ISBD Portuguese

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1 ISBD consolidada: um passo em frente Elena Escolano Rodríguez Biblioteca Nacional de Espanha, Madrid, Espanha Presidente do Grupo de Revisão da ISBD Dorothy McGarry Universidade da Califórnia, Los Ángeles, USA (jubilada) Presidente do Grupo de Estudo sobre Orientação Futura das ISBDs Tradução : Cristina Ramos (Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian) RESUMO Esta é uma apresentação sobre a nova versão da ISBD. É nova porque a estrutura foi alterada, integrando numa única ISBD a descrição de todos os tipos de recursos abrangidos pelas ISBDs especializadas. Simultaneamente, adaptaram-se os requisitos para a descrição de todos os recursos de modo a conseguir que a descrição dos vários tipos de materiais estejam no mesmo estado de concordância com os Requisitos Funcionais dos Registos Bibliográficos (FRBR – Functional Requirements for Bibliographic Records). Depois de um breve resumo histórico sobre o trabalho do Grupo de Revisão das ISBDs e a apresentação das razões que levaram o grupo a considerar necessária esta revisão, descrevem-se os procedimentos adoptados no trabalho de consolidação e as questões mais problemáticas que foram encontradas, e que, sublinhe-se, não foram incluídas nesta 1ª edição. Finalmente explica-se a nossa intenção de uma revisão e actualização num futuro próximo. INTRODUÇÃO O primeiro objectivo da ISBD é estabelecer critérios para uma catalogação descritiva compatível a nível mundial, com a finalidade de tornar possível o intercâmbio de registos bibliográficos entre agências bibliográficas nacionais, entre as bibliotecas a nível internacional e entre as comunidades de informação em geral. Através da especificação dos elementos que constituem a descrição bibliográfica e a prescrição da ordem de como esses elementos devem ser apresentados, e secundariamente, através pontuação com que devem ser separados, a ISBD pretende dar resposta a três objectivos básicos: - tornar possível o intercâmbio de registos provenientes de diferentes fontes, de tal forma que os registos criados num país possam ser facilmente integrados nos catálogos de qualquer país; - ajudar na interpretação de registos ultrapassando as barreiras das diferentes línguas, de tal forma que registos produzidos por utilizadores de uma língua possam ser interpretados por utilizadores de outras línguas;

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    ISBD consolidada: um passo em frente Elena Escolano Rodrguez Biblioteca Nacional de Espanha, Madrid, Espanha Presidente do Grupo de Reviso da ISBD Dorothy McGarry Universidade da Califrnia, Los ngeles, USA (jubilada) Presidente do Grupo de Estudo sobre Orientao Futura das ISBDs Traduo : Cristina Ramos (Biblioteca de Arte da Fundao Calouste Gulbenkian) RESUMO Esta uma apresentao sobre a nova verso da ISBD. nova porque a estrutura foi alterada, integrando numa nica ISBD a descrio de todos os tipos de recursos abrangidos pelas ISBDs especializadas. Simultaneamente, adaptaram-se os requisitos para a descrio de todos os recursos de modo a conseguir que a descrio dos vrios tipos de materiais estejam no mesmo estado de concordncia com os Requisitos Funcionais dos Registos Bibliogrficos (FRBR Functional Requirements for Bibliographic Records). Depois de um breve resumo histrico sobre o trabalho do Grupo de Reviso das ISBDs e a apresentao das razes que levaram o grupo a considerar necessria esta reviso, descrevem-se os procedimentos adoptados no trabalho de consolidao e as questes mais problemticas que foram encontradas, e que, sublinhe-se, no foram includas nesta 1 edio. Finalmente explica-se a nossa inteno de uma reviso e actualizao num futuro prximo. INTRODUO O primeiro objectivo da ISBD estabelecer critrios para uma catalogao descritiva compatvel a nvel mundial, com a finalidade de tornar possvel o intercmbio de registos bibliogrficos entre agncias bibliogrficas nacionais, entre as bibliotecas a nvel internacional e entre as comunidades de informao em geral. Atravs da especificao dos elementos que constituem a descrio bibliogrfica e a prescrio da ordem de como esses elementos devem ser apresentados, e secundariamente, atravs pontuao com que devem ser separados, a ISBD pretende dar resposta a trs objectivos bsicos:

    - tornar possvel o intercmbio de registos provenientes de diferentes fontes, de tal forma que os registos criados num pas possam ser facilmente integrados nos catlogos de qualquer pas;

    - ajudar na interpretao de registos ultrapassando as barreiras das diferentes lnguas, de tal forma que registos produzidos por utilizadores de uma lngua possam ser interpretados por utilizadores de outras lnguas;

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    - realar a interoperacionalidade com outros sistemas padro.

    Ainda que originalmente o desenvolvimento da ISBD fosse promovido pelas necessidades e oportunidades dadas pela automatizao do controlo bibliogrfico, no entanto a ISBD independente de qualquer formato especfico da informao. til e aplicvel para a descrio bibliogrfica de qualquer tipo de recurso e em todo o tipo de catlogos, sejam catlogos de acesso pblico em linha (OPAC) ou catlogos menos avanados tecnologicamente. A Declarao Internacional e Princpios de Catalogao que se vem desenvolvendo no seguimento de uma srie de Encontros IFLA, Especializados num Cdigo de Catalogao Internacional por regies, reconhece que a ISBD a norma aceite em que se deve basear a parte descritiva do registo bibliogrfico dentro da comunidade biblioteconmica. UTILIZAO DA ISBD NO MUNDO O programa ISBD da IFLA vem h mais de trs dcadas elaborando normas de representao bibliogrfica para todos os tipos de recursos biblioteconmicos que se vo mantendo atravs de uma ou mais revises. As ISBDs foram traduzidas oficialmente em 25 lnguas. Alm disso, importa referir, que as ISBD tm guiado o trabalho dos comits nacionais de catalogao, responsveis pelas regras de catalogao e pela actualizao dos cdigos, promovendo as prticas em uso internacionalmente. Este um ponto destacado pelas compilaes das vrias prticas de catalogao que se preparam para estes encontros IFLA sobre um Cdigo de Catalogao Internacional Especializada (IFLA Meetings of Experts on an International Cataloguing Code IME ICC)1. Destas informaes, as impresses gerais esto em total conformidade e harmonia com os cdigos nacionais e com as recomendaes estipuladas pela IFLA.

