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    ABNT/CEE-68PROJETO 68:000.03-001/03

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    NO TEM VALOR NORMATIVO

    Avaliao de passivo ambiental em solo e gua subterrneaParte 3 Investigao detalhada

    APRESENTAO

    1) Este Projeto de Norma foi elaborado pela Nome da Comisso de Estudo Especial deAvaliao da Qualidade do Solo e da gua para Levantamento de Passivo Ambiental eAvaliao de Risco Sade Humana (CEE-68), nas reunies de:

    2) No tem valor normativo;

    3) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar estainformao em seus comentrios, com documentao comprobatria;

    4) Este Projeto de Norma ser diagramado conforme as regras de editorao da ABNTquando de sua publicao como Norma Brasileira.

    5) Tomaram parte na elaborao deste Projeto:

    Participante Representante

    ASA Srgio Ogihara

    AESAS/SERVMAR Mauricio Prado Alves

    Fernando Moreira de Souza Filho

    Luciana Fernandes Tors

    BRASFOND Guilherme Bechara

    BFU Cristina Sissino

    CETESB Alessandro Cesarino

    Fbio Netto Moreno

    Mara M. Gaeta LemosVicente de Aquino Neto

    CONAM Alexandre Ruiz Pecchi

    CONSULTORA Cristina Spilborghs

    ENVISOFT Mauricio Soares

    ESSENCIS Giovanna Setti Galante

    Jeane Glucia Santos

    FEAM Luiz Otvio Martins Cruz

    FUGRO Ricardo A. da S. Ponpeu

    PETROBRAS Andr Moreira e Souza FilhoJos Ribamar Silva

    01.06.2011 06.09.2011

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    Ingid Lage

    RAIZEN Aline Mendona Guidry

    SGW Fabola Bonini Tomiatti

    RIGESA Fernando J. NeryTECNOHIDRO Fernando Medeiros

    Juliana Mantovani

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    Avaliao de passivo ambiental em solo e gua subterrneaParte 3 Investigao detalhada

    Environmental passive in soil and groundwater - Part 3: Detailed investigation

    Prefcio

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As NormasBrasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismosde Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais (ABNT/CEE), soelaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delasfazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    Os documentos Tcnicos ABNT so elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

    O Escopo desta Norma Brasileira em ingls o seguinte:

    Scope

    This part of the Project 68:000.03-001 establishes the minimum procedures for the detailed investigationof areas where it was confirmed contamination in soil or groundwater based on time series monitoring,preliminary assessment, confirmatory investigation or environmental studies.

    This part of the Project 68:000.01-003 does not apply to cases involving radioactive substances andcontamination in fractured media and deep confined aquifers.

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    1 Escopo

    1.1 Esta parte do Projeto 68:000.03-001 estabelece os procedimentos mnimos para a investigaodetalhada de reas onde foi confirmada contaminao em solo ou gua subterrnea com base em sriehistrica de monitoramento, avaliao preliminar, investigao confirmatria ou estudos ambientais.

    1.2 Esta parte do Projeto 68:000.01-003 no se aplica a casos envolvendo substncias radioativas econtaminaes em meios fraturados e aquferos profundos confinados.

    2 Referncias normativas

    Os documentos referenciados a seguir so indispensveis para aplicao deste documento. Parareferncias datadas aplica-se somente a edio citada. Para referncias no-datadas aplica-se a ltimaedio do documento referenciado (incluindo qualquer emenda).

    ABNT NBR15492 - Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental - Procedimento

    ABNT NBR 15495-1 - Poos de monitoramento de guas subterrneas em aqferos granulados -Parte 1: Projeto e construo

    ABNT NBR 15495-2 - Poos de monitoramento de guas subterrneas em aqferos granulares -Parte 2: Desenvolvimento

    ABNT NBR15515-1 - Passivo ambiental em solo e gua subterrnea - Parte 1: Avaliao preliminar

    ABNT NBR 15515-2 - Passivo ambiental em solo e gua subterrnea - Parte 2: Investigao

    Confirmatria confirmatria

    3 Termos e definies

    Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definies.

    3.1rea contaminada (AC)rea onde h presena de substncia(s) qumica(s) no ar, gua ou solo, decorrentes de atividadesantrpicas, em concentraes tais que restrinjam a utilizao desse recurso ambiental para os usosatual ou pretendido, definidas com base em avaliao de risco sade humana, assim como aos bensa proteger, em cenrio de exposio padronizado ou especfico

    3.2avaliao preliminaravaliao inicial, realizada com base nas informaes histricas disponveis e inspeo do local, com oobjetivo principal de encontrar evidncias, indcios ou fatos que permitam suspeitar da existncia decontaminao na rea

    3.3centro de massa (hot spots)zona onde se encontram as maiores concentraes de contaminantes no(s) meio(s) investigado(s)

    3.4

    poos multinveisconsiste de um conjunto de poos de monitoramento situados em um mesmo ponto, ou prximos entre

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    si, da pluma de contaminao, com sees filtrantes posicionadas em diferentes profundidades

    3.5contaminaopresena de substncia(s) qumica(s) no ar, gua ou solo, decorrentes de atividades antrpicas, emconcentraes tais que restrinjam a utilizao desse recurso ambiental para os usos atual oupretendido, definidas com base em avaliao de risco sade humana, assim como aos bens aproteger, em cenrio de exposio padronizado ou especfico

