Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema...

79
1 Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na fotografia aérea digital de 2004/2006 Nuno de Almeida Ribeiro Peter Surový Évora, 2008

Transcript of Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema...

Page 1: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

1

Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na fotografia aérea digital de

2004/2006

Nuno de Almeida Ribeiro Peter Surový

Évora, 2008

Page 2: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

2

Índice

1. Introdução.................................................................................................................................... 3

2. Objectivos.................................................................................................................................... 9

3. Metodologia .............................................................................................................................. 10

3.1. Tratamento espectral da imagem........................................................................................ 11 3.2. Tratamento espacial da imagem......................................................................................... 11 3.3. Análises espaciais e estatísticas.......................................................................................... 13

4. Resultados ................................................................................................................................. 15

4.1. Cartas resumo dos resultados agrupadas por NUT e estatísticas descritivas apresentadas em forma de tabelas e gráficos .................................................................................................. 16

4.1.1 Alto Alentejo ................................................................................................................ 17 4.1.2. Alentejo Central: ......................................................................................................... 21 4.1.3. Baixo Alentejo: ........................................................................................................... 26 4.1.4. Alentejo Litoral: .......................................................................................................... 30 4.1.5. Algarve ........................................................................................................................ 34 4.1.6. Beira Interior ............................................................................................................... 38 4.1.7 Cova da Beira............................................................................................................... 40 4.1.8. Lezíria .......................................................................................................................... 42 4.1.9 Médio Tejo ................................................................................................................... 45 4.1.10. Pinhal Interior............................................................................................................ 47 4.1.11. Península de Setúbal.................................................................................................. 49

4.2 Identificação de causas de mortalidade ............................................................................... 52 4.2.1. Alentejo Litoral ........................................................................................................... 52 4.2.2 Alentejo Central ........................................................................................................... 57 4.2.3. Alto Alentejo ............................................................................................................... 62 4.2.4. Baixo Alentejo............................................................................................................. 67 4.2.5. Algarve ........................................................................................................................ 71

5. Conclusões ................................................................................................................................ 75

6. Agradecimentos......................................................................................................................... 76

7. Referências................................................................................................................................ 78

Page 3: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

3

1. Introdução Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, detendo 52% dessa mesma produção (Instituto Nacional de Estatística: http://www.ine.pt). Deste modo, representa um dos produtos portugueses que mais impacte tem nos mercados internacionais e, consequentemente, na economia portuguesa. Assim, a diminuição da produção de cortiça comporta dificuldades não só para os produtores, como para a própria economia do país, uma vez que permitiria que, com a escassez do produto, a procura se orientasse para outros mercados e produtos. Os povoamentos de sobreiro são geridos em sistemas de produção multifuncionais “montados” sendo descritas muitas variantes que vão do agro-florestal ao agro-silvo-pastoril. Dadas as alterações verificadas nas últimas décadas quer ao nível da populacional, quer ao nível tecnológico observam-se actualmente quebras de resiliência dos ecossistemas associados ao montado pondo em causa a sua sustentabilidade. O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir auto-suficiência, auto-regeneração para aproximar o sistema produtivo do ecossistema natural. A característica da sustentabilidade de um sistema é a resiliência, capacidade de manter a potencialidade produtiva dentro de um intervalo de fontes de perturbação (perda de coberto, erosão, sobrexploração, etc.). Nas últimas décadas observaram-se um conjunto de perturbações naturais ou antropológicas que degradaram o coberto ou o solo conduzindo a quadros de declínio por sobre exploração (povoamentos dispersos) ou abandono (povoamentos com elevada densidade do estrato arbustivo) Ribeiro et al. (2003). As perdas de resiliência apresentam como indicador a degradação do coberto arbóreo resultante de: (1) mortalidade de árvores em povoamentos com estruturas envelhecidas e de baixa densidade, (2) baixo ou nulo de ingresso de plantas jovens devido às baixas taxas de sucesso da regeneração natural (resultantes do uso do solo). A perda de coberto acentua os processos erosivos com a consequente diminuição da fertilidade do solo e sua capacidade de retenção para água assim como dos extremos da temperatura do solo. A degradação do solo combinada com as acções de gestão incidentes nos sobreiros, diminui as resistências das árvores aumentando o risco de ocorrência de pragas e doenças com o consequente incremento das taxas de mortalidade. Os processos de degradação uma vez em curso aumentam exponencialmente de intensidade. O abandono aumenta o risco de fogo que a ocorrer elimina instantaneamente o coberto. A energia necessária à recuperação ou apenas para manter o nível de produção (não sustentada) é, normalmente, superior à energia requerida para a conservação de uma produção sustentada Ribeiro et al. (2004). A dinâmica da mortalidade em povoamentos de sobreiro foi alvo de estudos ao na última metade do século XX assim: Segundo Macara (1974), as gradagens com grades de disco acentuam os fenómenos de erosão, conduzindo a que os solos dos cabeços e das encostas com mais de 2% de inclinação diminuam de espessura em relação à camada impermeável (Figura 1).

Page 4: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

4

Risco de erosão elevado:

Dim

inuição de profundidade do perfil

Risco de erosão m

édio:M

anutenção da profundidade do perfil

Risco de erosão baixo:

Aum

ento da profundidade do perfil

Risco de erosão elevado:

Dim

inuição de profundidade do perfil

Risco de erosão m

édio:M

anutenção da profundidade do perfil

Risco de erosão baixo:

Aum

ento da profundidade do perfil

Figura 1. Representação esquemática da relação entre o perfil topográfico e o risco de erosão do solo (adptado de Teles, 2001) Ferreira et al.(1992) ajustou uma função que relaciona um índice de mortalidade à profundidade do perfil corroborando Macara (1974).

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

0 0.5 1 1.5

Profundidade do perfil (pp, m)

Indic

e de

mortal

idad

e (m

)

m

mup

mdown

Figura 2. Modelo de índice de mortalidade vs profundidade da área de expansão radical (adaprado de Ferreira et al., 1992)

Page 5: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

5

A gradagem com enterramento dos matos, expõe o solo à acção dos raios solares, aumentando a sua temperatura e levando a alterações na biologia do solo (Macara, 1974). Fenómeno semelhante foi identificado na Austrália, onde se verificou que a Phytophora cinnamomi, beneficiava deste aumento de temperatura do solo (Shearar e Tippett, 1989). De facto desde há cerca de 10 anos que Phytophora cinnamomi foi relacionada com algumas das manifestações de declínio observadas em sobreiros e azinheiras na Península Ibérica (Brasier et al, 1993, Brasier, 1996). Recentemente nos povoamentos e em estufa, foram comprovadas infecções de Phytophora cinnamomi em sobreiros e azinheiras provocando quebras de absorção de água e nutrientes pelas raízes conduzindo a uma predisposição das árvores a outros factores de stress, bióticos e abióticos (Brasier et al, 1993, Moreira-Marcelino, 2001, Sanchez et al., 2002). Dos factores bióticos destacam-se como agentes primários a já referida Phytophora cinnamomi e Botryosphaeria stevensii e como agentes secundários a Armillaria mellea (Vahl:Fr.) Kumm.; Botryosphaeria spp., Biscogniauxia mediterranea (de Not) Kuntze (Syn Hypoxylon mediterraneum (De Not.) Mill.), Coryneum modomium (Sacc.) Griff. & Maubl. e Endothiella gyrosa Sacc. (Sousa et al.(2007). Coelho et al. (2006) identificaram a toxina sintetizada pela infecção da Phytophora cinnamomi responsável pela descoloração das folhas e posterior “dieback”. Estudo semelhante com a Phytophora quercina mostrou efeitos idênticos das toxinas nos sinais de declínio de Quercus pedunculata no Norte da Europa mostrando que existe um padrão neste tipo de patologia (Jönsson-Belyazio, e Rosengren, 2006). Os estudos anteriores referem ainda que os padrões de infecção são muito variáveis e que uma grande parte das árvores nos povoamentos, não apresentam sintomas de infecção. Este facto mostra que existe uma grande lacuna no estudo da biologia desta espécie e da sua interacção com as árvores e com a gestão dos povoamentos. Cabral et al.(1992) identificou um conjunto de vectores que conduziam ao declínio dos sobreiros em Santiago do Cacém que subdividiu com os seguintes critérios: (1) Sistema social da posse e uso da terra, com a separação da gestão do coberto arbóreo (a cargo do proprietário) e do espaço do sob coberto (a cargo do rendeiro) o que contribuía para uma sobre exploração geral do sistema contribuindo para a degradação da qualidade da estação e consequente declínio das árvores; (2) Sistema físico, que apresenta combinações edafo-climáticas desfavoráveis à vegetação das árvores que potenciam os efeitos das praticas de gestão desadequadas; (3) Sistema de produção, com desequilíbrio das componentes do sistema agro-silvo-pastoril conduzindo à sobre exploração ao nível da árvore em combinação com usos intensivos do espaço sob coberto. Ribeiro et al. (2006) mostrou a importância da monitorização integrada do sistema na avaliação da dinâmica dos povoamentos de sobreiro e da sua gestão sustentada. Os fenómenos de competição intra específica acentuam-se com a combinação de factores de gestão e climáticos (menos solo com concentração do período húmido) conduzindo a uma degradação sucessiva da vitalidade das árvores e consequente início do declínio. Sousa et al.(2007), apresentam um esquema onde sintetizam os factores responsáveis pela situação actual dos povoamentos de sobro e azinho apresentado na Figura 3.

