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Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência Junho, Julho e Agosto - Ano 2012

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Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência

Junho, Julho e Agosto - Ano 2012

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Província da Divina Providência

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Editorial ....................................................................................................................................3

Palavras de Esperança

Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração..................................................... 4

Especial

Sozinhos nós vamos mais rápido, mas juntos, vamos mais longe............................................7

Homenagem à Irmã Angelina...................................................................................................9

Momento de espiritualidade

Ao discípulo convém calar e ouvir..........................................................................................10

Aconteceu virou notícia

Agradecimento........................................................................................................................12

Chega de violência e extermínio de jovens.............................................................................13

Peregrinação à Serra da Piedade............................................................................................14

Retiro espiritual na Casa de Repouso Divina Providência.......................................................15

Serviço de Animação Vocacional

Encontro Regional Vocacional – Varginha 22 a 22/07/2012...................................................17

Formação em foco

Juniorato

Consagraçã definitiva.......................................................................... ...................................18

Mariologia.......................................................................... ....................................................21

Relações interpessoais............................................................................................................21

Família Espiritual

Retiro Espiritual do Oblatos.......................................................................... .........................22

Depoimento da Vocacionada a Oblata...................................................................................23

Culinária.......................................................................... .......................................................24

Fique por dentro.....................................................................................................................24

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Editorial Muitos foram os sinais de esperança ao longo desses meses, nos quais mantivemos um tempo de “silêncio”, gestando essa edição do nosso Informando dos meses de junho, julho e agosto. Nossos artigos, cheios de entusiasmo, de fé e alegria, versam sobre o que de importante aconteceu na Província de significativo, além de temas sobre espiritualidade, encontros, caminhada da Igreja e Jornada Mundial da Juventude. O XXIV Capítulo geral celebrado em julho passado foi um marco significante na vida e na história de nossa Congregação. Deus faz caminhada conosco, Ele escuta nossos gemidos e vem a nosso encontro. Sentimos fortemente a ação de Deus, o seu Kairós. Capítulo geral é momento forte de rever nossa caminhada,

avaliar nossa vida e missão, traçar metas rumo ao futuro que se apresenta aos nossos olhos, arraigadas em Deus e fiéis ao nosso Carisma do Confiante

abandono na Divina Providência. Foi um tempo de profunda gratidão ao Governo geral que atuou ao longo dos seis anos, na direção de nossa Congregação e de abertura para acolher o nosso Governo geral que iniciará sua missão de pastorear o “pequeno rebanho” que lhe foi confiado. Abrilhanta a edição, o artigo sobre a celebração dos Votos Perpétuos de nossa Irmã Cruz Hernandéz Tlanepantla, no México, em sua Comunidade local, onde moram sua família e amigos. Como não se emocionar com a fidelidade de nosso Deus que faz aliança conosco para sempre?! Em nossos afazeres e correrias do dia a dia, um imperativo: parar, silenciar, calar; para que Deus preencha o nosso íntimo e por que não, o nosso vazio interior. O Senhor nos leva ao deserto, e nos fala ao coração. Somos suas filhas amadas. Ele tem um plano de amor e salvação para cada uma de nós. O Senhor nos chama constantemente, Ele precisa de nós. A messe é grande, mas os operários são poucos. Estamos num momento de “crises”: crise existencial, crise de sentido, crise vocacional, crise de identidade... Nossa juventude tem sede de Deus. Mas é necessário que O anunciemos, que falemos do Senhor para essa juventude sedenta. É hora de semear; semear com ardor, com amor, com empolgação... Não tenhamos a tentação do orgulho de desejar colher. A colheita será para outros, ao tempo de Deus. A nós cabe semear e semear sempre, pois a vocação é dom de Deus e Ele faz germinar onde e quando for de sua vontade. Não podemos deixar de falar que a Igreja, nossa Mãe nos coloca diante dos olhos a abertura do Ano da Fé que nos propõe nosso Papa Bento XVI, através da Carta Apostólica Porta Fidei e o Sínodo sobre "A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã". Não sejamos surdos ao que o Senhor nos deseja transmitir, através da Igreja. Busquemos aprofundar nosso conhecimento, nossa fé e nossa mística, mantendo nossa vida centralizada em Jesus. A todos uma excelente leitura.

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"ONDE ESTÁ O TEU TESOURO, AÍ ESTARÁ TAMBÉM O TEU

CORAÇÃO". (MT 6, 21)

Queridas Irmãs, Formandas e Oblatos, Somos pessoas em constante mudança e crescimento. No dia a dia, diante de tantos afazeres no desempenhar de nossa missão em casa, em nossas comunidades, em nossas Paróquias, em nossos trabalhos; deixamos

nossa marca por onde passamos e no que acreditamos, de acordo com as opções que vamos fazendo ao longo de nossas vidas. Nosso crescimento humano, espiritual e psicológico, vão se consolidando, se aperfeiçoando, sendo assimilados; segundo os valores que norteiam nossas escolhas e decisões. Trazemos valores que nos foram passados pelos nossos pais desde pequenos, que pouco a pouco vão se agregando ao nosso ser, fazendo parte de nossa personalidade. Outros valores, vamos adquirindo no caminhar de nossa vida e existência, nos relacionando com outras pessoas, mediante novas experiências que vão dando uma marca especial ao nosso modo de ver, julgar e agir. Em Mt 6,21 encontramos uma afirmação muito importante para cada um de nós. “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Podemos nos perguntar: Onde está o meu coração? Qual é o meu tesouro? Alguns colocam seu tesouro no trabalho, já outros num relacionamento. Há ainda outros que colocam seu coração no dinheiro e nos bens adquiridos. Mas esse será o nosso verdadeiro tesouro? Os valores são os nossos maiores tesouros. Não podemos tornar um valor que é essencial, apenas relativo. Deus é o nosso maior valor, nosso grande tesouro, que dá sentido a nossa vida e ao nosso ser. A vida é outro grande valor, do qual não podemos um minuto sequer deixar de defender e proteger. A fé também é um grande valor, que dá a nossa existência o sabor da eternidade. Dom Orani João Tempesta, Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ, em um de seus pronunciamentos nos diz: “Sua Santidade, o Papa Bento XVI, decidiu proclamar um “Ano da Fé”. Começará no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e aniversário de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro de 2013. Nesse mesmo mês estaremos vivendo mais um Sínodo dos Bispos, cujo tema será sobre a Nova Evangelização. Todos nós, os católicos, devemos participar desse ano com “todo seu coração, com toda sua alma e com todo seu entendimento” (Mt 22,37). Mas qual é o sentido do Ano da Fé? A fé ainda tem espaço em nossa cultura secularizada? Em um mundo cheio de misérias, fome, guerras, onde Deus parece não ter lugar e nem vez, não seria uma alienação proclamar um Ano da Fé? Para que serve a fé? Esses e outros interrogantes são propostos aos cristãos. Respondê-los se faz necessário para todos os que desejam viver sua fé com consciência, e não apenas como uma herança de seus pais e avós esquecida e guardada em um canto perdido da própria vida, e que não possui nenhuma incidência concreta no modo de viver, pensar, ser e relacionar-se. O cristão diante dessa problemática não se cala e nem deve se calar. Devemos descobrir na oração os desígnios de Deus e dar respostas adequadas. Gostaria de convidá-los a percorrer comigo um itinerário que nos leve a descobrir o significado, importância e necessidade do Ano da Fé. A) O Ano da Fé significa agradecer. O ser humano, em seu estado natural, possui inteligência e vontade com potencialidades infinitas. A beleza que surge das mãos dos homens é um reflexo da beleza que surge das mãos do Criador. No entanto, não quis Deus que o homem permanecesse apenas em seu estado natural e nos deu o dom da fé. O dom da fé e da graça eleva o homem ao estado sobrenatural, somos filhos de Deus (1Jo 3,1). Neste estado podemos dizer com São Paulo “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). O estado sobrenatural não está em conflito com o estado natural. A graça não destrói a natureza, a supõe, eleva e aperfeiçoa.

