ISF 212 - Projeto de Superestrutura Da via Permanente - Lastro e Sublastro

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    ISF 212: PROJETO DE SUPERESTRUTURA DA VIA PERMANENTE CONJUNTO

    LASTRO, SUBLASTRO E CAMADA FINAL DE TERRAPLANAGEM

    1. OBJETIVO

    Dimensionar a altura do lastro e sublastro atravs de metodologia descrita e justificada detal maneira que as cargas induzidas pelo trfego da via e transmitidas pelo subconjuntotrilho-dormente sejam absorvidas sem que seja atingida a presso admissvel do subleitoe tambm definir as caractersticas e processos de execuo destes componentes dasuperestrutura da via.

    2. FASES DO PROJETO

    O projeto ser desenvolvido em duas fases:

    a) Fase de Projeto Bsico;

    b) Fase de Projeto Executivo.

    3CONSIDERAES GERAIS

    3.1 SUBLASTRO

    Sublastro a camada de material que completa a plataforma ferroviria e que recebe o

    lastro.

    A funo do sublastro a de absorver os esforos transmitidos pelo lastro e transferi-lospara o terreno subjacente, na taxa adequada capacidade de suporte do referido terreno,evitar o fenmeno do bombeamento de finos do subleito e diminuir a altura necessria delastro, uma vez que seu custo menor.

    Os materiais a serem empregados no sublastro podero ser obtidos "in natura" (lateritas,cascalhos, solos arenosos, etc.), ou obtidos pela mistura de dois ou mais materiais emusina ou na pista, de modo que o produto resultante tenha sempre as seguintes

    caractersticas:

    A granulometria do material dever se enquadrar numa das faixas A, B, C, D,e/ou F da AASHO segundo o mtodo DNER-M 80-64;

    A capacidade de suporte dever ser medida pelo ensaio de ndice de SuporteCalifrnia, determinado segundo o mtodo DNER-ME-49-64 e com a energiade compactao (Proctor Intermedirio) definida pelo mtodo DNER-ME-48-64.O ndice de Suporte Califrnia (ISC) mnimo admissvel de PROJETO de 20,e obtido pela expresso:

    N

    1,ISCPROJISC

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    Sendo ISC a mdia aritmtica dos resultados obtidos em N amostras dosmateriais, e uo desvio padro correspondente;

    O agregado retido na peneira n 10 deve ser constitudo de partculas duras edurveis, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isento de

    matria vegetal ou outra substncia prejudicial; A percentagem do material que passa na peneira n 200 (0,074), no poder

    superar 2/3 da percentagem que passa na peneira n 40 (0,42mm). A fraoque passa na peneira n 40 deve apresentar um limite de liquidez (LL) inferiorou igual a 25% e um ndice de plasticidade (IP) inferior ou igual a 6%;

    Expanso mxima de 1,0%;

    O ndice de grupo (IG) dever ser igual a zero;

    No caso de solos laterticos a expanso mxima admitida ser de 0,5% no

    ensaio de ISC. A frao que passa na peneira n 40 dever ter limite deliquidez inferior ou igual a 40% e ndice de plasticidade inferior ou igual a 15%.

    3.2 LASTRO

    Lastro a camada de material situada entre os dormentes e a plataforma, geralmentecomposta de pedra britada.

    O lastro tem as seguintes funes:

    Distribuir de forma uniforme sobre a plataforma os esforos resultantes dascargas dos veculos, produzindo uma taxa de trabalho menor na plataforma;

    Impedir os deslocamentos dos dormentes, vertical como horizontalmente;

    Formar um suporte, at certo limite de forma elstica, atenuando astrepidaes resultantes da passagem dos veculos rodantes;

    Sobrepondo-se a plataforma, suprimir suas irregularidades, formando umasuperfcie contnua e uniforme para os dormentes e trilhos;

    Facilitar a drenagem da superestrutura;

    A altura do lastro sob os dormentes deve obedecer a altura mnima abaixo:

    Classe I - 40 cm; Classe II - 30 cm;

    Classe III - 25 cm.

    Nos casos especiais de plataforma rgida de concreto armado dispensvel o uso delastro.

    Quando a plataforma for constituda por rocha estvel a altura mnima do lastro poderser de:

    Classe I - 20 cm;

    Classe II - 20 cm;

    Classe III - 30 cm.

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    Nos desvios, em que a velocidade mxima seja de at 30 km/h, a altura mnima poderser de 15 cm.

    O talude de lastro no ter inclinao maior que 1:1,5 (altura-base), obedecida ascondies mnimas da banqueta:

    Classe I - 30 cm;

    Classe II - 20 cm;

    Classe III - 15 cm.

    No caso de trilhos longos soldados, o ombro do lastro ser no mnimo de 30 cm, qualquerque seja a classe da ferrovia.

