ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

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ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTE Trypanosoma cruz; (epimastigota) Tese de Doutoramento apresent partamento de Bioquímica do Química da Universidade de -1974 -

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MARIA JÚLIA MANSO ALVES

ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DETrypanosoma cruz; (epimastigota)

Tese de Doutoramento apresentada ao De­

partamento de Bioquímica do Instituto de

Química da Universidade de São Paulo.

-1974 -

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Page 3: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

Ag JL.a.d e.cime. nt06

AO V~. W. ColLi. pe.lo apoio, Lnce.ntivo e. con6ian~a. Pe.l~

6·ac.i..LLdadu p!l.opo.itcionad~ p.a!l.a o amadu!l.e.cime.nto de.66a te.­

6e.. Pe.la cama!l.adage.m e.6tabe.lec~da.

Ao V!l.. f!l.ne.y P. Cama!l.go pe.la 6uge.6tão ~nicial do tema e. p~

la boa vontade con6tante.me.nte. de.mon6t!l.ada.

~ V!l.a. Lélia Mennucci e ao V!l.. J.C.C. Maia pe.la inicia~ão

cienu6i.ca.

Ao V!l.. J.F. Fe.!l.nand~ e ã equi.pe. de 6eu labo!l.atõ!l.io pela

int!l.odu~ão ao e6tudo d06 -iAipan0440m04.

à Muna C. Ande!l.Y pela excelente a44i6tência técnica. Ã

V. Ca!l.me~ ~. Pinto pelo 4UXt~O con6tante.

A06 coleg~ do Vepa!l.tamento de BioquZmica que em di6e!l.en­

te.6 0po!l.tunidade4 oóe!l.ece!l.am 6uge6tõe.6 vali06~.

à Fundacão de Ampa!l.o ã Pe.6qui6a do f6tado de. são Paulo e

ao COn6e.lho Nac~onal de Pe6qui6~ fCNPq-FINfP) pelo apoio

6inance.i!l.o.

Page 4: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

!NDICE

pAG.

RESUMO 1

INTRODUÇÃO 3

Superfície celular de tripanossomos 7

Concanavalina A (con A) 10

Glicoproteínas 14

MATERIAL E M!TODOS 19

A. Células 19

Obtenção de formas epimastigotas 19

Obtenção de formas tripomastigotas metaciclicas 20

Obtenção de formas tripomastigotas sanguícolas 20

Determinação do número de células 21

Meios de cultura 21

(a) Meio LIT 21

(b) Meio HIL 22

B. Experimentos com concanavalina A (con A) 23

Aglutinação de células por con A 23

Inibição da aglutinação 24

Incubação das células com tripsina 25

C. Isolamento e caracterização parcial do complexo

glicoproteico 25

Cromatografia em papel dos açúcares 25

Determinação quantitativa dos açúcares por

densitometria 27

Análise de aminoácidos 29

Extração do complexo glicoproteico 30

Cromatografia em coluna de DEAE-celulose 31

Filtração em gel 32

Eletroforese em gel de poliacrilamida 32

(a) Eletroforese na ausência de SDS 33

(b) Eletroforese na presença de SDS 34

(c) Densitometria do gel de poliacrilamida 34

Determinação de peso molecular 35

Dosagens 35

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DISCUSSÃO 136

REFERtNCIAS BIBLIOGRAFICAS 146

Efeito de con A sobre formas tripomastigotas

sanguícolas 42

B. Isolamento e caracterização parcial de um

complexo glicoproteico extraído de formas

epimastigotas de ~ cruzi 43

Isolamento e purificação parcial 43

(a) Isolamento 43

(b) Purificação parcial por cromatografia 43

Experimentos de eletroforese em gel de

poliacrilamida 46

(a) Eletroforese na ausência de SDS 47

(b) Eletroforese na presença de SDS 47

(c) Tratamento da fração aquosa com pronase 50

Crornatografia da fração aquosa em coluna de

Bio-Gel P-150 em presença de SDS 51

Determinação do peso molecular 52

Composição do complexo glicoproteico 55

(a) Caracterização dos monossacarídios 55

(b) Caracterização dos aminoácidos 58

Efeito do complexo glicoproteico na aglutinação

das células por con A 58

D. Reagentes

RESU:t,TADOS

A. Efeito de con A sobre

Efeito de con A sobre

Efeito de con A sobre

metacíclicas

T. cruzi----formas epirnastigotas

formas tripomastigotas

pAG.

36

39

39

39

41

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RESUMO

mida na presença de SDS.

nina, ácido glutâmico (e/ou glutaminal, serina, prolina e

sanguíc~

principal -

aproximada -

glicina. Esse complexo pode ser separado em três componen-

mente lisina, ácido aspártico (e/ou asparaginal, alanina,tre~

tes em colunas de DEAE-celulose. Dois desses componentes,s~

lecionados para estudo, inibem a reação de aglutinação por

con A das formas epimastigotas, assim como a fração não cro­

matografada. Essas frações isoladas fornecem quatro compo­

nentes glicoproteicos por eletroforese em gel de poliacril~

mas frações. Os aminoácidos constituíntes sao

O complexo glicoproteico isolado de formas ep~

mastigotas de ~ cruzi por tratamento fenólico do extrato ce

lular, apresenta na sua composição ácido,siálico, glicosa­

mina, galactose, glicose e manose, além de xilose em algu-

na A. A aglutinação é linear com o tempo até

concentração de con A. As formas tripomastigotas

las e metacíclicas não são aglutináveis por con A.

mente 10 minutos, para um número de células maior que 1 x 10 8

células/ml. Nessas condições a aglutinação é dependente da

Formas epimastigotas dé ~ cruzi sao aglutina­

das especificamente por baixas concentrações de concanavali-

pAG.

36

39

39

39

as

41

as

42

43

43

43

43

46

47

47

e 50

e

51

52

55

55

58

nação

58

136

146

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INTRODUÇÃO

Trypanosoma cruzi (CHAGAS, 1909), um flagel~

do parasita digenético, apresenta durante o seu ciclo evolu­

tivo diferentes formas, cujo aparecimento obedece a uma de

terminada sequência, correspondente a um ambiente específi

co no hospedeiro.

No hospedeiro vertebrado, a multiplicação dos

tripanossomos se dá por divisão binária das formas amastig~

tas (intracelulares). Ainda intracelularmente, há a forma­

ção de tripomastigotas sanguícolas, que alcançando a corren­

te circulatória, invadem outras células, com o aparecimento

de novas formas arnastigotas. As formas sanguicolas, passan­

do para o trato digestivo de um invertebrado (triatomldio) ~

riginarn as formas epimastigotas, que também se multipli

cam por divisão binária. Na região posterior do trato dige~

tivo, há o aparecimento de formas tripomastigotas metacI­

clicas, .incapazes de divisão, que através das fezes do tria­

tornIdio, deixadas sobre o vertebrado, infestam esse hospe­

deiro, transformando-se dentro da célula novamente em arnasti

gotas, reiniciando o ciclo. No entanto, esse ciclo ainda

não está totalmente esclarecido, não sendo tão simples quan­

to o exposto. Por exemplo, entre a diferenciação das for­

mas amastigotas para tripomastigotas sangulcolas, talvez o­

corram formas epimastigotas intermediárias (in HOARE, 1972).

Deve-se ressaltar ainda a variação morfológica existente nas

formastripomastigotas sangulcolas, provavelmente associa-

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-4-

das com diferenças fisiológicas (BRENER, 1973). Também no

hospedeiro invertebrado, segundo BRACK (1968), aF formas tri

pcmastigotas sanguicolas dariam oriçem a esferomastigotas.que

se dividiriam, dando origem a tripomastigotas metacicli ­

cas e epimastigotas. uma outra sugestão, ig~almente poss!

vel é que as formas tripcmastigotas sejam provenientes dire­

tamente das epimastigotas, com a migração gradual do cinet~

plasto, como sugerido por CAMARGO (1964). Uma discussão de­

talhada da biologia e do ciclo evolutivo do ~ ~ruzi pode ser

eacontrada nos artigos de BRENER (1973), HOARE (1972), COS­

GROVE (1971), DEANE (1969) e DEANE (1968) e SILVA' CAMAR­

GO (1968).

A possibilidade de reproduzir o ciclo do ~

cruzi no laboratório, torna-o, juntamente com outras espé­

cies de tripanossomos um sistema interessante para utiliea­

ção em estudos de diferenciação celular. Foram relata ­

dos alguns sistemas que permitem a interconversão de diferen

tes formas celulares desse protozoário (in NEWTON. CROSS •

BAKER, 1973). Entretanto, de todas as transformações àescri

tas a diferenciação em cultura de formas epimastigotas em

formas tripomastigotas metaciclicas é ainda. o sistema mais

fácil de ser controlado. Algumas vantagens desse sistema

seriam a fácil distinção morfoló9ica entre as duas tormas

acima referidas, a possibilidade de separá-las fisicamente

e o fato de que essa transformação ocorre em meio liquido

e isento de outras células. No entanto, há uma série de di­

ficuldades amplamente conhecidas e o~scutidas, mas de dif!

cil solução. As mais evidentes podem ser resumidas em:

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relata -

série de di-

l.temA, ..i.

"

a

muito

formas

resposta

porcenta -

postas especificas do protozoário aos fatores externos,

obtida com culturas estabelecidas s?gere que, além.das res-

a influência de outros, internos, que somados,podem induzir

-5-

panossomos, corno temperatura para ~ conorhini (DEANE

a) complexidade dos meios de cultura utilizaóvs, Cifícultan-

pouco ainda se conhece a esse respeito. No caso de ~ mega,

cuja cepa foi isolada em 1956, parece não haver mais respos­

ta adequada do protozoário ao tratamento com uréia (in NEW-

KREIER, 1972):

TON, CROSS " BAKER, 1973). Essa variabilidade de

KIRCHNER, 1963) e ~ theileri (RISTIC " TRAGER, 1958), cornp~

sição de aminoácidos do meio de cultura em ~ donovani (SI~

to bastante baixo, em torno de 30% (GOLDBERG, 1974) para

b) restrições na obtenção de formas tripomastigotas metaci-

SON, 1968) e de uréia para ~ mega (STElNERT, 1958),

separação em colunas de troca iônica (AL-ABBASSY,.r SEED "

foi ressaltado, esse item se relaciona intimamente com o pr!

células. O meio simplificado de'YOSHIDA (1974) parece ofere

cer resultados promissores nesse aspecto:

c) ausência de sinais conhecidos para a diferenciação. Corno

clicas, que atingem, na maioria das vezes, uma

gem máxima de 30%, dificilmente obtendo-se porcentagens mais

elevadas dessas formas na cultura. Para agravar ainda mais

esse problema, a separação dos tripomastigotas das

epimastigotas existentes na cultura, apresenta·um rendimen-

meiro. Embora sejam conhecidos alguns sinais externos para

algumas etapas de transformação morfogenética em alguns tri-

do o estudo de fatores externos envolvidos na morfogênese das

em

1.:..

dif!

apé-

poss!

tormas

liquido

.clo do

\AÇõe. ducr!

Itras

irA util1a-

1 • CAMAR:-

le . si.tema.

IR, CROSS

1 do cinet~

iscussio de-

ientes dire-

:.1qota.

ente

ia de difere!!:

Lo

las

fisicamente

Também no

~ f.ormas tr!

Astiqotas,que

metAc!cl1 -

lIAS de

Ldas elU

ruai pode ser

U72), COS-. ..

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~om o intuito de localizar os temas abordados

nesse trabalho num contexto mais geral, essa introdução será

rizar parcialmente um complexo glicoproteico extraído de

formas epimastigotas. Essas Íormas podem ser obtidas facil-

rio. A correlação entre a interação das cêlulas com concan!

valina A e o complexo glicoproteico foi sugerida por evidên­

cias circunstanciais.

caracte-

protozoá -

O trabalho contido nessa tese faz parte de um

projeto mais amplo, que se caracteriza pelo estudo da super­

fície celular de diferentes formas de ~ cruzi e seu possí­

vel relacionamento com a diferenciação celular, uma vez que

a superfície celular, estando em contato direto com o am­

biente, pode ter papel importante na diferenciação, bem como

nas relações hospedeiro-parasita. Nessa primeira etapa pro­

curou-se caracterizar diferenças no conteúdo de carbohidra­

tos na superfície celular de algumas formas de ~ cruzi (ep!

mastigotas, tripomastigotas metacíclicas e tripomastigotas

sanguícolas) pela ação de concanavalina A (que interage com

determinados monossacarídios) ,além de se isolar e

-6-

a obtenção de resultados conflitantes. No caso de ~ cruzi

também foi descrita a influência da temperatura em formas de

cultura de tecido (NEVA, MALONE & MYERS, 1961; TREJOS et al,

1963); a influência do pH na diferenciação de epimastigotas

em tripomastigotas metacíclicos (CASTELLANI, RIBEIRO & FER ­

NANDES, 1967) e de restrição de fatores nutricionais (CAMAR­

GO, 1964).

.ente e na ausência de qualquer outra forma do

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-8-

os tripanossomos africanos (~brucei, ~ vivax, ~ congolen­

~). Essa camada, existente nas formas tripomastigotas san­

guícolas, está ausente nas formas ~orrespondentes ao ciclo

do inseto, com exceção das formas tripomastigotas metacl­

clicas, onde reaparece, numa pré-adaptação ao hospedeiro ve~

tebrado (VICKERMAN, 1969). Esses antígenos parecem perte~

cer ao grupo de antígenos previamente descritos (WEITZ,1960;

ALLSOPP,NJOGU' HUMPHRYES; 1971). A análise citoqulmica

dessa película evidenciou a existência de glicoproteínas na

sua composição (WRIGHT , RALES, ~970), confirmada pelo seu

isolamento (CROSS, 1972). Essas glicoprotelnas, com peque­

nas diferenças de mobilidade eletroforética, composição de

açúcares e aminoácidos foram relacionadas com o fenômeno de

variação antigênica observada. Um material antigênico, per­

tencente ã superfície celular, constituído de glicoprotel­

nas heterogeneas, contendo manose e galactose também foi des

crito (NJOGU & HUMPHRYES, 1972). Aparentemente esse mate­

rial é ccnstituído de duas glicoproteínas, formadas de duas

subunidades separáveis por eletroforese em gel de poliacril~

mida, na presença de SDS (NJOGU et al, 1974). Sabe-se ainda

da não existência de ácido siálico, grupos carboxila ou sul­

fatados ácidos (WRIGHT & HALES, 1970) nesses tripanossomos.

Apesar do conhecimento acumulado sobre essa

superfície celular, há uma série de questões ainda nao res­

pondidas no momento, principalmente em relação ao controle

do aparecimento desses antígenos. A possibilidade ·mais rem2

ta de que essa película não seja sintetizada pelo protozoá­

rio, refletindo uma adsorção de material do meio ambiente ã

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-9-

superfície do tripanossomo não foi afastada. A maioria dos

autores admite que essa película seja de formação endógena,

chegando-se a sugerir a contribuição do complexo de Golgi

na sua formação (STEIGER, 1971).

A maioria das macromoléculas contendo açú-

car descritas em !.:. cruzi estão relacionadas com propried~

des imunológicas, não tendo sido dada grande importância à

sua caracterização química. Assim foi descrito um po1issa­

carídio complexo com propriedades imunológicas por MUNIZ &

FREITAS (1944), um polissacarídio caracterizado pela prese~

ça de galactose por von BRP.ND et aI (1959), uma fraçãopo­

lissacarídica antigênica por FIF'E & KENT (1960), e um exoan

tígeno composto de carbohidrato e proteína (na proporçao

comp~

dos

A película celular, descrita para algumas for

mas dos tripanossomos africanos, não foi detectada em T.

cruzi, mas tão somente uma franja rala (MILDER, 1971), corno

a descrita para !.:. lewisi por VICKERMAN (1969). Isso no en

tanto nada deve significar com relação à variação antigên~

ca ou à existência de gl~coproteínas na superfície celular

ou mesmo quanto à capacidade do !.:. cruzi resistir às defe­

sas imunitárias do hospedeiro, como sugerido por VICKERMAN.

Talvez não se possa afastar também a hipótese dessa pe1íc~

la ter sido retirada no processo de preparação do protozoá­

rio para a microscopia eletrônica.

A superfície celular do !.:.~ e sua

sição glicoproteica é bem menos explorada que no caso

tripanossomos africanos, relatada anteriormente.

~ !.:. congo1en­

astigotas san­

tes ao ciclo

otas metac!­

hospedeiro ve!:.

recem perte~

s (WEITZ, 1960;

citoqu!mica

oprote!nas na

ada pelo seu

s, com peque­

omposição de

o fenômeno de

tigênico, per-

glicoprote!­

tambêm f oi de!.

e esse mate­

madas de duas

de poliacri1!,

Sabe-se ainda

boxi1a ou su1­

['ipanossomos.

sobre essa

inda não res-

ao controle

iade ·mais rem~

elo protozoá­

io ambiente à

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-10-

de 1:2 a 1:2,5) por TARRANT, FIFE & ANDERSON (1965). Mais

recentemente zoi descrito um material contendo açúcar, apa­

rentemente de reserva, por- CACERES (1973). Uma exceção nes­

se contexto é o trabalho descrito por GONÇALVES & YAMAHA

(1969) onde se descreve um complexo carbohidrato-proteína, i

munologicamente ativo, composto por glicose, glicosamina, x~

lose- manose e galactose (na proporção molar 1:2:4:5:9) ,além

de 11 aminoácidos. A localização desse componente e a pur~

za das formas epimastigotas empregadas não foram menciona

das pelos autores.

Também se verificou a existência de um polí­

mero de manose em extratos celulares de ~ fasciculata (GOT­

TLIEB, LANZETTA, BERECH, 1972), e de manose (23,5%), gli­

cose (43,5%), galactose (24,5%) e xilose (6%) em membranas

isoladas de Leptosomes collosoma (HUNT & ELLAR, 1974).

Concanavalina A (c9n A)

As lectinas tem sido grandemente utilizadas

para evidenciar diferenças na composição química das membra

nas celulares (BURGER, 1973; LIS & SHARON, 1973; SHARON &

LIS, 19i2). Entre as lectinas, uma das mais empregadas

tem sido a con A isolada de Canavalia ensiformes. Essa pr~

teina se combina especificamente com a-D-glucopiranosidio<ou

seu derivado ~-acetamido), a-D-manopiranosídio, 1-D-frutof~

ranosídio ou a-D-arabinofuranosídio e estruturas esteric~

mente relacionadas, alem de se complexar com uma série de

substáncias que contenham esses açúcares (GOLDSTEIN,

Page 15: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

& YAMAHA

menciona

membranas

por

sua

NOO-

SACHS,

conten-

ODENCRANTZ,

A ligação das lectinas com moléculas

portando-se, em relaçãoã aglutinação, corno células transfor

ção na molécula da lectina já estão estabelecidos na

estrutura tridimensional (EDELMAN et aI, 1972).

interação entre carbohidratos e protelnas, isolamento e pur~

-11-

KLEINSCHUSTER& MOSCONA, 1972; OPPENHElMER &

1972). Mas o maior interesse, e portanto urna maior concen-

HOLLERMAN& MERRICK, 1965; GOLDSTEIN, HOLLERMAN & SMITH,1965;

tração de trabalhos empregando con A e outras lectinas (pri~

GOLDSTEIN & YER, 1966; SO & GOLDSTEIN, 1968; PORETZ & GOLDS-

As células normais são pouco aglutináveis por·lectinas, com-

ficação de polissacaridios e glicoproteínas, estudos de com­

posição de superfície celular e de mitogénese (SHARON & LIS,

do açúcar tem sido empregada, entre outros, para estudos dE

TEIN, 1970). A molécula de concanavalina A é formada

1969 a; INBAR & SACHS, 1969 b; BURGER, 1969; BURGER &

madas após breve tratamento com tripsina (INBAR &

quatro protôme~os (acima de pH 5,6), sendo que cada protô-

. 2+ 2+ . - •mero se l~ga a Mn e Ca antes da l~gaçao com um res~duo

cipalrnente aglutinina de germe de trigo, WGA), surgiu a par­

tir da verificação de uma aglutinação preferencial de célu­

las transformadas em relaçãc a linhagens de células normais.