    3.6fase dissolvidaocorrncia de substncia qumica em soluo na gua subterrnea

    3.7

    fase livreocorrncia de substncia ou produto imiscvel, em fase separada da gua

    3.8fase retidaocorrncia de produto ou substncia qumica retida no solo

    3.9investigao confirmatriaetapa do processo de identificao de reas contaminadas que tem como objetivo principal confirmar ouno a existncia de substncias de origem antrpica nas reas suspeitas, no solo ou nas guassubterrneas em concentraes acima dos valores de investigao ou interveno (VI)

    3.10investigao detalhadaetapa do processo de gerenciamento de reas contaminadas, que consiste na aquisio e interpretaode dados em rea contaminada sob investigao, a fim de entender a dinmica da contaminao nosmeios fsicos afetados e a identificao dos cenrios especficos de uso e ocupao do solo, dosreceptores de risco existentes, dos caminhos de exposio e das vias de Ingresso

    3.11modelo conceitualconstitui-se numa sntese das informaes relativas a uma rea em estudo, atualizada na concluso decada etapa de trabalho

    3.12monitoramentomedio ou verificao, que pode ser contnua ou peridica, para acompanhamento da condio dequalidade de um meio ou das suas caractersticas

    3.13passivo ambientaldanos infligidos ao meio natural por uma determinada atividade ou pelo conjunto das aes humanas,que podem ou no ser avaliados economicamente

    3.14

    perigosituao em que estejam ameaadas a vida humana, o meio ambiente ou o patrimnio pblico e

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    privado, em razo da presena de agentes txicos, patognicos, reativos, corrosivos ou inflamveis nosolo ou em guas subterrneas ou em instalaes, equipamentos e construes abandonadas, emdesuso ou no controladas

    3.15pluma de contaminao a representao da distribuio das concentraes de substncias nos meios de interesse

    3.16risco a probabilidade de ocorrncia de efeito(s) adverso(s) em receptores expostos a contaminantes

    3.16.1sistemas multinveis

    sistemas de amostragem de gua subterrnea, diferentes de poos de monitoramento, desenvolvidosde forma a permitir a captao de amostras discretas de gua subterrnea em diferentes profundidades

    3.17solo subsuperficialcamada do solo a partir de 1 m de profundidade em relao a superfcie do terreno at o nvel de gua

    3.18solo superficialcamada do solo de 0 a 1m de profundidade em relao a superfcie do terreno

    3.19

    substncia qumica de interesse (SQI)elemento, substncia e produtos qumicos que sejam de interesse para a investigao da contaminao

    3.20tcnicas de resposta rpidaso tcnicas aplicadas em campo ou no que permitem um aumento significativo na densidade deinformaes, possibilitando um refinamento do modelo conceitual, simultaneamente aos trabalhos queesto sendo realizados

    3.21zona no saturadazona situada entre a superfcie do terreno e o nvel de gua subterrnea superficial

    3.22zona saturadazona situada abaixo do nvel de gua subterrnea superficial

    4 Uso e limitaes

    Esta parte do Projeto 68:000.01-003 apresenta as orientaes mnimas para que o profissional executede forma adequada a etapa de investigao detalhada. Diante de fatores como incertezas,heterogeneidade e acessibilidade limitada do subsolo, em alguns casos, poder ser necessria aadoo de outros procedimentos tcnicos especficos para que seja alcanado o objetivo proposto,respeitando-se sempre o princpio da gradualidade.

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    Na avaliao da pertinncia das informaes obtidas durante a conduo da investigao, osprofissionais devem-se pautar pela cautela e razoabilidade no julgamento da delimitao dacontaminao, identificao de fontes, das vias de exposio e dos receptores.

    A conduo da investigao detalhada requer equipe multidisciplinar de profissionais habilitados peloscompetentes conselhos profissionais. Os profissionais devem sempre adotar os devidos meios erecursos para atingir o melhor resultado possvel.

    O surgimento de fatos novos, o desenvolvimento tecnolgico e outros fatores considerados em estudosposteriores podem suplementar ou indicar a necessidade de reviso da investigao, no entanto, seminvalidar os trabalhos poca j adequadamente executados.

    As concentraes naturais de substncias qumicas de interesse no solo e na gua subterrnea devemser consideradas no desenvolvimento da investigao detalhada.

    5 Etapas da avaliao de passivo ambiental

    A etapa inicial de avaliao de passivo ambiental em solo e gua subterrnea, conformeABNT NBR15515-1 consiste numa avaliao preliminar, a qual identifica a possvel existncia decontaminao na rea. Havendo indcios na avaliao preliminar, realiza-se a etapa de investigaoconfirmatria, de acordo com os procedimentos legais vigentes e da ABNT NBR 15515-2, paraconfirmar a existncia ou no de contaminao. Em caso afirmativo, procede-se a etapa deinvestigao detalhada e a avaliao de risco sade humana. Se contaminao j foi evidenciada naavaliao preliminar, direciona-se para a etapa de investigao detalhada. A Figura 1 apresenta asetapas da avaliao de passivo ambiental.