Page 6: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

6

Figura 3 – Principais factores associados ao declínio do montado de sobro em Portugal (adaptado de Sousa, 2007). Sousa et al.(2007) deram particular ênfase às influências da gestão sobre a vitalidade dos montado de sobro e azinho tendo apresentado o esquema da Figura 4.

Figura 4 – Factores decorrentes da gestão e exploração dos povoamentos potenciadores de desequilíbrio da vegetação dos sobreiros e azinheiras (adaptado de Sousa, 2007).

Page 7: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

7

Estudos ao nível do clima mostram que nos últimos 30 anos se observaram modificações ao nível do clima que intensificam os períodos de stress hídrico a que as árvores estão sujeitas como se pode observar nos dados de precipitação da Figura 5.

Figura 5 – Diferencial de precipitação total de Portugal Continental para os períodos (1971-2000)-(1941-1970). (adaptado de Pedro M A Miranda, www.cgul.ul.pt) Estudos ao nível dos sistemas radiculares dos sobreiros indicam que, em solos não perturbados desde a instalação dos povoamentos, cerca de 80% das raízes finas está localizada nos primeiros 30cm de profundidade (Figura 6), essas raízes finas são formadas todos os anos suportada por um sistema de raízes grossas localizado à mesma profundidade. Os estudos mostram também que para além desse sistema de raízes superficial existe um outro profundamente que coloniza as zonas mais profundas do solo (Figura 9) Surový, et al. (2007).

0

20

40

60

80

100

120

0-10 10-20 20-30 30-40 40-50 50-60 60-70 70-80 80-90 90-100

Figura 6- Distribuição percentual cumulativa de raízes finas ao longo do perfil do solo (adaptado de Surový, et al. ,2007) .

%

Profundidade (cm)

Page 8: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

8

Figura 7 – Imagem digital das raízes de sobreiro escavadas com o método da trincheira (esquerda) imagem digital das raízes superficiais de sobreiro (direita) (adaptado de Surový, et al. ,2007)

Estes padrões de distribuição de raízes mostram que o controlo de matos por gradagem está a interferir com uma parte muito importante do sistema radicular as árvores (sobreiros e azinheiras) e que em solos pouco profundos está a contribuir para a redução periódica de uma parte muito significativa do espaço de crescimento das árvores. Para além destes factos, a constante mutilação do sistema radical em combinação com as podas na copa e descortiçamento potencia a sensibilidade das árvores aos múltiplos factores bióticos e abióticos referidos anteriormente.. Diniz (1994) estudou 25 unidades de solo da carta de Portugal onde estão implantadas as principais manchas de sobreiro incluindo litossolos, regossolos, psamíticos, aluviosolos antigos e coluviossolos, solos litolicos não húmicos, solos mediterrâneos pardos calcários e não calcários, solos mediterrâneos avermelhados calcários e não calcários, podzois e solos higromórficos. Os sobreiros adaptam-se bem a uma gama bastante variada de tipos de solo, exigindo um conjunto de condições físicas que proporcionem livre expansão radicular como por exemplo: um grau de arejamento elevado, drenagem interna boa ou regular, inexistência de horizontes compactos na zona de expansão radicular. Tem ainda preferência por solos de reacção ácida (pH entre 5 e 6.5) não tolerando solos calcários (especialmente os ricos em calcário activo), salinos, orgânicos e hidromórficos. Nos solos de textura ligeira, que têm como características principais: a elevada permeabilidade; fraca retenção de humidade; baixo índice de fertilidade intrínseca, o sobreiro vegeta em condições normais ou até de forma exuberante nas unidades derivadas de arenitos dada a particularidade do substrato geológico (não consolidado e profundamente alterado) que permite a retenção hídrica e favorece a progressão das raízes até camadas profundas. Os solos que apresentam estas características são os Litólicos não húmicos (Vt, Vts, e Par) e alguns podzois sobretudo quando derivados de arenitos (Ap e Ppt). Nos solos ligeiros profundos que se relacionam com mantos de areia muito espessos, em regra de permeabilidade excessiva, o

Page 9: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

9

sobreiro poderá vegetar em condições normais desde que haja retenção hídrica até poucos metros de profundidade como acontece nas superfícies aplanadas do domínio dos regossolos (Rg) de reduzida evolução pedológica ou de Podzois (Ap). Nos solos hidromórficos, o sobreiro rarefaz-se bastante e apenas vegeta nas situações sujeitas a reduzida retenção hídrica como acontece em algumas manchas de planossolos (Ps) em especial onde as condições de arejamento do subsolo são atenuadas por horizontes arenosos superficiais que proporcionam a expansão radicular nos mesmos. O sobreiro suporta mal o excesso de humidade quando esta é retida ao nível superficial do solo ou no subsolo, daí que para além dos hidromósficos também os podzois de surraipa dura (Pz) com tendência a tornar-se contínua nas formas demissionárias do microrelevo condicione o aparecimento de clareiras onde estas condições negativas ocorrem. As manchas de solo de textura pesada, englobando os barros, correspondem naturalmente, a áreas sem montado reflectindo a incompatibilidade do sobreiro para com o meio edáfico fortemente condicionado pelos baixos índices de permeabilidade, de arejamento conduzindo à atrofia radicular. Relativamente às baixas ribeirinhas, o sobreiro vegeta bem nos terraços marginais, em correspondência com plataformas sobreelevadas não inundáveis e naturalmente bem drenadas onde o lençol freático estaciona a alguns metros de profundidade assim, em aluviossolos antigos de textura mediana (At ) ou ligeira (Atl) ou em coluviossolos também de textura mediana (Sb e Sbl) o sobreiro vegeta em boas condições. Com base na informação recolhida por Diniz (1994) e da interpretação dos solos através das suas características de diagnóstico (Tabela 1), elaborada por Ferreira et al. (2001), construiu-se uma carta interpretativa que permite agrupar os solos de acordo com as suas limitações ao crescimento do sobreiro. A leitura integrada dos trabalhos referidos permite perceber que em determinadas situações se estabelecem interacções debilitantes que levam ao declínio dos povoamentos de sobreiro e azinheira. No entanto, percebe-se que estas interacções debilitantes de factores se processam em múltiplas combinações reforçando a ideia que os procedimentos de gestão de: melhoramento; manutenção e recuperação de povoamentos devem de ser ajustados após identificação detalhada dos factores envolvidos em cada unidade espacial. Com a realização deste trabalho pretende-se analisar a evolução dos povoamentos de sobreiro, de modo a que se possa detectar e prever quais as áreas que suscitam uma maior preocupação, em quais se deve intervir no sentido de contrariar os sinais de debilidade que apresentem e, desta forma, contribuir para uma gestão sustentável dos mesmos.

Page 10: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

10

2. Objectivos

Identificação e delimitação dos povoamentos de sobreiro. Identificação e quantificação de sobreiros com sinais de declínio. Análise da distribuição espacial das zonas de declínio associado às limitações do solo, ao declive e à distribuição da precipitação.

Page 11: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

11

3. Metodologia O desenvolvimento desta metodologia tem como principal base a análise da fotografia aérea. A melhoria observada na obtenção de fotografias aéreas com maior qualidade e precisão, permitiram aperfeiçoar as técnicas de fotografia aérea, proporcionando igualmente o desenvolvimento de novos métodos de prospecção das florestas.

3.1. Tratamento espectral da imagem

1. Foi realizado um tratamento espectral das fotografias aéreas de 2004/2006, no sentido de

melhorar a visibilidade dos elementos de interesse na imagem e assim permitir a identificação das árvores com sinais de declínio, dada a existência de uma reflectância característica por parte destas árvores. Deste modo, foi efectuada uma transformação das imagens RGB recorrendo às imagens de infravermelhos onde a permutação de canais permite a obtenção da imagem pretendida para as análises a efectuar.

RGB IVRGB IV

Figura 8 – Processo de tratamento espectral da imagem com obtenção de imagem falsa cor através de combinação de imagens RGB com imagens de infravermelhos

3.2. Tratamento espacial da imagem

2. Foi necessária a segmentação espacial mediante a definição de polígonos. Esta foi executada com base em critérios pré-definidos que têm como objectivo, a identificação das áreas florestais (povoamentos de sobreiro) e não florestais e a representação de áreas homogéneas. Definiu-se para as áreas homogéneas uma área mínima de 10ha seguindo as metodologias de segmentação propostas por Surový et al (2004 a, b).

Page 12: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

12

Figura 9 – Identificação de polígonos e segmentação automática das áreas florestais

3. Numa primeira fase, calculou-se o grau de cobertura arbórea com base nas fotografias de 2004/2006 para a totalidade da área de estudo. O cálculo baseou-se nas reflectâncias características das espécies arbóreas verificadas nas fotografias dos referidos anos. O processo consiste na identificação da área ocupada em projecção pelas copas, em cada uma das fotos e em cada um dos polígonos definidos. Daqui resultaram duas imagens binárias para cada polígono que identificam a área coberta e não coberta Surový et al (2004 a, b)..

4. A reflectância espectral da folhagem varia conforme as espécies e dentro destas,

consoante a idade das folhas, a sua densidade e a sua condição sanitária (Marques, 1990). Assim, paralelamente ao processo realizado anteriormente, foram identificados, nas fotografias rectificadas de 2004/2006, os sobreiros com sinais de declínio com base numa reflectância característica por parte destas árvores (Figura 10). Identificou-se ainda em que correspondente polígono definido se localizam Surový et al (2004 a, b)..

