Inventario Florestal

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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS – CAV CURSO DE AGRONOMIA DISCIPLINA: SILVICULTURA GERAL PROFESSOR: ADELAR MANTOVANI INVENTÁRIO FLORESTAL FLORESTA DE Pinus taeda Douglas Bandeira Luiz Augusto C. Pereira Mateus Santos Nascimento Osnildo Rodrigues Jr.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESCCENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS – CAV

CURSO DE AGRONOMIADISCIPLINA: SILVICULTURA GERALPROFESSOR: ADELAR MANTOVANI

INVENTÁRIO FLORESTAL

FLORESTA DE Pinus taeda

Douglas Bandeira

Luiz Augusto C. Pereira

Mateus Santos Nascimento

Osnildo Rodrigues Jr.

LAGES, JULHO/ 2011

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Douglas Bandeira

Luiz Augusto C. Pereira

Mateus Santos Nascimento

Osnildo Rodigues Jr.

INVENTÁRIO FLORESTAL

FLORESTA DE Pinus taeda

Trabalho apresentado à disciplina de

Silvicultura Geral, do curso de Agronomia,

como requisito de avaliação. Prof. Adelar

Mantovani.

LAGES, JULHO 2011

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1. INTRODUÇÃO

Parte da ciência florestal que se preocupa com a avaliação qualitativa e quantitativa dos

recursos florestais com vistas a planos de manejo, exploração, economia e também aos aspectos

preservacionistas e recreacionistas.

Sua importância está em quantificar o volume do povoamento com finalidade comercial,

estimar estoque de produtos madeireiros e não madeireiros, implantação de indústria florestal,

conhecer processo dinâmico da floresta (crescimento, mortalidade, ingresso de novos indivíduos),

avaliação ambiental quando se tratar de florestas nativas, entre outros.

A área inventariada situa-se na Fazenda Sol Brilhante de propriedade do senhor Osnildo

Rodrigues, localizada no município de Curitibanos – SC (ver anexo 1). A espécie plantada é Pinus

taeda, em uma área de 12 ha. O plantio foi feito com espaçamento de 2,5 metros X 2,5 metros, na área

já foi realizado um desbaste.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

INVENTÁRIO FLORESTAL

O Inventário Florestal é a base para o planejamento do uso dos recursos florestais, através

dele é possível a caracterização de uma determinada área e o conhecimento quantitativo e qualitativo

das espécies que a compõe.

Os objetivos do Inventário são estabelecidos de acordo com a utilização da área. No caso

das florestas com fins madeireiros, o inventário florestal visa principalmente a determinação ou a

estimativa de variáveis como peso, área basal, volume, qualidade do fuste, estado fitossanitário, classe

de copa e potencial de crescimento da espécie florestal.

Há diversas classificações para os Inventários Florestais.

Os Inventários Florestais de Reconhecimento fornecem informações generalizadas que

permitem identificar e delimitar áreas de grande potencial madeireiro ou passíveis de uso indireto. Os

de Semidetalhe fornecem estimativas mais precisas relacionadas aos parâmetros da população

florestal. Devem ter escala compatível com o nível de informações que se quer obter e permitir a

definição de áreas para exploração florestal. Já os Inventários de Pré-exploração Florestal apresentam

100% de intensidade, sendo suas principais características: mensuração de todos os indivíduos

existentes na área demarcada e os cuidados principais relacionados com os erros de medição.

O Inventário realizado no presente trabalho pode ser classificado como um Inventário

de reconhecimento com algum detalhamento, pois compreende a primeira medição dos indivíduos que

constam na área explorada.

Quanto à abrangência os inventários podem ser:

Inventário Florestal Nacional: abrangem países inteiros, visando fornecer bases para a

definição de políticas, administração e planos florestais.

Inventário Florestal Regional: cobrem regiões de ocorrência natural de uma determinada

espécie, com o objetivo de embasar planos estratégicos de desenvolvimento regional, adoção de

medidas que visem a conservação de certas espécies, viabilidade de instalação de indústrias

madeireiras, entre outros.

Inventário Florestal de Áreas Restritas: São os mais comuns. Geralmente visam

determinar o potencial florestal para utilização imediata ou embasar a elaboração de planos de manejo.

É nesta última classe que se enquadra o presente estudo. Trata-se de um inventário de

uma área restrita, com o intuito de reconhecimento, determinação da qualidade florestal e

planejamento do manejo a ser adotado na área de 12 ha.

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Quanto à obtenção de dados, os inventários classificam-se em:

Enumeração Total ou Censo: Ocorre quando todos os indivíduos da população são

observados e medidos, obtendo-se os valores reais. No entanto, sua realização só se justifica em

avaliações de populações pequenas, de grande importância econômica, ou em pesquisa.

Amostragem: Observa-se apenas uma parte da população e obtem-se uma estimativa dos

seus parâmetros, com um determinado erro de amostragem. Geralmente é utilizado em grandes

populações, especialmente quando os resultados devem ser obtidos no menor espaço de tempo, pelo

menor custo e com a precisão desejada.

O inventário realizado na propriedade do Sr. Osnildo Rodrigues foi realizado por

amostragem, pois não se objetivava um censo, apenas um conhecimento da população florestal

instalada na área. Além disso, os resultados obtidos com a amostragem são suficientes neste caso, pois

o reflorestamento apresenta grande uniformidade entre indivíduos e entre parcelas ou unidades

amostrais.

Tabela de Produção: Constitui a base do manejo florestal, pois expressa o comportamento

de uma espécie ao longo do tempo, em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo

definido, desde a implantação até o final da rotação. Neste método são apresentadas as estimativas dos

parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie, por sítio e idade, para um

determinado sistema de manejo.