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    Figura 1 Etapas da avaliao de passivo ambiental

    6 Investigao detalhada

    Os principais objetivos da Investigao detalhada so:

    mapeamento horizontal e vertical da contaminao por meio da comparao entre asconcentraes dos contaminantes e os valores de investigao ou interveno;

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    caracterizao do meio fsico e do entorno;

    estimativa da quantidade de contaminantes no solo e na gua subterrnea; identificao e caracterizao de outras fontes de contaminao no apontadas nas etapas

    anteriores;

    definio dos contaminantes de interesse para a rea;

    definir a dinmica de transporte e simular prognsticos da evoluo da contaminao;

    identificar as vias de exposio e receptores para a realizao de avaliao de risco sadehumana;

    subsidiar plano de aes necessrias.Deve tambm ser considerarada a eventual necessidade de aes emergenciais concomitantes arealizao de investigao detalhada, como em caso de ocorrncia de fase livre e intruso de vapores.

    6.1 Consolidao das informaes existentes

    Esta etapa consiste em levantar e avaliar todos os estudos ambientais j realizados na rea sobinvestigao, para definir o plano de trabalho da investigao detalhada.

    Deve ser elaborado um texto sntese do histrico das instalaes e operaes do(s)empreendimento(s), dos resultados obtidos dos estudos ambientais e de eventuais aes j realizadasnos empreendimentos(s) que ocuparam a rea.

    Caso no tenha sido realizada avaliao preliminar, esta deve ser feita previamente realizao dainvestigao detalhada, conforme a NBR15515-1.

    A srie histrica de dados deve ser avaliada e definida sua utilizao na investigao detalhada.

    Deve ser realizada a consolidao das informaes sintetizadas em plantas ou figuras em escalaapropriada da rea do empreendimento e do entorno contendo:

    a) identificao e localizao de todas as instalaes atuais e antigas do empreendimento;

    b) fluxograma dos processos atuais e antigos;

    c) posicionamento das fontes de contaminao, suspeitas e confirmadas;

    d) informaes do meio fsico como pedologia, geologia e hidrogeologia;

    e) posicionamento dos pontos de amostragem da investigao confirmatria ou de programas demonitoramento realizados, destacando os locais onde foi constatada a presena de contaminaona forma de mapa de resultados ou figura de isoconcentrao;

    f) identificao dos locais onde foi constatada a presena de fase livre;

    g) identificao dos locais onde foi constatada situao de perigo;

    h) identificao dos locais onde foram ou esto sendo desencadeadas medidas emergenciais;

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    i) indicao, por fonte, dos meios afetados, dos mecanismos de liberao e transporte, das vias deexposio e receptores ou bens a proteger j identificados na rea de investigao;

    j) identificao dos cenrios de uso e ocupao do solo e dos usos dos recursos hdricos do entornoda rea investigada ou do empreendimento.

    A consolidao das informaes e a atualizao do modelo conceitual permitem a avaliao crticaquanto a incertezas remanescentes a serem ponderadas na elaborao do plano de investigaodetalhada.

    6.2 Plano de investigao detalhada

    6.2.1 Caracterizao do entorno

    A rea do entorno a ser caracterizada deve ser definida conforme os procedimentos estabelecidos pelosrgos competentes. Na ausncia de procedimento, recomenda-se o arbitramento da reaconsiderando as caractersticas especficas da rea sob investigao e das substncias qumicas deinteresse.

    Na caracterizao do entorno, as informaes consolidadas podem j ser suficientes ou pode sernecessrio um levantamento complementar.

    No relatrio da investigao detalhada deve ser apresentado, em formato explicativo e ilustrativo, umresumo das caractersticas do entorno do empreendimento, contendo:

    a) descrio do uso e ocupao do solo, com a identificao de receptores ou bens a proteger;

    b) a localizao e a classificao dos recursos hdricos;

    c) a localizao de poos de abastecimento constatados em inspeo em campo e/ou cadastrados norgo estadual competente, seus usos e as caractersticas construtivas, e tipo e classificao doaqfero explorado;

    d) a localizao de poos de rebaixamento, drenos, fontes e nascentes, incluindo-se os poosescavados, constatados em inspeo em campo e/ou cadastrados no rgo estadual competente;

    e) a localizao de reas contaminadas eventualmente existentes na regio considerada;

    f) a indicao da existncia ou no de rede de esgoto, de gua tratada e de guas pluviais e de

    outras utilidades subterrneas.As informaes devem ser inseridas em fotos areas, mapas planialtimtricos ou imagens de satlitecom base georreferenciada (UTM) em escala compatvel com as densidades de dados.

    6.2.2 Caracterizao geolgica

    Para o desenvolvimento da caracterizao geolgica podem ou no ser executadas sondagensadicionais s realizadas nas etapas anteriores.

    Deve ser realizada a descrio dos materiais encontrados, com o objetivo de definir suas caractersticase distribuies espaciais.

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    Para a definio das caractersticas geolgicas da rea devem ser realizadas:

    a) sondagens aplicando mtodos adequados ao meio, conforme a ABNT NBR15492, e ao tipo e afinalidade da amostra;

    b) identificao e descrio do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de acordo com as recomendaesdo Manual de descrio e coleta de solos no campo, da Sociedade Brasileira de Cincia do Solo, eoutros documentos aplicveis descrio desses materiais;

    c) elaborao dos perfis das sondagens executadas e a construo de sees geolgicaslongitudinais e transversais;

    d) coleta de amostras do material que compe as camadas representativas dosolo/rocha/sedimento/aterro para determinao de granulometria, porosidade total e efetiva,densidade real e aparente, umidade e frao de carbono orgnico;

    e) elaborao de tabelas com os resultados das determinaes indicadas no item d, de textoexplicativo com resumo da descrio das rochas, sedimentos, solos, aterros e resduosencontrados no local,

    f) elaborao de planta com a localizao das sondagens executadas e dos pontos de amostragem.