Há no entanto células que são normalmente agl~

tinadas por coo A, corno células embrionárias (MOSCONA, 1971;

NAN, 1970; ECKHART, DULBECCO & BURGER, 1971).

de açúcar (YARIV, KALB & LEVITZKI, 1968). Os locais de lig~

&

de

poll-

esterica

empregadas

SHARON

(GOLDSTEIN,

série

'-D-frutof~

lte e a pur~

~3,5%), gli-

.culata (GOT-

!:4:5:9) ,além

1974) .

s

)-protelna, i

utilizadas

das membra

!.. Essa pr~

ranosldio(ou

.cosamina, x~

lçúcar, apa­

exceção nes-

le um

165) • Mais

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-12-

H72; WEI5ER, 1972), ·espermatozóides (EDELMAN & MILLETTE,197l)

€ eritrócitos (SUMNER & HOWELL, 1936).

A maioria dos trabalhos realizados inicialmen­

te foram feitos com células de mamlferos, sabendo-se muito

pouco, comparativamente, da ação das lectinas em outras célu

las eucarióticas. Surgiram alguns trabalhos com fungos

(TKACZ, CYBULKA & LAMPEN, 1971; TKACZ & LAMPEN, 1972; WEEKS.

1973) e com Entamoeba hystolitica, mostrando uma aglutin~

ção seletiva entre linhagens patogênicas e não patogênicas

desse protozoário (MARTINEZ-PALOMO, GONZALEZ-ROBLES & de la

TORRE, 1973). Recentemente (DWYER, 1974) mostrou a aglutin~

ção de formas promastigotas de Leishmania donovani com con A

e fitohemaglutinina A.

Embora a aglutinação das células seja um fato

bem estabelecido, o mesmo não acontece quanto ao mecanismo

de como se dá essa aglutinação. A primeira teoria admitia

que os sítios receptores das lectinas nas células normais es

tavam em criptas, sendo expostos após o tratamento com pro ­

teases (BURGER, 1969). A partir dessa primeira hipótese SUE

giram uma série de outras, como a ligação quantitativa dife­

rencial, abandonada após a demonstração de que o número de

moléculas de lectinas ligadas às células normais é aproxima­

damente o mesmo que nas transformadas (CLINE & LIVINGSTON,

1971; OZANNE & SAMBROOK, 1971; INBAR, BEN-BASSAT & SACHS,

1971). No entanto parece haver um número de receotores por

unidade de área diferente nas célulds normais e transforma

transformadas €das, uma vez que a superflcie das células

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MILLETTE,197l)

I inicialmen­

lo-se mui to.

~ outras cél~

com fungos

1972; WEEKS,

aglutin~

patogênicas

3LES & de la

)u a aglutin~

:mi com con A

seja um fato

o mecanismo

ria admitia

as normais e~

nto com pro -

hipótese suE.

itativa dife­

o número de

s ê aproxima-

LIVINGSTON,

,T & SACHS,

ceotores por

transform~

ansformadas é

-13-

menor (NOONAN ec al, 1973). Foi sugerida também a existên-

cia de sítios receptores responsáveis pela ligação com con

A, que seriam diferentes dos sítios responsáveis pela aglu­

tinação (INBAR, BEN-BASSAT & SACHS, 1971), alterados nas

células transformadas. Na mesma época foi proposto que a

diferença na aglutinação seria devida a uma condensação dos

sítios receptores de con A num local da célula, possibili­

tando a existência de múltiplas pontes de lectina com a cé­

lula vizinha (NICOLSON, 1971; NICOLSON, 1972). Essa locali

zação topográfica, possibilitada pela fluidez da membranac~

lular, não ocorreria nas células normais. No entanto essa

relação topográfica-aglutinação não foi verificada por al­

guns autores,sendo dependente da concentração da lectina em

pregada (EDELMAN, 1974). De acordo com NICOLSON(1974) ,há uma

série de fatores influenciando a aglutinação de células (c2

mo número de moléculas de lectina, mobilidade no interior 9a

membrana, natureza das moléculas,carga, etc.). Sedo que a

distribuição topográfica teria importância secundária. A a­

glutinação ocorreria quando as forças de repulsão entre as

células são sobrepujadas pelas de atração. Recentemente foi

sugerida a participação direta da enzima galactosil-transfe

rase na aglutinação de células (PODOLSKY et al, 1974).As c~

lulas não aglutináveis teriam uma enzima galactosil-tran.fe

rase diferente das aglutináves (diferentes nas suas caract~

rlsticas de pH ótimo, requisição de metais,substrato acep­

tor, etc.).

A natureza química dos receptores celulares

da lectina foi bastante explorada, tendo sido relaciona­

da com moléculas de glicoproteína existentes na superfície

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-14-

celular (ALLAN, AUGER & CRUMPTON, 1972; JANSONS & BURGER,

1973; KUBÂNEK, ENTLICHER & KOCOUREK, 1973) embora também

os glicolipídios possam estar implicados na aglutinação (~

KOMORI & MURAKAMI, 19G8).

As lectinas passaram a se constituir em impo~

tantes instrumentos de análise de superficie celular. En­

tretanto, uma série de correlações que foram feitas entre

a interpretação dos resultados provenientes de sua utiliza

ção e fenômenos ligados ao crescimento de células de mamif~

ros em cultura parece não ter maior significad9 biológi­

co (cf. HOLLEY, 1974; ARMELIN, 1974).

Glicoproteínas

Glicoproteínas são, no sentido mais geral, bi~

polímeros contendo resíduos de aminoácidos e monossacarí

dios, ligados covalentemente. As glicoproteinas têm distri

buição ampla na natureza, tendo sido encontradas em todas

as formas de vida, exercendo um número variado de funções:

enzimática, de reserva, estrutural, de transporte, de ~ubri

ficação, entre outras. As glicoproteínas de invertebrados

foram objeto de revisão recente (HUNT, 1970).

A porção de carbohidratos varia bastante en­

tre as glicoproteinas, podendo-se encontrar moléculas com

menos de 1% a mais de 80% de carbohidratos em peso de glic~

proteína. Nessa porcentagem encontram-se de 2 a 7 tipos de

monossacarldios, incluindo D-galactose, D-manose, L-fucose,

N-acetil-D-glicosamina, N-acetil-D-galactosamina, ácido

Page 19: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

invertebrados

l bastan·te en-

loléculas com

Foram

gl1copr~

carbohidra-

hidroxipro-

N-terminal da

lina). O número de ligações covalentes entre

-15-

teico isolado de eritrócitos humanos, os vários grupos de

rina ou treonina; galactose e serina ou treoninar xilose e

do açúcar com um grupo lateral da cadeia peptidica.

outro aspecto que deve ser ressaltado nas gli­

coprotelnas, diz respeito ã chamada microheterogeneidade das

moléculas. t comum encontrar nas glicoprotelnas, unidades de

carbohidratos se localizam a partir da metade

CHESI et al, 1973).

tos e protelnas varia bastante entre as glicoprotelnas, sen­

do encontrados de um a vários grupos de carbohidratos, que

podem ser iguais ou diferentes, J;amificados ou não. t inte-

serina; galactose e hidroxilisina; arabinose e

resaante observar que no .:aso do maior componente

cadeia pol1pept1dica. Essa cadeia contêm tambêm uma re-

gião hidrofooica, distante do aminoácido carboxi-terminal (MAR

descritas como ligações mais frequentes: as N-glicosldicas(e~

tre N-acetil-D-glicosamina e o grupo amida da asparagina) e

as o-glicosldicas (envolvendo N-acetil-D~galactosaminae se-

siálico, D-glicose, D-xilose, e L-arabinose ,- além dos ácidos

urónicos, constituintes dos chamados mucopolissacaridios. A

porção proteica apresenta uma predominância de aminoácidos ~

lifáticos e poucos aminoácidos aromáticos, básicos ou con­

tendo .enxofre. A me~a que a proporção de carbohidratos na

molécula diminui, a composição de aminoácidos se aproxima da

composição us.ual dasproteinas.

A ligayão entre o carbohidrato e a porção pro­

teica ocorre segundo alguns padr,ôeSI envolvendo o carbono 1

ácido

todas

entre

"funções:

bioiógi-

Eei tas

i9

rlutinação (~

2 a 7 tipos de

lIlAis geral, Di~

monossacarl

nas têm dis tr!.

15 lo BURGER,

!hora também

das em

tina,

.0 de

l peso de glico

,tuir em impo~

:elular. En-

~ sua utiliz~

.11as de mamif~

,orte, de ~ubr!.

.ose, L-fucose,

Page 20: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-16-

1970; MONTGOMERY, 1970; GOTTSCHALK, 1972).

in SPIRO, 1970). Além dessa heterogeneidade traduzida em

tam-'

(CUNNINGHAM

Esses aspectos tem sido objeto de inpmeras re­

visões, onde foram tratadoa com detalhes (HEATH, 1971; SPIRO.

nentes,manose e hexosamina, varia de 6:5 a 5:2

Um dos aspectos interessantes e ainda não re­

solvido das glicoproteínas é o que leva uma proteína a ser

glicosilada. Embora tenham sido levantadas hipóteses, como

a diferença de localização (as proteínas excretadas nacélu­

la seriam glicosiladas) ou diferenças de local de síntese(as

glicosiladas seriam sintetizadas nos ribossomos ligados ã

membrana) surgiram sempre evidéncias em contrário. Atualmen

te está se dando grande importáncia ã sequencia dos aminoá­

cidos em torno da ligação entre o carbohidrato e a proteí­

na. No caso mais estudado, da ligação de N-acetil-D-glicos~

bém uma heterogeneidade na ligação dos açúcares. Na glico­

proteína ácida 0 1 , isolada de soro, composta de 6 a 7 gru-

pos de carbohidrato na molécula, demonstrou-se a ligação

de ácido siálico no carbono 3, 4 ou 6 da galactose (JEANLOZ,

1966) .

quantidade de monossacarídios presentes, foi descrita

carbohidrato ligeiramente modificadas, aparentemente em dife

rentes estágios de acabamento ou de degradaçao. Essa mi­

croheterogeneidade pode levar a resultados bastante desseme­

lhantes, como no caso da ovalbumina, composta de um só grupo

de carbohidratos (manose e N-acetil-D-glicosamina) por unida

de proteica. A relação entre os dois monossacarídios compo-

Page 21: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

emente em dif~

Essa mi-

tante desseme­

:ie um só grupo.

ina) por unida

arldios compo-

(CUNNINGHAM

raduzida em

escrita tam­

s. Na glico­

e 6 a 7 gru-

a ligação

tose (JEANLOZ,

e injimeras re­

a, 1971: SPIRO.

ainda não re­

otelna a ser

póteses l como

tadas na 'célu-

de slntese (as

s ligados ' ã

rio. Atualmen

a dos aminoá-

e a protei­

etil-D-glicos~

-17-

mina com a asparagina, X-Asn-Y-Thr/Ser, onde X e Y,aminoáci­

dos predominantemente de cadeia lateral curta, têm papel re­

levante na glicosrlação da proteína. Tambêm nesse'caso já se

encontraram proteínas não glicosiladas com uma sequência em

que se poderia esperar glicosilação. Esse aspecto das glic~

proteínas está bem discutido em W~NTBREURN &PHF.~~S (1972) e

em HUGHES (1973).

As glicoproteínas são constituintes de membra

nas desde virus e bactérias até células de mamíferos. são

encontradas não só na membrana plasmática, como tambêm nas

membranas intracelulares. A maior parte dos trabalhos rela­

tivos às membranas intracelulares foram feitos com células

em cultura ou in vivo, por incorporação de açúcares radioati

vos ou pela análise química das membranas isoladas. Atual­

mente também têm sido empregadas 1ectinas para a detecção de

material açúcar-positivo nessas membranas. Qualitativamente,

os monossacarldios encontrados são os mesmos descrimina­

dos anteriormente: hexosaminas, glicose, galactose, manose,

fucose e ácido siá1ico. Foram descritas glicoproteínas no

retículo endoplasmático (WINQVIST, ERIKSSON & DALLNER, 1974:

MIYAJIMA et al, 1969: LI, LI & SHETLAR, 1968: AUTUORI, SVENS

SON & DALLNER, 1974), na mitocôndria, tanto na membrana in­

terna como na externa (BOSMANN & MARTIN, 1969: de BERNARD et

a1, 1971: SOTTOCASA et a1, 1971: MORELIS & LOUISOT, 1973) e

no núcleo (KASHING & KASPER, 1969; NICOLSON, LACORBIERE &

DELMONTE, 1972: KEENAN, F~NKE & KARTENBECK, 1974).

o grande número de trabalhos recentes sobre

qlicoproteinas relacionam-se com o fato dessas molécula~

Page 22: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-18-

estarem envolvidas com uma série De importantes processos me

diados pela membrana celular, corno ligação específica de

hormônios (HOLLENBERG & CUATRECASAS, 1974), de virus (CAR~

WAY et aI, 1974; HUGHES, ~973), agregação celular (MOSCONA,

1973; ROSEN et aI, 1973) , transporte de cálcio (LEJOHN

& STEVENSON, 1973; LEJOHN· & CAMERON, 1973) e envelhecimento

celular (BALDUINI, BALDUINI & ASCARI, 1974; WOODRUF, BER­

TRAM & GESNER, 1969; CORTOIS & HUGHES, 1974).

Page 23: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

processos me

pecIfica de

MATERIAL E MtTODOS

A. Células

&

NUSSENZWEIG (~953). Para a obtenção de formas ep~astigo­

tas e tr1pamastigotas metacicl~~as, as células são cultiva­

das em meio liquido, contendo penicilina ou ampicilina (50

~g/ml) •

mas de Trypanosoma cruzi, cepa Y, isolada por SILVA

BER-

.velhec1mento

virus (CARRA

.ar (MOSCON~,..... As células utilizadas neste trabalho sao for-

'ODRUF ,

.lc10 (LEJOHN

Obtenção de formas epimast1gotas

As células são cultivadas em meio LIT, ideal!

zado por YAGGER (in CAMARGO, 1964 e FERNANDES & CASTELLANI,

1966) •

De acordo com as necessidades exper~entais,

as células são cultivadas desde volumes de 1-2 ml por tubo

de ensaio (1,3 x 16 em) até 400 ml por frasco de erlenmeyer

de 2 litros. A cultura é mantiaa a 2a oc, em incubador com

agitação continua a 120 rpm. As células são cultivadas até

a fase exponencial tardia, quando atingem uma densidade de

80-120 x 106 células/ml (39-49 dia), a partir de um inóculo

inicial de 20 x 10 6 células/ml (Figura 1), a não ser quando

especificado. O inóculo sempre é proveniente de culturas

no mesmo estágio. Nas condições de crescimento descritas só

se encontram,. pôr observação ao microscópio óptico, formas

ep~astigotas.

Page 24: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-20-

Essas formas são obtidas de camundongos éom

as formas epimastigotas. O aparecimento das formas tripo-

para

para

seguir

metaci-

A

Obtenção de formas tripomastigotas

clicas

pH 7,2, que não permite a diferenciação de uma forma

mastigotas metaciclicas é acompanhado ao microscópio ópti-

co (o que ocorre, em geral, a partir do 29-39 dia de incuba

çao a 28 0 C). O inóculo de formas epimastigotas em me~o HIL,

outra, segundo os mesmos autores, é utilizado como controle.

alta parasitemia provocada por infecção com a cepa Y. Essa

sao mantidas a 28°C, nas mesmas condições descritas

Obtenção de formas tripomastigotas sanguicolas

Essas formas são obtidas pelo inóculo de for

mas epimastigotas (15 x 10 8 células/ml), previamente lava-

TELLANI, RIBEIRO & FERNANDES (1967), com incubação prévia

das células a 21°C por 48 horas, sem agitação.

das, ~n meio HIL, pH 6,7, nas condições descritas por CAS-

fosfato de sódio 0,01 M, pH 7,2 em NaC10,9% (para os expe-

mento a ser realizado, as células são suspensas em tampão

rimentos com con A) ou imediatamente congeladas em nitrogª

nio liquido e a~~azenadas a -200 C (para a extra~o do mate-

rial glicoproteico).

Quando as células atingem a densidade deseja~

da, são centrifugadas a baixa rotação 1500 xg) e lavadas

três vezes com solução de NaCl 0,9%. Dependendo ~o experi-

Page 25: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

mente lava-

'CU lo de for

omo contróle.

com

0,5%,do de NaCl 0,4%, KCl 0,04%, Na 2HP0 4 0,8%, triptose

-21-

• Agradeço ao pessoal do laboratório do Dr. J.F. Fernandes

pelo fornecimento do sangue de camundongo infectado.

Os meios de cultura utilizados para cresci-

mento (LIT) e para diferenciação de formas epimastigotas em

tripomastigotas metacíclicas (HIL, pH 6,7), j ã mencionados,

têm sua composição relacionada abaixo.

Determinação do número de células

Meios de cultura

(a) Meio LIT (Liver Infusion and Tryptose) - Forma-

guícolas é retirado, centrifugado e lavado trés vezes

uma solução de NaCl 0,9% e finalmente as células são suspen­

sas em tampão fosfato 0,01 M, pH 7,2 em NaCl 0·,9%.

O número de células é determinado por conta­

gem em câmara de Neubauer ou por dosagem de proteína, pois

verifica-se uma estreita relação linear entre quantidade

total de proteína e número de células até a de~b~dade de

2 x 107 células/ml. Este método só é empregado com extratos

de células submetidas à oscilação sônica e utilizados para a

extração de material glicoproteico.

•cepa tem sido mantida em camundongos desde o seu isolamento .

O sangue dos camundongos infectados é centrifugado a baixa

rotação à temperatura ambiente e·deixado em repouso por 30

minutos. A seguir o sobrenadante contendo as formas san-

para

para

metací-s

as por CAS­

ção prévia

A seguir

B sangulcolas

i tas

rmas tripo­

cópio ópti­

ia de incub!.

em _10 HIL,

forma

epa Y. Essa

rldonl;os com

.dade desej a""

:g) e lavadas

lo Q.o experi­

LS em tampão

.ara os expe­

: em nitrogª

'rio do _te-

Page 26: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-22-o meio antez

glicose 0,2% e infusão de fígado 0,5%, em água bidestilada.

quecida com 10% de soro bovino (v/v), o pH é ajustado para

7,2 e a seguir a solução é incubada a 68oC, por 1 hora.

As porcentagens sao em peso/volume. Essa mistura é enri-

nentes deSSE

dessa infus!

solução salj

retirada de

ApóS resfriamento ã temperatura ambiente adi­

Ciona-se uma solução de hemoglobina bovina para uma concen­

tração final de 2% (v/v). Essa solução de hemoglobina é

preparada pela suspensão de urna papa de hemácias em um volu

me de H20 destilada, seguida de centrifugação para remoção

de membranas. Ao sobrenadante adicionam-se três volumes de

H20. O.meio, enriquecido com hemoglobina, é então filtrado

em papel de filtro comum para remover agregados em suspen ­

são que eventualmente se formam durante a incubação a 68oC.

A esterilização do meio é feita através de filtraçâo em fil

tro "Seitz" (tipo "EKS") sob pressão negativa. Após a este

rili.zaçao, o meio é distribuído em frascos e incubado a 340 C

por 48 horas para afastar a possibilidade de contaminação

após o que é mantido a 40 C até o momento do uso.

(b) Meio HIL (Heart Infusion and Lactalbumin hydr2

lysate) - Constit~ído de NaCl 0,4%, KCl 0,04%, Na2HP04 0,8~,

glicose 0,2% e hidrolisado de lactalbumina 0,5%, em água b!

destilada. As porcentagens sao em peso/volume. Após a ad!