    A primeira reunio foi na Europa, que tem o maior nmero de cdigos de

    catalogao em uso, sendo um deles as AACR2. A este IME ICC1 apresentaram-se 18 informaes sobre cdigos de catalogao3. Em todos havia duas perguntas relativas aceitao da ISBD. A 1 era: O seu cdigo de catalogao baseia-se na ISBD no que se refere descrio? As 18 respostas foram afirmativas. A segunda pergunta era: Como que se dividem as ISBDs e porqu? As respostas remeteram-nos para uma lista de temas que importa ter em conta, alguns dos quais j foram considerados e tratados nesta verso. A maioria deles so relativos, ao carcter opcional de algumas disposies das ISBDs, que so obrigatrios nos cdigos de catalogao4.

    A reunio IME ICC para a Amrica do Sul estruturou-se de uma forma um

    pouco diferente da europeia, j que nesta existiam vrios organismos de manuteno de regras uma vez que na Amrica Latina e Carabe, normalmente se usam as Regras de Catalogao Anglo Americanas ou as Regras de Catalogao Espanholas, e estes cdigos j foram estudados no IME ICC1 e confirmado o seu fundamento na ISBD5.

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    O Prximo Oriente no tem organizaes redactoras de regras e usam geralmente as Regras de Catalogao Anglo Americanas6.

    Das informaes apresentadas para a reunio IME ICC da sia, sabemos que a

    China, Japo e Coreia tm uma tradio histrica de organizaes encarregues de elaborar as regras de catalogao. Os outros pases seguem as Regras de Catalogao Anglo Americanas ou tm umas regras locais baseadas nas AACR27. De tal forma que reconheceram que as suas regras estavam baseadas e eram coerentes com a ISBD, ou simplesmente que no existiam normas descritivas desenvolvidas localmente8 .

    No conhecemos os resultados do IME ICC para frica, mas poderemos dizer, sem medo, que a ISBD a norma aceite a nvel mundial para a descrio bibliogrfica. As reunies IME ICC foram muito teis para o trabalho do Grupo de Reviso da ISBD, j que foram apresentadas muitas sugestes que se consideraro futuramente. Estas sugestes partem do reconhecimento das diferentes lnguas e escritas e tambm dos diferentes modelos culturais de publicaes que sero tidos em conta pelo Grupo de Reviso e ajudaro a melhorar a ISBD e a sua interpretao. HISTRIA E DESENVOLVIMENTO DAS ISBDS9 Segue-se o resumo da histria e evoluo das ISBDs com a finalidade de que se entendam as razes e consideraes que nos conduziram ISBD consolidada. O conceito de Descrio Bibliogrfica Internacional Normalizada resultou na Reunio Internacional de Especialistas em Catalogao de 1969 em Copenhaga, patrocinada pelo Comit de Catalogao da IFLA. O objectivo principal naquele momento, e que continua vigente hoje em dia, era oferecer coerncia na partilha da informao bibliogrfica. As ISBDs foram criadas para servir como componente principal do programa da IFLA para promover o Controlo Bibliogrfico Universal. A primeira ISBD a ser publicada foi, em 1971 a ISBD(M), Descrio Bibliogrfica Internacional Normalizada para as Monografias, com a publicao do texto revisto como primeira edio normalizada em 1974. Consecutivamente foram aparecendo ISBDs para outros recursos especficos: para publicaes em srie ISBD(S) em 1974; para material cartogrfico ISBD(CM) e material no livro ISBD(NBM) ambas em 1977; a ISBD(A) para livro antigo e as ISBD(PM) para msica impressa em 1980 e, mais recentemente as ISBD(CF) para ficheiros de computador, em 1990. Neste contexto foi necessrio criar uma estrutura geral em que se enquadrassem todas as ISBDs, o que deu como resultado a produo da ISBD(G), publicadas em 1977, a principal utilidade da ISBD(G) assegurar a harmonia entre as outras ISBDs. Para a descrio ao nvel dos analticos, foram publicadas em 1988 as Directivas para a aplicao da ISBD para a descrio de partes componentes. Na IFLANET encontra-se o inventrio completo das ISBDs e a lista de todas as suas edies, em todos os casos, esto disponveis em formato HTML ou PDF pelo menos, a ltima edio de cada ISBD10.

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    Programao e procedimentos para a publicao de uma ISBD nova e revista: No congresso mundial da IFLA em Agosto de 1977 em Bruxelas, o Comit Permanente da Seco de Catalogao tomou novas e importantes decises relativamente ao programa das ISBDs. Decidiu-se que todo o texto das ISBDs estaria sujeito a um prazo de cinco anos, passado este perodo deveria ser revisto. Porm, na prtica, foram revistos segundo as necessidades de implementar alteraes de aplicao geral, ou perante a evoluo dos materiais biblioteconmicos, como ocorreu com a publicao da ISBD para os recursos electrnicos e, mais recentemente com a ISBD para as publicaes em srie e outros recursos contnuos. A ISBD(CR) foi revistas como parte do esforo de harmonizao entre as Directivas do ISSN e as AACR2. Os procedimentos so essenciais em todo o processo de normalizao de modo a assegurar que se conheam de uma forma sistemtica todos os passos pelos quais um documento passa para se converter numa norma, nova ou revista. As ISBDs no so uma excepo. Na Conferncia da IFLA de 1989 a Seco de Catalogao, adoptou um calendrio e estabeleceu os procedimentos para o desenvolvimento e distribuio desses documentos, quer fossem novos ou revistos. Em 2002, adaptaram-se os procedimentos de modo a acelerar o processo, aproveitando as vantagens dos desenvolvimentos electrnicos. Essencialmente, h cinco fases nos procedimentos para o desenvolvimento de uma ISBD nova ou revista: Criao do rascunho Nesta fase, designa-se um grupo de trabalho formado por especialistas em catalogao e, sempre que necessrio, especialistas sobre o formato, dentro e fora da IFLA, que elaboraro um rascunho do texto. Reviso mundial Quando o rascunho do texto est terminado considera-se pronto para ser revisto e comentado em todo o mundo, ento que o texto enviado para a IFLANET. Imediatamente a seguir envia-se um aviso para a IFLA-L e s outras redes electrnicas. Normalmente concedido um prazo de dois meses para a reviso de uma ISBD, alargando-se esse prazo por mais um ms se o texto for completamente novo. Reviso final - Tomam-se em conta todos os comentrios recebidos. O editor rev o rascunho de acordo com as decises tomadas pelo grupo. Neste momento, d-se especial ateno ao somatrio dos exemplos nas diferentes lnguas, aos apndices e preparao do ndice. Quando se chega ao texto definitivo, o Grupo de Reviso das ISBDs rev todo o texto. Votao A verso definitiva de uma ISBD nova ou revista enviada ao Comit Permanente da Seco de Catalogao e s seces copatrocinadoras. O voto permite somente duas opes: ou aprovar ou desaprovar. Publicaes Se o resultado da votao a aprovao, como foi neste caso, programa-se a publicao do texto. Actualmente, em todos os casos, o texto publica-se em formato electrnico. Ainda que algumas ISBDs se foram desenvolvendo, ou revistas para satisfazer necessidades concretas, foram-se realizando campanhas de reviso global que afectaram toda a famlia das ISBDs.