    A densidade e profundidade final de sondagem precisam possibilitar a identificao e caracterizao detodas as camadas importantes para o entendimento do comportamento das substncias de interesse narea sob investigao e a consolidao do modelo conceitual.

    6.2.3 Caracterizao hidrogeolgica

    A caracterizao hidrogeolgica deve ser realizada visando o entendimento da dinmica dos fluxossubterrneos e do comportamento dos contaminantes na zona no saturada e saturada, cujos dadossero utilizados na consolidao do modelo conceitual atualizado da rea.

    Na caracterizao hidrogeolgica devero ser executadas, pelo menos, as seguintes atividades:

    a) instalao de poos de monitoramento, construdos de acordo com as normas ABNT NBR 15495-1e ABNT NBR 15495-2;

    b) instalao de conjunto de poos com sees filtrantes localizadas estrategicamente em funo dadistribuio litolgica e do tipo da SQI, com o objetivo de determinar a existncia de fluxo e

    distribuio verticais das SQI;c) determinao da cota topogrfica absoluta com base em referncia de nvel oficial do topo do tubo

    de revestimento do poo e medio do nvel dgua para o clculo do potencial hidrulico em cadapoo de monitoramento, com medidas realizadas preferencialmente na mesma data, para adeterminao da variao do gradiente hidrulico;

    d) realizao de ensaios para determinao da condutividade hidrulica em quantidade suficientepara avaliar a variao dessas condutividades em funo da distribuio litolgica ao longo doseixos longitudinal e transversal das plumas de contaminao;

    e) elaborao de mapas potenciomtricos abrangendo as plumas de contaminao, determinadas

    conforme 5.3, e seu entorno, apontando os sentidos preferenciais de fluxo;f) determinao das velocidades de fluxo das guas subterrneas nas unidades hidrogeolgicas

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    condicionantes do transporte das SQI, considerando-se os sentidos preferenciais de propagaodas plumas de contaminao;

    g) elaborao de sees esquemticas (transversal e longitudinal ao eixo principal das plumasmapeadas no plano horizontal, conforme 5.3) com representao da geologia local, potenciometria,perfil construtivo dos poos, valores de condutividade hidrulica para as unidades hidrogeolgicasensaiadas. Essas sees podem conter tambm informaes sobre a variao das concentraesdas SQI e presena de fase livre;

    h) texto explicativo com resumo da hidrogeologia local.

    6.2.4 Caracterizao de outros meios

    Em casos em que for necessria a caracterizao da vegetao ou da biota, os estudos seroconduzidos com fundamento em exigncias do rgo ambiental competente, procedimentos ou normasespecficas.

    6.2.5 Definio de substncias de interesse

    A definio das substncias de interesse realizada a partir de uma avaliao crtica das informaes econcluses da avaliao preliminar (ABNT NBR15515-1) e da investigao confirmatria(ABNT NBR 15515-2). Alm disso, utilizam-se dados do licenciamento ambiental e de informaesadicionais.

    6.3 Mapeamento da contaminao

    O mapeamento focalizado sempre na investigao do solo superficial e subsuperficial e da guasubterrnea.

    O objetivo do mapeamento conhecer a distribuio das substncias de interesse e delimitar as zonasonde essas substncias apresentam concentraes acima dos valores de investigao ou interveno(VI) (zona contaminada) ou que imponham risco presumido ou real sade humana. Caso ocorramsubstncias no elencadas nas listas de VI, deve-se adotar as diretrizes do rgo ambientalcompetente.

    O mapeamento espacial da distribuio da contaminao deve contemplar a delimitao das plumas defase livre e dissolvida e da zona da fase retida, bem como a variao das concentraes dassubstncias de interesse no interior da zona contaminada.

    Tcnicas de medio rpida podem auxiliar na definio dos meios, pontos e profundidades deamostragem ou seleo de amostras representativas, conforme normas especficas.

    O plano de amostragem para o mapeamento deve ponderar as incertezas de amostragem.

    A coleta de amostras representativas realizada conforme o padro de distribuio dos contaminantesque influenciado principalmente pelo volume liberado e pelas caractersticas do meio e doscontaminantes e devem ser realizadas conforme normas especficas.

    Os resultados obtidos na investigao detalhada devem prover informaes suficientes para elaborar arepresentao da geometria das zonas contaminadas.

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    6.3.1 Zona no saturada

    O mapeamento na zona no saturada refere-se delimitao da contaminao no solo para cadasubstncia qumica de interesse. Ainda que na investigao confirmatria no tenham sidoquantificadas concentraes das substncias qumicas de interesse acima do valor de investigao ouinterveno (VI) no solo, a investigao da zona no saturada necessria para reduzir as incertezasna fonte de contaminao investigada, desde que tenham sido quantificadas concentraes acima de VIna gua subterrnea.

    Para delimitao da ocorrncia dos contaminantes, a zona no saturada deve ser compartimentada emsuperficial e subsuperficial. Para solo superficial considera-se a profundidade de at 1 m e para solosubsuperficial de 1 m at o nvel de gua subterrnea.

    Para definir os pontos de amostragem e as substncias de interesse utilizam-se os dados da avaliaopreliminar (ABNT NBR15515-1), da investigao confirmatria (ABNT NBR15515-2), do licenciamentoambiental e de informaes adicionais, considerando-se a distribuio das litologias e oscomportamentos das substncias de interesse no meio. Essas informaes adicionais podem serobtidas por meio da utilizao de tcnicas de medio rpida.