Page 13: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

13

Figura 10. Identificação dos sobreiros com sinais de declínio

3.3. Análises espaciais e estatísticas

5. Com base nas imagens binárias obtidas como descrito no ponto 3, foi calculada a percentagem de cobertura para cada imagem binária. Posteriormente, a percentagem de cobertura calculado em cada uma do par de fotos dos diferentes anos correspondentes ao mesmo polígono foram comparadas. Desta comparação, foi então calculado o grau de cobertura.

6. Mais uma vez, paralelamente ao processo realizado anteriormente, procedeu-se ao

cálculo da mortalidade por hectare estimada para cada polígono, de modo a se apreender quais as áreas onde essa mortalidade é preocupante. Esta mortalidade foi calculada para a totalidade das áreas de trabalho.

7. Para uma análise comparativa da mortalidade calculou-se um índice de mortalidade com

a seguinte expressão matemática:

Densidade de árvores mortas por hectareÍndice de Mortalidade=

Grau de cobertura de sobreiro

8. O índice de mortalidade foi cruzado (Figura 11) com as classes de características de

diagnóstico (Tabela 1), com as classes de declive (Tabela 2) e com as classes de precipitação (Tabela 3). As estatísticas utilizadas para a análise foram: Construção de intervalos de confiança 95% para o índice de mortalidade para cada classe dos factores referidos; Utilização da análise de variância para avaliação integrada dos factores referidos e construção de testes de comparações múltiplas de médias.

Page 14: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

14

- + + +

Figura 11 – Esquema de cruzamento dos níveis de informação utilizados na análise de resultados Tabela 1. Carta interpretativa de condicionamento ao uso florestal (adaptado de Ferreira et al, 2001) Características de diagnóstico

Nº Ordem

Unidades - solo

Sem limitações 1 As não mencionadas

Profundidade expansível

2

Incipientes litossolos, de regime xérico, derivados de arenitos xistos ou grauvaques. Argiluviados, mediterrâneos vermelhos ou amarelos, calcários ou não, normais, para barros, com laterite ou húmicos. Calcários, pardos de regime xérico, para litossolos.

Calcário activo 3 Calcários, pardos ou vermelhos, de regime xérico, normais ou para barros.

Descontinuidade textural 4 Argiluviados, mediterrâneos pardos, calcários ou não, normais ou para barros.

Características vérticas 5 Barros pretos, pardos, calcários ou não, normais ou para barros.

Salinidade 6 Halomórficos, salinos, de salinidade elevada ou moderada, de aluviões ou rochas detríticas.

Drenagem externa 7 Inicipientes, aluviossolos, modernos ou antigos, calcários, não calcários ou não calcários húmicos. Incipientes, coluviossolos, calcários, não calcários ou não calcários húmicos.

Drenagem interna

8

Inicipientes, aluviossolos, modernos ou antigos, calcários, calcários ou não, para hidromórficos. Podzolizados, podzois hidromórficos, com ou sem surraipa. Hidromórficos, com horixzonte eluvial para aluvissolos, para regossolos, para barros, para argiluviados. Hidromórficos, sem horizonte eluvial, planossolos ou planossólicos. Hidromórficos, orgânicos, turfosos.

Textura arenosa 9 Incipientes, regossolos, psamíticos, normais Espessura efectiva 10 Incipientes, litossolos, de regime xérico, derivados de

granito, gneisse, gabro ou quartzo. Afloramento rochoso 11 Não produtivo Área social 12 Não produtivo

Page 15: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

15

Tabela 2 – Limites utilizado para a construção das classes de declive Classe de declive Intervalo de declive (%)

1 [0, 15[ 2 [15, 35[ 3 [35, ∞ [

Tabela 3– Limites utilizado para a construção das classes de precipitação

Classe de declive Intervalo de precipitação (mm) 1 [0, 400[ 2 [400, 600[ 3 [600, 800[ 4 [800, ∞ [

Page 16: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

16

4. Resultados A área de estudo foi definida, segundo a Carta de Ocupação dos Solos (Carvalho et al., 1971) e o Inventário Nacional de 1995-1998 abrangendo a maioria do sobreiral nacional existente. Esta área abrange povoamentos quer de sobreiro puro, quer de sobreiro misto sendo o sobreiro dominante ou não dominante de cerca de 712 000 ha (DGF-IFN, 2001). Assim, o local de estudo estende-se desde o Algarve até à Beira Interior Sul, ocupando toda a área a sul do rio Tejo.

Figura 12 – Área de estudo em escala de cinzas (adaptado de Carvalho et al., 1971)

Seguindo as divisões administrativas, foram analisados 8 NUT’s, a Beira Interior Sul, o Alto Alentejo, Alentejo Central, Baixo Alentejo, Alentejo Litoral, Algarve, Península de Setúbal e a parte a sul do rio quer da Lezíria do Tejo quer do Médio Tejo. Os resultados cão apresentados em dois pontos: 4.1. Cartas resumo dos resultados agrupadas por NUT onde são calculadas ao nível do Concelho e estatísticas descritivas apresentadas em forma de tabelas e gráficos; 4.2. Estudo da contribuição dos factores acima descritos para a intensidade de mortalidade observada com utilização combinada de estatísticas descritivas e técnicas de análise de variância calculadas por NUT. A nível nacional foram identificadas 329 323 árvores mortas na fotografia aérea de 2004/2006 o que corresponde a uma perda de área de cobertura de projecção de copas de 10 867 659 m2 e a uma perda de produção de cortiça de 7 409 767 kg (493 984@).

Page 17: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

17

4.1. Cartas resumo dos resultados agrupadas por NUT e estatísticas descritivas apresentadas em forma de tabelas e gráficos

4.1.1 Alto Alentejo Nas Figuras 13 e 14 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 13 – Carta de índice de mortalidade para a NUT

Page 18: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

18

Figura 14 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT Tabela 4 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Na

Tabela 4 e Figuras

15 a 19 podem-

se observar os resultados das estatísti

cas descriti

vas para grau de cobertura de sobreiro

, densidade de árvores mortas

por hectare

e índice

Grau de Cobertura de Sobreiro Árvores Mortas/ha

Índice de Mortalidade Ponderado

CONCELHO

Média Erro

Padrão Média Erro

Padrão Média Erro

Padrão

Alter do Chão 13,984 0,086 0,377 0,005 5,385 0,127

Arronches 17,402 0,172 0,140 0,003 1,427 0,054

Avis 20,853 0,057 0,280 0,004 2,121 0,040

Campo Maior 23,278 1,727 0,056 0,031 0,135 0,074

Castelo de Vide 13,941 0,086 0,553 0,007 5,546 0,084

Crato 14,579 0,063 0,415 0,004 4,170 0,064

Elvas 17,830 0,077 0,205 0,004 1,680 0,044

Fronteira 13,127 0,322 0,143 0,013 2,058 0,245

Gavião 13,143 0,066 0,889 0,010 8,807 0,123

Marvão 11,293 0,094 0,418 0,009 5,603 0,205

Monforte 15,744 0,216 0,199 0,011 1,999 0,183

Mora 18,448 0,079 0,388 0,006 3,333 0,062

Nisa 14,862 0,057 0,713 0,006 7,398 0,122

Ponte de Sôr 18,931 0,034 0,300 0,002 2,606 0,028

Portalegre 10,942 0,059 0,270 0,004 3,454 0,048

Page 19: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

19

de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 18% bem como a observação de índices de mortalidade elevados em Castelo de Vide, Crato, Gavião e Nisa. De notar que nem sempre o índice de árvores mortas coincide com a densidade de árvores mortas por hectare uma vez que este foi construído para assumir maiores valores quando a mortalidade ocorre em povoamentos pouco densos e assim poderem ser identificadas as zonas de intervenção prioritária. Assim, a mesma densidade de árvores mortas pode corresponder a um índice de mortalidade baixo quando ocorre no povoamento com grau de cobertura elevado e o contrário quando o grau de cobertura é baixo

AL

TE

R D

O C

HA

O

AR

RO

NC

HE

S

AV

IS

CA

MP

O M

AIO

R

CA

ST

EL

O D

E V

IDE

CR

ATO

ELV

AS

FR

ON

TE

IRA

GA

VIA

O

MA

RV

AO

MO

NFO

RTE

MO

RA

NIS

A

PO

NT

E D

E S

OR

PO

RTA

LEG

RE

Concelho

5

10

15

20

25

30

95%

CI G

rau

de

Co

ber

tura

de

So

bre

iro

Figura 15 – Intervalos de confiança 95% para o grau de cobertura de sobreiro médio para os concelhos da

NUT

Page 20: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

20

AL

TE

R D

O C

HA

O

AR

RO

NC

HE

S

AV

IS

CA

MP

O M

AIO

R

CA

ST

EL

O D

E V

IDE

CR

AT

O

EL

VA

S

FRO

NTE

IRA

GA

VIA

O

MA

RV

AO

MO

NF

OR

TE

MO

RA

NIS

A

PO

NTE

DE

SO

R

PO

RT

AL

EG

RE

Concelho

0

5000

10000

15000

20000

Val

ore

s A

cum

ula

do

s d

e M

ort

alid

ade

Figura 16 – Valores acumulados de números de sobreiros mortos na NUT.