ção de 10% de soro bovino (v/v), o pH do meio é ajustado p~

ra 6,7 ou 7,2, conforme o desejado, e incubado a 68 0 C por 1

hora. Depois de esfriado para a temperatura ambiente, adi­

ciona-se 2% (v/v) de hemoglobi~a, preparada da forma descr!

ta acima. Os demai.s passos são idênticos aos descritos para

ra é coloca,

nutos e de~

das de gaze.

ra descrita

nada ao resl

ção para prt

adição de dj

xa do restal

que permite

tripornastige

de 5 a 20%.

adquirida di

B.

vação de SUl

turas foram

observa uma

concentraçãe

near entre i

(Figura 2).

Page 27: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-23-

o meio anterior. A infusão de coração de cão, um dos compo­

nentes desse meio, é preparada separadamente. A preparação

dessa infusão é feita homogeneizando-se coração de cão em

Essa mistu-

asolução sal~na para um final de 20% (peso/volume), após

retirada de excesso de gordura que o envolve.

bidestilada.

1 hora.

lstado para

:a é enri-

B. Experimentos com concanavalina A (con A)

Aglutinação de células por con A

A aglutinação é medida pela diminuição da tur­

vação de suspensões de células na presença de con A. As lei

turas foram feitas num espectrofotômetro a 660 nm, onde se

mantida poré(Figura 2). A solução de con A (3 mg/ml)

observa uma diferença máxima na absorbância, proporcional ã

concentração de células. Nessas condições há. uma relação l!

near entre a absorbância e o número de células, até 1,2 x 10 8

ra é colocada num recipiente sobre água fervente por 30 mi­

nutos e depois de esfriada, filtrada sobre várias cama­

das de gaze. A seguir é f~ltrada em f~ltro "Seitz" da manei

ra descrita anteriormente. Essa infusão de coração é adicio

nada ao restante do meio em quantidades variáveis de prepar~

ção para preparação. Essa concentração é estabelecida pela

adição de diferentes volumes de ~nfusão a uma quantidade fi­

xa do restante do meio, determinando-se qual a concentração

que permite maior diferenciação de formas ep~stigotas em

tripomastigotas metaclclicas. Essa concentração pode variar

de 5 a 20%. Em alguns casos utilizou-se infusão de coração

adquirida da Maknur Laboratories.

llb~n hydr.E

Na2SP04 O,U,

I, em água b!

Após a ad!

ajustado p~

a 680 C por 1

nbiente, adi­

forma descr!

l.

uma concen-

:leseritos para

tão filtrado

s volumes de

nbiente adi-

s em um volu

ara remoção

em suspen'-_ o

,açao _a 68 C.

.ração em fi~

Após a est~

Lcubado .a 34°c

contaminação

!lloglobina . é

Page 28: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

Inibição da aglutinaç~o

propriedades. No momento do uso fazem-se as diluições de

sejadas no mesmo tampão utilizado no ensaio.

Os experimentos de inibição sao realizados p~

la adição ao tubo de ensaio de: inibidor (ou qualquer sub~

tância cujo efeito na aglutinação se queira verificar) ,ta~

pão, con A ·e por último a suspensão de células para o volu

me final de 2 ml. Do mesmo modo, após a adição das célu­

las se faz uma leitura (tempo zero). A porcentagem de ini

bição da aglutinação é calculada após 10 minutos de incuba

ção pela expressão: [1-(A1-BI)/(A-B) J 100, onde A e A'

C.

por monossac

tagem de ini

mi~imolar do

panossomos p

~ulas com di

sao, respect

ça e na ausê

ras de absor

e em tempos

três vezes c

" TOMARELLI,

verificada u

çao por con.

le do experi:

neira, omiti

tra, em conCl

submetida a 1

1000C, a não

suas

Os tubos de ensaio contêm con A e tampão to~

fato 0,01 M, pH 7,2 + NaCl 0,9%. Adicionam-se as células,

mantidas no mesmo tampão, até um volume final de 2 ml, agi

tam-se os tubos e faz-se a leitura no tempo zero. Os exp~

rimentos são feitos ã temperatura ambiente (em torno de

23 0 C). Em cada experimento é feito um controle, sem con A

cuja absorbância é verificada nos mesmos tempos que os tu­

bos contendo con A. Qualquer diminuiçãb verificada no tu­

bo controle (que em nenhum experimento ultrapassou 7-10% da

leitura no tempo zero) é descontada das leituras experime~

tais, nos tempos correspondentes. A porcentagem de agluti

nação foi calculada pela expressão (X - Y/X) 100, onde X é

a absorbância no tempo zero e Y a absorhfincia em determina

do tempo.

-24-

várias semanas em NaCl 1 M, a 40 C, sem alteração de

Page 29: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-25-

& TOMARELLI, 1947).

Incubação das células com tripsina

~I

Cromatografia em papel dos açúcares

Isolamento e caracterização parei"" no comp.1.e­

xo glicoproteico

C.

Para a cromatografia em papel, a amostra é

submetida a hidrólise ácida, em HCl 2 N, por duas horas, a

1000C, a não ser quando especificado. Para tanto, a amos­

tra, em concentração menor que 0,1% (NEUBERGER & MAR5HALL,

Efeito da tripsina na aglutinação dos tri-

panossomos por con A é verificado pela pré-incubação das cé­

lulas com diferentes concentrações da enzima, a 30 ou 37 0C,

e em tempos variáveis. A seguir as células são lavadas

tres vezes com solução de NaCl 0,9\ e verifica-se aaglutin~

ção por con A da maneira descrita anteriormente. O contro

le do experimento é feito com células tratadas da mesma ma­

neira, omitindo-se a tripsina. A atividade da tripsina foi

verificada utilizando-se azocaseina como substrato (CHARNEY

sao, respectivamente, a absorbância no tempo zero na presen­

ça e na ausencia de inibidor, e B e B' as respectivas leitu­

ras de absorbância após 10 minutos. As curvas de inibição

por monossacaridios são construidas com os valores de porce!!

tagem de inibição calculados e o logaritmo da concentração

milimolar do monossacaridio·adicionado.

experime!!

de aglut!

onde X é

determiJl!.

e ·suas

,u 7-10\ da

llizados p~

lquer sub!

ficar) ,t~

ara o vol!:!

das célu­

gem de in!

de lncub~

e A e A'

IJllpão ro~

células,

ml, ag!

Os exp~

orno de

sem con A

ue. os tu­

da no tu-

.ções de

Page 30: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-26-

1966), determinada pelo método de fenol-ácido sulfúrico, é ,a padrões coJ

nitrato de pI

ção de uma cc

é Uivado em t

após a secagE

mente frágil,

~o canágua

matograma é I

o reagente dE

zes utilizou~

substituição

nada peJ.a téc

togramas. A

dos da JDaneir

res. A amost

submeti.da ã

na-água (3:1:

é,:evaporado 11

o papel é .J.av

Jl:ada de pirid

grama revelad

tria, reallu

1966) ,tura de 4cC (GOTTSCHALK, in NEUBERGER & MARSHALL,

misturada com HCl e colocada com o auxílio de uma microse-

ringa, em tubos capilares (aproximadamente 1 mm de diâme-

tro) , segundo técnica de C. p. DIETRICH (comunicação pe~

soaI). Os tubos são selados numa das extremidades e centri­

fugados a baixa rotação após colocação da amostra. Após a

centrifugação os capilares sao selados na outra extremida

de e colocados em tubos de ensaio vedados com gaze. Após h!

drólise, o material é retirado, seco sob vácuo em desseca

dor contendo ácido sulfúrico concentrado e NaOH, à temper~

suspenso em água e novamente seco nas mesmas condições. Es­

se processo é repetido quatro vezes. Finalmente o resí­

duo é suspenso em pequeno volume de água (em torno de 40

~l) e submetido ã cromatografia descendente na temperatu­

ra ambiente em papel Whatman n9 1 ou 3MM (esse último para

cromatografias de 92 horas de duração). O papel de cromat~

grafia é previamente lavado com etanol. Para a cromatogra­

fia dos açúcares empregam-se os seguintes sistemas de solven

tes, nos tempos abaixo relacionados: butanol~ácido acético­

água (4:1:1), 19 horas (WHEAT, 1966); acetato de etila-pir!

dina-H20 (2:1:2), 19 horas (JERMYN & ISHERWOOD, 1949); buta­

nol-etanol-água (10:1:2), 92 horas (SPIRO, 1966); butanol­

piridina-água (3:1:1), 30 horas (HOUGH, JONES & WADMAN,1950)

e butanol-piridina-HCl 0,1 N (5:3:2), 17 horas (BOURRILLON,

MICHON & GOT,. 1959). Em determinações rotineiras emprega­

se o sistema butanol-piridina-água (3:1:1). Toda a identi­

ficação dos monossacarldios da amostra é feita em relação

Page 31: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

na microse-

:açao pe!

ies e centri­

ra. Após a

ra extremid!.

aze. Após h!,

uo em dessec!.

H, à temper~

LL, 1966) ,

,ndiçóes. Es­

,nte o resI­

Irno de 40

temperatu­

le último para

tel de cromat~

cromatogra ­

mas de .olv~

:140 acético­

de et11a-pir!

1949): buta-

i) J butanol­

~ WADMAN,1950)

(BOURRILLON,

:&at emprega­

~oda a identi-

com

reti-

solventes

butanol-piridi-descendente em

em etapas de 20 ~l por vez, é

o papel é lavado, numa cuba contendo butanol, para a

na-água (3:1:1), durante 30 horas. O sistema de

Determinação quantitativa dos açúcares por

densitometria

nitrato de prata (MENZIES • SEAKINS, 1969). Para a obten

ção de uma cor ne fundo de papel mais clara. o cromatograma

é lavado em uma solução de tiosulfato de sódio 5%, logo

após a·secagem do último reagente. O papel torna-se extrema

mente frágil, rasgando-se facilmente, sendo necessário lavã­

lo com água logo a seguir. Dependendo da finalidade, o cro­

matograma é revelado com o corante de Morgan-Elson ou com

o reagente de naftoresorcinol (PARTRIDGE, 1948). Algumas ve

zes utilizou-se ftalato de anilina (PARTRIDGE, 1948) em

substituição ao nitrato de prata.

é evaporado na ausência de correntes de ar e depois de seco,

A análise quantitativa dos açúcares é determi­

nada pela técnica de densitometria após revelação dos croma­

togramas. A amostra e o papel Whatman n9 1 são prepara ­

dos da 1llaneira descrita para a análise qualitativa dos açúc!.

res. A amostra, aplicada

submetida ã cromatografia

o cramatograma é rotineiramente revelado

Iada de piridina remanescente. Após secagem, o cromato­

grama revelado com nitrato de prata é submetido ã densitome­

tria, reall-uda logo após a 3ecagem do papel. O perfil

-27-

.,B padrões colocados em cada cranatograma.é

·'.

diâme-

relaçÃo

de

em

llfúrico,

Page 32: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

evaporaçao do sistema de solventes empregado é 'feita por

MENZIES (1973) para a densitometria de açúc~res em papel.

são reunidos

.,~

tr Ulí'f.; n to Bed

las seladas,

tra,

(5 x 0,5 ml).

se ácida (2 D

na-se a porce

ções e mantic

material é fj

inicialmente

MASBBURN, 19~

sença de 2 g

mesh) e BCl (

é feita uma Ir

retirada pré,

relativas a ]

ra tanto, seç

tal (isto é,

derou a quant

colorimétricc

em cada cas'

a

a

deA resposta densitométrica ã concentração

bém, pelo mesmo motivo, várias concentrações da amostra

A quantidade de cada monossacarldio presente

na amostra é determinada comparando-se as áreas obtidas

por densitometria desse monossacarldjo com seu padrão cor ­

respondente, os dois se encontrando dentro da faixa de li -

ser determinada. No caso particular, o intervalo varia de

1 a 15 ug, dependendo do padrão (determinado previamente) e

várias concentrações da mesma amostra (de. 10 a 90 ug). Para

cada cromatograma, além da determinação do intervalo de re~

posta linear para cada padrão, a existênciB de várias con­

centrações da amostra torna posslvel que, pelo menos nu­

ma das concentrações empregadas, ~ monossacarldio em part!

cular, esteja contido dentro da faixa de linearidade deter­

minada.

açúcares, varia bastante de cromatograma para cromatograma,

sendc necessário, para cada caso, usar diferentes concen

trações de cada padrão, dentro de um intervalo de respo~

ta linear do referido padrão. ! necessário aplicar tam--

amostra no cromatograma e a lavagem com butanol, após

-28-

densitométrico é feito por leitura transversal (isto é, pe~

pendicu lar ao sentido da corrida cromatográfica). Essa re­

comendação, assim. como o tamanho da área da aplicação da

nearidade de resposta. ~sse resultado, par~ certa quanti-

dade de amostra colocada (em ug de açúcar) é extrapoladO,* Agradeço a

Paiva, e er

se de aminc

Page 33: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 34: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-30-

tor manual com capacidade de 0,25 ml; temperatura utiliza-

bás~cos é feita em colunas de 5 x 0,9 em, contendo a resi-

plexo glicoF

ção (8000 xg

penso em águ

congelador (

(1970) .

filização a

etanol frio

material sol

trações são

desprezando-

da fase aquo

..o retirado

em.

aminoá-

separa-na PA-35, enquanto que os ácidos e os neutros são

cidos segue as instruções contidas no manual do aparelho.

se pulsos rápidos (1 minuto) de intensidade média (meta-

Extração do complexo glicoproteico

Os tampões utilizados são citrato de sódio 0,2 M, pH 3,28

O material glicoproteico é extraído com solu­

ção aquosa de fenol, baseado no método original de WESTPHAL,

LÜDERITZ & BISTER (1952). As células epimastigotas são su~

pensas em água a 40 C e submetidas a ultra-som. Aplicaram-

dos em colunas de AA-35, com as dimensões de 55 x 0,9

e 4,25 (para os aminoácidos ácidos e neutros) e citrato de

sódio 0,35 M, pH 5,28 para os básicos. Utilizou-se o inje-

da: 550 C. O procedimento para ·a determinação dos

de da capacidade máxima do aparelho da Branson Sonic Power

Co., Mod. W 185 D) por quatro vezes, observando-se um inter

valo de 2 minutos entre cada um. Toda essa manipulação é

cionarn-se 14

do sulfúricc

feita a 40 C. Nas condições descritas, a integridade morfo­

lógica das células é destruída, o que se pode comprovar por

fluxo gravit

com água (em

mente agitado com igual volume de f~nol 88% (peso/volume)por

observação ao microscópio. O extrato de células é imediat~

r. ­~

linear de Na

gradiente sa

ml de NaCl 2

de 60 ml/hor

inclinação d

do os dados

ção M

separada,

30 minutos, ã temperatura ambiente. A seguir é centrifug~

extração fenólica, após a adição de água em um volume igual

enquanto que as demais frações (interface, fenólica, e um

resíduo insolúvel) sao misturadas e novamente submetidas ã

do a 14000 xg por 40 minutos. A fase aquosa é

Page 35: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

lo a resi-

separa­

t 0,9 . em.

~, pH 3,28

:itrato de

-se o inje­

l utiliza­

aminoã-

!l.parelho.

o com solu-

~e WESTPHAL,

tas são su~

P.plicaram ­

a (meta-

onic Power

se .um inter

pulação é

dade morfo-

mprovar por

é .imediat~

o/volume) por

centrifu9~

separada,

lica, e um

Llbmetidas ã

olume .igual

-31-

·ao retirado da fase aquosa. As fases aquosas das duas ~­

trações são misturadas e agitadas com éter por três vezes,

desprezando-se a interface formada. Dependendo ~o volume

da fase aquosa, procede-se a UITla redução de volume por lio­

filização antes do tratamento com éter. Em seguida, o

material solúvel em água é precipitado com 4 volumes de

etanol frio e mantido durante aproximadamente 16 horas em

congelador (-20 0 C). O precipitado coletado por centrifug~

ção (SOa0 xg, 10 minutos) é seco sob vácuo e finalmente su~

penso em água. Esse material (fração aquosa) contém o com­

plexo glicoproteico de formas epimastigotas de ~ cruzi.

Cromatografia em coluna de DEAE-celulose

A DEAE-celulose é tratada segundo PETERSON

(1970) .

 coluna de DEAE-celulose (1,6 x 26 em) adi­

cionam-se 14 mg de açúcar (dosado pelo método de fenol-áci

do sulfúrico) da fração aquosa. O material é eluido por

fluxo gravitacional ã temperatura ambiente, inicialmente

com água (em torno de 130 ml) e a seguir com um gradiente

linear de NaCl em tampão fosfato de sódio 0,1 M,pH 7,5. O

gradiente salino é obtido com 200 ml de NaCl 0,01 M e 200

ml de NaCl 2 M. O fluxo da coluna é mantido em torno

de 60 ml/hora e o volume coletado é de 2 a 2,5 ml/tubo. A

inclinação do' gradiente é verificada por refratometria, sen

do os dados obtidos transformados em molar idade pela rela

ção M = r. - 133,32, onde r. corresponde ao indice de~ ~

Page 36: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-32-

refração. Quando a quantidade de material a ser cromatogr~

fado é maior, a coluna e o gradiente são proporcionalmente

aumentados. O material é coletado ~m um coletor de frações

com registrador acoplado.

Filtração em gel

O material cromatografado em Sefadex G-25(200­

400 mesh) ou Bio-Gel P-6 (100-200 mesh) em colunas de 1,3

x 80 cm, é eluido com água, à temperatura ambiente, à ra­

zão de 80-100 ml/hora.

A cromatografia em Bio-Gel P-150 (200-400 mesh)

é feita a 24oC, em colunas de 1,3 x 80 cm. O material é

eluido com tampão fosfato de sódio 0,1 M, pH 7,2, na presen­

ça de SDS 0,1% em um fluxo de 3 ml/hora.A amostra suspensa

no mesmo tampão, além de 2-mercaptoetanol 0,14 M é fervida

por 2 minutos, antes da cromatografia. A eluição do mate­

rial é acompanhado pela absorbância a 260 e 280 nm e pela

dosagem de açúcar pelo método de fenol-ácido sulfúrico.

O volume vazio de cada coluQa é d~t~rminado

com 1 'rnl de. azul de dextrana (1 mg/ml). Quando necessário,

a elui~ão de 5al é acompanhada por refratometria.

Eletroforese em gel de poliacrilamida

A eletroforese em gel de poliacrilamida é fei­

ta em tubos de 6 x 10 mm, em diferentes concentrações de ge 1

na presença ou na ausência de SOS. Na maioria das vezes a

polimerização

tida a um pré'

pregadas para

cada no gel n,

Após a eletro

do corante ma

loração do ge

vo, o gel é f

Schiff, segun

(1973) • A P

ácido acético

de corante é

monstração de

STECK e WALLl\

o reagente de

excesso de cc

descrita. Es

ração dupla.

(a)

se é feita eI

crilamida O,:

O,05% (v/v) I

pH 8,9 num v'

rior, sobre

lamida 2,5%,

per~ulfato d

6,9, num vol

Page 37: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

L.

Il1da

200-400 mesh)

(TEMEO)

maneira

(FAIRBANKS,

crilamida 0,13%, N,N,N',N'-tetrametiletilenodiamina

excesso de corante, tratado com negro de amido, da

monstração de açúcar e proteína no mesmo gel

(a) Eletroforese na auséncia de SOS - A eletrofore

se é feita em gel contendo acrilamida 5%; N,N'-metilenobisa-

0,05% (v/v) e persulfato de amônio 0,015% em Tris-HCl 0,33 M,

pH 8,9 nurnvolume de 2 ml (camada inferior). A camada sup~

rior, sobre a qual é colocada a amostra, é formada por acri­

lamida 2,5%,N,N'-metilenobisacrilamida 0,63%, TEMEO 0,3% e

per9ulfato de amônio 0,035% em tampão Tris-H 3po4 0,03 M, . pH

6,9, num volume de 0,3 ml. A amostra é aplicada no gel em

descrita. Esse processo_será usualmente referido como colo­

ração dupla .

STECK e WALLACH, 1971) o ~terial é corado inicialmente com

o reagente de Schiff da maneira usual, e após a retirada do

-33-

polimerização do gel no tubo é preparada de véspera e subme-

tida a um pré-eletroforese, nas mesmas condições a serem em­

pregadas para a amostra, durante uma hora. A amostra é apl!

cada no gel na presença de azul de bromofenol e glicerol.