Caso se desejasse, poderia ser feito um levantamento contínuo da área desde sua

implantação definindo uma tabela de produção com possibilidade de definição temporal de certas

práticas de manejo que levam em relevância o incremento florestal. No entanto, as medições que serão

apresentadas neste trabalho pedagógico, referem-se a uma coleta de informações.Tem-se apenas

alguns dados referentes ao pré plantio das mudas de Pinus taeda.

TRABALHOS REALIZADOS EM CAMPO

Após o planejamento no qual são definidos os objetivos, os parâmetros mais importantes

do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado, parte-se para a execução que

compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Nos trabalhos de campo, ocorre a realização de tarefas como a localização das unidades de

amostras, e a obtenção das variáveis de interesse. As mais freqüentes variáveis obtidas em campo são:

Altura comercial: medida da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta

informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas.

Diâmetro (DAP): o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo, podendo ser obtido por meio de

um aparelho chamado suta ou por uma fita diamétrica.

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Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP), que

consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de

mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles. É necessário medir a distância que

vai do centro às árvores mais próximas; tal distância pode ser medida com trena, sendo importante

para o cálculo que cada árvore ocupa dentro do espaço amostral.

Sanidade aparente: diz respeito ao aspecto externo da árvore em que se avalia a qualidade

do fuste o qual poderá apresentar características indesejáveis como ataque de insetos, apodrecimentos,

ocos ou deformações.

A distância definida e acima parece ser mais condizente com florestas nativas,

heterogêneas. Em reflorestamentos, têm-se distâncias pré-determinadas entre os indivíduos, não sendo

necessária a metodologia do vizinho mais próximo.

AMOSTRAGEM

A amostragem é o processo mais eficiente e utilizado no Inventário Florestal, tratando-se

de uma ferramenta que permite avaliar uma porção representativa da área, sendo utilizada em grandes

áreas de florestas, em que se torna inviável a medição de toda a área.

De um modo geral, a amostragem realizada em florestas homogêneas como é o caso de

reflorestamentos, é mais fácil do que em florestas heterogêneas como é o caso das florestas nativas,

pois neste caso os custos são mais elevados, uma vez que há necessidade de uma maior intensidade

amostral.

Amostra: A amostra pode ser definida como uma parte da população, constituída de

indivíduos que apresentam características comuns que identificam a população a que pertencem. É

importante garantir que a amostra seja representativa da população, ela deve possuir as mesmas

características básicas da população, no que diz respeito à variável a ser estimada.

Unidade Amostral: A unidade amostral é o espaço físico sobre o qual são observadas e

medidas as características quantitativas e qualitativas da população. As unidades amostrais podem ser

constituídas por parcelas de área fixa, pontos amostrais ou árvores.

Para este estudo, utilizou-se como unidades amostrais parcelas de área fixa (600m2).

Intensidade Amostral: É a razão entre o número de unidades da amostra e o número total

de unidades da população, ou a razão entre a área amostrada e a área total da população.

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CLASSIFICACAO DA AMOSTRAGEM

Conforme a periodicidade: uma ocasião ou múltiplas ocasiões.

Realizou-se a amostragem em uma ocasião, pois foi efetuada uma única abordagem

na população considerada. Sendo que não será realizada amostragem periódica em espaços regulares

de tempo.

Conforme a estrutura:

Aleatória: as unidades amostrais são sorteadas com probabilidade aleatória.

Sistemática: seleção aleatória da primeira unidade amostral, a partir da qual todas as

demais unidades da amostra são automaticamente selecionadas e distribuídas na população.

Mista: seleção amostral envolvendo sempre dois ou mais estágios, em que haja as seleções

aleatórias e sistemáticas simultaneamente.

No presente caso, não se efetuou nenhuma das formas estruturais de amostragem. O

tamanho da área e das parcelas fez com que o número de parcelas total se tornasse muito grande. Caso

o mapa existente fosse subdividido e a partir dele se realizasse o sorteio ou a sistematização das

parcelas amostrais, ficaria quase inviável encontrar exatamente tais parcelas no campo. Então foram

escolhidos pontos dispersos na área, nos quais obteve-se parcelas de 600 m2.

Processos de amostragem dentro da estruturação:

Amostragem Aleatória Simples

As unidades amostrais da população devem ter igual chance de serem amostradas, sendo

que a seleção de cada unidade amostral deve ser livre de qualquer escolha e totalmente independente

da seleção das demais unidades da amostra. A área florestal a ser inventariada é tratada como uma

população única.

Amostragem Estratificada

No caso de uma população com grande variabilidade, é possível dividir tal população em

sub-populações ou estratos homogêneos, de forma que os valores da variável de interesse variem

pouco de uma unidade para outra.

Amostragem Sistemática

Consiste na seleção de unidades amostrais a partir de um esquema rígido e preestabelecido

de sistematização, com o propósito de cobrir a população, em toda a sua extensão, e obter um modelo

sistemático simples e uniforme. Principais parâmetros: média, variância da média, erro padrão, erro de

amostragem, intervalo de confiança para média, total estimado, intervalo de confiança para o total.

Em vista dos diferentes processos de amostragem, a amostragem sistemática é a que

mais se aproxima da amostragem realizada na área de realização prática deste trabalho, pois mesmo

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não tendo nenhum processo correto, tentou-se abranger toda a caracterização da área com a

distribuição dos pontos amostrais.

Amostragem em Dois Estágios

Consiste na divisão da população em um número de unidades do primeiro estágio

(primárias), as quais podem ser subdivididas em um número de unidades do segundo estágio

(secundárias).

Amostragem em Conglomerados

É uma variação da amostragem em dois estágios, em que o segundo estágio é

sistematicamente organizado dentro do primeiro estágio de amostragem. Os conglomerados são

organizados das mais diversas formas, tamanhos e arranjos espaciais.

