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PROFESSOR boletim do LÍNGUA PORTUGUESA entrevista Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade o programa O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE resultados Os resultados alcançados em 2016 ISSN 1982-7644 >>> SPAECE-Alfa 2016 Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

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PROFESSORboletim do

LÍNGUA PORTUGUESA

entrevista

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

o programa

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 1982-7644

>>> SPAECE-Alfa 2016Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

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ISSN 1982-7644

PROFESSORboletim do

>>> SPAECE-Alfa 2016Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

LÍNGUA PORTUGUESA

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FICHA CATALOGRÁFICA

CEARÁ. Secretaria da Educação.

SPAECE-Alfa – 2016 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Revista do Professor - Língua Portuguesa.

ISSN 1982-7644

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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GOVERNADORCAMILO SOBREIRA DE SANTANA

VICE-GOVERNADORAMARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO

SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO ANTONIO IDILVAN DE LIMA ALENCAR

SECRETÁRIA ADJUNTA DA EDUCAÇÃOMÁRCIA OLIVEIRA CAVALCANTE CAMPOS

SECRETÁRIA EXECUTIVARITA DE CÁSSIA TAVARES COLARES

ASSESSORIA INSTITUCIONALDANIELLE TAUMATURGO DIAS SOARES

COORDENADORIA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA EDUCAÇÃO

COORDENADORLUCIANO NERY FERREIRA FILHO

CÉLULA DE GESTÃO DE DADOS E AVALIAÇÃO

ORIENTADORJOSÉ ANDERSON DA SILVA ARAÚJO

EIXO DE AVALIAÇÃO EXTERNAANA PAULA PEQUENO MATOS

ASSESSORIA TÉCNICAROSÂNGELA TEIXEIRA DE SOUSA

EQUIPE TÉCNICA

GEANNY DE HOLANDA OLIVEIRA DO NASCIMENTOPHILIPE AZEVEDO DE ARAÚJO

REVISÃO

ELIS DENISE LÉLIS DOS SANTOS

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage

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sumário

resultados25 Os resultados alcançados em 2016

27 Roteiros de leitura e análise de resultados

padrões e itens42 Padrões de desempenho

43 2º ano do Ensino Fundamental

sugestões pedagógicas53 Sugestões para a prática pedagógica

7 apresentação

entrevista9 Título entrevista.

o programa13 O Sistema Permanente de Avaliação da

Educação Básica do Ceará – SPAECE-Alfa

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apresentação

P rofessor, este boletim é para você. Pensado

e feito para possibilitar seu uso no cotidiano

pedagógico. Nele, você encontra os resultados da

sua escola no SPAECE-Alfa 2016. Com esses resul-

tados, você obtém um diagnóstico do desempe-

nho de seus estudantes nos testes de proficiência.

A partir disso, potencialidades e fragilidades podem

ser identificadas no processo de ensino e aprendi-

zagem, permitindo uma ampla reflexão sobre as

práticas pedagógicas.

Inicialmente, apresentamos o SPAECE-Alfa e

as informações que o constituem: os dados for-

necidos pela avaliação, bem como os dados da

realidade escolar, os quais compõem esse grande

cenário que é o Sistema Permanente de Avaliação

da Educação Básica do Ceará.

A partir de uma análise do panorama do sistema

de avaliação, desde sua criação, no ano de 2007,

até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015,

apresentamos os dados do programa, dando ênfa-

se aos ganhos experimentados pela rede estadual

e redes municipais de ensino no que diz respeito

aos resultados.

Em seguida, oferecemos a você um roteiro que

pode ajudá-lo a ler e a compreender as informa-

ções produzidas pelo SPAECE-Alfa, de modo que

você possa utilizá-las para sistematizar estratégias

para a melhora do desempenho dos estudantes.

Esse roteiro propõe algumas atividades, cujo obje-

tivo é fornecer ferramentas que permitam a inter-

pretação pedagógica dos resultados.

Além dos resultados obtidos nos testes realiza-

dos pelos estudantes, você tem acesso a um in-

dicador de qualidade – o Índice de Desempenho

Escolar (IDE).

Por fim, apresentamos sugestões para a prática

pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-

zação dos resultados da avaliação, para que ações

pedagógicas sejam planejadas e executadas em

sua escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu

intuito não é outro senão incentivá-lo a tratar os

dados da avaliação como parte do projeto políti-

co-pedagógico da escola.

