Ipês - tabebuia.pdf
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Árvores : tabebuia
Tabebuia (antes, Tecoma), é um gênero vegetal, da família Bignoniaceae,árvore paludícola, do
litoral, da família das bignoniáceas (Tabebuia
cassinoides), de folhas simples e coriáceas, símulas trifloras, escassas, alvas com a fauce
amarela, aromáticas, fruto coriáceo, castanho, estriado, com várias sementes; nativo da região
neotropical, que se distribui do norte do México até o norte da Argentina, incluindo as ilhas do
Caribe. Os espécimes desse gênero são conhecidos, no Brasil, por ipê, pau-d'arco e.
Esses espécimes produzem farta floração, que pode ser de várias cores, sendo por isso bastante
ornamentais pela floração belíssima, são dotadas de lenho muitíssimo resistente à putrefação. Sua
madeira, ainda, é muito dura, e resistente, ela é branca, levemente rosada, uniforme, leve, macia
e durável, própria para marcenaria fina. O ipê é
considerado árvore nacional.
Características
O ipê (Ipê, em tupi-guarani, significa "árvore de casca grossa" e tabebuia é "pau" ou
"madeira que flutua") - muitas vezes chamado de pau-d’arco - possui propriedades medicinais,sendo a casca em estudo para tratamentos. É apreciado pela qualidade de
sua madeira, além de servir para fins ornamentais e decorativos. A árvore do ipê é alta, podendo chegar até 30 m (na cidade, em locais abertos chega a cerca de 10-15
m), bem copada e na época de floração perde totalmente as folhas para dar lugar às flores das mais variadas cores (brancas, amarelas roxas ou rosa) com belas manchas
coloridas. É uma árvore originária do cerrado, não precisando de muita água, apenas no começo. É uma das árvores homologadas para plantio pelo fato de possuir raiz
pivotante( para baixo), sem quebrar a calçada. Recomenda-se o plantio onde haja bastante espaço para cima. Floresce no período de julho a setembro e frutifica de
setembro a outubro. Destas sementes, que secam e abrem as vagens que só nascem
se estiverem secas. Os diversos tipos de ipê recebem os nomes conforme as cores de suas flores ou madeira. Os que mais se destacam são os seguintes: ipê-amarelo ou
ipê comum, ipê-tabaco, ipê-branco, ipê-roxo ou ipê-rosa. Por muito tempo, o ipê foi considerado a árvore nacional brasileira. Contudo, no dia 7 de dezembro de 1978, a
lei nº 6507 declara o pau-brasil a Árvore Nacional e, a flor do ipê, a flor do símbolo nacional.
Identifique seu Ipê:
Amarelo : Folhas felpudas pequenas, em geral em formação de folhas por ramo. Roxo : Folhas lisas, às vezes serrilhadas na ponta, crescimento rápido.
Branco : Folhas arredondadas. Rosa : Folhas grandes e suculentas, talos verdes e crescimento rápido.
Utilidades
As espécies neste gênero são importantes como árvores de madeira. A madeira é
usada para mobília, e outros usos ao ar livre; é mais denso do que a água (se afunda). É cada vez mais popular como um material de “decking” devido a suas
resistência e durabilidade de inseto. Em 2007, a madeira certificada do ipê tinha-se tornado prontamente disponível no mercado, embora os certificados fossem forjados
ocasionalmente. O Ipê é amplamente utilizado como a árvore decorativa nos trópicos em jardins, nas praças públicas e os bulevares devido à sua florescência
impressionante e colorida. Muitas flores aparecem em hastes imóveis no fim da estação seca, fazendo a exposição floral mais conspícua. São úteis como plantas de
mel para abelhas, e são popular com determinados colibris A casca de diversas
espécies tem propriedades médicas. A casca é secada e fervida então fazendo um chá amargo ou ácido-gosto acastanhado-colorido. O chá da casca interna de Ipê rosa (T.
impetiginosa). É um remédio erval é usado tipicamente durante a gripe e a estação fria e facilitando a tosse do fumante. Trabalha aparentemente como o expectorante,
promovendo os pulmões para tossir e livrar do muco e contaminadores profundamente encaixados.
