Isildagomes_23junho 2016 entrevista_Barlavento

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14 barlavento | 23JUN2016 | 2014 POLÍTICA barlavento - Voltou a ser re- conduzida pelo secretário- geral do Partido Socialista, António Costa, no Secreta- riado Nacional do PS. É um sinal do reforço da confian- ça em si e no Algarve? Isilda Gomes - Não me cabe a mim fazer apreciações sobre a minha prestação, enquanto membro do Secretariado Na- cional do PS. Digo apenas o ób- vio, se o secretário-geral não considerasse positiva a minha prestação, não me teria convi- dado a acompanhá-lo em mais um mandato. Também consi- dero que a minha experiência como autarca e o contributo que possa dar, num mandato que terá como ponto alto elei- ções para as autarquias, possa ter pesado na escolha do Antó- nio Costa. É ainda um sinal de que o secretário-geral se preo- cupa com o Algarve, quer que as questões da região façam parte da agenda nacional do partido e da atual governação e que deposita em mim essa enorme responsabilidade de ser a porta-voz desta região na estrutura máxima do par- tido. Como sabem sou algar- via de coração, pelo que esta nomeação é uma grande hon- ra para mim. Garanto que tudo farei para que a voz do Algar- ve esteja sempre presente e que seja ouvida. É um traba- lho de todos os que foram elei- tos para os órgãos nacionais do PS. Quais são as responsabili- dades que tem neste cargo? Isilda Gomes continua firme no Secretariado Nacional do PS Ana Sofia Varela | [email protected] Como órgão executivo, cabe ao Secretariado assegurar a exe- cução das deliberações e deci- sões dos órgãos nacionais do partido. É uma espécie de go- verno do partido, onde são de- batidas as grandes questões, mas também por onde passa a gestão corrente do PS. Quais as mais-valias? A re- gião e, em concreto, Porti- mão continuam a ter uma voz ativa na defesa dos seus interesses? Na sequência da resposta an- terior quero sublinhar que no Secretariado se discutem questões de âmbito nacional, mas como diz o povo e com ra- zão «longe da vista, longe do coração». Seria insensato não aproveitar o facto de estar no Secretariado para defender as grandes questões do Algar- A presidente da Câmara Municipal de Portimão e ex-governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, continua de pedra e cal nos mais altos órgãos socialistas e, em entrevista ao «barlavento» explica quais as vantagens para o Algarve ao ter representação a nível nacional no Partido Socialista ve. Relativamente a Portimão, deixe-me dizer-lhe que, infe- lizmente, existem outras au- tarquias com problemas de sobre-endividamento. Porti- mão, neste aspeto, está longe de ser um caso isolado. Garan- tir que essas autarquias têm por parte do governo a aju- da necessária é fazer a minha obrigação enquanto autarca, vice-presidente da Associação Nacional de Municípios e tam- bém enquanto membro do Se- cretariado Nacional do Parti- do Socialista. António Costa tem conside- rado as eleições autárquicas como um dos desafios. Qual o objetivo e a estratégia a se- guir? O principal objetivo será o de vencer estas autárquicas. O acordo parlamentar, que per- mitiu formar este governo, tem provado que é possível, mesmo num quadro de gran- de exigência, ter políticas de esquerda que contrariem o empobrecimento forçado nos últimos quatro anos. Temos a consciência plena que o fu- turo do próprio governo tam- bém dependerá da força que o PS conseguir demonstrar nes- tas eleições. A principal tarefa do Partido Socialista será a de continuar a manter-se como o maior partido português em termos autárquicos, renovan- do dessa forma a liderança da Associação Nacional de Muni- cípios Portugueses. Lidera uma Câmara Mu- nicipal de tradição socia- lista. Pela sua experiência como presidente, qual será o grande desafio para man- ter a autarquia? O grande desafio não é de ago- ra, começou quando eu e a equipa que me acompanha to- mou posse e esse desafio tem evoluído ao longo de quase es- tes 1000 dias de governação. Começou por ser o de man- ter a porta da Câmara de Por- timão aberta, de parar a «san- gria» de penhoras e, ao mes- mo tempo, conseguir que se pagassem salários, continuan- do a pagar a dívida para recu- perar a confiança dos credo- res e dos cidadãos. Depois, foi o desafio de colocar as contas em dia. Conseguimos, no fi- nal do segundo ano de gover- nação, que a Câmara de Porti- mão atingisse resultados po- sitivos. Há 10 anos que isso não acontecia tendo sido este o melhor resultado de sem- pre. Ao mesmo tempo, apre- sentámos a nossa candidatu- ra ao Fundo de Apoio Munici- pal (FAM) e conseguimos que a Direção Executiva do FAM, após parecer positivo da Co- missão de Acompanhamen- to, aprovasse a candidatura de Portimão. Muita gente dizia que isso não seria possível. O nosso dossier está, neste pre- ciso momento, a ser analisado pelo Tribunal de Contas. Mas há um grande desafio que me continua a mover, o de deso- nerar os portimonenses que, nestes últimos anos, têm pago impostos sempre no máximo e o de, simultaneamente, conse- guir que esta autarquia fique sem constrangimentos legais para voltar a prestar serviços públicos condizentes com os impostos que os portimonen- ses pagam. Numa frase, o meu grande objetivo é começar a devolver aos portimonenses o