Amostragem Sistemática com Múltiplos Inícios Aleatórios

A amostragem sistemática com um início aleatório assemelha-se à amostragem em

conglomerados com um conglomerado apenas, na qual a unidade conglomerada consiste de um

número de subunidades distribuídas uniformemente sobre a população.

Amostragem em Múltiplas Ocasiões

Neste processo são realizadas sucessivas abordagens que permitem avaliar o caráter

dinâmico da população. As informações obtidas na primeira abordagem são correlacionadas às da

segunda, quando um conjunto de unidades amostrais é remedido em cada uma das abordagens,

permitindo que seja estabelecida uma íntima ligação entre elas. Este procedimento resulta, no caso dos

inventários florestais contínuos, na obtenção de uma série de informações fundamentais aos

manejadores como avaliação do crescimento, mudanças volumétricas entre outros.

METODOS DE AMOSTRAGEM

Entende-se por método de amostragem a abordagem referente a uma unidade amostral. A

seleção desta unidade amostral é feita de acordo com um critério probabilístico previamente definido,

o qual estabelece o método de seleção.

Método da Área Fixa: método em que a seleção dos indivíduos é feita proporcionalmente à

área da unidade e à freqüencia dos indivíduos que nela ocorrem. Vantagens: não exigência de

conhecimentos especializados para sua implantação no campo e o perfeito controle das informações.

Este foi o método utilizado nesta amostragem. Utilizou-se unidades amostrais de 600

m2 (20m x30m).

Método de Bitterlich: o método consiste em contar as árvores em um giro de 360°, cujos

diâmetros à altura do peito (DAP) são iguais ou maiores que a abertura angular equivalente a: 2 sen

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angulo fixo/2. O vértice do ângulo fixo é o ponto central da unidade amostral. A seleção das árvores é

efetuada proporcionalmente a área basal, ou quadrado do diâmetro e à freqüência.

Método de Strand: focaliza a seleção dos indivíduos na unidade amostral com

proporcionalidade ao diâmetro, para o cálculo da área basal e o número de árvores por hectare, e

proporcional à altura das árvores, para se obter o volume por hectare. Sua abordagem é feita em linhas

dentro da floresta e em pontos de estação.

Método de 6 Árvores (Prodan): método em que se considera a medição de seis árvores e a

distância ou raio da sexta árvore como referência da unidade amostral.

CARACTERISTICAS DA PARCELA

Forma: as parcelas podem ser quadradas, triangulares, retangulares, irregulares e

circulares. Geralmente as formas de parcelas retangulares são mais eficientes, pois as parcelas

alongadas possuem grande probabilidade de incluir maior quantidade de agrupamentos.

Arranjo das Parcelas: uma das maneiras mais indicadas é a distribuição das parcelas ao

longo de uma linha, em intervalos aproximadamente iguais ao comprimento da parcela, possibilitando

a obtenção de valores médios representativos das espécies.

Tamanho: a definição do tamanho da parcela depende do porte dos indivíduos que

compõem a população, a fase de desenvolvimento da floresta e o objetivo do levantamento.

No caso de reflorestamento de Pinus taeda o tamanho de parcela mais utilizado é de

600 m2, em forma retangular.

PARAMETROS FITOSSOCIOLOGICOS

Densidade: é o número de indivíduos de cada espécie ou do conjunto de espécies que

compõem uma comunidade vegetal por unidade de superfície, geralmente hectare.

Dominância: busca expressar a influência de cada espécie na comunidade, através de sua

biomassa.

Freqüência: expressa o número de ocorrências de uma determinada espécie nas diferentes

parcelas alocadas.

Valor de Importância: consiste na soma dos valores relativos da densidade, da dominância

e da freqüência.

Posição Sociológica: posição que as diferentes espécies ocupam nos diferentes estratos

que a floresta apresenta.

Regeneração Natural: consiste no levantamento dos descendentes das plantas arbóreas.

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ESPÉCIE

As espécies de Pinus que se destacaram, inicialmente, na silvicultura brasileira, foram P.

elliottii e P.taeda, introduzidas dos Estados Unidos, visto que as atividades com florestas plantadas

eram restritas às Regiões Sul e Sudeste. A partir dos anos 60, iniciaram-se as experimentações com

espécies tropicais como P. caribaea, P.oocarpa, P. tecunumanii, P. maximinoi e P. patula

possibilitando a expansão da cultura de Pinus em todo o Brasil, usando-se a espécie adequada para

cada região ecológica.

Pinus taeda

Pinus taeda é a mais importante dentre as espécies florestais plantadas, comercialmente,

no Sul e Sudeste dos Estados Unidos. A cobertura florestal com esta espécie, nos Estados Unidos, é

estimada em 11,7 milhões de hectares.

No Brasil, esta é a espécie mais plantada entre os Pinus, abrangendo aproximadamente um

milhão de hectares, no planalto da Região Sul do Brasil, para produção de celulose, papel, madeira

serrada, chapas e madeira reconstituída. Os plantios iniciais, feitos com semente sem controle de

qualidade resultavam em povoamentos de má qualidade de fuste e ramos, apesar do vigor da alta

produção de biomassa lenhosa. Atualmente, estão disponíveis no mercado, sementes geneticamente

melhoradas que permitem a formação de povoamentos comerciais de maior produtividade e melhor

qualidade da madeira.

Em toda a região de ocorrência de P. taeda, o clima é úmido, temperado-ameno, com

verões quentes e longos. A precipitação média anual varia de 1.020 mm a 1.520 mm e o período livre

de geadas varia de cinco meses na parte norte até dez meses, na parte costeira sul. As temperaturas

médias anuais variam de 13o C a 24o C. No Brasil, esta espécie se desenvolve bem nas regiões com

clima fresco e inverno frio, com disponibilidade constante de umidade durante o ano. Esta condição é

encontrada em todo o planalto das Regiões Sul e Sudeste.