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    PRIMEIRO PROJECTO DA REVISO GERAL Como consequncia da deciso tomada em 1977 que acabamos de mencionar, a primeira reviso geral teve como resultado a criao do Comit de Reviso das ISBDs, que se reuniu pela primeira vez em Agosto de 1981. O Comit estabeleceu trs objectivos principais para o primeiro projecto de reviso geral:

    (1) harmonizao das normas assegurando assim o estabelecimento da uniformidade, (2) aperfeioar exemplos, e, (3) facilitar a aplicao das normas aos catalogadores de materiais publicados em caracteres no latinos.

    Alm de dois objectivos mais especficos que motivaram o esforo dessa reviso em particular:

    (1) a reviso do uso do mesmo signo (j que a sua utilizao nas descries bibliogrficas foram motivo de controvrsia), e (2) a eliminao da informao referente ao material electrnico da ISBD para material no livro.

    No final da dcada de 80 tinham sido publicadas as ISBDs em edies revistas:

    A norma para publicaes monogrficas, a ISBD (M) previamente revista em 1978 foi revista novamente em 1987.

    ISBD (CM) para material cartogrfico foi revista em 1987. ISBD (NBM) para material no livro publicou-se tambm em 1987. ISBD (S) para publicaes em srie foi revista em 1988. ISBD (PM) para msica impressa, em 1989. ISBD (G) geral, em 1992. Alm disso, criou-se uma ISBD diferente para os ficheiros de computadores, a

    ISBD (CF) que devido aos rpidos desenvolvimentos da tecnologia, foi rapidamente ultrapassada e substituda por uma ISBD para recursos electrnicos em 1997, ISBD (ER).

    SEGUNDO PROJECTO DE REVISO GERAL Em princpio dos anos 90, a Seco de Catalogao juntamente com outras Seces estabeleceram um Grupo de Estudo para Requisitos Funcionais dos Registos Bibliogrficos (FRBR). Uma consequncia imediata desse desenvolvimento foi a deciso de suspender a maioria dos trabalhos de reviso das ISBDs, enquanto que o grupo dos FRBR tomou a seu cargo recomendar um nvel bsico de funcionalidade e requisitos de informao bsica para registos criados pelas agncias bibliogrficas

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    nacionais. Esta deciso provocou a suspenso permanente do projecto para identificar os componentes de uma ISBD (M) concisa porque se esperava que os resultados dos FRBR estabelecessem um princpio fundamental. Em 1988, o Grupo de Estudo publicou uma informao final11 e o Grupo de Reviso das ISBDs foi reconstitudo para iniciar uma reviso total das ISBDs com a finalidade de implementar as recomendaes dos FRBR sobre o nvel bsico dos registos bibliogrficos nacionais e assegurar a conformidade entre as disposies das ISBDs e os requisitos dos FRBR. Em relao s ISBDs, foi pedido s agncias bibliogrficas nacionais para preparar a descrio definitiva com todos os elementos obrigatrios estabelecidos nas ISBDs pertinentes, sempre que a informao seja aplicvel publicao que se descreve. Para facilitar a aplicao deste princpio, as ISBDs designam como opcional aqueles dados que no so de aplicao obrigatria, ou como condicional os elementos que so necessrios em algumas circunstncias, mas que noutras podem considerar-se opcionais. Portanto, a tarefa principal na segunda reviso geral permitiu centrar a ateno na informao que agora obrigatria nas ISBDs para assegurar que nenhum elemento obrigatrio dos FRBR fosse opcional nas ISBDs. Outra importante tarefa foi a de considerar a adaptao da terminologia ISBD aos termos dos FRBR como obra, expresso, manifestao e item, se deveriam ser introduzidos, em vez de publicao ou item, em uso nas ISBDs. O Grupo de Reviso concluiu que era essencial para a IFLA clarificar a relao entre as ISBDs e o modelo FRBR. Ao tentar levar a cabo este alinhamento, o grupo encontrou dificuldades, devido em grande parte ao facto de os termos usados nos FRBR terem sido definidos no contexto de um modelo entidade-relao concebido a um nvel maior de abstraco que as especificaes para as ISBDs. Enquanto que as entidades definidas com o modelo FRBR se baseiam claramente nos elementos que constituem a descrio ISBD12, as relaes so demasiado complexas para que se possa expressar mediante uma simples substituio de termos. Patrick Le Boeuf, presidente do Grupo dos FRBR, na sua apresentao Brave new FRBR world13 no IME ICC de Frankfurt, disse: No se deve incorporar a terminologia FRBR tal qual nas ISBDs e nas regras de catalogao, pelo contrrio estas devem manter a sua prpria terminologia especifica, proporcionando definies precisas que mostrem como cada termo nesta terminologia especifica se relaciona conceptualmente com a terminologia FRBR. Tendo em conta este conselho o grupo decidiu que a elaborao de uma tabela, na qual se descreve a relao de cada um dos elementos especficos na ISBD com o correspondente atributo de entidade na relao definida nos FRBR, satisfaria a necessidade de deixar claro que as ISBD e os FRBR beneficiam de uma relao harmoniosa. O projecto para desenvolver as correspondncias foi entregue a Tom Delsey por ICABS (Alianza IFLA-CDNL, para as Normas Bibliogrficas) e o documento foi aprovado pelo Comit Permanente da Seco de Catalogao a 9 de Julho de 2004, com o ttulo : Mapping ISBD Elements to FRBR Entity Attributes and Relationships 14. No entanto, o Grupo de Trabalho de Reviso da ISBD decidiu introduzir algumas alteraes terminolgicas, comeando com a recentemente revista ISBD (G). Entre as alteraes, est o uso do termo recurso em vez de item ou publicao. Esta deciso foi tomada porque o uso do termo item distinto do item dos FRBR, e seria fcil confundi-los.