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Mas há um grande desafio que me continua a mover, o de desonerar os portimonenses que, nestes últimos anos, têm pago impostos sempre no máximo e o de, simultaneamente, conseguir que esta autarquia fique sem constrangimentos legais para voltar a prestar serviços públicos condizentes com os impostos que os portimonenses pagam.

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14 barlavento | 23jun2016 | Nº2014

política

barlavento - Voltou a ser re-conduzida pelo secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, no Secreta-riado Nacional do PS. É um sinal do reforço da confian-ça em si e no Algarve?Isilda Gomes - Não me cabe a mim fazer apreciações sobre a minha prestação, enquanto membro do Secretariado Na-cional do PS. Digo apenas o ób-vio, se o secretário-geral não considerasse positiva a minha prestação, não me teria convi-dado a acompanhá-lo em mais um mandato. Também consi-dero que a minha experiência como autarca e o contributo que possa dar, num mandato que terá como ponto alto elei-ções para as autarquias, possa ter pesado na escolha do Antó-

nio Costa. É ainda um sinal de que o secretário-geral se preo-cupa com o Algarve, quer que as questões da região façam parte da agenda nacional do partido e da atual governação e que deposita em mim essa enorme responsabilidade de ser a porta-voz desta região na estrutura máxima do par-tido. Como sabem sou algar-via de coração, pelo que esta nomeação é uma grande hon-ra para mim. Garanto que tudo farei para que a voz do Algar-ve esteja sempre presente e que seja ouvida. É um traba-lho de todos os que foram elei-tos para os órgãos nacionais do PS.

Quais são as responsabili-dades que tem neste cargo?

isilda Gomes continua firme no Secretariado Nacional do PS

Ana Sofia Varela | [email protected] Como órgão executivo, cabe ao Secretariado assegurar a exe-cução das deliberações e deci-sões dos órgãos nacionais do partido. É uma espécie de go-verno do partido, onde são de-batidas as grandes questões, mas também por onde passa a gestão corrente do PS.

Quais as mais-valias? A re-gião e, em concreto, Porti-mão continuam a ter uma voz ativa na defesa dos seus interesses?Na sequência da resposta an-terior quero sublinhar que no Secretariado se discutem questões de âmbito nacional, mas como diz o povo e com ra-zão «longe da vista, longe do coração». Seria insensato não aproveitar o facto de estar no Secretariado para defender as grandes questões do Algar-

A presidente da Câmara Municipal de Portimãoe ex-governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, continuade pedra e cal nos mais altos órgãos socialistas e,em entrevista ao «barlavento» explica quais asvantagens para o Algarve ao ter representaçãoa nível nacional no Partido Socialista

ve. Relativamente a Portimão, deixe-me dizer-lhe que, infe-lizmente, existem outras au-tarquias com problemas de sobre-endividamento. Porti-mão, neste aspeto, está longe de ser um caso isolado. Garan-tir que essas autarquias têm por parte do governo a aju-da necessária é fazer a minha obrigação enquanto autarca, vice-presidente da Associação Nacional de Municípios e tam-bém enquanto membro do Se-cretariado Nacional do Parti-do Socialista.