Espécies
Possui várias espécies, com várias cores de floração
Ipê-Amarelo
Ocorrência
Abrange a Floresta Pluvial da Mata Atlântica e da Floresta Latifoliada Semidecídua, ocorrendo principalmente no interior da Floresta Primária Densa. É característica de
sub-bosques dos pinhais, onde há regeneração regular. Ipê-amarelo é o nome popular
de algumas espécies de árvores da região Sul e Sudeste do Brasil, pertencentes à família botânica Bignoniaceae, gênero Tabebuia, que também compreende espécies
com flores de cor branca, roxa, rosa ou lilás. Em outras regiões brasileiras, os ipês recebem outras denominações. É denominada, pelos índios, de caxeta, árvore que
nasce na zona litorânea do Brasil, cuja madeira íntegra (inatacável) resiste ao apodrecimento.
Entre as espécies conhecidas pelo nome popular Ipê Amarelo estão:
Tabebuia alba, da Mata Atlântica, considerada a árvore símbolo do Brasil. T. aurea, do cerrado, da caatinga e do Pantanal
T. chrysotricha, da Mata Atlântica T. ochracea. do cerrado
T. serratifolia, da Amazônia e da Mata Atlântica T. umbellata, das matas ciliares da Mata Atlântica
T. vellosoi, da Mata Atlântica T. caraiba Ipê-amarelo-do-cerrado, caroba-do-campo, craibeira
T. insignis, conhecida como Ipê-caboclo.
Algumas destas espécies estão ameaçadas:
1. Tabebuia alba (Cham.)Sandwith, em Minas Gerais
2. T. serratifolia (Vahl) G. Nichols., do nordeste, cuja sinonímia botânica inclui: Bignonia araliacea Cham., Bignonia conspicua Rich. ex DC., Bignonia flavescens
Vell., Bignonia serratifolia Vahl, Gelseminum araliaceum (Cham.) Kuntze, Gelseminum speciosum (DC.) Kuntze, Handroanthus araliaceus (Cham.) Mattos,
Handroanthus atractocarpus (Bureau & K.Schum.) Mattos, Handroanthus flavescens (Vell.) Mattos , Tabebuia araliacea (Cham.) Morong & Britton,
Tabebuia monticola Pittier, Tecoma araliacea (Cham.) DC., Tecoma atractocarpa
Bureau & K.Schum., Tecoma conspicuaDC., Tecoma flavescens (Vell.) Mart. ex DC., Tecoma nigricans Klotz, Tecoma patrisiana DC., Tecoma serratifolia (Vahl)
G.Don, Tecoma speciosa DC.
Morfologia
As árvores de Tabebuia alba possuem cerca de 30 metros de altura. O tronco é reto
ou levemente tortuoso, com fuste de 5 a 8 m de altura. A casca externa é grisáceo-grossa, possuindo fissuras longitudinais esparras e profundas. A coloração desta é
cinza-rosa intenso, com camadas fibrosas, muito resistentes e finas, porém bem distintas.
Com ramos grossos, tortuosos e compridos, o ipê-amarelo possui copa alongada e
alargada na base. As raízes de sustentação e absorção são vigorosas e profundas. As folhas, deciduais, são opostas, digitadas e compostas. A face superior destas folhas é
verde-escura, e, a face inferior, acinzentada, sendo ambas as faces tomentosas. Os pecíolos das folhas medem de 2,5 a 10 cm de comprimento. Os folíolos, geralmente,
apresentam-se em número de 5 a 7, possuindo de 7 a 18 cm de comprimento por 2 a
6 cm de largura. Quando jovem estes folíolos são densamente pilosos em ambas as faces. O ápice destes é pontiagudo, com base arredondada e margem serrada. As
flores, grandes e lanceoladas, são de coloração amarelo-ouro. Possuem em média 8 x 15 cm. Quanto aos frutos, estes possuem forma de cápsula bivalvar e são secos e
deiscentes. Do tipo síliqua, lembram uma vagem. Medem de 15 a 30 cm de comprimento por 1,5 a 2,5 cm de largura. As valvas são finamente tomentosas com
pêlos ramificados. Possuem grande quantidade de sementes. As sementes são membranáceas brilhantes e esbranquiçadas, de coloração marrom. Possuem de 2 a 3
cm de comprimento por 7 a 9 mm de largura e são aladas.
Reprodução
A espécie é caducifólia e a queda das folhas coincide com o período de floração. A
floração inicia-se no final de agosto, podendo ocorrer alguma variação devido a fenômenos climáticos. Como a espécie floresce no final do inverno é influenciada pela
intensidade do mesmo. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a
intensidade da florada do ipê amarelo. As flores por sua exuberância, atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são importantes agentes polinizadores.
Segundo CARVALHO (2003), a espécie possui como vetor de polinização a abelha mamangava (Bombus morio). As sementes são dispersas pelo vento a planta é
hermafrodita, e frutifica nos meses de setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, dependendo da sua localização. Em cultivo, a espécie inicia o
processo reprodutivo após o terceiro ano.