Nosso compromisso é oferecer a você uma

visão geral da avaliação externa e dos resultados

obtidos por sua escola no SPAECE-Alfa. Esses re-

sultados devem ser amplamente debatidos, com

o envolvimento de toda a comunidade escolar.

Esperamos que este material atinja esse propósito.

Boa leitura!

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 7

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Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio Idilvan de Lima Alencar ocupa

o cargo de secretário estadual da Educação (Seduc) desde abril de 2016.  Nessa

mesma pasta, ele também já atuou como secretário executivo e adjunto, no pe-

ríodo de 2007 a 2015.

Em fevereiro de 2017, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Secretários

de Educação (Consed). Em março desse ano, tomou posse como membro do

Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). Entre feverei-

ro de 2015 a abril 2016, assumiu a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvi-

mento da Educação (FNDE).

Auditor da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, foi coordenador de Arre-

cadação Estadual, entre os anos de 2001 a 2003. No período de 2003 a 2006, na

Secretaria de Planejamento do Estado do Ceará, integrou a equipe de coordena-

ção da Reestruturação e Redesenho de Processo das Secretarias Estaduais (Saúde,

Educação, Fazenda, Ação Social, Justiça e Segurança Pública).

Idilvan Alencar é graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Fortaleza

(Unifor) e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pelo Centro de Po-

líticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora

(CAEd/UFJF). Especializou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Vale

do Acaraú (UVA) / Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Possui ainda mais duas

especializações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV): a primeira em Política e Ad-

ministração Tributária; e a segunda em Marketing.

Antonio Idilvan de Lima Alencar

Secretário da Educação

entrevista

O trabalho focado em evidências no Ceará efetivou-se a partir do pacto en-

tre os entes públicos: estado e municípios juntos no direito de aprender

puseram em prática, e ainda põem, esforços substanciais para melhoria da qua-

lidade da educação. O atual secretário de Estado comenta as ações, exaltando

o papel de cada um nesse processo de mudança.

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

O Sistema Permanente de Avalia-

ção da Educação Básica do Ceará, o

SPAECE, é um dos sistemas próprios

mais antigos do país. Como ele vem

contribuindo para a qualidade da

educação ofertada na rede pública

de ensino do estado, composta pela

rede estadual e pelas redes munici-

pais, ao longo desses anos?

Secretário: O estado do Ceará, nos

últimos anos, vem se destacando na

melhoria dos indicadores educacio-

nais. Um dos instrumentos funda-

mentais que revela esses indicadores

é a nossa avaliação em larga escala,

o SPAECE. A partir dessa avaliação ex-

terna, diversos olhares voltam-se para

os resultados do desempenho dos

nossos alunos, ou seja, gestores, pro-

fessores, alunos, pais e sociedade in-

quietam-se em busca da melhoria da

qualidade de ensino no nosso estado.

A avaliação das redes municipais

é um diferencial em relação a outros

sistemas próprios, para diagnóstico e

monitoramento da oferta educacio-

nal. Como vocês sistematizam as de-

volutivas e, principalmente, mapeiam

as ações pró-melhoria dessas redes?

E da rede estadual?

Secretário: A avaliação das redes

municipais tornou-se um diferencial

desde 2007, quando o governo do

estado tornou pública a problemática

do analfabetismo escolar no Ceará e

fortaleceu um regime de colaboração

e protagonismo municipal. Não se po-

dia fechar os olhos para as evidências

apresentadas no ensino fundamental

e pensar somente na etapa de ensino

que é responsabilidade legal da rede

estadual, o ensino médio. Assim, o

governo do estado assumiu a missão

de colaborar, de contribuir para a me-

lhoria da aprendizagem das crianças

cearenses. Para isso, a Seduc [Secre-

taria da Educação] foi estruturada em

coordenadorias e células para fi ns de

operacionalização de ações, junto às

Coordenadorias Regionais de Desen-

volvimento da Educação (Credes),

em busca da equidade e melhoria da

educação pública do Ceará. Apresen-

tamos, com transparência, os nossos

resultados educacionais, tanto os po-

sitivos quanto os negativos. A partir

daí, trabalhamos com determinação e

cooperação com as escolas públicas,

dando apoio pedagógico e fi nanceiro

para as escolas que se destacam, bem

como para as escolas que não conse-

guem atingir bons resultados.

