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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS P/ ISS-BH (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI 1 www.pontodosconcursos.com.br CRASE REGÊNCIA e CRASE são assuntos intimamente ligados, pois, quando algum termo (verbo, adjetivo, advérbio, substantivo) exige a preposição “a” e, em seguida, existe outro “a” (artigo, pronome demonstrativo etc.), ocorre a CRASE. Crase é o encontro de duas vogais iguais e contíguas, que vez por outra ocorre. Por exemplo, em “amigo oculto”, pronunciamos apenas uma vez a vogal “o” (“amigoculto”). Acontece que, graficamente, só se registra com o acento grave o encontro da preposição a com outro a, que poderá ser um artigo definido feminino, um pronome demonstrativo ou um pronome relativo. COMO ANALISAR A OCORRÊNCIA DE CRASE? Da mesma forma como você ensina uma criança a atravessar a rua. “Filhinho, você deve olhar para os dois lados!”. Então, aplicamos essa lição à análise de crase – devemos olhar para os dois lados. Essa é a técnica do “TERMO REGENTE + TERMO REGIDO”. De um lado, há um termo regente, que pode ou não exigir uma preposição - e, nesta aula, só nos interessa a preposição “a”. Do outro lado, há um termo regido, que pode aceitar ou não um artigo definido feminino. Nessa posição de “termo regido” também pode existir um pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a qual/as quais. Se houver o encontro da preposição a com o outro a, OCORRE A CRASE: os dois viram um só “a” e recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: “à”. Em resumo, só haverá crase (fusão) se houver dois “as”: um deles necessariamente será a preposição, exigida pelo termo regente, e o outro, como termo regido, pode ser: - pronome demonstrativo a (s), a quele(s), a quela(s), aquilo; - pronome relativo a qual / as quais; - artigo definido feminino (singular ou plural): a(s). Para ter certeza de que a palavra admite o artigo definido feminino, construa uma frase em que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar o artigo definido antes dela. Exemplo: a palavra escolhida é “ESSA”. Não seria possível usar o artigo feminino antes desse pronome -“A essa mulher está linda hoje”-, logo não há crase antes de “essa”. Nesse resumo estão várias daquelas regras de crase. Não ocorre crase: antes de palavra masculina (pois não admite artigo definido feminino por ser masculina); antes de verbo (pois não admite artigo definido feminino – mesmo quando substantivado, recebe o artigo masculino e não feminino – “o ranger”, “o regressar”); antes de pronomes em geral; com exceção dos pronomes possessivos (como veremos adiante) e os enumerados no resumo (demonstrativos a, aquele,

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CRASE

REGÊNCIA e CRASE são assuntos intimamente ligados, pois, quando algum termo(verbo, adjetivo, advérbio, substantivo) exige a preposição “a” e, em seguida, existeoutro “a” (artigo, pronome demonstrativo etc.), ocorre a CRASE.

Crase é o encontro de duas vogais iguais e contíguas, que vez por outra ocorre. Porexemplo, em “amigo oculto”, pronunciamos apenas uma vez a vogal “o”(“amigoculto”).

Acontece que, graficamente, só se registra com o acento grave o encontro dapreposição a com outro a, que poderá ser um artigo definido feminino, um pronomedemonstrativo ou um pronome relativo.

COMO ANALISAR A OCORRÊNCIA DE CRASE?

Da mesma forma como você ensina uma criança a atravessar a rua. “Filhinho, vocêdeve olhar para os dois lados!”. Então, aplicamos essa lição à análise de crase –devemos olhar para os dois lados.

Essa é a técnica do “TERMO REGENTE + TERMO REGIDO”.

De um lado, há um termo regente, que pode ou não exigir uma preposição - e, nestaaula, só nos interessa a preposição “a”.

Do outro lado, há um termo regido, que pode aceitar ou não um artigo definidofeminino. Nessa posição de “termo regido” também pode existir um pronomedemonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo aqual/as quais.

Se houver o encontro da preposição a com o outro a, OCORRE A CRASE: os dois viramum só “a” e recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: “à”.

Em resumo, só haverá crase (fusão) se houver dois “as”: um deles necessariamenteserá a preposição, exigida pelo termo regente, e o outro, como termo regido, podeser:

- pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo;

- pronome relativo a qual / as quais;

- artigo definido feminino (singular ou plural): a(s).

Para ter certeza de que a palavra admite o artigo definido feminino, construa umafrase em que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar o artigodefinido antes dela.

Exemplo: a palavra escolhida é “ESSA”. Não seria possível usar o artigo feminino antesdesse pronome -“A essa mulher está linda hoje”-, logo não há crase antes de “essa”.

Nesse resumo estão várias daquelas regras de crase. Não ocorre crase:

antes de palavra masculina (pois não admite artigo definido feminino por sermasculina);

antes de verbo (pois não admite artigo definido feminino – mesmo quandosubstantivado, recebe o artigo masculino e não feminino – “o ranger”, “oregressar”);

antes de pronomes em geral; com exceção dos pronomes possessivos (comoveremos adiante) e os enumerados no resumo (demonstrativos a, aquele,

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aquela, aquilo, e relativos a qual, e seus plurais), nenhum dos demaisadmitem artigo definido feminino;

antes de substantivos em sentido vago, genérico (não admitem artigodefinido feminino por serem vagos, genéricos);

em expressões de palavras repetidas (cara a cara, dia a dia, boca a boca).

Existem alguns casos em que o “a” recebe o acento grave (à) mesmo não havendoesse encontro de dois “as”. São os chamados casos especiais:

- locuções femininas, sejam elas adverbiais (à força, à vista), adjetivas (àfantasia, à toa), conjuntivas (à medida que, à proporção que) ou prepositivas (àespera de, à procura de) – a polêmica em torno desse conceito gira em tornoda expressão “à(a) distância”, que alguns entendem só ser cabível o acentoquando determinada (“Mantenha-se à distância de 10 metros.”), enquanto queoutros – como Luft – entendem que, por se tratar de “locução feminina”, deveser sempre acentuada (“Mantenha-se à distância.”);

- diante de masculino, em que esteja subentendida a expressão “à moda de”, “à maneira de” (“Ele escrevia à Machado de Assis.”, “O artilheiro fez um gol àRomário.”). Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho” não estásubentendida essa expressão (não é “à maneira do cavalo ou dopassarinho”...rs...) e, por isso, não leva acento.

Por fim, antes de iniciarmos os comentários às questões de prova, destacamos doiscasos chamados “facultativos”, explicando que tipo de “faculdade” é essa:

- pronomes possessivos – esses pronomes admitem o artigo definido antes desi (“Minha mesa está suja” ou “A minha mesa está suja”). Por isso, caso seempregue o pronome possessivo com artigo, desde que o termo regenteexija preposição a, haverá crase (preposição a + artigo definido feminino +possessivo = à sua – “Refiro-me à sua professora.”); em não se colocando oartigo antes do possessivo, haverá somente a preposição e, por isso, nãohaverá a ocorrência de crase (preposição a + possessivo = a sua - “Refiro-mea sua professora.”);

- com a locução prepositiva “até a” (que é a junção das duas preposições:até + a). Havendo um termo regido que admita o artigo definido, haverá crase(até a + a = até à – “Andei até à entrada de sua casa.”). Essa locuçãoprepositiva equivale à preposição “até”, que, quando usada na forma simples,não leva à fusão de dois ‘as’, pois só existe um – o artigo (até + a = até a -“Andei até a entrada de sua casa.”). Por isso, alguns falam simplesmente que,com a preposição “até”, a crase é facultativa. Na verdade, o que é facultativo éo uso da locução prepositiva “até a” ou da preposição “até” – com a primeira,haverá crase (até à próxima semana, entregarei o trabalho); comsegunda, não (até a próxima semana, entregarei o trabalho).

Você verá que, a partir do esquema “TERMO REGENTE + TERMO REGIDO”, facilmenteconseguirá resolver a maior parte das questões que envolvem CRASE. Então, mãos àobra (com acento grave, por favor!!!).

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QUESTÕES DE PROVA

1 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006)

1. Quando se ouve a palavra “preço”, as primeiras

imagens que invadem nossa mente são as de cartazes

de liquidação, máquinas registradoras, cheques e

cartões de crédito. Mesmo nas sociedades orientais,

5. menos capitalistas que a nossa, a idéia de preço é

sempre ligada à noção de objeto de valor.

Porém, diferentemente do que a mídia informa, nem

tudo pode ser comprado e parcelado em três vezes no

cartão. As coisas realmente importantes da vida têm

10. seu preço, isso é certo, mas a forma de pagamento é

bem diversa das praticadas nos shopping centers.

Na infinita negociação que é viver, se sairá melhor

aquele que possuir uma sólida conta corrente de

reservas emocionais e de bom senso do que aquele

15. que confia apenas em sua coleção de cartões de

plástico. Lucrará mais aquele que souber responder

com sabedoria a pergunta: vale a pena pagar o

preço?

(Adaptado da Revista Planeta, maio de 2006)

Avalie as afirmações abaixo, a respeito do emprego das estruturas lingüísticas notexto.

I. O acento indicativo de crase em “à noção”(l.6) decorre da presença da preposição a,exigida por “ligada”(l.6) e do artigo determinante de “noção”.

II. As regras gramaticais possibilitam também o emprego do acento indicador de craseem “a pergunta”(l.17): à pergunta.

Comentário.

Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia” (linha 5).

Vamos começar a treinar a análise de TERMO REGENTE x TERMO REGIDO, daquelejeito de “olhar para os dois lados da rua”...rs...

I – Vejamos a passagem em análise: “... a idéia (*) de preço é sempre ligada à noçãode objeto de valor.”.

De um lado, temos o termo regente “ligada”, um adjetivo que rege a preposição “a”(alguma coisa está ligada a outra). De outro, o termo regido é um substantivofeminino que admite artigo definido feminino (“a noção”). Então, ocorre crase, sim, ou

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seja, contração da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” “sempre ligadaà noção de objeto de valor.”. ITEM CORRETO.

II – Para analisarmos a veracidade desta afirmação, devemos observar qual é o termoregente e como é a sua regência.

“Lucrará mais aquele que souber responder com sabedoria a pergunta: vale a penapagar o preço?”

Segundo Luft, a sintaxe primária de RESPONDER é com objeto indireto (responder aalgo). “Gramáticos e puristas só aceitam essa regência, mas no português brasileiroestá consagrada a transitividade direta que eles condenam: responder umapergunta, uma carta; respondê-las.”

Assim, como o termo regido (pergunta) aceita o artigo definido antes de si e o termoregente pode exigir a preposição “a”, é possível a ocorrência de crase: “responder ... àpergunta”. ITEM CORRETO.

ITENS CERTOS

2 - (FCC / CEAL – Advogado / Junho 2005) Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a umposto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um políticoprofissional.

(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas nosprendemos todos, em nossa vida comum.

(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam àquelesartistas e profissionais que dão graça à nossa vida.

(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam aspessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.

(E)) Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento, poiseste se reserva às pessoas generosas.

Comentário.

Para confirmar a existência da preposição antes de “aqueles”, é necessário,primeiramente, organizarmos a oração na ordem direta. Para isso, partimos do verboser e, para haver lógica, do adjetivo inútil. O que é inútil? Resposta: “recomendardesprendimento”.

O verbo “recomendar”, na construção, é transitivo direto e indireto (Recomendaralguma coisa a alguém). O que se recomenda (ou seja, qual é o objeto direto)?Desprendimento. A quem se recomenda desprendimento (qual é o objeto indireto?)Àqueles que alimentam um preconceito.

Então, seguindo a análise de TERMO REGENTE + TERMO REGIDO, o termo regente,verbo “recomendar”, exige a preposição “a”. O termo regido é o pronomedemonstrativo “aqueles”. Houve crase, devendo ser indicado com o acento grave:“Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento” –construção perfeita.

Na sequência, há outra ocorrência de crase:

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TERMO REGENTE – verbo “reservar”: Alguém reserva alguma coisa a alguém. Comoestá acompanhado do pronome “se” apassivador, o pronome “este”, que se refere a“desprendimento” é o sujeito paciente. Como vimos na aula sobre verbos, o objetoindireto da voz ativa (Fulano reservou alguma coisa a alguém) continua a exercer amesma função na voz passiva. Como o termo regente exige a preposição “a” e o termoregido (“pessoas generosas”) admite artigo definido feminino plural, há ocorrência decrase, estando correta a construção: “este se reserva às pessoas generosas”. Os demais itens apresentam as seguintes incorreções.

(A) Há duas ocorrências de crase, somente a segunda está incorreta. O termo regentepropensos (adjetivo) exige a preposição “a” (Alguém é propenso a alguma coisa).Contudo, o termo regido não admite o artigo definido, pois é um verbo (rejeitar). Aconstrução seria: “somos propensos a rejeitar a candidatura de um políticoprofissional.”.

Na primeira ocorrência, o termo regente é o verbo reportar-se, que exige apreposição “a” (Alguém se reporta a alguém/alguma coisa). O termo regido é osubstantivo inexperiência, que aceita o artigo definido feminino. Há, portanto,ocorrência de crase, que está devidamente indicada pelo acento grave em“Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão...”.

(B) A primeira ocorrência de crase está corretamente indicada. O termo regente cultoexige a preposição “a”; o termo regido aparências admite o artigo definido femininoplural – há crase: “O culto às aparências”. Já no segundo, o termo regente, o verboprender, é transitivo direto e indireto e exige a preposição “a” (Alguém se prende aalguma coisa); no entanto, o termo regido é o pronome pessoal elas, que não admiteo artigo definido antes de si. Há, portanto, apenas um “a”, que é a preposição – “umavez que a elas nos prendemos todos, em nossa vida comum”.

(C) O termo regente caber é transitivo indireto (Alguma coisa cabe a alguém). Aexpressão que exerce a função de objeto indireto é “a gente”, que, quer na acepção de“nós”, quer no sentido de “toda gente”, uma vez antecedida da preposição “a”, formacrase. Para a análise, não se deve levar em conta a expressão denotativa “é que”; naordem direta, a construção seria: “identificar os preconceitos (sujeito) cabe à gente.”.

Em seguida, o termo regente, verbo afetar, é transitivo indireto e exige a preposição“a” (Alguma coisa afeta a alguém). O termo regido é “aqueles artistas e profissionais”.Como a preposição “a”, exigida pelo termo regente, se encontra com o pronomedemonstrativo “aqueles”, há ocorrência de crase, devendo haver o correspondenteregistro: “sobretudo os que afetam àqueles artistas” – crase corretamente indicada.

Finalmente, o termo regente dar é transitivo direto (graça) e indireto (nossa vida),devendo o complemento indireto ser precedido da preposição “a”. Como o termoregido é iniciado por um pronome possessivo, o emprego de artigo definido feminino éfacultativo, podendo ocorrer crase ou não (“profissionais que dão graça a / à nossavida”). Portanto, está correta a indicação de crase.

(D) O termo regente, verbo assistir, no sentido de “ver, presenciar”, é transitivoindireto, exigindo a preposição “a”. O termo regido é “exibição”, que admite artigodefinido feminino. Há crase: “Assistimos à exibição descarada de preconceitos...”.Correto emprego do acento grave.

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O erro está na sequência: o termo regente, verbo causar, é transitivo direto (coisa) eindireto (pessoa) (Fulano causou alguma coisa a alguém), regendo a preposição “a”; otermo regido é “pessoas”, que admite o artigo definido feminino plural. Houve oregistro desse artigo, mas faltou a indicação de crase para registrar a existência dapreposição. A forma correta seria: “que tantos dissabores causam às pessoas...”.

Por fim, a expressão “à distância” é objeto de bastante polêmica (mencionada emnosso introito).

A maioria dos gramáticos afirma que, sem especificação, não admite acento(“Mantenha-se a distância.”). Havendo definição dessa distância, usa-se o acento(“Mantenha-se à distância de 10 metros.”).

Atualmente, segundo Celso Luft, admite-se o acento nessa construção, considerando-se como locução adverbial.

Note que o examinador, nesta questão, não deixou clara a sua posição, ao indicaroutro erro de crase antes dessa expressão. Assim, todo cuidado é pouco. Leve esseconhecimento para a prova e, caso se depare com a polêmica expressão adverbial “a/àdistância”, analise as demais opções.

Gabarito: E

3 - (FCC/Auditor Fiscal BA / Julho 2004)

A frase totalmente de acordo com a norma padrão da língua escrita é:

(A) Devido à circunstância de não conterem eles a curiosidade, o pesquisador quis,com toda discrição, deixar claro que naquele momento se restringiria a citar aetimologia da palavra. (B) O tema suscitou interesse que chegaram à pedir ao palestrante que lhes desse oprivilégio de voltar, onde poderiam tirar dúvidas acerca do que tinham ouvido.

(C) Por todos os ângulos que se observe o pós-modernismo, não se pode minimizar aquestão do modo que ele é entendido, sob pena de os artistas serem mal-compreendidos.

(D) Se os debatedores interviessem, mas sem reivindicar legitimidade exclusiva à seuspontos de vista, teria sido mais fácil pôr em ordem o que era efetivamente relevante.

(E) Na medida em que os dados gerais eram compreendidos, a platéia manifestava ummisto de entusiasmo e de vontade de saber mais, por isso adviram perguntas maiscomplexas.

Comentário.

A locução prepositiva “devido a” tem origem na forma participial adjetiva do verbodever (devido).

Como assim “forma participial adjetiva”? Vimos que o particípio é uma formanominal que, muitas vezes, exerce a função que seria própria de um adjetivo, lembra?“Roupa lavada (adjetivo / particípio do verbo lavar)”, “cabelo penteado (adjetivo /particípio do verbo pentear)”

Na função adjetiva, a palavra “devido” (adjetivo / particípio do verbo dever) concordaem gênero e número com o substantivo correspondente e rege a preposição a: “Sua

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ausência devida a problemas de saúde foi notada.”, “Muitos acidentes devidos à faltade prudência dos motoristas são registrados nas estradas brasileiras.”.

Apesar de condenada por diversos puristas, que acham que essa palavra só deve serempregada na função adjetiva, a forma prepositiva “devido a” é abonada por ilustrescomo Celso Luft, sendo constantemente apresentada em questões da ESAF.

Quando usado na locução prepositiva (devido a), o vocábulo “devido” não se flexiona(pertence ao conjunto de palavras invariáveis) – “Devido aos problemas de saúde,ela não veio.”, “Muitos acidentes ocorrem devido à falta de prudência dosmotoristas.”.

A preposição a, que forma a locução, poderá se contrair ao artigo subsequente, noesquema “termo regente – termo regido”, como vimos recorrentemente neste estudo,havendo crase se o termo regido admitir artigo definido feminino (“O espetáculo foicancelado devido à chuva”).

Assim, na opção (A), o termo regente é devido a. O termo regido é circunstância,que aceita o artigo definido feminino. Forma-se, então, crase – “Devido àcircunstância de não conterem eles ...”.