Após a eletroforese, o gel é retirado do tubo, e a posição

do corante marcada com um fio de cobre antes da fixação e c~

loração do gelo Para a revelação do material açúcar-positi­

vo, o gel é fixado em TCA 12% e corado com o reagente de

Schiff, segundo as condições descritas por KORN & WRIGHT

(1973). A proteína é revelada com negro de amido 0,1% em

ácido acético 7,5%. Após 2 horas de coloração, o excesso

de corante é retirado com ácido acético 7,5%. Para a de-

é

pela

fervidaé

nm e

, na presen­

tra suspensa

.fúrico.

det.Qrminado

necessário,

terial

Lamida é fe1­

:ações de geL

l das vezes a

;e, à ra-

!x G-25 (200­

lS de 1,3

cromatogr~

onalmente

de frações

ão do mate--

Page 38: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-34-

balho de OAVIS (1964).

car)em tampão fosfato de sÕdio 0,01 M, pH 7,2, SDS 0,1%, 2-

protelna, oru:

do sulfúrico

dificadc (HAl

(43000): quu

leia (17200)

calar foi ext

mo padrão.

Antrona (SPIl

dos são albUD

são submetidc

amostra é apJ

do material ç

utilizada é c

7,2 e SOS O, 1

eletroforese

razões técnic

eletroforese

lamida é mant

5;7,5:10e

acrilanu.da.

de à porcenté

do SEGREST &

&

por

q1icerol 10% e azul de bromofe-

A amostra (100 uI, contendo 40-80 ug de açú-

utilizadas são as mesmas descritas no trabalho de WEBER

Quando necessãrio, a área de cada pico é determinada

planimetria.

(b) Eletroforese na presença de SOS - As condições

te de 3 mA/gelo As condições empregadas são baseadas no tra

100 ul (40-80 ug de açúcar) de uma solução contendo: 2-mer-

mercaptoetanol 0,14 M, glicerol 10% e azul de bromofenol

0,002%, é aquecida a lOOoC por 2 minutos, antes de sua apli-

captoetanol 0,01 M,

nol 0,0005%, em tampão TriS-H3P04

0,006 M, pH 6,9. A ele­

troforese é realizada em tampão contendo Tris-HCl 0,01 M e

glicina 0,-08 M, pH 8,3, por 2-3 horas a 40 C, com uma corren-

Dio 0,075%.

(c) Oensitametria do gel de poliacrilamida - A de~

sitometria é feita a 560 nm (ou 525 nm), quando o qel foi co

OSBORN (1969), utilizando tampão fosfato de sÕdio 0,1 M, pH

7,2 e SOS 0,1% (MAIZEL, 1966), tanto no gel, como no tampão

de corrida. ° gel utilizado contém acrilamida 10%, N,N'-me­

tilenobisacrilamida 0,27%? TEMED 0,075% e persulfato de amô-

cação no gelo As condições utilizadas são 8 mA/gel e 6 ho­

ras de eletroforese a 240r

rado somente com o reagente de Schiff e a 620 nm para a pro­

telna, após coloração dupla (FAIRBANKS, STECK & WALLACH,1971).

Page 39: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-35-

Determinação de peso molecular

são submetidos ã mesma corrida eletroforética, embora por

razões técnicas, em diferentes tubos. Os padrões emprega ­

dos são albumina de soro bovino (68000); albumina de ovo

(43000); quimotripsinogênio A (2~700); mioglobina de ba­

leia (17200) e citocromo c (11700). A relação .de peso mole

cular foi extraída de WEaER & OSBORN (1969).

concentração de gel, a amostra

os padrões de peso molecular

Para cada7,2 e SDS 0,1%.

A determinação do peso molecular é feita segu~

do SEGREST & JACKSON (1972) por eletroforese em gel de poli­

acrilaIÍtida. As concentrações de acrilamida empregadas sao

5; 7,5; 10 e 15%. A relação acrilamida/N,N'-metilenobisacri

lamida é mantida constante e igual a N/25 (onde N correspon­

de à porcentagem de gel desejada). A concentração de TEMED

utilizada é de 0,05% e a de persulfato de amônio 0,075%. A

amostra é aplicada da maneira descrita anteriormente para a

eletroforese na presença de SDS, exceto para os padrões de

proteína, onde se omite o aquecimento a 1000C. O tampão de

eletroforese utilizado também é fosfato de sódio 0,1 M, pH

do material glicoproteico e

;endo: 2-mer­

ie branofe­

,9. A e1e.­

:1 0,01 M e

111 uma corren­

seadas nou~

As condiyões

de WEBER a

110 0,1 M, pH

l1li0 no tampão

10%, N,N'-me­

llfato -de amô-

\19 de açú­

, SDS 0,1\, 2­

:Jrauofenol

3 de sua apll­

Vge1 e 6 ho-

lamida - A den

o o ge1 foi ·c2.

DDI para a pro-

a WALLACH,1971).

minada por

Dosagens

Proteína foi dosada pelo método de Lowry mo­

dificado (HARTREE, 1972), utilizando-se albumina bovina co

mo padrão. Os açúcares foram determinados pelo método de

Antrona (SPIRO, 1966) para hexoses neutras e fenol-áci­

do sulfúrico (DUBOIS et al, 1956) para os açúcares totais.

Page 40: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-36-

P-6 e Bio-Gel P-15Q da Bio-Rad Laboratories; tripsina da

D. Reagentes

~I

número de cé

FIGURA 1 - C

(20 x 106/ml

valias a 280 C

0,89leia, citocromo c, SDS, DEAE-celulose (grau médio,

acrilwuida, TEMED, persulfato de amônia da BDH; Bio-Gel

nol e pronase, da Calbiochem; acrilamida, N,N'-metilenobis-

meq/g), Sefadex G-25 (medium) foram obtidos da Sigma; orci-

trona, nitrato de prata, naftoresorcinol, fucsina básica,d~

fenilamina) ou de grau analítico. Na maioria dos experi -

mentos utilizou-se concanavalina A gentilmente cedida pelo

Worthington; ácido tiobarbitúrico da Theodor Schuchardt;

infusão de fígado da Oxoid; os demais reagentes são de pr2

cedencia Merck, como no caso dos corantes empregados (an-

Azocaseina, ácido N-acetii neuramínico, áci-

do glicurônico, desoxirribose, ribose, albumina de soro bo

vino, ovalbumina, quimotripsinogenio A, mioglobina de ba-

Nos dois casos, glicose serviu como referência. Ribose foi

dosada pelo método do orcinol (DISCHE, 1955) e desoxirribo­

se pelo método da difenilamina (GlLES & MYERS, 1965). Aci­

do siálioo foi determinado pelo método do ácido tiobarbi­

túrico (WARREN, 1959), utilizando-se ácido N-acetil neuramí

nico como padrão e ácidos urônicos pelo método do carba­

zol (GALAMBOS, 1967), utilizando-se ácido glicurônico como

padrão. Em todos os casos foi feita uma curva para a deter

minação da linearidade C1e c-ada mltodo.

Dr.T. Benjamin, do Public Health Research Institute~ Nos

demais, a con A utilizada foi adquirida da Calbiochem.

raram-se peq

nesse caso,

de 2 litros,

Page 41: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-'I 8o-ac 6-(J)

<l 4-J::>-J

'WU

WoOI

Z

I I I I

O 2 4- 6DIAS

-37-

único, (ci-

para a dete!:

rôni-co como

Ribose foi

do carba-

tiobarbi­

etil neuram!,

L965). 1I.ci-

lesoxirribo-

l de aoro ~

)b1na de ba~

Í1d10, 0,89

S1gma; orc1­

-met1lenob1s­

80S; B1o-Gel

tr1pa1na da

or schuchardt;

,tes são de pr~

lpreqadoa (an­

11na bü1ca,d!

I dos exper1 -

ced1da pelo

FIGURA l-Crescimento de formas ep1mast1gotas. As células

(20 x l06/ml) foram inoculadas em meio LIT (dia O) e culti-

6 -.' . _vadas a 28 C com agitaçao cont1nua. Para a determ1naçao do

número de células, por contagem em câmara de Neubauer, reti

raram-se pequenas amostras em diferentes dias, provenientes,It1 tute,. Nos

Lb10chem. nesse caso, de culturas mantidas em frascos de

de 2 litros, contendo 400 ml de cultura.

erlenrneyer

Page 42: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-38-

trações de c

A.

* Agradeço i

fotográfi(

células de

es tacionár ié

lulas/ml (Fi

fase final

que ocorre r

te .essa pro~

de mais con

ml (Figura 3

10-15 minutc

de latência

de da concer.

dente do nÚIt

dade celulaI

tinadas por

se comp.leta

diluições

1,0 2,0N! DE CÉLULAS IMI (XIOIJ )

1,0 •-Ec:OWW-<u 0,5z

c<tm •o::OCf)

m<t

células em cultura. Esse grãfico foi construido pela de-

terminação do número de células existentes numa amostra de

Neubauer ea absorbância a 660 nm de diferentes

formas epimastigotas de !.:..~ por contagem em câmara de

FIGURA 2 - Relação entre absorbância a 660 nm e número de

dessa amostra.

Page 43: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

significanteme~

A porcentagem de aglutinação é linear por,.

ml (Figura 3)_

trações de con A acima de 0,8 ~g!ml (Figura 7). A adição

RESULTADOS

A. Efeito de con A sobre T. cruzi

10-15 minutos (Figura 4). A velocidade da reaçao é depen-

de mais con A (até 10 ~g/ml) não altera

de latência variável na resposta à lectina, quando a dens!

dade celular inicial encontra-se abaixo de 5 x 107 - 10 8 cé

As formas epirnastigotas de ~ cruzi são aglu­

tinadas por baixas concentrações de con A, de 0,5 a 1,5 ~g/

dente do número inicial de células, observando-se um tempo

lulas/ml (Figura 5). A velocidade da aglutinação -depen­

de da concentração de con A utilizada (Figura 6). A reação

se cornp~eta quando 70 a 80% das células estao aglutinadas,o

que ocorre nos primeiros 15-20 minutos de reação com concen

• ..a --...oiI Efeito de con A sobre formas epimastigotas

2,010·)

te essa proporçao.

I e número de

lIdo pela de-

Os éxperimentos de aglutinação são feitos com

células de 3-4 dias de cultura em LIT, isto é, células em

fase final de crescimento exponencial ou no início de fase

lIIUl 1IJII08t:ra de

! ... cimara de

estacionária. Não se observam diferenças significativas em

;_ diluições

,. Agradeço ã Ora. Glaucia Machado Santelli pelos trabalhos

fotográficos.

Page 44: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 45: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

crescimen-

aqlutina -,

.bição da

interação

IRMAN •

inibidores

Efeito de con A sobre formas tripomastigotas

metacíclicas

A presença qe enzimas proteolíticas no meio

de cultura poderia ser um fator determinante na aglutinabi­

lidade das células. Para se verificar essa hipótese, o

meio LIT (concentrado 10 vezes), que fora utilizado para o

crescimento de células durante 4 dias, é incubado com azoc~

seina, não apresentando atividade proteolítica.

-41-

Uma vez que as células normais de mamIferos

sao passíveis de aglutinação por con A somente após trata­

mento com tripsina, procurou-se verificar o efeito dessa ~

zima nas ~lulas do protozoário e sua possível consequên-'

cia na reação de aglutinação. Para tanto, as células são

incubadas com tripsina em concentrações que variam de 0,001

a 0,01%, com tempos de incubação de 2 a 60 minutos, a 30 e

370 C, não se observando mudanças na porcentagem de aglutin~

ção (Figura 10), exceto quando o tempo de incubação e/ou a

quantidade de tripsina são empregados nos limites máximos

apresentados, ocasião em que se observa uma inibição variá

vel da aglutinação.

N-

emde 50%

nao agluti­

eneidade da

icada por

sao reti­

(três' ve-

densidade

cem A1 b)

e ass,epsia

I meio de

experimen­

,s casos os

I 4.

:ose e

lDtente). ~

produzem uma

lIM. :Esses

)se, qalacto

, não têm

i:rações em

A diferenciação em cultura, deformas epimas­

tigotas em tr~pomastigotas, além de errática, nunca é eom­

pleta. Portanto, numa cultura onde ocorreu diferenciação,

coexistem as 'duas formas. Quando essas formas são tratadas

com con A e observadas ao microscópio óptico, não se ~ncon~

tram aglomerados de formas tripomastigotas metacíclicas, em

Page 46: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-42-

Efeito de con A sobre formas tripomastigotas

sangulcolas

v•.aglutinação das cé.lulas com con A após tratamento das for

mas sangulcolas com tripsina (0,001%,2 minutos a 37 0).

(a

B

(b

em torno de

hexoses e 2

de células

que, após t

nal de cres

ria (célula

ções descri

do extrato

la 111).

suspensa em

baixa rotaç

e uma insol

ção aquosa

emprotelna

dessas duas

DEAB-celulo

re .l3). O'

na

formas

(1,5

obser-

a possibilidade de que for-

12). No único experimento realizado, também Dão se

As formas sangulcolas de !..:.. ~zi, preparadas

da maneira descrita, são submetidas a tratamento com concana

valina A, da maneira usual. Em diversas concentrações de

lectina (li 7,5 e 75 ~g/ml) e numa densidade de células até

2 x 10 8 células/ml, não se nota qualquer aglutinação (Figura

de demonstrar 'parcialmente essa hipótese está descrita

Tabela I. Culturas çom diferentes porcentagens de

metaclclicas são submetidas à aglutinação por con A

mas metaclclicas (ou comprometidas com a diferenciação) não

sejam suscetlve~s à aglutinação por con A. Uma tentativa

(Figura 11). Esse fato sugere

~g/ml). Após 30-60 minutos de incubação ã temperatura am­

biente, as células que nao aglutinam são examinadas ao mi

croscópio, estabelecendo-se a porcentagem de formas trip~

mastigotas remanescentes. Verifica-se uma recuperação va­

riável de formas tripomastigotas, alcançando-se um enriquec!

mento máximo de cinco vezes em relação ã cultura original.

bora estes sejam encontrados nos aglomerados de formas epi­

mastigotas. Células provenientes de uma cultura contendo

28% de formas metaclclicas são pouco aglutináveis por con A

Page 47: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-43-

B. Isolamento e caracterização parcial de um

complexo glicoproteico extraído de formas

epimastigotas de ~ cruzi

(a) Isolamentolscrita na

, de que for-

mc1ação) não""" Isolamento e purificação parcial

111 tentativa

formas ep1­

ura contendo

s por con A

0,23%

quantidade

ção aquosa é de aproximadamente 10% em hexoses e de

(b) ~urificação parcial por cromatografia

em proteIna, sendo praticamente desprez1vel a

Utilizam-se células epimastigotas em fase fi­

nal de crescimento exponencial ou inIcio de fase estacioná­

ria (células de 3-4 dias de cultura em LIT, segundo condi­

ções descritas em Materia~ e Métodos). Em quatro amostras

do extrato bruto dessas células verifica-se uma variação

em torno de 14% para o açúcar total, 6% para o conteúdo de

hexoses e 2,5% para o de ribose (Tabela rIfo Os extratos

de células tratados com fenol 44% fornecem uma fase aquosa

que, após tratamento com éter e precipitação com etanol, é

suspensa em água. Quando esse material é centrifugado a

baixa rotação separa~se uma fr~yão solúvel (fração aquosa)

e uma insolúvel. A recuperação f!III carbohidratos na fra-

A fração aquosa é cromatografada em coluna de

DEAE-celulose, fornecendo três picos contendo açúcar (Fig~

re ~3). O pico 1 é obtido pela eluição da coluna com água,

dessas duas espécies moleculares na fraçãc insolúvel (Tabe­

~a III).

preparlldas~,

Lnação (Fiqura

lO 8e obser­

mento das fo~

J8 a 370).

0CXIIA8tiqOtas

de fqrmas

con A (1,5

nperatura am­

IIlinadas ao m!

formas triP2

euperação va­

um enriquec!,

a oriqinal.

:0 caD concaD!,

ltraçÕ8s de

! células até

Page 48: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-44-

enquanto que os picos 2 e 3 sao obtidos através de um gra­

diente linear de NaCl (0,01 - 2,0 M) em tampão fosfato de

sódio 0,1 M, pH 7,5.

Embora o perfil cromatográfico seja constan­

te no que se refere ao carbohidrato, nas diferentes colunas

realizadas, a proporção relativa de um pico para outro va­

ria bastante de coluna para coluna, cheqando, por exemplo

em alguns casos, a ocorrer praticamente uma inversão na pr2

porção existente entre os picos 2 e 3. O perfil obtido pe­

la leitura das frações a 260 e 280 nm é um tanto variável,

encontrando-se na maioria das vezes formado por dois picos,

um coincidente com o pico 1 e o outro com o pico 3, embora

superpondo-se em parte com o pico 2.

Em virtude da pequena quantidade de material

do pico 1, é impossível seguir nesse caso, as etapas de ca­

racterização estabelecidas para os picos 2 e 3.

Desprezando-se a região de maior embricamen

to existente entre os picos 2 e 3, os tubos corresponde~

tes a cada pico são reunidos e concentrados por liofiliza

ção. A seguir efetua-se uma dessalificação do material

por filtração em coluna de Sefadex G-25 ou Bio-GelP-6,

conforme descrito anteriormente. Os resultados obtidos

são os mesmos no caso das duas resinas.

Cerca de 60% do material contendo açúcar do

pico 2 é eluido com água no volume vazio da coluna .(Figura

14). Esse material (pico 2a) é reunido e concentrado por

liofilização.

tro pico açúc

eluído juntan

.destaca por f

do com os den

rimentos o pi

rial açúcar-~

nítido. O e~

lhido pelo fe

julgados nece

do material c

zio da coluna

açúcar-pOSiti

bohidratos de:

na Tabela IV.

e 3a é de apr

ses,3,6% de r

aquosa. Essa

passa a ser d

1, 3t para rib

por ácidos nu

deve, na prát.

uma vez que nó

ribose na fral

car dessa fral

Page 49: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

~rsão na pr 2

.e um gra­

:oafato de

a constan­

tes colunas

menos

material

material

Em outros exp~

-45-

A recuperação e a composição em proteína e ca~

bohidratos da fração aquosa, picos 2a e 3a são apresentados

açúcar-positivo foi reuniao e concentrado (pico 3a).

tro pico açúcar-positivo (pico 2b), além de um

liofilização. Nessa coluna também ocorre a separação de ou

na Tabela IV. A recuperação, considerando-se os picos 2a

e 3a é de aproximadamente 36% de açúcar total, 26% de hexo

ses,3,6% de ribose e 1,5% de proteína, em relação à fração

aquosa. Essa mesma recuperação em relação ao extrato bruto

passa a ser de 1,9% para o açúcar total; 2,8% para hexoses;

1,3t para ribose e 0,046% para a proteína. A contaminação

por acidos nucleicos, co-purificados no processo descrito,

deve, na prática, se resumir ao RNA (dos.ado como r ibose) ,

uma vez que não é possível detectar a presença de desoxir­

ribose na fração aquosa, mesmo utilizando 200 ~g de. açú­

car dessa fração. Deve-se ressaltar que o método empregado

zio da coluna (Figura 15). Também neste caso o

Na cromatografia do pico 3, praticamente 100%

do material contendo açúcar é eluído com água no volume va-

rial açúcar-positivo eluído juntamente com o NaCl é

nítido. O experimento representado na Figura 14 foi esco­

lhido pelo fato de que nele são medidos todos os parâmetros

julgados necessârios.

do com os demais componentes dessa coluna.

rimentos o pico 2b é mais pronunciado, enquanto que o mate-

eluído juntamente com NaCl e que além de conter aç~car, se

.destaca por sua maior absorbância a 260 nrn, quando compara-

do

exemplo

outro va-

Ir

L obtido pe­

o variável,

dois picos,

:0 3, embora

de material

etapas de ca'

ldo açúcar

:oluna . (Figura

oncentrado por

embricamen

corresponde~

?orllofillz~

do material

u Bio-GelP-6,

.os obtidos

Page 50: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-46-

detecta pequenas quantidades de DNA (a partir de 5 ~g). A

proporção, relativa à proteína existente, de hexoses, açú­

car total e ribose aumenta no pico 2a e 3a, quando compara­

da com a fração aquosa. No entanto, entre os dois picos,e~

sas relações são praticamente iguais, mostrando que em ter­

mos gerais, ~ssas frações pouco diferem, inclusive na cont~

minação por RNA que varia em torno de 10% (em relação ao

açúcar total) nos dois casos.