    Na seleo das profundidades de coleta de amostras para anlise qumica tambm recomendvel autilizao de tcnicas de medio rpida em campo. Ressalte-se que, o tipo de amostra de solo paraanlise qumica deve ser simples.

    Numa investigao detalhada, os dados podem ser obtidos com base em mais de uma campanha de

    amostragem, como em caso de complexidade do cenrio ambiental ou de resultados inesperados.A delimitao da zona contaminada de cada uma das SQI deve ser definida em funo dos VI vigentes.

    Para traar o limite horizontal da rea de solo contaminado, o limite deve passar pelo ponto situado nametade da distncia entre o ponto de amostragem que apresente concentrao da SQI acima de VI e oponto de amostragem que apresente concentrao inferior ao VI, do cenrio considerado. Nadelimitao da rea de solo contaminado numa fonte so utilizados pontos de um mesmo plano,horizonte ou mesma profundidade.

    Para realizar a delimitao da zona em fase retida no plano vertical, pertencendo os pontos deamostragem a mesma camada litolgica, o ponto-limite definido na metade da distncia entre um

    ponto de amostragem onde foi quantificada concentrao da SQI acima do VI e outro ponto deamostragem onde foi detectado valor inferior ao do VI, do cenrio considerado.

    Caso os pontos no pertenam mesma camada litolgica, os limites devem considerar adescontinuidade entre as camadas ou estruturas litolgicas como meios preferenciais de disperso doscontaminantes.

    Quando constatada concentrao acima do VI na amostra coletada na franja capilar, o limite inferior dazona de fase retida a profundidade do nvel dgua medido.

    O limite superior pode ser definido com base em resultados analticos ou considerando, sempre quepossvel, a posio da fonte primria mais prxima.

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    6.3.2 Zona saturada

    O mapeamento da zona saturada refere-se delimitao da fase livre e pluma de fase dissolvida.

    Os limites da contaminao em fase livre e dissolvida devem ser definidos quando for obtido um nmerosuficiente de pontos-limite necessrios para o seu fechamento, de acordo com os critrios estabelecidosem 6.3.1 (stimo pargrafo).

    Para a delimitao da distribuio da fase livre e delimitao da fase dissolvida os poos demonitoramento devem ser instalados e desenvolvidos de acordo com as recomendaes dasABNT NBR 15495-1 e . ABNT NBR 15495-2.

    Os modelos conceituais, os resultados analticos de solo e coleta de informaes adicionais subsidiam oplanejamento da investigao da zona saturada.

    6.3.3 Fase livre

    Durante o planejamento e execuo dos trabalhos de investigao necessrio considerar a eventualpresena de fase livre e, caso esta ocorra, se mais ou menos densa que a gua para adequar osprocedimentos de delimitao.

    Para otimizao da instalao de poos de monitoramento para delimitao de fase livre, admite-se autilizao prvia de sondagens ou mtodos geofsicos.

    Ressalte-se que se durante a realizao da sondagem ou da instalao dos poos for observada apresena de fase livre, o desenvolvimento desses poos no deve ser realizado.

    A determinao da presena de fase livre no interior dos poos e da sua espessura deve ser feita pormeio de equipamento de medio de interface leo/gua por mtodo eletro-tico. Outros mtodos maissimples podem ser utilizados para constatao da presena ou ausncia de fase livre.

    A delimitao da distribuio da fase livre deve ser definida quando for obtido um nmero suficiente depontos-limite necessrio para o seu fechamento.

    A partir da confirmao da existncia de fase livre necessria a implementao de medidasemergenciais para remoo da substncia em fase livre, conforme os procedimentos tcnicosaplicveis.

    6.3.3.1 Substncia no aquosa menos densa que a gua (LNAPL

    Light Non Aqueous PhaseLiquid)

    Na presena de LNAPL, os poos de monitoramento devem ser instalados utilizando-se seo filtranteplena, com comprimento mximo de 3 m, sendo 1 m na zona no saturada e 2 m na zona saturada.

    Para a delimitao da distribuio da fase livre no plano horizontal deve ser considerado que o ponto-limite da rea de ocorrncia da fase livre a metade da distncia entre um ponto de medio (poo demonitoramento), onde foi observada a presena de fase livre e outro ponto de medio, onde no foiobservada fase livre.

    A delimitao da distribuio da fase livre no plano vertical realizada definindo-se primeiramente os

    limites da fase livre aparente nos poos de monitoramento e posteriormente convertendo-a para aespessura real.

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    Na definio dos limites da fase livre aparente considera-se que o ponto-limite superior seja obtido nacota superior do nvel da fase livre medida no poo de monitoramento e o ponto-limite inferior seja acota do nvel dgua subterrnea medida no mesmo poo.

    O nvel de gua aparente deve ser convertido para o real, por meio de equaes que dependem defatores associados a geologia, condies de fluxo, nvel de produto do poo e caractersticas do produtoou substncias. De acordo com o caso concreto, deve ser utilizada a soluo que for tecnicamentejustificvel.

    A delimitao da fase livre deve ser representada graficamente por meio de diagramas ou seesesquemticas, considerando-se o nvel de gua real e o nvel de produto medido no poo.

    Considera-se como tecnicamente removida a fase livre na ao emergencial quando detectada umaespessura aparente mxima de fase livre definida pelo rgo ambiental competente, e sua distribuio

    tenha sido delimitada de forma adequada e esteja restrita rea do empreendimento.O volume residual de fase livre deve ser contemplado na elaborao do plano de interveno da reajunto com a fase dissolvida.