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A fé nos eleva a uma condição superior, mas não de superioridade. É na vivência profunda da fé que o homem se encontra completamente consigo mesmo e com o outro, e realiza plenamente a vocação a que foi chamado. Cristo é nosso Senhor e nos convida a contemplar o mundo e seus irmãos com novos olhos. A fé, bem acolhida e cultivada, nos oferece uma lente que permite perceber a realidade com o coração de Deus. Por isto, o cristão não é indiferente aos assuntos do mundo. O sofrimento e a dor que assolam a humanidade devem ser sentidos, sofridos e compadecidos com maior intensidade por aqueles que se declaram apóstolos de Cristo. É com o amor de Deus que amamos o mundo. A fé não é alienação, ao contrário, é trazer ao mundo um pouco do divino, é lapidar a beleza da criação muitas vezes escondida pela nuvem do pecado. A verdadeira alienação é não acolher, cultivar e promover o dom da fé. A busca de infinito que permeia o coração humano encontra nela seu porto seguro, pois somente através desse magnífico dom descobrimos quem realmente somos. Como dizia Santo Agostinho: “Fizeste-me para Ti, Senhor, e o meu coração inquieto está enquanto não descansa em Ti” (Confissões, l.1, n.1). Elevemos todos uma oração de agradecimento a Deus pelo dom da Fé que nos enriquece, fazendo-nos mais humanos e filhos de Deus. B) No Ano da Fé é necessário dar razões São Pedro, em sua epístola, nos convida a dar razões de nossa esperança. “Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito.” (1Pe. 3,15) Não basta celebrar. A verdadeira ação de graças ao Senhor exige que desenvolvamos o dom recebido. A fé é a resposta que o coração humano naturalmente anseia encontrar. No entanto, o dom da fé não exclui a necessidade de utilizar o dom da razão para compreender melhor os mistérios revelados por Deus, de fazê-los compreensíveis e acessíveis ao homem em cada momento histórico. Existe a inteligência da Fé que deve ser, unida à luz da graça, desenvolvida a fim de que cada cristão possa aderir com maior liberdade às verdades reveladas. Só a partir de uma livre, consciente e renovada adesão à própria fé haverá plena responsabilidade na vivência e testemunho desse dom. É aqui onde dom e resposta, graça divina e liberdade humana devem se dar as mãos para que a fé possa cair em terra fértil, semear e dar frutos em abundância. Esforcemo-nos por conhecer profundamente a fé que professamos. Criemos grupos de estudos e reflexão, estudemos nossa história. Possuímos um instrumento maravilhosamente privilegiado para esta finalidade: o Catecismo da Igreja Católica, que se apresenta também no formato de compêndio e no formato para jovens, o YouCat, lançado na Jornada Mundial da Juventude em Madri. Todos são fontes riquíssimas para alimentar nossa alma e nossa inteligência. Temos também o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, os documentos do Concilio Vaticano II, as encíclicas papais e, acima de tudo, a Sagrada Escritura. [....]Pelo batismo, somos, desde já, cidadãos do Céu, mas devemos ser conscientes dessa tão alta dignidade. Não devemos nos acanhar diante dos desafios que o mundo apresenta. A Igreja não possui apenas dois mil anos de história, mas ela e, consequentemente cada um de nós que estamos em comunhão com a Igreja, possuímos a assistência do Logos Divino, da sabedoria eterna, que nos é dada através dos dons do Espírito Santo. Não devemos ter medo de dialogar com o mundo contemporâneo. É nossa missão evangelizar a cultura. Como afirma Bento XVI, "a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade."(Porta Fidei, n. 12). Sejamos os promotores da Verdade na caridade, e da caridade na Verdade. C) No Ano da Fé é importante proclamar Bento XVI, com muita sabedoria, alerta que muitos cristãos sentem "maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária." (Porta Fidei,2) Diante dos desafios que nos apresentam a sociedade secularizada, nossa primeira reação é lançar-nos a fazer algo. Desejamos, justificadamente, e nos esforçamos, com boas intenções, por unir pessoas, grupos e entidades para combater aquilo que consideramos como nocivo ao cristianismo e à humanidade. Considero importantes todas as iniciativas que visam promover nossa fé e incidir positivamente na sociedade e que contenham o avanço do mal que se alastra em nossa cultura. Mas, o que seriam dessas iniciativas de luta e de

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força, de combate e embate sem a fé? Não vejo os primeiros cristãos se conjurando para dominar as instituições através da força e do poder. A ação mais importante e fecunda de nossos primeiros irmãos foi, a partir de experiência que nasce do encontro pessoal com Cristo, testemunhar com a própria vida que Deus existe. Os pagãos se sentiam atraídos pela beleza da fé católica e pela caridade com que viviam os primeiros cristãos, e chegavam a exclamar: “Vede como se amam” (Tertuliano, Apol.,39). É na caridade, na alegria, no entusiasmo e na felicidade da vivência de nossa fé que iremos permear o mundo da esperança e do amor cristão. É no respeito, no diálogo aberto, sincero e inteligente que construiremos pontes entre a Fé e o mundo contemporâneo. Já existem muitos muros! Aprendamos a difícil arte de escutar, entender, compreender e defender sem medo nossa fé, com serenidade e respeito. A evangelização e nossas ações sociais só produzirão efeito a partir do momento em que cada cristão tiver um encontro pessoal com Cristo. Nossa fé não é fruto de uma decisão, mas de um encontro, e só a partir desse encontro nossa evangelização será uma luz que atrai por sua beleza divina. Onde se realiza esse encontro? Não se é cristão sozinho. O ser humano é um ser social por natureza. É na comunidade de fé e na Igreja, como custódia dos sacramentos de Cristo, que encontraremos, renovaremos e promoveremos nossa fé. Só podemos nos dizer plenamente cristãos se encontrarmos nossos irmãos na oração, na eucaristia e na reconciliação. Sem comunidade não há família cristã. É através do mistério do Corpo Místico de Cristo onde toda a Igreja se encontra. É na liturgia e nos sacramentos que toda ação tem sentido. "Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos." (Porta Fidei, n.11) É na vivência comunitária de nossa Fé que encontramos o amor de Cristo. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14). Sua Santidade afirma que “é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19).” (Porta Fidei, n.7) O amor de Deus cria! A palavra criação possui a mesma raiz grega da palavra poesia “poietés”. Assim, Deus é o verdadeiro poeta e nós somos um poema de Deus. Por isso, é impossível não ficar admirando, contemplando o sol que nasce no horizonte, ou a lua cheia que cresce por trás dos montes. A natureza são versos divinos que nos remetem a Deus. Aqui, em nossa cidade maravilhosa, temos o momento e local para aplaudir o pôr do sol. No entanto, afirmo que não há maior milagre e poesia mais bela do que o olhar e o sorriso de um cristão que vive no mundo com coerência, simplicidade e entusiasmo a sua fé. O católico tocado pela fé é uma das provas e evidências mais fortes da existência de Deus. Quando conheço um cristão coerente, vejo um milagre da criação. Vejo Deus na Terra e percebo que não há trevas que possam invadir um mundo dominado pela luz da fé, pelo sal do testemunho e pelo bálsamo da caridade. Em cada um de nós, de certo modo, se realizam de maneira plena as palavras de Cristo: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos (Mt 28,20). Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo a graça de viver nossa fé com toda nossa alma, com todo nosso coração e com todo nosso entendimento. Só assim seremos o que temos de ser e transformaremos o mundo. Só em Cristo, por Cristo e com Cristo conseguiremos transmitir os tesouros de nossa fé e incidir positiva e efetivamente na sociedade. Não tenhamos medo de falar daquilo que preenche nosso coração; não tenhamos medo de falar d'Aquele que dá um sentido último às nossas vidas. Subamos nos telhados e nos preparemos para anunciar com amor que o Amor existe, se fez carne e habita em nós e está entre nós”. Que possamos colocar o nosso coração, onde está o nosso maior tesouro: DEUS. A todos o meu abraço de paz. Com carinho,

Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto Superiora provincial

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Sozinhos nós vamos mais rápido, mas

juntos, vamos mais longe. Sabedoria chinesa

Diante do evento Capítulo Geral, somos envolvidas por uma sombra de dúvidas,

questionamentos, incertezas, empolgação, garra, medos e sonhos às vezes maiores

do que as nossas almas e, chegamos a pensar que o “mundo desejável” poderá

acontecer apenas com uma nova Equipe de trabalho, ou para quem quer chamar:

um novo Governo Geral.