Os dados de extração e purificação do material

glicoproteico apresentados referem-se a um único experi­

mento, uma vez que, como foi notado anteriormente, a propo~

ção de material açúcar-positivo entre os picos varia. No

entanto, considerando-se a recuperação total, isto é, o pi­

co 2a somado com o pico 3a, os resultados passam a ser re­

presentativos das muitas extrações e purificações realiza ­

das.

Tanto o pico 2a, como o 3a sao constituIdos

principalmente de carbohidratos, que perfazem 75% do total,

enquanto que a proteIna contribui com 25%, considerando-se

a dosagem pelo método de antrona (Tabela V). Essa rela­

ção passaria a 85 e 15%, respectivamente, levando-se em con

ta os dados obtidos pela dosagem com o método de fenol-á­

cido sulfúrico.

Experimentos de eletroforese em gel de

poliacrilamida

A técnica de eletroforese em gel de poliacri­

lamida é utilizada nesse trabalho para se verificar o

caráter glil

pos sIveis il

material.

e na ausênc:

(a

se em gel d,

de uma úni-ci

gel, para a

Quando cada

é recorado c

vela a preSl

giões Schif:

3a, nas qual

açúcar) .

(b

eletroforesl

zada na prel

Schiff-posi1

como para OI

da banda, cc

mesma nos tJ

a migração J

VII). A co:

sugere que 1

sua c omposi I

açúcar, nas

Page 51: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

.e 5 1Ig). A

!Xoses, açú­

LIldo compara­

Lois picos ,e!.

) que em ter­

; i ve na cont!.

relação àO

ão do material

ice experi­

nte, a prop0E.

varia. No

isto é, o pi­

;&m a aer re­

:ões realiza -

.constituIdos

7.5% do total,

msiderando-se

Essa rela-

mdo-se em co!!.

de fenol~ã-

em gel de

1 de pol1acri­

verificar o

-47-

caráter glicoproteico do material isolado, além de outras

possíveis informações sobre composição e es~utura desse

material. Para tanto, são feitas eletroforeses na presença

e na ausência de SOS.

(a) Eletroforese na ausência de 50S - A eletrofor~

se em gel de poliacrilamida 5%, pH 8,7, revela a presença

de uma única banda Schiff-positiva, de pouca penetração no

gel, para a fração aquosa, pico 2a e pico 3a (Figura 16) .

Quando cada gel, previamente corado com o reagente de Schiff,

é recorado com negro de amido (coloração dupla), não se re­

vela a presença de qualquer material proteico fora das re­

giões Schiff-positivas para a fração aquosa e picos 2a e

3a, nas quantidades de material empregadas (até 80 ug de

açúcar) .

(b) Eletroforese na presença de SOS - Quando a

eletroforese em gel de poliacrilamida 10%, pH 7,2 foi real!

zada na presença de SOS 0,1%, obtiveram-se quatro bandas

Schiff-positivas (A, B, C e O) tanto para a fração aquosa,

como para os picos 2a e3a (Figura 17). A proporção de ca­

da banda, calculada por densitometria, é aproximadamente a

mesma nos três materiais analisados (Tabela VI), assim como

a migração relativa de cada banda na eletroforese (Tabela

VII). A coloração posterior de cada gel com negro de amido

sugere que todas as bandas contêm açúcar e aminoácidos na

sua composição e que não se encontram proteínas isentas de

açúcar, nas condições empregadas. Os traçados densitométri

Page 52: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-48-

cos da eletroforese em gel de poliacrilamida da fração aquo­

sa, pico 2a e pico 3a se encontram nas Figuras 18, 19 e 20,

respectivamente. Essas figuras ~epresentam o perfil densi­

tométrico do material Schiff-positivo antes da coloração com

negro de amido e o perfil obtido nesse mesmo material

após tratamento com o corante de proteínas. Embora eXlsta

urna pequena interferência do complexo glicoproteína-reagente

de Schiff na absorbância de 620 nm utilizado para a locali­

zação do material proteico, nao se fez qualquer correçao

no perfil densitométrico nas figuras apresentadas.

Deve-se ressaltar que o tratamento da fração

aquosa com uréia 8 M, além de SDS 0,1% e a amostra aplica­

da na ausência de 2-mercaptoetanol nao altera o padrão das

bandas obtido.

Embora as quatro bandas possuam aminoácidos

e carbohidratos na sua composição, nota-se urna diferença na

banda P quanto ao comportamento frente aos corantes utiliza

zados, o que se evidencia, de imediato, pela cor obtida

após coloração dupla. Enquanto as bandas A, B e C se tor­

nam bem escuras após coloração com o reagente para proteí­

na, a banda D tem sua cor pouco alterada, sendo essa dife

rença diminuída com o tempo. Essas diferenças podem ser

observadas pela comparação das áreas de cada banda a~tes e

depois de coloração dupla (Tabela VIII) . O fato da banda

D se complexar com menor quantidade de corante para prote~

na, sugere urna diferença de composição em relação às de­

mais bandas.

utilizados !

va de carbol'

não existir

postas colol

comi tantemel

substâncias

última colu:

rando-se re;

da D seja r'

as bandas A

discutida

proteica re

posição evi

síveis comp

corno conseq

do se consi

mento contI

de poliacri

ções do ex!

gel foi ex!

correspondE

sitometria

reagente dE

amido (3,4

hão há altl

após a dup.

Page 53: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-49-

A suposição feita àcima fica reforçada quan­

do se consideram os resultados obtidos no seguinte experi~'

mento controle. Amido foi submetido a eletroforese em gE~

de poliacrilamida 5% (na ausência de SOS) nas mesmas condi­

ções do experimento descrito acima. Após a eletroforese o

gel foi exposto à mesma sequência de coloração. A área

correspondente à banda de amido, calculada a partir da·den

sitometria 00 gel a 620 nm é a mesma quando corada com o

reagente de Schiff ou após coloração sobreposta de negro de

amido (3,4e 3,7 cm2 , respectivamente). Oa mesma forma

não há alteração da área correspondente ao açúcar,'antes e

após a dupla coloração. Esses resultados indicam que a

comitantemente, e as quantidades relativas daquelas duas

substáncias. Entretanto, as relações de área mostradas na

última coluna da Tabela VIrI, autorizam a suposição, compa­

rando-se resultados de um me6JnO experimento, de que a ban­

da O seja relativamente mais rica em carbohidratos do que

as bandas A, B, e C, o que vem reforçar a sugestão acima

discutida de que aquela banda possua uma representação

proteica relativamente menor que as outras três. Essa su­

posição evidentemente não está levando em consideração pos­

síveis complexações diferentes dos corantes em cada banda

como consequência de difer~nças na estrutura molecular.

Os resultados da Tabela VIII não podem ser

utilizados para um cálculo preciso da composição relati­

va de carbohidratos e proteínas em cada uma das bandas por

não existir um estudo detalhado das relações entre as res­

postas colorimétricas aos dois corantes, quando usados con-

fração

aplica ­

li o perão 4..

aminoicid_

diferença Da

ante. ut1li.~

ia cor Clbt14a

B • c.. tor-I .~. para prot.e1-

eD40 ••a 41f!

~.. podem .er

Ibanda aqtea e

f ató da banda

11 para prote!

lação às de-

fração aquo­

18, 19 e 20,

perfil denai­

coloração com

,mo material

Ibora exista

'elna-reaqente

ra a 10ca11­

.8r correçãoIlas.

Page 54: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-50-

coloração basal pelo método de Schiff nao se altera pela s~

breposição de negro de amido na ausência de proteína, o que

vem demonstrar a especifi~idade de complexação do negro de

amido com proteína, mesmo na presença da coloração desenvol

vida pelo reagente de Schiff.

A proporcionalidade das áreas de sobreposi­

çao quando melhor estudada através de padrões de composi­

ção conhecida poderá fornecer um método bastante simples

para a determinação das quantidades absolutas de proteínas

e carbohidratos em mistura heterogênea de glicoproteínas.

Os experimentos, aqui descritos, de eletrofo

rese em gel de poliacrilamida na presença de SDS apresen­

tando uma co-migração de substâncias contendo carbohidra­

to e proteína sugerem fortemente que essas substân· ­

cias seja glicoproteínas onde a parte proteica e a parte

glicídica estão ligadas por ligação covalente.

Em experimentos independentes de eletroforese

(não apresentados), em que os cilindros de gel foram co­

rados com azul de Coomassie, desenvolveQ-se uma cor azul tí

pica nas quatro bandas, reforçando a sugestão de que as

quatro frações do gel contêm proteína e que não existe ne­

num outro contaminante significativo na preparação.

(cl. Tratamento da fração aquosa com pronase - Pa­

ra a obtenção de mais uma evidência da natureza glicopr~

teica do material isolado, tratou-se uma alíquota da fra­

ção aquosa com pronase. Após eletroforese em gel de

pollacriJ.l

com o rea~

21. NeSSi

amostra aI

proriase, j

enzima prc

na mesma c

çao aquosi

ção e ele1

presença (

dos densi1

reagente (

cada bandi

total das

apresenta(

dente nas

da D.

poliacrilé

das por Cl

. 50S. O pE

na de Bio·

0,1 M, em

Para se VI

t.i.vos (I,

Page 55: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

de eletrofo

IS apresen­

carbohidra­

substân' -

:era pela s~

:eIna, o que

lo negro de

,ao desenvo.!

(

Cromatografia da· fração aquosa em coluna de

Bio-Gel P-1SO emp~esença de SDS

Com base nos dados de eletroforese em gel de

poliacrilamida, na presença de SDS, tentou-se isolar as ban

das por cromatografia em coluna, também na presença de

SDS. O perfil cromatográfico da fração aquosa em colu­

na de Bio~Gel P-1SO e eluIda com tampão fosfato de sódio

0,1 M, em pre~ença de SDS 0,1%, é mostrado na Figura 23.

Para se verificar a composição dos trés picos açúcar-pos!

~vos (I, 11 e 111) isolados nessa cromatografia, fez-se

-51-

poliacrilamida, na presença de SDS, o material foi tratado

com o reagente de Schiff. O resultado é mostrado na Figura

21. Nessa mesma figura está representado um gel em que a

amostra aplicada, na mesma concentração que a tratada com

pronase, foi submetida ao mesmo tratamento, omitindo-se a

enzima proteolItica (fração aquosa sem pronase) . Pronase,

na mesma concentração empregada para o tratamento da fra­

çao aquosa (4 mg) ,-submetida. às mesmas condições de incuba

ção e eletroforese das amostras anteriores, não revelou a

presença de qualquer banda Schiff-positiva. Os resulta­

dos densitométricos desse experimento após coloração com C

reagente de Schiff são mostrados na Figura 22. A área de

cada banda e a respectiva porcentagem em relação à área

total das amostras tratadas e não tratadas com pronase é

apresentada na Tabela IX, mostrando uma diminuição bem evi­

dente nas bandas A e B, além de um pequeno aumento da ban­

da D.partee a

ronase - Pa­

reza glicopr~

ota da fra-

em gel de

eletroforese

~el foram co­

i qor azul tI

de, que as

lio existe ne­

ação.

sobreposi­

e composi­

te simples

e proteInas

:oproteInas.

Page 56: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-52-

uma eletroforese em gel de poliacrilamida 10%, na presen­

ça de SDS. Para tanto a amostra retirada do tubo contendo

maior concentração de açúcar, em· cada pico, é aplicada, sem

qualquer outro tratamento, no gel de poliacrilamida. O gel

correspondente a cada pico é mostrado na Figura 24, enquan­

to que os perfís densitométricos são mostrados nas Figuras

25, 26 e 27. A separação entre as bandas não foi completa,

corno se pode observar nos resultados condensados na Tabe­

la X, excetuando-se a banda D, eluída 88% no pico 111. No

caso das bandas A e C, houve um relativo enriquecimento na

porcentagem de cada banda nos picos I e 11, respectiva ­

mente. Nesse experimento, embora haja urna certa assimetria

principalmente da banda C, não foi possível delimitar a ban

da B. Num experimento semelhante, a fração aquosa foi cro­

matografada em coluna de Sefadex G-75, na· presença de SDS,

sendo que todo o material Schiff-positivo foi eluldo no vo­

lume vazio da coluna. Nesse material, submetido à eletrof2

rese em gel de poliacrilarnida na presença de SDS, também nao

foi possível detectar a banda B, embora as demais (A, C e

Dl estivessem presentes dentro do padrão de distribuição co

nhecido.

Determinação do peso molecular

A técnica de determinação do peso molecular

por eletroforese em gel de poliacrilamida tem sido bastante

utilizada em virtude de sua relativa simplicidade. No en­

tanto a mobilidade eletroforética só é dependente do peso

molecular, quando: al a carga por unidade de massa é

aproximadame

cas são funç

FORD, 1970 l .

nas e glicop

mida, em vir

quisitos men

peso molecul

propuseram u

glicoproteín

diferentes c

método, apli

cada banda d

se evidencia

ferentes con

contrário da

tante. O pe

va assintóti

de carbohidr

5000 para as

porque prote

molécula tên

saltar tarnbé

mente pode s

do siálico.

deterrninaçãc

permanece a

das no gel l

caso, a detE

Page 57: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

la presen-

. contendo

.icada, . sem

.da. O gel

!4, enquan­

lS Figuras

)i completa,

na Tabe-

') 111. No

:1mento na

!spectiva' -

assimetria

IIl1tar a b~

Ba foi cro­

rra de SDS,

11ldo no vo-

àeletrof2

, também não

s (A, C e

ribuição c2

molecular

,do bastante

le. No en-

;e do peso

massa é

-53-

aproximadamente constante e b) as propriedades hidrodinâmi­

cas são função somente do peso molecular (REYNOLDS & TAN­

FORD, 1970). O comportamento anômalo de algumas proteí­

nas e glicoproteínas na eletroforese em gel de poliacrila­

mida, em virtude do não cumprimento de um ou dos dois re­

quisitos mencionados, ocasiona um erro na determinação do

peso molecular. De um modo empírico SEGREST & JACKSON(1972)

propuseram um método capaz de estimar o peso molecular das

glicoproteínas por eletroforese em gel de poliacrilamida,em

diferentes concentrações de gel e na presença de SDS. Esse

método, aplicado para a determinação do peso molecular de

cada banda do material aquoso é mostrado na Figura 28, onde

se evidencia a variação do peso molecular calculada nas di­

ferentes concentrações de gel, para as bandas A, B e C, ao

contrário da banda D, que apresenta um peso molecular cons­

tante. O peso molecular estimado pelo ponto mínimo da cur­

va assintótica e pelo desconto de 1000 daltons para cada 10%

de carbohidrato na molécula é de 28000; 24000; 20000 e

5000 para as bandas A, B, C e D. O desconto foi efetuado

porque proteínas contendo mais de 10% de carbohidratos na

molécula têm a sua mobilidade acelerada. ~ necessário res­

saltar também que o método de SEGREST & JACKSON (1972) so­

mente pode ser utilizado para glicoproteínas contendo áéi­

do siálico. A existência desse açúcar foi comprovada por

determinação química da fração aquosa total. Entretanto,

permanece a possibilidade de que algumas das frações obti­

das no gel não contenham ácido siálico, dificultando, nesse

caso, a determinação do peso molecular real.

Page 58: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-54-

Deve-se ressaltar também que a banda D foi a

única que nas quatro concentrações de ge1 utilizadas nao va

riou o seu comportamento,indicando sempre um peso molecular

de 12000. Em situação semelhante, KOCHERT & YATES (1974),

trabalhando com uma glicoproteina que contém 45% de carbohi

dratos,nao aplicaram o desconto no cálculo do peso mo1ecu

lar.

Uma das maneiras preconizadas por BANKER &

COTMAN (1972) como método de tornar válido o cálculo de pe­

so molecular, também se refere ao uso de várias concentra­

çoes de ge1 de po1iacri1amida (até 8%). Colocando num grá­

fico o logaritmo da mobilidade e1etroforética e a concentr~

ção de T (isto é, a concentração de acri1amida mais

N,N'-meti1enobisacri1amida), obtém-se o gráfico conhecido

como "Ferguson p10t" (FERGUSON, 1964). Extrapolando-se a

mobilidade e1etroforética para a concentração de 0% de T,

obtém-se a mobilidade e1etroforética livre (Mo), que inde­

pende do peso molecular, e que, calculado para diferentes

proteínas, revelou-se praticamente constante (BANKER &

COTMAN, 1972i SHlRAHAMA, TSUJII & TAKAGI, 1974). Esse ti­

po de gráfico aplicado para as bandas da fração aquosa é

mostrado na Figura 29 (b). Na mesma figura, gráfico a, es­

tá descrito o comportamento das proteínas utilizadas como

padrão de peso molecular, nas mesmas condições usadas para

a fração aquosa. Nesse caso, o peso molecular é dependente

da inc~inação da reta e com base no traba1hó de BANKER &

COTMAN, o peso molecular foi calculado em 26400i 18200i

16800 e 12800 para as bandas A, B, C e D, respectivamente.

Deve-se reSI

do, mas tão

dos os errOi

da banda na

sentado, é J

com um Mo s

virtude, pr

ria1 quanti'

de-se suger

banda Ai 18

C e 5000

é determin

noácidos ex

(a

ria1 foi SlJ

dró1ise for

mostras C01l1

diferentes

condições à

dessas amos

tria desse

Page 59: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

I. Esse ti-

lctivamente.

?Q1ando-se a

ie Oi de T,

I ,. que inde­

diferentes

de

mate-

Além disso, pelo gráfico apr~

Para a caracterização dos açúcares o

(a) ~aracterização dos monossacarldios

tria desse cromatograma mostrou uma destruição máxi~a

A composição das diferentes frações isoladas

é determinada pela análise dos monossacarldios e dos ami

noácidos existentes.

-55-

:omposição do complexo glicoproteico

ria1 foi submetido à hidrólise ácida. As condições de hi­

drólise foram estabelecidas pelo tratamento de diversas a­

mostras com HCl em diferentes concentrações (de 2 a 4 N) e

diferentes tempos de hidrólise (de 1 a 5 horas), a 1000C,nas

condições descritas em Material e Métodos. O cromatograma

dessas amostras é apresentado na Figura 30. A densitome-

da banda na poliacrilarnida.

Oeve-se ressaltar. que não houve mudança no método utiliza

do, mas tão somente de cálculo, mantendo-se portanto, to­

dos os erros inerentes ao ~étodo e ao comportamento de ca-

sentado, é perceptível o comportamento diferente da banda O,

com um Mo significantemente diferente das demais bandas. em

virtude, provavelmente, de uma ligação de 50S/grama de mate

rial quantitativamente diferente.

Levando-se em conta a discussão anterior, po­

de-se sugerir uni peso molecular entre 26400 - 28000 para a

banda A; 18200 - 24000 para a B; 16800 - 20000 para a banda

C e 5000 - 12800 para a banda O.

i

,

conhecido

aquosa

(BANKER

Ulda D foi a

Lzadas não v.!

aso molecular

i>.TES (1974) ,

Si de carboh!.

peso molecu

::I

::Ir BANKER &

ilculo de pe-

concentra­

indo num grã­

a a concentr,!

nida mais

:ifico a, es­

Lzadas como

usadas para

é dependente

de BANKER'

;40 Of 18200 f

Page 60: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-56-

lose (Figura 31).

rarnente as seguintes condições de hidrólise: HCl 2 N, 2 ho­

ras a lOOoC.

lorimetricame

quantidades d

do carbazol q

rônico. A de

diferença de

respeito ao s

resultados de

estão represe

lientar que a

ção variável

evidenciado p

dos urônicos

por densitome

terial e Méto

tra no sentid,

que a fração

presente em q'

presença de r

errática e ne

ra a fração ac

ção 3a (Figuró

fração 2a. EI

dos trechos d,

mostra que a I

caso não há d_

um

seja

rotinei-

negativa,padrão. Esse resultado, embora por prova

Manose, que apresenta a mesma migração da fr~

tose nos vários sistemas de solventes utilizados, foi iden­

tificada pela coloração com naftoresorcinol. No mesmo cro­

matograma esse corante d~senvolve uma cor vermelha ±ípica

para a frutos e padrão e não apresenta cor alguma com manose

glicosamina. A possibilidade de que o açúcar aminado

manosamina é remota, já quemanosamina parece nao ser

componente usual de glicoproteinas.