    6.3.3.2 Substncia no aquosa mais densa que a gua (DNAPLDense Non Aqueous PhaseLiquid)

    Anteriormente a realizao de sondagens para constatao da ocorrncia e delimitao da fase densa imprescindvel o conhecimento hidrogeolgico do modelo conceitual da rea e dos centros de massa decontaminantes na fase dissolvida do aqfero superficial.

    Na tomada de deciso para continuidade da investigao de DNAPL necessrio considerar, comoindicadores de presena de fase livre, se as concentraes da SQI esto entre 1 % e 10 % do limite dasolubilidade, existncia de aumento ou manuteno da grandeza das concentraes em profundidade eevidncias de fluxo vertical descendente da gua subterrnea.

    Na investigao necessrio adotar medidas para evitar o rompimento de selos estratigrficos,migrao de contaminantes na perfurao (usar revestimento) e alteraes na drenana entreaqferos.

    Considera-se base da sondagem o ponto onde presumvel haver acmulo de fase livre devido a umobstculo infiltrao da substncia, tais como, contatos entre camadas de condutividadescontrastantes ou presena de topo rochoso.

    O poo de monitoramento deve ter seo filtrante curta (em geral de at 1 m) e ser posicionada na baseda sondagem.

    Para a delimitao da distribuio da fase livre aparente no plano vertical considera-se como ponto-limite superior a cota superior do nvel da fase livre medida no poo de monitoramento e no ponto-limiteinferior , de forma conservadora, a cota do obstculo infiltrao.

    Na delimitao vertical da fase livre podem ser utilizadas as tcnicas de medio rpida como geofsicade poo e sensor de membrana (MIP.

    A representao grfica pode ser realizada por meio de programas (softwares) que possibilitem a

    visualizao ou por meio da apresentao de sees considerando-se a espessura de fase livre.

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    6.3.4 Fase dissolvida

    A delimitao da pluma dissolvida realizada pela investigao da distribuio das SQI nos planoshorizontal e vertical.

    Para o mapeamento da pluma dissolvida devem ser instalados poos de monitoramento e poosmultinveis, de acordo com as ABNT NBR 15495-1 e ABNT NBR 15495-2, podendo tambm serutilizados sistemas multinveis. Preferencialmente, a seo filtrante do poo de monitoramento deve terum comprimento mximo de 3 m e estar posicionada na zona saturada (seo filtrante plena), ou seja,no ato da instalao o topo da seo fi ltrante posicionado prximo do nvel dgua estabilizado. Considerando-se a sazonalidade do nvel de gua, recomenda-se a instalao de poos multinveis.

    Na caracterizao da distribuio vertical das SQI utilizam-se poos de monitoramento com captaoem diferentes profundidades e sees curtas (at 1 m) na profundidade desejada de investigao.

    Esses podem ser instalados de forma aninhada (no mesmo furo mais de uma tubulao) ouindividualizada (em cada furo uma tubulao). Pode ainda ser instalados poos com sistema decaptaes discretas e isoladas num mesmo furo do tipo mltiplos septos ou com isolamento porobturadores. Sempre so necessrias medidas para evitar a migrao de contaminantes pelo espaoanelar.

    Subsidiariamente, ainda se pode assistir de outras formas auxiliares na delimitao vertical, utilizando-se tcnicas de medio rpida (geofsica de poo, MIP???????, etc).

    Para a coleta de amostras de guas subterrneas devem ser observadas as orientaes contidas naNBR 15495-2.

    As amostragens para delimitao de pluma devem ser preferencialmente realizadas em todos os poosde monitoramento instalados na rea de interesse.

    A utilizao de dados obtidos em campanhas realizadas em pocas distintas admitida, desde quetecnicamente justificvel, considerando a sazonalidade e as amostragens tenham sido realizadas dentrode um intervalo mximo de 120 dias.

    A delimitao da pluma de contaminao em fase dissolvida deve ser definida a partir de um nmerosuficiente de pontos-limite necessrio para o seu fechamento e os VI considerados como limite dapluma.

    Para realizar a delimitao da pluma em fase dissolvida no plano horizontal, considerar como ponto-

    limite da pluma o ponto situado na metade da distncia entre os pontos de amostragem que apresentemconcentraes de SQI superior ao VI e o primeiro ponto inferior ao VI.

    A delimitao das plumas no plano vertical deve ser realizada por meio da utilizao de conjunto depoos multinveis em quantidade suficiente para estimar a espessura da pluma prximo a rea fonte eao longo do eixo longitudinal de movimentao, bem como caracterizar a existncia ou no de fluxovertical.

    Na instalao de poos ou sistemas multinveis sempre importante adotar todos os recursos tcnicospara o isolamento entre as zonas de captao de gua. As profundidades das sees filtrantes dospoos multinveis so definidas com fundamento na interpretao do modelo conceitual hidrogeolgicodesenvolvido para a rea por meio do qual devem ser identificadas as camadas favorveis ao

    transporte da pluma de contaminantes.

