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Fazendo Arte com Carol Manenti Proibida Reprodução e Distribuição | Sobre as Expectativas 1 Fazendo Arte com Carol Manenti INTRODUÇÃO SOBRE AS EXPECTATIVAS Eu costumo começar as aulas presencias com o discurso que eu considero mais importante dos próximos dias que passaremos juntos: qual é sua expectativa quanto ao curso? O Corel Draw é um programa espetacular. Nos conhecemos há muitos anos. Mas é um programa muito vasto. Ele se parece um pouco com o Studio, esse que você tanto conhece. Os dois são especializados em vetor (linhas e pontos), mas também permitem a manipulação de bitmaps (imagens). Os desenhos vetoriais são baseados em vetores (também chamados de caminhos), que conduzem através de locais chamados pontos de controle ou nós. Cada um desses pon- tos possui uma posição definida nos eixos x e y do plano de trabalho e determinam a di- reção do caminho. Além disso, a cada caminho pode ser atribuído uma cor de traço, forma, espessura e preenchimento. Estas propriedades não aumentam o tamanho dos arquivos de desenho vetorial de maneira substancial, uma vez que todas as informações residem na estrutura do documento, que apenas descreve como o vetor deve ser dese- nhado. Bitmap, que significa mapa de bits em inglês, são imagens que contêm a descrição de cada pixel, em oposição aos gráficos vetoriais. Pixel é o menor elemento num dispositivo de exibição (como, por exemplo, um monitor), ao qual é possível atribuir-se uma cor. De uma forma mais simples, um pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, sen- do que, o conjunto de milhares de pixels, forma a imagem inteira. Fonte: http://pt.wikipedia.org Porém, o Corel tem infinitos recursos que possibilitam enriquecer o nosso trabalho. E o Studio, se posso dizer, é um tanto limitado. Mas esses “infinitos recursos” vem com um preço: o tempo. Se no Studio podemos fazer uma aula de meio período e sair conhecendo 90% do que ele pode fazer, o Corel precisa de muito mais. Eu preparei com muito cuidado uma aula (dividida em vários vídeos), que abrange todas as ferramentas que eu uso no dia-a-dia, para fazer todo tipo de trabalho. Eu dei o meu melhor para explicar e mostrar detalhadamente cada passo. Mas o quanto você vai aprender, o quanto você vai memorizar, depende somente de você. Quanto tempo você está disposto a dedicar a esse curso? É esse fator que vai definir se, ao final do curso, ao final dos 150 dias disponíveis para que você veja e reveja todos os passos, você con- seguirá executar sozinho o que aqui foi ensinado. Se eu posso aconselhar... dedique-se ao máximo. Não deixe para o último minuto! Separe um tempo do seu dia para mergulhar no Corel e em suas possibilidades, e você será bem sucedi- do(a). Pode confiar!

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Sobre as Expectativas

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Fazendo Arte com Carol Manenti

INTRODUÇÃO

SOBRE AS EXPECTATIVAS Eu costumo começar as aulas presencias com o discurso que eu considero mais importante dos próximos dias que passaremos juntos: qual é sua expectativa quanto ao curso?

O Corel Draw é um programa espetacular. Nos conhecemos há muitos anos. Mas é um programa muito vasto. Ele se parece um pouco com o Studio, esse que você tanto conhece. Os dois são especializados em vetor (linhas e pontos), mas também permitem a manipulação de bitmaps (imagens).

Os desenhos vetoriais são baseados em vetores (também chamados de caminhos), que

conduzem através de locais chamados pontos de controle ou nós. Cada um desses pon-

tos possui uma posição definida nos eixos x e y do plano de trabalho e determinam a di-

reção do caminho. Além disso, a cada caminho pode ser atribuído uma cor de traço,

forma, espessura e preenchimento. Estas propriedades não aumentam o tamanho dos

arquivos de desenho vetorial de maneira substancial, uma vez que todas as informações

residem na estrutura do documento, que apenas descreve como o vetor deve ser dese-

nhado.

Bitmap, que significa mapa de bits em inglês, são imagens que contêm a descrição de

cada pixel, em oposição aos gráficos vetoriais. Pixel é o menor elemento num dispositivo

de exibição (como, por exemplo, um monitor), ao qual é possível atribuir-se uma cor. De

uma forma mais simples, um pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, sen-

do que, o conjunto de milhares de pixels, forma a imagem inteira.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

Porém, o Corel tem infinitos recursos que possibilitam enriquecer o nosso trabalho. E o Studio, se posso dizer, é um tanto limitado.

Mas esses “infinitos recursos” vem com um preço: o tempo. Se no Studio podemos fazer uma aula de meio período e sair conhecendo 90% do que ele pode fazer, o Corel precisa de muito mais.

Eu preparei com muito cuidado uma aula (dividida em vários vídeos), que abrange todas as ferramentas que eu uso no dia-a-dia, para fazer todo tipo de trabalho. Eu dei o meu melhor para explicar e mostrar detalhadamente cada passo. Mas o quanto você vai aprender, o quanto você vai memorizar, depende somente de você.

Quanto tempo você está disposto a dedicar a esse curso? É esse fator que vai definir se, ao final do curso, ao final dos 150 dias disponíveis para que você veja e reveja todos os passos, você con-seguirá executar sozinho o que aqui foi ensinado.