António Costa tem conside-rado as eleições autárquicas como um dos desafios. Qual o objetivo e a estratégia a se-guir?O principal objetivo será o de vencer estas autárquicas. O acordo parlamentar, que per-mitiu formar este governo, tem provado que é possível,

mesmo num quadro de gran-de exigência, ter políticas de esquerda que contrariem o empobrecimento forçado nos últimos quatro anos. Temos a consciência plena que o fu-turo do próprio governo tam-bém dependerá da força que o PS conseguir demonstrar nes-tas eleições. A principal tarefa do Partido Socialista será a de continuar a manter-se como o maior partido português em termos autárquicos, renovan-do dessa forma a liderança da Associação Nacional de Muni-cípios Portugueses.

Lidera uma Câmara Mu-nicipal de tradição socia-lista. Pela sua experiência como presidente, qual será o grande desafio para man-ter a autarquia?O grande desafio não é de ago-ra, começou quando eu e a equipa que me acompanha to-

mou posse e esse desafio tem evoluído ao longo de quase es-tes 1000 dias de governação. Começou por ser o de man-ter a porta da Câmara de Por-timão aberta, de parar a «san-gria» de penhoras e, ao mes-mo tempo, conseguir que se pagassem salários, continuan-do a pagar a dívida para recu-perar a confiança dos credo-res e dos cidadãos. Depois, foi o desafio de colocar as contas em dia. Conseguimos, no fi-nal do segundo ano de gover-nação, que a Câmara de Porti-mão atingisse resultados po-sitivos. Há 10 anos que isso não acontecia tendo sido este o melhor resultado de sem-pre. Ao mesmo tempo, apre-sentámos a nossa candidatu-ra ao Fundo de Apoio Munici-pal (FAM) e conseguimos que a Direção Executiva do FAM, após parecer positivo da Co-missão de Acompanhamen-to, aprovasse a candidatura de Portimão. Muita gente dizia que isso não seria possível. O nosso dossier está, neste pre-ciso momento, a ser analisado pelo Tribunal de Contas. Mas há um grande desafio que me continua a mover, o de deso-nerar os portimonenses que, nestes últimos anos, têm pago impostos sempre no máximo e o de, simultaneamente, conse-guir que esta autarquia fique sem constrangimentos legais para voltar a prestar serviços públicos condizentes com os impostos que os portimonen-ses pagam. Numa frase, o meu grande objetivo é começar a devolver aos portimonenses o

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barlavento Nº 2014, 23-06-2016

Bombeiros de Faro- “Cruz Lusa”Associação Humanitária dos Bombeiros de FaroRua Comandante Francisco Manuel,nº 7 a 13 - 8000-250 FAROTelefone 289 803 066e-mail: [email protected]

ConvoCatóriaNos termos do preceituado do Art.º 41 dos Estatutos, convo-cam-se todos os sócios para uma Assembleia Geral Ordiná-ria a realizar na sede da Associação no dia 30 de Junho de 2016, pelas 20.30 horas com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apresentação do plano de actividades do ano 20162. Apresentação do orçamento para o ano 20163. Discussão e Aprovação do Relatório de Contas de

Gerência do ano anterior e do parecer do Conselho Fiscal

Para constar, e devidos efeitos, se lavrou o presente Edital, que vai ser afixado nos locais de estilo do Município, colo-cado on-line, e publicado num dos jornais editados na área do Município.

Faro, 09 de Junho de 2016

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Eng. João Manuel Gaspar Pedro

política

Representantes algarvios no PSNa sua primeira reunião deste mandato, a 16 de ju-nho, a Comissão Nacional do Partido Socialista elegeu militantes algarvios para a mesa (Luís Graça), para o Secretariado Nacional (Isil-da Gomes) e para a Comis-são Política Nacional (Vítor Aleixo, efetivo, Josélia Gon-

çalves e José Águas da Cruz, suplentes). Antes, durante o Congresso Nacional, no iní-cio de junho, havia sido elei-ta a Comissão Nacional, na qual estão integrados Jor-ge Botelho, Luís Graça, Ana Passos, Joaquina Matos, Fer-nando Anastácio, António Miguel Pina, Miguel Freitas

(efetivos), Francisco Mar-tins, Vítor Guerreiro, Célia Brito, Ana Sofia Belchior e Ricardo Veia Calé (suplen-tes), a Comissão Nacional de Jurisdição (Francisco Olivei-ra) e a Comissão Nacional de Fiscalização Económica e Financeira (Pedro Pimpão, suplente).

