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PolPolíítica Social e tica Social e condicondiçções de vida ões de vida
BrasileiraBrasileiraIpea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
BRASIL
Jorge Abrahão de CastroJorge Abrahão de CastroDiretor da Diretoria de Estudos Sociais
Brasília, dezembro de 2009
CaracterCaracteríísticas das Polsticas das Polííticas ticas Sociais:Sociais:
• É um conjunto de programas e ações do Estado:– Em geral é continuada no tempo;– Atende necessidades e direitos sociais;
• afetam vários dos elementos que compõem as condições básicas de vida da população;
• inclusive aquelas que dizem respeito à pobreza e àdesigualdade.
• As necessidades e direitos surgem a partir do processo histórico de cada sociedade específica.
• Garantia de direitos sociais com base na cidadania e não no desempenho, (direitos sociais adquirem o status legal de direito de propriedade e são invioláveis) o que implica na desmercadorização do status dos indivíduos vis-a-vis o mercado.
..........
• Pode regular direta ou indiretamente o volume, as taxas e os comportamentos do emprego e do salário na economia.
• A política social pode ser não apenas um mecanismo que intervém e corrige a estrutura de desigualdade, mas pode em sí mesmo, ser um sistema de estratificação social.
• atividades estatais se entrelaçam com o papel do mercado e da família em termos de provisão social.
• Tem caráter de sistemas que se organizam mediante:• articulação nacional;• pode ser público ou estatalmente regulado; e • tem mecanismo de financiamento.
Proteção Social – mediante a solidariedade social a grupos ou faixas etárias em situações de dependência ou vulnerabilidade: incapacidade de ganhar a vida por conta própria devido a fatores
externos, que independem da vontade individual; posição vulnerável no ciclo vital do ser humano (por exemplo
crianças e idosos); esituações de risco, como em caso de acidentes (invalidez por
acidente).
Promoção Social – mediante a promoção de igualdades – seja de oportunidade ou de resultados – entre os indivíduos. (gerar, utilizar e fruir capacidades).Minimiza distorções de alocação de bens e serviços coletivos; re-inserir indivíduos marginalizados pela falta de oportunidades
no mercado; epromover a igualdade de oportunidades e resultados.
OBJETIVOS DA POLOBJETIVOS DA POLÍÍTICA SOCIAL:TICA SOCIAL:
Política Social e seus componentes:
•• ProteProteçção Socialão Social (Seguridade social):
– Previdência;– Benefícios a servidores públicos;– Saúde; – Assistência social; e– Trabalho (seguro desemprego).
•• PromoPromoçção Socialão Social (igualdade de oportunidade e resultados):
– Educação; – Cultura;– Trabalho (Geração de renda e inserção profissional);
– Desenvolvimento agrário.
•• Infraestrutura socialInfraestrutura social (Proteção e Promoção Social)
– Habitação e Urbanismo; – Saneamento básico;
•• TransversalTransversal (Proteção e Promoção Social)
– Gênero– Raça– juventude
Áreas Principais Programas/Ações Beneficiários/ResultadosGasto % do PIB
(2005)
Previdência Social Aposentadorias e Pensões - área Rural 7,8 milhões 7,00%
(Regime Geral - RGPS) Aposentadorias e Pensões - área Urbana 15,2 milhões
Auxílio-Doença, Auxílio-Maternidade e outros Auxílios 1,7 milhão
Previdencia Social Aposentadorias e Pensões União 978 mil 4,30%
(Regimes Servidor Público) Aposentadorias e Pensões Estados e DF 1,5 milhões
Aposentadorias e Pensões Municipais 552 mil
Saúde Atenção Básica em Saúde 23 mil equipes do PSF e 50% da população coberta
3,60%
Assistência Ambulatorial e Hospitalar Especializada
2,3 bilhões de procedimentos ambulatoriais
Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças e Agravos
9 milhões de procedimentos de quimioterapia/radioterapia