8 SPAECE-Alfa 2016

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Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio Idilvan de Lima Alencar ocupa

o cargo de secretário estadual da Educação (Seduc) desde abril de 2016.  Nessa

mesma pasta, ele também já atuou como secretário executivo e adjunto, no pe-

ríodo de 2007 a 2015.

Em fevereiro de 2017, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Secretários

de Educação (Consed). Em março desse ano, tomou posse como membro do

Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). Entre feverei-

ro de 2015 a abril 2016, assumiu a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvi-

mento da Educação (FNDE).

Auditor da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, foi coordenador de Arre-

cadação Estadual, entre os anos de 2001 a 2003. No período de 2003 a 2006, na

Secretaria de Planejamento do Estado do Ceará, integrou a equipe de coordena-

ção da Reestruturação e Redesenho de Processo das Secretarias Estaduais (Saúde,

Educação, Fazenda, Ação Social, Justiça e Segurança Pública).

Idilvan Alencar é graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Fortaleza

(Unifor) e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pelo Centro de Po-

líticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora

(CAEd/UFJF). Especializou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Vale

do Acaraú (UVA) / Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Possui ainda mais duas

especializações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV): a primeira em Política e Ad-

ministração Tributária; e a segunda em Marketing.

Antonio Idilvan de Lima Alencar

Secretário da Educação

entrevista

O trabalho focado em evidências no Ceará efetivou-se a partir do pacto en-

tre os entes públicos: estado e municípios juntos no direito de aprender

puseram em prática, e ainda põem, esforços substanciais para melhoria da qua-

lidade da educação. O atual secretário de Estado comenta as ações, exaltando

o papel de cada um nesse processo de mudança.

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

O Sistema Permanente de Avalia-

ção da Educação Básica do Ceará, o

SPAECE, é um dos sistemas próprios

mais antigos do país. Como ele vem

contribuindo para a qualidade da

educação ofertada na rede pública

de ensino do estado, composta pela

rede estadual e pelas redes munici-

pais, ao longo desses anos?

Secretário: O estado do Ceará, nos

últimos anos, vem se destacando na

melhoria dos indicadores educacio-

nais. Um dos instrumentos funda-

mentais que revela esses indicadores

é a nossa avaliação em larga escala,

o SPAECE. A partir dessa avaliação ex-

terna, diversos olhares voltam-se para

os resultados do desempenho dos

nossos alunos, ou seja, gestores, pro-

fessores, alunos, pais e sociedade in-

quietam-se em busca da melhoria da

qualidade de ensino no nosso estado.

A avaliação das redes municipais

é um diferencial em relação a outros

sistemas próprios, para diagnóstico e

monitoramento da oferta educacio-

nal. Como vocês sistematizam as de-

volutivas e, principalmente, mapeiam

as ações pró-melhoria dessas redes?

E da rede estadual?

Secretário: A avaliação das redes

municipais tornou-se um diferencial

desde 2007, quando o governo do

estado tornou pública a problemática

do analfabetismo escolar no Ceará e

fortaleceu um regime de colaboração

e protagonismo municipal. Não se po-

dia fechar os olhos para as evidências

apresentadas no ensino fundamental

e pensar somente na etapa de ensino

que é responsabilidade legal da rede

estadual, o ensino médio. Assim, o

governo do estado assumiu a missão

de colaborar, de contribuir para a me-

lhoria da aprendizagem das crianças

cearenses. Para isso, a Seduc [Secre-

taria da Educação] foi estruturada em

coordenadorias e células para fi ns de

operacionalização de ações, junto às

Coordenadorias Regionais de Desen-

volvimento da Educação (Credes),

em busca da equidade e melhoria da

educação pública do Ceará. Apresen-

tamos, com transparência, os nossos

resultados educacionais, tanto os po-

sitivos quanto os negativos. A partir

daí, trabalhamos com determinação e

cooperação com as escolas públicas,

dando apoio pedagógico e fi nanceiro

para as escolas que se destacam, bem

como para as escolas que não conse-

guem atingir bons resultados.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9

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A mobilização se faz em conjunto, em equipe, para

que todas as crianças estejam

durante o ano letivo em sala

de aula, obtendo resultados

satisfatórios em cada etapa de aprendizagem.