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    RAZES PARA UMA ISBD CONSOLIDADA O Grupo de Reviso criou, em 2002, o Grupo de Estudo ISBD de Publicaes em Srie, presidido por Franoise Bourdon. Este esforo reflecte a preocupao por algumas incoerncias e ambiguidades que se haviam desenvolvido em algumas regras referentes informao registada na zona 6 das Sries e a informao relacionada com a apresentao na zona 7 das Notas. Alm disso, o Grupo de Estudo devia ter em conta os preceitos mais relevantes das AACR2 e princpios ISSN. Desta forma, podemos dizer que se pretende atingir 3 objectivos: clarificar o pressuposto da zona 6 e a sua relao com a zona 1 na ISBD (CR) e com o ISSN: identificao e transcrio; verificar a compatibilidade das fontes de informao recomendadas ou prescritas para a zona 6, em todas as ISBDs e para a zona 1 na ISBD (CR) e no ISSN; e, propor uma redaco comum para a zona 6 em todas as ISBDs. Tendo em conta a grande variedade de publicaes e a diversidade de prticas entre as agncias bibliogrficas nacionais para tratar essa informao, o Grupo decidiu concordar que a zona 6, em todas as ISBDs, principalmente para a transcrio de dados do documento que se est a catalogar e em menor medida para a identificao, e que portanto no se deviam corrigir os erros tipogrficos bvios. Outra rea de trabalho do Grupo de Reviso das ISBDs a inteno de proporcionar uma melhoria nas orientaes para o uso da ISBDs na descrio bibliogrfica de publicaes em mltiplos formatos, por exemplo, um livro electrnico ou mapas publicados em srie. Considerando a crescente existncia de recursos publicados em mais do que um suporte e os desafios que essas publicaes colocam para o controlo bibliogrfico, o Grupo de Reviso criou o Grupo de Estudo sobre Designao de Material (MDSG - Material Designation Study Group), com Lynne Howarth como presidente, com a finalidade de se centrar em trs temas em particular: (1) uso de mltiplas ISBDs e utilizao de mltiplas designaes genricas de material (GMDs General Material Designations), (2) a ordem com que se devem tratar os elementos nos casos de formatos mltiplos, e (3) o nmero de registos bibliogrficos a criar no caso de mltiplas verses. O Grupo de Reviso reflectiu sobre esses assuntos na sua reunio de 2003 em Berlim e chegou concluso de que as ISBDs deveriam requerer s agncias bibliogrficas nacionais e s bibliotecas integradas em rede, a criao de descries bibliogrficas independentes para obras publicadas em mltiplos formatos. Esta prtica facilitar o intercmbio de registos, o que constitui um dos objectivos bsicos das ISBDs. Permite-se, no entanto, que outras bibliotecas optem por fazer um nico registo se assim o desejarem. O Grupo de Estudo sobre Designao de Material encarregou-se de desenvolver um estudo geral do tema e dos seus problemas, tendo em conta as recomendaes do Grupo de Trabalho 5 sobre ttulos uniformes e GMDs (Designao Genrica de Material) do IME ICC de 2003 em Frankfurt, que estudou detalhadamente o assunto e transmitiu recomendaes muito teis. Este Grupo comeou centrando-se em duas questes: localizao da designao genrica de material (GMD)

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    identificao, clarificao e definio do contedo e nomenclatura da GMD, nas zonas 3, 5 e 7. A dado momento, tornou-se evidente a necessidade de que o trabalho sobre terminologia e nomenclatura deste Grupo de Estudo se realizasse em paralelo e de forma complementar aos trabalhos do outro Grupo de Estudo sobre a Orientao Futura das ISBDs, que tambm comeou em 2003, j que este, por sua vez, estava a preparar um texto harmonizado e, posteriormente, uma ISBD consolidada. O Grupo de Estudo sobre Designao de Material decidiu ento que conforme se completassem as reas individuais do texto harmonizado, examinaria e avaliaria a terminologia empregue actualmente nas ISBDs autorizadas e daria umas recomendaes para que o contedo e terminologia a utilizar na GMD, nas zonas 3, 5 e 7 fosse apropriada na proposta da ISBD consolidada. Tomada essa deciso, o Grupo de Estudo centrou a sua ateno nos problemas associados com o stio e localizao da designao genrica do tipo de material dentro do registo bibliogrfico. O Grupo esteve de acordo quanto importncia e primazia que tem a GMD como primeiro mecanismo de advertncia para os utilizadores do catlogo. Aps a considerao de vrias opes do Grupo de Estudo, com a aprovao do Grupo de Reviso na sua reunio a 18 de Agosto de 2005, em Oslo, decidiu o seguinte: Reconhecendo as continuas dificuldades com a actual opcionalidade, terminologia e localizao da designao genrica do material (GMD), o Grupo de Estudo sobre Designao de Material prope a criao de um componente de alto nvel, nico e independente (no numa zona numerada da ISBD), uma designao de contedo/suporte e de contedo/meioque seria obrigatria, isto , a sua consignao no registo bibliogrfico no ser opcional como at agora. O Grupo de Estudo sobre Designao de Material sublinha que esta componente independente do sistema de visualizao, isto , os diferentes sistemas podem mostrar o contedo registado da designao contedo/suporte ou de contedo/meio caso se considere mais apropriado a cada instituio. A criao de um componente nico, juntamente com as especificaes do seu contedo, ajudar a centrar o contedo das zonas 3, 5 e de alguma forma da zona 7. Desta maneira, a terminologia dentro de cada elemento ser mais precisa e distinta, podendo concentrarmo-nos nos actuais problemas de sobreposio de informao atravs das zonas relacionadas. De facto, o Grupo de Estudo est agora centrado na informao que deve estar contida dentro desse componente (GMD), assim como dentro das zonas 3, 5 e 7. O Grupo de Estudo sobre Designao de Material planificou o seu trabalho muito prximo do Grupo de Estudo sobre Orientao Futura das ISBDs, assim como tambm manteve contactos com o Comit Conjunto Directivo para a Reviso das Regras de Catalogao Anglo Americanas. Durante este processo Tom Delsey, editor da Descrio de Recursos e Acesso (RDA) seria consultado sempre que fosse necessrio. O Grupo de Estudo das Sries revelou existirem inconsistncias entre as ISBDs, e uma das suas principais tarefas, desde o incio, foi manter as disposies harmonizadas e aumentar a consistncia. Como j foi referido, o processo de reviso destinado a manter as actualizaes das ISBDs foi mais lento do que se esperaria, dado que a evoluo dos tipos de publicaes, as novas investigaes e as regras foram mudando. Ento, o Grupo de Reviso decidiu que se deveria considerar a possibilidade de juntar as ISBDs num nico documento.