A presença de hexosamina foi confirmada pelo

corante de Morgan-Elson. Provavelmente não é galactosarni­

na pois no sistema de solventes empregados galactosarn!

na e glicosarnina térn Rf diferentes e a mancha Morgan-Elson

positiv: :presenta a mesma migração da glicosarnina padrão.

Além disso a análise de aminoácidos só revelou a presença de

A identificação dos açúcares componentes da

fração aquosa foi estabelecida em diferentes sistemas de

solventes, já relacionados em Material e Métodos, sendo cons

tituida de urna hexosamina, galactose, glicose, manos e e xi-

manose (47%) naS condições mais drásticas empregadas (4 N,

5 horas), enquanto que a ribose foi quase que totalmente des

truida (94%) nas mesmas condições. Os demais açúcares nao

são visivelmente afetados nas condições empregadas. Com ba

se nos resultados desse experimento, utilizam-se

Page 61: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

adas (4 N,

Italrnente des

:úcaresnão

.as. Com ba

rotinei­

2 N, 2 n.o-

nponentes da

Lstemas de

;, ··9.endo cons

nanose e xi-

Lrmada pelo

;alactosami-

galactosam!

~organ-Elson

ina padrão.

a presença de

minado seja

nao ser um

ração da fru

's, t:oi iden­

'o mesmo cro­

lha :tIpica

la com manose

negativa,

-57-

mostra que a mancha experimental é manose pois também nesse

caso não há desenvolvi,~ntode cor com naftoresorcinol.

Qualitativamente os açúcares sao os mesmos p~

ra a fração aquosa (Figura 31), fração 2a (Figura 32) e fra

ção 3a (Figura 33) com exceção de xilose, não detectada na

fração 2a. Embora para essas figuras tenham sido selecion~

dos trechos de cromatogramas com altas concentrações da amo~

tra no sentido de evidenciar a xilose, não se pode afirmar

que a fração 2a não contenha esse açúcar, que poderia estar

presente em quantidades aquém da sensibilidade do método. A

presença de ribose, nos vários experimentos realizados é

errática e nem sempre confirmada. Entretanto, deve-se sa­

lientar que as amostras utilizadas apresentam urna contamina

ção variável de ácidos nucleicos (5 a 10i), como pode ser

evidenciado pela absorbãncia a 260 nrn.

Não foi possível detectar a presença de áci­

dos urônicos na fração aquosa, mesmo utilizando-se grandes

quantidades de material (até 200 ~g de açúcar), pelo método

do carbazol que é sensível a partir de 5 ~g de ácido glicu­

rônico. A determinação quantitativa dos açúcares foi feita

por densitometria dos cromatogramas, segundo descrito em Ma

terial e Métodos, com exceção do ácido siálico, dosado co­

lorimetricamente pelo método do ácido tiobarbitúrico. Os

resultados dessa quantitatização em porcentagem de açúcar

estão representados na Tabela XI, onde se pode observar urna

diferença de composição entre os picos 2a e 3a, no que diz

respeito ao seu conteúdo em glicosamina, galactose e xilose,

Page 62: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-58-

Os resultados da análise de aminoácidos das

do histidina presente, devido ao excesso de lisina. Aparen-la inibição

RNA contamiI

*, Gentilmen1

tes quantidé

ção de até E

correr do tE

ra afastar c

to, uma vez

ra se obser'\

*subtilis r

aglutinação,

drato (em te

i'tlibem a rea

(não

possi -

frações,

somente

~or razoes de ordem tecnica, nao foi

Efeito do 'complexo glicoproteico na '\glutina­

çãc das células por con A

Verificou~se o efeito do complexoglicopro-

teico isolado de formas epimastigotas na reação de aglutin~

ção dessas células por conA. Como ~e pode verificar na Ta-

(b) Caracterização dos aminoácidos

temente a fenilalanina está pouco representada nas

nlém de uma alteração na proporçao de alguns monossacarídios

frações aquosa, 2a e 3a se encontram na Tabela XII. Alguns

nos dois p~cos. quando comparados com a fração aquosa.

enbora nas condições utilizadas seja eluida praticamente ju~

to com a glicosamina. A análise revelou dois componentes nl

nhidrina-positivos não identificados um deles eluido antes da

lisina (não sendo ornitina) e o outro após a prolina

do possIvel obter sua análise quantitativa, sendo

sendo hidroxiprolinaJ .

indicados. Não foi possivel também quantitatizar o aminoãci

vel determinar os aminoácidos básicos nos picos 2a e 3a. En

tretanto deve-se ressaltar que na fração aquosa há uma

~or representação evidente de aminoácidos ácidos e básicos.

,aminoácidos ~e encontram em baixa concentração, não tendo si

bela XIII, t~~to a fração aquosa, carno os picos 2a e 3a

Page 63: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

nonossacarIdios

o, não tendo s!

i&ar o AIJIlinoác!

isina. Aparen-

a nas frações,

no

de

de

-59-

to, uma vez que polieletrólitos também inibem a reaçao

tes quantidades de ~NA por ensaio (1,1; 2,2 e 44 ~g). Embo

RNA contaminantes da preparação pudessem ser responsáveis p~

la inibição da aglutinação.

aglutinação, verificou-se o efeito de RNA isolado de B.

* -subtilis nessa reaçao. Para tanto empregaram-se diferen-

ção de até 60~, essa inibição é tota~ente aleatória

i~bem a reação em concentrações bastante baixas de carboh!

drato (em torno de 10 ~g). Como controle desse experimen-

correr do tempo da reação. Esse controle foi realizado pa-

ra se observe, na concentração máxima empregada, uma inibi-

ra afastar a possibilidade de que pequenas quantidades

das

Alquiul

semente

noácidos

endo

a XII~

) aquosa.

,ratiCUl8Dte j~

CXIIIIIPOnentea n!

, .lu140 antes da.

,prol1nA (não

lO foi pos8I

:os 2a e 3a. .B!l

Isa há .uma

Lcido8 • básicos.

:0 na !lglutiDa-

>lexo.'glicopro ­

,ão de aglutin~

rerificar na Ta- * Gentilmente cedido por Bianca S.Z. Oller do Na5ci~o

:0& 2a e 3a

Page 64: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

fo

1

2

3

4

1 Determinado

glicose)

2 Determinado

cose)

3Determinado

ribose)

Média

TABELA II - Co

As porcentager:

derada como lC

dia de 2 a 4 cl

do pelo tratan

mas epimastigc

1,7

2,4

3,4

3,6

4,7

1,8

5,2

4,6

4,8

5,2

2,1

2,7

Enriquecimento

-60-

TABELA I - Recuperação de formas tripomastigotas metacícli­

cas após tratamento de suspensões contendo por­

eentagens variáveis dessa forma por aglutinação

diferencial com con A. Amostra

Tripomastigotas 1Recuperação de

na cultura tripomastigotas

(%) (% )

11 39

11 30

11 19.

11 25

11 33

11 11

14 68

14 85

H 58

14 52

.16 42

16 44

1 O número total ·le células (epimastlgotas e tripomastigot:as)

foi determinado por contagem em câmara de Neubauer.

Page 65: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-61-

formas epimastigotas.

- 11 Hexoses 2 Ribose 3Açucar tota

(%) (% ) /.%)

14,58 6,05 2,68

13,41 5,97 2,89

12,51 5,77 2,02

16,21 6,69 2,70

14,18 6,12 2,57

4

3

2

1

Média

AÍnostra

TABELA II - Conteúdo de açúcar em diferentes extratos de

1,7

.2,4

~iquecimento

tas metaclcli-

contendo por­

or aqlutinaçÃo

As porcentagens sao referidas ã quantidade de proteína, consi

2 Determinado pelo método de antrona (em equivalentes d~ 91~

de

mé-

obt.i-

cose)

ribose)

3 Deterroinado pelo método de orcinol (em equivalentes

derada como 100%. üs dados apresentados correspondem à

dia de 2 a 4 determinações. O extrato de células foi

1 Determinado pelo método de fenol-H 2S04

(em equivalentes de

glicose)

do pelo tratamento com ultra-som de .suspensões aquosas de for

mas epimastigotas,como descrito em Material e Métodos.

4,8

2.,1

2,7

5,2

4,6

5,2

3,6

.,7

1,8

3,4

tripanastiqotas)

leubauer.

Page 66: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

TABELA lI! - Recuperação em açúcar e proteIna após extração fenólica do extrato de células

epimastigotas

Prótelna Açúcar tota1 2 Hexoses 3Ribose 4

mg % mg % mg % mg %

Extrato l 6634,66 100 957,60 100 340,70 100 152,86 100

Solúvel

(fração aquosa) 15,46 0,23 50,00 5,22 36,46 10,70 5,60 3,66I

0'1

'"IInsolúvel 0,63 0,01 4,59 0,48 1,94 0,57

1 A partir de 1,3 x 10 12 células

epimastigotas

Ribose 3Hexoses

2• 1Açucar tota 1ProteIna

FT~"';;lPa

TABELA IV - Composição e recuperação de diferentes frações isoladas de formas

por cromatografia da fração aquosa em DEAE-celulose.

2 Determinado pelo método de fenol-H2

S04 (equivalentes de glicose)

3 Determinado pelo método de antrona (equivalentes de glicose)

4 Determ:l.nado pelo método do orcinol (equivalentes de ribose)

Os dados apresentados correspondem ã média de 4 - 8 determinações.

Page 67: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

sa por cromatografia em DEAE-celulose, foram dessalificadaspor filtração em Sefadex G-25 ou

Bio-Ge1 P-6 antes das determinaçõee.

epimastigotas

------ "2--4 .--,--.---"--- -- .,,---~--,

1 Determinado pelo método de fenol-ácido sulfúrico (em equivalentes de glicose)

2 Determinado pelo método de antrona (em equivalentes de glicose)

3 Determinado pelo método do orcinol (em equivalentes de ribose)

Os dados referem-se a média de 2 - 8 determinações. As frações 2a e 3a, derivadas da fração aqu~

Pro terna - 1 Hexoses2

Ribose 3

FraçõesAçucar total

mg % mg % mg % mg %

Aquosa 7,421 100 24,000 100 17,500 100 2,688 100

2a 0,271 3,6 1,426 5,95 0,875 5,00 0,174 6,47I

O'lw

3a 1,215 16,38 7,249 30,20 3,743 21,39 0,790 29,39 I

TABELA IV - Composição e recuperação de diferentes frações isoladas de formas

por cromatografia da fração aquosa em DEAE-ce1u1ose.

3 " éDeterminado pelo m todo de antrona (equivalentes de glicose)

". Determinado pelo método ~o orcinol (e~i~alentes de ribose)

Os dados apresentados correspondem ã média de • - 8 determina~ões.

Page 68: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

Para a construção desta tabela utilizaram-Se os dados obti­

dos na Tabela IV. A porcentagem foi estabelecida em rela ­

ção ao total (proteína + carbohidrato).

-64-

TABELA V - Conteúdo relativo de carbohidratos e proteína nas

diferentes frações isoladas.

Frações

Aquosa

2a

3a

Proteina

+ Carbohidrato Proteína

Hexoses

(mg) (%) (%)

24,90 70 30

1,15 76 24

4,96 75 25

TABELA VI - PI

Bandas

A

B

c

D

As bandas for;

acrilamida 10:

bandas açúcar'

foram submetil

de cada banda

da tabela são

tro bandas, c

das de acordo

xima do polo

do polo posit

Page 69: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

resultados

da tabela são apresentados em relação a área total das qu~

tro bandas, considerada como 100%. As bandas são numera­

das de acordo com sua mobilidade no gelo ~ está mais pró­

xima do polo negativo (menor mobilidade) e º mais próxima

do polo positivo (maior mobilidade) .

acrilamida 10%, pH ',2, na presença de 0,1% de SDS. As

bandas açúcar-positivas reveladas pelo r~agente de Schiff

foram submetidas ã densitometria (560 nrn), sendo a área

de cada banda calculada por planimetria. Os

-65-

TABELA VI - Proporção das diferentes bandas Schiff positi­

vas para as frações aquosa, 2a e 3a.

Bandas Aquoso solúvel Pico 2a Pico 3a

(%) (%) (%)Prote!na

A 22 23 24(t)

B 12 10 17

30<

C 28 24 1924

25 D 38 43 42

As bandas foram separadas por eletroforese em gel de poli-

e prote!na nas

oa dados obt1­

!lc1da em rela I

Page 70: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-66-

o material foi submetido ã eletroforese em gel de poliacri-

Se

Bandas

TABELA. VIII

A

B4 .

C:

D

As áreas fOI

1 525 apénm

2 525 apénm

3 620 apénm

a 620 nnt e

4 A área des

superposiC;

A fração aqll

de poliacrll

7,2 na preSE

Após co1ora-

Rm

Bandas Aquosa 2a 3a

A 0,26 0,23 0,20

B 0,33 0,31 0,28

C 0,39 0,36 0,33

D 0,84 0,82 0,78

lamida 10%, na presença de SDS 0,1%, pH 7,2.

TABELA VII - Mobilidade relativa das bandas Schiff-positi­

vas nas frações aquosa, 2a e 3a.

ção com o reagente de Schiff, calculou-se a mobilidade de

cada banda a partir da migração de azul de bromofenol, usa­

do como indicador (Rm).

Page 71: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-67-

As áreas foram determinadas pelo perfil densitométrico a:

TABELA VIII - Composição relativa de carbohidrato e proteI

na nas frações resultantes da e1etroforese da

fração aquosa em ge1 de po1iacri1amida.

1,30

1,50

1,49

4,63

sChifynegro

de amido

5,6

3,2

4,1

3,7

amido

Negro de3

Area (cm2)

13,2

14,5

11,3

10,5

dupla

- 2Co1oraçao

4,8

8,4

6,1

14.8

SChiff1

B4

C

D

A

Bandas

1 525 nm após coloração com o reagente de Schiff

2 _ -525 nm apos coloraçao dupla

3 620 nm após coloração dupla, descontando-se a área obtida

a 620 nm com o reagente de Schiff

4 A área dessa banda é de diflcil determinação em virtude da

superposição da~ bandas A e C

A fração aquosa (80 ~g) foi submetida a eletroforese em gel

de poliacrilamida 10%, em tampão fosfato de sódio 0,1 M pH

3a

0,20

0,28

0,33

0,78

:h1ff-pos1ti-

1 de pol1acr1­

Após colora-

ob111dllde de

)JDofenol, usa-

7,2 na presença de 5DS 0,1%.

Page 72: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-68-

TABELA IX - Alteração da proporçao nas bandas da fração

aquosa após tratamento com pronase.

Bandas Sem pronase Com pronase

(área cm2 ) % (área crn2 ) %

A 5,03 19,3 14,75 6,3

B 5,03 19,3 0,00 0,00

C 5,25 20,0 4,43 18,8

X 0,00 0,0 2,30 9,8

y 0,00 0,0 3,38 14,3

D 10,85 41,7 12,00 50,8

Area Total 23,58 100,0 26,11 100,0

Os dados da tabela foram obtidos pela planimetria do

densitométrico a 560 nm do material da Fig. 22.

perfil

TABELA X - Pl

pl

B:

Bandas

P.

D

OE dados apr

reSE em gel

G,l M. pH 7,

(6;, 60 e 40

corado com c

lada após de

comparação c

Page 73: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 74: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-70-

TABELA XI - composição em carbohidratos das frações

sa, 2a e 3a.

aquo- 'J.'ABELl'. XII

AçúCaIeS

Glicosaminaa

Galactosea

Glicose a

Xilosea

Acido siálicob

Fração Aquosa

(%)

19,95(2)

48,04(2)

0,31(1)

24,59(2)

5,79 (1)

1,32(2)

Pico 2a

5,29 (3)

25,90(1)

3,46 (3)

60,61(3)

4,74(1)

Pico 3a

(%)

19,62(2)

10,90(3)

3,70 (3)

59,03(2)

2,30 (1)

4,45 (1)

Aminoácidos

THR

SER,

GL:I~

PRi..

GL~

ALJ..

ME'!'

Il.l"

LEi:

a Determinação quantitativa a partir de densitometria

bDosado pelo método de ácido ti~barbitúrico

) Número de determinações

Os dados da tabela são fornecidos em porcentagem -de, cada :110­

nossacaridio em relação ao total de açúcar, em ~g (incluin­

do o ácido siálico). A quantitatização de cada açúcar por

aensitometria foi extrapolada para 10u ~g de amostra coloca

da no cromatograma. A cromatografia descendente foi feita

em butanol-piridina-água (3:1:1) e corada com AgN03

.

TYF.

PHE

LYS

HIS

ARG

.1. Acido aSI

tan:ina

não detec

~ pouco reI

ND Não DetE

As determiz

sendo aprel

trariamentE

Page 75: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 76: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-72-

TABELA XIII - Efeito de di t er::'Tlt&s frações glicoproteicas na

reação de aglutinação das células por con A.

. Fração - 11 Ribose2 Proteina % deAçucar tota

(\Jg) (\Jg) .(\Jg) Inibição

Aquosa 4,00 0,45 1,24 100

10,00 1,12 3,09 91

40,00 4,48 12,37 100

80,00 8,96 24,74 100

2a 5,80 1,10 77

11,50 2,19 89

23,00 4,37 86

3a 10,25 1,72 92

20,50 3,44 92

1 Determinado pelo método de fenol~H2s04 iem equivalente~

de glicose)

2 Determinado pelo método de orcinol (em equivalentes de

ribose)

o experimento e a porcentagem de inibição seguem o descrito

em Material e.Métodos (inibidores da reação de aglutinação).

Esta tabela é resultante da composiçao de experimentos sep~

rados, todos, no entanto,. efetuados em condiçôes basta!:'.

te semelhantes.

Page 77: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

:oproteicas na

; por con A.

!Ina , de

/) Inibição

!4 100

)9 91

17 100

74 100

LO 77

L9 89

17 /86 - FIGURAS

72 92

14 92

equiva1ente~

llentes de

mI o descrito

aglutinação) .

~imentos sep~

lções bastan

Page 78: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

FIGURA 3 - Aljlutinação de formas epimastigotas de !..:. cruzi.

As formas epirnastigotas (2 x .10 8 células/ml) foram aglutin~

-74-

das com 0,7 ~g/mlde con A (em cima).

mas epimastigotas não aglutinadas.

·Abaixo veem-se for-

......_-r' _,--. ,-"'-

.1:

Page 79: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

'-rzn.:t::l '.r. a

-.:to;!: aS-UIaa.

~u-r~nTó~ um

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...

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'" ~.- ~TO. .....:'~... -_

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"

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O" 0:~~ ,,:,0-",

'o

'-

(I"

,...-' .,-I ,,'-

Page 80: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-76-

FIGURA 4 - Porcentagem de aglutinação de formas epimastigo­

tas em função do tempo. A porcentagem de aglu~inação foi

determinada segundo Material e Métodos. Células: 1,0 x 10 8

células/ml; con A: 1,5 ug/ml.

l8

Page 81: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

gOI x 0'1

"]:01 o~~eu"p

-LL-

AG LUTI NAÇÃO (%)

OI O

O~~d-OT---I_]0O~I !

