 10trilhões de massas solares, são raras, mas aselípticas anãs são o tipo mais comum de galáxias.

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o Hubble classificou como galáxias irregularesaquelas que eram privadas de qualquer simetriacircular ou rotacional, apresentando uma estruturacaótica ou irregular.

o Os dois exemplos mais conhecidos de galáxiasirregulares são a Grande e a Pequena Nuvens deMagalhães, as galáxias vizinhas mais próximas daVia Láctea, visíveis a olho nu no Hemisfério Sul,

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o Aglomerados de galáxias

o Olhando-se fotografias do céu, nota-se facilmente que asgaláxias tendem a existir em grupos.

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o Superaglomerados

o Depois de descobrir que as galáxias faziam parte deaglomerados ou cúmulos de galáxias, os astrônomos seperguntaram se existiam estruturas ainda maiores noUniverso.

o Em 1953, o astrônomo francês Gérard de Vaucouleurs(1918-1995) demonstrou que os aglomerados de galáxiastambém formam superaglomerados.

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o Estrutura em Grande Escala

Distribuição espacial de 100 mil galáxias próximas determidado pela Busca deGaláxias 6df, na Austrália.

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o Colisões entre galáxias

o Radiogaláxias

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O Universo como um TodoCosmologia

(Estudo Individual)

Via Láctea

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Nota Final:• Caro estudante, chegamos ao Fim da nossa grande viagem e

espero que tenham gostado.

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Próximas Aulas:

• Teste 1 & 2

• Exame N & R

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Exame Normal: 26/06/2020Exame de Recorrência: 10/07/2020 