O Capítulo passou e a “novidade” não aconteceu. Mas, tenhamos a certeza que

Deus caminha conosco no cotidiano da vida.

Este XXIV Capítulo Geral, foi

uma experiência vivida e

sentida por mim, como um

momento de grande toque da

manifestação de Deus acima das expectativas humanas, talvez

baseadas em aparências, em passados “gloriosos” e num “ego”

salvador da pátria.

Aos poucos Deus foi

moldando as nossas

vontades rebeldes e

fomos dando espaço para o diálogo, a busca

da Vontade Divina, forte desejo de fazer aparecer o melhor, foi

clareando a visão e, como se fosse uma lápide, a jóia foi sendo

esculpida aos poucos e todos os dias; purificando as nossas intenções,

rompendo as nossas resistências e o aprofundamento das

Constituições foi nos ensinando a lutar por objetivos mais HUMANOS,

e neles buscarmos a essência da nossa vida de Consagradas dentro da

Proposta de Jesus de Nazaré.

Olhando para Jesus, Ele teve de aprender a ser humano e nesse exercício, nos ensinou a ser divino pelo mesmo

processo: ser humano e ter por lei o amor. E nessa dinâmica de verificar

a nossa maneira de ser à maneira de Jesus, a sua Palavra foi nos

questionando sem trazer resposta imediata. Foi nos provocando e aos

poucos foi nos tirando do lugar de “meninas” e fazendo assumir

atitudes de mulheres conscientes e apaixonadas pelo o seu Reino e por

ele lutarmos para a transformação do mundo, a partir dos campos de

ação onde atuamos.

Aos poucos fomos sendo tomadas por Deus com a sua graça, e numa

relação de entrega diante da nossa pobreza e fraqueza, fomos

abraçadas pela Providência Divina que sempre nos precede na

prática do bem. Até senti que chegamos mais perto de Deus, porque

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com toda Confiança, Deus chegou primeiro mais perto de nós. E aí se conclui que a iniciativa sempre é do Divino.

Percebi que vivemos este momento, com muita Esperança, empenhadas em

aparecer a Vontade de Deus e, por isso, aos poucos, foram caindo também as

nossas máscaras e resistências, nós fomos sempre guiadas diariamente pela

Palavra a qual foi atualizando em nós o desejo de cumprir a vontade Deus e, nos

dando as condições de um despojamento daquilo que impede a construção do

Reino.

Aos poucos fomos procurando sentir a leveza das nossas “asas”, deixando o que

nos impede de construir a unidade e agora assumir novas atitudes de desbravar o

mundo das relações fraternas de maneira mais humana, sempre tendo por Guia,

Jesus o homem das relações sadias. O cuidado com a vida pessoal de cada uma, às

vezes as nossas “penas” são pesadas e podem retardar o Reino de Deus que

também é nosso.

O confronto, as reflexões e o manuseio das nossas Constituições,

muitas vezes esclarecidas por um canonista, sensibilizaram os

nossos corações para um comprometimento maior com este livro

sagrado para nós. Podemos sentir mais de perto a riqueza de cada

artigo, a prudência em cada palavra e a consciência livre e

generosa de todas nós em comunhão com cada Irmã presente nas

comunidades. O contato mais sério, diretivo e envolvente

possibilitou conhecer melhor o nosso livro de vida despertando

um encanto maior pela riqueza nele contida. Realmente se

confirmam as palavras de Jesus: amamos o que conhecemos.

I Jo 4,7 ss, e ainda: só podemos amar somente aquilo que

conhecemos, nos lembra Santo Agostinho.

Concluo esta breve reflexão com um sentimento de gratidão a Deus que nos possibilitou a graça de celebrarmos este

XXIV Capítulo Geral num espírito de fé e de esperança. Fé para confirmamos nossos passos no seguimento a Jesus e,

esperança de que com a graça d’Ele, a nossa vida pode ser profética e testemunhal.

A missão continua. O mundo “desejável”

continua sendo sonhado... e é importante porque tudo não foi

feito, mas, damos um passo... Como diz o dito popular: “... eu não

sei para onde minha vida está indo... mas, tenho certeza que é

Deus que está conduzindo.”

Aqui termina a celebração do Capítulo, o colocar em prática é a

tarefa de cada uma de nós Irmãs Beneditinas da Divina Providência.

Recordo o pensamento de Eduardo Hughes Galeano um jornalista e

escritor uruguaio quando disse: “Somos o que fazemos, mas, somos,

principalmente, o que fazemos para mudar o que somos. E na graça de

Deus concluimos os nossos trabalhos com a generosidade de cada uma

por experimentarmos na gratuidade, que somos filhas da Providência.

Irmã Ana Maria Gomes da Costa

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Irmã Angelina Signorelli (Angela Augusta Signorelli) nasceu

em 19/10/1911, em Tandil- Buenos Aires/Argentina. Seus

pais: Bautista Signorelli e Maria Restelli.

Irmã Angelina era uma pessoa serena, viveu com grande

espírito de sacrifício, mulher de retidão, serviçal, de muita

oração e união com Deus. Teve sempre grande respeito

pela autoridade e muito amor à Congregação e viveu sua

consagração com fidelidade, até o fim.

Angela Augusta Signorelli recebeu o Batismo em

15/08/1912 em Tandil, e o Crisma na Diocese de

Tortona/Itália. Ingresso no postulado em 15/10/1927, fez

vestição em 14/08/1930. Pronunciou seus primeiros votos

em 13/08/1932, e a profissão Perpétua em 17/08/1937, nas mãos de Madre Helena Arbasino, em Voghera/Itália.

No ano de 1950 partiu da Itália para o Brasil. Exerceu a sua missão em diversos lugares: Três Pontas, Elói

Mendes/MG; Criciúma, Nova Veneza/SC; Itaipava, Santa Cruz/RJ; e em Santo André/SP.

Nas comunidades em que viveu, exerceu sua missão na pastoral dos enfermos, como sacristã, superiora de

comunidades, professora e secretária.

E em 14/08/2002, estando sua saúde bastante debilitada, foi transferida para essa Casa de Repouso Divina

Providência, e nesses últimos dias piorando sua saúde, foi internada no hospital e ontem veio a falecer, com

serenidade, como ela viveu.

Irmã Angelina foi uma pessoa muito abençoada pelo Pai Providente, concedendo-lhe uma vinda longa, CENTENÁRIA.

Como falou Pe. Fernando Rizzardo na missa de ação de graças dos seus 100 anos: “Pessoas assim, integradas,

apaziguadas em Cristo, ao partirem desta vida não nos deixam e nem são sepultadas, mas são semeadas e

continuam sempre manifestando a eternidade de Deus. Há na senhora, Irmã Angelina, um espaço de eternidade já

nesta vida, uma semente sempre germinando, uma semente de linhagem nobre.”

Querida Irmã Angelina, nós agradecemos a Deus por nos ter dado o presente de sua longa vida, entre nós.

Hoje, agradecemos a todos os que manifestam seu carinho, participando conosco desta última homenagem de

despedida à Irmã Angelina Signorelli.

A ela, dai-lhe Senhor, o descanso eterno e a luz perpétua a ilumine. Amém!

Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto

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Em uma realidade de amplas balbúrdias, onde a solidão e o silêncio

parecem não ter mais lugar. Na sociedade da tecnologia em que os fones

de ouvido tornaram-se acessórios indispensáveis, presente em todo e

qualquer ambiente. Onde o barulho parece cingir todas as gerações ou

quase todas. Em relações construídas com muitas palavras e atos pouco

fundamentados em significados amplos. Diante de tudo isso soa-nos com

estranheza a palavra silêncio.