Adiante, o termo regente restringir-se exige a preposição “a”, mas o termo regido“citar” não admite artigo definido feminino. Assim, há somente a preposição, nãosendo devido o acento grave.

Em relação às demais opções, houve deslizes de diversas espécies, inclusive de crase.

(B) A locução verbal “chegaram a pedir” comporta somente a preposição, não havendojustificativa para o acento grave. Além disso, houve impropriedade ao empregar opronome relativo “onde”, que só pode se referir a lugar ou algo que a isso seassemelhe. Em seu lugar, deveria ter sido usado “quando” (momento em quevoltasse). Sobre o emprego de pronomes relativos, falaremos na próxima aula.

(C) O deslize foi de sintaxe de regência combinado com emprego de pronome relativo – Alguém observa alguma coisa de um determinado ângulo. Assim, “Por todos osângulos de que se observe o pós-modernismo”.

Em seguida, “alguma coisa é entendida de determinado modo”. O pronome que sepresta a indicar “modo” é “como”. Assim, a construção deveria ser: “...não se podeminimizar a questão do modo como ele é entendido”.

(D) O termo regente exclusiva exige a preposição “a”. O termo regido “seus pontosde vista” não admite o emprego de artigo definido feminino, por ser masculino eplural. Assim, há apenas a preposição: “sem reivindicar legitimidade exclusiva a seuspontos de vista.”

(E) Como mencionamos na aula sobre verbos, a FCC adora o verbo “advir”. Ele éderivado do verbo vir e deve ser conjugado tendo-o por paradigma: (vieram =advieram) “por isso advieram perguntas mais complexas”.

Gabarito: A

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4 - (FCC / TCE SP – Agente de Fiscalização Financeira / 2005)

Deduz-se da leitura do texto que seu autor julga Maquiavel ter prestado umserviço não apenas aos poderosos governantes, mas também aqueles que têminteresse em analisar a exaustão as práticas políticas.

Para correção do texto, são necessárias algumas correções. Julgue as substituiçõespropostas abaixo.

I. aqueles por àqueles.

II. a exaustão por à exaustão.

Comentário.

I – O termo regente, a locução verbal “ter prestado”, é transitiva direta (um serviço) eindireta (alguém), regendo a preposição “a” antes do objeto indireto, que, naconstrução, são dois: poderosos governantes e aqueles:

“... ter prestado um serviço não apenas aos poderosos governantes, mas também [terprestado um serviço] aqueles que têm interesse...”

O primeiro termo regido (poderosos governantes) foi corretamente precedido depreposição, formando “aos”. O segundo, contudo, está incorretamente grafado. Apreposição “a”, exigida pelo termo regente, ao se encontrar com o pronomedemonstrativo “aqueles” forma crase – “... mas também àqueles que têminteresse...”.

II - Logo após, a expressão adverbial feminina “à exaustão” recebe acento grave: “...interesse em analisar à exaustão as práticas políticas”.

ITENS CORRETOS

5 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Julgue os a/as destacados no texto abaixo e assinale a opção correta em relação àexistência de crase.

A sociedade brasileira, cada vez mais, quer conhecer e debater as políticas, planos eprogramas de desenvolvimento, previamente a (1) tomada de decisão pelo PoderPúblico e a (2) luz dos objetivos da sustentabilidade e da melhoria dos processos denegociação e de controle social. Essa discussão é orientada pela busca do melhor juízosobre a (3) defesa ambiental com vistas a (4) adoção de um processo de naturezanegocial, baseado numa abordagem de gestão pública compartilhada, que não deveestar restrita as (5) agências ambientais. Visa, também, à definição de espaçosadequados e permanentes para o diálogo de forma a (6) se antecipar aos potenciaisconflitos socioambientais associados as (7) propostas de desenvolvimento e a (8)redução de ações de intervenção que remetam as (9) decisões a (10) esfera doJudiciário.

(http://www.planejamento.sp.gov.br/PUBLICACOES/Desenv_sustent_ambientais.pdf)

Devem ser acentuados com acento grave os a/as destacados com os números:

a) 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

b) 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10

c) 3, 6, 9, 10

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d) 1, 2, 4, 5, 7, 8, 10

e) 1, 2, 5, 6, 10

Comentário.

Acredito que a melhor forma de resolver uma questão como essa é identificar oemprego de acento grave e, simultaneamente, eliminar as opções que apresentamessa resposta. Em outras palavras, verifique se o “a” do item 1 receberia ou nãoacento grave. Diante dessa resposta, elimine as opções (a/b/c/d/e) que apresentamindicação divergente. Fazer é mais fácil do que falar, não é? Então, vamos à prática.

(1) O advérbio “previamente” exige a preposição “a”. Como o termo regido é umsubstantivo feminino que admite artigo, ocorre crase. Esse “a” seria acentuado. Comisso, podemos eliminar as opções que não indicam o número 1 em sua resposta:ficamos com as opções A, D e E (já temos 33,33% de chances de ganhar esseponto...rs...)

(2) Locuções femininas (sejam elas adverbiais, prepositivas, conjuntivas, adjetivas...)exigem crase. É o caso de “à luz de”. Nada mudou, pois as três opções ainda válidasindicam também o número 2 com ocorrência de crase.

(3) Já existe uma preposição antes desse “a” (sobre). Assim, não poderia ocorrercrase, que pressupõe a existência da preposição “a”, inaplicável na passagem. Não háacento. Demos um passo rumo ao nosso pontinho – eliminamos a opção A, que indicao item 3 como acentuado (quando não seria). A resposta seria D ou E. Será queconseguiremos resolver com o próximo item? Vamos lá.

(4) Mais um exemplo de locução feminina: “à vista de”. Emprega-se o acento grave.Pronto!!! Como a opção D é a única a indicar o item 4 em sua relação, chegamos àresposta da questão. Por questões didáticas, iremos seguir na análise, mas, na hora daprova, já poderíamos passar à questão seguinte. É assim que se faz prova. Se ocandidato quisesse, também poderia ter passado diretamente do item 1 (em queficamos com apenas 3 opções) para o item 3, já que a resposta do item 2 não resolveunada. Vamos aos demais itens.

(5) O termo regente é “restritas” (algo é restrito A alguém). O termo regido “agência”admite artigo. Ocorre crase: “... restritas às agências ambientais”.

(6) Como o termo regente é um verbo, não poderia ocorrer crase, já que seriaimpossível empregar artigo definido feminino. Não possui acento.

(7) O termo regente é “associados”. Em seguida, há um substantivo feminino queadmite artigo definido feminino plural: “... associados às propostas...”. Acento gravedeve ser empregado.

(8) Mesmo raciocínio ocorre em relação ao substantivo “redução”, que apresenta omesmo termo regente (associados). Coloca-se acento grave.

(9) O verbo REMETER é, na passagem, bitransitivo. O objeto direto (o que seráremetido) é “decisões”. Como é o complemento que dispensa a preposição, não ocorrecrase.

(10) Agora, vem o complemento indireto do verbo REMETER (para onde serãoremetidas as decisões), devendo ser empregada a preposição “a” (“... que remetam asdecisões à esfera do Judiciário.”).

Assim, há acento nos itens 1, 2, 4, 5, 7, 8, 10.

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Gabarito: D

Essa foi uma forma inusitada de exigir conhecimentos sobre crase – gostei da novidade! E você?...rs...

6 - (ESAF/MF – Processo Seletivo Interno/2008)

1. Pode parecer um paradoxo. A Constituição brasileira

de 1988 é a primeira Carta brasileira que inclui a

privacidade, o direito à intimidade e à vida privada,

como direitos fundamentais da cidadania. E, no entanto,

5. a sensação de que suas vidas particulares estão cada

vez mais ameaçadas nunca foi tão presente entre os

cidadãos. Nunca houve tanta inquietação, insegurança

e desconforto. Não se sabe mais quais os limites entre

o interesse público – governos e grandes empresas à

10. frente – e a privacidade de cada um. Parece inesgotável

esse interesse público. Parece chave que abre todas as

portas, até as mais íntimas.

O fato inafastável é que o século passado se caracterizou

como o século da expansão da democracia, das

15. garantias e dos direitos fundamentais, inclusive o

da privacidade. O século atual inicia como sendo o

século em que essas garantias estão sendo postas à

prova. Nesses casos, o interesse público do acesso a

informações, mesmo privadas, já vai se impondo ao

20. direito à privacidade. Em todo o mundo.

(Joaquim Falcão. O juiz e a privacidade. Correio Braziliense, 17 de abril de 2008,com adaptações)

Julgue o item a respeito das estruturas lingüísticas do texto.

- A ausência de artigo definido antes de “informações” (l.19) indica que essesubstantivo está se referindo à idéia de informação em geral, sem determinação.

ITEM CERTO

Comentário.

Quando usado em sentido amplo, genérico, o substantivo não é acompanhado dedeterminante (como o artigo definido). Por consequência, sendo um termo femininoque esteja antecedido pela preposição “a”, não ocorre crase. Essa situação está lá emnossa “lista” de “não ocorre crase”, apresentada no início deste tópico.

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Por isso, a afirmação está perfeita – não foi empregado o acento grave em função dainexistência de artigo definido antes de “informações”, haja vista seu emprego emaspecto genérico, vago, sem determinação (= acesso a QUAISQUER informações).

7 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006)

1. Na compreensão marxista de Estado, esse é um

mecanismo controlador dos cidadãos comuns, das

relações de propriedade, do regime de alternância dos

seus poderes políticos. É a concepção ideológica e

5. econômica do Estado que determina a concentração

de riqueza material e espiritual nas mãos de poucos

e condena a maioria da população à pobreza material

e a sobreviver sem escolas, sem instrução que lhes

possibilite ascensão social e sem educação que lhes

10. permita sair da dependência da elite dominadora. Esse

conceito tem caráter trágico e escatológico, pois prega

o fim do Estado como único modo de se construir uma

sociedade materialmente justa.

(Oscar d’Alva e Souza Filho)

Em relação ao texto, julgue os itens a seguir.

I - O sinal indicativo de crase em “à pobreza”(l.7) justifica-se pela regência de“condena” e pela presença de artigo feminino singular diante de “pobreza”.

II - A substituição de “a sobreviver”(l.8) por à sobrevivência mantém a correçãogramatical do período.

Comentário.

I – O termo regente (CONDENAR) pode ser bitransitivo, como se apresenta no texto:“condena a maioria da população [OBJETO DIRETO] a (alguma coisa)...”. Assim, deum lado, o termo regente exige a preposição “a”. De outro, o termo regido admiteartigo definido feminino (“pobreza material”). Assim, ocorre crase e a assertiva estácorreta.

II – A passagem é “condena a maioria da população à pobreza material e a sobreviversem escolas”. O verbo CONDENAR, como vimos, rege a preposição “a”. Como termoregido, há o verbo SOBREVIVER, que não admite artigo definido feminino, motivo peloqual não houve a ocorrência de crase (só existe um “a” – a preposição). O examinadorsugere a troca de “sobreviver” por “sobrevivência”. Agora, o termo regido, sim, admiteo artigo definido feminino, provocando a crase: “... condenar a maioria da população(...) à sobrevivência.”. ITEM CORRETO.

Aliás, mais do que manter a correção gramatical do período, podemos considerar queestá é a construção mais adequada, por questão de PARALELISMO SINTÁTICO.

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Mas o que significa isso?

O que se fizer com um elemento se deve fazer com todos os demais de mesma funçãosintática no período.

No trecho, há dois objetos indiretos do verbo CONDENAR. O primeiro representado porum substantivo: “pobreza”. O segundo, por um verbo: “sobreviver”. Ambos deveriamapresentar a mesma estrutura sintática, ou seja, ambos serem substantivos (comosugere o examinador) ou serem orações (“condenar a maioria a viver na pobrezamaterial e a sobreviver sem escolas”).

Note que a ESAF já cobrou esse conceito de paralelismo sintático em outras provas.

ITENS CERTOS

8 - (ESAF/AFT/2010)

1. A civilização industrial leva à concentração de poder

e ao declínio da liberdade individual, mas, ao mesmo

tempo, liberta os homens das piores formas de servidão,

do peso do trabalho alienante, tornando possível

5. imaginar um mundo de homens livres que conseguirão

a “liberdade do impulso criativo” – este é o verdadeiro

objetivo da reconstrução social. Por meio do aumento

dos padrões de conforto e acesso à informação, essa

civilização cria condições favoráveis para desafiar

10. radicalmente os velhos laços de autoridade.

Com base na norma gramatical da língua escrita, analise a proposta de alteração dotexto.

- No trecho “à concentração de poder e ao declínio da liberdade individual” (ℓ.1 e 2),substituir “à” por “a” e suprimir “ao”.

Comentário.

O que o examinador sugeriu foi o emprego de “concentração de poder” e “declínio daliberdade individual” de maneira genérica, vaga, sem os determinantes (artigos) queacompanhavam os substantivos. Com isso, passa a existir apenas um “A”, que é apreposição que antecede o primeiro complemento, exigida pelo verbo LEVAR: “... levaa CONCENTRAÇÃO DE PODER e DECLÍNIO DA LIBERDADE INDIVIDUAL...”.

Tal proposta está correta em relação ao paralelismo sintático (o tratamento dispensadoao primeiro complemento verbal estendeu-se ao segundo). A opção por manter apreposição antes somente do primeiro elemento promove a ideia de formação de umconjunto: “concentração de poder e declínio da liberdade individual”. Também poderiaindividualizar os elementos, inserindo a preposição antes de “declínio”, mas apenas apreposição, sem artigo, para manutenção do paralelismo: “... leva a CONCENTRAÇÃODE PODER e a DECLÍNIO DA LIBERDADE INDIVIDUAL”. Assim, apenas uma preposiçãodá-se ênfase ao conjunto e a sua repetição valoriza os elementos individualmente, masas duas formas são gramaticalmente válidas.

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Por isso, está correta a proposta do examinador.

ITEM CERTO

9 – (ESAF/TRF/2000)

Assinale o segmento do texto em que há erro de paralelismo sintático.

a) Estão participando da operação em Barretos cerca de 18 auditores da Receita.Ainda fazem parte da equipe especialistas em programas de computadores paraacessar arquivos que possam conter dados importantes nas empresas.

b) Quanto aos documentos que forem recolhidos pelos agentes, todos serãoanalisados. Caso haja indício de sonegação, será instaurado processo no MinistérioPúblico.

c) Além da ação judicial, poderão ser feitas autuações nos estabelecimentos em queas irregularidades se comprovarem. O valor das autuações ainda não foi divulgadopelo delegado, mas ele garantiu que a cobrança pode ser retroativa.

d) Disse, ainda, que o escritório que cuida da contabilidade do clube OsIndependentes está acompanhando o caso ao lado da Receita Federal. Ele nãoacredita que a fiscalização da Receita Federal possa causar algum dano à imagem doclube.

e) O presidente do clube Os Independentes afirma não ter receio quanto àarrecadação de impostos e que achando normal a atitude dos auditores da ReceitaFederal. "Sabemos que eles estão fazendo isso com todas as entidades sem finslucrativos."

(Rogério Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptações)

Comentário.

Tudo o que se segue ao verbo AFIRMAR exerce a função sintática de objeto direto(“afirma isso e aquilo”). Devem os dois objetos, pois, apresentar a mesma estruturasintática.

Então, vejamos o que há de errado na opção:

“O presidente do clube Os Independentes afirma:

(1) não ter receio quanto à arrecadação de impostos [oração reduzida de infinitivo]; e

(2) que achando normal a atitude dos auditores da Receita Federal [oraçãodesenvolvida, ou seja, iniciada por uma conjunção integrante].

Mais uma vez, houve uma quebra no paralelismo sintático nesse período.

Mas, o que é paralelismo sintático? Havendo dois ou mais elementos de idênticafunção sintática, o que for feito com um, deve ser repetido nos demais (são raros oscasos em que isso não acontece, sempre levando em consideração o contexto).

Como as duas orações exercem a mesma função sintática em relação ao mesmo termoregente, devem apresentar estruturas sintáticas iguais, ou seja, ambas reduzidas ouambas desenvolvidas.

Em relação ao emprego do acento grave (“quanto à arrecadação”), cabe ressaltar queestá correto, haja vista a contração da preposição “a” - que faz parte da locução

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“quanto a” - com o artigo definido feminino que acompanha o substantivo“arrecadação”.

Gabarito: E

10 – (ESAF/SEFAZ CE/2007)

Foram introduzidos erros morfossintáticos, de pontuação e/ou de falta de paralelismoem artigos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará. Analise oseguinte item.

- Deve o funcionário atender, prontamente, e na medida de sua competência, ospedidos de informação do Poder Legislativo e às requisições do Poder Judiciário.

(http://www.al.ce.gov.br/publicacoes/estatutocivis/estatuto/capitulo_2_t6.htm)

Comentário.

Essa questão deveria ter sido anulada, mas não foi.

O enunciado requer que se indique "o único artigo INTEIRAMENTE CORRETO" e apontacomo gabarito esta opção.

Contudo, naquela passagem, observa-se desvio em relação ao paralelismo sintático,uma vez que o mesmo verbo - ATENDER - apresenta duas transitividades diferentespara seus complementos verbais.

Segundo lição do professor CELSO LUFT (Dicionário Prático de Regência Verbal), overbo ATENDER, no sentido de RESPONDER, é facultativamente DIRETO ou INDIRETO.Contudo, ao se optar por uma das transitividades, deve-se manter o mesmotratamento para TODOS os termos regidos, no caso, os complementos verbais.

O que se observa, no entanto, é que o primeiro elemento ("os pedidos de informaçãodo Poder Legislativo") se liga DIRETAMENTE ao verbo, enquanto que o segundo ("àsrequisições do Poder Judiciário") recebe tratamento diverso, sendo regido por umapreposição “A” que se apresenta contraída ao artigo que antecede o substantivo,formando “às requisições”.

Assim, por apresentar erro de natureza sintática, em relação ao paralelismo, nestaopção, considerando que todas as demais também apresentam erros diversos, aquestão deveria ter sido anulada por falta de opções válidas, o que infelizmente nãoaconteceu. Coisas da vida... e da ESAF.

Voltemos a falar sobre CRASE, agora envolvendo esse tal de “paralelismo sintático”.

Gabarito oficial: ITEM CERTO

11 - (FCC / TRE MG – Analista Judiciário / Julho 2005)

Justifica-se o sinal de crase em ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) Opõe-se o autor àqueles fundamentalistas que não admitem rever os resultados à que chegaram.

(B) Hawking dispôs-se à apresentar a um plenário de cientistas correções à sua teoriados buracos negros.

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(C) A quem aspira às certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de trabalho,sempre sujeitas à alguma revisão.

(D)) Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas, que sempre souberam curvar-se às evidências de um equívoco.

(E) Fundamentalista é todo aquele que prefere às certezas dogmáticas às hipóteses sujeitas a verificação e a erro.