Até 2007, o SPAECE avaliava o 5º

e 9º anos do ensino fundamental. A

partir desse ano, a alfabetização, com

ênfase no 2º ano, e todo o ensino

médio passaram a ser avaliados. Quais

foram os motivos dessa ampliação?

Com quase 10 anos de avaliação, é

possível ponderar sobre o uso efetivo

dos resultados para a melhoria sistê-

mica dessas etapas?

Secretário: Por se tornar censitário e

universal, o SPAECE conseguiu subsidiar

políticas públicas determinantes para o

estado do Ceará. Temos, como exem-

plo, o Programa Alfabetização na Idade

Certa (PAIC), o MAIS PAIC, o Prêmio Es-

cola Nota 10, o Programa Aprender pra

Valer, entre outros. Mas, o uso efetivo

dos resultados de cada etapa de ensino

é o que dinamiza e movimenta as dis-

cussões nas nossas instituições educa-

cionais. Para além disso, esses resulta-

dos induzem uma refl exão no contexto

escolar, e passam a ser ponto de par-

tida para uma tomada de decisão em

relação às práticas pedagógicas. Des-

sa forma, acredito que os educadores

cearenses possam ter mais ferramentas

para criarem intervenções em prol da

melhoria dos padrões de desempenho

dos nossos alunos.

Na avaliação, o Ceará atinge boa

participação em todos os anos ava-

liados. Como vocês mobilizam a rede

pública para tanto?

Secretário: A mobilização se faz

em conjunto, em equipe, para que to-

das as crianças estejam durante o ano

letivo em sala de aula, obtendo resul-

tados satisfatórios em cada etapa de

aprendizagem. Nós transformamos a

comunicação em elo forte! Todos se

envolvem: Seduc, Credes, municípios,

escolas e família dos alunos. Trazer o

aluno para a escola passa ser a tarefa

central dos atores envolvidos com a

educação no Ceará.

O que vocês esperam para os pró-

ximos ciclos avaliativos? Como pre-

tendem utilizar os dados coletados

pelos instrumentos em uso: os testes

de desempenho e os questionários

contextuais?

Secretário: Para os próximos ciclos

avaliativos, daremos continuidade ao

trabalho na busca de sempre melho-

rar os indicadores educacionais do es-

tado do Ceará. Os dados coletados no

SPAECE fomentaram outra proposta

de avaliação, a avaliação diagnóstica.

Implantamos, nesse ano, essa avalia-

ção nas escolas estaduais. Para com-

posição e formatação da prova, foram

selecionados descritores de língua

portuguesa e matemática que apre-

sentaram baixos níveis de domínios.

Isso nos auxiliará num diagnóstico

mais preciso, que aliado a estratégias

mais direcionadas, possibilitará a reso-

lução das difi culdades de aprendiza-

gem dos nossos alunos.

Senhor secretário, deixe um reca-

do para os profi ssionais da rede pú-

blica de ensino do Ceará, compro-

missados com a garantia do direito à

aprendizagem.

Secretário: Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e reve-

rência de toda a nossa sociedade.

Na trajetória da história da educação

pública cearense, esses atores são os

protagonistas principais e insubstituí-

veis, que colaboram efetivamente e

incansavelmente para a mudança do

nosso quadro educacional. Se hou-

ve melhorias na linha do tempo nos

nossos indicadores, devemos a todos

os que se empenham com compro-

misso e esperança na educação públi-

ca, acreditando, veementemente, na

potencialidade dos nossos alunos e

alunas cearenses. Então, reforço jun-

to a todos os atores educacionais que

acreditem no valor da sua profi ssão

através da qualidade do seu trabalho

educativo!

Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e

reverência de toda a nossa sociedade.

10 SPAECE-Alfa 2016

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A mobilização se faz em conjunto, em equipe, para

que todas as crianças estejam

durante o ano letivo em sala

de aula, obtendo resultados

satisfatórios em cada etapa de aprendizagem.

Até 2007, o SPAECE avaliava o 5º

e 9º anos do ensino fundamental. A

partir desse ano, a alfabetização, com

ênfase no 2º ano, e todo o ensino

médio passaram a ser avaliados. Quais

foram os motivos dessa ampliação?