AL

TE

R D

O C

HA

O

AR

RO

NC

HE

S

AV

IS

CA

MP

O M

AIO

R

CA

ST

EL

O D

E V

IDE

CR

AT

O

ELV

AS

FR

ON

TE

IRA

GA

VIA

O

MA

RV

AO

MO

NFO

RTE

MO

RA

NIS

A

PO

NTE

DE

SO

R

PO

RTA

LEG

RE

Concelho

0.00

0.50

1.00

95%

CI Á

rvo

res

Mo

rtas

/ha

Figura 17 – Intervalos de confiança 95% para a densida de de árvores mortas por hectare para os concelhos

da NUT

Page 21: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

21

AL

TE

R D

O C

HA

O

AR

RO

NC

HE

S

AV

IS

CA

MP

O M

AIO

R

CA

ST

EL

O D

E V

IDE

CR

AT

O

EL

VA

S

FR

ON

TE

IRA

GA

VIA

O

MA

RV

AO

MO

NF

OR

TE

MO

RA

NIS

A

PO

NT

E D

E S

OR

PO

RT

AL

EG

RE

Concelho

0

50

100

95%

CI Í

nd

ice

de

Mo

rtal

idad

e P

on

der

ado

Figura 18 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado para os concelhos da NUT

Page 22: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

22

4.1.2. Alentejo Central: Nas Figuras 20 e 21 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 19 – Carta de índice de mortalidade para a NUT

Figura 20 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Page 23: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

23

Tabela 5 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro Árvores Mortas/ha

Índice de Mortalidade Ponderado

CONCELHO

Média Erro Padrao Média Erro

Padrao Média Erro Padrao

Alandroal 12,478 0,105 0,473 0,008 5,688 0,137

Arraiolos 17,697 0,074 0,427 0,005 5,859 1,171

Borba 22,781 0,197 0,179 0,005 1,090 0,054

Estremoz 21,274 0,099 0,305 0,005 2,674 0,074

Evora 19,213 0,073 0,268 0,003 2,734 0,047

Montemor-O-Novo 19,772 0,046 0,317 0,002 4,331 0,591

Mourao 8,140 0,083 0,240 0,008 4,328 0,192

Portel 17,201 0,074 0,971 0,006 10,424 0,109

Redondo 20,290 0,152 0,282 0,005 2,687 0,076

Reguengos de Monsaraz 7,469 0,061 0,400 0,010 7,685 0,215

Sousel 21,210 0,153 0,160 0,006 1,184 0,050

Vendas Novas 19,738 0,082 0,303 0,005 2,817 0,110

Viana do Alentejo 15,575 0,112 0,101 0,002 1,702 0,044

Vila Viçosa 3,807 0,089 0,322 0,004 3,433 0,058

Na Tabela 5 e Figuras 21 a 24 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 16% bem como a observação de índices de mortalidade elevados em Portel e Montemor-o-novo.

Page 24: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

24

AL

AN

DR

OA

L

AR

RA

IOL

OS

BO

RB

A

ES

TRE

MO

Z

ÉV

OR

A

MO

NTE

MO

R-O

-NO

VO

MO

UR

AO

PO

RT

EL

RE

DO

ND

O

RE

GU

EN

GO

S D

E M

ON

SA

RA

Z

SO

US

EL

VE

ND

AS

NO

VA

S

VIA

NA

DO

AL

EN

TE

JO

VIL

A V

IÇO

SA

Concelho

5

10

15

20

95%

CI G

rau

de

Co

ber

tura

de

So

bre

iro

Figura 21 – Intervalos de confiança 95% para o grau de cobertura de sobreiro médio para os concelhos da

NUT

ALA

ND

RO

AL

AR

RA

IOL

OS

BO

RB

A

ES

TR

EM

OZ

ÉV

OR

A

MO

NTE

MO

R-O

-NO

VO

MO

UR

AO

PO

RT

EL

RE

DO

ND

O

RE

GU

EN

GO

S D

E M

ON

SA

RA

Z

SO

US

EL

VE

ND

AS

NO

VA

S

VIA

NA

DO

AL

EN

TE

JO

VIL

A V

IÇO

SA

Concelho

0

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

Val

ore

s A

cum

ula

do

s d

e M

ort

alid

ade

Figura 22 – Valores acumulados de números de sobreiros mortos na NUT.

Page 25: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

25

ALA

ND

RO

AL

AR

RA

IOLO

S

BO

RB

A

ES

TRE

MO

Z

ÉV

OR

A

MO

NTE

MO

R-O

-NO

VO

MO

UR

AO

PO

RTE

L

RE

DO

ND

O

RE

GU

EN

GO

S D

E M

ON

SA

RA

Z

SO

US

EL

VE

ND

AS

NO

VA

S

VIA

NA

DO

ALE

NTE

JO

VIL

A V

IÇO

SA

Concelho

0.00

0.50

1.00

1.50

95%

CI Á

rvor

es M

orta

s/ha

Figura 23 – Intervalos de confiança 95% para a densidade de árvores mortas por hectare para os concelhos

da NUT

AL

AN

DR

OA

L

AR

RA

IOL

OS

BO

RB

A

ES

TR

EM

OZ

ÉV

OR

A

MO

NT

EM

OR

-O-N

OV

O

MO

UR

AO

PO

RTE

L

RE

DO

ND

O

RE

GU

EN

GO

S D

E M

ON

SA

RA

Z

SO

US

EL

VE

ND

AS

NO

VA

S

VIA

NA

DO

ALE

NTE

JO

VIL

A V

IÇO

SA

Concelho

0

100

200

300

400

95%

CI Í

nd

ice

de

Mo

rtal

idad

e P

on

der

ado

Figura 24 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado para os concelhos da NUT

Page 26: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

26

4.1.3. Baixo Alentejo: Nas Figuras 25 e 26 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 25 – Carta de índice de mortalidade para a NUT

Figura 26 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Page 27: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

27

Tabela 6 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro Árvores Mortas/ha

Índice de Mortalidade Ponderado

CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Aljustrel 15,121 0,278 0,176 0,016 1,889 0,149

Almodôvar 5,740 0,039 0,186 0,002 7,769 0,144

Alvito 20,781 0,240 0,296 0,007 2,844 0,093

Barrancos 12,643 0,185 0,185 0,005 4,304 0,186

Beja 13,185 0,079 0,098 0,002 1,155 0,041

Castro Verde 5,806 0,117 0,455 0,011 16,327 0,717

Cuba 18,721 0,178 0,461 0,010 2,690 0,071

Ferreira do Alentejo 23,690 0,129 0,084 0,002 0,498 0,014

Mértola 6,486 0,154 0,363 0,019 7,877 0,415

Moura 13,942 0,080 0,132 0,002 1,813 0,039

Ourique 10,754 0,070 0,467 0,004 11,932 0,324

Serpa 9,164 0,050 0,191 0,002 4,503 0,077

Vidigueira 16,545 0,133 0,411 0,008 3,056 0,088

Na Tabela 6 e Figuras 27 a 30 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 18% bem como a observação de índices de mortalidade elevados em Almodôvar, Barrancos, Castro Verde e Ourique.

Page 28: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

28

ALJ

US

TRE

L

AL

MO

DO

VA

R

AL

VIT

O

BA

RR

AN

CO

S

BE

JA

CA

ST

RO

VE

RD

E

CU

BA

FE

RR

EIR

A D

O A

LE

NT

EJO

RT

OL

A

MO

UR

A

OU

RIQ

UE

SE

RP

A

VID

IGU

EIR

A

Concelho

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

95%

CI G

rau

de

Co

ber

tura

de

So

bre

iro

Figura 27 – Intervalos de confiança 95% para o grau de cobertura de sobreiro médio para os concelhos da

NUT

ALJ

US

TRE

L

AL

MO

DO

VA

R

AL

VIT

O

BA

RR

AN

CO

S

BE

JA

CA

ST

RO

VE

RD

E

CU

BA

FE

RR

EIR

A D

O A

LE

NT

EJO

RT

OL

A

MO

UR

A

OU

RIQ

UE

SE

RP

A

VID

IGU

EIR

A

Concelho

0

2000

4000

6000

8000

10000

Val

ore

s A

cum

ula

do

s d

e M

ort

alid

ade

Figura 28 – Valores acumulados de números de sobreiros mortos na NUT.