Pinus taeda pode ser plantada no planalto das Regiões Sul e Sudeste, em solo bem

drenado, onde não haja déficit hídrico.

Nome Científico:

Pinus taeda

Sinônimos:

Pinus lutea por Walter

Pinus heterophylla por Small.

Nome comum:

Pinus, Pinheiro-americano, Pinheiro-amarelo, Loblolly pine (Inglês)

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Classificação Botânica:

Reino Filo Classe Ordem FamíliaPinus taeda L.

Plantae Coniferophyta Pinopsida Pinales Pinaceae

Descrição morfofisiológica:

Árvore que pode atingir mais de 20 metros de altura; casca gretada e ramos acinzentados.

Acículas reunidas em grupos de 3 (com 15 a 20 cm de comprimento), de cor verde-escura. Cones

masculinos cilíndricos e amarelados, femininos ovado-oblongos, sésseis ou sub-sésseis, muito

persistentes e dotados de escamas espinhosas. Sementes pequenas, cerca de 5 mm de comprimento,

com alas de até 25 mm. Madeira resinosa.

Dispersão:

Anemocórica

Rota de dispersão:

Uso florestal, uso ornamental.

Vetor de Dispersão:

Maquinário, vento, solo

Reprodução:

Sementes

Forma biológica:

Arbórea

Introdução:

Em 1948, através do Serviço Florestal do Estado de São Paulo, foram introduzidas, para ensaios,

as espécies americanas conhecidas nas origens como "pinheiros amarelos" que incluem P. palustris, P.

echinata, P. elliottii e P. taeda. Dentre essas, as duas últimas se destacaram pela facilidade nos tratos

culturais, rápido crescimento e reprodução intensa no Sul e Sudeste do Brasil.

Causa da introdução:

Por interesse florestal de forma voluntária. São Paulo, 1948.

Uso econômico:

Principal espécie plantada para fins comerciais no sul do Brasil. Suas principais finalidades são

madeira (móveis, celulose, laminação, compensados etc.) e resina (terebentina). 

Impactos ecológicos:

Na região da Estepe, representa a total substituição da vegetação original, pois as espécies são

essencialmente heliófilas e o estabelecimento de plantas de porte arbóreo inviabiliza sua permanência

no sistema. Já em ambientes originalmente florestais, tendem a permanecer algumas espécies do sub-

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bosque e do estrato dominado em povoamentos de Pinus spp. Aumentam a acidez do solo.

Impacto econômico:

Perda de áreas de campo, com impacto no turismo da região. Perda de valores culturais

associados às paisagens naturais. Requer controle de dispersão. Impactos sociais e culturais.

Prevenção:

Espécies que possuem sementes dispersas pelo vento (anemocóricas) são muito difíceis de

controlar após o estabelecimento. O melhor a ser feito é não plantar a espécie mas caso isso ocorra,

deve-se plantar uma linha de árvores quebra-vento ao redor do talhão para que o vento entre com

menos intensidade.

Controle mecânico:

Tecnicamente, a erradicação de Pinus taeda não é uma tarefa complicada, pois, apesar de se

dispersar com rapidez e facilidade, as árvores não rebrotam após o corte. O uso da espécie deve ser

destinado exclusivamente a finalidades de produção comercial, cessando o uso ornamental, de

paisagismo rodoviário ou de sombreamento.

Controle químico:

Pode-se praticar o anelamento na base do tronco ou controle químico sob forma de glifosato

diluído em água a 2% aplicado com pincel na área anelada, na base do tronco.

Controle biológico:

Não é necessário.

Área de distribuição onde a espécie é nativa:

América do Norte, Sudeste dos Estados Unidos.

Ambiente natural:

Florestas temperadas.

CULTIVO DO PINUS

Preparo da Área

A metodologia de preparo do solo está diretamente relacionada com a cobertura do solo,

condições topográficas e a natureza do terreno. As operações realizadas são: roçada mecanizada, ou

roçada com foice; enleiramento; controle de formigas; demarcação e abertura das estradas;

demarcação e construção de aceiros, para prevenir incêndios; demarcação das áreas de plantio;

sulcamento e/ou coveamento e plantio.

Um dos fatores que mais influenciam no crescimento do Pinus é a profundidade efetiva do

solo. Se o plantio for em áreas anteriormente utilizadas com cultivos agrícolas mecanizados, é

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recomendável preparar o solo com subsolador, pois é provável que ele esteja compactado. O mesmo

procedimento deve ser adotado em áreas com solos pedregosos.

Em áreas de plantio de segundo ciclo de Pinus, o preparo do solo será necessário somente

se a colheita e a retirada da madeira tiverem sido mecanizadas, pois estas operações sempre causam

compactação do solo.

Adubação

Geralmente, são utilizados solos de baixa fertilidade natural, o que, de certa forma, afeta a

produtividade. O conhecimento das deficiências possibilita indicar os nutrientes que devem ser

aplicados e, com isto, propicia melhor aproveitamento dos nutrientes pelas árvores.

Os solos destinados ao plantio de Pinus, nas pequenas propriedades rurais, são,

normalmente, os de baixa fertilidade natural ou os que não servem para cultivos agrícolas. Embora a

adubação do Pinus não seja uma prática normalmente utilizada no Brasil, existem situações em que ela

é necessária para que as árvores sejam produtivas.

Para se obter os melhores resultados com o uso de fertilizantes contendo NPK, o adubo

deve ser aplicado o mais próximo possível da muda, para garantir o aproveitamento, sem causar danos

às raízes.