Com quase 10 anos de avaliação, é

possível ponderar sobre o uso efetivo

dos resultados para a melhoria sistê-

mica dessas etapas?

Secretário: Por se tornar censitário e

universal, o SPAECE conseguiu subsidiar

políticas públicas determinantes para o

estado do Ceará. Temos, como exem-

plo, o Programa Alfabetização na Idade

Certa (PAIC), o MAIS PAIC, o Prêmio Es-

cola Nota 10, o Programa Aprender pra

Valer, entre outros. Mas, o uso efetivo

dos resultados de cada etapa de ensino

é o que dinamiza e movimenta as dis-

cussões nas nossas instituições educa-

cionais. Para além disso, esses resulta-

dos induzem uma refl exão no contexto

escolar, e passam a ser ponto de par-

tida para uma tomada de decisão em

relação às práticas pedagógicas. Des-

sa forma, acredito que os educadores

cearenses possam ter mais ferramentas

para criarem intervenções em prol da

melhoria dos padrões de desempenho

dos nossos alunos.

Na avaliação, o Ceará atinge boa

participação em todos os anos ava-

liados. Como vocês mobilizam a rede

pública para tanto?

Secretário: A mobilização se faz

em conjunto, em equipe, para que to-

das as crianças estejam durante o ano

letivo em sala de aula, obtendo resul-

tados satisfatórios em cada etapa de

aprendizagem. Nós transformamos a

comunicação em elo forte! Todos se

envolvem: Seduc, Credes, municípios,

escolas e família dos alunos. Trazer o

aluno para a escola passa ser a tarefa

central dos atores envolvidos com a

educação no Ceará.

O que vocês esperam para os pró-

ximos ciclos avaliativos? Como pre-

tendem utilizar os dados coletados

pelos instrumentos em uso: os testes

de desempenho e os questionários

contextuais?

Secretário: Para os próximos ciclos

avaliativos, daremos continuidade ao

trabalho na busca de sempre melho-

rar os indicadores educacionais do es-

tado do Ceará. Os dados coletados no

SPAECE fomentaram outra proposta

de avaliação, a avaliação diagnóstica.

Implantamos, nesse ano, essa avalia-

ção nas escolas estaduais. Para com-

posição e formatação da prova, foram

selecionados descritores de língua

portuguesa e matemática que apre-

sentaram baixos níveis de domínios.

Isso nos auxiliará num diagnóstico

mais preciso, que aliado a estratégias

mais direcionadas, possibilitará a reso-

lução das difi culdades de aprendiza-

gem dos nossos alunos.

Senhor secretário, deixe um reca-

do para os profi ssionais da rede pú-

blica de ensino do Ceará, compro-

missados com a garantia do direito à

aprendizagem.

Secretário: Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e reve-

rência de toda a nossa sociedade.

Na trajetória da história da educação

pública cearense, esses atores são os

protagonistas principais e insubstituí-

veis, que colaboram efetivamente e

incansavelmente para a mudança do

nosso quadro educacional. Se hou-

ve melhorias na linha do tempo nos

nossos indicadores, devemos a todos

os que se empenham com compro-

misso e esperança na educação públi-

ca, acreditando, veementemente, na

potencialidade dos nossos alunos e

alunas cearenses. Então, reforço jun-

to a todos os atores educacionais que

acreditem no valor da sua profi ssão

através da qualidade do seu trabalho

educativo!

Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e

reverência de toda a nossa sociedade.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 11

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O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SPAECE, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pe-

las redes de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita

não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida

escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens cearenses.

Com o intuito de fornecer subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento das políticas educacionais do estado do Ceará, bem como oferecer um ensino equânime e de qualidade aos alunos da rede pública do estado, em 1992, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) implementou o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE. Em seu início, o sistema avaliava apenas a capital Fortaleza e a 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, o que correspondia a 14.600 alunos. A partir do ano de 1993, outros municípios também foram inseridos na avaliação do SPAECE.

Com o decorrer dos anos, o sistema de avaliação passou por algumas mudanças, como a inclusão, em 2001, de todos os municípios do estado, assim como a inserção da 3ª série do ensino médio e da avaliação da 8ª série do ensino fundamental – SPAECE NET. Este modelo perdurou até o ano de 2004, quando a 4ª série do ensino fundamental voltou a ser avaliada pelo sistema.

