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Ipecacuanha, Erva Silvina e Óleo Vermelho

Disciplina: Farmacognosia IIProf°: Verônica

Alunos: Elaine Toledo Luciana Samuel Fabiana Durão

6 período - Farmácia

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1) Introdução O aparelho respiratório possui alguns mecanismos que

desempenham uma função de defesa e limpeza da árvore respiratória.

A tosse é um importante mecanismo respiratório de defesa que promove a “liberação de material” das vias aéreas.

A tosse e o reflexo de broncoconstrição são manifestações comuns de doença respiratória.

A sintomatologia são muito variadas, estendendo-se desde o resfriado comum até a bronquite.

Diversos fitoterápicos tem sido utilizados como antitussígenos e expectorantes, nem sempre com eficácia comprovada.

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2) Objetivos

Revisar a bibliografia das espécies Cephaelis ipecacuanha (Ipecacuanha), Microgramma squamulosa (Erva silvina) e Myrospermum erytroxylum (Óleo vermelho), abordando os aspectos botânicos, químicos, farmacológicos e toxicológicos das espécies estudadas, em relação ao trato respiratório.

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3) Cephaelis ipecacuanha (Ipecacuanha)

A C. Ipecacuanha é uma planta, lenhosa, de pequeno porte, cerca de 40 cm; prostrado ascendente; do seu rizoma subterrâneo partem umas raízes finas e lisas, outras de casca espessa e carnuda, com estrangulamento anulares: são estas que constituem o fármaco. Possui cheiro fraco, sabor acre, amargo e nauseoso.

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3.1- Aspecto botânico 3.1.1 - Descrição Macroscópica

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3.1.2 – Descrição microscópica

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3.2- Aspecto químico

Amido, açucares, essência, resinas, colina, saponósidos e um iridóide cristalino, o ipecósido, hidrolisável em glicose.

Emetina, cefelina,

psicotrina, o-metilpsicotrina

e emetamina.

Os alcalóides que

Justificam as propriedades

terapêuticas do fármaco

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A base predominante e também com justificável interesse na terapêutica é a emetina, que chega a atingir 75% da totalidade dos alcalóides existentes.

A cefelina merece importância, pois encontra-se em percentagens relativamente elevadas, pois metilando-a resulta a emetina.

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3.3 - Aspectos farmacológicos

O emprego particular da ipecacuanha é como emético, propriedade que deve mais à cefelina e psicotrina que a emetina. Em doses menores usa-se como expectorante e nauseoso, nas bronquites, asma, para facilitar a eliminação das mucosidades dos brônquios.

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3.4 – Aspecto toxicológicos

A ipecacuanha e a emetina recomendam-se como específicos nas disenterias amebianas, pela sua toxicidade sobre vários organismos inferiores, em particular a Entamoeba histolytica.

Possui propriedades irritantes para a pele e mucosas, inflamar os olhos e determinar crises de espirros e tosse muito penosas.

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4) Microgramma squamulosa (Erva-silvina)

Erva silvina é o nome comum de Microgramma squamulosa (Polypodiaceae). Estão distribuídas por todo o mundo. Microgramma é um gênero americano, ocorrendo na região tropical desde o sudeste da Flórida até a Argentina (Buenos Aires).

O extrato de caule/raízes de M. Squamulosa cor marrom-esverdeado, odor característico, desagradável e sabor adstringente.

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4.1- Aspecto botânico

Figura 2. 1A) Corte transversal do caule visão geral. 1. epiderme, 2. parênquima, 3. feixes vasculares. 1B) Cortetransversal de caule. 1. inserção da escama, 2. epiderme, 3. parênquima. 1C) Vista frontal da epiderme do caule,inserção da escama. 2A) Corte transversal de caule. 1. esclerênquima, 2. endoderme, 3. periciclo, 4. fl oema, 5. xilema.2B) Corte transversal do caule. 1. endoderme com estrias de Caspary, 2. periciclo, 3. fl oema, 4. xilema. 2C) Cortetransversal do caule, parênquima com inclusões amilíferas e clorofi lianas. 2D) Corte longitudinal do caule. 1.endoderme com conteúdo celular e estrias de Caspary, 2. periciclo, 3. célula crivada do floema, 4. traqueídes doxilema. 2E) Macerado do caule. Esclerênquima com pontoações.