Não existe recomendação de adubação baseada apenas nas análises de solo, nem

especifica para cada espécie florestal nos diferentes tipos de solo.

Na propriedade do Sr. Osnildo Rodrigues a área utilizada para o reflorestamento era

de abrangência é da FOM (Floresta Ombrófila Mista), em estagio inicial de regeneração. Foi realizada

a destoca e implantadas as mudas de Pinus taeda, sem preparo de solo, calagem ou adubação.

Produção de Mudas

A produção de mudas é determinante para o sucesso do empreendimento florestal. As

técnicas de produção devem considerar a disponibilidade e a localização de áreas, o grau de tecnologia

e os recursos financeiros disponíveis.

Sementes

Deve-se escolher sementes de boa procedência com atestado de fitossanidade, as

informações sobre a categoria de melhoramento e os dados analíticos do grau de pureza e da

germinação.

Os graus de melhoramento genético, em sementes de espécies florestais, são designados

pela categoria dos povoamentos produtores:

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a) ACS (Área de Coleta de Sementes): é um povoamento comercial de boa qualidade, onde

algumas das melhores árvores são selecionadas para a coleta de sementes. O valor genético das

sementes é limitado. Baixo custo e a segurança de maior adaptabilidade ao local de produção.

b) APS (Área de Produção de Sementes): é um povoamento isolado de outros da mesma ou

de espécies afins, de excelente desempenho quanto à produtividade e à qualidade das árvores, que é

submetido a desbastes seletivos, em várias etapas, deixando somente as melhores árvores. Sementes de

qualidade genética melhor.

c) PS (Pomar de Sementes): é constituído de árvores matrizes com alto grau seleção

genética, manejado e destinado a produzir sementes melhoradas. Normalmente, ele é composto de

clones de um número reduzido de árvores de alto valor genético, ou de mudas produzidas com suas

sementes. As árvores matrizes componentes do pomar são selecionadas para algumas características

específicas. A qualidade genética das sementes produzidas no pomar é da melhor possível, originando

mudas com maior vigor, homogeneidade e pequeno número de descartes.

Substrato

Existem diversos tipos de substrato que podem ser utilizados para a produção de mudas de

Pinus. O solo puro não é muito utilizado.

Existem vários componentes, classificados como inertes, que podem ser utilizados na

formação de substratos como a vermiculita, casca de arroz carbonizada, moinha de carvão vegetal e

turfa, além de outros componentes orgânicos.

Outro aspecto que deve ser considerado, na produção de substratos, é a necessidade de

desinfecção para eliminar fungos patogênicos e sementes de plantas invasoras.

Recipientes

Os recipientes podem ser:

a) sacos plásticos

b) laminado de pinus - com características semelhantes às dos sacos plásticos, este tipo de

recipiente apresenta a vantagem do baixo custo. O seu uso requer um bom controle do tempo na

formação das mudas, para que não se degrade antes do período de plantio, além de cuidados no

transporte, visto que, por não ter fundo, pode perder o substrato por desagregação, expondo as raízes e

causando o seu ressecamento.

c) tubetes plásticos

As mudas implantadas na área reflorestada foram provenientes de viveiro florestal, em

laminado, sendo terra o substrato utilizado.

Sistema de plantio

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O sistema de plantio mais adequado é definido com base no objetivo do empreendimento e

nos usos a que se destinarão os produtos da floresta. O sucesso desse empreendimento depende de

decisões e ações cuidadosas nas diversas etapas de sua implementação como a escolha e a limpeza da

área, o espaçamento, o controle de pragas e doenças, a definição do método de plantio e os tratos

culturais.

O plantio de pinus pode ser manual, mecanizado ou semi-mecanizado. Os métodos

mecanizado e o semi-mecanizado podem ser aplicados em locais com topografia plana, onde se possa

usar plantadoras tracionadas por tratores. As plantadoras, normalmente, fazem o sulcamento, a

distribuição do adubo e efetivam o plantio. No sistema semi-mecanizado, somente as operações de

preparo de solo e os tratos culturais são mecanizados e o plantio em si é manual. O plantio manual é

recomendado em áreas declivosas ou devido à presença de obstáculos como rochas, tocos ou outras

culturas.

Espaçamento

A escolha do espaçamento de plantio, na maioria dos planejamentos florestais, tem sido

fundamentada principalmente no uso final da madeira. O espaçamento tem uma série de aplicações do

ponto de vista silvicultural, tecnológico e econômico. Influência as taxas de crescimento das plantas,

na qualidade das madeiras, a idade de corte, bem como as práticas de exploração e manejo florestal e

conseqüentemente os custos de produção.

A idade de corte e o espaçamento encontram-se também intimamente relacionados, ou

seja, os plantios em espaçamentos menores normalmente exigem desbastes ou ciclos mais curtos de

corte, pois a competição entre plantas ocorre mais, antecipando a estagnação do crescimento.

São utilizados os espaçamentos de 3 x 3m em locais de difícil acesso e de 2,0 x 2,5 em

locais bons.

O espaçamento utilizado na área foi de 2,5 X 2,5 m.

Época de Plantio

Para Pinus sp. a melhor época de plantio é de maio a dezembro.

Replantio

As práticas de replantio de pinus acontecem durante a ocorrência das atividades de

manutenção, toda vez que se encontra mudas mortas, faz-se o replante desta cova, mantendo assim as

taxas de sobrevivência sempre próximas de 100%. O período de replantio recomendado é até 6 meses

após o plantio.

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Limpeza

Iniciam-se algumas meses após o plantio e se estendem por um período variado, até que as

plantas atingem crescimento suficiente para dominar a vegetação invasora.