11,3 milhões de internações;
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Assistência Social BPC - LOAS - Pessoa Idosa/Deficiente 3,4 milhão 1,04%
Programa Nacional de Inclusão de Jovens 400 mil jovens
Programa Bolsa Familia 11,6 milhões de famílias
Emprego e Defesa do Trabalhador
Seguro-Desemprego 6,9 milhões 0,40%
Áreas Principais Programas/Ações Beneficiários/Resultados Gasto % do PIB
Emprego e Defesa do Trabalhador
Abono Pis-Pasep 8,4 milhões 0,23%
Sine (trabalhadores colocados 980 mil
Proger (operações de crédito realizadas) 2 milhões (2007)
Desenvolvimento Agrário Pronaf 2,2 milhões de contratos 0,18%
Assentamentos de trabalhadores rurais (estoque)
656 mil familias assentadas
Educação Educação Infantil 4,2 milhões 4,05%
Ensino Fundamental 29,8 milhões
Ensino Médio 7,8 milhões
Ensino de Graduação 1,2 milhões
Ensino de Pós-graduação (mestrado e doutorado) 98,5 mil
Distribuição de Livros Didáticos 119,3 milhões
Fonte: Dados de resultados e benefícios: INEP/MEC;MDS;MPS;Boletim do Servidor/Siape;MTE;MDA. AEPS/MPS.
Gasto Público Social - Três Esferas de GovernoFontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria
13,9 13,3
19,0 19,2
21,9
0
5
10
15
20
25
% do PIB
1980 1985 1990 1995 2005
Gasto Público Social: Participação Percentual das Esferas de GovernoFontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Municipal 10,6 13,4 12,8 16,7 16,3Estadual 23,6 24,6 26,9 23,7 21,8Federal 65,8 62,0 60,4 59,6 61,9
1980 1985 1990 1995 2005
Características da Abrangência:
• Previdência: aumento da cobertura, mas abrangência ainda érestrita para a população urbana;
• Saúde: universalização com dificuldades para a integralização;
• Educação: universalização e baixa qualidade;
• Assistência Social: oferta de serviços em ampliação e focalização nos programas de transferência de renda;
• Trabalho e renda: voltada principalmente para os empregados formais;
• Desenvolvimento Agrário: cobertura insuficiente.
• Gênero/Raça/juventude: oferta de serviços e ações em ampliação.
Característica das políticas sociais:
• Ampliação da privatização em algumas áreas da política social (Previdência; Saúde, Educação);
• Descentralização de responsabilidades com pouca sinergia;
• Transversalidade em processo de ampliação;• Participação social em ampliação;• Gestão de políticas, programas e ações burocrática
e sem cultura de avaliação; e• Estrutura de financiamento altamente
regressiva no que diz respeito a renda e pouco atuante no que diz respeito aos estoques de riqueza.
Desafios:
• Previdência: ampliar acesso e garantir permanência com melhoria de benefícios e sustentabilidade;
• Saúde: assegurar a universalização e integralidade e intensificar a promoção da saúde;
• Educação: alcançar a universalização do acesso na educação básica e progressividade com qualidade;
• Assistência social: garantir o direito a renda e aos serviços básicos da assistência social;
• Trabalho e renda: garantir empregos para todos;• Desenvolvimento agrário: ampliar a distribuição de
terra e implementar políticas integradas de geração de renda e inclusão produtiva;
• Gênero/Raça/juventude: ampliar alcance e garantir a efetivação da transversalidade.
Continuação da diminuição da taxa de fecundidade total para níveis abaixo aos de reposição: 1,8 filhos por mulher.
População com menos de 15 anos está diminuindo. Era 34% em 1992 e é de 24,5% em 2008.
População com mais de 60 anos está aumentando. Era de 7,9% em 1992 e está em 11,1% em 2008.
População com mais de 80 anos está aumentando. Era de 0,9% em 1992 e está em 1,5% em 2008. (significa cerca de 2,8 milhões de pessoas)
Conseqüências do Envelhecimento DaPopulação Brasileira
Aproximadamente 13,3 milhões idosos brasileiros chefiavam famílias. Destes, 57,4% eram homens.