Isilda Gomes revela ainda, em entrevista exclusivaao «barlavento», alguns dos projetos futuros para Portimão, mas também a sua opinião sobre asportagens na A22, obras na Estrada Nacional 125e o atual estado da saúde no Algarve

Autarca quer ver responsabilizado quem tomou más decisões na área da saúde no Algarve

A saúde tem sido a sua grande «batalha», enquan-to presidente da Câmara Municipal. No entanto, ape-sar das medidas anuncia-das ainda são notícia pro-blemas no Serviço Nacio-nal de Saúde (SNS) na re-gião. Qual é a sua opinião sobre a atual situação da saúde no Algarve?Considero que as medidas que foram tomadas, nos últi-mos três anos na área da saú-de no Algarve, foram crimi-nosas. Tenho a esperança que quem as tomou seja politica-mente julgado por aquilo que fez com a saúde da nossa re-gião. E, sobre isto, tenho pena que, na altura em que deter-minadas decisões foram to-madas, certas pessoas, que exerciam funções públicas relevantíssimas na área da saúde, não tenham assumido publicamente o seu desacor-do e se tenham calado. Se na altura certa tivessem falado, talvez hoje não fosse necessá-rio recorrer a «salvadores da pátria». Está-se a tentar re-verter decisões tomadas no passado recente e demora-rá tempo até que se notem os resultados. É muito mais fácil destruir do que construir. Sei que criminoso pode parecer excessivo, mas o que se pode dizer de um conjunto de me-didas cujo objetivo delibera-do foi racionalizar de forma cega, diminuindo a qualidade

da assistência médica a uma parte significativa da popula-ção de Portimão e do Algarve - e isto depois de um Tribunal ter dado razão à providência cautelar que foi interposta por mim. Face ao atual esta-do, depois da sangria a nível dos recursos humanos, onde médicos saíram em debanda-da do SNS no Algarve, é ex-tremamente complicado re-por os níveis assistenciais de outrora. Caso a situação não comece, no curto prazo, a dar sinais de melhoria, não terei nenhum pejo em dar a cara pelo nosso hospital e liderar os portimonenses nesta luta que deve ser de todos.

E como vê a situação das portagens na A22, com a EN125 cheia de estaleiros de obras?Parecia-me da mais elemen-tar justiça que, enquanto du-rassem as obras na EN 125, se pudessem suspender as portagens na A22 e tive a oportunidade de dizer isso mesmo ao senhor secretário de Estado das Infraestrutu-ras. Ainda na semana passa-da, o trânsito na ponte nova foi cortado e o transporte pesado, para e de Portimão, apenas se podia fazer pela A22. Não podemos começar uma intervenção da magni-tude da que está a ser feita neste momento na EN125 sem acautelarmos dois as-

petos fundamentais: que as obras não apanham o perío-do de verão e que não exis-tam alternativas viáveis para se circular no Algarve sem constrangimentos. Também me parece que vai ser possí-vel reduzir o valor das por-tagens permanentemente na A22 sem pôr em causa a sus-tentabilidade financeira do concessionário. Espero que esta medida esteja para mui-to breve.

Um dos grandes investi-mentos para Portimão é o Porto de Cruzeiros. Foram aprovadas as dragagens para viabilizar a prova de Motonáutica, mas há mais intervenções prioritárias a fazer. Sempre avança a re-qualificação do Porto e da envolvente, falava-se do encurtamento da barra, do alargamento do cais co-mercial utilizando o cais da Marinha?Vamos ter de separar as águas, a intervenção que se vai agora fazer visa tão só o desassoreamento de uma parte do Rio Arade, em fren-te ao Clube Naval, que per-mitirá, além da prova de mo-tonáutica, a navegabilidade naquela parte específica do rio, o que se traduzirá numa maior segurança para a na-vegação, nomeadamente das embarcações marítimo turís-ticas. Quanto ao resto, existe