Limpeza manual: realizada locais de difícil acesso a mecanização, é feito a roçada nas linhas ou

coroamento e roçada nas entre linhas.

Limpeza mecanizada: realizada com trator agrícola acoplado de uma roçadora é utilizada em

locais em terrenos planos e sem pedras, passado na entre linha do plantio, são

realizadas aproximadamente com 4 anos de idade.

Coroamento: realizado onde não se pode usar trator ou roçadora costal, é realizado em plantios

com até 6 meses de idade, dependendo do mato-competição existente no local. Esta

atividade consiste em retirar a vegetação espontânea ao redor de cada muda na foram

de reduzir os efeitos de competição por luz, água e nutrientes entre as mesmas. Esta

atividade é realizada nas florestas de pinus em desenvolvimento até 2 anos após o

plantio.

No cultivo, todo ano é passada roçadora com o trator e foice com trabalhadores.

Todo ano é feita limpeza nas bordaduras para prevenção de incêndio.

Doenças

O pínus pode ser atacado por patógenos, principalmente fungos, desde a fase de viveiro até

em plantios adultos. Os principais problemas de doenças em pínus são: tombamento de mudas;

podridão-de-raiz; mofo-cinzento; queima de mudas por Sphaeropsis; armilariose; queima de acículas

por Cylindrocladium; seca de ponteiros e morte de árvores por Sphaeropsis; ausência de micorrizas;

fumagina; afogamento do coleto; enovelamento de raízes; geadas; descargas elétricas e; granizo.

Pragas

O pínus pode ser atacado por diversas pragas, destacando-se dentre ela, as seguintes:

formigas, vespa-da-madeira e pulgões.

A prevenção ao ataque das formigas cortadeiras, deve ser realizada constantemente,

através da vigilância e do combate na fase de preparo do solo. O combate é realizado no pré-plantio

nos 3 meses antecedentes ao plantio, durante o plantio e no pós-plantio até um ano de idade. As

espécies mais comuns na região são as do gênero Atta e Acromyrmex, combatidas com iscas

granuladas distribuídas nos caminhos.

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Foi feito antes da implantação do pinus (Pinus Taeda) o controle de formigas e após

implantação, continuou-se o controle com inseticida tipo isca (Blitz).

Tratos silviculturais

Poda ou desrama

Esta atividade também chamada de desrama artificial tem a finalidade de melhorar a qualidade da madeira, para a obtenção de toras desprovidas de nós. É realizado no inverno. A poda também previne a ocorrência de incêndios florestais e também favorece o acesso aos povoamentos durante os processos silviculturais.

Desbaste

São cortes parciais realizados nas árvores, com objetivo de estimular o crescimento das

árvores remanescente e aumentar a produção da madeira utilizável. Nesta operação, remove-se as

árvores excedentes, para que se possa concentrar o potencial produtivo do povoamento num número

limitado de árvores selecionadas.

Para determinar a intervenção é preciso conhecer o incremento médio anual decorrente da

floresta, esta análise é possível mediante a realização de inventários florestais. O principal efeito

favorável do desbaste é estimular o crescimento em diâmetro das árvores remanescentes.

A seleção das árvores a serem desbastadas: a. Posição relativa e posição de copa

(dominantes); b. Estado de sanidade e condições de copa das árvores; c. Características de forma e

qualidade do tronco.

CORTE FINAL

A madeira se destinará para a fábrica de papel e para a serraria. Este corte será

efetuado quando a floresta novamente entrar em competição. Isto se dará aos 18 anos. A altura da

floresta será de aproximadamente 20 metros, sendo que a altura útil é de 15 metros.

MANEJO DE PLANTAÇÕES NO BRASIL

O manejo de plantações de Pinus pode ser examinado segundo as seguintes vertentes

básicas:

Plantações em pequenas propriedades rurais – em que os componentes florestais são um

complemento da sua atividade produtiva e o proprietário busca a maximização do retorno desse

empreendimento.

19

Plantações em grandes empreendimentos – nas quais grandes extensões de terra, dedicadas

aos plantios florestais, são propriedades de empresas, muitas vezes, proprietárias, também, de

indústrias processadoras de madeira. Esta particularidade faz com que a prioridade seja o

abastecimento da indústria e não, necessariamente, na obtenção do máximo retorno monetário ao

investimento na floresta.

O presente inventário diz respeito a uma pequena propriedade rural que objetiva o

reflorestamento como uma atividade complementar à propriedade.

IMPORTÂNCIA SÓCIO-ECONÔMICA E AMBIENTAL

O setor florestal brasileiro contribui com 3% no PIB, um milhão de empregos diretos e

indiretos, envolve mais de 600 municípios e tem um forte apelo social como atividade ambientalmente

adequada para a conservação dos solos, dos animais e da água. Medidas com preocupações na área

ambiental são implementadas tanto por parte do governo quanto de empresas que buscam, em

parcerias, proteger áreas de mananciais, reservatórios de água e outras que tenham como objetivo

formar uma consciência ecológica. A consciência ambiental, bem como a produção sustentável de

florestas plantadas, faz parte desse contexto.

A produção florestal com Pinus está bem desenvolvida no Sul do Brasil, onde existe uma

área estimada em 1,8 milhões de hectares. O sistema de produção predominante preconiza uma

rotação maior que 21 anos. São plantadas, inicialmente, 1.667 árvores/ha, Nas idades de 8 e 12 anos

são efetuados, respectivamente, o primeiro e segundo desbastes. Isto significa uma redução no número

de plantas, em média, de 40% no primeiro e 30% do remanescente no segundo desbaste. O corte final

é feito após a idade de 21 anos, quando restam, em média, 500 árvores/ha. Nesse período, é possível

obter uma produção média de 50 até 70 m3 aos 8 anos, 70 a 120 m3 aos 12 anos e, aos 21 anos, a

produção deve ultrapassar 450 m3. Isto significa, em média, uma produção maior que 30 m3/ha.ano.