Dos 23,7% de idosos que estavam na condição de cônjuges, 83,9% eram mulheres.
Em aproximadamente 6,0 milhões de famílias onde o idoso era chefe ou cônjuge:
• encontravam-se filhos adultos residindo;• em 2,2 milhões, netos;• os idosos contribuíam com 54,1% da renda familiar;
Por outro lado, 1,9 milhões de idosos brasileiros moravam na casa de filhos, genros ou
outros parentes; Dentre esses, predominam as mulheres, 75,3%; Nas famílias com idosas morando na casa de outros parentes, elas
contribuem com aproximadamente 20% na renda familiar; A população com mais de 80 anos é de 2,8 milhões em 2008. Os idosos estão invertendo a tradicional relação de dependência
apontada pela literatura. A grande maioria deles tem mantido o seu papel de provedor e cuidador dos membros da família
Algumas projeções:
População vai atingir o máximo em 2030, com 207 milhões. Espera-se para 2040 um contingente menor, 205 milhões.
Envelhecimento. Alguns grupos já estão experimentando taxas negativas de crescimento, aqueles com idades abaixo de 30 anos, e continuarão a experimentar e outros passarão a experimentar ao longo do período da projeção.
População em Idade Ativa (PIA), também crescerá até 2030 e a partir daí diminuirá. (em 2008 e de 64,3%)
PIA adulta (30-44 anos) permaneça aproximadamente estável até 2040, mas com acréscimo em valores absolutos.
PIA madura e idosa deverá ser a que experimentará um aumento tanto em valores absolutos quanto na sua participação no total da população. Isto colocará pressões diferenciadas no mercado de trabalho.
Jovem (15-29 anos) atingiu o seu máximo em 2000 e declinarásubstancialmente, o que deverá ocorrer de forma mais acentuada a partir de 2010.
Crescimento da ocupação e da PIA. Diminuição da informalidade e crescimento da ocupação. Taxa desocupação caiu. Rendimento médio aumenta. 2001 a 2008
Continua a redução da pobreza. Sem as políticas sociais, o número de
extremamente pobres no Brasil aumentaria de imediato.Houve queda da desigualdade, mas
estamos longe de atingir os índices de países desenvolvidos.Houve maior crescimento dos
rendimentos dos mais pobres em comparações com os indivíduos de maior rendimento.
ReduReduçção da pobreza e da ão da pobreza e da desigualdadedesigualdade
Evolução da desigualdade na renda domiciliar per capitasegundo o coeficiente de Gini: Brasil, 1995 a 2008
Taxa de crescimento médio da renda domiciliar per capitapor décimos da distribuição nos últimos 6 anos: Brasil, 2001 a 2008
Evolução da desigualdade na renda domiciliar per capitasegundo a razão da renda dos 20% mais ricos e 20% mais pobres:Brasil, 1995 a 2008
Evolução da pobreza e extrema pobreza: Brasil, 2003 e 2008
Indicadores2003 2007 2008 2008/2003 2008/2007
Pobreza 39,4 28,1 25,3 -36% -10%Extrema Pobreza 17,5 10,3 8,8 -50% -15%Fonte: PNAD 2003, 2007 e 2008
Anos Comparações
Nota:. Estão sendo utilizadas as linhas de pobreza regionalizadas considerando a média nacional para a pobreza de R$ 187.50 e para extrema pobreza de R$ 93.75.
TAXA DA MORTALIDADE INFANTIL E SEUS COMPONENTESNEONATAL PRECOCE E TARDIA, E PÓS-NEONATAL. BRASIL,1996 - 2007
SaSaúúdede
Taxa de analfabetismo por faixa etária Brasil (1992 – 2008)
8,2 8,16,5 5,8 5,4 4,6 3,7 3,0 2,6 2,3 2,1 1,9 1,6 1,7 1,7
29,227,7
26,024,8 24,8
23,3 22,821,2 20,5 20,0 19,7 19,1
18,0 17,3 16,9
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
15,0
17,5
20,0
22,5
25,0
27,5
30,0
32,5
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
anos
Perc
entu
al (%
)
15 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 anos +
Taxa de analfabetismo segundo categorias selecionadas -2008
19,4
5,4
23,5
4,3
13,6
6,2
16,9
1,7
19,0
1,9
-
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
Nordeste Sul Rural UrbanoMetrop.