Page 29: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

29

AL

JUS

TR

EL

ALM

OD

OV

AR

ALV

ITO

BA

RR

AN

CO

S

BE

JA

CA

ST

RO

VE

RD

E

CU

BA

FE

RR

EIR

A D

O A

LE

NT

EJO

RT

OL

A

MO

UR

A

OU

RIQ

UE

SE

RP

A

VID

IGU

EIR

A

Concelho

0.00

0.20

0.40

0.60

0.80

95%

CI Á

rvo

res

Mo

rtas

/ha

Figura 29 – Intervalos de confiança 95% para a densidade de árvores mortas por hectare para os concelhos

da NUT

ALJ

US

TRE

L

AL

MO

DO

VA

R

AL

VIT

O

BA

RR

AN

CO

S

BE

JA

CA

ST

RO

VE

RD

E

CU

BA

FE

RR

EIR

A D

O A

LE

NT

EJO

RT

OL

A

MO

UR

A

OU

RIQ

UE

SE

RP

A

VID

IGU

EIR

A

Concelho

0

100

200

300

400

95%

CI Í

nd

ice

de

Mo

rtal

idad

e P

on

der

ado

Figura 30 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado para os concelhos da NUT

Page 30: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

30

4.1.4. Alentejo Litoral: Nas Figuras 31 e 32 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 31 – Carta de índice de mortalidade para a NUT

Figura 32 – Carta de ocupaç ão do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Page 31: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

31

Tabela 7 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro

Árvores Mortas/ha Índice de Mortalidade

Ponderado CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Alcácer do Sal 19,632 0,046 0,072 0,001 0,599 0,008

Grândola 30,108 0,084 0,196 0,002 0,671 0,010

Odemira 11,576 0,036 0,617 0,003 14,639 0,215

Santiago do Cacém 26,486 0,070 0,388 0,003 5,171 0,298

Sines 16,196 0,164 0,496 0,011 12,246 2,255

Na Tabela 7 e Figuras 33 a 36 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 18% bem como a observação de índices de mortalidade elevados em Odemira, Santiago do Cacém e Sines. De referir que em Sines se observou uma baixa densidade de árvores mortas mas que ocorreu em povoamentos com densidades muito baixas daí o valor do índice na identificação de situações de risco eminente de perda total de coberto

Page 32: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

32

ALCACER DO SAL

GRANDOLA ODEMIRA SANTIAGO DO CACÉM

SINES

Concelho

9

12

15

18

21

24

27

95%

CI G

rau

de

Co

ber

tura

de

So

bre

iro

Figura 33 – Intervalos de confiança 95% para o grau de cobertura de sobreiro médio para os concelhos da

NUT

ALCACER DO SAL

GRANDOLA ODEMIRA SANTIAGO DO CACÉM

SINES

Concelho

0

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

Val

ore

s A

cum

ula

do

s d

e M

ort

alid

ade

Figura 34 – Valores acumulados de números de sobreiros mortos na NUT.

Page 33: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

33

ALCACER DO SAL

GRANDOLA ODEMIRA SANTIAGO DO CACÉM

SINES

Concelho

0.00

0.20

0.40

0.60

0.80

1.00

1.20

95%

CI Á

rvo

res

Mo

rtas

/ha

Figura 35 – Intervalos de confiança 95% para a densidade de árvores mortas por hectare para os concelhos

da NUT

ALCACER DO SAL

GRANDOLA ODEMIRA SANTIAGO DO CACÉM

SINES

Concelho

0

100

200

300

400

95%

CI Í

nd

ice

de

Mo

rtal

idad

e P

on

der

ado

Figura 36 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado para os concelhos da NUT

Page 34: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

34

4.1.5. Algarve Nas Figuras 37 e 38 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 37 Carta de índice de mortalidade para a NUT

Figura 38 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Page 35: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

35

Tabela 8 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro Árvores Mortas/ha

Índice de Mortalidade Ponderado

CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Albufeira 9,228 0,958 0,040 0,004 0,555 0,057

Alcoutim 1,002 0,089 0,084 0,016 5,144 0,887

Aljezur 6,259 0,103 0,748 0,016 18,336 0,625

Faro 2,072 0,245 0,119 0,015 9,643 1,209

Lagoa 4,154 0,147 0,350 0,027 11,034 1,031

Lagos 8,422 0,096 0,938 0,011 18,932 0,458

Loulé 8,249 0,044 0,402 0,004 9,639 0,201

Monchique 7,299 0,080 0,592 0,007 17,411 0,354

Olhão 4,646 0,213 0,343 0,043 8,831 1,118

Portimão 3,835 0,085 0,296 0,016 11,926 0,529

São Brás de Alportel 8,812 0,066 0,667 0,008 10,011 0,146

Silves 6,725 0,050 0,304 0,004 8,269 0,144

Tavira 7,127 0,078 0,484 0,009 11,305 0,292

Vila do Bispo 3,699 0,115 0,273 0,020 9,629 0,863

Na Tabela 8 e Figuras 39 a 42 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 10% bem como a observação de índices de mortalidade elevados em Albufeira e São Brás de Alportel

Page 36: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

36

ALB

UFE

IRA

ALC

OU

TIM

AL

JEZ

UR

FA

RO

LAG

OA

LAG

OS

LO

UL

É

MO

NC

HIQ

UE

PO

RT

IMA

O

SA

O B

RA

S D

E A

LP

OR

TE

L

SIL

VE

S

TA

VIR

A

VIL

A D

O B

ISP

O

Concelho

0

10

20

30

40

95%

CI G

rau

de

Co

ber

tura

de

So

bre

iro

Figura 39 – Intervalos de confiança 95% para o grau de cobertura de sobreiro médio para os concelhos da

NUT

AL

BU

FE

IRA

ALC

OU

TIM

AL

JEZ

UR

FA

RO

LAG

OA

LAG

OS

LO

UL

É

MO

NC

HIQ

UE

OL

HA

O

PO

RTI

MA

O

SA

O B

RA

S D

E A

LP

OR

TE

L

SIL

VE

S

TA

VIR

A

VIL

A D

O B

ISP

O

Concelho

0

2,000

4,000

6,000

8,000

10,000

Val

ore

s A

cum

ula

do

s d

e M

ort

alid

ade

Figura 40 – Valores acumulados de números de sobreiros mortos na NUT.

Page 37: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

37

ALB

UFE

IRA

ALC

OU

TIM

AL

JEZ

UR

FA

RO

LAG

OA

LAG

OS

LO

UL

É

MO

NC

HIQ

UE

PO

RT

IMA

O

SA

O B

RA

S D

E A

LP

OR

TE

L

SIL

VE

S

TA

VIR

A

VIL

A D

O B

ISP

O

Concelho

0.00

0.50

1.00

95 %

CI Á

rvo

res

Mo

rtas

/ha

Figura 41 – Intervalos de confiança 95% para a densidade de árvores mortas por hectare para os concelhos

da NUT

ALB

UFE

IRA

ALC

OU

TIM

AL

JEZ

UR

FA

RO

LAG

OA

LAG

OS

LO

UL

É

MO

NC

HIQ

UE

PO

RT

IMA

O

SA

O B

RA

S D

E A

LP

OR

TE

L

SIL

VE

S

TA

VIR

A

VIL

A D

O B

ISP

O

Concelho

-200

0

200

400

600

95%

CI Í

nd

ice

de

Mo

rtal

idad

e P

on

der

ado

Figura 42 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado para os concelhos da NUT

Page 38: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

38

4.1.6. Beira Interior

Nas Figuras 43 e 44 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 43 Carta de índice de mortalidade para a NUT

Page 39: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

39

Figura 44 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Tabela 9 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro

Árvores Mortas/ha Índice de Mortalidade

Ponderado CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Castelo Branco 11,836 0,055 0,662 0,007 9,197 0,150

Idanha-a-Nova 10,500 0,052 0,601 0,006 8,596 0,124

Penamacor 11,400 0,124 0,877 0,018 10,745 0,256

Vila Velha de Ródão 10,831 0,216 0,956 0,029 17,250 0,781

Na Tabela 4 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 11% bem como a observação de índices de mortalidade elevados em Penamacor e Vila Velha de Rodão

Page 40: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

40

4.1.7 Cova da Beira Nas Figuras 45 e 46 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 45 Carta de índice de mortalidade para a NUT

Page 41: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

41

Figura 46 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Tabela 10 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro Árvores Mortas/ha

Índice de Mortalidade Ponderado

CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Covilhã 9,456 0 0 0 0 0

Fundão 14,735 0,222 1,378 0,039 13,679 0,505

Na Tabela 10 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 15% bem como a observação de índices de mortalidade elevados no Fundão.

Page 42: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

42

4.1.8. Lezíria Nas Figuras 47 e 48 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 47 Carta de índice de mortalidade para a NUT

Page 43: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

43

Figura 48 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Tabela 11 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro Árvores Mortas/ha

Índice de Mortalidade ponderado

CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Almeirim 21,212 0,160 0,327 0,006 2,249 0,067

Alpiarça 20,311 0,228 0,206 0,019 1,247 0,187

Azambuja 12,533 0,249 0,053 0,008 0,575 0,079

Benavente 16,039 0,062 0,165 0,002 1,684 0,035

Cartaxo 19,471 0,273 0,047 0,005 0,351 0,037

Chamusca 17,025 0,065 0,486 0,004 3,117 0,042

Coruche 16,746 0,039 0,296 0,002 2,410 0,025

Golegã 15,809 0,530 1,341 0,077 10,709 0,734

Salvaterra de Magos 18,578 0,148 0,512 0,011 4,321 0,134

Santarém 25,029 0,347 0,839 0,033 4,123 0,206

Page 44: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

44

Na Tabela 11 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 21% bem como a observação de índices de mortalidade elevados na Golegã. De referir que é nesta NUT que se observam os valores de grau coberto de sobreiro mais elevados mostrando a importância actual dos povoamentos de sobreiro desta área no contexto nacional. De referir ainda que os valores de índice de mortalidade mostram que esta não têm ocorrências significativas à excepção das observadas na Golegã.

Page 45: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

45

4.1.9 Médio Tejo Nas Figuras 49 e 50 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 49 Carta de índice de mortalidade para a NUT

Page 46: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

46

Figura 50 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Tabela 12 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Floresta Árvores Mortas/ha

Índice de Mortalidade Ponderado

CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Abrantes 17,587 0,056 0,574 0,006 5,022 0,086

Constância 14,520 0,170 0,646 0,021 6,715 0,448

Entroncamento 13,321 1,244 1,121 0,103 8,718 1,175

Sardoal 16,299 0,679 0,000 0,000 0,000 0,000

Vila Nova da Barquinha 11,545 0,526 0,958 0,065 10,133 0,618

Na Tabela 12 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 15% bem como a observação de índices de mortalidade elevados em Vila Nova da Barquinha.