CERTIFICAÇÃO DO MANEJO DE PRODUÇÃO DE PINUS NO BRASIL

Conforme dispõe a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT (Associação ...,

2002), denomina-se “certificação” ao conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo

independente de uma relação comercial (entre produtor  e consumidor) com o objetivo de atestar

publicamente, por escrito, que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com

os requisitos especificados. Tais requisitos podem ser nacionais, estrangeiros ou internacionais. De

outro lado, pode-se certificar produtos, como, por exemplo, utilizando-se das normas da série ISO-

9000, ou processos, fazendo uso das normas da série ISO 14000 (e que dizem respeito aos Sistemas de

Gestão Ambiental, SGA.

20

Sistemas de certificação florestal

A expressão Certificação Florestal, tão amplamente popularizada nos últimos anos, diz

respeito à certificação das boas práticas de manejo florestal. O conceito aplica-se tanto para florestas

plantadas como para florestas naturais (ou florestas nativas).

A essência do conteúdo técnico dos sistemas de certificação florestal diz respeito à noção

de sustentabilidade, segundo suas dimensões econômica, social e ambiental.

Existem diversos sistemas de certificação florestal já operacionalizados no planeta. como o

Forest Stewardship Council, FSC e o Sistema Abnt-Cerflor de certificação florestal.

METODOLOGIA

Segundo o proprietário, trata-se de uma área florestal experimental que totaliza 12 hectares, na

qual foram utilizadas árvores de Pinus taeda com 8 anos de idade, com espaçamento entre plantas e

entre linhas de 2,5m respectivamente.

4.1. Parâmetros e estimativas

a) Média

b) Variância

A variância determina o grau de dispersão da variável de interesse em relação a sua média.

c) Desvio padrão

O desvio padrão expressa a quantidade de variação dos dados na mesma unidade de medida.

d) Suficiência Amostral (n)

21

N= número total de amostras;

S²= variância;

E= erro amostral;

= média;

t= tabela t student.

e) Área basal (AB)

A área basal é obtida pelo somatório da área basal individual (gi) das “n” árvores ocorrentes

na área amostral.

, onde

f) Volume de Madeira:

O volume por hectare (V) é obtido pela soma dos volumes individuais (vi) das “n” árvores

ocorrentes na área amostral, multiplicando-se por F:

Os volumes individuais (vi) podem ser obtidos por equações volumétricas ou pela fórmula

tradicional de volume de uma arvore em pé. Quando for utilizada a fórmula de cubagem das árvores

em pé, os volumes estimados podem ser corrigidos com um fator de forma e casca buscando tornar as

estimativas mais próximas do volume real.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir das avaliações realizadas a campo, tornou-se possível a obtenção das estimativas do

número de plantas existentes na respectiva área. De posse das seções transversais através do DAP e da

altura total das plantas pode-se inferir uma estimativa do parâmetro volume total de madeira, com o

intuito de verificar a possibilidade de exploração.

Fator de proporcionalidade (F)

F = A/a

Onde:

A = área de um hectare

a = área da unidade amostral

F = 10000/(25 x 30)

22

F = 13,33

Número médio de plantas na unidade amostral (NP)

NP = np x F

Onde:

np = número médio de plantas na área amostral

F = fator de proporcionalidade

NP = 64 x 13,33

NP = 853,33 plantas

Área média basal por hectare (AB)

AB = (Ʃgi) x F

Onde:

gi = área média basal

F = fator de proporcionalidade

AB = 2,46 x 13,33

AB = 32,79 m2

Volume médio por hectare (V)

V = (ƩVi) x F

Onde:

Vi = volume individual

F = fator de proporcionalidade

V = 35,56 x 13,33

V = 474,01 m3

Dados amostrais referentes ao número de plantas, área basal e volume por hectare de um

reflorestamento comercial de Pinus elliottii.

NP = Número de plantas - AB = Área basal - V = Volume

23

Resultados médios referentes ao diâmetro a altura do peito (DAP), através de um inventário florestal

em um reflorestamento comercial de Pinus elliottii.

1 2 3 4 5Média 21,548 20,758 21,500 22,949 23,090 21,969

S 2,585 2,158 2,472 2,174 2,359 2,350

S2 6,683 4,659 6,110 4,727 5,563 5,548Erro padrão 0,334 0,264 0,309 0,266 0,300 0,294

MédiaUnidade amostralDiâmetro

(cm)

As unidades amostrais 2 e 3 apresentaram um menor diâmetro à altura do peito (DAP) em comparação

as unidades 1, 4 e 5 as quais diferiram por possuir um maior DAP. Porém, todas as unidades diferiram

entre si quanto ao DAP.

1 2 3 4 5Média 0,576 0,548 0,498 0,590 0,659 0,574

S 0,165 0,142 0,117 0,115 0,155 0,139

S2 0,027 0,020 0,014 0,013 0,024 0,020Erro padrão 0,021 0,017 0,015 0,014 0,020 0,017

Volume

(m3)

Unidade amostralMédia

A unidade amostral 3 apresentou um menor volume médio de madeira em relação às demais.

Isso se deve ao menor diâmetro e altura de planta que apresentou esta unidade amostral em

comparação com as demais unidades, as quais tiveram um maior porte e DAP.