Se eu posso aconselhar... dedique-se ao máximo. Não deixe para o último minuto! Separe um tempo do seu dia para mergulhar no Corel e em suas possibilidades, e você será bem sucedi-do(a). Pode confiar!

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Como Tudo Começou

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MINHA HISTÓRIA

COMO TUDO COMEÇOU Eu não nasci querendo ser médica, pediatra, veterinária. Eu queria ser mãe. O restante era so-mente um detalhe. Porém, chega aquele momento em que você se vê obrigado a escolher um curso de faculdade, porque é assim que naturalmente as coisas são. E como eu já nutria uma paixão por fotografia, decidi fazer faculdade de Publicidade e Propaganda (naquela época não tinha no ES um curso somente de fotografia). Mas acho que, no fim das contas, foi a minha me-lhor escolha: foi lá que eu conheci o Corel.

Trabalhei seis anos numa empresa de comunição visual. Eu era a única funcionária da área de Pré-Impressão. As funções da área eram, basicamente, receber os arquivos dos clientes, prepa-rá-los com as características de cada material, e enviá-los para impressão e, algumas vezes, criar arte. Tudo isso no Corel. Mas eu não era feliz. Eu sabia que, quando tivesse meu primeiro filho, pararia de trabalhar. Esse sempre foi meu sonho. Porém, não fazer nada não me agradava. Eu queria algo que pudesse fazer em casa, mas não sabia o que. As pessoas me sugeriam que fizesse trabalhos como designer, porém eu respondia que não, porque detestava. Naquela época, arte para mim se resumia a banner de lava-jato. Rs.

E aí veio minha bênção, meu tão sonhado Daniel, e eu saí da empresa. Quando ele estava com três meses, começamos a planejar a festa. Mas eu não entendia nada de festas, não sabia muito bem o que escolher, e acabei decidindo pelo tema Safari, porque era a decoração mais bonita que eu vi nas fotos do espaço de festas. Como eu tinha intimidade com Corel e afins, resolvi fazer algumas coisinhas para a festa. E assim descobri um novo nível de personalizados que ia além das latinhas e potinhos que eu conhecia: as caixinhas e os scraps.

Fiz a arte do convite, com aplique. Cortei tudo ou na tesoura, ou no estilete. Desenhei o molde da minha caixa Milk (o mesmo que vamos trabalhar) e da caixa Cone. Comprei papel offset 240g, imprimi na gráfica, cortei tudo e vinquei na mão. Mas quando acabou... deu uma tristeza.

Faltando um mês pra festa, e já com tudo pronto, eu descobri a Silhouette. Lembro que deixei dias e dias aquele site aberto; mostrei pro meu esposo, pra minha mãe, pra todo mundo que eu podia. Ninguém se ofereceu pra me presentear. Rs. No dia da festa, o que eu mais ouvi foi “você tem que trabalhar com isso”. E o desejo e a coragem cresceram no meu coração.

Comprei a Silhouette. Rs. O que eu almejava, de início, era somente conseguir pagar aquela prestação, e depois, quem sabe, ganhar uns R$ 200,00 por mês. Mas a primeira cliente veio, depois a segunda, a terceira, e a coisa cresceu.

O fato de eu já conhecer o Corel, de ter feito Publicidade, me ajudou a criar meu próprio estilo. E a cada dia, eu me aprimorei nessa arte, buscando sempre me superar. Os recursos do Corel me permitiram criar detalhes que não era possível fazer no Studio. Assim surgiram os pedidos de curso.

Veja bem, eu sou de natureza extremamente tímida, por isso, por muito tempo, eu achei essa ideia impossível. Mas meses e meses se passaram, e eu mesma senti necessidade de comparti-lhar com outras pessoas aquilo que eu sabia. E foi assim que começou o Fazendo Arte com

Carol Manenti.

Por isso, vou aproveitar a oportunidade e dar dicas da parte “publicitária” e da administração. Espero que possam te ajudar a alavancar seu negócio.

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Público-Alvo 3

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EMPRESA

PÚBLICO-ALVO Qual é a primeira coisa em que você pensa quando vai abrir sua empresa? No nome! Todo mun-do escolhe o nome. Mas a primeira coisa que você precisa definir é: quem é meu cliente? Pra quem eu quero vender?

Não pense que a resposta é somente “mães”. Você precisa saber qual mãe. E nesse caso, nós queremos saber qual o poder aquisitivo dessas mães.

PÚBLICOS C E D Se você quer vender caro, pode esquecer. Esse público prefere quantidade. E como fazer para reduzir o preço final? Reduzindo custos. Ainda hoje existem muitos profissionais da área de personalizados que trabalham com adesivos simples (sem camadas e scrap). E existe muito público para esse tipo de produto. Quanto menos camadas, mais barato, e mais rápido de ser produzido. Mas não pense que qualidade não conta. A qualidade do seu papel, da sua tinta, do acabamento do seu produto tem que ser primoroso, indepen-dente do público.