Page 82: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-78-

FIGURA 5 - Porcentagem de aglutinação das formas epimastig~

tas em função da concentração inicial de células. ~sse gr~

fico foi obtido pela aglutinação de células provenientes de

uma mesma cultura, a partir de diferentes concentrações de

células, a saber (em número de células/ml): 1,2 x 10 8 (O);

0,9 x 10 8 (~); 0,7 x 108 (e) e 0,4 x 10 8 (.).

r

Page 83: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

OO

(JI

O

-6L-

AGLUTI NAÇÃO ("o)

Orr------:-----,--------,

:(0) gOr X l:'l

ap sa~~v~ua:

O ap sa.uafUaAO;Iia !.%6 .na. -SV1

"t,

~ 'õDnsvaqda Sft

Z

I \JN~o,I

:~I ' \I \ ~

I \ \

~I f LO

Page 84: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-80-

FIGURA 6 - Porcentagem de aglutinação de formas epimastigo­

tas, em função da concentração de con A. A concentração de

con A utilizada é indicada pelos números em cima de cada

curva. Células: 10 8 células/ml.

Page 85: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

VpvD ap vlIIfo

ap O!~v.%~uao

-o6n_VlIIfda

õO

AGLUTINAÇÃO (%)UIO

~-z

-!9-

Page 86: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-82-

FIGURA 7 - Porcentagem de aglutinação de formas epimastigo­

tas em diferentes tempos, em função da concentração de

=on A. A porcentagem de aglutinação foi calculada após 10

minutos (à), 20 minutos (e) e 30 minutos (O) de reação, na

presença de diferentes concentrações de con A.

10 8 células/ml.

células:

rI

oQ

Page 87: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

o

oOZ P:t> OI-~cQ

"3--

AGLUTINAÇÃO (%)UIO

-[8-

õO

ar 8cadv VI

ap O!~VJ:~

-o6nnurtd;

Page 88: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-84-

FIGURA 8 - Porcentagem de aglutinação das formas epimastig~

tas em função da idade da cultura. As células, nesse expe-

rimento, foram obtidas após três dias de crescimento a par-

tir de inóculos diferentes provenientes de uma mesma cultu-

ra. O mesmo resultado foi obtido inoculando-se o mesmo nú-

mero de células em diferentes dias, a partir de uma mesma

cultura inicial. As células utilizadas no" experimento foram

provenientes de frascos contendo 3 x 10 6 células/ml (O) ,

60 x 10 6 células/ml (e) e 92 x 10 6 células/ml (A). con A

utilizada: 1,5 ug/ml; células: 1,2 x 10 8 células/ml. loO

Page 89: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-85-

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Page 90: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-86-

mas epimastigo~as por monossacaridios. A porcentagem de

B...

adiçãoi~ibição foi calculada a .partir de um tubo sem a

FIGURA 9 - Inib~ção da porcentagem de aglutinação das for-

se (.), N-acet~l-D-glicosarnina (Ã) e D-g1icosamina (e).con

A: 1,5 ug/ml; cê1u1as: 1,0 x 10 8 células/ml.

de açúcares. o-metil-D-rnanose (O), D~manose (6), D-glico-

Page 91: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-L8-

INIBiÇÃO DA AGLUTINAÇÃO (%)

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Page 92: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-88-

FIGURA 10 - Porcentagem de aglutinaçào das células após era

tamento com tripsina. As células foram incubadas com trip-

sina 0,001% por dois minutos (O) na presença de tampão Tris

0,01 M, pH 7,2 em NaCl 0,9%. Como controle, estão represe~

tadas na figura, células incubadas nas mesmas condições, na

ausência de tripsina (!) e células nao incubadas (e). Con-

centração de con A: 1,5 ug/ml; número de células no experi­

mento: IC 8 células/ml.

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Page 93: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

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Page 94: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-90-

FIGURA 11 - Variação da aglutinação das células com a por-

centagem de formas tripomastigotas metaciclicas na cultura.

As células foram cultivadas em diferentes condições, obten­

do-se diferentes densidades de tripomastigotas metaclcli-

cas: 0% em meio LIT (O); 0% em meio HIL, pH 7,2 (e); 1,7%

em meio HIL, pH 6,7 (À) e 28% em meio HIL, pH 6,7 (b). con

A: 0,75 ~/ml; células: 1.2 x 108 células/ml.

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Page 95: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

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Page 96: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-92-

FIGURA ~2 - Formas tripomastigotas sanguícolas na presença

. 1 8 -de con A. As formas sangu colas (2 x 10 celulas/ml) fo-

raro tratadas com 75 ~g/ml de con A.

Page 97: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 98: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 99: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

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l/fração. A

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;e (1,6 x 26

>nte com água

~presentadas

~ medido: aç~

~o. (e), rib2

260 nm (O).

~r .

;,

n M a 2 M)

Page 100: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-96-

FIGURA 14 - Cromatografia do pico 2 em coluna de Sefadex

G-25. 1,5 mg do pico 2 foram submetidos a cromatografia em

coluna de Sefadex G-25 (1,3 x 80 cm), por fluxo gravitacio-

nal, usando-se água como eluente, à razão de 80 ml/hora. 0

volume coletado foi de 2,5 ml/fração. O volume vazio da co

luna, correspondente à fração 17, foi determinado com azul

de dextrana (1 mg em 1 ml). A eluição do sal foi acompanh~

da por refratometria; o material açúcar-positivo foi verifi

cado pelo método de fenol-ácido sulfúrico (e), enquanto a

absorbância das frações foi verificada a 260 nm (O) e a 280

nm (~). Os resultados são apresentados em quantidade total

por fração, para cada um dos parâmetros medidos.

o.­c%a:O

J::Oai 200a:c%u

Page 101: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-97-

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Page 102: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-98-

FIGURA 15 - Cramatografia do pico 3 em coluna de Bio-Gel

P-6. 2 mg de açúcar do pico 3 foram cromatografadas em co-

luna de Bio-Gel P-6 (1,3 x 80 em.), par ·fluxo gravitacional,

utilizando-se água como eluente, à razao de 90 ml/hara. O

volume coletado foi de 2,1 ml por tubo. O volume vazio da

pelo método do feno l-ácido sulfúrico (e). A absarbância das

frações foi "cCBpanhada a 260 mn (O) e a 280 nro (6). No

gráfico estão represent:adi15 quantidades totai..s por fração.

-;'400....-O

~crC

:E 200OtI)

cr~

dosagem

coluna, correspondente ã fração 16, foi determinado com

azul de dextrana (1 mg em 1 ml de água). A eluição do sal

foi acompanhada par refratometria e o açúcar par

Page 103: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

~

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Page 104: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

L

-100-

FIGURA 16 - Eletroforese em gel de poliacrilamida das fra­

çoes aquosa, 2a e 3a. A eletroforese em gel de poliacril~

mida 5% foi realizada em tampão Tris-Glicina, pH 8,7, por

3 horas a 4oC, na ausência de SOS. Cada gel, contendo 80

~g de uma dada fração, foi corado com o reagente de Schiff,

segundo Material e Métodos. A migração é do topo do gel

(polo negativo) para o fundo (polo positivo). A posição do

azul de bromofenol, utilizado como marcador, está determi­

nada pelo fio de cobre no gel (mais próximo do polo posit~

vo). Estão representadas na figura: fração aquosa (a); P~

co 2a (b) e pico 3a (c).

Page 105: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 106: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-102-

FIGURA 17 - Eletroforese em gel de poliacrilamida na pre ­

sença de SOS das frações aquosa, picos 2a e 3a. A ele

troforese em gel de poliacrilarnida 10% em tampão fosfato

de sódio 0,1 M, pH 7,2 e SOS 0,1%, foi realizada segun­

do Material e Métodos. Cada gel, contendo de 80-85 ~g de

açúcar da fração aquosa, pico 2a ou 3a foi corado com o

reagente de Schiff. A migração é do topo do gel (polo ne­

gativo) para o fundo (polo positivo). Como na figura ant~

rior, a posição do corante azul de bromofenol está marca

da com um.fio de cobre. Na fi9Ura sao mostrados: fração

aquosa (a), pico 2a (b) e pico 3a (c).

Page 107: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 108: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-104-

papel: 5,08 em/minuto; velocidade do gel: 1 em/minuto. O

0,1 M, pH 7,2 e SDS 0,1%, segundo Material e Métodos. O

0,7

~

EC

OW~...,

~

UZ<~

m~

OU)

m~

(),~

sódio

condições, deAs

aro gel de poliacrilamida 10%, em tampão fosfato de

eia: entre O - 1,0; fenda do aparelho: 0,05; velocidade do

gráfico apresentado corresponde à densitometria no senti-

FIGURA 18 - Perfil densitométrico da fração aquosa. A fra­

9Ão aquosa (85 ~g de açúcar) foi submetida a eletroforese

gel foi submetido a densitometria após coloração com o :ea­

gente de Schiff, e após coloração dupla (isto é, após colo-

densitometria empregadas foram: escala relativa de absorbân

do do topo (polo negativo) para o fundo do gel (polo posi­

tivo) a 560 nm (--) após coloraçao com o reagente de Schiff

e a 620 nm (---) após coloração dupla.

ração do mesmo gel com negro de amido~.

Page 109: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

.~ 0,75

-105-

0,751-

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~- -etroforese E Ec: c:sÕd10 O O<.D (\Jtodos. o LO <.D- -om o rea-~ ~.põs colo- -

UÜd1ções, de Z Z

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Cf) !\ Cf)

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Page 110: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-106-

FIGURA 19 - Perfil densitométrico da fração 2a. A legenda

é a mesma da figura anterior, exceto pela aplicação, nesse

caso. de BC Jg de açúcar no gelo A absor.bância do gel, por

densitornetria no sen~ido do topo para o fundo do gel, foi

verificada a 560 nn 1--) e a 620 nrn (---).

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ECOW~....

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Page 111: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

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Page 112: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-108-

FIGURA 20 - Perfil densitométrico da fração 3a. A legenda

nrn

senti-

560

(--) e a 620 nrn (---).

do do topo para o fundo do gel) foi verificada a

é a mesma da figura 18. A ábsorbância do gel (no

Page 113: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

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Page 114: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-110-

FIGURA 21 - Fração aquosa tratada com pronase. A fração

aquosa (SO ug de açúcar) foi tratada com pronase (4 mg/ml

durante 36 horas a 37 0 C, em tampão fosfato 5 mM, pH 7,5,na

presença de clorofórmio). A enzima pronase (10 mg/ml), no

mesm8 tampão, foi previamente incubada por 15 min~tos, en­

tre 75 - sooe. O resíduo formado foi retirado por centri­

fugação. Depois do tratamento enzimático o material foi

subme~idc à eletroforese em gel de poliacrilamida 10%, na

presença de 50S 0,1% e corado com c reagente de Schiff.Uma

amos~ra da fração aquosa (SO ug) submetida ao mesmo trata­

ment~, na ausênc~a de pronase, ~ apresentada para compa­

rayac. Fração tratada =om pronase 'a); fração nao tra

tada ~L;.

Page 115: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 116: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-112-

utilizadas foram: escala relativa de absorbân~ia: O - 1,5;

FIGURA 22 - Perfil densitométrico da fração aquosa tratada

c

1j

((11..t4

CCaac(J

a<

pelo

enzima

tratada

(---) .

perfil densitométrico a 560 nm da fração aquosa

com pronase (--) e da .tração não incubada com a

fenda - 0,05; velocidade do papel - 5,Oa cmimin; velocid~

de do gel - 1 em/minuto. Essa figura foLcomposta

com pronase. Esse perfil foi obtido pela densitometria de

cada gel da figura anterior. As condições de densitometria

Page 117: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-113-

oI••II

11

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I-iena1tometr1a • .E U

Zia: O - 1,5: c~ I,m I

veloc1d~ a:: 0,50 In: I

O I !:t I ioata .pelo " cn .,i .'0"

I I.r . '-:A. m I II Ia tratada

~I I

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I, ,enzima '11 I I.a I , I

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II \I I f

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\ I \ II' \~I •

~\ : I

" .,~ .

O 0.5 1,0

Page 118: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

na presença de .5ns 0,1% 'e 2-mercaptoetanol 0,14 M, foi

aquecida a ~OOoCpor 2 minutos, antes de .::romatografada em

tampão e sns 0,1%. O vO.lume vazio (correspondente à fração

número 16) foi .determinado com azul de dextrana. O volume

Bio-Gel P-150 na presença de sns. A Íraçãoaquosa (4 mg em

açúcar) em ~.S ml de tampão fosfato de sódio 0,1 M, pH 7,2,

iIi.--.~ _

de

mesmo

cromatográficas,

-114-

FIGURA 23 - Cromatoqrafia da fração aquosa em coluna

coluna de Bio-Gel P-1SO (2 x 80 em), na presença do

meteu-"se citoc:romo c às .mesmas :condições

~oletado foi de 2,3ml/fração; o fluxo da coluna foi de

3 rol/hora, a 24oC. Após .aeluição da fração aquosa, s~

sendo recuperado, em concentração máxima, na fração 23. A

eluição do material da coluna Íoi ~companhado por dosagem de

açúcar pelo método de fenol-ãcido sulfúrico ce), além da

absorbância a .260 nm (O) e 280 nm CA), apresentados no grá­

fico em quantidade total/fração.

Page 119: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

na. O volwne

oluna foi de

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oleru­cli:

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da

mesmo

coluna de

por dosagem de

nça do

fração 23. A

o,1M, pH 7,2,

1 0,14 M, foi

quosa (4 mg em

o -aquosa, sub

atografada em

romatográficas,

dente ã fração

I), além

ntados no grã-

Page 120: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-116-

FIGURA 24 - Eletroforese em ~el de poliacrilamida das fra­

ções obtidas por cromatografia em coluna de Bio-Gel P-150

da fração aquosa, na presença de SOS. As frações (I., 11 e

111) da figura anterior foram aplicadas em gel de poliacri­

larnida 10% e submetidas à eletroforese em tampão fosfato

de sódio 0,1 M, pH 7,2, na presença de SOS 0,1%. A seguir

foram coradas com o reagente de Schiff. A migração é do

topo do gel (polo negativo: para o fundo (polo positivo) .T~

bérn nesse caso a migração eletroforética do corante azul de

bromofenol é evidenciada por um fio de cobre.

Page 121: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 122: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-llB-

FIGURA 25 - Perf~l~ensitométrico do pico I. 50 ~g do pico

I foram submetidas a eletroforese em gel de poliacrilamida

nas condições da figura 24. As condições utilizadas para a

obtenção desse perfil foram as mesmas das outras densitome

trias, exceto pela escala de absorbãncia relativa do apare­

2ho, 3elecionada entre O - 2,0 e da aDsorbância do material

Schiff-positivo ser acompanhada a 525 um, ao invés de 560,

usualmente empregado. A absorbãncia a 525 mIl (--), após

coloração com o reagente de Schiff e a 620 um (---), após

coloração dupla foi verificoda pela lensitametria do gel

no sentido de polo negativo para o poait~vo.

Page 123: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

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Page 124: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

.FIGURA 26 - Perfil densitométrico do pico lI. A legenda é

-uo-

(polo

positivo).

sentido do topo (polo negativo) para o fundo do gel

a mesma da figura anterior, exceto pela quantidade de mate

ria! açúcar-positivo empregado, que nesse caso foi de 45 ~g.

Foi medida a absorbãncia a 525 nrn (---) e a 620 nrn (---) ,no

Page 125: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

20 nm (---) ,no

idade de mate

0,50

EcONtO

1,50

1,00 C(

UZ

cC(CDc::OCf)

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1,0

,, ,

-121-

Rm

fi",I

li~ ,,11 li'I ", /''I "1i I:li : II! ;:II I'II I III I I

" 'III i I11 I I

': : IJ I I I

II I I

i I~l, I II I I! ! I, I I\li'II' II I I'I III I" II' Iil Ii' I

~ i,,"""

~II,I,

o

0,50

1,50

EC

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-

C( 1,00uz

cC(CDc::OCf)

CDC(

(po10

A legenda é

o foi de 45 Ilg.

do ge1

Page 126: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-],22-

do do polo negativc para o positivo.

FIGURA 27 - Perfil densitométrico do pico III. A legenda

I,

-EC

U')(\J10.-e:t-UZ

cc:(ma:OCf}

me:t 'O ~9'

açúcar

empregada, que no caso foi de 36 ~g. Foi medida a absorbân

é a mesma da figura 25, exceto pela quantidade de

cia do gel a 525 run (--) e a 620 run (--) , também no senti

Page 127: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

011w~

O1'--"""--

"-, I, ,"

\ I, I\ I\ I, I

I I\ II II I, I

\ II, I

I jI I

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Oç'O,I

l> I I l>I II

aJ I I aJ, I

Cf) \ ICf)I I

O ' :. OI I

::o \ I ::o"aJ \: aJ~ 1:» T~uas OU Ul!qlJZ Z

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l> - ~0"9~vl> ap- -cn (Jt epua6at 'l

N NO UT=s ~

3 3- -Ogll Og'l

Page 128: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

I C).

todos). O peso molecular de cada banda, para dada concen

--ti)•OX

usuais.

concentra

-.124-

Determinação do peso molecular por e1etrofore-

tra~ão de ge1, .foi calculada a partir da curva obtida pela

migra~ão d~~as proteínas. Banda A (O); B (e); c (6) e D

FIGURA 28

A e1etroforese da fração aquosa em diferentes

ções de acrilamida (5; 7,5; 10 e 15%) foi realizada na pr~

sença de tampão fosfato de sódio 0,1 M, pH 7,2 e SDS 0,1%

e corada com o reagente de Schiff, nas condições

Paralelamente, submeteram-se várias proteínas de peso mole

cular conhecido às mesmas condições (segundo Material e Mé

se em ge1 de poliacrilamida das bandas da fração aquosa.

Page 129: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

1001 , I

-125-

1510ACRILAMi DA (%)

°5

a:<I-1::l 50u&LI..JO~

OU)

&LIO-

--ti)IO

X

SDS 0,1%

usuais.

concentr~

btida pela

C (A) e D

peso mo1~

eria1 e Mé

ada na pr~

da concen·

ao aq).losa.

1etrofore-

Page 130: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

teb: banda A (O); banda' B (e); banda C (O); banda D (.).

da + N,N'-metilenobisacrilamida) para proteínas padrão, de

t

o

r-- ..

~I--..~

2 f.'

i

,IIII

-oL

N

O)(

~-OIO 2-'

medida

(acrilami-

peso molecular conhecido (parte a da figura) e para as ba~

das da Íração aquosa (parte b). Os dados utilizados para

a construção dessa figura são os mesmos do experimento da

com a concentração de gel, representada por T

concentração de gel de poliacrilamida. Nessa figura sao

apresentadas as variações da mobilidade eletroforética (M)

FIGURA 29 - Variação da mobilidade eletroforética com a

uni"tário. Parte a da Íigura: albumina do ovo (::J); quim~

tripsinogênio A (O). mioglobina LA); citocromo c (e). Par

em relação ao corante azul de bromofenol, considerado como

figura anterior. A mobilidade eletroforética foi

(

Page 131: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

10,. (%)

_.- ----.- -----T--··------ -~-----II

5

a

b

o

-.117-

!t-iiI

I

O

~-~-

Il ~~II

--, 1.~c~~f?[' " .~~~ ~

. -----.--v. ._____ I: ~------~ ~. ---~,. " -....•~

1

JOIo-l

-)o(

:E

­NO

a

sao

Par

(.).

T

Irética com

la figura

;roforética (M)

(acrilami­

:nas padrÃo, de

e para as ba!!

para

'o (LJ);

lIIIO C (.).

banda D

:a foi

lDS.1derado como

qu1m2

;i.lizados

!Xper:imento da

medida

Page 132: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-128-

FIGURA 30 - Cromatografia em papel dos açúcares constituin

tes da fração aquosa. A fração aquosa foi hidro1isada ~

diferentes condições de tempo e concentração de HC1, a

100oC. O material foi cromatografado em butanol-piridina­

água (3:1:1), por 30 horas e revelado com nitrato de prata.

Na figura, os açúcares mais próximos dos números correspo~

dem aos de maior migração nesse sistema de solventes, apa­

recendo em sequência (de maior para menor migração): ribo­

se, manose, glicose, ga1actose e glicosamina. A mancha de

Rf menor que a g1icosamina que aparece na figura nao apa­

receu em inúmeros cramatogramas realizados nas mesmas con­

iições. ~ de se notar também que essa mancha não ~presen­

tou diferenças quantitativas, nas diversas condições de

hidró1ise do experimento. Por isso ela foi considerada um

contaminante não identificado dessa preparação particular.