Comentário.

O termo regente, filiar-se, exige preposição “a”. O termo regido “tradição” admiteartigo definido feminino. Há crase: “Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas”.Na segunda passagem, o termo regente, curvar-se, exige a preposição “a”, e o termoregido admite artigo definido feminino plural. Há novamente crase: “sempre souberamcurvar-se às evidências de um equívoco”. Como as duas ocorrências devem seracentuadas, essa é a resposta certa.

Vamos analisar as demais opções.

(A) O termo regente, verbo opor, é transitivo direto e indireto, exigindo a preposição“a” (Alguém se opõe a alguma coisa). O termo regido é “aqueles fundamentalistas”. Acontração da preposição com o “a” do pronome demonstrativo “aqueles” é indicadacom o acento: “àqueles”. Essa indicação está correta.

A segunda, no entanto, está incorreta. Em “não admitem rever os resultados a quechegaram”, o pronome relativo “que” substitui “os resultados” em uma oraçãosubordinada adjetiva. O verbo chegar exige a preposição “a”, que irá anteceder opronome relativo. Assim, antes do pronome relativo, há apenas a preposição, nãohavendo justificativa para a indicação de crase (não existe artigo definido feminino).

(B) O termo regente, verbo dispor-se, é transitivo indireto, exigindo a preposição “a”(Alguém se dispõe a alguma coisa). O termo regido, contudo, é oracional, nãoadmitindo, assim, um artigo definido feminino. Há apenas a preposição: “Hawkingdispôs-se a apresentar...”. Está incorreta a indicação de crase.

Em seguida, o termo regente correções exige a preposição “a”. O termo regido éprecedido por um pronome possessivo feminino. Assim, está correta a indicação decrase, por ser facultativo o emprego do artigo definido feminino antes do pronomepossessivo (“correções a/à sua teoria dos buracos negros).

(C) O termo regente, verbo aspirar, no sentido de “desejar”, é transitivo indireto, coma preposição “a”. O termo regido é “certezas dogmáticas”, que admite o artigo definidofeminino. Há crase, corretamente indicada: “A quem aspira às certezas dogmáticas”.

Na segunda passagem de indicação de crase, o termo regente sujeitas exige apreposição “a”, mas o termo regido não admite artigo definido feminino (algumarevisão). Na dúvida, construa uma oração em que essa expressão seja o sujeito:“Alguma revisão deverá ser feita.”. Perceba que você não poderia construir “A Algumarevisão...”. Isso porque essa expressão apresenta valor genérico, vago. Assim, oúnico “a” é a preposição, não havendo acento grave: “sempre sujeitas a algumarevisão”.

(E) Vamos falar agora sobre a regência do verbo preferir. Este verbo, na construção,é transitivo direto e indireto, exigindo a preposição “a”. Assim, não pode haver duasindicações de crase. Somente antes do objeto indireto é cabível, se o termo regidoadmitir o artigo definido feminino. O primeiro elemento (certezas dogmáticas) exerce a

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função de objeto direto, havendo somente o artigo definido feminino (“prefere ascertezas dogmáticas”), enquanto que o segundo exerce a função de objeto indireto.Como o termo regido (hipóteses) admite artigo definido feminino, é devida a indicaçãode crase: “prefere as certezas dogmáticas às hipóteses sujeitas a verificação e a erro”.

Apesar de não ter sido objeto da questão, vamos analisar esta última passagem. Otermo regente (sujeitas) exige preposição. Por uma questão de paralelismo sintático,tanto o primeiro termo regido (verificação) quanto o segundo (erro), por terem sidoempregados de maneira genérica, encontram-se indefinidos, ou seja, sem artigos.Assim, está impossibilitada a ocorrência de crase, pois o que há é apenas preposiçãoexigida pelo termo regente (“sujeitas a verificação e a erro”).

Gabarito: D

12 - (ESAF/AFRE MG/2005)

1. Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores

do catolicismo, uniu a teologia à filosofia. Sua

contribuição para o estudo das taxas de juros, ainda

que involuntária, foi tremenda. Em suas Confissões, o

5. bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, conta que,

ainda adolescente, clamou a Deus que lhe concedesse

a castidade e a continência e fez uma ressalva

– ansiava por essa graça, mas não de imediato. Ele

admitiu que receava perder a concupiscência natural

10. da puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz

impecavelmente a urgência do ser humano em viver

o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de

adiar quanto puder a dor e arcar com as conseqüências

do desfrute presente – sejam elas de ordem

15. financeira ou de saúde. É justamente essa urgência

que explica a predisposição das pessoas, empresas

e países a pagar altas taxas de juros para usufruir o

mais rápido possível seu objeto de desejo.

(Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negócios, Revista Veja, 30/03/2005, p.90)

Julgue a afirmação a respeito do texto.

- Em virtude do paralelismo sintático, o acento grave, em “à filosofia” (l..2), poderiaser eliminado.

Comentário.

O verbo “unir”, na passagem, é bitransitivo: unir algo a outra coisa.

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O primeiro elemento (objeto direto) foi determinado por um artigo definido feminino: ateologia. Em respeito ao paralelismo sintático, o segundo (objeto indireto) tambémdeve ser. Em função da presença da preposição, exigida pelo termo regente, ocorre acontração deste conectivo com o artigo definido feminino que acompanha “filosofia.

Assim, não se poderia eliminar o acento grave em análise. Isso somente seria possívelse eliminássemos também o artigo que antecede o primeiro elemento (unir teologia afilosofia).

ITEM ERRADO

13 - (ESAF/MF – Processo Seletivo Interno/2008)

1. Construída uma ciência ou uma teoria científica,

mesmo com os maiores cuidados para garantir a

sua objetividade, existe sempre o risco de que esse

conhecimento científico possa ser usado de maneira

5.ideologicamente implementada.

Atualmente, um dos graves problemas que enfrenta

o cientista é o emprego ideológico e técnico de sua

produção. Isto está criando grande sensibilidade

não apenas nos países desenvolvidos, mas também

10. em países como o nosso, onde a pesquisa científica

procura um lugar de destaque, mas também enfrenta o

risco de ser ideologicamente manipulada.

Mesmo sem renunciar a nossas ideologias particulares,

podemos ignorar ou reduzir as influências ideológicas

15. para produzir resultados cientificamente objetivos.

Todos conhecemos os benefícios que acarretam ao

homem a informática, a biotecnologia e a pesquisa

nuclear. Pode-se reduzir o esforço do trabalhador,

podem ser encontradas novas técnicas de alimentação

20. e consegue-se dominar doenças graves. Contudo

essas ciências e muitas outras podem ser usadas

para informatizar a guerra, criar o desemprego através

da robotização, produzir transtornos nas espécies

biológicas e auxiliar a construção de bombas.

(Adaptado de Carlos Lungarzo. O que é ciência, p. 83-84)

Assinale a opção incorreta a respeito das estruturas lingüísticas do texto.

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- Preserva-se a coerência textual ao se suprimir o termo “homem”(l.17); mas, paraque seja preservada a correção gramatical, será necessário utilizar o acento indicativode crase em à informática, à biotecnologia e à pesquisa.

Comentário.

É preciso compreender e identificar a função sintática dos elementos da oração para responder a essa questão.

Para isso, devemos voltar ao texto – repito sempre que o candidato não deve terpressa, tampouco preguiça. Se preciso for, volte ao texto um milhão de vezes, masnão confie somente em sua memória. Vamos lá.

Todos conhecemos os benefícios que acarretam ao homem a informática, abiotecnologia e a pesquisa nuclear.

O verbo ACARRETAR, no sentido de “ocasionar”, pode ser bitransitivo (acarretar algo aalguém). O pronome relativo “que” retoma o antecedente “os benefícios”. Substituindoo pronome pelo nome e colocando na ordem direta (sujeito + verbo + complementos),teríamos a seguinte construção: “A informática, a biotecnologia e a pesquisa nuclear[SUJEITO] ACARRETAM benefícios [OD] AO HOMEM [OI]”.

Tal ordenação só é possível se associarmos a análise sintática (identificação doselementos constitutivos da oração) com a análise semântica (fazer sentido, ter lógica).

Desse modo, percebemos que “a informática, a biotecnologia e a pesquisa nuclear”exercem a função de SUJEITO e, portanto, não poderiam receber o acento grave. Apreposição “a”, exigida pelo termo regente – o verbo ACARRETAR -, já estava presentena expressão “ao homem”.

ITEM ERRADO

14 - (ESAF/AFC STN / 2008)

Assinale a opção em que o termo sublinhado está gramaticalmente correto.

O Brasil vem gradativamente progredindo no que diz respeito à(1) administrar o bempúblico. No século passado, estava arraigado à(2) comportamentos administrativosviciosos, aos quais(3) priorizavam os interesses do administrador e de quem mais lheconveniesse(4), ficando de lado a real finalidade do serviço público, que é servir o(5)público.

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

Comentário.

Essa foi outra questão que gerou bastante polêmica, em função da regência do verbo SERVIR. Além disso, outro problema é que, geralmente, buscamos a opção ERRADA a

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partir dos itens sublinhados, mas, nessa questão, precisamos marcar o que estáCERTO. Quando acontecer isso, faça um registro ao lado da questão, algo como“MARCAR O CERTO”, para que, lá pela opção C, você não se esqueça e acabe errandoo enunciado.

Vamos, agora, analisar todos os itens.

1) A expressão “dizer respeito a” possui a preposição “a” em sua composição.Contudo, o termo regido é um verbo, que não admite artigo definido feminino antes desi. Resultado: não ocorre crase e não deve ser empregado o acento grave.

2) O termo regente é “arraigado” (adjetivo). Alguém está ARRAIGADO a alguma coisa.O termo regente exige a preposição “a”. Vamos para o “outro lado”: o termo regido éum substantivo masculino e plural. Assim, não existe a mínima possibilidade deusarmos artigo definido feminino singular antes desse termo. Assim, não há crase.

3) O pronome relativo “os quais” está regido por uma preposição – precisamosverificar se existe algum termo a exigir este conectivo. O verbo PRIORIZAR é transitivodireto. Assim, algo (os comportamentos administrativos viciosos) priorizavam algumacoisa (os interesses do administrador...). Nota-se, pois, que a preposição não temrazão para ser empregada.

4) O problema deste item foi referente à conjugação do verbo CONVIR. Como éderivado do VIR, vamos usar aquela técnica do PARADIGMA que aprendemos: “quemmais VIESSE” “mais lhe CONVIESSE” – e não “conveniesse” (vixe... foi difícil atétranscrever esse “troço”...rs...).

5) Se Deus quiser, este item estará correto (senão, vou ter de começar tudo denovo...rs...). O verbo SERVIR, segundo o Dicionário Prático de Regência Verbal, podeser TRANSITIVO DIRETO (servir ALGUÉM) ou TRANSITIVO INDIRETO (servir AALGUÉM). Assim, as duas formas são válidas: “servir o público” ou “servir ao público”.

Ainda bem que encontramos a resposta certa! Ufa!...rs...

Gabarito: E

15 - (ESAF/AFC CGU/2006)

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no Brasil,o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa dogoverno federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania eSolidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vaiselecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo o país que estãocontribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM),como __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da mortalidade infantil.Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante __4__ Organização dasNações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 metas sociais até o ano de 2015.

(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral daPresidência da República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006)

1 / 2 / 3 / 4 / 5

a) a / à / à / a / às

b) as / a / a / à / as

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c) às / à / a / à / às

d) a / a / a / a / as

e) as / a / a / à / às

Comentário.

A partir de agora, veremos questões típicas da ESAF, mas também presentes nasprovas da FCC e da FGV, para explorar esse assunto – com lacunas. Um verdadeiroteste psicotécnico...rs... ou de raciocínio lógico, se o candidato for esperto!

Muitas vezes o candidato consegue identificar a resposta correta sem ter de preenchertodas as lacunas. Uns preferem observar se, em algum dos itens, há uma lacuna cujasopções sejam totalmente divergentes nas alternativas. Resolvendo-se corretamenteesta lacuna, acerta-se a questão de prova sem perda de tempo.

Outros começam com as lacunas que apresentam duas ou três opções iguais,aumentando, assim, as chances de acertar a resposta a partir da eliminação dasincorretas. Há também a possibilidade de ir preenchendo uma a uma e, aos poucos,eliminando as opções, até que reste apenas uma.

Como a prática leva à perfeição, ao fazer vários exercícios como esses, o candidatodesenvolverá cada vez mais habilidade para solucionar questões de crase no menortempo possível. Cada um deve escolher a maneira que entenda ser a melhor.

Vamos começar a praticar.

1ª lacuna: O termo regente dar é transitivo direto (visibilidade) e indireto, regendo apreposição a antes do objeto indireto; o termo regido experiências, usado demaneira genérica, não admite o artigo definido feminino plural (como em:“Experiências em todo o país contribuem...”). Portanto, não há crase: “dar visibilidadea experiências em todo o país”. Poderia também vir acompanhado de artigo, uma vezque, na seqüência, se mencionam certas ações (“... que estão contribuindo...”),podendo servir de determinante. Essa lacuna não nos ajuda em quase nada. Sóconseguimos eliminar duas opções, que indicam apenas artigos, sem haver aquelapreposição necessária. Sobram as opções a, c, d.

2ª lacuna: Após a conjunção como, que inicia a enumeração das “experiências queestão contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”,não pode haver a preposição “a”, uma vez que não há termo regente algum que exijaesse conectivo. O “a” que preenche essa lacuna é o artigo definido que antecede osubstantivo erradicação. Não há crase: “como a erradicação da extrema pobreza”.Das opções que tínhamos, já conhecemos o gabarito, uma vez que eliminamos asopções a e c, ambas com acento grave. Viu como é simples fazendo desse jeito?

3ª lacuna: O mesmo comentário da 2ª lacuna se aplica a essa. Há apenas um artigodefinido feminino antes do substantivo: “[como] a redução da mortalidade infantil”.

4ª lacuna: A preposição “perante” dispensa o emprego de outra preposição: “perantealgo” (aliás, essa preposição vai voltar a aparecer logo, logo).

Assim, a lacuna será preenchida com o artigo definido que acompanha “Organizaçãodas Nações Unidas”, vocábulo que admite esse determinante.

Para não errar, faça o teste, colocando essa expressão como sujeito de uma oração,por exemplo: “A Organização das Nações Unidas estabeleceu como meta...”.

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Assim, o período será assim construído: “Os ODM fazem parte de um compromissoassumido, perante a Organização das Nações Unidas...”.

5ª lacuna: O verbo cumprir é transitivo direto (Alguém cumpre alguma coisa).Assim, o complemento não exige a preposição “a”, havendo apenas o artigo definidofeminino plural: “por 189 países de cumprir as 18 metas sociais até o ano de 2015”.

A ordem será, então: a, a, a, a, as.

Agora, fale a verdade, se tivesse de chutar, iria arriscar numa opção sem nenhumacento grave??? (rs...)

Gabarito: D

16 – (FCC / TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004)

Uma das maiores causas de desigualdade social prende-se. .................................................................................... dificuldade de acesso ..... informação e qualificação, essenciais ...... conquista de um salário mais digno.

Para completar corretamente a frase, as lacunas devem ser preenchidas,respectivamente, por:

(A) à - à - à

(B) à - à - a

(C) à - a - a

(D) a - a - à

(

Comentário.

1ª lacuna: Termo regente: prender-se, verbo transitivo direto (pronominal) eindireto, exigindo a preposição “a” (Alguém se prende a alguma coisa). Termo regido:dificuldade, admite artigo definido feminino. Há crase: “prende-se à dificuldade deacesso”. 2ª lacuna: Nesta opção, há duas possibilidades de construção – com acento ou semacento. Vamos à análise.

Termo regente: acesso, exige preposição “a” (Alguém tem acesso a alguma coisa).Termo regido: informação e qualificação.

Termo regido:

Primeira possibilidade: Apesar de esses vocábulos admitirem artigos definidos,não haveria o seu emprego por estarem usados em sentido vago, genérico (não éuma certa informação, é qualquer informação), como na oração “Informação equalificação são elementos indispensáveis a um candidato”. Assim, haveriaapenas a preposição: “dificuldade de acesso a informação e qualificação”.

Segunda possibilidade: No emprego de palavras coordenadas, ou seja, palavrasque exerçam a mesma função sintática, em que ambas sejam regidas pelamesma preposição, pode-se repetir a preposição e, caso haja definição, contraí-laao artigo (“acesso à informação e à qualificação”). Neste caso, enfatiza-se cadaum dos elementos. Contudo, é desnecessária essa repetição se o objetivo forenfatizar o grupo que esses elementos formam. Nesta hipótese, os gramáticosindicam que, se não se repetir a preposição, não se deve repetir o artigo,

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recaindo a ênfase no conjunto. Assim, a preposição contraída com o artigoantecede apenas o primeiro elemento (“acesso à informação e qualificação”).

Assim, essa segunda lacuna poderia ser preenchida das seguintes formas: a(sentido genérico – há apenas a preposição) ou à (sentido determinado, masenfatizando-se o grupo que os dois elementos formam).

3ª lacuna: Termo regente: essenciais, exige preposição “a” (Coisas são essenciais aalgo/alguém). Termo regido: conquista, admite artigo definido feminino. Há crase:“essenciais à conquista de um salário mais digno”.

A opção da banca em relação à segunda lacuna foi pela segunda forma (à), uma vezque não há a opção à / a / à . A resposta, portanto, é (A): à / à / à.

Gabarito: A

17 - (ESAF/AFC STN/2005)

Assinale a opção que preenche de forma correta as lacunas do texto.

João Paulo II, com a acuidade de sua inteligência e a abrangência e profundidade desua vivência, cultura e saber, clamou com forte carisma, como verdadeiro herdeiro dosprofetas bíblicos, ____1____ perenidade e atualidade dos valores que nos foram transmitidos pelo povo da Aliança e levados ___2____ perfeição por Jesus Cristo, que revelou a vocação _____3____ transcendência da humanidade, seu sentido maior e definitivo. O hedonismo e o utilitarismo induzem ____4______ relativização do respeito _____5____ vida humana, em especial ____6_______ dos mais frágeis e indefesos.

(Paulo Leão, “A fé não teme a razão”, Folha de S. Paulo, 9/4/2005, com adaptações)

1 2 3 4 5 6

a) a à à a à à

b) a à à à à a

c) à à a a a à

d) à a a a a à

e) à a à a à à

Comentário.

Usando a técnica de eliminar o maior número de opções, vamos começar pela 4ªlacuna e ver se isso dá certo.

4ª lacuna: O verbo INDUZIR pode ser transitivo indireto (induzir A alguma coisa) oubitransitivo (induzir alguém A alguma coisa). Assim, tem PESSOA no objeto direto eCOISA no objeto indireto. Na construção, vemos que é TI (uma vez que ocomplemento é coisa, e não pessoa), logo exige a preposição “a”.