PÚBLICOS A E B Esse público busca o melhor, o diferente, aquilo que vai marcar na memória de seus convidados. E está disposto a pagar por isso. Se você quer alcançar esse público, você te-rá que se destacar. Capriche nas camadas, nos detalhes. Invista em acessórios, máquinas de textura, pedrarias, qualquer coisa que possa enriquecer. Não pense que são gastos, são investimentos. E não esqueça que preço comunica: promoções do tipo 200 itens por R$ 99,90 assustam e transmitem a mensagem de que o produto é de péssima qualidade. Comece com um valor justo e vá aumentando periodicamente, de acordo com a procura.

NOME Definido o público, agora você pode escolher o nome da sua empresa. Mas lembre-se: menos é mais. Não complique. Evite nomes do tipo “expressões”. Ateliê do Não-Sei-o-Que do Não-Sei-O-Que-Lá. Difícil de memorizar, além de ter uma infinidade de empresas com esse tipo de nome. Evite sobrenomes ou nomes que só os seus amigos entendam. De prioridade a um nome único ou duplo, com ressalvas para outros idiomas: não se coloca um nome em italiano, de difícil pro-núncia, se você quer atender o público C e D. E não fique com a primeira opção. Pense bastante, consulte outras pessoas, veja se elas também entendem sua proposta sem que você precise ex-plicar: se você precisar explicar, já está errado.

LOGO É hora de mais um investimento fundamental: a cara da sua empresa. Meu primeiro conselho é que você pague para alguém fazer. Escolha bem um designer, veja seus trabalhos anteriores, veja se ele não faz parte da moda (significando que sua logo será igual à de outras mil Silhouet-teiras). A sua logo é a representante da sua empresa. Uma logo bem feita dá credibilidade.

FANPAGE Hoje nós temos a possibilidade de usar as redes sociais para divulgar nossa empresa com custo zero. E que nós saibamos aproveitar! Encomende, junto com a logo, uma capa para sua fanpage. Ela vai ser a fachada da sua “loja virtual”, e é importantíssimo que ela seja linda, comunicativa, e bem feita.

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Perfil Pessoal x Perfil Profissional

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ALIMENTANDO A FANPAGE O que movimenta a fanpage são posts com fotos. Esses tem muito mais visualizações do que posts de texto (e trazem mais curtidas), então, aproveite para fotografar e postar seus produtos com frequência. Se você ainda não tem demanda para isso, use seu tempo para criar portfólio: faça um modelo dos itens que você vai trabalhar com temas varia-dos e poste. Dica de foto: uma mesinha de still (fundo infinito) ajuda muito, mas se não dá pra investir, use uma folha de EVA branca e uma iluminação para tirar suas fo-tos. É importante que elas estejam nítidas e bem iluminadas. Fotos feias e escuras tam-bém comunicam, e passam uma péssima impressão. Dica de post: se você fotografou e está com 10 fotos para postar, não poste todas de uma vez. Poste uma, com uma frase bonitinha, e espere até que ela atinja um número de visualizações médio que você cos-tuma alcançar. Só depois poste a próxima. E se preocupe também com os horários: não poste muito tarde da noite, nem muito cedo pela manhã, nem na hora do almoço.

PERFIL PESSOAL X PERFIL PROFISSIONAL Uma fanpage precisa ser vinculada a um perfil. Se você tem um perfil pessoal e deseja mantê-lo como “dono” da fanpage, tudo bem. Mas algumas coisas só são possíveis fazer com um perfil, como chamar alguém no “inbox”. Por isso, se você optar pelo perfil pessoal, isso pode atrapalhar (porque você vai misturar pessoal com profissional). Você pode optar por criar então um novo perfil para o profissional, e aí entram as ressalvas...

O QUE NÃO POSSO FAZER NUNCA O que acontece muitas vezes, principalmente por se tratar de empresas de uma só pessoa, é que as pessoas permitem que se confunda o lado pessoal com lado profissional. Se você tem um per-fil profissional, e adiciona ali clientes e possíveis clientes, você deve se comportar como empre-sa, e não como Fulana de Tal. Nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca faça desabafos que possam atingir clientes ou possíveis clientes (se puder, não faça nenhum tipo de desabafo), não reclame de clientes mal pagadores ou de calotes, não mande indireta ou fale ofensas para con-correntes, nunca comente sobre algum possível cliente ter dito “que estava caro”. Muitas dessas coisas, se você fizer, receberá apoio dos seus amigos e pessoas que te conhecem (“Isso aí! Tá certo! Mandou bem!”), porém perderá inúmeros possíveis clientes, e não há nada pior do que perder um cliente antes mesmo de conquistá-lo. Se você gosta ou precisa desabafar nas redes sociais, faça isso num perfil pessoal, um perfil que você não adicione pessoas que você não co-nhece (e coloque suas publicações como “amigos”, para não correr riscos). Rs.

Tudo isso que eu disse foi com embasamento. Muitas pessoas nesse mercado deixaram de ser convidadas para parceria com grandes empresas por causa do mau comportamento virtual. Pen-sem nisso.

META/OBJETIVO/FILOSOFIA DE TRABALHO É importante que você defina qual sua filosofia de trabalho: eu quero fazer um atendimento íntimo e personalizado para cada cliente? Eu quero atender poucos clientes por mês com volu-mes grandes de pedido ou eu quero conseguir atender a um grande número de clientes? Isso é muito importante!

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PREÇO

DESCOBRINDO OS CUSTOS Empresa criada e pronta para atuar, precisamos saber dizer ao cliente que nos procura, quanto custa nosso trabalho. O primeiro passo é definindo nosso custo de produção.