Page 47: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

47

4.1.10. Pinhal Interior Nas Figuras 51 e 52 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 51 Carta de índice de mortalidade para a NUT

Page 48: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

48

Figura 52 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Tabela 13 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respectivos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro Árvores Mortas/ha

Índice de Mortalidade Ponderado

CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Mação 12,210 0,499 0,622 0,059 6,340 0,511

Na Tabela 13 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 12%.

Page 49: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

49

4.1.11. Península de Setúbal Nas Figuras 53 e 54 pode-se observar a distribuição dos povoamentos expressa em grau de coberto bem como a distribuição do índice de mortalidade. De notar que a mortalidade mais grave se processa nas áreas de menor grau de coberto mostrando a importância de criar medidas de recuperação destas áreas de montado.

Figura 53 Carta de índice de mortalidade para a NUT

Page 50: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

50

Figura 54 – Carta de ocupação do solo expressa em grau de coberto de sobreiros para a NUT

Page 51: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

51

Tabela 14 – Grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado e respecti vos erros padrão por concelho.

Grau de Cobertura de Sobreiro

Árvores Mortas/ha Índice de Mortalidade

Ponderado CONCELHO

Média Erro Padrão Média Erro

Padrão Média Erro Padrão

Alcochete 23,242 0,172 0,264 0,007 1,949 0,087

Almada 25,246 20,207 6,822 15,236 28,345 75,853

Barreiro 24,749 1,585 2,409 0,457 17,215 4,246

Moita 20,410 1,299 1,389 0,125 13,649 1,682

Montijo 21,045 0,081 0,161 0,003 1,095 0,040

Palmela 20,905 0,095 0,367 0,007 3,735 0,110

Seixal 12,763 0,543 4,100 0,323 40,782 4,094

Sesimbra 18,183 0,322 0,380 0,018 3,458 0,257

Setúbal 13,245 0,188 0,753 0,023 9,762 0,396

Na Tabela 14 podem-se observar os resultados das estatísticas descritivas para grau de cobertura de sobreiro, densidade de árvores mortas por hectare e índice de mortalidade ponderado por concelho e respectivos intervalos de confiança 95% paras as médias. Dos resultados salienta-se o baixo grau de coberto observado em toda a NUT, cerca de 22% bem como a observação de índices de mortalidade elevados no Seixal, Almada, Barreiro e Moita. De salientar que nesta NUT se observam valores elevados de grau de coberto mas que nas zonas de maior impacto humano se observam índices de mortalidade elevados.

Page 52: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

52

4.2 Identificação de causas de mortalidade Para a identificação das causas da mortalidade o índice de mortalidade foi cruzado com as classes de características de diagnóstico, com as classes de declive e com as classes de precipitação. As estatísticas utilizadas para a análise foram: Construção de intervalos de confiança 95% para o índice de mortalidade para cada classe dos factores referidos agrupados por NUT; Utilização da análise de variância para avaliação integrada dos factores referidos e construção de testes de comparações múltiplas de médias agrupados por NUT. Devido a não se ter disponível a informação do solo para toda a área de estudo, este foi limitado às NUTS: Alto Alentejo, Alentejo Central, Alentejo Litotal e Algarve.

Page 53: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

53

4.2.1. Alentejo Litoral A observação da Figura 55 e Tabela 1, mostra que os solos onde se verificou maiores índices de mortalidade são os solos argilosos (características vérticas), solos com problemas de drenagem externa e todas as características que estão ligadas com a profundidade do solo disponível para as árvores (descontinuidade textural, espessura efectiva e profundidade expansível). De salientar que nos solos sem limitações para o desenvolvimento dos sobreiros (sem características de diagnóstico) se observaram valores residuais de mortalidade o que mostra que esta se concentra nas estações onde existem condicionantes edáficas para a vegetação do sobreiro.

Figura 55 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de característica de diagnóstico para a NUT. Em relação ao declive observa-se uma clara diferença dos valores médios do índice de mortalidade da classe de declive 1 para a 2 e depois uma diminuição (não significativa) para a classe 3 (Figura 56 e Tabela 2). A precipitação apresenta um comportamento inesperado sendo nas áreas com menor pluviosidade anual que se observam os valores de índice de mortalidade menores (Figura 57 e Tabela 3).

Page 54: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

54

Figura 56 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de declive para a NUT.

Figura 57 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de precipitação para a NUT.

Page 55: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

55

Figura 58 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de declive para a NUT. Nas figuras 58 e 59 verifica-se que nos solos sem características de diagnóstico os efeitos do declive e da precipitação no índice de mortalidade são praticamente nulos mas nos solos acima referidos, se observa uma mortalidade inferior nas classes de declive 3 bem como uma maior mortalidade em situações de precipitação mais elevada. A maior intensidade de mortalidade observa-se nas classes de precipitação 3 e 4 especialmente nos solos com características de diagnóstico já que não é verificada nos solos sem características de diagnóstico. Assim, nos solos com a existência no perfil, de um limite de profundidade do solo (descontinuidade textural, espessura efectiva e profundidade expansível), o excesso de chuva pode levar uma extensão maior do período de encharcamento justificando os valores de mortalidade mais elevados (Diniz, 1994; Ferreira et al, 2001). Estes factos analisados de forma integrada permitem demonstrar numericamente as teorias desenvolvidas por Macara (1994), Ferreira et al (1992) e podem ter explicação nos trabalhos desenvolvidos por Ferreira et al (2001) e Surový et al (2008) assim: (1) Se se tiver em conta os fenómenos erosivos condicionados pelo controlo dos matos fe ito com mobilização do solo (operações essas que estão limitadas às classes de declive 1 e 2) referidos por Macara (1994) pode-se inferir que na classe 2 de declive se concentram os solos onde os efeitos acumulados da erosão levaram a uma perda de espessura de solo utilizável pelas árvores pelo que aplicando o modelo de mortalidade de Ferreira et al (1992) justifica os índices de mortalidade observados neste estudo; (2) A combinação nas encostas de classe de declive 2 com solos com características de diagnóstico (Ferreira et al (2001) relacionadas com a existência no perfil, de um limite de profundidade do solo (descontinuidade textural, espessura efectiva e profundidade expansível)

Page 56: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

56

não é difícil de inferir que os efeitos das mobilizações do solo se fazem sentir com mais intensidade limitando ainda mais o volume de solo disponível para as árvores o que aplicando o modelo de Ferreira et al (1992) justifica a maior mortalidade; (3) Tendo em conta que em solos não perturbados os sistemas radiculares dos sobreiros têm uma distribuição de raízes grossas superficiais e profundantes (Figura 6) e que cerca de 80% das raízes finas se encontra nos primeiros 30cm do perfil (Figura 7) (Surový et al, 2008) pode-se deduzir que a mobilização do solo cria uma interacção debilitante entre a perda de volume de solo (processo lento e dependente do valor do declive) e a perda de uma quantidade muito importante do sistema radicular (processo instantâneo que ocorre periodicamente no momento da mobilização) cuja cicatrização e posterior regeneração consome uma quantidade muito importante dos recursos das árvores para além de criar focos múltiplos de infecção especialmente pela Phytophora cinnamomi que por ter esporos ciliados beneficia da existência de água no perfil para se movimentar no solo e encontrar hospedeiros (Brasier et al, 1993, Brasier, 1996). Estes fenómenos anteriormente descritos resultam da combinação de muitos factores e não apresentam uma regularidade espacial pelo que a variabilidade dos resultados observada foi grande, mas os resultados obtidos permitem reforçar as teses que têm vindo a ser desenvolvidas pelos autores referidos neste trabalho. Essa variabilidade espacial também aconselha a que, no planeamento das acções de recuperação dos povoamentos, sejam definidas as acções de gestão a uma escala espacial grande isto é ao nível do povoamento. É necessário diagnosticar quais os níveis dos factores potenciadores das interacções debilitantes e só depois equacionar e resolver os problemas.

Figura 59 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de precipitação para a NUT.

Page 57: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

57

Nas Tabelas 1 a 4 do Anexo 1 apresentam-se os resultados dos testes de análise de variância onde se podem confirmar numericamente as conclusões atrás referidas. Os testes de comparação múltiplas de médias de Scheffe permite observar a significância da diferença entre os níveis dos factores estudados.

Page 58: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

58

4.2.2 Alentejo Central A observação da Figura 60 e Tabela 1, mostra, à semelhança do Alentejo Litoral, que os solos onde se verificou maiores índices de mortalidade são os solos com problemas de drenagem externa e interna e todas as características que estão ligadas com a profundidade do solo disponível para as árvores (descontinuidade textural, espessura efectiva e profundidade expansível). De salientar que nos solos sem limitações para o desenvolvimento dos sobreiros (sem características de diagnóstico) se observaram valores baixos de mortalidade (embora mais elevados que no Alentejo Litoral) o que mostra que a mortalidade se concentra nas estações onde existem condicionantes edáficas para a vegetação do sobreiro. Em relação ao declive observa-se uma clara diferença dos valores médios do índice de mortalidade da classe de declive 1 para a 2 e depois uma diminuição (não significativa) para a classe 3 que nesta NUT não tem área suficiente para que se possa construir um intervalo de confiança 95% (Figura 61 e Tabela 2). A precipitação apresenta um comportamento esperado sendo nas áreas com menor pluviosidade anual que se observam os valores de índice de mortalidade maiores (Figura 62 e Tabela 3). Este comportamento, diferente de todas as outras NUTS, pode indiciar a importância da pluviosidade quando a humidade relativa é menor.