Revendo a concepção de silêncio dos Santos Padres, vemos que essas

palavras dizem um tanto mais do que simplesmente ausência de fala e

ruído.

No trabalho da Pastoral com a juventude estive observando a dificuldade

que há quando a questão é silenciar. Numa primeira tentativa em uma

situação bastante específica, no meio de um bosque o convite era: dez

minutos na solidão e no silêncio : juventude e Deus. Para alguns, esses dez minutos pareceram dez horas;

procuravam o olhar dos outros, olhavam no celular torcendo pra alguém telefonar naquele momento, e como o

aparelho sequer vibrava começavam a caminhar até que enfim se encontrassem com alguém tão incomodado com a

ausência de fala quanto ele. Eram assim inevitáveis os cochichos. Outros até tentaram, mas quando o silêncio

começava a lhes sussurrar algumas palavras buscavam auxílio na fina arte da fuga na qual parecem se aprimorar dia

a dia.

E como a “paciência tudo alcança” e o amor apostólico tudo impulsiona, não foram poucas as tentativas. E embora

as fugas também sejam inúmeras, a juventude sempre se mostrou muito receptiva a estes momentos de silêncio. E

assim, com um tempo os dez minutos deixaram de ser utopia. Difíceis ainda, mas possíveis.

Se estivermos em busca de evangelizar, é necessário silenciar para ouvir a voz d’Aquele que é a razão dessa busca.

Necessário é convidar ao silencio aqueles que são destinatários dessa missão. “Com efeito, falar e ensinar compete

ao mestre; ao discípulo convém calar e ouvir” disse São Bento, assim é preciso ouvir a voz do Mestre Jesus, e para

tanto é preciso silenciar.

Observamos, porém, que a dificuldade de silenciar não é uma questão que atinge somente as novas gerações. Basta

olharmos em volta para percebermos quantos valores humanos tem sido relativizados e desrespeitados de todas as

formas imagináveis e em alguns casos até inimagináveis, pois falar, ter razão e ganhar sempre está acima de tudo

para muitos. A escuta fica em segundo plano, se é que vem a ser exercida.

Também a Vida Religiosa não está isenta. Embora o silêncio seja uma característica deste estado de vida. Silêncio

este que promove a união com Deus e com os irmãos, também em nossas vivências comunitária, muitas vezes ele

perde seu lugar. Há que se perceber essa realidade, quando falamos, sem dar sequer espaço para ouvir, e não tendo

Momento de Espiritualidade

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espaço para falar falamos concomitantemente e aí aquilo que seria um diálogo acaba por se tornar uma confusão de

ruídos que dificilmente nos levará a algum consenso sobre algo ou a resolução de alguma questão. Há quem cerre os

lábios enquanto o outro fala, no entanto está tão desatento como quem fala simultaneamente, que após a

explanação feita vem com respostas jamais solicitadas, com críticas e julgamentos que muitas vezes sequer

condizem com o explanado anteriormente. Em alguns casos não ouvimos quem fala naquele momento, mas nos

detemos em ouvir aquilo que fora dito outrora pela mesma pessoa, desconsiderando o processo de mudança de

outrem, e damos as mesmas antigas respostas para questões atuais.

Por isso, silêncio não se trata somente de cerrar os lábios. Mas estar presente, sem nenhum tipo de ruído que

atrapalhe a escuta. Não se trata de simplesmente deixar de falar, pois há os que o fazem e que não se livram dos

ruídos, isso se aproximaria mais de omissão do que de silêncio. Também não se trata de falar demais julgando que o

silêncio é só do interior, também isso passa longe de ser silêncio.

Atualmente muitas de nós sofremos daquilo que chamo de autoindispensabilidade. Acreditamos piamente que se

não fizermos muito, se não fizermos tudo, ninguém o fará, somos

indispensáveis. Facilmente, acreditamos estar carregando a

comunidade, a missão, o trabalho nas costas, como se tudo e todos

nem sempre enxergassem as necessidades que vão se

apresentando. Assim começamos querendo ajudar e terminamos

causando agitação e nervosismo em nós mesmos e nos que nos rodeiam.

É fato que o trabalho é muito e nós não somos tantas como outrora,

mas muitas vezes nos adiantamos às outras não acolhendo o ritmo das

pessoas, crendo que nosso ritmo pessoal deveria ser universal. Há que

silenciar também o corpo, as ansiedades e ouvir um pouco mais os passos dos outros, às vezes mais lentos, mas não

deixando de ser passos. Em outros momentos é necessário, em alguns caos até urgente, acelerar os passos para que

os que nos rodeiam não tenham que ficar constantemente parando os passos de sua caminhada para esperar

somente nosso lento ritmo, quem sabe assim possamos lograr uma relação que expresse de fato nosso compromisso

de viver a confiança da Divina Providência.

Li certa vez que silêncio é “falar quando quero e querer quando devo”. Se o autor está certo, não tenho condições de

dizer ao certo, mas, parece-me que isso afasta qualquer possibilidade de omissão e tagarelice, trazendo a realidade

de uma livre serenidade.

Há os que nunca falam ou se expõem, sem barulhos, mas sem fertilidade alguma. Há os que falam muito e pouco se

colhe de sua enxurrada de palavras. Há também os que falam o suficiente e quando falam mais, nada há que se

jogue fora, nenhuma palavra é perdida. Creio que seja essa última, uma fotografia clara de um verdadeiro silêncio:

Nem muito, nem pouco, mas o suficiente. Certamente essa postura exige disciplina, mas acima de tudo união com

Deus, pois nenhuma palavra será fértil suficiente senão inspirada pela Providência Divina.

Que nosso Pai São Bento nos ensine as riquezas desta virtude e nos auxilie na vivência da mesma. Que nossas

Fundadoras intercedam por nós nessa caminhada em busca da união com Deus, a fim de que no silêncio do coração

ouçamos os ensurdecedores clamores de nossos irmãos e irmãs e estejamos fortalecidas para o serviço ao próximo

onde quer que a Providência nos ponha. E que nos exercício da escuta requalifiquemos dia a dia nossas relações e

demos novo sabor à vivência comunitária.

“Se é no silêncio que Deus nos fala, ouçamo-Lo”.

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Irmã Kelle Pereira de Souza

Quiero agradecer, en primer lugar a Dios Padre Providente, por el don de la vida y de la vocación, por me haber

llamado y escogido. Por su gran amor para conmigo. Por su ternura y por todas las experiencias bonitas que tuve en

mi camino de preparación para estar celebrando este momento tan especial en my vida: my entrega total, para

siempre. Me encomiendo a la Virgen María, Madre de la Divina Providencia,

para que me proteja y me enseñe a decir mi sí a cada día.

Agradezco a toda mi familia, a mi mamá que con su sencillez y humildad

me ha bautizado y enseñado a amar a Dios sobre todas las cosas. Pido por

mi papá, que Dios lo tenga en su gloria. Quiero darle las gracias a mis

hermanos, a mis cuñadas, sobrinas, sobrinos que me han apoyado, por su

presencia y por haber hecho posible este momento tan lindo de mi vida.

Gracias… ¡Dios se los pague!

Agradezco a la hermana Bárbara Cristina Ferreira Britto, nuestra superiora

provincial y su consejo, por me haber permitido realizar mis votos perpetuos en mi tierra, con mi familia y con mi

pueblo. Gracias por haber venido acompañarnos en este momento. Lleve mi agradecimiento a todas mis hermanas

de Brasil porque sé que me están acompañando con sus oraciones.

Quiero, también darle las gracias a la Hermana Ana María Gomes,

consejera provincial y mi superiora en el tiempo en que estuve en

Brasil, preparándome para este momento de Gracia y único en mi vida,

porque desde un principio manifestó su deseo de venir a

acompañarme. Dios la bendiga. Gracias, por haber venido.