Nos arquivos disponibilizados para download, existe uma planilha de cálculo de preço.

Na primeira coluna Qto Por Folha, você precisa saber quantas unidades desse item cabem em cada folha, para isso você precisará conhecer as medidas de cada item, e montar dentro de um arquivo do Studio já com as marcas de registro. Assim você saberá quantos consegue produzir em cada folha.

Na segunda coluna Custo Papel Por Folha, você precisa preencher quanto custa a folha desse determinado material (adesivo, 240g ou 180g).

A terceira coluna Custo Impressão Por Folha, você precisa preencher quanto custa para sua impressora imprimir cada folha (preço do toner ou tinta dividido por quantas folhas ele(a) im-prime antes até acabar).

A quarta e a quinta coluna, em amarelo, calculam automaticamente. Elas vão descobrir quanto custa o seu item de papel e impressão.

A sexta coluna é Embalagem. Para os itens como bisnaga, latinha, caixinha de acrílico, que precisam de uma embalagem para personalizar, você deve preencher quanto custa essa embala-gem. Os itens que você for vender somente o rótulo (para o cliente comprar a embalagem e co-lar), você pode preencher com zero.

A sétima coluna Aplique, é o custo, somado, de impressão e papel para o aplique que você usa nesse item. Por exemplo:

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Minha caixinha Milk leva três apliques e, às vezes, um quarto aplique pequeno superior.

Eu sei que, montados numa folha, eu consigo colocar quatro unidades de cada. Meu cus-

to de papel 240g mais impressão é de R$ 0,60 cada. Logo, 0,60 dividido por 4, dá R$

0,15. Esse é meu custo de papel e impressão para cada aplique da caixa Milk.

A oitava coluna Fita, eu faço um cálculo aproximado de quanto custa o pedaço de fita ou cordão que vou usar para amarrar (R$ 22,00 o custo do rolo com 100 metros, logo R$ 0,22 por metro. Como gasto, geralmente, 30 cm, fica R$ 0,07 o custo).

A nona coluna é Outros Acabamentos, em que preencho um valor simbólico para fita bana-na, strass, ou qualquer outra coisa que costume usar.

Coluna Verniz existe porque quando eu usava impressora laser, costumava envernizar o papel. Hoje, envernizo somente rótulos que levam brigadeiro ou qualquer outra coisa que possa sujar na hora de colocar.

A coluna Equipamentos calcula um valor simbólico para o desgaste da máquina de corte e impressora.

A décima segunda coluna é Produto, e nele você preencherá o valor dos doces (o custo de um baton, bis, batata Pringles, ou até mesmo o brigadeiro para bisnaga, potinho).

As próximas colunas Lâmina e Base, Mão-de-Obra, Perda, e Embalagem são calculados automaticamente. Lâmina e Base se referem ao custo para que você possa repor esses itens, mão de obra é o seu trabalho para montar os itens, perda se refere aos cortes ou impressões que possam dar errado, e embalagem é o custo com caixa de papelão, sacolinhas, esse material que usamos para entregar o pedido ao cliente.

A coluna em preto, Custo, é, obviamente, o quanto gastamos para produzir aquele determinado item.

A próxima é Preço Mínimo, o valor mínimo de venda que seja justo. Porém, esse valor é so-mente uma sugestão. Você pode, depois que conhecer seu preço mínimo, fazer uma pesquisa de mercado para saber se está acima ou abaixo da concorrência (concorrência no mesmo nível de trabalho).

A última coluna Lucro é um cálculo de quanto você está ganhando por peça produzida.

Essa planilha pode ser modificada como você preferir, excluindo ou incluindo itens.

Agora, se posso aconselhar sobre esse assunto, se você está começando, acabou de entrar no mercado, mesmo que você tenha escolhido atender um público A e B, não comece com preços elevados. Entenda que esse público precisa ser conquistado, eles precisam te conhecer, saber que você é confiável, que seu trabalho é bonito, que você preza pela qualidade, e isso leva tempo. Comece devagar, até que você descubra quantas festas você consegue atender por mês, para que você não se sobrecarregue e venha a deixar a desejar. Você só precisa de uma falha, uma única falha, de uma festa não entregue, para fechar as portas. Nunca deixe isso acontecer. Come-ce devagar. As redes sociais são excelentes divulgadores, tanto para o bem, quanto para o mal.

Não se deixe convencer por insistências de “clientes de última hora” se você já estiver bem atare-fado(a). Se, por ventura, acontecer algum problema, ele não será misericordioso como você foi. É uma palavra dura, mas é a realidade.

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TABELA DE PREÇOS Eu conheço empresas que trabalham com o atendimento diferenciado: o cliente pede orçamen-to, eles sentam juntos e definem. Como meu objetivo é volume, não consigo fazer esse tipo de atendimento, então eu optei por uma tabela de preços.

Depois que definir o preço de venda, monte uma tabela bem bonita com todos os produtos que você oferece e preços. Lembre-se de colocar a quantidade mínima de cada item.

Faça uma página também com suas regras de vendas:

• Tem valor mínimo de pedido? • Tem prazo de entrega ou trabalha com agendamento? • Como é feito o pagamento? Cartão? Depósito? É possível parcelar? • E a entrega? • Validade do orçamento? • Em caso de cancelamento, há devolução?