Figura 60 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de característica de diagnóstico para a NUT.

Page 59: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

59

Figura 61 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de declive para a NUT.

Figura 62 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de precipitação para a NUT.

Page 60: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

60

Figura 63 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de declive para a NUT.

Page 61: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

61

Figura 64 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de precipitação para a NUT. Nas figuras 63 e 64 verifica-se que nos solos sem características de diagnóstico os efeitos do declive e da precipitação no índice de mortalidade são praticamente nulos mas nos solos acima referidos se observa uma mortalidade superior nas classes de declive 2 bem como uma menor mortalidade em situações de precipitação mais elevada. Nas Tabelas 5 a 7 do Anexo 1 apresentam-se os resultados dos testes de análise de variância onde se podem confirmar numericamente as conclusões atrás referidas. Os testes de comparação múltiplas de médias de Scheffe permite observar a significância da diferença entre os níveis dos factores estudados.

Page 62: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

62

Page 63: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

63

4.2.3. Alto Alentejo A observação da Figura 65 e Tabela 1, mostra, mais uma vez, que os solos onde se verificou maiores índices de mortalidade são os solos com problemas de drenagem externa e interna e todas as características que estão ligadas com a profundidade do solo disponível para as árvores (descontinuidade textural, espessura efectiva e profundidade expansível). De salientar que nos solos sem limitações para o desenvolvimento dos sobreiros (sem características de diagnóstico) se observaram mais uma vez valores baixos de mortalidade.

Figura 65 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de característica de diagnóstico para a NUT. Em relação ao declive observa-se, novamente, uma clara diferença dos valores médios do índice de mortalidade da classe de declive 1 para a 2 e 3 (que não diferem significativamente) (Figura 66 e Tabela 2). A precipitação apresenta um comportamento inesperado sendo nas áreas com menor pluviosidade anual (classes 1 e 2) que se observam os valores de índice de mortalidade menores (Figura 67 e Tabela 3).

Page 64: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

64

Figura 66 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de declive para a NUT.

Figura 67 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de precipitação para a NUT. Nas figuras 68 e 69 verifica-se, outra vez, que nos solos sem características de diagnóstico os efeitos do declive e da precipitação no índice de mortalidade são praticamente nulos (à excepção da classe de precipitação 3 que apresenta valores muito mais elevados) mas nos solos acima referidos se observa uma mortalidade inferior nas classes de declive 1 mas uma mortalidade muito elevada nas classe de declive 3 (não mobilizável) onde a jus tificação para os valores da mortalidade encontrada pode estar no abandono com posterior aumento de competição inter-específica. Também se observa uma maior mortalidade em situações de precipitação mais elevada. A maior intensidade de mortalidade observa-se novamente nas classes de precipitação 3 e 4 especialmente nos solos com características de diagnóstico já que não é verificada nos solos

Page 65: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

65

sem características de diagnóstico. Assim, nos solos com a existência no perfil, de um limite de profundidade do solo (descontinuidade textural, espessura efectiva e profundidade expansível), o excesso de chuva pode levar uma extensão maior do período de encharcamento justificando os valores de mortalidade mais elevados.

Figura 68 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de declive para a NUT.

Page 66: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

66

Figura 69 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de precipitação para a NUT. Nas Tabelas 8 a 11 do Anexo 1 apresentam-se os resultados dos testes de análise de variância onde se podem confirmar numericamente as conclusões atrás referidas. Os testes de comparação múltiplas de médias de Scheffe permite observar a significância da diferença entre os níveis dos factores estudados.

Page 67: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

67

4.2.4. Baixo Alentejo A observação da Figura 70 e Tabela 1, mostra que os solos onde se verificou maiores índices de mortalidade são os solos com problemas de drenagem externa e todas as características que estão ligadas com a profundidade do solo disponível para as árvores (descontinuidade textural, espessura efectiva e profundidade expansível). De salientar que nos solos sem limitações para o desenvolvimento dos sobreiros (sem características de diagnóstico) se observaram valores residuais de mortalidade o que mostra, à semelhança das NUT’s anteriores.

Figura 70 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de característica de diagnóstico para a NUT. Em relação ao declive observa-se uma diferença (não significativa) dos valores médios do índice de mortalidade da classe de declive 1 para a 2 e depois uma diminuição (não significativa) para a classe 3 (Figura 71 e Tabela 2). A precipitação apresenta um comportamento inesperado sendo nas áreas com menor pluviosidade anual que se observam os valores de índice de mortalidade menores (Figura 72 e Tabela 3).

Page 68: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

68

Figura 71 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de declive para a NUT.

Figura 72 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de precipitação para a NUT.

Page 69: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

69

Figura 73 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de declive para a NUT.

Page 70: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

70

Figura 74 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de precipitação para a NUT. Nas figuras 73 e 74 verifica-se que nos solos sem características de diagnóstico os efeitos do declive e da precipitação no índice de mortalidade são praticamente nulos mas nos solos acima referidos se observa, com uma regularidade marcante, uma mortalidade inferior nas classes de declive 2 e 3. Este facto pode dever-se ao abandono da pastorícia nas situações de declive estando a gestão mais intensa nas áreas mais planas justificando assim os valores de índice de mortalidade observado. Também bem se observou uma maior mortalidade em situações de precipitação mais elevada. A maior intensidade de mortalidade observa-se nas classes de precipitação 3 e 4 especialmente nos solos com características de diagnóstico já que não é verificada nos solos sem características de diagnóstico seguindo o comportamento observado no Alentejo Litoral e Alto Alentejo. Nas Tabelas 12 a 15 do Anexo 1 apresentam-se os resultados dos testes de análise de variância onde se podem confirmar numericamente as conclusões atrás referidas. Os testes de comparação múltiplas de médias de Scheffe permitem observar a significância da diferença entre os níveis dos factores estudados.

Page 71: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

71

4.2.5. Algarve A observação da Figura 55 e Tabela 1, mostra que os solos onde se verificou maiores índices de mortalidade são os solos argilosos (características vérticas), solos com calcário activo (calcário), solos com problemas de drenagem interna e externa e apenas uma característica ligada com a profundidade do solo disponível para as árvores (descontinuidade textural). De salientar que nos solos sem limitações para o desenvolvimento dos sobreiros (sem características de diagnóstico) se observaram valores médios/altos de mortalidade indiciando uma intensidade de mortalidade mais elevada do que no resto da área analisada mas mesmo assim concentrada principalmente nas estações onde existem condicionantes edáficas para a vegetação do sobreiro.

Figura 75 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de característica de diagnóstico para a NUT.

Page 72: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

72

Figura 76 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de declive para a NUT.

Figura 77 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de precipitação para a NUT.

Page 73: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

73

Figura 78 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de declive para a NUT.

Page 74: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

74

Figura 79 – Intervalos de confiança 95% para índice de mortalidade ponderado por classe de características de diagnóstico e por classe de precipitação para a NUT. Nas figuras 78 e 79 verifica-se que nos solos sem características de diagnóstico os efeitos da precipitação no índice de mortalidade são praticamente nulos. Em relação ao declive, observa-se que o índice de mortalidade atinge o maior valor classe de declive 1 (contrariamente às outras NUTS) o que pode estar relacionado com o abandono da pastorícia (que é mais marcado nas zonas de maior declive) e que é acompanhado com uma diminuição da intensidade da exploração do solo e consequente melhoria das condições de vegetação dos sobreiros. Também bem se observou uma maior mortalidade em situações de precipitação mais elevada. A maior intensidade de mortalidade observa-se nas classes de precipitação 3 e 4 especialmente nos solos com características de diagnóstico já que não é verificada nos solos sem características de diagnóstico situação já verificada em todas as NUT’s à excepção do Alentejo Central.

Nas Tabelas 16 a 19 do Anexo 1 apresentam-se os resultados dos testes de análise de variância onde se podem confirmar numericamente as conclusões atrás referidas. Os testes de comparação múltiplas de médias de Scheffe permitem observar a significância da diferença entre os níveis dos factores estudados.