    O lastro no dever cobrir os dormentes, sendo coroado a 5 cm da face superior dosmesmos. No caso de dormente de concreto, com sapatas ligadas por tirante metlico, o

    lastro ficar 2 cm abaixo da face inferior do tirante, cumprindo, porm, o coroamento de 5cm, nas sapatas de concreto.

    Nas vias de ptios ou cruzamentos em que se verifique movimentao de pessoal a p ouque apresentem dificuldades para limpeza, os vos entre dormentes podero serpreenchidos com subproduto de pedra britada para lastro, com material que passa napeneira de 19,0mm e fica retido na de 9,5mm.

    Nos locais onde haja movimentao de veculos rodovirios sobre as vias, opreenchimento poder ter coroamento ao nvel do contratrilho.

    Tendo por objetivo evitar a cravao do lastro no subleito e sua consequentecontaminao por finos, recomenda-se a insero de uma camada de bloqueioconstituda por pedrisco com 5 cm.

    4 ESPECIFICAES

    O lastro de pedra britada deve ser de constituio homognea, com fragmentos duros,limpos, resistentes e durveis, com superfcies speras e angulosas, forma cbica, comreduzida capacidade de absoro, livres de quantidades prejudiciais de substnciasnocivas, conforme Especificao apresentada a seguir, elaborada com base nas normas

    da ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas e, como complementao destas,as normas da AREA - American Railway Engineering Association.

    4.1 CARACTERSTICAS PETROGRFICAS

    O lastro deve ser obtido pela britagem de material extrado de rochas duras e ss,reconhecidas como de boas caractersticas petrogrficas para o uso em lastro de viafrrea.

    As jazidas devero ser objetos de estudos geolgicos e petrogrficos realizados por

    entidade especializada reconhecida como idnea pelo DNIT, observadas as normas daABNT (NBR 6490, NBR 7389 e NB-48) e devem ser limpas de materiais que possamcontaminar o lastro produzido.

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    4.2 PROPRIEDADESFSICAS

    O material para lastro deve apresentar as seguintes caractersticas:

    Massa especfica aparente mnima (MB-983) 2,4 t/m;

    Absoro mxima de gua (MB-893) 1,0%;

    Porosidade aparente mxima (MB-893) 2,0%;

    Pureza/sulfato de sdio (ASTM-C 88) 5,0%;

    Partculas planas e/ou alongadas 5,0%.

    4.3 PROPRIEDADES MECNICAS

    O material para lastro deve apresentar as seguintes propriedades mecnicas:

    ndice mximo de desgaste de abraso obtido no teste Los Angeles (NBR6465)30%;

    Resistncia do choque - ndice de tenacidade "Treton" mximo (NBR8938)

    20%;

    Resistncia mnima compresso simples axial 100 MPa.

    4.4 GRANULOMETRIA

    A granulometria ser limitada entre as dimenses que variam entre 19,1mm (3/4) e

    50,8mm (2), admitindo-se uma tolerncia mxima de 5% na menor dimenso at 12,7mm(1/2), condicionada aos percentuais do quadro a seguir.

    ABERTURA NOMINAL DA MALHA PERCENTAGEMACUMULADAQUE PASSA

    PERCENTAGEMACUMULADA

    RETIDAmm Polegada

    63,5 2 1/2 100 0

    50,8 2 80100 020

    39,1 1 1/2 4070 3060

    25,4 1 1030 709019,1 3/4 010 90100

    12,7 1/2 0 -- 5 95100

    A granulometria da pedra britada para lastro determinada com auxlio de peneiras delaboratrio tendo malhas quadradas padronizadas pela ABNT (NBR-5734).

    4.5 SUBSTNCIAS NOCIVAS

    A quantidade de substncias nocivas e impuras presentes no lastro, ser tolerada at osseguintes valores:

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    Materiais pulverulentos (NBR-7219) 1,0%;

    Torres de argila (NBR-7218) 0,5%;

    Fragmentos macios e friveis (MB-1061) 5,0%.

    5 ELABORAO DO PROJETO

    Conhecida a presso admissvel no lastro que ser transmitida camada subjacente apartir da presso gerada na interface dormente-lastro a altura do lastro necessria paradistribuir a presso recebida do dormente dever ser determinada preferencialmente porequaes recomendadas pela AREA tais como a de Talbot ou a de Boussinesq.

    O dimensionamento do sublastro dever ter o mesmo tratamento dado camada final deterraplenagem em face de suas semelhanas granulomtricas e mecnica sendo adeterminao da presso admissvel dos materiais que compem as camadas feita com

    base em: ensaios triaxiais de carga cclica;

    CBR;

    Mdulo de elasticidade.

    5.1 FASE DE PROJETO BSICO

    Esta fase compreende a identificao das condicionantes bsicas do projeto, a seleodas ocorrncias de materiais que possam ser utilizados no sublastro e lastro, o

    dimensionamento preliminar de alternativas estruturais, que sero objeto de anlisetcnico-econmica. Nesta fase o projeto da superestrutura da via permanente fornecer,tambm, os quantitativos aproximados para orar os diferentes servios que o compem.