Dessa forma, juntamente com os seus preços, o cliente vai conhecer também suas regras.

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ADMINISTRANDO

VENDAS É bem provável que, quando sua empresa estiver começando, você dê conta de anotar pedidos, pagamentos, parcelamentos, em uma agenda de papel. Porém, quando o volume aumentar, é importante que você tenha um software para administrar seus pedidos, receitas e despesas. Isso vai te ajudar muito também na hora da declaração de imposto de renda.

O software que eu uso, adquiri logo que abri a empresa (abri mesmo, como MEI). Ele tem uma versão gratuita, mas com recursos limitados, e como gostei muito, decidi comprar. Eu sempre o recomendo (gratuitamente). Rs.

Você consegue cadastrar produtos com preço de custo e de venda, cadastrar clientes com dados detalhados, tirar pedido, faturar, parcelar, etc.

O site é www.gerenciadoreficaz.com.br.

Independente se for esse ou outro, eu recomendo que você tenha um.

AGENDA E ENTREGA Eu não trabalho com embalagens cheias (salvo brigadeiro, caso o cliente possa retirar em mãos). Sendo assim, optei por agendar meus clientes com bastante antecedência da festa. Eu não en-

trego no dia da festa (como eu disse, salvo as embalagens com brigadeiro).

Meu prazo de agendamento é, no mínimo, 45 dias antes da festa. Com isso eu garanto que, em caso de imprevistos, mesmo que eu atrase esse prazo, não acarretará em problemas para meu cliente. Caso tenha brigadeiro para ser entregue no dia da festa, eu entrego todos os outros itens e deixo as embalagens do brigadeiro prontas e guardadas, assim, no dia da festa, só preciso en-cher.

Imprevistos acontecem. E como, muitas vezes, trabalhamos sozinhos, precisamos nos precaver para nunca deixarmos de entregar uma festa. Se seu filho adoecer, se você adoecer, se a impres-sora quebrar, ou a silhouette parar de cortar, o prazo estendido te garante conseguir resolver a tempo. O seu cronograma vai apertar, mas o seu cliente não será afetado.

Se você trabalha com embalagens cheias, você pode fazer o mesmo procedimento, e deixar os itens guardados até que chegue o dia de encher. Se, por acaso, na semana da festa algo te impe-dir de concluir, você poderá pedir que alguém te ajude a encher as embalagens, o que é muito mais fácil do que pedir que alguém crie e corte para você, não é mesmo?

O importante é que sempre pensemos no que pode dar errado, e nos armemos com recursos para evitar o pior.

PAGAMENTO Nunca entregue uma festa sem receber. Nunca, nunca, nunca!

Eu trabalho com pagamento parcelado até o envio/entrega. Se for envio, 100% do pedido deve estar pago antes de postar no correio. Se for entregue em mãos, geralmente, ou está tudo pago, ou falta somente a última prestação. E quando o cliente avisar que vai sair de casa para buscar, pergunte se ele precisa de troco para pagar, assim fica claro que você quer receber para entregar.

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Cálculo de Personalizados

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Uma dica se você quer trabalhar com pedidos volumosos: um pedido de R$ 2.500,00 não se paga em 2x. A regra de 50% de entrada e 50% na entrega espanta esse cliente. Você precisa des-cobrir uma forma de parcelar. Eu optei pelo depósito em conta, pois não tem juros como cartão de crédito ou Pagseguro, e não tenho nenhum cliente que não pagou.

CÁLCULO DE PERSONALIZADOS A dúvida quanto à quantidade adequada de personalizados é grande entre profissionais e clien-tes, mas eu acredito que não exista regra. Existem clientes que fazem personalizados somente para decorar a mesa (e assim não importa a quantidade) e clientes que querem que eles sejam parte fundamental da decoração e das lembranças. Para o segundo caso, o ideal é de 3 a 7 itens por convidado, contando adultos e crianças. Nessa conta também entram cupcakes, pirulitos decorados, maçãs decoradas, e outros itens feitos pelas doceiras, com exceção de docinhos sim-ples ou decorados. Sugira, dentro da quantidade mínima que você definiu para sua empresa, algo como 12, 18, 24 unidades por item, assim facilita para o responsável pela decoração na hora da arrumação (6 de cada lado, 9 de cada lado, 12 de cada lado...).

ENVIO Não posso falar sobre envio por transportadora, porque nunca utilizei esse serviço. Então vou falar sobre envio pelos Correios.

Cálculo: Eu compro pacotes de 50 caixas de papelão de 30x22x25cm. Eu já sei que caixas como Sushi, cabem 12 por camada. Outras caixas podem ser desmontadas, permitindo que o cliente monte (sem a necessidade de cola). Sendo assim, eu tenho uma ideia de quantas caixas precisa para enviar o pedido daquele cliente (se uma caixa, ou uma caixa mais 10 cm de outra caixa). Instalei no meu celular um aplicativo chamado Entregas, e nele consigo calcular o valor do envio (sempre Sedex). Caso eu erre para menos, eu arco com a diferença. Mas, com o tempo, você para de errar.