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    GRUPO DE ESTUDO SOBRE ORIENTAO FUTURA DAS ISBDs At agora existem 7 ISBDs especializadas, mais a ISBD geral. Estas ISBDs foram sendo revistas e publicadas em diferentes pocas, sem mtodo para incorporar as alteraes feitas nos novos textos, que afectaram todas as ISBDs, e os textos no revistos. Por exemplo, quando se decidiu aplicar as decises tomadas sobre os elementos de informao que deveriam continuar a ser obrigatrios nas ISBDs, de acordo com o estipulado pelos Requisitos Funcionais para os Registos Bibliogrficos (FRBR), estas alteraes foram contempladas nas ISBD (M) e ISBD (CR), que foram publicadas em 2002, e na ISBD (G) publicada em 2004, embora fossem aplicveis a todas as ISBDs. A esta situao juntam-se as publicaes que tm como caracterstica ter mais do que um formato e que requerem a aplicao de mais do que uma ISBD, o que apresenta grandes dificuldades desde o momento em que existiam inconsistncias entre as diferentes ISBDs. Tudo isto levou o Grupo de Reviso a decidir, em 2003, na Conferncia em Berlim, a criao de um Grupo de Estudos sobre a Orientao Futura das ISBDs. Este Grupo de Estudo, presidido por Dorothy McGarry, depois de um ano de trabalho resolveu que a consolidao das ISBDs era possvel. O Grupo de Reviso encarregou esse mesmo Grupo de Estudo da tarefa de preparar um texto definitivo. Todas as revises que estavam em preparao foram suspensas, excepto a da ISBD (A), j que o Grupo de Estudo considerava difcil levar a cabo o trabalho de consolidao, uma vez que continuava com o processo de reviso das ISBDs especializadas. O trabalho guiou-se ento, pelos seguintes Objectivos e Princpios. Objectivos: Preparar uma ISBD consolidada e actualizada com as ISBDs especializadas, com a finalidade de satisfazer as necessidades dos catalogadores e utilizadores da informao bibliogrfica. Proporcionar consistncia e unificar sempre que possvel as disposies da descrio de todos os recursos e requerer as disposies especificas necessrias para descrever a especificidade dos tipos de recursos. Princpios: O objectivo principal das ISBD providenciar disposies para uma catalogao descritiva compatvel a nvel mundial, com a finalidade de ajudar o intercmbio internacional de registos bibliogrficos entre bibliotecas e comunidades de informao, incluindo produtores, editores, etc. Adaptar diferentes nveis de catalogao incluindo os necessrios para as agncias bibliogrficas nacionais, bibliografias nacionais, universidades e outras coleces especializadas. Especificar os elementos necessrios para identificar e relacionar um recurso. Centrar a ateno no conjunto de elementos de informao, mais do que na sua visualizao ou no uso de um sistema automatizado especfico. O desenvolvimento das disposies dever ter em conta praticas de custo efectivo. O plano e tempo de trabalho para a consolidao da ISBD, foi o seguinte: A Deutsche Nationalbibliothek preparou a primeira fuso dos textos por reas. Com a finalidade de identificar de qual ISBD provinham os textos, atribuiu-se durante o processo, uma cor diferente a cada ISBD. Partindo desta base, os membros do Grupo de

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    Estudo reorganizaram as matrizes para reunir os elementos de informao de todas as ISBDs dentro das reas, juntando os textos parecidos com o objectivo de poder determinar se eram as mesmas ou diferentes disposies. O projecto recebeu o apoio do ICABS para a primeira fuso dos textos das 7 ISBDs e para os encontros presenciais em Frankfurt; assim como a ajuda econmica do Comit Profissional da IFLA. Apresentaram-se alguns problemas e sugestes para considerao ao Grupo de Reviso da ISBD. Esta fase terminou em finais de 2005. O processo e o resultado das tabelas foram preparados quatro vezes, antes de se obter o rascunho do texto consolidado. A seguir, o Grupo de Estudo trabalhou sobre as disposies, tendo em ateno as respostas do Grupo de Reviso, com a finalidade de preparar um texto para ser apresentado na reunio de Abril de 2006, na Deutsche Nationalbibliothek. Desta reunio resultou um documento que foi enviado para reviso mundial em finais de Junho, at Setembro de 2006. Na fase seguinte, o Grupo de Estudo reviu o documento, tendo em considerao os comentrios que resultaram da reviso mundial, numa reunio realizada em finais de 2006 na Bibliothque nacionale de France em Paris, incorporando os que foram aprovados e deixando os outros para uma reflexo futura. As sugestes que implicavam grandes alteraes, deixaram-se para considerao posterior, numa primeira actualizao. O documento que continha os textos publicados das ISBDs actualizou-se, incorporando os textos da ISBD (ER) revista e aprovada pelo Comit de Catalogao, e os da ISBD (CM) e ISBD (A) depois da reviso mundial. Esta verso revista foi enviada pelo Grupo de Estudo a todos os Grupo de Reviso das ISBD a 16 de Janeiro de 2007 para sua considerao e comentrios, com um prazo de resposta at 15 de Fevereiro. O texto foi aprovado pelo Grupo de Reviso, e seguindo os seus comentrios e consideraes, foi enviada uma verso final ao Comit Permanente da Seco de Catalogao, que votou a sua aprovao em finais de Maro de 2007. Na Conferencia de Seoul de 2006, o Comit Permanente j tinha decidido que a ISBD consolidada substituiria as ISBDs especializadas. Desde o incio do projecto chegou-se a um acordo para seguir um esquema geral para cada rea. Alm disso decidiu-se recomendar: a estrutura deve ser alterar-se face a uma nova reestruturao das reas, vindo primeiro as disposies gerais que se aplicam a todo o tipo de material, seguida das excepes ou disposies adicionais necessrias para tipos de recursos especficos. as disposies existentes devem encaixar-se dentro desta nova estrutura, razo pela qual se alterou a sua ordem em relao aos textos anteriores, para conseguir um texto mais lgico e coerente. devem levar-se a cabo algumas alteraes de redaco com a finalidade de generalizar e harmonizar, dentro do possvel, atendendo s disposies obrigatrias, condicionais e opcionais, tendo em conta as ISBDs j revistas. a GMD dever mudar, a sua localizao actual a seguir ao titulo prprio, para outra posio; (para efectuar as alteraes, quer no contedo quer na localizao da GMD espera-se seguir as recomendaes que se receberam do Grupo de Designao de Material, razo pela qual foram deixadas como estavam). as alteraes mais significativas das disposies s sero feitas posteriormente. O Grupo de Estudo reconhece a importncia que a pontuao ISBD teve no passado e continua a ter hoje em dia, para poder chegar a um entendimento comum entre