Un agradecimiento muy especial al Señor Cura de la Parroquia de San

Nicolás de Tolentino, Padre Víctor Manuel Cruz Flores, que nos acogió

con mucha alegría cuando las hermanas vinieron a pedirle permiso para

que yo pudiera hacer mis votos perpetuos en mi tierra, con mi familia y

con mi pueblo. El se puso a nuestra disposición para lo que si le ofreciera. Gracias Padre, por todo, Dios se lo pague y

haga fructífera su misión.

Gracias a todos que nos ayudaran para que esta fiesta mía y de ustedes saliera de la mejor manera posible. Gracias a

todos ustedes que están aquí presentes participando y compartiendo de mi alegría.

También un agradecimiento muy especial a mi comunidad, a la hermana Antonia Krolikoski, Hermana Regina

Bolsanello, que no midieron esfuerzos para que este día sea el más feliz de mi vida.

Gracias al pueblo de San Felipe, que aceptaron muestra invitación y vinieron a acompañarme. Gracias, Dios los haga

muy felices.

Aconteceu virou notícia

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No quiero que nadie salga de aquí sin recibir un agradecimiento. Les voy a encargar un compromiso a todos ustedes:

Recen por mi perseverancia y para que surjan muchas y santas vocaciones en nuestra congregación y en toda la

Iglesia.

¡GRACIAS, MUCHAS GRACIAS!

Comunidad de Remedios, 12 de Mayo de 2012.

Hna. Cruz Hernandez Tlanepantla

Irmãs, formandas e oblatos, no dia 1 a 4 de agosto, a Paróquia Mãe de

Deus e dos órfãos, recebeu a réplica da cruz e do ícone de Nossa Senhora,

que está passando em nossas dioceses.

Gostaria de partilhar com vocês sobre o terço luminoso, ocorrido no dia

03/08, às 18hs. Foi um momento muito forte. Iniciamos em frente da

igreja paroquial ; os homens

carregavam a cruz e as

mulheres o ícone que,

aparentemente, não parecia

ser pesado!

Durante o percurso foram usados canções no estilo jovem, marianos,

meditativos e rezávamos as dezenas do Terço . A cada mistério

contemplado eram feitas reflexões ,sobre as condições humanas, de

modo particular em relação aos jovens . Estas cenas muito preocupantes

e tristes, pois muitos jovens e crianças ainda são mortos e passam por muitas privações ou violências . A cada

reflexão se dizia: “chega de violência e extermínio de jovens”.

Este foi o lema escolhido, pois, por mais estranho que pareça, é um fato

que se faz presente na sociedade e muitas vezes é provocado pelos

próprios jovens; é um grito que ressoa em seus corações.

Em um determinado momento

fomos convidadas a levar o ícone

juntamente com as Irmãs

Ursulinas, e os Padre com os

seminarista e Diácono. A cruz é uma formar de estarmos unidos a eles,

dizer lhes, que não estão sozinhos. Como foi gratificante porém exaustivo,

pois era justamente no subida do morro e no início de um mistério, sendo

necessário cantos e orações. As Irmãs Romenas Tereza e Gema estavam

conosco e nos acompanharam neste percurso, e junto às nossas mãos se

faziam presentes, mãos e braços solidários que nos deram suporte, pois a

uma certa altura já não tínhamos mais forças. Porém era a nossa missão por mais que o corpo estivesse cansado,

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fomos até o fim. Chegamos na casa onde seria realizado o quinto mistério na qual passamos o ícone para algumas

mulheres que desejavam levar a imagem .

Concluiu-se este momento mariano com uma peça teatral e danças em

nosso teatro, deixando como reflexão, o quanto há jovens que se

encantam pelas facilidades do mundo e o quanto Jesus os busca, sem

deixar de mencionar o retorno que passar por uma dor que se finda nos

braços de Cristo, que nos ampara e nos carrega muitas vezes.

Este momento jovem encerrou com um pequeno e animado show em

nossa quadra.

Como foi bom ver aqueles jovens se divertindo com “ser” jovem, mas sem

violar os princípios e valores cristãos.

“Que a alegria do Senhor sede a minha força”.

Noviça: Flaviana G. Pereira.

No dia 15 de agosto aconteceu a 17ª Peregrinação da Juventude ao Santuário

Nossa Senhora da Piedade que fica localizado na cidade de Caeté, Minas

Gerais.

A Paróquia Santo Agostinho de Contagem também participou da subida ao

Santuário com muita animação, descontração e fé. Foi um momento único,

pois estávamos juntamente com mais de 4 mil jovens que fizeram a

caminhada levando a cruz peregrina símbolo da juventude, conforme já dito

por sua Santidade o Papa João Paulo II, quando se referia aos jovens.

O frio, a neblina e o vento, nada disso fez com as pessoas deixassem de

participar desse evento, pois representa muito para a Juventude

Arquidiocesana, pois também é uma preparação dos jovens rumo a

jornada mundial da juventude

que acontecerá no Rio em

julho de 2012.

A acolhida foi realizada por

vários jovens que estavam em vários pontos para dar suporte,

orientação ou até mesmo para evangelizar. Já na subida da Serra

havia várias jovens entregando terços para todos que precisassem.

Havia também uma caixa para coleta de pedido de orações que seria

para o momento da celebração da juventude que teve início às 11h da

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manhã presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães

juntamente com o Pároco do local Padre Nédio. Foi uma celebração maravilhosa, principalmente porque o Dom

Joaquim interagiu com todos os presentes com uma graciosidade que é inexplicável. A simplicidade e a humildade

com que ele passou a todos foi sem dúvida uma benção que Deus nos proporcionou através dele.

Após a celebração todos fizeram uma pausa para o almoço e na

sequência ainda tivemos show cristão, encenação, Confissões e depois

de tudo isso recomeçamos nossa caminhada para a descida da serra.

O que explica essa peregrinação tão maravilhosa que aconteceu é o

AMOR que Deus tem por todos nós, principalmente por estarmos

envolvidos num projeto tão belo que é o projeto de DEUS.

Para ilustrarmos um pouco do que vivemos seguem algumas fotos e

esperamos que através delas todos que lerem essa matéria também possam sentir o AMOR de Deus em seus

corações.

Márcio Marques

Coordenador da JMJ – Paróquia Santo Agostinho de Contagem.

“Senhor concede-me a graça de conhecer a vossa vontade, em seguida mostrai-me a melhor forma de cumpri-la até

o fim com amor e gratidão”.

Que oração pode ser tão acertada e tão completa como esta que em pouquíssimas palavras apresenta o único

necessário para uma alma que sabe exatamente onde se centrar, para um coração que sabe exatamente onde

repousar, para uma Beneditina da Divina Providência que sabe exatamente em quem confiar e por onde caminhar?

A docilidade do coração certamente nem sempre é tão presente, no entanto muito acessível àqueles que buscam

vivê-la. Na busca quanto se alcança! E alcançando quanto se deseja buscar. Assim é nossa relação com Deus que se

deixando encontrar, deixa em nós um profundo desejo de encontro. Sempre perto, sempre ao lado, sempre dentro,

mas sempre intocável. São marcas e experiências como essas que deixou o retiro espiritual em Vinhedo em junho

p.p.

Nosso pregador era um jovem sacerdote: Padre Vinícius Augusto Teixeira CM que conduziu de forma muito serena

cada dia com uma sabedoria maior que os anos de sua vida.

E como a Providência não se deixa vencer em generosidade, deu-nos lindos dias ensolarados nestes dias, o lugar

favorecia e muito para o recolhimento. Fomos muito bem acolhidas e assistidas pelas nossas Irmãs da comunidade

enquanto estivemos ali.

Se a Providência costuma fazer-se presente nas pequenas coisas, este lugar respira a ação da Providência em

profundidade: os pequenos gestos e olhares, a delicadeza na prontidão do serviço às necessidades peculiares da

idade já avançada é uma bela lição de vida que a convivência silenciosa com as nossas Irmãs nos dava durante os dias

deste retiro. E esses pequenos gestos acenaram para a necessidade do cultivo da delicadeza fraterna, do gastar o

tempo com a outra e ganhar mais do que perder com isso.