O termo regido é um substantivo feminino que está determinado (relativização dorespeito), permitindo, assim, a presença de um artigo definido feminino: “O hedonismoe o utilitarismo induzem à relativização”.

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Só com essa análise, já sabemos que o gabarito da questão é B, pois é o único apreencher a quarta lacuna desse modo (todas as demais apontam para “a”, semacento).

Marcar o gabarito sem ver as demais opções é, nesse caso, um risco e tanto, por issoiremos continuar a análise das demais opções, dando seqüência às lacunas desteperíodo.

5ª lacuna: O substantivo “respeito” rege a preposição “a” (Ter respeito por/a algo oualguém). Do outro lado, o termo regido admite o artigo definido feminino (a vidahumana). Houve novamente a ocorrência de crase: “... respeito à vida humana...”.

6ª lacuna: O substantivo “respeito” é o termo regente deste item também. Assim, jásabemos que existe a preposição “a”. Só que, agora, em vez de um substantivo, temosum pronome demonstrativo “a” que substitui o vocábulo “vida” (“a vida dos maisfrágeis e indefesos”). Pode ocorrer a contração da preposição “a” com o pronomedemonstrativo “a”: “... em especial à dos mais frágeis e indefesos.”, mas também ofato de a preposição já estar presente antes do primeiro elemento da série possibilita adispensa de sua repetição, mantendo-se apenas o pronome demonstrativo (“... emespecial a dos mais frágeis e indefesos”. Essa lacuna não solucionaria a questão, poisambas as formas seriam válidas.

Vamos verificar o preenchimento das demais lacunas.

1ª lacuna: O termo regente é o verbo CLAMAR (“João Paulo II (...) clamou com fortecarisma...”), que é, nesta construção, transitivo direto. Este verbo também podeapresentar a transitividade indireta, com a preposição “contra”, o que não vem ao casona questão. Outra forma possível é com o emprego do posvérbio “por”, que empregauma carga afetiva à construção (O povo clamava por justiça.), mas esse é um doscasos de objeto direto preposicionado.

No papel de termo regido, temos um substantivo feminino, que admite o emprego deartigo definido feminino. Assim, há apenas um “a”, que é o artigo: “clamava (...) aperenidade e atualidade dos valores...”.

2ª lacuna: O que temos aí é uma LOCUÇÃO ADVERBIAL FEMININA, que deve seracentuada com o acento grave: “à perfeição” indica o modo com que Jesus levava osvalores. Por isso, é acentuada. É um daqueles casos em que não se analisa por meioda técnica de “TERMO REGENTE x TERMO REGIDO”.

3ª lacuna: O substantivo “vocação” rege a preposição “a”, “para” (mais usuais) ou“de” (esta menos comum): Ele tem vocação a/para/de advogado.

De outro lado, o substantivo “transcendência” admite o artigo definido feminino. Bingo!Ocorre crase: “vocação à transcendência da humanidade...”.

A ordem será, então: a, à, à, à, à, a (ou à).

Gabarito: B

18 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006)

Os primeiros imigrantes trazidos por empresas importadoras eram, em geral,obrigados __1__assinar contratos de parceria com o importador para trabalharem naslavouras do café do estado de São Paulo. O contratante adiantava __2__ despesas detransporte da Europa __3__ colônias e o necessário __4__subsistência inicial. Nas

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colônias, o imigrante recebia determinado número de pés de café para cultivar. Tinha direito __5__ meação no resultado da venda.

(Sidnei Machado, http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/viewPDFInterstitial/1766/1463)

1 2 3 4 5 a) à as as à a

b) à às às à à

c) a as as a a

d) a às às a à

e) a as às à à

Comentário.

1ª lacuna: Alguém é obrigado A fazer alguma coisa. Então, o termo regente exige apreposição “a”. De outro lado, temos um verbo, que não pode ser antecedido por umartigo definido feminino. Por isso, há apenas um “a”, que é a preposição. “... obrigadosa assinar contratos...”.

Com o preenchimento desta lacuna, podemos eliminar as opções A e B.

2ª lacuna: O verbo ADIANTAR (no sentido de “antecipar”) é, em relação a “coisa”,transitivo direto e, em relação a “pessoa”, indireto (adiantar algo a alguém). Como otermo regido é “coisa”, sua transitividade é direta, não sendo exigida a preposição. Deoutro lado, o termo regido é “despesas”, que pode ser acompanhado de artigo definidofeminino plural (as despesas). Assim, não ocorre crase: “O contratante adiantava asdespesas...”.

Já podemos, agora, eliminar também a opção D. Ficamos com 50% de chances deganhar o ponto!!!

3ª lacuna: Essa lacuna será decisiva, pois temos diferentes opções de preenchimentopara os itens que restaram. É agora ou nunca!!!

Como a estrutura indica o transporte DE UM LUGAR A OUTRO, já notamos que seránecessária a preposição antes do termo regido, que é um substantivo feminino plural(as colônias). Ocorre, portanto, crase: “... as despesas de transporte da Europa àscolônias...” e com isso eliminamos a opção C, que apresenta somente o artigo.

Chegamos à resposta: E. Viu como o tempo é otimizado resolvendo desse jeito? Jáfalei que não passa o que sabe mais, mas o que resolve (com correção, é óbvio...rs....) o maior número de questões em menos tempo.

Vamos, todavia, preencher as demais lacunas.

4ª lacuna: O adjetivo “necessário” rege a preposição “a”. Só que, neste caso, temosum substantivo (adjetivo substantivado), equivalente a “o que é necessário”,mantendo-se a mesma regência. No termo regido, o substantivo “subsistência” admiteartigo definido feminino. Ocorre crase: “... o necessário à subsistência”.

5ª lacuna: O substantivo “direito” rege a preposição “a” (alguém tem direito Aalguma coisa). De outro lado, o substantivo “meação” admite artigo definido feminino.Crase nele!!! “Tinha direito à meação...”.

A ordem é: a / as / às / à / à

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Gabarito: E

Aliás, falando em “subsistência”, como foi que você pronunciou essa palavra, hem???Hem???

Será que foi com som de /z/ , por contaminação da palavra “existência”?

Caso afirmativo, lamento informar que você errou, segundo Aurélio e outrosgramáticos. Sabe por quê?

Porque você não fala desse jeito quando a palavra é “subsistema”, “subsequente” ou“subsolo” (ou será que você fala “subzolo”? Nesse caso, você é fanhoso ou estágripado...rs...).

Pois é... fala-se “subsistência” com som de /S/. Comece a treinar agora mesmo e acorrigir quem está à sua volta.

19 - (FCC / TRT 22ª Região – Auxiliar Judiciário / Novembro 2004)

Os dados comprovam que, de janeiro . ................................ julho deste ano, houve aumento na produção de veículos, em comparação com . .......................................... obtida no ano passado. As

montadoras passaram ...... exportar uma parte dessa produção.

As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas por

(A) a - a - a

(B) à - à - a

(C) à - a - à

(

Comentário.

1ª lacuna: Para começar, analise uma outra estrutura: “A loja funciona das 10h ....18h”. Há um artigo (contraído com a preposição “de”) antes do primeiro elemento (das10h). Então, deve haver artigo antes do segundo. Como já existe uma preposição “a”,ocorre a fusão: “das 10h às 18h”. A isso se dá o nome de paralelismo sintático(lembra? O que acontece com um elemento ocorre também com os demais de mesmafunção sintática).

Note, agora, que antes de “janeiro” há somente uma preposição (“de”), não há artigo.Pois, se não há artigo antes do primeiro elemento, não pode haver antes dos demais.A relação é “de ... a ...”, somente com preposições. Por isso, não há crase: “de janeiroa julho”. Paralelismo nele!

2ª lacuna: Na expressão “em comparação com” já existe uma preposição (“com”), oque impossibilita a existência da preposição “a”. O que irá preencher a lacuna é opronome demonstrativo “a”, equivalente a “aquela”, que se refere à palavra“produção” (“houve aumento na produção de veículos, em comparação com [aprodução] obtida no ano passado”). Não há dois “as”, somente o pronomedemonstrativo. Portanto, não há crase: “em comparação com a obtida...”.

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3ª lacuna: Em locução verbal, há apenas preposição, sem artigo. Por isso, não hácrase: “As montadoras passaram a exportar”.

A ordem será: a, a, a – opção (A)

Gabarito: A

20 - (FCC / TRT 23ª Região - Analista Judiciário/Outubro 2004)

Busca-se ...... muito tempo uma linguagem adequada ...... expressão das leis e ...... outras questões sociais.

As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por

(A) a - à - à

(B) há - a - a

(C) a - a - à

(D) a - à - a

(E)) há - à - a

Comentário.

1ª lacuna: Indica-se, no primeiro período, a transposição de tempo. Para isso, deve-seusar o verbo haver, que, no sentido de tempo decorrido, não se flexiona (é impessoal,não possui sujeito). Essa lacuna é preenchida por “Busca-se há muito tempo...”.

2ª lacuna: Termo regente: adequada, adjetivo que exige a preposição “a” (Algumacoisa é adequada a outra). Termo regido: expressão das leis, que admite artigodefinido feminino. Há crase: “uma linguagem adequada à expressão das leis”.

3ª lacuna: Termo regente: adequada (o mesmo da lacuna anterior). Termo regido:“outras questões sociais”, que, por não estar determinado (usado em sentido genérico:‘tantas outras questões sociais’ ou ‘quaisquer outras questões sociais’), não admiteartigo: “uma linguagem adequada (...) a outras questões sociais”.

Note que há uma situação especial (uso de expressões em sentido vago) que permite a“quebra” do paralelismo sintático (usou artigo antes da primeira, mas não usou antesda segunda).

Gabarito: E

21 - (FGV/SEAD AP – Fiscal/2010)

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do fragmento a seguir:

O texto refere-se ______ teses antropológicas, cujos temas interessam ______ todos que se dispuserem ______ investigar a história do jeitinho brasileiro.

(A) as – à – à.

(B) às– a – à.

(C) às – a – a.

(D) as – à – a.

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(E) às – à – a.

Comentário.

O verbo REFERIR-SE rege a preposição “a”. Todas as opções indicam o emprego deartigo antes do termo regido. Por isso, necessariamente houve emprego de acentograve: “O texto refere-se ÀS teses antropológicas...”. Com isso, ficamos com asopções B, C e E.

Na segunda lacuna, como o pronome “todos” não admite artigo antes de si (muitomenos um artigo definido feminino), só existe ali uma preposição, exigida pelaregência do verbo INTERESSAR (algo interessa A alguém). Chegamos, portanto, àresposta certa: opção C.

Só para confirmar, antes de verbo não há artigo definido feminino. Por isso, há apenaspreposição: “dispuserem A investigar”.

Gabarito: C

22 - (ESAF/ANEEL ANALISTA/2006)

Indique a opção que preenche com correção as lacunas numeradas no texto abaixo.

A colonização jamais correspondeu, entre nós, ...(1)... necessidades do trabalho;correspondeu sempre, sim, ...(2)... necessidade da produção, ou, mais realmente ànecessidade das colheitas, isto é, ...(3)... necessidades de dinheiro pronto e dedinheiro fácil, que é o que sustenta as culturas, nas regiões onde se encontramcolonos. No dia em que se abrir guerra ...(4)... ociosidade e se oferecerem garantias...(5)... gente do campo, afluirá para o trabalho remunerado grande parte dapopulação, hoje mantida ...(6)... da bondade alheia.

(Adaptado de Alberto Torres, “As fontes da vida no Brasil”. Rio, 1915, p. 47)

(1) (2) (3) (4) (5) (6)

a) às a às a a a custas da

b) às à as à a às custas da

c) as à as a à a custas da

d) a a às à a a custa da

e) a à às à à à custa da

Comentário.

A lacuna que solucionava essa questão era a última, e olhe que essa era uma questãobem chatinha – daqui a pouco você entenderá por que afirmo isso.

Então, vamos começar analisando a:

6ª lacuna: Cuidado! O vocábulo “custas” designa despesas judiciais, enquanto que osingular – custa – significa “dispêndio”. Por isso, a expressão correta é “viver à custade alguém”, e não “às custas de alguém”. A expressão à custa de é, portanto, umalocução prepositiva feminina, e como toda locução feminina deve receber acento graveindependente daquele esquema de TERMO REGENTE x TERMO REGIDO: “... à custa dabondade alheia.”.

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Só com essa resposta, resolvemos a questão: gabarito é a letra E.

Na hora da pressa, vá por este caminho, que pode ser um atalho para a respostacerta.

Saiba agora por que considerei essa uma questão “chatinha”.

1ª lacuna: O verbo CORRESPONDER exige a preposição “a” (ele, aliás, foi objeto decomentário na questão 20). Só que o termo regido pode ser determinado (asnecessidades de trabalho) ou usado em sentido vago genérico (Necessidades detrabalho postergaram suas férias.). Não temos como saber se, nesta lacuna, temos umou dois “as”. Só podemos eliminar a opção C (foi apresentado somente o artigodefinido, faltando a preposição).

2ª lacuna: Novamente, o verbo CORRESPONDER. Ficaríamos na mesma dúvida dalacuna anterior, se não fosse a presença do “a” acentuado logo na seqüência (“... ànecessidade das colheitas...”). Como tanto o primeiro elemento (“necessidade daprodução”) quanto o segundo (“necessidade das colheitas”) ligam-se ao verboCORRESPONDER, por questão de paralelismo sintático (olhe o paralelismo aí, gente!!!),haverá contração da preposição (exigida pelo termo regente) com o artigo (empregadoantes da segunda ocorrência de “necessidade”): “... correspondeu sempre, sim, ànecessidade de produção, ou, mais realmente à necessidade das colheitas...”.

3ª lacuna: Seguindo este raciocínio, iremos preencher a terceira lacuna, pois esta seliga ao mesmo termo regente das outras duas anteriores: “às necessidades dodinheiro pronto e de dinheiro fácil...”.

4ª lacuna: Finalmente, nos livramos dessa chatice de “necessidade” pra cá,“necessidade” pra lá...ufa! Agora, o termo regente é a expressão “abrir guerra”.Alguém abre guerra A alguma coisa. Então, há exigência da preposição. Como dooutro lado temos um substantivo feminino (ociosidade), ocorre crase: “abrir guerra àociosidade...”.

5ª lacuna: O verbo OFERECER é, na passagem, bitransitivo (oferecer algo a alguém).O objeto indireto tanto pode ser “gente do campo” (sentido vago, genérico), como “agente do campo” (determinado). Como o texto faz menção a “colonos”, podemosentender que “essa gente” está mais do que identificada, determinada.

Assim, as lacunas serão preenchidas da seguinte forma: a / à / às / à / à / à custada.

Gabarito: E

23 - (ESAF/TRF/2006)

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo.

Na próxima reunião de cúpula do Mercosul, no fim do ano, os diplomatas esperamsacramentar ___1___ regulamentação para acabar com a burocracia nas aduanas,para a passagem de produtos hoje sujeitos ___2___ alíquota zero na tarifa deimportação comum. É o primeiro passo para estender progressivamente a liberalizaçãodo trânsito de produtos ___3___ outros importados, esses sujeitos a pagamento detarifas. A maior resistência ___4___ liberalização vem do Paraguai, pela dependênciado país em relação ___5___ receitas das alfândegas – 40% do total arrecadado pelo

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Tesouro local. Os europeus já ofereceram a sua experiência aos países do Cone Sul,para tentar remover as resistências e obstáculos ___6___ integração das alfândegas.

(Sergio Leo, Valor Econômico,12/09/2005)

1 2 3 4 5 6

a) a a a a as a

b) à à a à às a

c) a a à a as a

d) à à à a as a

e) a a a à às à

Comentário.

Vamos analisar lacuna por lacuna:

1ª lacuna. O verbo “sacramentar” é transitivo direto. Por isso, a lacuna serápreenchida somente com artigo definido “a”. Estão de fora as opções “b” e “d”. Viu aquantidade de vezes que já começamos com 33% de chances de garantir o pontinho?Então, na hora do chute, tente resolver pelo menos a primeira lacuna.

2ª lacuna. Essa lacuna poderia ser preenchida, indiferentemente, por “a” ou por “à”.Vamos construir uma oração em que a expressão “alíquota zero” seja sujeito, a fim deverificarmos a necessidade (ou não) do artigo: “Alíquota zero é constantementeconfundida com isenção.”. Poderia usar o artigo? Sim. “A alíquota zero estimulou osimportadores do produto.”. Viu só? Pode ser dispensado ou usado o artigo. Essa lacunanão nos ajudou em nada...puxa!

3ª lacuna. O termo regente é “liberalização”, há exigência da preposição “a”. Comoo termo regido é “outros importados”, não poderia haver o emprego de artigo definido“a” antes dessa expressão. Por isso, não houve acentuação. Eliminamos, agora, aopção c.

4ª lacuna. O termo regente “resistência” exige a preposição “a”; o termo regido –liberação - admite artigo definido feminino – ocorre a crase – “à”.

5ª lacuna. A locução prepositiva “em relação a” já apresenta a preposição “a”. Otermo regido – receitas das alfândegas – admite artigo definido feminino plural. Assim,forma-se a crase: “às”.

6ª lacuna. A contração da preposição “a”, exigida pelos regentes “resistências” e“obstáculos”, com o artigo definido feminino que antecede o substantivo feminino“integração”, forma “à”.

A ordem é, portanto: a, a, a, à, às, à.

Gabarito: E

24 - (ESAF/Fiscal do Pará/2002)

Assinale a opção que preenche as lacunas de forma gramaticalmente correta.

No que diz respeito ____ taxa de inflação, ainda que os resultados estejam longe dameta (mais de 7% ante ____ meta de 4%), é preciso reconhecer que diante dosacontecimentos de 2001 não se trata de um mau resultado. Todos sabemos que os“choques de oferta” não se prestam ____ ser controlados facilmente pela manipulação

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da taxa de juros e que freqüentemente, quando ocorre um choque é melhor encontrarum caminho mais longo para retornar ____ meta do que forçar uma volta rápida commaiores custos em matéria de crescimento.

(Antonio Delfim Netto)

a) à – a – a – à

b) a – à – à – a

c) à – a – à – a

d) a – a – a – a

e) a – a – à – a

Comentário.

Mudança ortográfica: não há trema em “frequentemente” (linha 5).

1ª lacuna. O termo regente dizer respeito exige a preposição a (“Isso não dizrespeito a você.”). O termo regido taxa admite o artigo definido feminino. Ocorrecrase: “No que diz respeito à taxa de inflação”. Riscamos as opções b, d, e. Oba!

2ª lacuna. A preposição ante, que equivale a perante, é o termo regente e nãoaceita a preposição a (Ante a negativa / Ante o infortúnio / Ante as explicações). Porisso, não ocorre crase: mais de 7% ante a meta de 4%. Nenhuma ajuda – as duasopções que restaram apresentam essa opção de preenchimento.