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    O conjunto de captao mltipla (poos ou sistema multinvel) deve ser formado por, no mnimo, um parde poos com seo filtrante instalada em duas profundidades diferentes, no mesmo compartimentohidrogeolgico. Recomenda-se que um dos poos tenha a seo filtrante posicionada prxima e abaixodo nvel dgua estabilizado e o outro poo deve ter a seo filtrante a uma distncia no superior5 m entre a base da seo filtrante do poo de captao rasa e o topo da seo do poo de captaoprofunda, sendo que este deve ter seo filtrante de at 1 m. Em funo do modelo conceitual, litologia,espessura das camadas litolgicas, tipo de contaminantes, evidncia ou ocorrncia de fluxo vertical oucaso seja quantificada concentrao da SQI acima do VI no poo mais profundo, deve ser adicionadoum ou mais nveis ao sistema de captao, visando a proporcionar a definio correta do limite inferiorda pluma dissolvida.

    Na determinao dos limites da pluma dissolvida no plano vertical, deve ser considerado que o ponto-limite da pluma esteja situado na metade da distncia entre a base da seo filtrante do poo queapresente concentrao abaixo do VI e a base da seo filtrante do poo adjacente que apresente

    concentrao da SQI acima de VI. Caso o poo mais profundo limite-se ao topo rochoso ou camadaimpermevel, o limite da pluma deve ser presumido ao longo da interface entre o meio poroso e a rochaou camada impermevel.

    O revestimento de furo durante a perfurao dos poos do conjunto multinvel deve ser adotado quandohouver possibilidade de migrao de contaminantes pelo furo de pores rasas para mais profundas.

    Estabelecidos os limites da pluma dissolvida, deve ser verificada a distribuio da contaminaohorizontal e vertical dentro desses limites com a identificao dos centros de massa, por meio doadensamento da malha de poos de monitoramento, posicionados prximos s fontes primrias ousecundrias de contaminao.

    A partir dos dados obtidos, a representao das plumas de contaminao na gua subterrnea deve serindividual para cada SQI cujas concentraes ultrapassem o VI.

    NOTA 1 Recomenda-se que o laboratrio tenha seus mtodos analticos acreditados pelo INMETRO, seguindoo estabelecido na ABNTNBR ISO IEC NBR 17025.

    NOTA 2 Em locais com variaes sazonais elevadas do nvel dgua subterrnea, recomenda-se que ainvestigao detalhada seja realizada, levando-se em considerao esta esta variao.

    NOTA 3 Devido possibilidade de ocorrncia de contaminantes residuais no revestimento ou pr-filtro, os poosque j tiveram a presena de fase livre podem ser utilizados, desde que justificvel tecnicamente, na delimitaoda pluma de fase dissolvida.

    NOTA 4 Havendo evidncias de migrao de SQI para a rocha ou camada impermevel, a critrio do rgoambiental competente, pode ser necessrio investigar esses meios, utilizando-se normas e procedimentosespecficos.

    6.4 Caracterizao da contaminao em outros meios

    Esta Norma no contempla a investigao de contaminao em outros meios (ar, sedimentos,vegetao, biota, etc), mas caso seja pertinente, a investigao deve ser realizada com fundamento emoutras normas ou procedimentos tcnicos.

    6.5 Estimativa de volume de solo e gua subterrnea com concentraes acima de VI.

    As estimativas de volume de solo e gua subterrnea so realizadas com fundamento na delimitaohorizontal e vertical da rea com concentraes acima de VI.

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    A estimativa de volume de solo calculada em funo da rea de ocorrncia e da espessura mdia desolo impactado.

    Em relao gua subterrnea, a estimativa calculada pela projeo em superfcie da rea da pluma,da sua espessura mdia e da porosidade do meio.

    Quando houver variao significativa de espessuras podem ser utilizados clculos integrativos.

    A massa de contaminantes deve ser calculada aps a etapa de avaliao de risco sade humana,caso sejam necessrias medidas de remediao.

    6.6 Prognsticos de evoluo da pluma

    O objetivo do prognstico estimar, a partir do centro de massa, qual a evoluo espacial da pluma ao

    longo do tempo, principalmente para simular se as concentraes atingiro receptores num determinadotempo. Alm disso, o prognstico auxilia assiste na tomada de deciso de etapas futuras do processode gerenciamento de reas contaminadas.

    A premissa para elaborao dos prognsticos o cumprimento de todos os itens da investigaodetalhada.

    Os prognsticos de evoluo da pluma devem contemplar um horizonte de 5 anos e 10 anos, utilizando-se modelos de fluxo e de transporte de contaminantes.

    A aplicao de modelos matemticos de fluxo e transporte de contaminantes para execuo dosprognsticos deve ser realizada com base em literatura e procedimentos especficos.

    Os modelos matemticos utilizam uma srie de equaes, resolvidas por aproximaes analticas ounumricas, para simular e prever as respostas fsico-qumicas de um meio poroso e as migraes deSQI.

    Cabe ressaltar que os modelos matemticos ampliam a base de informaes, mas no produzemrespostas definitivas, uma vez que fornecem uma verso simplificada de um fenmeno quefreqentemente muito mais complexo na prtica. Todavia, quando usados em conjunto com aexperincia e dados de campo, auxiliam na tomada de deciso, sobretudo quando vrias alternativas,envolvendo muitas variveis, precisam ser comparadas.

    6.7 Controle da qualidade

    Os trabalhos envolvidos na realizao da investigao detalhada devem possuir procedimentos padresde operao e registro de informaes, calibrao, manuteno, treinamento de pessoal ou outros.

    Nesse controle devem ser aplicadas normas tcnicas especficas para assegurar a qualidade,diminuindo os erros e incertezas dos trabalhos.