Os números apresentados no topo da figura correspondem às

seguintes condições de hidrólise: HCl 2 N, 1 hora (1); HC1

2 N, 3 horas (2); HCl 4 N, 3 horas (3); HCl 4 N, 4 horas

(4); HCI 4 N, 5 horas (5).

Page 133: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 134: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-130-

(;

p

Os

coloca -

cendente em butanol-piridina-água (3:1:1) por 30 horas. A

nol-ácido sulfúrico): 20 ~g (a); 40 ~g (b) e 60 ug (c).

FIGURA 3~ - Cromatografia em papel dos açúcares componentes

da fração aquosa. A fração aquosa foi hidrolisada em HCl

2 N, por 2 horas, a 1000C e submetida a cromatografia des-

seguir foi corada com nitrato de prata. Na figura, a origem

cose (3); manose (4); xilose (5) e ribose (6).

padrões correspondern a: glicosamina (1); çalactose (2); gli-

0-

do crornatograma é deliroitada com.um traço. Foram

dos no crornatograma padrões de monossacar1dios (P) e dife­

rentes concentrações da amostra (dosada pelo .método de fe-

Page 135: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 136: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-132-

FIGURA 32 - Cromatografia em papel dos açúcares componentes

do pico 2a. A legenda é a mesma da figura anterior, exceto

pela quantidade de amostra colocada: 40 ~g (a); 60 ~g (b) e

90 ~g (c). Os padrões (P) utilizados são: glicosamina (1);

galactose (2); glicose (3); manose (4); x±lüse (5) e ribo-

se (6).

a

Page 137: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 138: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

- .. _., ..

F~GURA 33 - Cromatografia em papel dos açúcares componentes

do pico 3a. A legenda é a mesma da figura 31, exceto pela

a

... '".. ". -'o

~ .~ ,

•... ,' '..... - ' '",

ribose

(<j J•

actose (2); glicose (3)-; manose (4); xilose (5) e

quantidade de amostra colocada: 40 ~g (a); 70 ~g (b) e 10

~g (c). Os padrões (P) utilizados são: glicosamina (1); g~

Page 139: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 140: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

DISCUSSÃO

Os resulTados mostram que as formas epimasti­

gotas de Trypanosoma cruzi são aglutinanas por baixas con­

cehtrações de concanaval.ina A. Essa aglutinação não ocorre,

mesmo em altas concentrações de lectina, com as· formas tri

pomastigotas metaclclicas e sangulcolas. Essa diferenya

de comportamento sugere fortemente uma diferença na super­

ficie celular das diversas formas de diferenciação dos tri­

panossomos. Devem ainda ser feitos experimentos com o in­

tuito de se conhecer a natureza dessa diferença, uma vez

que as formas tripomastigotas, embora nao aglutináveis,

também podem se ligar a con A. Nesse sentido, casos seme­

lhantes já foram descritos (ver Introdução>. O estudo da

interação entre tipanossomos e con.A ligada a iodo radioa­

tivo ou a ~luorescelna poderia resolver essa questão. Con­

vém salientar que as formas epimastigotas são aglutina ­

das por preparações de fímbriAS de !.:.. co1.1 K-12 (re­

sultados nao apresentados). Essas fímbrias aglutinam

superficies que apresentam reslduos de manose terminal (SA~

TON, M.R.J., comunicação pessoal). Con A também interage,

além de outros açúcares, com reslduos terminais de manose~

Essas observ.ações sugerem de imediato a possibilidade, emb~

ra altamente especulativa, de que durante a diferencia ­

.ção das formas epimastigotas em tripomastigotas a superf!

cie celular tenha sido modificada em seus resíduos de mano­

se. Esses açúcares da superfície celular geralmente estãcl

.associados a I

Zes de interaI

.ários (ver 11

pldios nesse I

pois essas mo:

~, ~don(

RY, 1962) e f!!

vém salientar

formas epimas1

da pela lise (

soro de diverl

A nunca é comI

30% das célulé

dos mostram q~

po e ã sua COI

dade de cêlulé

no for de Í1at~

çãomais simpJ

células de umé

da maior partE

ção crItica pé

dessa interprE

xo da densidac

na; b) células

·do concentradé

Entretanto nãc

JIlas das célulé

Page 141: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

is de manose~

diferencia -

O estudo da

favor

con A

resulta-

Trypanosoma

mas das células epimastigotas não aglutinadas por

ção crItica para uma aglutinação efetiva. Falam a

-137-

associados a glicoproteinas e a glicolipidios, ambos capa-

30% das células permanecem no sobrenadante. Os

no for de natureza cooperativa. Consequentemente a explic~

ção mais simples para a não aglutinação de uma minoria das

células de uma população seria a de que após aglutinação

da maior parte, as que restaram estão abaixo da concentra

A aglutinação de formas epimastigotas com con

A nunca é completa, pois como demonstram os experimentos 20-

pois essas moléculas não foram detectadas em

dos mostram que a resposta à lectina é proporciGnal ao tem­

po e à sua concentração, a partir de uma qeterminada densi­

dade de celulas. ~ o que poderia ser esperado se o fenôme-

soro de diversos animais (MUNIZ & BORRIELLO, 1945).

RY, 1962) e Leptosomas collosoma (HUNT & ELLAR, 1974). Con

vém salientar que uma diferença na superfície celular entre

formas epimastigotas e tripomastigotas já havia sido sugeri

da pela lise diferencial das células quando em contato com

~, ~ donovani, ~ fasciculata (HACK, YAEGER & McCAFFE-

Zes de interagir com con A, observados os requisitos neces-

dessa interpretação os resultados obtidos: a) células abai­

xo da densidade de 10S/ml respondem mal à adição de lecti

na; b) células remanescentes de uma aglutinação efetiva,qua~

do concentradas, passam a aglutinar após a adição de con A..

Entretanto não se pode excluir a possibilidade de que algu-

.ários (ver Introdução). Embora a participação de glicoli

pIdios nesse processo não possa ser afastada, ela é, remota,

superf!

diferen~aa

, casos seme-

aglutináveis,

iodo radioa-

bilidade, eIl)b2

terminal (S~

bém interage,

ça, uma vez

çao nao ocorre,

nça na supe.r­

iação dos tri­

tos com o in-

,r baixas con-

questão. Con-

'rmas epimasti-

as a

aglutina ­

coll K-12 (re-

las aglutinam

as' formas tri

lduos de mano-

almente estãe,

Page 142: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-138-

estejam refletindo uma heterogeneidade da população. Essa

sub-população, se existir, talvez seja passIvel de isola ­

mento, como no caso de outros sistemas celulares (GOTTLIEB,

SKINNER & KORNFELD, 1974). Além disso outras duas possib!

lidades .poderiam estar ocorrendo: a) a diferença entre a­

glutinação e não aglutinação poderia ser de caráter transi

tório em virtude de uma diferença fisiológica momentânea,

como já foi demons~ado em fibroblastos, que se agluti-

nam diferencialmente quando em interfase ou em mitose

(SHOHAM & SACH5, 1974): b) essa diferença poderia estar

refletindo o aparecimento de células na população que, em­

bora com caracteristicas morfológicas idênticas àquelas

das formas epimastigotas, já estivessem comprometidas com

a diferenciação. Um corolário dessa especulação seria a

de que modificações na superfície celular seriam um dos

primeiros eventos a se instalar durante a diferenciação.

Essas hipóteses deverão ser exploradas no futuro.

As evidências de que o material isolado das

formas epimastigotas sejam glicoproteinas são: a) co-puri­

ficação de carbohidratos e aminoácidos, particularmente d~

monstrada nos experimentos de eletroforese em gel de poli­

acrilamida e íiltração em gel de poliacrilamida: b) alte­

ração do padrão eletroforético por tratamento da substân­

cia com pronase.

Essas glicoproteinas foram fracionadas em 3

componentes em colunas de DEAE-celulose (Figura 13), sendo

que somer.te o rrõt erial eluid~ por gradiente salino, nas

Page 143: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

rometidas com

turo.

1 isolado das

nao

pode

(Tabe-

urôni -

suficien

juntamente

encontrando~

mucopolissac~

-139-

* Essa fase do trabalho foi feita em colaboração com o Dr.

c. P. Dietrich, a quem agradecemos.

ou Bio-Gel P-6 e eluídos no volume vazio da coluna (picos

tidades aquém da sensibilidade do método empregado para a

te para uma tentativa de caracterização (picos 2 e 3). Es

ses picos foram cromatografados em coluna de Sefadex G-25

çao quantitativa na composição de açúcares,

Os dois picos, assim como a fração aquosa,

sao constituídos de âcido siálico, glicosamina, galacto-

se, glicose e manose, além de xilose, encontrada na fra-

la XI). Os açúcares detectados em formas epimastigotas são

usualmente encontrados em glicoproteínas isoladas de outras

çao.aquosa e no pico 3a. Embora esse monossacarídio

tivesse sido detectado no pico 2a, sua presença nao

com certa quantidade de RNA (em torno de 10%).

ser totalmente excluída, pois pode estar presente em quan-

~es menos glicosamina no pico 2aern relação ao 3a

foi possível, numa das etapas iniciais desse trabalho, de-

terminar a presença de mucopolissacarldios sulfatados em

*formas epimastigotas de ~ cruzi.

~ondições utilizadas, foi obtido em quantidade

sua detecção. Entre os dois picos isolados há uma varia -

2a e 3a). Nos dois casos o material é eluldo

cos na preparação, indicando a ausência de

células. Não foi detectada a presença de ácidos

se aproximadamente duas vezes mais galactose e quatro ve-

rIdios contendo Esse ácido. ~ interessante notar que nao

a

dos

estar

àquelas

mitose

lação que, em-

o da substân-

iferenciação.

riam um

em

cas

seagluti -

oderia

caráter transi

ieularmente·de

m gel de poli-

ença entre a-

ação seria

s duas possib!

cionadas em 3

ares (GOTTLIEB,

o: a) co-puri-

ida: b) alte-

pulação. Essa

lTel de isola -

ura 13), sendo

salino, nas

a momentânea,

Page 144: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE
Page 145: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

pratica ­

cidos anali

mina), duas

rês e seis

idos da fr!

idos lisina,

onina, áci-

o

com

padrões

aquosas

aparec1me!!

gl1coprote!

Esses trabalhos, aliados ã observa-

tência de um processo dinâmico de agregaçao. Os

-141-

Mesmo que essa hipótese seja a mais correta,

é diflcil ainda predizer o número de glicoprotelnas exis ­

tentes. A mobilidade eletroforética obtida pelo "Ferguson

tempo e à variação da proporção obtida entre 06 picos 2 e

3 em diferentes colunas de OEAE-celulose, sugerem a exis

moléculas. A propriedade de aglutinação das

& MORRISON, 1974).

ção da existência de precipitaçÃo da fração aquosa com

praticamente idênticos das bandas da fração aquosa, pico

2a e 3a em eletroforese em gel de poliacrilamida parecem

reforçar essa idéia. Poderlamos ter entÃo, agregados ale~

tórios entre espécies diferentes de glicoprotelnas que se­

riam separados pela resina de troca iônica, em virtude da

maior ou menor representação de um ou mais componentes.

nas é um fenômeno bastante conhecido em soluções

tra, com uréia eM e Triton X-IOO, 0,1', com o

(MORAWIECKI, 1964), mesmo na presença de 50S (AZUMA, JANA­

DO & ONOOERA, 1973; JANADO, AZUMA & ONOOERA, 1973; TUECH

to de novas bandas menores. O tratamento da amostra

se obtém diminuição da banda única pelo tratamento da amo~

2-mercaptoetanol nÃo produz qualquer alteração no comple­

xo, sob o ponto de vista de migração eletroforética. Es­

ses resultados sugerem que o complexo glicoproteico isola­

do seja formado de subunidades, sem ligação covalente en­

tre elas. O alto conteúdo de aminoácidos Ácidos e bási ~

cos existentes na molécula poderia sugerir, além de outras

forças, a existência de interações eletrostáticas entre as

os

T.

glicina.

entre

sulfatados

trole da di

sêncJ.a des­

incomum,

e

r de

açúcares na

moleculares

tude da mi­

resulta-

I uma hetero

de que as

:xos. O ma-

,cular em

Ido quatro

SDS. Também

Page 146: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-142-

te para dois componentes glicoproteicos isolados de eri -

tada pela banda O na eletroforese em gel de poliacrilami-

torna

desses

diferen-

possibilid~

relativamente

componentes A, B e C (Figura 29) sugeriria urna

cisa. ~ém disso é necessário considerar a

telnas é bastante diflcil (ver Resultados), o que

plct", na presença de SOS, praticamente idêntica para os

tenha-se utilizado um método considerado

trócitos humanos (MARTON & GARVIN, 1973). O intervalo de

peso molecular entre as diversas bandas identificadas

na presença de SOS ê bastante próximo (A = 26-28 x 10 3 ;

B ~ 18-24 X 103 ; C ~ 16-20 x 103), tornando necessário aª

a sugestão feita acima sujeita a uma verificação mais pr~

de de degradação de moléculas durante a extração, embora

mitir-se que a molécula fundamental na formação

hipotéticos sub-agregados ~ivesse um peso molecular de no

máximo 8 x 103 ou menor. Essa hipótese terá que ser veri

ficada tentando-se dissociar ainda mais os posslveis com­

ponentes das frações A, B e C. Entretanto, deve-se ter

em mente que a determinação do peso molecular de glicopr~

ça devida tão somente ao peso molecular e não a uma liga­

ção diferente do SOS (MARTON & GARVIN, 1973; TUECH & MOR­

RISON, 1974). Ter!amos então a seguinte situaçao: o com­

plexo glícoproteico original (fração aquosa) seria forma­

do de um agregado de duas espêcies moleculares, bem como

as frações 2a e 3a. Urna dessas espécies seria represen-

da na presença de SOS e a outra espécie estaria formando,

nas mesmas condições, sub-agregados que seriam represent~

dos pelas bandas A, B e C. Situação análoga a essa exis-

Page 147: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

TUECH & MOR-

seria forma-

relativamente

e

foi

ser

Essa

endóge-

significati-

logicamente ativo descrito por GONÇALVES & YAMAHA (1969).

-143-

Não é posslvel, no momento, comparar o mate

27) •

vas, como a proporção relativa de cada monossacarldio

Embora na análise geral existam diferenças

na composição qualitativa de aminoácidos (corno, por exem ­

plo, a treonina não encontrada pelos autores citados e pr~

sente em quantidades apreciáveis nas frações glicoprotei ­

cas), o complexo polissacarldio-protelna descrito pode es­

tar contido numa das frações isoladas neste trabalho. Es­

sa comparação somente poderá ser feita após análise quant!

tativa de carbohidratos e aminoácidos das frações isoladas

do complexo.

gel de poliacrilarnida são bastante sugestivos de que es­

sa glicoprotelna esteja praticamente pura (Figuras 23 e

posslvel obter a fração O cqm 88% de pureza em relação às

outras frações e, o que é muito importante, eliminar o re­

manescente da contaminação por ácidos nucleicos. Os re-

mastigotas possuem razoável atividade proteásica

na (CAMARGO, E.P., comunicação pessoal).

sultados da cromatografia em coluna e da eletroforese em

tro frações, por cromatografia em coluna de Bio-Gel P-1SO

brando. Nesse contexto é preciso ressaltar que formas ep!

na presença de 50S ou de outro agente dissociante.

metodologia parece promissora pois, através dela, já

Os problemas acima discutidos poderão

rial isolado Conl o complexo polissacarldio-protelna imuno-

elucidados, com o isolamento e a caracterização das qua-

torna

desses

diferen-

o que

,dentificadas

!6-28 x 103 ;

ir de glicopr2,

) intervalo de

necessário ad

deve-se ter

)lecular de no

::ação mais pr~

'ia represen-

lção

possibilid~

es, bem corno

Iria formando,

l a essa exis-

.'uaçao: o com-

ração, embora

.aro represent~

o a uma liga-

~osslveis com-

ma

i que ser veri

tica para os

poliacrilarni-

.ados de eri -

Page 148: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

-144-

como foi demonstrado em casos anteriores (LAVER & VALENTI-

dir nos seus componentes individualizados.

célu-

aguar-

coinci -

carbohidra

teínas foram isoladas a partir de extrato total de

* A fração aquosa foi entregue ao Or. M.E. Camargo do lnst!

tuto de Medicina Tropical que, muito gentilmente, reali­

zou esses experimentos.

latados neste trabalho sugerem que elas se localizam no

sistema particulado da célula. Essa fração particulada,o~

tida pela centrifugação do extrato celular a 100000 .xg ,foE.

nece por eletroforese em gel de poliacrilamida, na presen-

~ua localização celular. Entretanto, experimentos não re-

las epimastigotas, não é possível no momento, saber-se a

NE, 1969), esteja associada ao complexo, em vez de resi-

ça de SOS, pelo menos cinco frações contendo

tos. Dessas frações quatro delas aparentemente

Levando-se em consideração que as glicopro -

dem com as frações isoladas. Além disso, o fato das glic~

proteínas da fração aquosa inibirem, em concentrações rela

nao foi suficientemente explorado pois preferimos

purificação poderá fornecer os componentes individuais do

complexo.No entanto, é possível que a atividade biológica,

dar a purificação das glicoproteínas para realizar os exp~

rimentos imunológicos. Nesse sentido é bom lembrar que a

Também é prematura qualquer tentativa de im­

plicação dessas glicoproteínas isoladas com antígenos da

célula, apesar da fração aquosa, mesmo após tratamento com

pronase e em baixas concentrações (a partir de 50 ~g) ter

*demonstrado capacidade de fixar complemento. Esse aspecto

Page 149: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

z de resi-

Iltamento com

aUva de im-

circunstan

-145-

tivamente baixas, a aglutinação das formas epimastigotas

por con A, sugere que as glicoprotelnas pertençam à supe~

mas epimastigotas.

flcie celular. ~óbvio que essa evidência é

cial pois qualquer material contendo monossacarldios pas­

slveis de ligação à con A seriam capazes de inibir o fenê

meno de aglutinação. Esse problema será esclarecido pelo

isolamento e caracterização da membrana celular das for-

da

célu-

aguar-

1 de

ividuais do

e biológica,

R • VALENTI-

saber-se a

ntos não re-

izar os exp!

mbrar que a

mos

Esse aspecto

rticulada,0E.

'ooooo.xg,tor

s glicopro -

, na presen-

I carbohidr~

e coinc:i-

to das g11co

Itrações rel~

tlgenos

,argo do !nsti!ente, rea11:

50 IIg) ter

alizam no

Page 150: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS DE

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of liver

• In:

from

blood

acids

agglu-

SUMMARY

A glycoprotein complex was isolated

Epimastigote forms of ~ cruzi are

phoresis in the presence of SDS.

proline and glycine. The glycoproteins render three COIll­

ponents in DEAE-cellulose columns (peaks 1, 2 and 3). The

peaks 2 and 3 are able to inhibit the agglutination of

nine, threonine, glutamic acid (and/or glutamine), serine,

epimastigotes by con A. These fractions are separated in

lactose, glucose, mannose and xylose. The latter appears

only in some fractions of the complexo The amino

con A.

viding the cell density is 108/ml or higher. The

agglutination is dependent on the con A concentration pr~

epimastigote forms of T. cruzi by aqueous phenol extraction

found are lysine, aspartic acid (and/or asparagine), ala-

four glycoprotein components by polyacrylamide gel electro

tinated by low con A concentrations. The agglutinabillity

forms and culture trYPOIllastigotes are not agglutinated by

is linear up to 10 minutes. Under these conditions the

This complex is composed by sialic acid, glucosamine, ga-

theof

(Trypano-

Eused lym-

l) - The

) - Binding

,copyranoside.

rnificance

'a simplific~

Ide Federal

insburg,

'he inter-

n of in-

177, 525-

:igens of

1-600.

11Uber die

:>acterial