3ª lacuna. Agora vamos resolver a questão. Antes de verbo não há artigo feminino. Oque existe aí é somente a preposição a exigida pelo termo regente prestar (Isso sepresta a alguma coisa) – prestam a ser controlados. A resposta é a opção A.

4ª lacuna. O termo regente retornar exige preposição (“Alguma coisa retorna aalgum lugar/alguma situação”). O termo regido admite o artigo definido feminino.Ocorre crase: para retornar à meta. Essa foi só para confirmar o gabarito e correrpara o abraço.

A ordem é: à / a / a / à

Gabarito: A

25 - (ESAF/MPOG – APO/2010)

A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras está cada vezmais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em número e modificamos quasetodo o planeta. Graças aos avanços científicos, tomamos consciência de que nossasobrevivência na Terra está fortemente ligada a(2) sobrevivência das outras espécies eque nossos atos, relacionados a(3) alterações no planeta, podem colocar em risconossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao desenvolvimento científico, temos ocrescimento econômico que nem sempre esteve preocupado com questões ambientais.

O que se almeja é o desenvolvimento sustentável, que é aquele viáveleconomicamente, justo socialmente e correto ambientalmente, levando emconsideração não só as(4) nossas necessidades atuais, mas também as(5) dasgerações futuras, tanto nas comunidades em que vivemos quanto no planeta como umtodo.

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(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável: ocrescimento econômico e o meio ambiente. Disponível emhttp://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008)

Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da LínguaPortuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase em

a) 1, 2 e 3

b) 1 e 2

c) 1, 3 e 5

d) 2 e 4

e) 3, 4 e 5

Comentário.

Essa é uma outra forma de se exigir a mesma coisa – conhecimento sobre o empregode acento grave.

Vamos analisar cada uma das ocorrências.

1) O verbo DEIXAR é transitivo direto e indireto. O objeto direto está representadopelo pronome relativo “que”, que retoma o antecedente “herança”. O objeto indireto é“gerações futuras”, por isso há uma preposição “a” antes deste elemento. Como onúcleo é um substantivo feminino plural, pode ser empregado um artigo definido “as”,levando à ocorrência de crase: “... herança que deixaremos às gerações futuras...”.

2) Agora, o termo regente é o adjetivo “ligadas”. Alguma coisa é ligada A outra. Otermo exige a preposição “a”. Vamos olhar para o outro lado. O termo regido é“sobrevivência”, substantivo que admite o emprego de artigo definido. Pronto –ocorreu crase: “... nossa sobrevivência na Terra está fortemente ligada àsobrevivência das outras espécies...”.

3) Nesta passagem, o termo regente é outro adjetivo: “relacionados”. Algo estárelacionado A outra coisa – há exigência da preposição “a”. Contudo, o termo regido é“alterações”, substantivo feminino plural que, se estivesse acompanhado de um artigo,seria “as”. Logo, o “a” ali presente é apenas uma preposição, desacompanhada deartigo, não ocorrendo crase: “... relacionadas a alterações no planeta...”.

4) O objeto direto do verbo LEVAR, da expressão “levar em consideração”, é compostoe ligado por uma série aditiva enfática “não só ... mas também” (ainda se lembradessa aula?... assim espero...rs...). Como é um objeto direto, não exige preposiçãoalguma, por isso nas duas ocorrências há, respectivamente, um artigo definido queacompanha o substantivo “necessidades” e um pronome demonstrativo “a” que osubstitui: “... levando em consideração não só as nossas necessidades atuais, mastambém as [= as necessidades] das gerações futuras ...”. Há quem considere, nasegunda ocorrência, outro artigo definido, mas essa discussão é longa e desnecessáriano momento. Cito apenas para o caso de alguém ter pensado de modo diferente.

Assim, haverá emprego do acento grave nas indicações (1) e (2): resposta é a letra B.

Gabarito: B

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26 - (ESAF/AFC STN/2005)

Analise a correção gramatical do trecho abaixo.

- Perante a sociedade limitada, a responsabilidade do administrador cedente só poderáser perquirida em face a pesquisa sobre culpa ou má gestão.

Comentário.

Antes que alguém pergunte, está correta a grafia de “perquirida”. Este é o particípiode PERQUIRIR, que significa “investigar”. Nada tem a ver com “querida” ou com overbo QUERER. Basta lembrar-se de um verbo cognato muito mais usado – INQUIRIR,que deu origem a INQUISIÇÃO. Olhe a lição sobre PALAVRAS PRIMITIVAS x PALAVRASDERIVADAS!

Domingos Paschoal Cegalla, em seu “Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa”,analisa a expressão “FACE A”:

“Locução censurada pelos gramáticos, mas freqüente (*) nos meios de comunicação ena literatura de hoje. Esta locução talvez seja imitação do francês moderno ‘face à /face au’. Veja ‘em face de’.”

Vamos, então, ver seus comentários sobre a expressão “em face de”:

“EM FACE DE. Diante de, ante; por causa de: ‘Em face da escassez de recursos, o projeto foi arquivado.’. Não é admitida pelos gramáticos a variante ‘face a’.”

O examinador empregou uma terceira expressão que seria uma “mistura” dessasduas: “em face a” (mas que confusão!!!!)

Ainda que se aceitasse tal construção (o que definitivamente não faríamos...), haveriaum erro de crase, tendo em vista o encontro da preposição “a” com o artigo queantecede o substantivo “pesquisa”.

Veja, agora, outra questão que trata do mesmo assunto.

ITEM ERRADO

27 - (ESAF/AFC STN/2005)

Aponte a opção que completa com correção gramatical o espaço em branco.

Para que a cessão de quotas nas sociedades limitadas possa gerar efeitos, inclusive deresponsabilidade, é necessária sua averbação no contrato social da sociedade, bemcomo seu registro na Junta Comercial, pelos sócios ou por quem de direito. Casocontrário, a medida não terá eficácia _____________________

a) perante os sócios e à sociedade.

b) face os sócios e a sociedade.

c) ante esses e aos terceiros.

d) quanto a esses e à sociedade.

e) frente aos terceiros e frente a sociedade.

Comentário.

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a) “Perante” é preposição que dispensa outra em sua seqüência. Assim, não haveriacrase em “à sociedade”: “perante os sócios e a sociedade”.

b) Voltamos a tratar da construção “(em) face a”, que deve ser substituída por “emface de”, no sentido de “diante de”, “ante”: em face dos sócios.

c) “Ante”, assim como “perante”, é desacompanhada de qualquer outra preposição:“ante esses e terceiros”.

d) A expressão “quanto a” já foi objeto de comentário em outra questão. Como de umlado temos um substantivo que exige artigo (sociedade) e de outro lado, um que orepulsa (esses), não há o que se falar em “paralelismo sintático”, pois o tratamentodispensado aos termos regidos é diferente. A opção está correta.

e) “Frente a” é locução prepositiva muito comum na linguagem moderna, mascondenada pelos gramáticos, assim como ocorre com “face a”. De qualquer forma, seaceita fosse, ocorreria crase no seu encontro com um artigo definido feminino: “frenteaos terceiros e à sociedade”.

Gabarito: D

28 - (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005)

Analise o segmento em relação à organização sintática, emprego dos sinais depontuação e propriedade no uso dos vocábulos.

- Ética dos políticos soa, para a maioria de nossos concidadãos, como um oxímoro.Seria uma ética com desconto, deficitária, complacente, ante à verdadeira ética: a davida privada.

Comentário.

Parece que a ESAF “tomou cisma” com a preposição “ante”. Já percebeu a quantidadede vezes que isso caiu em prova???

Pelo menos, agora, você não vai errar de jeito nenhum, não é? (rs...) Não é????

O correto é “ante a verdadeira ética”, sem acento por não ocorrer crase (há apenas oartigo definido feminino – “ante” já é a própria preposição).

Ah... não sabe o que é “oximoro”? Então, vá procurar o significado no dicionário!!! Estáesperando o quê? Que eu responda??? Deixe de preguiça, meu bem! (rs...)

ITEM ERRADO

29 - (ESAF/AFC CGU/2004)

1. O que leva um compositor popular consagrado, uma glória da MPB, a escreverromances? Para responder a essa pergunta, convém lembrarmos algumascaracterísticas da personalidade de Chico Buarque de Holanda. Primeiro, a fortepresença de um pai que, além de ser um historiador notável, era um fino crítico 5.literário. Depois, o fato de Chico ter se dado conta de que sua genial produçãomusical não bastava para dizer tudo que ele tinha a nos dizer.

Não se pode dizer que o que o Chico nos diz nos romances não tem nada a ver com oque ele passa aos seus ouvintes através das suas canções. No recém-lançadoBudapeste, por exemplo, eu, pessoalmente, vejo um clima de bem-humorada

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10.resignação do personagem com suas limitações, um clima que me parece queencontrei, em alguns momentos, na sua obra musical. Uma coisa, porém, são asimagens sugestivas das canções; outra é a complexa construção de um romance. Adistância entre ambas talvez pudesse ser comparada àquela que vai das delicadas erústicas capelas românicas às imponentes catedrais góticas.

15. Chico Buarque percorreu esse caminho com toda a humildade de quem queriaaprender a fazer melhor, mas também com a autoconfiança de quem sabia que podiase tornar um mestre romancista.

Valeu a pena. A autodisciplina lhe permitiu mergulhar mais fundo na confusão danossa realidade, nas ambigüidades do nosso tempo. A ficção, às vezes, possibilita uma 20. percepção mais aguda das questões em que estamos todos tropeçando. No casodeste romance mais recente de Chico Buarque, temos um rico material pararepensarmos, sorrindo, o problema da nossa identidade: quem somos nós, afinal?

(Leandro Konder, Jornal do Brasil, 18/10/2003)

Analise a proposição abaixo.

- O sinal indicativo de crase em “àquela que vai das delicadas...” (l.13) é opcional.

Comentário.

A passagem é “A distância entre ambas talvez pudesse ser comparada àquela que vaidas delicadas e rústicas capelas românicas às imponentes catedrais góticas”.

De um lado, temos o adjetivo “comparadas” – algo é comparado A outra coisa. Então,a preposição “a” se faz presente. De outro, o termo regido é o pronome “aquela”.

Assim, o acento grave (indicativo de crase) não é opcional, é obrigatório.

ITEM ERRADO

30 - (ESAF/AFRF/2005)

O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em que passa adispor-se a máquina mudasse completamente de configuração. Entretanto, talmudança obedece a certas coordenadas que começam a ser pensadas já na antigaGrécia, que novamente se relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, apartir de Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde então, entende-se usualmente averdade como sendo o resultado de uma adequação, ou seja, a verdade pode serconstatada sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincidacom esse objeto.

(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)

Analise a afirmação a respeito do uso das estruturas lingüísticas do texto.

- Tanto a supressão da preposição no termo “a certas coordenadas” (l.3) como suasubstituição por às preservam as relações de sentido e respeitam as regras deregência verbal.

Comentário.

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Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia” (linha 8) nem trema em“linguísticas” (enunciado).

Encerramos a nossa aula sobre Regência com essa questão, mas não nosaprofundamos, naquela ocasião, em crase. Agora é a hora!

Em “Entretanto, tal mudança obedece a certas coordenadas...”, o termo regente é overbo OBEDECER, que exige a preposição “a”, não podendo ser suprimido esteconectivo (já ficou errada a assertiva).

De outro lado, o termo regido é “certas coordenadas”. Será que é possível colocar umartigo definido antes dessa expressão? Para sabermos, vamos construir um sujeitocom ele: “Certas coordenadas são estabelecidas...” “As certas coordenadas sãoestabelecidas...” (?!?!?!). Por ter caráter de indefinição, este pronome não aceita oartigo definido. Portanto, não poderia ser precedido por “às” como sugere oexaminador.

ITEM ERRADO

31 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Em relação ao texto, analise a proposição abaixo.

1. A invasão israelense intensifica o ambiente de privações

e ameaças à integridade física em que vivem os

habitantes de Gaza. Além dos intensos bombardeios

aéreos, que mataram centenas de palestinos – entre

5. eles várias mulheres e crianças –, faltam víveres e

medicamentos, e os cortes no fornecimento de água e

luz são constantes.

Ao que consta, pois Israel impede a entrada da imprensa

no território invadido, o objetivo inicial da ação terrestre é

10. isolar o norte da faixa litorânea, de onde parte a maioria

dos ataques com foguetes contra o sul israelense, do

restante do território palestino. A cidade de Gaza, com

mais de 400 mil habitantes, foi sitiada.

Além dos intoleráveis danos, humanos e materiais,

15. que impõe aos palestinos, o estrangulamento militar

desfechado por Israel está repleto de incertezas quanto

à sua eficácia.

(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009)

- O sinal indicativo de crase em “à integridade”(ℓ.2) justifica-se pela regência de“intensifica”(ℓ.1) e pela presença de artigo definido feminino singular.

Comentário.

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Essa é a forma como o examinador tem explorado a questão de CRASE – identificandoincorretamente o termo regente.

Quem exige a preposição “a” é o substantivo “ameaças” (alguém faz ameaças Aalguém), e não o verbo INTENSIFICAR, que, aliás, se apresenta na transitividadedireta (“... intensifica o ambiente...”).

ITEM ERRADO

32 – (ESAF/TRF/2006) Os trechos abaixo compõem seqüencialmente um texto.

Assinale a opção em que o segmento está de acordo com as exigências da normaescrita padrão.

a) As pressões sobre o preço do petróleo se renovam. A cotação do produto voltou àsubir nos últimos dias, refletindo, sobretudo, o temor de que, prejudicada pelo impactodos furacões Katrina e Rita, a capacidade de refino dos EUA se revele insuficiente paraatender à demanda.

b) A alta do petróleo já se estende por um bom tempo. Analistas e instituições, como oFMI, manifestaram várias vezes surpresa com o fato de que, até o momento, ocrescimento da economia global se viu muito pouco afetado pelo encarecimento de umproduto tão estratégico.

c) Alguns fatores capazes de efetivamente atenuar o impacto da alta do petróleo estãopresentes. Desde fins da década de 70, quando eclodiu a chamada segunda crise dopetróleo, houve esforços importantes de economia do combustível, seja por meio deuma maior eficiência no seu consumo, sejam por meio de sua substituição por outrasfontes de energia.

d) Com isso – e a despeito de certo relaxamento nesse esforço de conservação deenergia fóssil na década de 90, quando o preço do produto chegou à níveis bastantebaixos –, o consumo de petróleo por unidade do PIB mundial caiu muito,comparativamente à década de 70.

e) Ainda assim, a intensidade da alta da cotação e a duração do período de petróleo“caro” justifica as dúvidas em relação à permanência do dinamismo da economiamundial. Até porque essa alta pode se estancar, mas, dada a demora para a expansãoda oferta, uma queda expressiva e rápida do preço do petróleo não é esperada.

(Itens adaptados de Folha de S. Paulo, 02/10/2005, Editorial)

Comentário.

O único item inteiramente correto é o de letra b. Duas das quatro opções incorretasapresentam erro de crase. Vejamos:

a) Em locuções verbais, como “...voltou a subir...”, não há justificativa para oemprego do acento grave, uma vez que há apenas a presença de uma preposição.Antes de verbo, seria incabível o emprego de artigo definido feminino.

c) O erro foi no emprego da conjunção “seja...seja”, que se mantém invariável nasduas ocorrências – “... seja por meio de uma maior eficiência no seu consumo, sejapor meio de sua substituição..”. Assunto da aula sobre “Conjunção e Períodos”.

d) O segundo erro de crase da questão. Em “...quando o preço do produto chegou àníveis bastante baixos...”, o termo regente chegar exige a preposição “a”. Contudo,

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antes do termo regido níveis, um vocábulo empregado com valor genérico, no plurale masculino; não se poderia, pois, empregar artigo definido feminino. Por haverapenas a preposição “a”, não há crase: “o preço do produto chegou a níveis bastantebaixos...”.

e) A oração apresenta um sujeito composto anteposto ao verbo “...a intensidade daalta da cotação e a duração do período de petróleo ‘caro’...”, o que leva o verbo parao plural: “justificam”.

Gabarito: B

33 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006)

Analise a correção gramatical do item abaixo.

- O primeiro interesse dos espanhóis e portugueses pela América foi o ouroacumulado. A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou à Portugal amanutenção da colônia, ameaçada de ocupação. Nesse período, somente a ocupaçãorepresentava verdadeiro domínio. Por outro lado, os gastos de defesa eram bastanteelevados.

Comentário.

Agora, veremos o emprego de artigo definido antes de topônimos, ou seja, de nomesde lugares.

Para não errar nunca mais na sua vida (rs...), basta pensar no verbo MORAR. Se vocêdiz que morou EM algum lugar, isso indica que o topônimo dispensa artigo. Se você dizque morou NA ou NO, temos o emprego de um artigo definido (feminino ou masculino)antes do nome do lugar.

Vamos fazer um teste com BAHIA e BRASÍLIA.

“Eu morei .... Bahia.” – Como você preenche? EM ou NA?

Resposta: Eu morei NA Bahia.

Assim, havendo um verbo que exija a preposição “a”, ocorrerá crase, que seria oencontro da preposição “a” com o artigo “a”.

“Eu fui À Bahia.”

Vamos ao segundo teste:

“Eu morei .... Brasília.” – Como você preenche? EM ou NA?

A resposta é EM. Isso indica que “Brasília” é um topônimo que dispensa artigo.

Se o termo regente exigir a preposição A, não ocorre crase: “Eu fui A Brasília.”.

Revistos os conceitos relativos a CRASE, vejamos a questão da prova.

A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou à Portugal amanutenção da colônia, ameaçada de ocupação.

Vejamos a regência do verbo ASSEGURAR: “Alguém assegura algo A alguém”.

O objeto indireto (a quem foi assegurada a manutenção da colônia) é “à Portugal”.

Vimos que, realmente, há uma preposição “a”, exigida pelo verbo ASSEGURAR, que antecede o termo PORTUGAL.

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Vejamos, agora, se há um artigo definido feminino antes desse topônimo. Para isso,vamos fazer o teste do MORAR:

“Eu morei ... Portugal.” - E aí? Como você preencheu? A resposta é: “Eu morei EMPortugal”.

Isso nos indica que NÃO HÁ ARTIGO ANTES DE “PORTUGAL” e, portanto, não ocorrecrase.

Assim, com a correção, o período seria:

A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou a Portugal amanutenção da colônia, ameaçada de ocupação.

ITEM ERRADO

34 - (FCC / TRT 22ª Região – Analista Judiciário / Novembro 2004)

Quanto ao uso, ou não, do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Acaba de chegar a América um grupo de sudaneses, à que se darão diferentesdestinos, certamente à revelia desses jovens, que chegaram como refugiados.

(B) O autor supõe que, tendo em vista à quantidade de leis às quais deverãoobediência, os jovens refugiados passarão por poucas e boas, até a completaadaptação.