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    profissionais dentro do contexto de diferentes lnguas e escritas. No entanto, tendo em conta que o 4 princpio do Grupo de Estudo centra a sua ateno no conjunto de elementos da informao, mais que na sua visualizao, decidiu-se alterar ligeiramente a pontuao. Por exemplo, quando uma zona termina com um ponto, a pontuao pode repetir-se j que a zona seguinte comea como o ponto de separao de zonas. Da mesma forma, se dentro da mesma zona se esto a fornecer diferentes elementos de informao, colocar-se- cada um dentro de parnteses rectos. As definies so muito importantes, para que todos possamos entender o mesmo quando utilizamos um termo particular. Por isso, reuniram-se todas as definies num Glossrio. Algumas alteraes mais significativas: - O uso da zona 3 limitar-se- para: dados matemticos dos recursos cartogrficos, informao especfica do formato musical e para a numerao das publicaes em srie. Nesta zona foram omitidos os recursos electrnicos. - Na zona 6 o ISSN obrigatrio, se est disponvel no recurso. - Foi decidido que os exemplos gerais exemplificaro as disposies que foram consideradas. Os exemplos completos iro ser editados numa publicao independente, e no includos na prpria ISBD. Durante a reviso mundial receberam-se muitos comentrios individuais de duas organizaes internacionais (Associao Internacional de Bibliotecas de Musica e o IME ICC4 da IFLA, o Grupo de Trabalho 4), de outras 14 organizaes e instituies e 11 pessoais representando 15 pases (Alemanha, Austrlia, Canad, China, Coreia, Crocia, Eslovnia, Finlndia, Frana, Itlia, Japo, Reino Unido, Rssia, Sucia, Estados Unidos). Em alguns casos, os comentrios entravam em contradio uns com os outros, por exemplo, alguns queriam repetir o ponto de separao das zonas, como j foi mencionado anteriormente, e outros no. Uns preferiam definies alternativas s que se apresentavam no rascunho. Na generalidade, o Grupo decidiu aceitar as sugestes quando havia consenso nas matrias. Entre os comentrios considerados incluem-se os seguintes:

    Deixou-se de utilizar o termo no livro seguindo algumas sugestes, porque o material cartogrfico, a musica anotada, os recursos electrnicos, etc., tambm so no livros, pelo que o termo era confuso.

    Houve sugestes sobre a utilizao do termorecursos integrais quando se utilizava folhas soltas actualizveis, mas o Grupo de Estudo decidiu manter o termo especfico.

    Alguns comentrios estavam em desacordo quanto utilizao de abreviaturas. O Grupo de Estudo decidiu continuar a permitir o seu uso nesta verso.

    Alterou-se o nome da zona 4 para: Zona de publicao, produo, distribuio, etc. Sugeriu-se voltar a citar a zona como anteriormente zona de publicao, distribuio, etc., mas a maioria do Grupo de Estudo preferiu a nova designao, precisamente porque se refere catalogao de diferentes tipos de recursos.

    Alguns sugeriram o abandono da utilizao de s. l. e s. n. e utilizar termos em ingls para a verso inglesa da ISBD, no entanto o Grupo de Estudo deliberou manter o s. l. e s. n. por estar de acordo com o carcter internacional da ISBD.

    Receberam-se alguns comentrios considerados irrelevantes para a ISBD.

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    Um grupo pediu para no colocar et al. depois das reticncias, e deixar simplesmente as reticncias. Mas o Grupo de Estudo pensou que a aplicao dos dois mtodos era distinta e decidiu que deveria continuar-se a utilizar et al.

    Manifestaram-se algumas preocupaes sobre a no especificao da pontuao para ttulos alternativos, mas devido s diferentes prticas de catalogao das diferentes agncias, o Grupo de Estudo no elegeu um mtodo entre elas.

    Alguns comentrios sugeriram a alterao do ttulo prprio para os recursos contnuos, no sentido de utilizar o acrnimo ou iniciais, sempre que surgiam primeiro na fonte prescrita da informao, e no a forma completa, como ocorre noutros recursos. O Grupo de Estudo decidiu que esta pratica no pode alterar-se sem antes ser discutida com o servio ISSN e a comunidade AACR de acordo com o estabelecido nas discusses mantidas quando se levou a cabo o trabalho sobre ISBD (CR)

    Algumas sugestes foram feitas no sentido de restabelecer a zona 3 para os recursos electrnicos alm dos recursos cartogrficos, msica anotada e numerao das publicaes em srie. Mas o Grupo de Reviso discutiu esta questo em detalhe e atempadamente, e decidiu que no era til. A informao requerida que se colocava na zona 3, pode ser colocada agora em notas.

    Tambm se sugeriu eliminar a zona 3 para a msica anotada. Mas esta sugesto deve ser discutida com a comunidade de musiclogos.

    Sugestes sobre incluir ou excluir a capa dos preliminares. A maioria do Grupo de Estudo preferiu no inclui-la, devido s prticas em uso nos seus pases.

    Sugestes sobre a necessidade de uma maior harmonizao no elemento de extenso na zona 5. No entanto, por outro lado, as comunidades cartogrfica e de musica impressa, que foram consultadas, preferiram continuar com a mesma prtica.

    Alguns exemplos de sugestes propostas para uma considerao futura pelo Grupo de Reviso:

    possvel uma maior reconciliao das fontes de informao para os diferentes tipos de recursos?

    Deveria ampliar-se a ISBD aos recursos no publicados? necessria uma maior actualizao das disposies, normas para os recursos

    audiovisuais, gravaes sonoras, gravaes vdeo e imagens fixas e em movimento.

    necessrio rever as disposies que constituem as alteraes mais significativas nas publicaes em srie; este aspecto foi considerado como um ponto de maior importncia pelo IME ICC 4.

    Deveria dar-se, na zona 6, a informao sobre a numerao de uma srie principal junto com o ttulo, e numerao da subsrie, em vez de colocar a numerao da srie principal na zona 7?

    Porque que necessrio usar a zona 6 para todos os nmeros de uma mesma srie?

    Que outras definies so necessrias no Glossrio, e quais necessitam de ser revistas?

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    Deve-se ter em conta um cdigo nico para os caracteres no alfabticos ou numricos? Por exemplo, dever-se-ia estudar a utilizao do smbolo de copyright cop.?

    Deveremos considerar a localizao dos nomes dos membros dos grupos musicais, interpretes, etc., a consignar em meno de responsabilidade ou em nota?

    Um estudo mais aprofundado de quando se considera que uma nova edio ou no nos recursos electrnicos.

    Houve algumas objeces em colocar a direco completa da publicao na zona 4, em vez de a colocar em nota se necessrio.

    Foram feitas algumas sugestes para acrescentar disposies na zona 5 da descrio para recursos electrnicos de acesso remoto.

    Promover o trabalho de actualizao das disposies da ISBD (NBM) e ISBD (PM), que no foram revistas recentemente.

    Sugeriu-se que no se deveriam dar as dimenses comuns e que no se deveria excluir as dimenses de nenhum recurso (por exemplo dimenses comuns para microfilmes, cassetes, etc.).

    Deve-se reconsiderar a ordem das notas, e faze-lo de acordo com a ordem dos FRBR.