    6.8 Identificao das fontes, dinmica de transporte, vias de exposio e receptores (modeloconceitual)

    O modelo conceitual da rea em estudo deve ser atualizado e validado com as informaes obtidas nainvestigao detalhada, aprimorando o modelo conceitual da investigao confirmatria e gerando uma

    nova verso, que dve ser a base para o planejamento e realizao das etapas seguintes.

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    As informaes obtidas na investigao detalhada a serem utilizadas para atualizar o modelo conceitualgeralmente so:

    a) distribuio das litologias;

    b) nvel de gua dos poos de monitoramento;

    c) sentido e velocidade de fluxo;

    d) concentrao e distribuio da contaminao nos meios afetados;

    e) mecanismos de liberao identificados;

    f) meios de transporte;

    g) estimativa de quantidade de contaminantes presentes;

    h) prognsticos de transporte de contaminantes;

    i) vias de exposio reais e hipotticas;

    j) receptores potenciais e reais identificados;

    k) necessidade ou no de aes imediatas.

    O modelo pode ser apresentado em forma escrita, tabulada, grfica ou combinao destas.

    Estas informaes devem ser suficientes para subsidiar a avaliao de risco sade humana, etapaposterior do gerenciamento de reas contaminadas.

    A elaborao e o aprimoramento do modelo conceitual devem ser feitos com base em exigncias dorgo ambiental competente, norma ou procedimentos especficos.

    7 Relatrio

    7.1 O relatrio de investigao detalhada deve contemplar, no mnimo, os seguintes tpicos:

    a) resumo executivo;

    b) introduo;

    c) histrico da rea e das atividades realizadas, incluindo-se os resultados analticos consolidados;

    d) objetivo e escopo;

    e) localizao da rea;

    f) caracterizao do entorno;

    g) caracterizao geolgica/hidrogeolgica (regional e local),

    h) plano de amostragem;

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    i) metodologias e descries detalhadas das atividades realizadas;

    j) limitaes da metodologia adotada, garantia e controle da qualidade;

    k) apresentao e discusso de informaes obtidas e resultados:

    caractersticas de sondagens, poos de monitoramento, ensaios e outras atividadesexecutadas;

    tabelas com resultados analticos de amostras de solo e gua subterrnea comparados aosvalores de referncia, preveno e Interveno/Investigao ou outros valores mximospermitidos que forem exigidos pelo rgo ambiental;

    l) representao grfica das informaes e dos resultados:

    mapa de localizao das atividades realizadas com a identificao das instalaes e fontes decontaminao;

    mapa de uso e ocupao do entorno incluindo-se captaes de gua subterrnea;

    mapa potenciomtrico com cotas baseadas em referncias oficiais de nvel sobre o mapa dotpico anterior;

    sees esquemticas geolgicas e hidrogeolgicas transversal e longitudinal ao sentidopreferencial do fluxo de gua subterrnea

    mapas de distribuio de contaminao horizontal e vertical para solo e gua subterrnea;

    m) modelo conceitual atualizado;

    n) concluses e recomendaes;

    o) plano de aes (medidas emergenciais, necessidade de refinamento do modelo conceitual,proposio de medidas de controle institucional, avaliao de Risco Sade Humana e plano demonitoramento, entre outras);

    p) referncias tcnicas e bibliogrficas;

    q) equipe tcnica, qualificao e assinatura do(s) profissional(is) responsvel(is).

    7.2 Devem ser anexados, entre outros, os seguintes documentos:

    a) registro fotogrfico da investigao;

    b) boletins de sondagens de solo e perfis litolgicos-construtivos de poos de monitoramento;

    c) boletins de amostragem de solo, guas subterrneas ou demais meios amostrados;

    d) boletins de ensaios hidrogeolgicos e interpretaes;

    e) levantamento topogrfico de pontos de amostragem, sondagens e poos de monitoramento;

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    f) resultados de testes e medies em campo (como geofsica, medio de vapores, entre outros);

    g) protocolo de recebimento e cadeia de custdia de amostras;

    h) boletins, laudos ou relatrios de ensaios analticos;

    i) certificados de calibrao dos instrumentos de medio em campo;

    j) anotao de responsabilidade tcnica (ART) e, quando exigido, declarao de responsabilidade.

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    Bibliografia

    [1] Manual de gerenciamento de reas contaminadas da CETESB,www.cetesb.sp.gov.br/Solo/areas_contaminadas/manual.asp

    [2] Deciso de Diretoria DD 103/2007 de 22 de junho de 2007 - Dispe sobre o procedimento paragerenciamento de reas contaminadas

    [3] Relatrio de estabelecimento de valores orientadores para solos e guas subterrneas no estadode So Paulo, www.cetesb.sp.gov.br/Solo/relatorios.asp

    [4] Roteiro para execuo de investigao detalhada e elaborao de plano de Interveno em postose sistemas retalhistas de combustveis,

    http://www.cetesb.sp.gov.br/Servicos/licenciamento/postos/passivos230902.pdf

    [5] Lei Estadual do Estado de So Paulo de 13577/09 de Julho de 2009Dispe sobre as diretrizes eprocedimentos para a proteo da qualidade do solo e gerenciamento de reas contaminadas, e doutras providncias correlatas

    [6] Resoluo CONAMA 420/09 - Dispe sobre critrios e valores orientadores de qualidade do soloquanto presena de substncias qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamentoambiental de reas contaminadas por essas

    [7] Testa, S.M - Geological Aspects of Hazardous Waste Management