Negro Branco 40 anos oumais
15 a 17anos
1o quinto 5o quinto
Número médio de anos de estudo por categorias2008
8,1
6,2
8,6
4,6
8,3
6,5
9,2
6,0
10,4
5,0
0
2
4
6
8
10
12
Sudeste
Nordes
teUrb
ano M
etrop
olitan
o
Rural
Branco
Negra
25 a
29 an
os40
anos
ou mais
5o quin
to1o
quinto
Anos de estudo
Tem-se ampliado a taxa de segurados contribuintes para a previdência social.
Ainda existe 35% da PEA que não estáprotegida
O Brasil exibe números comparáveis aos de países desenvolvidos. Cerca de 90% das residências com idosos acima dos 60 anos são amparadas pela Seguridade Social.
Previdência social reduze a pobreza e a desigualdade
Cobertura previdenciária. 2001 a 2008
44,3% 43,8% 44,4% 44,9% 45,6%47,3%
49,1%51,0%
10,5% 10,7% 10,6% 10,8% 10,4% 9,6% 9,0% 8,6%
54,8% 54,4% 55,0% 55,8% 56,0% 57,0% 58,1%59,6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 20080%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
ContribuintesSeg EspecialCobertura
Índice de Gini e redução porcentual da desigualdade antes e depois do pagamento de aposentadorias e pensões. 2001 a 2008
5,7%5,9%
6,5%6,1% 6,5%
6,8%7,3%
7,1%
0,630,62 0,62
0,61 0,610,60
0,60
0,590,59
0,590,58
0,57 0,570,56
0,550,55
0,5
0,55
0,6
0,65
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 20080,05
0,1
Gini antes previdência
Gini após previdência
Previdência Social e pobreza. 2001 a 2008
26,828,1
35,6 35,837,7
39,240,6 40,6
17,218,1
24,7 25,227,1
28,229,3 29,2
16.069.726
18.831.870 18.807.839
19.193.468
20.053.148
20.597.703
16.967.463
20.948.836
5
10
15
20
25
30
35
40
45
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 200815.000.000
16.000.000
17.000.000
18.000.000
19.000.000
20.000.000
21.000.000
22.000.000
com beneficiosem beneficiopopulação
Fonte: Microdados da PNAD
Indivíduos com mais de 60 anos de idade e domicílios que recebem pagamentos de aposentadorias e pensões. 1997 a 2007
78
86
80
90
81
90
81
89
82
89
82
89
81
89
82
89
81
87
81
88
1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Indivíduos Domicílios
Saneamento básico e moradia adequada. 1992, 2001 e 2008
8288
92
66
7480 80
94 98
52
60
68
0
20
40
60
80
100
(%)
Acesso à água Acesso à esgoto Coleta de lixo Moradia adequada
1992 2001 2008
SaneamentoSaneamento
Saneamento básico e moradia adequada. Sudeste e Nordeste
9690 93
68
99 95
80
58
0
20
40
60
80
100
Acesso à água Acesso à esgoto Coleta de lixo Moradia adequada
SudesteNordeste
SaneamentoSaneamento
34,5% da população urbana ainda possui condições de moradia inadequadas. 2007
População em domicílos particulares permanentes urbanos com condições de moradia inadequada, por tipo
de inadequação (em mil) - Brasil, 2007
30.101
13.787
12.316
7.356
2.128
1.778
3.896
6.979
54.606
0 10000 20000 30000 40000 50000 60000
Moradia inadequada
Esgoto inadequado
Água inadequada
Adensamento
Irregularidade fundiária
Favelas
Banheiro coletivo
Teto ñ durável
Parede ñ durável