    Espera-se tratar a maioria dos comentrios relativos designao do material e da sua designao especfica quando tivermos disponvel a informao do Grupo de Estudo sobre Designao do Material. O Grupo de Reviso no pretende que este texto resolva todos os problemas que existem actualmente no processo da catalogao. No entanto, pretende servir como texto definitivo actualizado para a descrio de todo o tipo de recursos publicados, e tornar mais fcil a tarefa do catalogador quando trata recursos que nas suas caractersticas contm mais que um formato. Tambm acelerar e facilitar o trabalho de assegurar a coerncia, na reviso e actualizao da ISBD no futuro. Na reunio de Seoul, e como consequncia da alterao do processo de reviso para tornar as alteraes mais rpidas futuramente, o Grupo de Reviso decidiu encomendar a sua publicao, como recurso electrnico remoto, no stio da Seco de Catalogao na IFLANET e como publicao impressa, em formato de folhas soltas actualizveis. Esta deciso foi tomada, para evitar as razes econmicas alegadas por algumas bibliotecas, que continuam a utilizar verses anteriores em vez da actualizada. O formato de folhas soltas actualizveis adapta-se perfeitamente s actualizaes peridicas e regulares, e uma opo mais econmica para as agncias de catalogao. Alm disso, facilitar o processo de manter as tradues actualizadas. PARA O FUTURO Os modelos de publicao hoje em dia esto em constante mudana, em grande parte devido ao meio electrnico, no qual estamos cada vez mais inseridos. J que cada vez maior o interesse nos metadados para promover o controle e acesso aos recursos electrnicos. A ISBD beneficiar de novas oportunidades para influenciar o contedo e o uso de outros esquemas de metadados, j que a maioria deles definem elementos que lhe so familiares. Por outro lado, importa no s considerar as novas situaes

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    bibliogrficas, mas tambm atender s prticas j estabelecidas que continuam to teis agora como o foram no passado. Portanto, necessrio que a IFLA continue a assegurar a actualizao da ISBD, e que a continue fazendo em cooperao com as agncias bibliogrficas nacionais e comits nacionais e multinacionais de catalogao. O processo de reviso continuar:

    1. Devero fazer-se alteraes na ISBD para a adaptar aos resultados do trabalho do Grupo de Estudo de Designao de Material.

    2. Deve-se continuar com o processo de reviso das disposies da ISBD (PM) e ISBD (NBM) que no foram revistas recentemente.

    3. Devem estudar-se as sugestes da Reviso Mundial que no foram consideradas no momento.

    4. E, tambm prestar-se ateno s sugestes provenientes das Reunies da IFLA de Especialistas no Cdigo de Catalogao Internacional.

    O Grupo de Reviso, alm disso, considera que os exemplos so muito importantes para compreender e aplicar a ISBD, por isso formou em 2006 um Grupo de Estudo para preparar uma publicao futura de exemplos completos como suplemento ISBD. Este grupo dirigido por William Garrison e Jaesun Lee. Podemos adiantar que a primeira reviso da ISBD ser publicada dentro de dois anos. Para mais informaes sobre os desenvolvimentos da ISBD, consultar: http://www.ifla.org/VII/s13/isbd-rg.htm 13 de Abril de 2007

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    Reconhecimento dos membros dos grupos de trabalho que prepararam as revises das ISBDs especializadas e que no foram publicadas depois da sua reviso: Membros do Grupo de Estudo da ISBD(A) (reviso 2006):

    Gunilla Jonsson (Chair), National Library of Sweden Gerd-Josef Btte, Staatsbibliothek zu Berlin Elisabeth Coulouma, Agence bibliographique de lenseignement suprieur (ABES), France Mauro Guerrini, Universit di Firenze, Italy Sirkka Havu, National Library of Finland Dorothy McGarry, University of California, Los Angeles, USA (Retired) Simon May, British Library Elizabeth Robinson, Library of Congress, USA Maria Enrica Vadal, Biblioteca Umanistica, Universit degli studi di Firenze Ruth Weiss,Staatsbibliothek zu Berlin Mirna Willer, National and University Library, Croatia

    Membros do Grupo de Trabalho sobre ISBD(CM) (Junho de 2004):

    Gran Brnhielm (Chair), The Royal LibraryNational Library of Sweden Theo Bauer, Bavarian State Library, Mnchen, Germany Francis Herbert, Royal Geographical Society, London, UK Mary Larsgaard, University of California, Santa Barbara, USA Olivier Loiseaux, Bibliothque nationale de France Elizabeth Mangan, Library of Congress, USA (Retired) Dorothy McGarry, University of California, Los Angeles, USA (Retired) Mira Miletic Drder, National and University Library, Croatia Velma Parker, Library and Archives Canada

    Membros do Grupo de Reviso da ISBD que trabalharam na ISBD(ER) (Fevereiro de 2004):

    Franoise Bourdon, Bibliothque nationale de France John D. Byrum, Jr. (Chair), Library of Congress, USA Elena Escolano Rodrguez, Biblioteca Nacional, Spain William Garrison, Syracuse University, USA Renate Gmpel, Die Deutsche Bibliothek, Germany Mauro Guerrini , Universit di Firenze, Italy Ton Heijligers (Corresponding member), Amsterdam, The Netherlands Lynne C. Howarth, University of Toronto, Canada Philippe-Corentin Le Pape, SICD des universits de Toulouse, France Cristina Magliano, ICCU-Rome, Italy Dorothy McGarry, University of California, Los Angeles, USA (Retired) Eeva Murtomaa, Helsinki University Library, Finland Glenn Patton, OCLC Online Computer Library Center, USA

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    A ISBD consolidada foi preparada para aprovao pelo Grupo de Reviso da ISBD e pelos membros do Grupo de Estudo sobre Orientao Futura das ISBDs (Novembro 2006): Franoise Bourdon Bibliothque nationale de France Elena Escolano Rodrguez Biblioteca Nacional, Spain Renate Gmpel Deutsche Nationalbibliothek, Germany Lynne C. Howarth University of Toronto, Canada Agns Manneheut (from August 2005) Agence bibliographique de lEnseignement suprieur, France Dorothy McGarry (Chair) University of California, Los Angeles, USA (Retired) Eeva Murtomaa National Library of Finland Mirna Willer National and University Library, Zagreb, Croatia John Hostage (Consultant, from August 2006) Harvard University, Cambridge, Massachussetts, USA ----------------------------- 1 http://www.d-nb.de/standardisierung/afs/imeicc_index.htm http://www.d-nb.de/news/pdf/code_comp_2003_europe_2.pdf e http://www.loc.gov/loc/ifla/imeicc/source/code-comparisons_final-summary.pdf