Produção de Mudas
Os frutos devem ser coletados antes da dispersão, para evitar a perda de sementes.
Após a coleta as sementes são postas em ambiente ventilado e a extração é feita
manualmente. As sementes do ipê amarelo são ortodoxas, mantendo a viabilidade natural por até 3 meses em sala e por até 9 meses em vidro fechado, em câmara
fria.A condução das mudas deve ser feita a pleno sol. A muda atinge cerca de 30 cm em 9 meses, apresentando tolerância ao sol 3 semanas após a germinação.
Sementes
Os ipês, espécies do gênero Tabebuia, produzem uma grande quantidade de sementes
leves, aladas com pequenas reservas, e que perdem a viabilidade em poucos dias após a sua coleta. A sua conservação vem sendo estudada em termos de
determinação da condição ideal de armazenamento, e tem demonstrado a importância de se conhecer o comportamento da espécie quando armazenada com diferentes
teores de umidade inicial, e a umidade de equilíbrio crítica para a espécie (KANO; MÁRQUEZ & KAGEYAMA, 1978).As levíssimas sementes aladas da espécie não
necessitam de quebra de dormência. Podem apenas ser expostas ao sol por cerca de 6 horas e semeadas diretamente nos saquinhos.A germinação ocorre após 30 dias e
de 80%. As sementes são ortodoxas e há aproximadamente 87000 sementes em cada quilo.
Ocorrência Natural
Ocorre naturalmente na Floresta Estaciobal Semidecicual, Floresta de Araucária e no Cerrado. Segundo o IBGE, a Tabebuia alba (Cham.) Sandw. é uma árvore do Cerrado,
Cerradão e Mata Seca. Apresentando-se nos campos secos (savana gramíneo-lenhosa), próximo às escarpas.
Clima
Segundo a classificação de Köppen, o ipê-amarelo abrange locais de clima tropical
(Aw), subtropical úmido (Cfa), subtropical de altitude (Cwa e Cwb) e temperado.
A T.alba pode tolerar até 81 geadas em um ano. Ocorre em locais onde a temperatura média anual varia de 14,4ºC como mínimo e 22,4ºC como máximo.
Solo
A espécie prefere solos úmidos, com drenagem lenta e geralmente não muito ondulados (LONGHI, 1995). Aparece em terras de boa à média fertilidade, em solos
profundos ou rasos, nas matas e raramente cerradões (NOGUEIRA, 1977).
Pragas e Doenças
De acordo com CARVALHO (2003), possui como praga a espécie de coleópteros Cydianerus bohemani da família Curculionoideae e um outro coleóptero da família
Chrysomellidae. Apesar da constatação de elevados índices populacionais do primeiro, os danos ocasionados até o momento são leves. Nas praças e ruas de Curitiba - PR,
31% das árvores foram atacadas pela Cochonilha Ceroplastes grandis.
ZIDKO (2002), ao estudar no município de Piracicaba a associação de coleópteros em espécies arbóreas, verificou a presença de insetos adultos da espécie Sitophilus
linearis da família de coleópteros, Curculionidae, em estruturas reprodutivas. Os
insetos adultos da espécie emergiram das vagens do ipê, danificando as sementes
desta espécie nativa.
ANDRADE (1928) assinalou diversas espécies de Cerambycidae atacando essências
florestais vivas, como ingazeiro, cinamomo, cedro, caixeta, jacarandá, araribá, jatobá,
entre outras como o ipê amarelo.
Ipê-Roxo
É o primeiro dos Ipês a florir no ano, inicia a floração em Junho, e pode durar até Agosto, conforme a árvore. Tem vários nomes populares como Ipê-roxo-da-mata,
Ipê-una ou Pau D'arco, ente outros. Esta espécie se confunde bastante com outras também de flor roxa, como a Tabebuia impetiginosa e a Tabebuia heptaphylla,
sendo considerado por alguns autores que a T. avellanedae e a T. impetiginosa
seriam a mesma espécie. São muito utilizadas no paisagismo urbano, por sua beleza e desenvolvimento rápido.Outros nomes vulgares: cabroé, graraíba, ipê (RJ,SC), ipê-de-
flor-roxa, ipê-piranga, ipê-preto (RJ,RS), ipê-rosa (MG), ipê-roxo-anão (SP), ipê-uva, pau-d’arco (BA), pau-d’arco-rosa (BA), pau-d’arco-roxo (BA,MG) peúva (MS) e piuva
(MS,MT). Na Argentina, lapacho e no Paraguai, lapacho negro.