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Iniciamos nossa caminhada partindo da Trindade: relação de amor-generosidade. E éramos convidadas a vivermos o

retiro como uma profunda experiência de amor-gratidão, como tempo de mudança e de deixar-se conduzir pelo

Espírito. Éramos exortadas a viver um silêncio penetrado pela Palavra de Deus e uma solidão habitada pela presença

em comunhão com um Deus-Libertador, Deus-Mãe, Deus-Pastor e Deus-Esposo. Em tudo, todos esses rostos de um

só Deus nos remetem ao Deus Providência, pois sendo Libertador, é presente e pleno de misericórdia. Sendo Mãe

cuida com amor infinito, constante e gratuito e não nos permite

esconder-nos. Quem consegue esconder-se ou elevar-se diante

do olhar da mãe? Nem mais nem menos, somos simplesmente

filhos. Sendo Pastor nunca se ausenta do meio do rebanho.

Sendo Esposo é de infindável fidelidade não espera ser amado

para amar, simplesmente ama. Esses são os traços do Pai

Providente que Jesus nos mostra: Um Pai sensível,

compassivo, solidário, coerente, justo, paciente... Pois é

infinito amor e infinitamente amável e que, portanto, nos

convida a generosidade, pois se a graça nos vem ao

encontro, nos cabem a gratidão e a generosidade, uma vez

que amar não é dar tudo mas dar-se a si mesmo como o fez

Aquele a quem nos consagramos.

Em nossas reflexões fomos também chamadas a buscar água na fonte da Divina Providência, com

a concha que nossas diletas Fundadoras Maria e Giustina Schiapparoli puseram em nossas mãos. Assim

aprenderemos a confiar sem precipitação e sem atraso, humildade, simplicidade, oração e trabalho. Partindo daí me

detive a pensar em nossas Fundadoras. Mulheres que do nada fizeram tudo, e tiveram o Tudo e Único necessário

para levar adiante o projeto iniciado e cultivado pela Providência de Deus em seus corações. Que certamente

sofreram com os desafios de seu tempo, que seguramente tiveram o cansaço físico após uma árdua jornada de

trabalho, que tranquilamente foram questionadas e até incompreendidas, mas que decididamente não pararam.

Que não se lamuriavam pelo excesso de trabalho, pelas incompreensões e solidão, pelas noites mal dormidas, pela

sensação de vulnerabilidade mediante os contínuos e incessantes desafios que a sociedade de seu tempo lhes

apresentava. Entrega, abandono, oração, trabalho, pobreza, humildade e simplicidade: eis a vida daquelas que

viveram a vontade de Deus naquilo que eram e viviam, tudo porque confiavam plenamente no Senhor.

Desenvolveram seu potencial de humanidade e por isso eram livres. Decidiram-se por Aquele por quem se sentiram

encantadas e interpeladas, portanto não havendo fragmentação entre o agir e o ser, entenderam que no seguimento

o ideal não é o medo de errar, mas a coragem de correr riscos na audácia. Uma espiritualidade que não engaja,

compromete e exige é uma espiritualidade irrelevante. Maria e Giustina não estudaram nada disso, mas entenderam

e o provaram com a vida. O que ainda examinamos? O que é que nos falta para abraçarmos essa causa como

herdeiras das Schiapparoli? Com pouquíssimos escritos, mas infindáveis exemplos, nossas Fundadoras nos deixaram

aquilo que é puramente essencial para vivermos fieis, ardorosas, entusiasmadas com a nossa missão e chamado.

Quando o tesouro é grande, todo zelo é pouco!

Como Deus é barulhento quando nos dispomos a escutá-Lo! Pressuponho que por isso o silêncio era tão

característico em nossas Fundadoras, pois este procede da união com Deus e resulta da realização da Sua vontade.

Foram dias verdadeiramente abençoados e conduzidos pela Divina Providência. E cientes de que os frutos do retiro

só nascem na missão nos colocamos nas mãos deste mesmo Deus que ali nos reuniu para que aprendamos viver com

fidelidade a profunda união com Deus e sua vontade a nosso respeito.

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Fundamentadas na vontade Divina dificilmente erraremos, mas seremos instrumentos Seus. Assim

experimentaremos definitivamente Cristo em nós mesmas.

À Deus que nos concedeu a graça destes dias e às nossa Irmãs da Comunidade Água Viva que nos acolheram com

tanto carinho, a nossa gratidão.

Irmã Kelle Pereira de Souza

No dia 20 de Julho de 2012, em uma sexta feira três jovens, sedentas de Jesus, se deslocaram de suas casas para o

centro de Formação Irmãs Schiapparoli, para nossa “casa das irmãs”, a fim de participar, de um encontro vocacional.

Cada uma de nós estava entrando ali de um jeito, cada uma com suas

dúvidas, com seus anseios, com seus objetivos.

Na Sexta-feira, ao chegarmos, conhecemos as Irmãs que

deixaram suas casas, para vir partilhar conosco um pouquinho

de suas lindas caminhadas vocacionais: Irma Amábile, Irmã

Joceli e Irmã Daiana. Tivemos um bate papo legal e pudemos

conhecer um pouquinho sobre cada uma.

Sem contar com a recepção maravilhosa que tivemos da Irmã

Perpétua Machado Góes, Irmã Maria Fabro e as noviças Lucy e

Lilian residentes na casa, as quais se comprometeram e se

esforçaram para que o encontro realmente acontecesse, e nos

receberam na comunidade de braços abertos.

Logo após fizemos uma oração, demos boa noite a Jesus e nos recolhemos; fomos descansar já

que no sábado teríamos muito que aprender.

Amanhecendo, fomos acordadas com um suave som de um sininho; rapidamente levantamos nos trocamos e fomos

para capela fazer nossa oração da manhã, que porventura, nos deslumbrou. A forma como foi feita é encantadora,

onde todas se colocaram em sintonia em nome do nosso maravilhoso Deus.

Logo após tomamos café e tivemos um pouco de animação com um ministério convidado. Na sequencia tivemos a

primeira palestra com Irmã Joceli, que usando de objetos simples, nos mostrou como devemos ser para sermos

chamados bons cristãos; devemos mergulhar, e nos enchermos dessa imensidão de mar que é o amor de Deus para

conosco.

Depois tivemos um lanche, animação, oração e almoço.

Na parte da tarde, a palavra ficou com Irmã Amábile, que contou a historia da fundação da Congregação e das

fundadoras Maria e Giustina, duas irmãs que passaram por várias dificuldades ainda muito novas.

Serviço de Animação Vocacional

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Buscaram, porém, forças em Deus e confiaram inteiramente na Providência Divina, para ajudarem meninas também

necessitadas naquele tempo de tribulações.

Irmã Amábile nos ajudou a ver com sua fala madura e experiente a importância da fortaleza na é, e com bonitos

testemunhos, nos mostrou que a fé e a confiança na Providência Divina nunca falha.

E para encerramos Irmã Perpétua Machado Góes passou o vídeo dos 160 anos de fundação da Congregação, onde

conta um pouco a história da mesma.

Depois tivemos a oração, jantamos, tomamos banho e fomos a Missa.

Ao retornamos tivemos um momento de descontração, nós e as Irmãs jogamos “can-can” e foi muito divertido, foi

legal vê as Irmãs brincando.

No domingo acordamos novamente com o sininho, pois já era o último dia, e já estava chegando o fim desta

experiência.

Tivemos primeiro a oração, depois o café da manhã e em seguida uma palestra, com Irmã Joice, que nos propôs um

passeio pelo jardim, para que pudéssemos observar os detalhes minuciosos da grandiosa obra perfeita de Deus. O

que mais nos chamou a atenção foi uma flor laranja com alguns detalhes lilás. Tal perfeição, em o nosso minúsculo

discernimento não conseguimos entender.

Através do testemunho dela, também pudemos entender que é muito difícil para nós conseguirmos ouvir o chamado

de Deus. Devemos nos entregar inteiramente e dizer “Senhor aquilo que tu queres e como queres eu quero

também.”