Page 75: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

75

5. Conclusões Os resultados totais do primeiro censo nacional de sobreiros mortos permitiram identificar 329 323 árvores mortas na fotografia aérea de 2004/2006 o que corresponde a uma perda de área de cobertura estimada de projecção de copas de 10 867 659 m2 e a uma perda estimada de produção de cortiça de 7 409 767 kg (493 984@). De ressalvar que o número de árvores referido representa a mortalidade dos últimos 2-5 anos antes do ano do voo já que a resolução da fotografia só permite detectar árvores na fase posterior à morte (com a os ramos da copa relativamente intactos, Figura 10). Foram elaboradas cartas de ocupação nacionais para o sobreiro expressas em grau de coberto para todas as NUTS da área de estudo muito úteis como instrumento de ordenamento florestal. Foram elaboradas cartar de densidade de árvores mortas por hectare e cartas de índices de mortalidade para todas as NUTS que têm como função identificar as áreas de acordo com o seu risco de degradação permitindo localizar espacialmente as zonas de intervenção prioritária. Foi possível identificar uma dinâmica que conduz ao estabelecimento de interacções debilitantes para as árvores assente nos seguintes pontos: (1) Se se tiver em conta os fenómenos erosivos condicionados pelo controlo dos matos feito com mobilização do solo (operações essas que estão limitadas às classes de declive 1 e 2) referidos por Macara (1994) pode-se inferir que na classe 2 de declive se concentram os solos onde os efeitos acumulados da erosão levaram a uma perda de espessura de solo utilizável pelas árvores pelo que aplicando o modelo de mortalidade de Ferreira et al (1992) justifica os índices de mortalidade observados neste estudo; (2) A combinação nas encostas de classe de declive 2 com solos com características de diagnóstico (Ferreira et al (2001) relacionadas com a existência no perfil, de um limite de profundidade do solo (descontinuidade textural, espessura efectiva e profundidade expansível) não é difícil de inferir que os efeitos das mobilizações do solo se fazem sentir com mais intensidade limitando ainda mais o volume de solo disponível para as árvores o que aplicando o modelo de Ferreira et al (1992) justifica a maior mortalidade; (3) Tendo em conta que em solos não perturbados os sistemas radiculares dos sobreiros têm uma distribuição de raízes grossas superficiais e profundantes (Figura 6) e que cerca de 80% das raízes finas se encontra nos primeiros 30cm do perfil (Figura 7) (Surový et al, 2008) pode-se deduzir que a mobilização do solo cria uma interacção debilitante entre a perda de volume de solo (processo lento e dependente do valor do declive) e a perda de uma quantidade muito importante do sistema radicular (processo instantâneo que ocorre periodicamente no momento da mobilização) cuja cicatrização e posterior regeneração consome uma quantidade muito importante dos recursos das árvores para além de criar focos múltiplos de infecção especialmente pela Phytophora cinnamomi que por ter esporos ciliados beneficia da existência de água no perfil para se movimentar no solo e encontrar hospedeiros. Observou-se em todas as NUTS analisadas, uma grande coincidência de resultados indicando que os factores estudados já permitem, com precisão, estabelecer procedimentos de intervenção silvícola ao nível dos povoamentos no sentido de mitigar o efeito de uma grande parte dos factores de declínio. Assim, em termos gerais a gestão sustentada do sistema produtivo montado de sobro tem de ser ajustada nos seguintes pontos: (1) A estrutura do povoamento deve de ser inequiénia (em grau de coberto de copas contínuo ajustado às condições da estação) incluindo classes de árvores jovens regeneradas

Page 76: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

76

periodicamente recorrendo preferencialmente à regeneração natural (ex. 20 em 20 anos em folhas ou bosquetes); (2) A gestão do sob-coberto tem de evoluir para formas menos intensas de mobilização do solo (em áreas com declive superior a 5%) combinando as diversas tecnologias existentes (corta mato, destroçadores, grades de discos, etc.) com a pastorícia, associadas ou não a instalação de pastagens temporárias ou permanentes com e sem fertilização. O sistema agro-silvo-pastoril deve de ser mantido pois o uso múltiplo destas áreas é que permite manter o potencial produtivo prevenindo a desertificação. Ribeiro et al (2006).

Page 77: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

77

6. Agradecimentos O desenvolvimento e conclusão do presente Trabalho só foi possível graças à colaboração de várias pessoas e instituições. A todas elas o nosso agradecimento. Não poderiamos, no entanto, deixar de destacar e agradecer, em particular:

• À Circunscrição Florestal do Sul da DGRF e em particular ao Eng. Francisco Lopes e ao Eng. Fernando Coucelo pela adjudicação e financiamento do trabalho.

• À Universidade de Évora e ao ICAM pelas condições criadas para o desenvolvimento dos trabalhos.

• Ao Prof. Alfredo Gonçalves Ferreira pelo aconselhamento científico e análise dos resultados.

• Aos colaboradores do projecto Eng. Hugo Costa, Eng. Cati Dinis, Eng. Rita Dinis e Eng. Susana Palminha pelo empenhamento e interesse com que desenvolveram os trabalhos de análise de imagem, fotointerpretação e de edição.

Page 78: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

78

7. Referências

Brasier CM, Robredo F, Ferraz JFP., (1993) Evidence for Phytophthora cinnamomi involvement in

iberian oak decline. Plant Pathol; 42:140–5. Brasier CM. Phytophthora cinnamomi associated oak decline: environmental constraints including

climate change. Ann Sci Forestie`res 1996;53:347–58. Cabral, M.T. e Lopes, F.(1992). Determinação das causas da morte do sobreiro nos concelhos de

Santiago do Cacém, Grândola e Sines. Relatório síntese. Estação Florestal Nacional, 76 pp. Coelho A.C., Horta, M., Neves, D., Cravadora, A. (2006). Involvement of a cinnamyl alcohol

dehydrogenase of Quercus suber in the defence response to infection by Phytophthora cinnamomi. Physiological and Molecular Plant Pathology 69: 62–72

DGF-IFN, (2001). Distribuição das florestas em Portugal Continental: 3ª Revisão do Inventário Florestal Nacional (1995-2000). Divisão de Inventário e Estatísticas Florestais. Direcção Geral das Florestas. Lisboa.

Diniz, A. C. (1994). Os solos do montado e Aptidão Suberícola nos Concelhos de Granadola, Santiago do Cacém e Sines. Correlações com a morte prematura do sobreiro. Silva Lusitana 2, 247-267.

Ferreira, A. G., Gonçalves, A. C., Pinheiro, A.C., Gomes, C.P., Ilheu, M., Neves, N. Ribeiro, N.A., Santos, P., 2001. Plano Específico de Ordenamento Florestal para o Alentejo. Ferreira, A. G. E Gonçalves, C. (eds). Universidade de Évora.

Jönsson-Belyazio, U. and Rosengren, U., (2006). Can Phytophthora quercina have a negative impact on mature pedunculate oaks under field conditions? Ann. For. Sci.63: 661-672

Moreira-M.arcelino AC. (2001). Aspectos da interacção entre Phytophthora cinnamomi e a doença do declínio em Quercus suber e Quercus rotundifolia. PhD thesis. Faro, Portugal: Universidade do Algarve.

Ribeiro, N.A., Dias, S., Surový, P., Gonçalves, A.C., Ferreira, A.G. & Oliveira A.C. (2004). The importance of crown cover on the sustainability of cork oak stands. A simulation approach. Advances In Geoecology 37: 275-286.

Ribeiro, N.A., Gonçalves, A.C. Dias, S.S., Afonso, T. & Ferreira, A.G. (2003). Multilevel monitoring systems for cork oak (Quercus suber L.) stands in Portugal. In. Corona, P., Köhl, M. & Marchetti, M. (Eds.). Advances in forest inventory for sustainable forest management and biodiversity monitoring. Kluwer Academic Publishers, The Nederlands. pp. 395-404.

Ribeiro, N.A., Surovy, P., Oliveira A.C., (2006): Modeling Cork Oak production in Portugal. In: Hasenauer, H. (Ed.), 2006: Sustainable Forest Management. Growth Models for Europe. Springer-Verlag Berlin Heidelberg. 285-313.

Sánchez ME, Caetano P, Ferraz J, Trapero A., (2002). Phytophthora disease of Quercus ilex in south-western Spain. Forest Pathol; 32:5–18.

Shearer BL, Byrne A, Mason M, Ward D (1989). Phytophthora cinnamomi hazard system for the northern jarrah forest: field book. Department of Conservation and Land Management, 75 p.

Shearer BL, Dillon MJ, Buehrig RM (1989). Population dynamics of Phytophthora cinnamomi in banksia woodlands and the jarrah forest of south western Australia. In Australasian Plant Pathology Society 7th Conference: 3rd-7th July, 1989, Brisbane: Program and Abstracts Australasian Plant Pathology Society, Brisbane

Sousa, E., Santos, M.N., Varela, C., Henriques, J. (2007). Perda de vigor dos montados de sobro e azinho: Análise da situação e perspectivas. Estação Florestal Nacional. Lisboa.. 79 pp + Anexos

Surovy, P. ; BRASIL, Felipe da Costa ; Ribeiro, N.A. ; OLIVEIRA, Maria Do Rosário Gamito . Avaliação da morfologia dos sistemas radicais de plantas de regeneração do sobreiro através de imagem digital.., 2007.

Surový, P., Ribeiro, N.A., Brasil, F., Ferreira, A.G. & Oliveira, M.R.G. (2007) Avaliação da morfologia dos sistemas radicais de plantas de regeneração do sobreiro através de imagem digital. Revista de Ciências Agrárias (Lisboa), v. 01, p. 290-295

Page 79: Inventário nacional de mortalidade de sobreiro na ... · O uso sustentado de um sistema corresponde aquele que mantém o seu potencial produtivo à perpetuidade, pretende-se atingir

79

Surový, P., Ribeiro, N.A., Oliveira, A.C. & Scheer, L. (2004). Automated aerial imagery analysis system for individual tree identification in cork oak stands. Advances in Geoecology 37: 287-296.

Surový, P., Ribeiro, N.A., Oliveira, A.C. & Scheer, L. (2004). Detection of the vegetation from background in high resolution color remote sensed imagery. Journal of Forest Science 50 (4). 161-170.