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Figura 3. 1A) Corte transversal de raiz, altura do ápice. 1. tricomas. 1B) Corte transversal de raiz, altura da base, visãogeral. 1. tricomas, 2. parênquima, 3. esclerênquima, 4. endoderme, 5. feixe vascular. 1C) Corte transversal deramificação da raiz. 1D) Corte transversal de raiz. 1. esclerênquima, 2. endoderme, 3. fl oema, 4. xilema. 1E)Macerado de raiz. 1. célula parenquimática do “córtex”, 2. célula parenquimática do feixe vascular. 1F) Macerado deraiz, célula esclerenquimática. 2A) Macerado do caule. 1. células parenquimáticas, 2. traqueíde, 3. esclereides. 2B)Macerado do caule. Bifurcação do feixe vascular, que formará traços foliares ou radiculares. 2C) Macerado do caule.1. traqueíde, 2. célula parenquimática, 3. esclereide. 2D) Macerado do caule. Áreas crivadas do floema.

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4.2- Aspecto químico

A droga vegetal em pó, formada por caule e raízes foi analisada quanto à presença de glicosídeos cardioativos, flavonoidicos e, antraquinônicos, alcalóides, gomas e mucilagens, glicosídeos saponínicos, taninos e óleos essenciais.

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4.3- Aspecto farmacológico

Microgramma squamulosa tem sido tradicionalmente empregada como agente contra úlceras estomacais. Trabalhos realizados anteriormente confirmaram a atividade antiúlcera do extrato bruto de caule/raízes e de suas frações preparadas com os caules e as raízes dessa planta

A erva silvina apresentou efeitos no trato respiratório quando associado com outros extratos. Apresentou eficácia antitussígena, mas não mostrou eficácia expectorante.

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4.4- Aspecto toxicológicos

Foi demonstrado que o extrato não é tóxico no modelo de toxicidade aguda, em ratos.

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5) Myrospermum erytroxylum (Óleo vermelho)

Fitoterápico 1 (Fimatosan® Solução) - cada mL contém

Extrato fluido de jucá (Caesalpinia ferrea) 0,100 mL

Extrato fluido de agrião (Nasturtium officinale) 0,030 mL

Extrato fluido de guaco (Mikania glomerata) 0,030 mL

Extrato fluido de cambará (Lantana camar 0,030 mL

Extrato fluido de maracujá (Passiflora alata) 0,020 mL

Extrato fluido de erva-silvina (Microgrammma squamulosa) 0,030 mL

Extrato fluido de óleo-vermelho (Myrospermum erytroxilon) 0,020 mL

Veículo q.s.p. 1,000 mL

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O óleo vermelho associado não alterou a quantidade de secreção nas vias aéreas em ratos, apresentaram eficácia antitussígena e reduziram significativamente o reflexo da tosse em cobaios quando comparados com o controle negativo.

O ácido benzóico é extraído da planta óleo vermelho ( Myrospermum erytroxylum ).

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6) Conclusão A ipecacuanha em doses menores usa-se como

expectorante e nauseoso, nas bronquites, asma, para facilitar a eliminação das mucosidades dos brônquios.

A erva silvina e o óleo vermelho só apresentaram efeitos no trato respiratório quando associados com outros extratos. Não alterou a quantidade de secreção nas vias aéreas em ratos, apresentaram eficácia antitussígena, mas não mostrou eficácia expectorante porque não houve aumento da velocidade de transporte mucociliar.

Portanto, a ipecacuanha é mais eficaz no trato respiratório em relação a erva silvina e o óleo vermelho.

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7) Referência Bibliográfica FERNANDA BASTOS DE MELLO * & JOÃO ROBERTO BRAGA DE MELLO

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS ANTITUSSÍGENOS E EXPECTORANTES DE FORMULAÇÕES FITOTERÁPICAS EXISTENTES NO MERCADO BRASILEIRO

Universidade Federal do Rio Grande do Sul., Rua Sarmento Leite 500, Porto Alegre 90046-900 RS, Brasil

COSTA A.F. Farmacognosia. 5. edição volume II. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian

OLIVEIRA F., AKISUE G., AKISUE, M.K. Farmacognosia – 3º reimpressão da 1º edição. Rio de Janeiro: EDITORA ATHENEU

NADJA PARAENSE DOS SANTOS

THEODORO PECKOLT: A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE UM PIONEIRO DA FITOQUIMICA NO BRASIL Departamento de Química Orgânica – Instituto de Química/UFRJ, Rua Tonelero, 68/604 22030-000 Rio de Janeiro – RJ – Brasil

IVANA B. SUFFREDINI, ELFRIEDE M. BACCHI, JANE E. KRAUS

ESTUDO FARMACOLÓGICO DO CAULE DE Microgramma squamulosa (Kaulf.) Sota (Polypodiaceae)

1Laboratório de Extração, Universidade Paulista, UNIP, Av. Paulista, 900, 1º andar, 01310-100 São Paulo-SP, Brasil,

2Departamento de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, Av. Lineu Prestes, 580, 05508-900 São Paulo-SP, Brasil,

3Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, R. do Matão Trav. 14, 321, 05508-900 São Paulo-SP, Brasil