E por fim o almoço, que foi a última partilha que tivemos.

Nós Camila, Letícia e Sabrina agradecemos de coração, a oportunidade e, como disse, nós fomos buscar respostas, e

para a grande maioria conseguimos encontrar novas perguntas ; o que nos torna cada vez mais interessadas em

desvendar esse mistério, que é o propósito de Deus em nossas vidas.

Mas de uma coisa temos certeza: queremos servir a Deus, não importa de que maneira, pois o amamos e queremos

segui-lo.

O nosso muito obrigado a Irmã Perpétua Machado Góes, Irmã Maria Fabro, Irmã Clara, Irmã Amábile, Irmã Daiana. A

Irmã Joice e as noviças Lucy e Lilian, que trabalharam conosco.

Vocacionadas: Camila, Sabrina e Letícia.

Iniciamos o encontro com a oração inicial na sala conduzida pela assessora Irmã Maria Lopes, congregação das Irmãs Carmelita da Caridade. Neste Junínter refletiremos voto de Castidade, de inicio Irmã Maria Lopes levantou – nos a seguinte questão: O que é os Votos? Qual o voto que mais pesa? Desse pressuposto partimos para as reflexões sobre o voto.

Formação em foco

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De inicio irmã Maria Lopes fez uma reflexão com a passagem bíblica que (Miquéias 6,8) “O que o senhor te pede é tão somente: que ames com ternura, que pratique a justiça e que caminhe humildemente com teu Deus”. Os votos na vida Religiosa são aspectos que facilitam um caminho de encontro com o senhor na historia . o fundamento básico deles como também sua unicidade está em que os três querem ser expressão do convite a prosseguir o caminho de Jesus. Os votos tal como temos hoje foram formulados pela primeira vez na Idade Média: votos de OBEDIENCIA, CASTIDADE E POBREZA, eram uma resposta a um contexto religioso e sócio cultural especifico do século XI – XII. Referencia vida monástica. Concilio convidou para uma nova reformulação. O desafio que enfrentaram está basicamente no nível de uma recompensa de V.R, no seguimento de Jesus. Como podemos responder como Jesus o fez num mundo de injustiças e violências? Os votos permitem e exigem que os religiosos estejam presentes, no deserto, na periferia e na fronteira. Deserto = estar onde ninguém estar Periferia = não estar no centro, mas onde não há poder e sim a impotência. Fronteira = estar num lugar de maior risco, e mais necessária à atividade profética para denunciar com mais energia o pecado. Os votos vivificam a missão e a missão vivifica os votos. A V.R.C necessita ser inculturada nas diferentes realidades para ser sinal. Por isso que os votos necessitam tomar diferentes expressões segundo o contexto. A inculturação do carisma se enriquece com os valores encontrados na nossa cultura e enriquece a cultura com valores do carisma. Tal encontro é a inculturação dos votos. A assessora Irmã Maria Lopes questionou-nos: Quais os elementos essenciais do Carisma? E pediu para destacarmos três valores da nossa congregação. E assim prosseguiu: “os votos permitem e exigem que os religiosos estejam presentes no deserto”. Vida Religiosa deve estar onde ninguém está, com os “fedorentos”, excluídos, governadores, presidentes,onde não há poder mas impotência. O perpetuo dos votos, tem significado se for vinculado ao voto que Jesus fez na ultima ceia “Lhe asseguro que não voltarei a beber o suco da uva até que chegue o Reino de Deus”. ( Lc, 22-18) A vivência dos votos é expressão do amor no seguimento de Jesus em comunidade, amor consagrado e doado, vida dada em missão. Amor que nos torna fecundos para gerar filhos para o Reino de Deus. Amor que nos torna livres para servir. Castidade pelo Reino “Amemos com ternura”. Castidade é Dom e conquista. O Dom do Espírito que impulsiona não retrai. Castidade precisa de base humana trabalhada, pois não é refugio. Seguimento de Jesus é Dom opção no AMOR... Há muitas maneiras de viver o amor, pois a castidade além de Dom é também uma conquista que consolida nossa capacidade de amar. Castidade em Cristo é fecunda, Gera vida: Espiritual, Psicológica, Biológica. Ou seja, Castidade gera amor. É preciso perceber a motivação que me leva a agir. Também foi abordada a Castidade nas dimensões: Social, Ecológica, Psicológica, Bíblica. Que aspectos da vida comunitária favorecem a vivencia da castidade? Na vida comunitária o que dificulta para vivência da Castidade? Dimensão Social. 1 - Que valor a sociedade dá na vivencia da castidade consagrada. Por quê? 2- Como a sociedade hoje nos dificulta e nos ajuda na vivencia da Castidade?

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Em nível pessoal foi colocado: O que dificulta para viver a voto de castidade? Pois toda opção de vida tem: Renúncias, Exigências, Consequência e Escolhas. Opção no AMOR – que expressa - Encantamento = por Jesus - Realismo = o qual não pode perder o encantamento. - Perder a fachada da Vida religiosa. Importa nos perguntar: Qual minha motivação que me leva a agir? Que sentimentos tenho? Dimensão Ecológica Portanto, ao olharmos o mundo nos deparamos com uma cultura hedonista que separa a sexualidade de qualquer norma moral, reduzindo com frequência ao mero jogo e objeto de consumo. Por outro lado percebemos outros gritos mais profundos como: a crueldade do mundo pós-moderno, um sistema

capitalista selvagem que sacrifica a pessoa em função do lucro, a solidão das grandes cidades, a cultura de violência etc. Bem como a procura da felicidade. Somos parte da terra e por isso entendemos o voto de castidade de viver o amor comigo mesma, com Deus e as pessoas e com a natureza. Amor que se expressa com todo ser vivente porque as criaturas são do criador. Voto de castidade maneira de viver o amor. Castidade vida cuidado, preservada, voto que nos faz testemunho e sinal da maternidade de Deus: ternura, afetividade, perdão, compreensão, ter compaixão. “Amar a partir do amado”. Dentro da dimensão ecológica e em grupo partilhamos a seguintes questões: 1 Que nível de consciência tenho da dimensão ecológica do voto de

castidade? 2- Que sentimentos provocam em mim esta dimensão. Por quê? 3- Que consequência pode trazer o aprofundamento, o assumir e o compromisso desta dimensão a nível pessoal, comunitário e congregacional? 4- Olhando a vivencia da nossa castidade, desde esta dimensão ecológica, como estão nossas relações? Dimensão Psicológica A castidade como maneira de viver o amor, na doação, na entrega aos outros é necessário sentir-se amado. Jesus se entregou totalmente por que se sentiu totalmente amado pelo Pai. O amor é a força que. Brota de dentro e nos lança para o outro. A pessoa vale tanto quanto é capaz de amar, ou seja, a pessoa vale pela sua capacidade de amar e não pelo que faz, produz. O egoísmo coloca no centro de se mesma, pois enfraquece o amor. Castidade - Amor é uma opção da pessoa que decide amar dessa maneira como fez Jesus. Deus é um tesouro que nos faz vender tudo pela alegria de encontrá-lo. Castidade é Dom e conquista que levamos na nossa fragilidade humana, no vaso de barro. Somos pessoas sexuadas. Todo ser tem 3 centros que são: Espiritual Afetivo Corpo/ erótico/ sensorial. O Corpo expressão do belo, bonito cansaço. Importa desenvolver o afeto corporal.

Irmã Perpétua Machado Góes

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Dia 26 e 27 de maio aconteceu no ISTA no Ipiranga – SP o Junínter, com a oficina de Mariologia, na Assessoria de

Irmã Maria Freire. Foram dois dias muito ricos em que todas as Congregações presentes na oficina, ficaram

boquiabertos com tanta sabedoria e espiritualidade da Assessora, que com espírito mariano, deixou todos nós

encantados com tantas palavras de significados profundos sobre a vida e experiências que Maria, a Mãe de Jesus

viveu. Como destaque, fez uma bela colocação sobre a missão, o sim dialogado e o magnificat de Maria, que nos

levou a refletir sobre Maria como mãe, discípula que se colocou a caminho e que o Magnificat nos convida a ter na

vida de consagradas, uma atitude de alegria espiritual voltada para a dança e o canto.