Suficiência amostral (n)

n = N x t 2 x S 2 ___

N x (E x X)2 + t2 x S2

n = número mínimo de unidades amostrais a serem levantadas

N = número total de unidades amostrais possíveis na área

E = erro admissível

X = média

S2 = variância

t2 = valor de t ( Student)

A = 12 ha (120000 m2)

Parcela = 20 x 30 m (600 m2)

E = 5%

S2 = 1,020t = 5% probabilidade GL = 4 t = 2,776 t2 = 7,706

24

N = 120000/600

N = 200 unidades amostrais

n = _______200 x 1,020 x 7,706_________ n = 6,31 n = 7 parcelas

200 x (0,05 x 21,969)2 + 1,020 x 7,706

Erro amostral (E)

n = N x t 2 x S 2 ___

N x (E x X)2 + t2 x S2

5 = ______200 x 1,020 x 7,706________

200 x (E x 21,969)2 + 1,020 x 7,706

(E x 21,969)2 = (160 x 1,020 x 7,706) – (1,020 x 7,706 x 5) 807,86 E2 = 0,0033 E = 0,057 E = 5,7%

Portanto, o número de unidades amostrais a serem avaliadas a campo é insuficiente, ou seja,

deveria-se retornar novamente a área florestal e efetuar as medidas de mais 2 unidades, sendo estas

somadas às cinco primeiras perfazendo um total de 7 unidades amostrais, satisfazendo um erro de 5%.

Porém, se considerarmos apenas as cinco unidades amostradas tería-se um erro de 5,7%, o

qual anda estaria dentro dos limites permitidos para uma área de reflorestamento de pinus.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao obter o valor da suficiência amostral, concluímos que o número de parcelas amostrais foi

insuficiente para representar a área total da população . Isto se deve ao fato de haver uma diferença

considerável entre as parcelas , no quesito altura e diâmetro das árvores, possivelmente em função da

falta de um manejo correto durante as fases da cultura, principalmente na fase juvenil do ciclo , onde

ao manejar corretamente uma população de plantas torna a resposta mais eficiente , promovendo um

crescimento da população mais homogêneo, refletindo bons resultados na fase adulta.

Durante as medições para a obtenção dos dados, erros não-amostrais podem ter ocorridos, dos

quais alguns não podem ser explicados estatisticamente, podendo ser originados por inúmeras causas,

tais como: erros de medição causados pelo operador ou pelo instrumento, erros de registro de dados e

erros de procedimento.

25

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

PELLICO N. & BRENA, Inventário florestal. 1997.

MANTOVANI, A. Inventário florestal e manejo. 2005.

VEIGA, R. A. A. Dendometria e inventário florestal. Botucatu, Fundação de Estudos e Pesquisas

Agrícolas e Florestais, 1984.

PIMENTEL- GOMES, F. – Amostragem no campo florestal. In: Curso de amostragem. Piracicaba,

51p. 1986.

SUASSUNA, J. A cultura do pinus: uma perspectiva e uma preocupação. Brasil Florestal, n° 29 -

Janeiro/Março de 1977 - Ano VIII

SOARES, C.P.B. 2006. Dendrometria e inventário florestal. Viçosa : Ed. UFV, 276p.: il.

26

ANEXOS

Anexo 1.

Anexo 2. Planilha contendo valores de diâmetros medidos a campo e o valor de área basal.

27

Anexo 3. Tabela t (Student).

Anexo 4. Planilha com valores do volume das árvores.

Parcela 1 Parcela 2 Parcela 3 Parcela 4 Parcela 5Volume (m³) Volume (m³) Volume (m³) Volume (m³) Volume (m³)

0,353 0,298 0,383 0,566 0,3390,298 0,298 0,325 0,368 0,5300,462 0,548 0,285 0,383 0,3110,151 0,339 0,311 0,445 0,4130,236 0,413 0,353 0,462 0,2130,530 0,285 0,353 0,462 0,2720,495 0,311 0,224 0,530 0,2850,260 0,191 0,445 0,566 0,3680,368 0,478 0,368 0,368 0,4290,398 0,311 0,260 0,413 0,4620,213 0,429 0,353 0,429 0,3680,311 0,298 0,141 0,236 0,3390,368 0,495 0,398 0,445 0,2980,368 0,298 0,311 0,311 0,2720,495 0,641 0,478 0,325 0,3980,224 0,495 0,368 0,462 0,445

28

0,260 0,247 0,383 0,495 0,3680,368 0,311 0,398 0,170 0,2470,325 0,339 0,236 0,413 0,2850,398 0,530 0,339 0,413 0,2600,368 0,462 0,285 0,339 0,2360,311 0,462 0,325 0,213 0,2130,383 0,462 0,429 0,325 0,3390,495 0,339 0,325 0,462 0,3980,383 0,368 0,368 0,530 0,3680,339 0,383 0,325 0,413 0,3250,311 0,325 0,311 0,272 0,3110,213 0,236 0,429 0,311 0,2980,398 0,429 0,213 0,368 0,3980,298 0,325 0,224 0,339 0,3530,339 0,325 0,566 0,530 0,3980,236 0,398 0,339 0,462 0,3530,339 0,353 0,298 0,495 0,3110,398 0,339 0,247 0,398 0,3680,462 0,603 0,260 0,339 0,3530,398 0,429 0,298 0,272 0,3680,260 0,311 0,298 0,339 0,3110,495 0,311 0,236 0,311 0,2850,325 0,398 0,285 0,285 0,2980,298 0,339 0,398 0,285 0,2600,272 0,368 0,285 0,530 0,2850,272 0,285 0,285 0,339 0,3110,368 0,353 0,462   0,2360,413 0,413 0,272   0,3980,429 0,530 0,325   0,2980,368 0,398 0,325   0,3110,311 0,298 0,325   0,3390,236 0,398 0,180   0,3830,311   0,272    0,445   0,260    0,236   0,368    0,325   0,339    0,383   0,272    0,260        0,213        0,339        

Média 0,58 0,55 0,5 0,6 0,66

29