    5.2 FASE DE PROJETO EXECUTIVO

    O projeto do subconjunto lastro sublastro da superestrutura da via permanente, nesta fasede Projeto Executivo, constituir-se- de:

    Estudo estatstico e definio do ndice de suporte do subleito;

    Definio dos materiais a serem utilizados no sublastro e lastro;

    Apresentao das ocorrncias de materiais, com indicao dos locais deextrao e beneficiamento, acompanhados dos ensaios que demonstrem a suaqualidade;

    Dimensionamento do subconjunto lastro sublastro na via principal, nas viassecundrias, nos terminais e ptios ferrovirios;

    Clculo dos volumes e distncias de transporte dos materiais empregados.

    Conjunto de desenhos, quadros, tabelas, notas de servio e outros que sefaam necessrios para a perfeita implantao do projeto;

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    6 APRESENTAO

    6.1 FASE DE PROJETO BSICO

    Nesta fase a apresentao do projeto dar-se- atravs do Relatrio Bsico/Final do

    Projeto Executivo/Bsico de Engenharia a que corresponde, constitudo de textoexplicativo e desenhos das solues propostas, conforme discriminado a seguir:

    RELATRIO BSICO/FINAL

    Volume Discriminao Matrias Formato

    1Relatrio do Projeto

    Bsico

    - Anlise tcnica-econmica de alternativas desolues estruturais;

    - Concepo do projeto da alternativaindicada;

    - Discriminao de todos os servios;

    distncias de transporte e quantidade;- Especificaes Particulares e

    complementares.

    A4

    3 Memria Justificativa

    2 Projeto Bsico deExecuo

    - Desenhos das sees transversais tipo, emtangente e em curva;

    - Croquis da pedreira, indicando a localizaono trecho, com amarrao precisa emrelao ao eixo da ferrovia e posio dosfuros de sondagens preliminares, volumeestimado de decapagem e volume tilestimado em relao ao plano de ataque

    previsto, informaes relativas aoproprietrio da rea de ocorrncia e resumodas caractersticas petrogrficas, fsicas emecnicas da rocha analisada;

    A3 ouA1

    3B Estudos Geotcnicos- Quadro-resumo de resultados de ensaios do

    estudo preliminar de ocorrncia de materiais.A4

    4 Oramento- Relao dos servios a executar;- Custos unitrios de cada servio.

    A4

    6.2 FASE DE PROJETO EXECUTIVO

    O Projeto, na Fase de Projeto Executivo, ser apresentado no Relatrio Final do ProjetoExecutivo de Engenharia a que corresponde, compreendendo os seguintes volumes:

    Relatrio Final

    Volume Discriminao Formato

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    MinutaImpressodefinitiva

    1

    Relatrio do Projeto e Documentos para a Licitao

    - Concepo do projeto;

    - Discriminao de todos os servios, quantidades edistncias de transporte.

    - Especificaes Particulares e Complementares.

    A4 A4

    2

    Projeto de Execuo

    - Quadro-resumo contendo os quantitativos e distnciasde transporte dos diversos materiais que compem olastro e sublastro;

    - Grfico de distribuio dos materiais e espessuras dascamadas, final de terraplenagem, sublastro e lastro aolongo do trecho;

    - Desenhos da seo transversal tipo, em tangente e emcurva, da via principal, de vias secundrias, desvios,passagens em nvel, terminais e ptios ferrovirios;

    - Planta detalhada de pedreira com curvas de nvel de1 m a 1 m, indicando a localizao no trecho, comamarrao precisa em relao ao eixo da ferrovia eposio dos furos de sondagens, sees transversaismostrando os horizontes delineados pelas sondagensrotativas, rea prevista para explorao, volume estimadode decapagem, volume til em relao ao plano de ataqueprevisto, informaes relativas ao proprietrio da rea deocorrncia e resumo das caractersticas petrogrficas,

    fsicas e mecnicas da rocha analisada;- Demais desenhos que elucidem o projeto.

    A1 A3

    3Memria Justificativa

    - Memria de clculo do dimensionamento dolastro e sublastro.

    A4 A4

    3B

    Estudos Geotcnicos

    - Quadros-resumo de resultados de ensaios;

    - Boletins de sondagens das ocorrncias de materiais;

    - Boletins de sondagens do subleito.

    A4 A4

    3DNotas de Servio e Clculo de Volumes

    - Notas de servio das camadas de sublastro e/ou lastro.A4 A4

    4

    Oramento e Plano de Execuo

    - Relao dos servios a executar;

    - Custos unitrios dos servios;

    - Cronograma fsico - financeiro;

    - Plano de Execuo.

    A4 A4

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