(C)) As normas da tribo, às quais faz o autor referência, são poucas e implícitas, visamà boa prática de valores consensuais, e não a uma mera catalogação de obrigações.

(D) A angústia a que submeteremos esses jovens dever-se-á não apenas à essaquantidade de leis, mas sobretudo à maneira artificial pela qual pretendem aplicar-se àrealidade.

(E) Quando à cada nova obrigação miúda corresponder uma nova norma, não haverácomo pôr termo a inchação dos códigos, à uma sempre crescente lenga-lenga de leis.

Comentário.

Primeira ocorrência de crase - termo regente: referência, exige preposição “a”(Alguém faz referência a alguma coisa); termo regido: pronome relativo “as quais”,que se refere a “normas da tribo”. Há crase: “As normas da tribo, às quais faz o autorreferência...”. Na dúvida, substitua o “as quais” pelo relativo “que” : “As normas datribo, a que faz o autor referência...”. Você nota a existência da preposição, queassociada ao “a” de “as quais” forma crase.

Segunda ocorrência de crase – termo regente: visar, que, no sentido de “ter comoobjetivo”, rege a preposição “a”; termo regido: boa prática, que aceita o artigodefinido feminino. Há crase: “visam à boa prática de valores consensuais”. Nasequência, o outro complemento do verbo “visar” está antecedido do artigoindefinido, não ocorrendo a fusão de dois “as”: “... e não [visam] a uma meracatalogação de obrigações”.

Esta opção está inteiramente correta. Vamos à análise das demais:

(A) Para começar, vamos verificar se antes do topônimo “América” podemos empregaro artigo definido feminino. Usando o verbo morar, a construção seria: “Eu morei naAmérica” (e não “em América”). Assim, concluímos que “América” é um topônimo que

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aceita artigo definido feminino. Como o termo regente é chegar, verbo que exige apreposição “a” (Alguém chega a algum lugar), há crase: “Acaba de chegar àAmérica...”.

O pronome relativo “que” em “à que se darão diferente destinos”, refere-se a umgrupo de sudaneses. Alguém dá destino a alguém/alguma coisa. O termo regenteexige a preposição “a”. Contudo, o termo regido é o pronome relativo, que não admiteartigo definido feminino. Assim, há apenas a preposição, não devendo ser acentuada(“um grupo de sudaneses, a que se darão diferentes destinos”).

Está correta a acentuação da expressão adverbial feminina “à revelia”. Como vimos,as locuções femininas, sejam elas adverbiais, prepositivas, adjetivas ou conjuntivas,recebem acento grave sem que haja necessidade de haver um “termo regente”.

(B) É bastante válida a troca do feminino para o masculino para a verificação deocorrência da crase. Em “tendo em vista à quantidade de leis”, vamos trocar o termoregido por um masculino: número – “tendo em vista o número de leis”. Nota-se, comisso, que não há preposição a reger essa expressão substantiva. Não há, portanto,justificativa para a acentuação: “tendo em vista a quantidade de leis”.

O verbo obedecer é transitivo indireto, regendo a preposição “a”. Assim, “Alguémdeve obediência às leis”. Só que, no lugar de “leis”, está o pronome relativo “as quais”.O encontro da preposição “a”, exigida pelo verbo, com o “a” de “as quais” forma crase,corretamente indicada.

(D) O verbo submeter é transitivo direto (de pessoa) e indireto (de coisa), regendo apreposição “a” (Fulano submete Beltrano a alguma situação). O termo regido é opronome relativo, que substitui a palavra “angústia”. Está correta, portanto, a forma“A angústia a que submeteremos esses jovens” [Nós submeteremos esses jovens àangústia] sem acentuação por não haver artigo antes do pronome relativo; hásomente preposição.

Em seguida, o termo regente dever-se exige a preposição “a”. O termo regido,contudo, é o pronome demonstrativo “essa”, em “essa quantidade de leis”. Essepronome não aceita artigo definido antes de si.

Para confirmar, colocamos a estrutura na função de sujeito: “Essa reivindicação nãoproduz resultados”. Não se admite: “A essa reivindicação não produz resultados.”.

Assim, o único “a” é a preposição: “não apenas a essa quantidade de leis”. Nasequência, com o mesmo termo regente, dever-se, o termo regido maneira artificialadmite artigo definido feminino, havendo a ocorrência de crase: “mas sobretudo àmaneira artificial”. Finalmente, a última ocorrência de crase também estácorretamente indicada: o termo regente aplicar-se rege a preposição “a”, enquantoque realidade, o termo regido, aceita artigo definido feminino (“pela qual pretendemaplicar-se à realidade”).

(E) Para facilitar a análise, vamos dispor os elementos da primeira oração na ordemdireta: “Quando uma nova norma corresponder à cada nova obrigação...”. O termoregente corresponder é transitivo indireto e exige a preposição “a” (Algocorresponde a outra coisa). O termo regido, contudo, é “cada nova obrigação”. Essaestrutura não admite artigo definido feminino antes de si. Assim, não há crase:“Quando a cada nova obrigação miúda corresponder uma nova norma”.

Na oração seguinte, há outro deslize. Alguém põe termo a alguma coisa. O termoregente exige preposição “a”. O termo regido inchação aceita artigo definidofeminino. Há crase: “não haverá como pôr termo à inchação dos códigos”. O próximotermo regido desse mesmo termo regente (“pôr termo ... à uma sempre crescente

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lengalenga de leis”), contudo, está antecedido de um artigo indefinido, o que impedeo emprego de um artigo definido. Não há crase: “a uma sempre crescente lengalengade leis”.

Gabarito: C

35 - (FGV/CODESP – Nível Médio/2010)

Em “...devido à proximidade com o Porto de Santos...” , empregou-secorretamente o acento indicativo do fenômeno da crase.

Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) O horário de trabalho é das 8h às 18h, de segunda a sábado.

(B) Fomos à Santos da modernidade portuária.

(C) Estávamos face à face com o perigo.

(D) Ele sempre compra à vista.

(E) Preferimos nosso filé à Osvaldo Aranha.

Comentário.

Essa questão da FGV retoma alguns conceitos já estudados hoje.

a) O paralelismo foi respeitado em “das 8h às 18h” e em “de segunda a sábado”. Noprimeiro, houve, nas duas ocorrências, contração da preposição com o artigo definidoque antecede os elementos. No segundo caso, como não havia artigo antes de“segunda”, também não se empregou o termo antes de “sábado”.

b) Se não houvesse um determinante após o nome da cidade, estaria incorretoempregar acento grave antes do topônimo “Santos”, uma vez que esse vocábulo nãoadmite o artigo definido feminino “a”. Contudo, usa-se artigo antes do nome da cidadeem função do emprego da expressão “da modernidade portuária”: “A (cidade de)Santos da modernidade portuária”, por isso está correto o sinal de crase.

c) Em expressões de palavras repetidas, não há acento grave (cara a cara / dia a dia(agora, qualquer que seja seu sentido: cotidiano ou diariamente, não se emprega hífentambém) / face a face).

d) Há quem discuta o emprego do sinal em “à vista”, contrapondo-se a ausência deartigo em “a prazo”. Contudo, vimos que esse sinal deve ser usado por se tratar deuma locução adverbial feminina (posição consagrada por Celso Luft e, como vemos,aceita pela banca da FGV).

e) Aqui, temos subentendida a expressão “à moda de / à maneira de”. Por isso, aindaque diante de palavra masculina, usamos o acento grave. Esse é um dos casosespeciais vistos logo no início da aula de hoje.

Gabarito: C

36 - (FGV/PREF.CAMPINAS – Coordenador Pedagógico/2008)

“Descartes não dá mais conta de atender à complexidade do caos.” (L.35-36)

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Na frase acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase.Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido.

(A) Fomos à Campinas dos nossos antepassados.

(B) O curso acontecerá de segunda à sexta.

(C) Esperávamos chegar à casa dos nossos amigos antes do pôr-do-sol.

(D) Não poderíamos deixar que tudo ficasse à custa dele.

(E) Antes de ir à Espanha, passei por Portugal.

Comentário.

Agora, na construção da opção B, o paralelismo não foi respeitado. Usou-se artigoantes de “sexta(-feira)” indevidamente, já que não se empregou antes de “segunda”.

Nas demais opções, cabe ressaltar.

a) O topônimo “Campinas” não recebe artigo (eu morei EM Campinas), mas por tersido empregada a expressão “dos nossos antepassados”, está correto o emprego doacento grave.

c) O vocábulo “casa”, no sentido de “lar”, não recebe artigo (“Ele esteve EM casa o diatodo.”). Se a casa estiver “identificada”, recebe determinante (“Ele esteve NA CASA DAFULANA...”). Por isso, está correto o emprego do sinal em “... chegar À casa DOSNOSSOS AMIGOS...”.

d) Como vimos em uma questão da ESAF, a expressão correta é “À CUSTA DE” (nosingular). Está certa a construção.

e) Agora, o topônimo é “Espanha”, que admite artigo definido feminino (“Morei NAEspanha”). Por isso, também acertou o examinador neste emprego do acento grave,uma vez que o termo regente (verbo IR) rege a preposição “a”: “Antes de ir àEspanha...”.

Veja, agora, a próxima questão e surpreenda-se!

Gabarito: B

37 - (FGV/MEC/2008)

“O movimento altermundialista deverá também responder à nova situação mundialnascida da crise escancarada da fase neoliberal da globalização capitalista.” (L.14-17)

No trecho acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase.Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido.

(A) Eles visaram à premiação no concurso.

(B) Sempre nos referimos à Florianópolis dos açorianos.

(C) Nossos cursos vão de 8h às 18h.

(D) A solução foi sair à francesa.

(E) Fizemos uma longa visita à casa nova dos nossos amigos.

Comentário.

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Aplicadas no mesmo ano, veja como essas duas questões são praticamente idênticas!Foram explorados os mesmos conceitos: paralelismo sintático (opção C nesta prova eopção B na anterior); topônimos com determinante (opção B desta e A da anterior);uso do artigo com a palavra “casa”; locuções adverbiais femininas (“à francesa” nestaprova e “à custa de” na anterior).

O erro, mais uma vez, está na quebra de paralelismo em “de 8h (sem artigo) às 18h(com artigo)”.

Viu como é importante resolver questões de prova da banca responsável por seucertame? Não é nada incomum as questões se repetirem.

Gabarito: C

38 - (ESAF/TCE ES/2001)

A parte racional e a parte irracional da alma estão em permanente conflito econtradição uma com a outra. Se a virtude não pertence apenas ao mundo da razão enão é, portanto, uma ciência una, invariável, absoluta, ela pode ser múltipla, mutantee até mesmo falsa. Mais ainda: se as virtudes estão relacionadas com as ações e aspaixões, conforme afirma Aristóteles, estes movimentos e estas paixões são um dadoda natureza humana. Não é em razão daquilo que sentimos que somos julgados bonsou maus. Isso seria um absurdo, pois os sentimentos estão inscritos em nossoaparelho psíquico, e não podemos deixar de senti-los. Ninguém se encolerizaintencionalmente. Ora, a qualificação bom /mau supõe que aquele que assim julgaescolheu agir assim. Um homem não escolhe as paixões. Ele não é então responsávelpor elas, mas somente pelo modo como faz com que elas se submetam à sua ação. Édeste modo que os outros o julgam sob o aspecto ético, isto é, apreciando seu caráter.

(Adauto Novaes)

Julgue o item abaixo, em relação à estrutura do texto.

- O emprego do sinal indicativo de crase em "à sua"(l.14) é obrigatório.

Comentário.

Fale bem alto: “Meu trauma com Português foi superado!” ou “O meu trauma comPortuguês foi superado” (repita 20 vezes, em voz alta!!! Não estou ouvindo!!!)

Viu só? Não só resolvemos um (possível) bloqueio psicológico (que talvez você estejacarregando desde a sua 2ª série do 1º grau), como constatamos que, antes depronome possessivo, o artigo é facultativo.

Então, usaremos a nossa técnica para verificar a ocorrência da crase:

“... faz com que elas se submetam à sua ação.”

O termo regente, o verbo submeter, exige a preposição a (“Alguém se submete aalguma situação”).

O termo regido (pronome possessivo + substantivo) admite o artigo definido feminino– a sua ação.

No encontro da preposição com o artigo, haverá crase: à sua ação.

Ocorre que é facultativa a colocação desse artigo definido antes do pronomepossessivo [(a) sua ação]. Caso não haja artigo, não haverá também crase, uma vez

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que o único “a” será a preposição – (a sua ação).

Essa assertiva, portanto, está INCORRETA ao afirmar que o acento é obrigatório em“à sua”. Não. Ele é facultativo, porque é facultativo o emprego do artigo antes dopronome possessivo.

ITEM ERRADO

CUIDADO quando houver, em construções com pronomes possessivos, mais de umtermo regido. Neste caso, devemos respeitar o paralelismo sintático, ou seja, o queacontecer com um elemento deve acontecer também com todos os demais que ex-ercem a mesma função sintática.

Exemplo:

“Preciso pedir dinheiro ..... minha mãe”.

Termo regente – pedir – exige preposição a

Termo regido – (a) minha mãe – como o emprego do artigo é facultativo, se houver artigo, há crase (pedir dinheiro à minha mãe); se não houver artigo, não há crase(pedir dinheiro a minha mãe). Assim, a lacuna pode ser preenchida com a ou comà.

Com dois termos regidos: “Preciso pedir dinheiro ..... minha mãe e ao meu pai.” – nesse caso, se houve o emprego do artigo antes do segundo elemento (ao meu pai), deve-se empregartambém no outro (à minha mãe), já que ambos exercem a mesma função sintática:“Preciso pedir dinheiro à minha mãe e ao meu pai”. A lacuna, agora, só poderiaser preenchida com à.

Caetano Veloso disse uma vez que “ao” é o masculino de “à”. Esta troca é plenamenteválida para análise: substituir uma palavra no feminino por outra no masculino e veri-ficar se o “à” virou “ao”.

Veja um exemplo de faculdade no emprego do artigo antes de possessivos: Paratodos,de Chico Buarque.

O meu pai era paulista Meu avô, pernambucano O meu bisavô, mineiro Meu tataravô, baiano Meu maestro soberano Foi Antônio Brasileiro Para formar versos com sete sílabas (chama-se redondilha maior, recaindo acontagem na última sílaba tônica), o compositor usa, em certas passagens, o pronomeprecedido de artigo (“O meu pai / O meu bisavô”) e, em outras, não (“Meu avô / Meutataravô”).

Brilhante!!!! Bravo!!!!

E por falar em Chico Buarque...

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39 - (FGV/SSP RJ – INSPETOR/2008)

Sonhos sonhos são

Negras nuvens

Mordes meu ombro em plena turbulência

Aeromoça nervosa pede calma

Aliso teus seios e toco

5. Exaltado coração

Então despes a luva para eu ler-te a mão

E não tem linhas tua palma

Sei que é sonho

Incomodado estou, num corpo estranho

10. Com governantes da América Latina

Notando meu olhar ardente

Em longínqua direção

Julgam todos que avisto alguma salvação

Mas não, é a ti que vejo na colina

15. Qual esquina dobrei às cegas

E caí no Cairo, ou Lima, ou Calcutá

Que língua é essa em que despejo pragas

E a muralha ecoa

Em Lisboa

20. Faz algazarra a malta em meu castelo

Pálidos economistas pedem calma

Conduzo tua lisa mão

Por uma escada espiral

E no alto da torre exibo-te o varal

25. Onde balança ao léu minh’alma

Em Macau, Maputo, Meca, Bogotá

Que sonho é esse de que não se sai

E em que se vai trocando as pernas

E se cai e se levanta noutro sonho

30. Sei que é sonho

Não porque da varanda atiro pérolas

E a legião de famintos se engalfinha

Não porque voa nosso jato

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Roçando catedrais

35. Mas porque na verdade não me queres mais

Aliás, nunca na vida foste minha

(Chico Buarque)

No verso 15, às cegas recebe acento indicativo de crase por se tratar de expressãoadverbial feminina.

Assinale a alternativa em que ocorra inadequação à norma culta no tocante à presençaou à falta do acento grave.

(A) A prova será aplicada das 9h às 11h.

(B) Sempre me refiro à Ipanema da minha infância.

(C) Quando os tripulantes do navio chegaram a terra, todos ficaram aliviados.

(D) A secretaria funcionará de segunda à sexta.

(E) Ele vive à custa da esposa.

Comentário.

Vemos mais uma vez uma questão da FGV com erro na indicação de acento grave emexpressões paralelas: “de segunda À sexta”.

Cabe comentar a passagem da opção C, em que vemos a palavra “terra”, sem artigo,em contraposição a “bordo”. Nesse sentido, não se emprega o determinante, por issoestá correta a forma “... chegaram a terra...”, já que se trata da tripulação de umnavio.

Veja, também, novamente, a locução “à custa de”. Assim, você não tem mais desculpase errar a partir de agora – já deve estar “calejado” de tanto “à custa de” pra lá e pracá...rs...

Isso sem falar em “Ipanema da minha infância”, ou seja, topônimo acompanhado dedeterminante, que admite o artigo antes de si.

Gabarito: D

40 – (ESAF/MPOG – EPPGG/2009)

1. É próprio das grandes crises despertar o potencial

criativo dos governos para reduzir-lhes os efeitos e, se

possível, contorná-las. No Brasil, a utilização de meios

inovadores para conter consequências mais dramáticas

dos graves desacertos nas finanças internacionais

5. prodigalizou, também, lições úteis a mudanças

futuras na política econômico-financeira. Resta agora

evidente que o alívio da carga tributária e das taxas de

juros, medida adotada a fim de enfrentar a conjuntura

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adversa, é necessário, como instrumento eficaz,

10. para assegurar dinamismo à atividade econômica.

A decisão de maior impacto favorável ao desempenho

do setor industrial se configurou na redução de 10,25%

ao ano para 4,5% nos juros cobrados pelo BNDES na

aquisição e produção de máquinas e equipamentos.

15. Trata-se de taxa real zero, se comparada ao mesmo

percentual previsto na meta de inflação para este ano.

Em patamares variáveis, 70 produtos industrializados

passarão a pagar menos IPI. Aí está outro benefício

carregado de impulso ao avanço da economia.

(Correio Braziliense, Editorial, 01/07/2009)

Em relação ao uso das estruturas linguísticas no texto, analise a seguinte proposição.

- Estaria gramaticalmente correto se em “a pagar” (l. 19) fosse colocado sinalindicativo de crase.

Comentário.

“Pagar” é um verbo e, portanto, não admitiria antes de si um artigo definido feminino. Assim, não deve ocorrer crase. Além disso, esse verbo forma com o verbo PASSARuma locução verbal (passarão a pagar) e, em casos como esse, o que existe entre osdois verbos é somente a preposição.

ITEM ERRADO

41 – (ESAF/AFRFB/2009)

Assinale a opção correta em relação ao texto.