um conjunto de intervenções que visam permitir que na-vios de maior calado possam atracar em Portimão. Trata-se de dotar o porto comercial com capacidade para receber navios de cruzeiro de maio-res dimensões, logo mais passageiros. Este conjunto de intervenções estão a cargo da Administração dos Portos de Sines e Algarve e, quer pela sua dimensão, quer pelos re-cursos que absorve, deve ser um investimento feito com grande critério. Está em fase de estudo para se encontrar as melhores soluções. Espero em breve ter acesso a esses estudos para que, finalmente, possamos ter a potencialida-de do nosso porto maximiza-da e um turismo de cruzeiros pujante na nossa cidade. Esta é uma obra fundamental para toda a região com especial in-cidência no Barlavento algar-vio. Portimão tem uma loca-lização privilegiada, relativa-mente às principais rotas de cruzeiros, e a barra mais se-gura do país, pelo que des-perdiçar esta oportunidade seria um atentado contra o desenvolvimento económico do Algarve.

Pode levantar o véu sobre o que algum investimento ou projeto futuro para Por-timão, seja pela autarquia ou por privados?Quero que fique claro que,

tal como disse na campanha eleitoral, as nossas grandes obras são as pessoas. No en-tanto, existem um conjun-to de intervenções que, pela sua urgência, não podemos continuar a adiar. Estou a fa-lar do novo cemitério, cuja proposta de nova localiza-ção já se encontra em con-sulta pública, através do Pla-no de Pormenor da Quin-ta do Malheiro. Como todos sabem o antigo cemitério já esgotou a sua capacidade e é urgente encontrar uma al-ternativa condigna. A nos-sa ideia é que se localize na parte norte da cidade, numa zona tranquila, e que per-mita o fácil acesso daqueles que querem homenagear os seus entes queridos. Outra obra que é urgente é a cons-trução de uma gare rodoviá-ria que permita, a que quem chegue ou parta de Portimão de autocarro, tenha condi-ções mínimas para aguardar sem estar à chuva ou ao sol, como hoje acontece. Espero

poder lançar esta obra ain-da durante o verão. Não que-remos nenhuma obra mega-lómana. Iremos aproveitar parte do mercado por gros-so, que se encontra desativa-do, e adaptar aquela infraes-trutura para um novo uso. Uma cidade turística tem de ter condições para receber quem nos visita e não nos podemos esquecer que este tipo de transporte é utiliza-do sobretudo por estudantes e por pessoas de mais ida-de. Temos ainda que resol-ver dois ou três constrangi-mentos na circulação auto-móvel em Portimão. Serão pequenas intervenções que reduzirão a sinistralidade e procurarão tornar mais flui-do o trânsito na cidade. Gos-tava de realçar que nenhuma destas obras constava das cem medidas que apresentei aos portimonenses, quando me candidatei e que só se-rão possíveis porque conse-guimos estabilizar a Câmara do ponto de vista financeiro.

O evento âncora do verão será o Festival da Sardinha. O que está previsto?Está previsto um evento de forte cariz popular, que de-correrá de 3 a 7 de agos-to, onde a entrada será livre, com o melhor da música por-tuguesa. Oportunamente di-vulgaremos o cartaz, com a animação de rua a percorrer as principais artérias do cas-co urbano da cidade e uma Zona Ribeirinha com muito para desfrutar. A grande no-vidade deste ano é a de que todos os restaurantes que vendam sardinha assada na área de influência do evento, possam integrar os restau-rantes oficiais do Festival da Sardinha.

seu esforço, melhorando o es-paço público, apoiando o mo-vimento associativo e conti-nuando a apoiar aqueles que têm mais dificuldades.

Na sua opinião, que Câma-ras Municipais no Algarve podem ser o grande desafio para o PS? Seja manter ou conquistar...Não pretendo individualizar, mas começo por afirmar que tenho muito orgulho na equi-pa de autarcas que o Parti-do Socialista tem no Algarve. Nas últimas eleições autárqui-cas, o PS conseguiu conquistar

o maior número de câmaras, apresentando programas rea-listas e candidatos que tinham em comum a proximidade

com as pessoas, o dinamismo na sua atuação diária, o bom senso e a solidariedade para com os mais necessitados. Se

formos capazes de repetir esta fórmula de sucesso, penso que seremos capazes de manter e até conquistar autarquias.