    2 Tillet, B. IME ICC: Report of the 1st Meeting, Frankfurt, Germany, July 28-30, 2003: Relativamente ISBD reconhece-se o grande empreendimento na normalizao internacional para a descrio bibliogrfica. A ISBD requer a transcrio da informao identificada no exemplar que se tem em mo por reas normalizadas da descrio, estabelece os elementos bsicos a incluir nessas descries, a ordem desses elementos e a pontuao prescrita, de tal forma que os registos resultantes sejam inteligveis em todo o mundo, qualquer que seja a lngua ou escrita. Disponvel em: http://www.d-nb.de/standardisierung/pdf/ime_icc_report_berlin.pdf 3AACR2; Regeln fr die alphabetische Katalogisierung - RAK (Austria, Germany); Rakovodstvo za azbuni katalozi na knigi (Bulgaria); Pravilnik i prirucnik za izradbu abecednih kataloga - PPIAK (Croatia); Anglo-americk katalogizacn pravidla (Czech republic); Katalogiseringsregler og bibliografisk standard for danske biblioteker(Denmark); Suomalaiset luettelointisnnt (Finland); AFNOR Cataloguing Rules (France), List of AFNOR Cataloguing Rules; Magyar Szabvany 3423, 3440, 3424 and Konyvtri Szabalyzat (Hungary); Regole italiane di catalogazione per autori - RICA (Italy); Kompiuterini bibliografini ir autoritetini ra sudarymo metodika

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    (Lithuania); Pravilnik i prirucnik za izradu abecednih kataloga - PPIAK (Macedonia); Regels voor de titelbeschrijving (Netherlands); Russian Cataloguing Rules (Russia); Pravilnik i prirucnik za izradu abecednih kataloga - PPIAK (Slovenia); Reglas de catalogacin (Spain); Katalogiseringsregler fr svenska bibliotek (Sweden); AACR2 compliant cataloguing code (Vatican Library)

    4Resultados da comparao das regras, apresentao ISBD http://www.d-nb.de/standardisierung/pdf/code_comp_2003_europe_2.pdf

    5 Tillet, B. Report of IME ICC2 Meeting, August 17-18, 2004 Buenos Aires, Argentina http://www.loc.gov/loc/ifla/imeicc/source/IMEICC2-report_IFLA-BA_2004.pdf

    6 Tillet, B.B. Report on the IME ICC3 Meeting, Dec 12-14, 2005 Cairo, Egypt. http://www.loc.gov/loc/ifla/imeicc/pdf/Report-IMEICC3_brief.pdf

    7 Jaesun Lee. Report on the IME ICC4 Meeting,August 16-18, 2006 Seoul, Korea http://www.nl.go.kr/icc/paper/report_1.pdf

    8 Ben Gu, Chinese Cataloguing Rules and International Cataloguing Principles: a report of similarities and differences: Numa informao especfica sobre o Cdigo de Catalogao Chins disse que estava baseado principalmente nas ISBDs e nas AACR2, tendo em conta as caractersticas chinesas e sem atender ao conceito de entrada principal. http://www.nl.go.kr/icc/paper/22_1.pdf Haruki Nagata. Nippon (Japanese) Cataloguing Rules and International Cataloguing Principles: similarities and differences: As Regras de Catalogao Japonesas (NCR) so coerentes com a ISBD, e quando entram em contradio com as NCR elabora-se uma nova regra que se adapte ISBD. http://www.nl.go.kr/icc/down/060919.pdf Soo Kim. The Present and Future of KCR.: As Regras de Catalogao Coreanas (KCR3), publicadas em 1981 aceitaram e adoptaram o mtodo de catalogao prescrito nos princpios da Descrio Bibliogrfica Internacional Normalizada (ISBD), redigindo os registos somente com a descrio. A 4 edio das regras (KCR4) publicadas em 2003, usam o sistema de descrio das KCR3 com um suplemento para descrever a diversidade de caractersticas bibliogrficas dos meios em mltiplos formatos, sem especificar a seleco ou forma dos encabeamentos. http://www.nl.go.kr/icc/paper/KCR-kim.pdf Outros: As informaes do Nepal e Sri Lanka reconhecem que a maioria das bibliotecas utilizam as AACR2. Na informao sobre as Regras de Catalogao da Indonsia, o tema no foi tratado. O representante do Cambodja informou que devido situao das bibliotecas no pas no estava disponvel a informao sobre a adopo de normas descritivas. A adeso a normas como as AACR2 limita-se a um nmero muito pequeno de bibliotecas e no h normas descritivas desenvolvidas localmente, excepto, possivelmente, em algumas bibliotecas individualmente. Outro factor que afecta a descrio da catalogao no Cambodja a ausncia de publicao de normas. http://www.nl.go.kr/icc/down/060906.pdf ; http://www.nl.go.kr/icc/down/060811.pdf ; http://www.nl.go.kr/icc/paper/Cataloguing%20in%20Cambodia.pdf

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    9Para uma introduo mais detalhada sobre as ISBDs veja-se: Byrum, John, The birth and re-birth of the ISBDs: process and procedures for creating and revising the International Standard Bibliographic Descriptions, 66th IFLA Council and General Conference, Jerusalem, Israel, 2000. Disponvel em http://www.ifla.org/IV/ifla66/papers/118-164e.htm 10 http://www.ifla.org/VI/3/nd1/isbdlist.htm 11Functional Requirements for Bibliographic Records - Final Report Disponvel em http://www.ifla.org/VII/s13/frbr/frbr.htm 12 Requisitos Funcionales de los Registros Bibliogrficos: Informe final. [Madrid]: Ministerio de Cultura, Secretara general Tcnica, 2004. p. 33:As principais fontes utilizadas para anlise incluram as Descries Bibliogrficas Internacionais Normalizadas (ISBDs), as Directivas para Entradas de Autoridade e Referncia (GARE), as Directivas para Entradas de Autoridade de Assuntos e Referncia (GSARE) e o Manual UNIMARC. 13 Le Boeuf, Patrick. Brave new FRBR world. In: IFLA Cataloguing Principles: steps towards an International Cataloguing Code: report from the 1st IFLA Meeting of Experts on an International Cataloguing Code, Frankfurt, 2003. Mnchen: K.G. Saur, 2004 Disponvel em ingls: http://www.d-b.de/standardisierung/pdf/papers_leboeuf.pdf Disponvel em espanhol: http://www.loc.gov/loc/ifla/imeicc/source/papers-eBoeuf-spa.pdf 14Accesivel em web da IFLA: http://www.ifla.org/VII/s13/pubs/ISBD-FRBR-mappingFinal.pdf 15