1.O número de brasileiros com acesso à internet em

sua residência vem crescendo em ritmo cada vez

mais veloz. No início do ano passado, o Brasil tinha 14

milhões de usuários residenciais da rede mundial de

5. computadores. Em fevereiro de 2008, os internautas

residenciais do País somavam 22 milhões de pessoas

– mais 8 milhões, ou 57%.

Esses números tornam a internet o segundo meio de

comunicação mais abrangente do Brasil, atrás apenas

10. da televisão. Chegou-se a dizer que esse é um meio

elitizado, utilizado apenas pelas classes A e B. Mas

uma pesquisa mostra que as classes C e D utilizam

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amplamente a internet.

No ano passado, os brasileiros compraram mais

15. computadores (10,5 milhões de unidades) do que

televisores. As vendas continuam a crescer em 2008, o

que justifica previsões de que, no fim do ano, haverá 45

milhões de internautas no País.

(Texto de O Estado de S. Paulo, 9/4/2008)

a) A eliminação de “do” em “do que televisores”(ℓ.15 e 16) mantém a correçãogramatical do período.

b) Em “Chegou-se”(ℓ.10), o “-se” indica voz passiva.

c) O termo “Mas”(ℓ.11) insere no texto uma relação de comparação.

d) O emprego de sinal indicativo de crase em “à internet” (ℓ.1) justifica-se pelaregência de “brasileiros”.

e) A presença de preposição em “previsões de que” (ℓ.17) decorre da regência de“justifica”.

Comentário.

O conectivo “de” em estruturas comparativas como “compraram mais computadores(...) do que televisores.” é facultativo. Sua omissão não compromete a correçãogramatical ou a coerência textual. Desse modo, está certa a assertiva A.

Em relação à sintaxe de regência e crase (assunto da nossa aula), as duas opções quetratam desses assuntos foram simples.

Na opção D, o erro está em indicar que o termo regente na passagem “O número debrasileiros com acesso à internet...” seria “brasileiros”, quando é, na verdade,“acesso”.

Já a opção E também indica incorretamente o regente da preposição “de”. Quem exigeeste conectivo é o substantivo “previsões”, e não o verbo JUSTIFICAR.

Só para terminarmos o comentário (e a aula) de hoje, observa-se que o pronome “se”em “Chegou-se a dizer” tem valor de indeterminar o sujeito, e não de indicarpassividade verbal. Por fim, a conjunção “mas” indica ideias opostas às apresentadasanteriormente, e não comparação entre elas.

Gabarito: A

Até a próxima.

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS

1 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006)

1. Quando se ouve a palavra “preço”, as primeiras

imagens que invadem nossa mente são as de cartazes

de liquidação, máquinas registradoras, cheques e

cartões de crédito. Mesmo nas sociedades orientais,

5. menos capitalistas que a nossa, a idéia de preço é

sempre ligada à noção de objeto de valor.

Porém, diferentemente do que a mídia informa, nem

tudo pode ser comprado e parcelado em três vezes no

cartão. As coisas realmente importantes da vida têm

10. seu preço, isso é certo, mas a forma de pagamento é

bem diversa das praticadas nos shopping centers.

Na infinita negociação que é viver, se sairá melhor

aquele que possuir uma sólida conta corrente de

reservas emocionais e de bom senso do que aquele

15. que confia apenas em sua coleção de cartões de

plástico. Lucrará mais aquele que souber responder

com sabedoria a pergunta: vale a pena pagar o

preço?

(Adaptado da Revista Planeta, maio de 2006)

Avalie as afirmações abaixo, a respeito do emprego das estruturas lingüísticas notexto.

I. O acento indicativo de crase em “à noção”(l.6) decorre da presença da preposição a,exigida por “ligada”(l.6) e do artigo determinante de “noção”.

II. As regras gramaticais possibilitam também o emprego do acento indicador de craseem “a pergunta”(l.17): à pergunta.

2 - (FCC / CEAL – Advogado / Junho 2005)

Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a umposto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um políticoprofissional.

(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas nosprendemos todos, em nossa vida comum.

(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam àquelesartistas e profissionais que dão graça à nossa vida.

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(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam aspessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.

(E)) Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento, poiseste se reserva às pessoas generosas.

3 - (FCC/Auditor Fiscal BA / Julho 2004)

A frase totalmente de acordo com a norma padrão da língua escrita é:

(A) Devido à circunstância de não conterem eles a curiosidade, o pesquisador quis,com toda discrição, deixar claro que naquele momento se restringiria a citar aetimologia da palavra. (B) O tema suscitou interesse que chegaram à pedir ao palestrante que lhes desse oprivilégio de voltar, onde poderiam tirar dúvidas acerca do que tinham ouvido.

(C) Por todos os ângulos que se observe o pós-modernismo, não se pode minimizar aquestão do modo que ele é entendido, sob pena de os artistas serem mal-compreendidos.

(D) Se os debatedores interviessem, mas sem reivindicar legitimidade exclusiva à seuspontos de vista, teria sido mais fácil pôr em ordem o que era efetivamente relevante.

(E) Na medida em que os dados gerais eram compreendidos, a platéia manifestava ummisto de entusiasmo e de vontade de saber mais, por isso adviram perguntas maiscomplexas.

4 - (FCC / TCE SP – Agente de Fiscalização Financeira / 2005)

Deduz-se da leitura do texto que seu autor julga Maquiavel ter prestado umserviço não apenas aos poderosos governantes, mas também aqueles que têminteresse em analisar a exaustão as práticas políticas.

Para correção do texto, são necessárias algumas correções. Julgue as substituiçõespropostas abaixo.

I. aqueles por àqueles.

II. a exaustão por à exaustão.

5 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Julgue os a/as destacados no texto abaixo e assinale a opção correta em relação àexistência de crase.

A sociedade brasileira, cada vez mais, quer conhecer e debater as políticas, planos eprogramas de desenvolvimento, previamente a (1) tomada de decisão pelo PoderPúblico e a (2) luz dos objetivos da sustentabilidade e da melhoria dos processos denegociação e de controle social. Essa discussão é orientada pela busca do melhor juízosobre a (3) defesa ambiental com vistas a (4) adoção de um processo de naturezanegocial, baseado numa abordagem de gestão pública compartilhada, que não deveestar restrita as (5) agências ambientais. Visa, também, à definição de espaçosadequados e permanentes para o diálogo de forma a (6) se antecipar aos potenciaisconflitos socioambientais associados as (7) propostas de desenvolvimento e a (8)redução de ações de intervenção que remetam as (9) decisões a (10) esfera doJudiciário.

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(http://www.planejamento.sp.gov.br/PUBLICACOES/Desenv_sustent_ambientais.pdf)

Devem ser acentuados com acento grave os a/as destacados com os números:

a) 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9

b) 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10

c) 3, 6, 9, 10

d) 1, 2, 4, 5, 7, 8, 10

e) 1, 2, 5, 6, 10

6 - (ESAF/MF – Processo Seletivo Interno/2008)

1. Pode parecer um paradoxo. A Constituição brasileira

de 1988 é a primeira Carta brasileira que inclui a

privacidade, o direito à intimidade e à vida privada,

como direitos fundamentais da cidadania. E, no entanto,

5. a sensação de que suas vidas particulares estão cada

vez mais ameaçadas nunca foi tão presente entre os

cidadãos. Nunca houve tanta inquietação, insegurança

e desconforto. Não se sabe mais quais os limites entre

o interesse público – governos e grandes empresas à

10. frente – e a privacidade de cada um. Parece inesgotável

esse interesse público. Parece chave que abre todas as

portas, até as mais íntimas.

O fato inafastável é que o século passado se caracterizou

como o século da expansão da democracia, das

15. garantias e dos direitos fundamentais, inclusive o

da privacidade. O século atual inicia como sendo o

século em que essas garantias estão sendo postas à

prova. Nesses casos, o interesse público do acesso a

informações, mesmo privadas, já vai se impondo ao

20. direito à privacidade. Em todo o mundo.

(Joaquim Falcão. O juiz e a privacidade. Correio Braziliense, 17 de abril de 2008,com adaptações)

Julgue o item a respeito das estruturas lingüísticas do texto.

- A ausência de artigo definido antes de “informações” (l.19) indica que essesubstantivo está se referindo à idéia de informação em geral, sem determinação.

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7 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006)

1. Na compreensão marxista de Estado, esse é um

mecanismo controlador dos cidadãos comuns, das

relações de propriedade, do regime de alternância dos

seus poderes políticos. É a concepção ideológica e

5. econômica do Estado que determina a concentração

de riqueza material e espiritual nas mãos de poucos

e condena a maioria da população à pobreza material

e a sobreviver sem escolas, sem instrução que lhes

possibilite ascensão social e sem educação que lhes

10. permita sair da dependência da elite dominadora. Esse

conceito tem caráter trágico e escatológico, pois prega

o fim do Estado como único modo de se construir uma

sociedade materialmente justa.

(Oscar d’Alva e Souza Filho)

Em relação ao texto, julgue os itens a seguir.

I - O sinal indicativo de crase em “à pobreza”(l.7) justifica-se pela regência de“condena” e pela presença de artigo feminino singular diante de “pobreza”.

II - A substituição de “a sobreviver”(l.8) por à sobrevivência mantém a correçãogramatical do período.

8 - (ESAF/AFT/2010)

1. A civilização industrial leva à concentração de poder

e ao declínio da liberdade individual, mas, ao mesmo

tempo, liberta os homens das piores formas de servidão,

do peso do trabalho alienante, tornando possível

5. imaginar um mundo de homens livres que conseguirão

a “liberdade do impulso criativo” – este é o verdadeiro

objetivo da reconstrução social. Por meio do aumento

dos padrões de conforto e acesso à informação, essa

civilização cria condições favoráveis para desafiar

10. radicalmente os velhos laços de autoridade.

Com base na norma gramatical da língua escrita, analise a proposta de alteração dotexto.

- No trecho “à concentração de poder e ao declínio da liberdade individual” (ℓ.1 e 2),substituir “à” por “a” e suprimir “ao”.

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9 – (ESAF/TRF/2000)

Assinale o segmento do texto em que há erro de paralelismo sintático.

a) Estão participando da operação em Barretos cerca de 18 auditores da Receita.Ainda fazem parte da equipe especialistas em programas de computadores paraacessar arquivos que possam conter dados importantes nas empresas.

b) Quanto aos documentos que forem recolhidos pelos agentes, todos serãoanalisados. Caso haja indício de sonegação, será instaurado processo no MinistérioPúblico.

c) Além da ação judicial, poderão ser feitas autuações nos estabelecimentos em queas irregularidades se comprovarem. O valor das autuações ainda não foi divulgadopelo delegado, mas ele garantiu que a cobrança pode ser retroativa.

d) Disse, ainda, que o escritório que cuida da contabilidade do clube OsIndependentes está acompanhando o caso ao lado da Receita Federal. Ele nãoacredita que a fiscalização da Receita Federal possa causar algum dano à imagem doclube.

e) O presidente do clube Os Independentes afirma não ter receio quanto àarrecadação de impostos e que achando normal a atitude dos auditores da ReceitaFederal. "Sabemos que eles estão fazendo isso com todas as entidades sem finslucrativos."

(Rogério Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptações)

10 – (ESAF/SEFAZ CE/2007)

Foram introduzidos erros morfossintáticos, de pontuação e/ou de falta de paralelismoem artigos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará. Analise oseguinte item.

- Deve o funcionário atender, prontamente, e na medida de sua competência, ospedidos de informação do Poder Legislativo e às requisições do Poder Judiciário.

(http://www.al.ce.gov.br/publicacoes/estatutocivis/estatuto/capitulo_2_t6.htm)

11 - (FCC / TRE MG – Analista Judiciário / 2005)

Justifica-se o sinal de crase em ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) Opõe-se o autor àqueles fundamentalistas que não admitem rever os resultados à que chegaram.

(B) Hawking dispôs-se à apresentar a um plenário de cientistas correções à sua teoriados buracos negros.

(C) A quem aspira às certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de trabalho,sempre sujeitas à alguma revisão.

(D)) Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas, que sempre souberam curvar-se às evidências de um equívoco.

(E) Fundamentalista é todo aquele que prefere às certezas dogmáticas às hipóteses sujeitas a verificação e a erro.

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12 - (ESAF/AFRE MG/2005)

1. Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores

do catolicismo, uniu a teologia à filosofia. Sua

contribuição para o estudo das taxas de juros, ainda

que involuntária, foi tremenda. Em suas Confissões, o

5. bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, conta que,

ainda adolescente, clamou a Deus que lhe concedesse

a castidade e a continência e fez uma ressalva

– ansiava por essa graça, mas não de imediato. Ele

admitiu que receava perder a concupiscência natural

10. da puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz

impecavelmente a urgência do ser humano em viver

o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de

adiar quanto puder a dor e arcar com as conseqüências

do desfrute presente – sejam elas de ordem

15. financeira ou de saúde. É justamente essa urgência

que explica a predisposição das pessoas, empresas

e países a pagar altas taxas de juros para usufruir o

mais rápido possível seu objeto de desejo.

(Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negócios, Revista Veja, 30/03/2005, p.90)

Julgue a afirmação a respeito do texto.

- Em virtude do paralelismo sintático, o acento grave, em “à filosofia” (l..2), poderiaser eliminado.

13 - (ESAF/MF – Processo Seletivo Interno/2008)

1. Construída uma ciência ou uma teoria científica,

mesmo com os maiores cuidados para garantir a

sua objetividade, existe sempre o risco de que esse

conhecimento científico possa ser usado de maneira

5.ideologicamente implementada.

Atualmente, um dos graves problemas que enfrenta

o cientista é o emprego ideológico e técnico de sua

produção. Isto está criando grande sensibilidade

não apenas nos países desenvolvidos, mas também

10. em países como o nosso, onde a pesquisa científica

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procura um lugar de destaque, mas também enfrenta o

risco de ser ideologicamente manipulada.

Mesmo sem renunciar a nossas ideologias particulares,

podemos ignorar ou reduzir as influências ideológicas

15. para produzir resultados cientificamente objetivos.

Todos conhecemos os benefícios que acarretam ao

homem a informática, a biotecnologia e a pesquisa

nuclear. Pode-se reduzir o esforço do trabalhador,

podem ser encontradas novas técnicas de alimentação

20. e consegue-se dominar doenças graves. Contudo

essas ciências e muitas outras podem ser usadas

para informatizar a guerra, criar o desemprego através

da robotização, produzir transtornos nas espécies

biológicas e auxiliar a construção de bombas.

(Adaptado de Carlos Lungarzo. O que é ciência, p. 83-84)

Assinale a opção incorreta a respeito das estruturas lingüísticas do texto.

- Preserva-se a coerência textual ao se suprimir o termo “homem”(l.17); mas, paraque seja preservada a correção gramatical, será necessário utilizar o acento indicativode crase em à informática, à biotecnologia e à pesquisa.

14 - (ESAF/AFC STN / 2008)

Assinale a opção em que o termo sublinhado está gramaticalmente correto.

O Brasil vem gradativamente progredindo no que diz respeito à(1) administrar o bempúblico. No século passado, estava arraigado à(2) comportamentos administrativosviciosos, aos quais(3) priorizavam os interesses do administrador e de quem mais lheconveniesse(4), ficando de lado a real finalidade do serviço público, que é servir o(5)público.

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

15 - (ESAF/AFC CGU/2006)

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no Brasil,o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa dogoverno federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania eSolidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai

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selecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo o país que estão contribuindopara o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como __2__erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da mortalidade infantil. Os ODMfazem parte de um compromisso assumido, perante __4__ Organização das NaçõesUnidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 metas sociais até o ano de 2015.

(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral daPresidência da República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006)

1 / 2 / 3 / 4 / 5

a) a / à / à / a / às

b) as / a / a / à / as

c) às / à / a / à / às

d) a / a / a / a / as

e) as / a / a / à / às

16 – (FCC / TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / 2004)

Uma das maiores causas de desigualdade social prende-se. .................................................................................... dificuldade de acesso ..... informação e qualificação, essenciais ...... conquista de um salário mais digno.

Para completar corretamente a frase, as lacunas devem ser preenchidas,respectivamente, por:

(A) à - à - à

(B) à - à - a

(C) à - a - a

(D) a - a - à

(E) a - à - à

17 - (ESAF/AFC STN/2005)

Assinale a opção que preenche de forma correta as lacunas do texto.

João Paulo II, com a acuidade de sua inteligência e a abrangência e profundidade desua vivência, cultura e saber, clamou com forte carisma, como verdadeiro herdeiro dosprofetas bíblicos, ____1____ perenidade e atualidade dos valores que nos foram transmitidos pelo povo da Aliança e levados ___2____ perfeição por Jesus Cristo, que revelou a vocação _____3____ transcendência da humanidade, seu sentido maior e definitivo. O hedonismo e o utilitarismo induzem ____4______ relativização do respeito _____5____ vida humana, em especial ____6_______ dos mais frágeis e indefesos.

(Paulo Leão, “A fé não teme a razão”, Folha de S. Paulo, 9/4/2005, com adaptações)

1 2 3 4 5 6

a) a à à a à à

b

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c) à à a a a à

d) à a a a a à

e) à a à a à à

18 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006)

Os primeiros imigrantes trazidos por empresas importadoras eram, em geral,obrigados __1__assinar contratos de parceria com o importador para trabalharem naslavouras do café do estado de São Paulo. O contratante adiantava __2__ despesas detransporte da Europa __3__ colônias e o necessário __4__subsistência inicial. Nascolônias, o imigrante recebia determinado número de pés de café para cultivar. Tinhadireito __5__ meação no resultado da venda.

(Sidnei Machado, http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/viewPDFInterstitial/1766/1463)

1 2 3 4 5

a) à as as à a

b) à às às à à

c) a as as a a

d) a às às a à

e) a as às à à

19 - (FCC / TRT 22ª Região – Auxiliar Judiciário / 2004)

Os dados comprovam que, de janeiro . ................................ julho deste ano, houve aumento na produção de veículos, em comparação com . ........................................... obtida no ano passado. As montadoras passaram ...... exportar uma parte dessa produção.

As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas por

(A) a - a - a

(B) à - à - a

(C) à - a - à

(D) a - à - a

(E) a - à - à

20 - (FCC / TRT 23ª Região - Analista Judiciário/ 2004)

Busca-se ...... muito tempo uma linguagem adequada ...... expressão das leis e ...... outras questões sociais.

As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por

(A) a - à - à

(B) há - a - a

(

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(E)) há - à - a

21 - (FGV/SEAD AP – Fiscal/2010)

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do fragmento a seguir:

O texto refere-se ______ teses antropológicas, cujos temas interessam ______ todos que se dispuserem ______ investigar a história do jeitinho brasileiro.

(A) as – à – à.

(B) às– a – à.

(C) às – a – a.

(D) as – à – a.

(E) às – à – a.