Como embalar: Forro o fundo da caixa com plástico-bolha, preencho com uma camada de caixi-nhas, uso uma folha de papel 240g para separar e preencho outra camada. Se tiver muitos rótu-los que tenham muito peso, coloco nas laterais da caixa ou em uma nova caixa, para que o peso não amasse as caixinhas. Termino com uma camada de plástico-bolha. Caso precise de mais caixas, grudo uma na outra com fita adesiva.

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PROCESSO CRIATIVO Eu chamo de processo criativo, as etapas que desenvolvo para me ajudar a fazer com que a cria-ção flua com mais facilidade. Aqui eu ensino o MEU processo. Mas basta que você entenda como funciona, para que você possa aplicar ao seu estilo de trabalho.

Com minhas metas definidas (atender a um grande número de clientes com pedidos volumo-sos), eu percebi que precisava que meu trabalho fosse mais ágil. Com o tempo, eu fui descobrin-do a melhor maneira de chegar a isso, e é da seguinte forma:

1. Sempre peço que meus clientes enviem, junto com o comprovante do pagamento da en-trada, dados como: nome completo, data de nascimento, CPF e RG, endereço com CEP, telefone para contato (fixo e celular), nome da criança, idade que irá completar, data da festa (hora e local, se tiver convite), tema, cores e observações (caso o cliente tenha algo em mente);

2. Tenho um caderno que uso para esse processo. Nele escrevo o nome da cliente, nome da criança, idade, tema e cores da festa;

3. Abaixo, listo todos os itens e quantidades do pedido numa coluna do lado esquerdo da folha;

4. Crio uma pasta de trabalho para essa cliente, e dentro crio duas pastas: Artes e Aprova-ção;

5. Abro um arquivo novo no Corel onde coloco todos os ícones que vou usar. De ícones, chamo os desenhos que serão o aplique principal de cada item. Exemplo: se a festa é da Peppa, no arquivo de Corel coloco todos os personagens;

6. Nesse mesmo arquivo, coloco os escalopes (ou frames) que usarei por baixo dos ícones. Serão sempre os mesmos para a mesma festa;

7. E ainda crio a “logo” da festa, que é o nome da criança, com a fonte e cor escolhidas, de-coradas com desenhos ou o que combinar com o tema. Salvo esse arquivo dentro da pasta da cliente;

8. Procuro, dentro da minha biblioteca de papéis digitais (ou nos sites de vendas), todos os fundos, rendinhas, costurinhas, botões, árvores, nuvens, gramas, ou qualquer tipo de desenho que combine com o tema. Os fundos escolhidos e desenhos, vão para a pasta da cliente. Se necessário, faça teste de cores: abra os fundos no corel, exporte em PNG, abra no Studio e imprima;

9. A partir daí, já temos um norte para começar. Com meu arquivo de ícones aberto, sele-ciono qual ícone pertencerá a qual item do pedido, e depois escrevo no caderno, numa coluna à direita, assim:

20 Milk .......................................................................................... Peppa 20 Sushi ......................................................................................... George

10. Quando o tema tem muitas cores diferentes, ainda seleciono a cor predominante em ca-da item, assim:

20 Milk .............................................................................. Rosa – Peppa 20 Sushi ............................................................................. Azul – George

11. Agora posso começar a criar. Faço a primeira caixa, salvo na pasta Artes, exporto em JPG na pasta Aprovação, e mando esse JPG para a cliente aprovar. Assim ela vai sentir qual o caminho você pretende seguir. Se ela sugerir alteração, faça se achar que não comprometerá o trabalho;

12. Primeira arte aprovada, faça todas as outras e envie para a cliente; 13. Todas as artes aprovadas? Agora é hora de prepará-las para impressão e corte.

Nunca imprima todas as folhas pra começar a cortar. Imprima uma, corte, monte, veja

se está tudo certo, para depois imprimir o restante.

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Cliparts e Papéis Digitais

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Fazendo Arte com Carol Manenti

CLIPARTS E PAPÉIS DIGITAIS Cliparts são os desenhos de bonequinhos, bichinhos e objetos. Existem muitos sites, brasileiros e internacionais, para compras de cliparts e papéis digitais, mas antes de efetuar a compra, pro-cure saber sobre os direitos de uso dos arquivos do designer. A maioria dos brasileiros pede que, além da compra do kit, você deve comprar o direito de uso comercial dele. A maioria dos inter-nacionais já vende com direito de uso comercial, mas não todos. Preste atenção nisso.

Existem algumas pessoas que vendem HDs ou DVDs com milhares de kits. Não vou discursar sobre essa prática. Mas preciso informá-los de que isso é crime que fere os direitos autorais dos designers.

Sugestões:

www.etsy.com – Em inglês, compra com cartão internacional: procure por ‘clipart’ ou ‘digital paper’.

www.mygrafico.com – Em inglês, compra com cartão internacional.

www. the-lilypad.com – Em inglês, compra com cartão internacional.

www.famaura.com – Nacional.

www.acriativo.com – Nacional.

ORGANIZANDO Sugiro que deixe seus kits em suas pastas originais. Não faça pastas tipo Fazendinha e coloque os kits desse tema, porque quando você for procurar, ficará limitado a tudo que estiver ali. Por que eu digo isso? Já usei fundo de safári em fazendinha, de fazendinha em piquenique.