Falou-nos de que a experiência brota de quem acredita no que fala e faz, de que o jovem fala com sabedoria e que a

congregação não pode deixar o jovem religioso perder o movimento e o dinamismo próprio do Espírito Santo. Falou-

nos também do deserto como momento de purificação e fortaleza e que Maria foi uma mulher de escuta, sendo

para nós um grande exemplo. Finalizou o encontro com belos poemas e louvores a Maria no qual menciono uma

pequena parte:

Ave, alegria que desejamos

Ave, exaltação do goto da igreja

Ave, nome que emana doçura

Ave, rosto que emana bondade divina

Ave, morada de santidade

Ave, mãe pura em santidade

Ave, mãe misteriosa e inexplicável.

Não temos linguagem perfeita para falar de Deus.

Maria buscou incansavelmente compreender e

vivenciar a vontade divina.

Mergulhou profundamente no mistério da Trindade.

Irmã Joice Carvalho da Silva

“Cuidem de seus pensamentos, eles se tornam palavras.

Cuide de suas palavras, elas se tornam ações.

Cuide de suas ações, elas se tornam hábitos.

Cuide de seus hábitos, eles se tornam o seu caráter.

Cuide de seu caráter, ele se torna o seu destino.”

(do Filme: “A dama de Ferro.”)

Relações Interpessoais e vida fraterna é o tema trabalhado pela Drª Maria Aparecida Brandão e Irmã Marilene

Brandão. Está ficando cada vez mais interessante,dinâmico e questionador.Nele são desenvolvidas ferramentas que

nós possuímos ou podemos desenvolver para um boa convivência.São elas:

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Honestidade: Capacidade de agir de acordo com a verdade. Uma colocação importante é que não existe nível de

honestidade,ou se é honesto ou não é.

Integridade: Pessoa de conduta ética, educada e imparcial, é fundamental

em um relacionamento, pois é a base da confiança.

Humildade: È o dom de servir.

Justiça: Aqui se ressalta a importância de ser justo, mesmo nas pequenas

coisas, pois, “a injustiça em qualquer lugar,ameaça a justiça de todos os

lugares.”

Obediência e Disponibilidade: Valores indispensáveis na Vida Consagrada

para se transmitir a mensagem de Deus com o nosso testemunho.

Coragem: È preciso ter coragem para defender nossas convicções, coragem

para retomar todos os dias.

E por fim, alguns Segredos para desenvolver a nossa essência:

Lembre-se de que o que você faz quando ninguém está olhando também é importante.

Os meios são tão importantes quanto os fins.

Persevere. O caráter se revela na adversidade.

Amadurecemos tanto por meio das situações corriqueiras como por meio dos grandes acontecimentos.

A verdade é fundamental.

Não tenha falsa modéstia.

Você é importante, mas não indispensável.

Tenha cuidado com o que você faz com os seus bens talentos, tempo... você tem responsabilidade sobre eles.

A vida é dura. É preciso ter coragem.

Nunca desista. Nunca.

Não invente desculpas para ser desonesto.

Não fique se gabando pelo que faz.

Alguns momentos mais recompensadores da vida acontecem quando você está sozinho. Mesmo que você esteja

incomodado com a solidão.

Irmã Beatriz Dias da Silva

Irmã Francinete de Oliveira Silva.

Varginha 15 /07/2012

Com alegria e confiante abandono nas mãos do Pai providente, iniciemos nosso Retiro espiritual, dia 15 de julho na

casa de Formação Irmãs Schiapparoli Varginha/MG.

Iniciemos ás 8h com a oração inicial , feita pela Irmã Perpétua Machado Góes Foi uma oração de abandono, onde

ela nos pediu para mergulhar no mar, esvaziar-nos de nós mesmos para nos preencher de Deus sob a ação do

Espírito Santo..

Família Espiritual

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Informando – Junho, Julho e Agosto 2012 23

Província da Divina Providência

www.beneditinasdp.org.br

Na parte da manhã tivemos um momento de silêncio, de deserto, oração

contemplativa, onde também o próprio ambiente nos favoreceu.

Tivemos animação e partilhas, onde cada um partilhou sua

experiência vivida naquele momento.

O completo abandono nas mãos do Pai providente, quando temos

uma relação de amizade e intimidade nos sustenta em nossa busca

, caminhada e missão e principalmente no seio de nossas família.

A comunhão com o Senhor sustenta nossa espiritualidade, e

consagração, por isso: “ Que nossa oração chegue até vós o Senhor”.

Este momento foi e será sempre muito importante para nosso

crescimento espiritual e pessoal de oblatos, no seguimento de Jesus para o

qual somos chamados.

Na parte da tarde, estudamos o estatuto, que foi divido para cada oblatos que ficou responsável para apresentar de

forma simples, mas objetiva e deixou sua mensagem.

Assim terminamos às 15h nosso dia de recolhimento . Momento este de muita graça e presença de Deus e

acompanhado pela Virgem Maria, Mãe da Divina Providencia.

Importa que nos abandonemos em Deus e dele tudo esperemos, no confiante abandono na Divina Providência.

Agradecemos a casa de Formação Irmãs Schiapparoli que nos acolheu com braços abertos, com carinho.

Agradecemos pelo café e almoço . Um grande abraço a toda a equipe que nos atendeu e acolheu.

Somos filhas da Providência; abandonemo-nos nas mãos do Pai Providente.

Pelo grupo Oblata Ângela Aparecida Rodrigues dos Reis.

Varginha/ MG

O convite foi feito pela Sônia, nossa querida amiga e Oblata,com a presença da

Irmã Amábile, a alguns vocacionados entre outros

mais, para a peregrinação na Serra da Piedade, na

caminhada da Juventude 2012.

Saímos da porta da Igreja São Antônio por volta das

06h15min, de ônibus especial, em

espírito de oração, com muito alegria, expectativa e

ansiedade, principalmente por ser a primeiro vez

que levei meu filho Lucas de 12 anos.

Quando chegamos lá, Sônia nos informou sobre a

programação, pré-determinada.

Iniciamos com uma caminhada de aproximadamente um 1,5 km, muito frio, neblina e garoa...

Quase duas horas de subida, chegamos ao topo, fomos direto para a lanchonete tomar um cafezinho quentinho,

muito bom. A seguir, fomos para a Ermida da Padroeira, depois para a catedral de Nossa Senhora, aonde foi a

Celebração Eucarística com a juventude, que carregaram a Cruz, em procissão.

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Província da Divina Providência

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Foi tudo muito lindo e emocionante. Quantos jovens presentes! Foi muita

alegria... É quase impossível descrever, tamanha a emoção.

Não posso deixar de comentar quão emocionante a alegria, o sorriso, a fé e a

emoção no rostinho do meu filho, primeira experiência dele, momento ímpar.

Retornamos por volta das 16h30min.

Chegamos em Paz e muito felizes .

Ana Beatriz

05 espigas de milho ou três latas (se for milho fresco ferver um pouco)

½ xícara de leite

03 ovos

01 lata de leite condensado

100 gr de manteiga

01 colher de fermento em pó

Bater no liquidificador e assar.

Faça o bolo e me convide.

Ir. Cleidinei Pupim

Notas de Falecimento

- Em 06/06/2012 - faleceu Lawrenço, primo da Irmã Faustina Shitunduhu Shiakwila.

- Em 08/06/2012 - faleceu Matheus, tio da Irmã Martina Mutambi Selebwa.

- Em 25/06/2012 - faleceu Teresina Ingumba Masheti, mãe da Irmã Mary Taabu Manya.

- Em 16/07/2012 - faleceu Maria José dos Reis, mãe da Irmã Sônia Rosa de Moura.

- Em 19/07/2012 - faleceu Margarete Ivayo - avó da Irmã Maurean Shinyanzwa

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