Características Gerais
Madeira muito pesada, impermeável, resistente ao ataque de organismos xilófagos e
muito dura ao corte, cerne pardo acastanhado ou pardo-alva-claro, geralmente uniforme, às vezes com reflexos esverdeados, textura fina a média, uniforme, grã
direita ou revessa, superfície pouco lustrosa e medianamente lisa ao tato; cheiro e gosto imperceptíveis. Sua madeira apresenta grande durabilidade, sendo muito
utilizada na construção civil. É uma espécie largamente empregada no paisagismo em geral, pela beleza de suas inflorescências arroxeadas que surgem nos meses de julho
a setembro. É uma espécie ameaçada de extinção devido à intensa procura por sua
casca, que é considerada pela medicina popular como anticancerígena, anti-reumática e antianêmica.
Utilidades
A madeira do Ipê-Roxo, por ser muito pesada e de propriedades mecânicas altas, pode ser usada para acabamentos internos; artigos de esportes, como bolas de boche
e boliche, cabos de ferramentas e implementos agrícolas, construções externas, como estruturas, dormentes, cruzetas, esquadrias, lambris, peças torneadas, tacos e tábuas
para assoalhos, vagões, carrocerias e instrumentos musicais, degraus de escada etc.
Ipê-Roxo Bola
Recebe este nome em razão da forma de seus cachos de flores. Chega a atingir cerca de 8 a 12 metros de altura, dotada de copa alongada, tronco ereto de 60-90 cm de
diâmetro com folhas compostas 5-folioladas e quando florido perde suas folhas. É
encontrado desde o Piauí até Minas Gerais, Goiás e São Paulo, em geral nas regiões de cerrado e caatinga. Floresce nos meses de maio a agosto. Existem, ainda, outras
espécies de ipê roxo, como o T. heptaphylla. Sua Madeira é muito pesada (densidade 0,96g/cm3) muito dura ao corte, resistente ao ataque de organismos xilófagos.
Utilidades
A madeira é apropriada para construções externas, como dormentes, postes etc. Trabalhos de torno, acabamentos internos, como tacos e tábuas para assoalhos,
degraus de escada, carrocerias, instrumentos musicais entre outros usos.
A Árvore é extremamente ornamental quando em floração prestando-se admiravelmente bem para o paisagismo em geral. Esta é uma das espécies de ipê-
roxo mais cultivada para arborização urbana. É também ótima para compor
reflorestamentos destinados a recomposição vegetal de áreas degradadas de preservação permanente.
Floresce principalmente durante os meses de maio-agosto com a planta totalmente
despida de folhagem. Os frutos amadurecem a partir de outubro
Ipê-rosa
De crescimento bem rápido em regiões livres de geadas (em 2 anos ela atinge 3,5
metros), pode atingir até 35 m. a Tabebuia impetiginosa é originária da Bacia do Paraná, conhecida também por Piúva. Floresce abundantemente de Junho a Agosto, e
prefere climas mais quentes, porém num Inverno seco e ameno, ela oferece também uma linda florada no começo da Primavera. Ideal para áreas isoladas, ou paisagismo
de grandes avenidas, o Ipê Rosa prefere solos férteis e bem drenados. É largamente empregada no paisagismo em geral por apresentar belíssimas inflorescências de cor
rosa. É uma espécie recomendada para recuperação de ecossistemas degradados, sendo considerada promissora para revegetação de áreas contaminadas com metais
pesados. Sabe-se que o ipê-roxo é a Tabebuia avellanedae, porém é muito comum haver confusão com a Tabebuia pentaphylla (ipê-rosa), inclusive alguns autores
consideram a Tabebuia avellanedae e a Tabebuia impetiginosa da mesma espécie.
Características
Ipê Rosa é uma árvore Bignoniaceae nativa da América do Sul, distribuída bem entre
o México e o Norte da Argentina, por conseguinte às regiões tropicais e subtropicais.
Suas flores duram de Maio à Agosto. As suas numerosas flores são recortar e na forma de sino. A sua madeira é preciosa. É uma espécie conspícua e famosa com uma
história longa do uso humano, usada como medicamento, e é utilizada na medicina alternativa. O Ipê contem potássio, cálcio, ferro, bário, estrôncio e iodo. Contem
também um potente antibiótico. Possuindo vários novos populares, ipê-comum, ipê-
reto, ipê-rosa, ipê-roxo da mata, pau d'arco-roxo, etc. A madeira às vezes é comercializada como "Pau-brasil".
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