COMO ESCOLHER OS PAPÉIS DIGITAIS Dificilmente, esse tipo de questão poderia ser ensinado. Não existe uma técnica, porém eu posso dar algumas dicas:

1. Não economize. Se você quiser colocar no cálculo do seu preço, imagine que você gasta-rá R$ 45,00 em gráficos por tema: R$ 15,00 para cliparts e R$ 30,00 para papéis digi-tais.

2. Fuja do básico!!! Não pense somente em fundos de bolinhas ou listrinhas. Use texturas de madeira, jeans, papel.

3. Use papéis digitais com textura ou vintage. 4. Use fundos de kits diferentes. Passeie pelo seu acervo, e procure fundos que poderiam

combinar entre si dentro do tema pretendido. 5. Procure bastante nos sites indicados. Pense, namore, imagine a festa com aquela com-

binação. 6. Não pense que você tem que usar todos os fundos de um mesmo kit. O segredo está em

montar seu próprio kit com fundos de vários kits diferentes.

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Imprimindo em Gráfica

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IMPRESSORA E PAPEL

Eu não me considero expert no assunto, mas como já tive muitas dificuldades nessa área, relato aqui minha experiência, que pode ajudar na hora de decidir sobre impressora.

IMPRIMINDO EM GRÁFICA Existe certa ilusão de que estamos poupando ao não adquirir uma impressora utilizando os ser-viços de uma gráfica rápida. Mas vou ser bem direta: se o preço da impressão é mais alto do que R$ 0,50 (impressora laser de alta resolução), não vale a pena. Vejo muita gente que paga R$ 1,00, R$ 1,50, às vezes R$ 2,00 na impressão. Se você for calcular o preço final do seu produto considerando esse valor de impressão, seu preço final vai ficar fora do mercado, impraticável, ou você vai ter um lucro que não compensa o trabalho. Minha opinião é simples: compre uma im-pressora. Seu ganho em longo prazo supera o investimento. Mas, qual escolher?

LASER X JATO DE TINTA Vou começar pela impressora laser. Inegavelmente, é a melhor impressão. Não discuta, não duvide. A impressora laser SEMPRE ganha em qualidade. Porém, uma impressora de gráfica não custa R$ 2.000,00. Ela custa R$ 10.000, ou mais. Não podemos arcar com isso nesse ramo. Então buscamos uma impressora laser de boa qualidade, mas doméstica, com valor acessível. A festa que fiz para o meu filho, antes de trabalhar com isso, foi em gráfica, e quando resolvi en-trar no ramo, queria aquela qualidade, nada menos. Procurei muito por uma impressora que tivesse a mesma resolução (1200x1200dpi), e achei. Comprei. Porém, o toner original custava R$ 700,00, o que levaria o custo da minha impressão a mais de R$ 2,00 por folha. Inviável. Optei pelo toner compatível acreditando que seria melhor do que recarga. Eles custavam, no início, R$ 250,00 cada toner. Meu custo de impressão ficava, mais ou menos, em R$ 0,84, o que ainda elevava muito o custo do meu trabalho. Mas, eu usava laser!

Porém, o toner compatível começou a se mostrar de péssima qualidade, mesmo em vários for-necedores diferentes. A maioria das impressões riscava, e não passava no meu padrão de quali-dade, e assim eu perdia muitas impressões. Achei um fornecedor que tinha o mesmo toner por R$ 160,00, caindo meu custo para R$ 0,50, mas a qualidade permaneceu péssima. Não adianta ter uma resolução perfeita, se as impressões riscam ou falham. Eu estava muito insatisfeita. Mas todas as opções de impressoras laser com qualidade alta tinham o mesmo problema. Conclu-

são: impressora laser é ótima, mas é preciso pensar muito e calcular bastante para descobrir se o custo compensa, mas com qualidade. Até o presente momento, ainda não encontrei uma op-ção que atenda os requisitos. Rs.

JATO DE TINTA: QUAL ESCOLHER? As mais conhecidas e faladas eram a Epson L355 e a Epson L800* (que agora se chamam L375

e L805, respectivamente), e eu não querendo gastar muito, optei pela L355. Ela tem certa difi-culdade para puxar papel 240g, o que atrapalha um pouco o andamento do trabalho, mas nada que eu já não estivesse acostumada com a impressora laser. Quando finalmente decidi que abandonaria a laser, resolvi comprar uma Epson L800. Eu estava satisfeita com a L355, mas para contar somente com ela, fiquei receosa. Quando usei a L800 pela primeira vez, notei a ENORME diferença entre elas. Além da qualidade superior, a L800 puxa papel 240g como se fosse Chamex. Uma maravilha!

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Jato com Bulk Ink ou sem Bulk Ink?

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Fiquei tão satisfeita com ela (e ainda estou!), que vendi a L355 e estou só com ela. O custo de impressão é baixíssimo (porque ela tem bulk de fábrica), a qualidade me deixa muito satisfeita usando o offset, que era o mesmo papel que eu usava na impressora laser (não gosto de papel brilhoso). Conclusão: dou nota 10 para a Epson L800 (propaganda gratuita). Rs.

A Epson L800 agora é L805, e até onde sei, a única diferença é que conta com conexão via wi-fi (que a L800 não tinha).