22 - (ESAF/ANEEL ANALISTA/2006)

Indique a opção que preenche com correção as lacunas numeradas no texto abaixo.

A colonização jamais correspondeu, entre nós, ...(1)... necessidades do trabalho; correspondeu sempre, sim, ...(2)... necessidade da produção, ou, mais realmente ànecessidade das colheitas, isto é, ...(3)... necessidades de dinheiro pronto e dedinheiro fácil, que é o que sustenta as culturas, nas regiões onde se encontramcolonos. No dia em que se abrir guerra ...(4)... ociosidade e se oferecerem garantias...(5)... gente do campo, afluirá para o trabalho remunerado grande parte dapopulação, hoje mantida ...(6)... da bondade alheia.

(Adaptado de Alberto Torres, “As fontes da vida no Brasil”. Rio, 1915, p. 47)

(1) (2) (3) (4) (5) (6)

a) às a às a a a custas da

b) às à as à a às custas da

c) as à as a à a custas da

d) a a às à a a custa da

e) a à às à à à custa da

23 - (ESAF/TRF/2006)

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo.

Na próxima reunião de cúpula do Mercosul, no fim do ano, os diplomatas esperamsacramentar ___1___ regulamentação para acabar com a burocracia nas aduanas,para a passagem de produtos hoje sujeitos ___2___ alíquota zero na tarifa deimportação comum. É o primeiro passo para estender progressivamente a liberalizaçãodo trânsito de produtos ___3___ outros importados, esses sujeitos a pagamento detarifas. A maior resistência ___4___ liberalização vem do Paraguai, pela dependênciado país em relação ___5___ receitas das alfândegas – 40% do total arrecadado peloTesouro local. Os europeus já ofereceram a sua experiência aos países do Cone Sul,para tentar remover as resistências e obstáculos ___6___ integração das alfândegas.

(Sergio Leo, Valor Econômico,12/09/2005)

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1 2 3 4 5 6

a) a a a a as a

b) à à a à às a

c) a a à a as a

d) à à à a as a

e) a a a à às à

24 - (ESAF/Fiscal do Pará/2002)

Assinale a opção que preenche as lacunas de forma gramaticalmente correta.

No que diz respeito ____ taxa de inflação, ainda que os resultados estejam longe dameta (mais de 7% ante ____ meta de 4%), é preciso reconhecer que diante dosacontecimentos de 2001 não se trata de um mau resultado. Todos sabemos que os“choques de oferta” não se prestam ____ ser controlados facilmente pela manipulaçãoda taxa de juros e que freqüentemente, quando ocorre um choque é melhor encontrarum caminho mais longo para retornar ____ meta do que forçar uma volta rápida commaiores custos em matéria de crescimento.

(Antonio Delfim Netto)

a) à – a – a – à

b) a – à – à – a

c) à – a – à – a

d) a – a – a – a

e) a – a – à – a

25 - (ESAF/MPOG – APO/2010)

A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras está cada vezmais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em número e modificamos quasetodo o planeta. Graças aos avanços científicos, tomamos consciência de que nossasobrevivência na Terra está fortemente ligada a(2) sobrevivência das outras espécies eque nossos atos, relacionados a(3) alterações no planeta, podem colocar em risconossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao desenvolvimento científico, temos ocrescimento econômico que nem sempre esteve preocupado com questões ambientais.

O que se almeja é o desenvolvimento sustentável, que é aquele viáveleconomicamente, justo socialmente e correto ambientalmente, levando emconsideração não só as(4) nossas necessidades atuais, mas também as(5) dasgerações futuras, tanto nas comunidades em que vivemos quanto no planeta como umtodo.

(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável: ocrescimento econômico e o meio ambiente. Disponível emhttp://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008)

Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da LínguaPortuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase em

a) 1, 2 e 3

b) 1 e 2

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c) 1, 3 e 5

d) 2 e 4

e) 3, 4 e 5

26 - (ESAF/AFC STN/2005)

Analise a correção gramatical do trecho abaixo.

- Perante a sociedade limitada, a responsabilidade do administrador cedente só poderáser perquirida em face a pesquisa sobre culpa ou má gestão.

27 - (ESAF/AFC STN/2005)

Aponte a opção que completa com correção gramatical o espaço em branco.

Para que a cessão de quotas nas sociedades limitadas possa gerar efeitos, inclusive deresponsabilidade, é necessária sua averbação no contrato social da sociedade, bemcomo seu registro na Junta Comercial, pelos sócios ou por quem de direito. Casocontrário, a medida não terá eficácia _____________________

a) perante os sócios e à sociedade.

b) face os sócios e a sociedade.

c) ante esses e aos terceiros.

d) quanto a esses e à sociedade.

e) frente aos terceiros e frente a sociedade.

28 - (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005)

Analise o segmento em relação à organização sintática, emprego dos sinais depontuação e propriedade no uso dos vocábulos.

- Ética dos políticos soa, para a maioria de nossos concidadãos, como um oxímoro.Seria uma ética com desconto, deficitária, complacente, ante à verdadeira ética: a davida privada.

29 - (ESAF/AFC CGU/2004)

1. O que leva um compositor popular consagrado, uma glória da MPB, a escreverromances? Para responder a essa pergunta, convém lembrarmos algumascaracterísticas da personalidade de Chico Buarque de Holanda. Primeiro, a fortepresença de um pai que, além de ser um historiador notável, era um fino crítico 5.literário. Depois, o fato de Chico ter se dado conta de que sua genial produçãomusical não bastava para dizer tudo que ele tinha a nos dizer.

Não se pode dizer que o que o Chico nos diz nos romances não tem nada a ver com oque ele passa aos seus ouvintes através das suas canções. No recém-lançadoBudapeste, por exemplo, eu, pessoalmente, vejo um clima de bem-humorada 10.resignação do personagem com suas limitações, um clima que me parece queencontrei, em alguns momentos, na sua obra musical. Uma coisa, porém, são asimagens sugestivas das canções; outra é a complexa construção de um romance. A

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distância entre ambas talvez pudesse ser comparada àquela que vai das delicadas erústicas capelas românicas às imponentes catedrais góticas.

15. Chico Buarque percorreu esse caminho com toda a humildade de quem queriaaprender a fazer melhor, mas também com a autoconfiança de quem sabia que podiase tornar um mestre romancista.

Valeu a pena. A autodisciplina lhe permitiu mergulhar mais fundo na confusão danossa realidade, nas ambigüidades do nosso tempo. A ficção, às vezes, possibilita uma 20. percepção mais aguda das questões em que estamos todos tropeçando. No casodeste romance mais recente de Chico Buarque, temos um rico material pararepensarmos, sorrindo, o problema da nossa identidade: quem somos nós, afinal?

(Leandro Konder, Jornal do Brasil, 18/10/2003)

Analise a proposição abaixo.

- O sinal indicativo de crase em “àquela que vai das delicadas...” (l.13) é opcional.

30 - (ESAF/AFRF/2005)

O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em que passa adispor-se a máquina mudasse completamente de configuração. Entretanto, talmudança obedece a certas coordenadas que começam a ser pensadas já na antigaGrécia, que novamente se relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, apartir de Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde então, entende-se usualmente averdade como sendo o resultado de uma adequação, ou seja, a verdade pode serconstatada sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincidacom esse objeto.

(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)

Analise a afirmação a respeito do uso das estruturas lingüísticas do texto.

- Tanto a supressão da preposição no termo “a certas coordenadas” (l.3) como suasubstituição por às preservam as relações de sentido e respeitam as regras deregência verbal.

31 - (ESAF/SEFAZ SP/2009)

Em relação ao texto, analise a proposição abaixo.

1. A invasão israelense intensifica o ambiente de privações

e ameaças à integridade física em que vivem os

habitantes de Gaza. Além dos intensos bombardeios

aéreos, que mataram centenas de palestinos – entre

5. eles várias mulheres e crianças –, faltam víveres e

medicamentos, e os cortes no fornecimento de água e

luz são constantes.

Ao que consta, pois Israel impede a entrada da imprensa

no território invadido, o objetivo inicial da ação terrestre é

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10. isolar o norte da faixa litorânea, de onde parte a maioria

dos ataques com foguetes contra o sul israelense, do

restante do território palestino. A cidade de Gaza, com

mais de 400 mil habitantes, foi sitiada.

Além dos intoleráveis danos, humanos e materiais,

15. que impõe aos palestinos, o estrangulamento militar

desfechado por Israel está repleto de incertezas quanto

à sua eficácia.

(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009)

- O sinal indicativo de crase em “à integridade”(ℓ.2) justifica-se pela regência de“intensifica”(ℓ.1) e pela presença de artigo definido feminino singular.

32 – (ESAF/TRF/2006)

Os trechos abaixo compõem seqüencialmente um texto.

Assinale a opção em que o segmento está de acordo com as exigências da normaescrita padrão.

a) As pressões sobre o preço do petróleo se renovam. A cotação do produto voltou àsubir nos últimos dias, refletindo, sobretudo, o temor de que, prejudicada pelo impactodos furacões Katrina e Rita, a capacidade de refino dos EUA se revele insuficiente paraatender à demanda.

b) A alta do petróleo já se estende por um bom tempo. Analistas e instituições, como oFMI, manifestaram várias vezes surpresa com o fato de que, até o momento, ocrescimento da economia global se viu muito pouco afetado pelo encarecimento de umproduto tão estratégico.

c) Alguns fatores capazes de efetivamente atenuar o impacto da alta do petróleo estãopresentes. Desde fins da década de 70, quando eclodiu a chamada segunda crise dopetróleo, houve esforços importantes de economia do combustível, seja por meio deuma maior eficiência no seu consumo, sejam por meio de sua substituição por outrasfontes de energia.

d) Com isso – e a despeito de certo relaxamento nesse esforço de conservação deenergia fóssil na década de 90, quando o preço do produto chegou à níveis bastantebaixos –, o consumo de petróleo por unidade do PIB mundial caiu muito,comparativamente à década de 70.

e) Ainda assim, a intensidade da alta da cotação e a duração do período de petróleo“caro” justifica as dúvidas em relação à permanência do dinamismo da economiamundial. Até porque essa alta pode se estancar, mas, dada a demora para a expansãoda oferta, uma queda expressiva e rápida do preço do petróleo não é esperada.

(Itens adaptados de Folha de S. Paulo, 02/10/2005, Editorial)

33 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006)

Analise a correção gramatical do item abaixo.

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- O primeiro interesse dos espanhóis e portugueses pela América foi o ouroacumulado. A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou à Portugal amanutenção da colônia, ameaçada de ocupação. Nesse período, somente a ocupaçãorepresentava verdadeiro domínio. Por outro lado, os gastos de defesa eram bastanteelevados.

34 - (FCC / TRT 22ª Região – Analista Judiciário / 2004)

Quanto ao uso, ou não, do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Acaba de chegar a América um grupo de sudaneses, à que se darão diferentesdestinos, certamente à revelia desses jovens, que chegaram como refugiados.

(B) O autor supõe que, tendo em vista à quantidade de leis às quais deverãoobediência, os jovens refugiados passarão por poucas e boas, até a completaadaptação.

(C)) As normas da tribo, às quais faz o autor referência, são poucas e implícitas, visamà boa prática de valores consensuais, e não a uma mera catalogação de obrigações.

(D) A angústia a que submeteremos esses jovens dever-se-á não apenas à essaquantidade de leis, mas sobretudo à maneira artificial pela qual pretendem aplicar-se àrealidade.

(E) Quando à cada nova obrigação miúda corresponder uma nova norma, não haverácomo pôr termo a inchação dos códigos, à uma sempre crescente lenga-lenga de leis.

35 - (FGV/CODESP – Nível Médio/2010)

Em “...devido à proximidade com o Porto de Santos...” , empregou-secorretamente o acento indicativo do fenômeno da crase.

Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) O horário de trabalho é das 8h às 18h, de segunda a sábado.

(B) Fomos à Santos da modernidade portuária.

(C) Estávamos face à face com o perigo.

(D) Ele sempre compra à vista.

(E) Preferimos nosso filé à Osvaldo Aranha.

36 - (FGV/PREF.CAMPINAS – Coordenador Pedagógico/2008)

“Descartes não dá mais conta de atender à complexidade do caos.” (L.35-36)

Na frase acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido.

(A) Fomos à Campinas dos nossos antepassados.

(B) O curso acontecerá de segunda à sexta.

(C) Esperávamos chegar à casa dos nossos amigos antes do pôr-do-sol.

(D) Não poderíamos deixar que tudo ficasse à custa dele.

(E) Antes de ir à Espanha, passei por Portugal.

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37 - (FGV/MEC/2008)

“O movimento altermundialista deverá também responder à nova situação mundialnascida da crise escancarada da fase neoliberal da globalização capitalista.” (L.14-17)

No trecho acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase.Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido.

(A) Eles visaram à premiação no concurso.

(B) Sempre nos referimos à Florianópolis dos açorianos.

(C) Nossos cursos vão de 8h às 18h.

(D) A solução foi sair à francesa.

(E) Fizemos uma longa visita à casa nova dos nossos amigos.

38 - (ESAF/TCE ES/2001)

A parte racional e a parte irracional da alma estão em permanente conflito econtradição uma com a outra. Se a virtude não pertence apenas ao mundo da razão enão é, portanto, uma ciência una, invariável, absoluta, ela pode ser múltipla, mutantee até mesmo falsa. Mais ainda: se as virtudes estão relacionadas com as ações e aspaixões, conforme afirma Aristóteles, estes movimentos e estas paixões são um dadoda natureza humana. Não é em razão daquilo que sentimos que somos julgados bonsou maus. Isso seria um absurdo, pois os sentimentos estão inscritos em nossoaparelho psíquico, e não podemos deixar de senti-los. Ninguém se encolerizaintencionalmente. Ora, a qualificação bom /mau supõe que aquele que assim julgaescolheu agir assim. Um homem não escolhe as paixões. Ele não é então responsávelpor elas, mas somente pelo modo como faz com que elas se submetam à sua ação. Édeste modo que os outros o julgam sob o aspecto ético, isto é, apreciando seu caráter.

(Adauto Novaes)

Julgue o item abaixo, em relação à estrutura do texto.

- O emprego do sinal indicativo de crase em "à sua"(l.14) é obrigatório.

39 - (FGV/SSP RJ – INSPETOR/2008)

Sonhos sonhos são

Negras nuvens

Mordes meu ombro em plena turbulência

Aeromoça nervosa pede calma

Aliso teus seios e toco

5. Exaltado coração

Então despes a luva para eu ler-te a mão

E não tem linhas tua palma

Sei que é sonho

Incomodado estou, num corpo estranho

10. Com governantes da América Latina

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Notando meu olhar ardente

Em longínqua direção

Julgam todos que avisto alguma salvação

Mas não, é a ti que vejo na colina

15. Qual esquina dobrei às cegas

E caí no Cairo, ou Lima, ou Calcutá

Que língua é essa em que despejo pragas

E a muralha ecoa

Em Lisboa

20. Faz algazarra a malta em meu castelo

Pálidos economistas pedem calma

Conduzo tua lisa mão

Por uma escada espiral

E no alto da torre exibo-te o varal

25. Onde balança ao léu minh’alma

Em Macau, Maputo, Meca, Bogotá

Que sonho é esse de que não se sai

E em que se vai trocando as pernas

E se cai e se levanta noutro sonho

30. Sei que é sonho

Não porque da varanda atiro pérolas

E a legião de famintos se engalfinha

Não porque voa nosso jato

Roçando catedrais

35. Mas porque na verdade não me queres mais

Aliás, nunca na vida foste minha

(Chico Buarque)

No verso 15, às cegas recebe acento indicativo de crase por se tratar de expressãoadverbial feminina.

Assinale a alternativa em que ocorra inadequação à norma culta no tocante à presençaou à falta do acento grave.

(A) A prova será aplicada das 9h às 11h.

(B) Sempre me refiro à Ipanema da minha infância.

(C) Quando os tripulantes do navio chegaram a terra, todos ficaram aliviados.

(D) A secretaria funcionará de segunda à sexta.

(E) Ele vive à custa da esposa.

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40 – (ESAF/MPOG – EPPGG/2009)

1. É próprio das grandes crises despertar o potencial

criativo dos governos para reduzir-lhes os efeitos e, se

possível, contorná-las. No Brasil, a utilização de meios

inovadores para conter consequências mais dramáticas

dos graves desacertos nas finanças internacionais

5. prodigalizou, também, lições úteis a mudanças

futuras na política econômico-financeira. Resta agora

evidente que o alívio da carga tributária e das taxas de

juros, medida adotada a fim de enfrentar a conjuntura

adversa, é necessário, como instrumento eficaz,

10. para assegurar dinamismo à atividade econômica.

A decisão de maior impacto favorável ao desempenho

do setor industrial se configurou na redução de 10,25%

ao ano para 4,5% nos juros cobrados pelo BNDES na

aquisição e produção de máquinas e equipamentos.

15. Trata-se de taxa real zero, se comparada ao mesmo

percentual previsto na meta de inflação para este ano.

Em patamares variáveis, 70 produtos industrializados

passarão a pagar menos IPI. Aí está outro benefício

carregado de impulso ao avanço da economia.

(Correio Braziliense, Editorial, 01/07/2009)

Em relação ao uso das estruturas linguísticas no texto, analise a seguinte proposição.

- Estaria gramaticalmente correto se em “a pagar” (l. 19) fosse colocado sinalindicativo de crase.

41 – (ESAF/AFRFB/2009)

Assinale a opção correta em relação ao texto.

1.O número de brasileiros com acesso à internet em

sua residência vem crescendo em ritmo cada vez

mais veloz. No início do ano passado, o Brasil tinha 14

milhões de usuários residenciais da rede mundial de

5. computadores. Em fevereiro de 2008, os internautas

residenciais do País somavam 22 milhões de pessoas

– mais 8 milhões, ou 57%.

Esses números tornam a internet o segundo meio de

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comunicação mais abrangente do Brasil, atrás apenas

10. da televisão. Chegou-se a dizer que esse é um meio

elitizado, utilizado apenas pelas classes A e B. Mas

uma pesquisa mostra que as classes C e D utilizam

amplamente a internet.

No ano passado, os brasileiros compraram mais

15. computadores (10,5 milhões de unidades) do que

televisores. As vendas continuam a crescer em 2008, o

que justifica previsões de que, no fim do ano, haverá 45

milhões de internautas no País.

(Texto de O Estado de S. Paulo, 9/4/2008)

a) A eliminação de “do” em “do que televisores”(ℓ.15 e 16) mantém a correçãogramatical do período.

b) Em “Chegou-se”(ℓ.10), o “-se” indica voz passiva.

c) O termo “Mas”(ℓ.11) insere no texto uma relação de comparação.

d) O emprego de sinal indicativo de crase em “à internet” (ℓ.1) justifica-se pelaregência de “brasileiros”.

e) A presença de preposição em “previsões de que” (ℓ.17) decorre da regência de“justifica”.