JATO COM BULK INK OU SEM BULK INK? O que é isso? Bulk é um sistema de alimentação de tinta da impressora que permite usar muito mais tinta do que os 5 ml que vem em cartucho. Uma impressora sem bulk tem um custo eleva-díssimo de impressão, pois os cartuchos não são proporcionalmente baratos. É inviável utilizar uma impressora sem bulk para esse tipo de trabalho.

Que eu saiba (lembre-se: não sou expert), a Epson é a única que tem opções de impressoras com bulk de fábrica, e as mais novas são as já citadas acima (a L355 e a L800). Mas, para muitas impressoras, é possível fazer uma adaptação de bulk. Existem muitos vídeos na internet que ensinam, porém, saiba: uma vez instalado bulk numa impressora de cartucho, ela perde a garan-tia. Conclusão: opte por uma impressora com bulk de fábrica, ou instale o bulk numa impres-sora de cartucho, mas nunca use uma impressora de cartucho sem bulk, ou voltamos para os custos elevadíssimos de gráfica (ou piores).

A impressora é um item tão importante quanto a Silhouette. Não adianta cortar uma caixa bala perfeitamente, se a impressão ficar horrível. Antes de escolher a sua impressora, pesquise mui-to, não só sobre ela, mas sobre o tipo de papel que ela usa.

Resumindo... Gráfica? Não. Laser? Pense bem. Jato sem bulk? Instale o bulk. Jato com bulk? Aprovada!

A QUERIDINHA DO MOMENTO A Epson lançou a versão em A3 da Epson L805, que se chama L1800. O valor dela é bem alto, mas se você vai adquirir uma impressora, pense sobre optar logo pela A3. Eu tenho uma e digo que vale muito a pena (poder fazer caixas maiores sem emenda, aproveitamento de espaço, e letras 3D).

PAPEL Considero a questão papel muito pessoal. É uma questão de gosto mesmo.

O pó da impressora laser tem certo brilho, por isso as impressões ficam mais vivas, mesmo em papel 100% fosco. A impressão em jato de tinta, em papel fosco, fica completamente fosca. Al-gumas pessoas têm dificuldade de adaptação com esse tipo de impressão, por isso sugiro que você teste para descobrir o que gosta mais. Compre vários tipos de papel em fornecedor confiá-vel e que poderá te atender sempre, e veja o que você gosta mais.

Impressora jato de tinta conversa melhor com papéis fotográficos, mas eu, particularmente, não gosto de impressões brilhosas. Optei pelo offset.

Para apliques e caixinhas, sempre uso offset 240g; para convites, offset 180g; e rótulos, papel adesivo fosco.

Cuidado ao usar papéis fotográficos. Algumas impressões desbotam com o tempo.

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Configuração de Impressão

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* A impressora Epson L800 não vem com cabo USB. Se for comprá-la, lembre-se de

comprar um cabo USB também.

CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSÃO É muito difícil citar aqui uma configuração de impressão, porque nem todos usam a mesma impressora. Porém, recomendo que use sempre a qualidade mais alta, e teste outros ajustes de impressão da sua impressora.

Na Epson L1800, com papel Offset, eu uso “papel normal” e a qualidade mais alta, mas altero a seguinte configuração:

Em Modo de Cor, uso Adobe RGB.

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Fazendo Arte com Carol Manenti – Proibida Reprodução e Distribuição | Cameo ou Portrait

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SILHOUETTE

CAMEO OU PORTRAIT Diferenças básicas: Portrait corta tamanho A4, e não tem entrada para cartão de memória ou USB; Cameo corta 30x30 (ou 30x60), e tem entrada para cartão de memória (modelo antigo) ou USB (modelo novo).

VERSÕES DO STUDIO O programa da Silhouette tem três versões: a gratuita que acompanha a máquina, a versão De-

signer Edition, e a versão Business. Como eu faço tudo no Corel e uso somente o Studio para imprimir e cortar, não posso dar uma aula sobre recursos. Eu adquiri a versão Designer Edition depois de um ano trabalhando, porque acreditei que o fato de conseguir abrir nela a extensão SVG fosse me facilitar. E facilitou.

SVG é uma extensão que permite levar imagem e corte em um único arquivo. Se você tem a ver-são gratuita do Studio, para levar do Corel para o Studio você precisará gerar dois arquivos, e abrir dois arquivos. Com o SVG, você gera um arquivo e abre um arquivo. Essa é a vantagem.

Então entendemos que um dos inúmeros benefícios da versão Designer Edition é poder abrir extensão SVG. E o Business?

Como o Designer Edition, o Business tem inúmeros recursos novos, que não tem nas outras duas versões, mas para mim, a mais importante é que ele permite ligar mais de uma máquina no mesmo computador.

Quando você já estiver vendendo, trabalhando bastante, você vai perceber que apenas uma má-quina não te atenderá mais. O tempo que você leva esperando que ela corte uma caixa bala, por exemplo, é muito maior do que o tempo que você leva para montá-la. E assim você compra a segunda máquina.

Se você acredita que NUNCA vai comprar outra máquina, mas quer abrir SVG, compre o Desig-

ner Edition. Se você acredita que, no futuro, precisará da segunda máquina, compre o Business (porque ele sozinho também abre SVG).

Independente de qual escolher, ensinarei a levar do Corel para o Studio da forma simples (ver-são gratuita) e com SVG.

Agora... vamos para o Corel?