1992

1993

2007

2001

2004

Em 2007, com a implementação do Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), a Secretaria da Educação ampliou a abrangência do seu sistema de avaliação, incorporando a avaliação da alfabetização com a criação do SPAECE-Alfa e expandindo a avaliação do ensino médio para as três séries. O objetivo do PAIC é alfabetizar todos os alunos até o 2º ano do ensino fundamental. Nesse sentido, a criação do SPAECE-Alfa permitiu ao governo monitorar a implementação desta política por meio da avaliação de leitura entre os estudantes dessa etapa escolar em todo o estado.

12 SPAECE-Alfa 2016

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O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SPAECE, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pe-

las redes de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita

não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida

escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens cearenses.

Com o intuito de fornecer subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento das políticas educacionais do estado do Ceará, bem como oferecer um ensino equânime e de qualidade aos alunos da rede pública do estado, em 1992, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) implementou o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE. Em seu início, o sistema avaliava apenas a capital Fortaleza e a 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, o que correspondia a 14.600 alunos. A partir do ano de 1993, outros municípios também foram inseridos na avaliação do SPAECE.

Com o decorrer dos anos, o sistema de avaliação passou por algumas mudanças, como a inclusão, em 2001, de todos os municípios do estado, assim como a inserção da 3ª série do ensino médio e da avaliação da 8ª série do ensino fundamental – SPAECE NET. Este modelo perdurou até o ano de 2004, quando a 4ª série do ensino fundamental voltou a ser avaliada pelo sistema.

1992

1993

2007

2001

2004

Em 2007, com a implementação do Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), a Secretaria da Educação ampliou a abrangência do seu sistema de avaliação, incorporando a avaliação da alfabetização com a criação do SPAECE-Alfa e expandindo a avaliação do ensino médio para as três séries. O objetivo do PAIC é alfabetizar todos os alunos até o 2º ano do ensino fundamental. Nesse sentido, a criação do SPAECE-Alfa permitiu ao governo monitorar a implementação desta política por meio da avaliação de leitura entre os estudantes dessa etapa escolar em todo o estado.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 13

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Gráfi co 1

Número de alunos efetivos no SPAECE e SPAECE-Alfa dos anos de 2012 a 2015

Fonte: CAEd/UFJF

Gráfico 1: Número de alunos efetivos no SPAECE e SPAECE-Alfa dos anos de 2012 a 2015.

647.693 659.669622.566

449.010

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

2012 2013* 2014* 2015

2010

2012

2015

Em 2008, o SPAECE aplicou questionários contextuais aos alunos, professores e diretores, com intuito de avaliar o contexto escolar bem como construir indicadores relacionados ao perfi l socioeconômico, experiência e formação profi ssional, práticas pedagógicas e de gestão. A inclusão desses fatores permitiu um melhor conhecimento da rede de ensino, bem como auxiliou a associação entre o desempenho dos estudantes e as variáveis contextuais. Neste ano, também, houve um aumento signifi cativo de alunos avaliados, somando um total de 614.566, o maior número desde o seu início.

Em 2010, o estado incluiu em sua avaliação os alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA do ensino fundamental e ensino médio, permitindo apresentar resultados e indicadores próprios desta modalidade de ensino.

No ano de 2012, além das disciplinas de língua portuguesa e matemática, avaliadas em todos os anos, os testes da 3ª série do ensino médio e do 2º período da EJA ensino médio foram organizados em quatro áreas, em convergência com a proposta da Matriz de Referência do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Nos demais anos, a avaliação continuou a priorizar as disciplinas de língua portuguesa e matemática. Nos anos de 2013 e 2014, além das avaliações censitárias para algumas etapas, houve avaliação amostral em outras.

Em 2015, na 3ª série do ensino médio, foram avaliados apenas os alunos das escolas do 2º ciclo do Programa Ensino Médio Inovador/Jovem de Futuro. Esse fato explica a diminuição do número total de alunos efetivos avaliados pelo SPAECE neste ano, como apresentado no gráfi co 1. Para os anos de 2013 e 2014, foi utilizada a média ponderada de alunos nas etapas com avaliação amostral.

2008

Tabela 1

Percentual de participação dos estudantes EJA no SPAECE

EDIÇÃO EJA Ensino Fundamental - 2º Segmento EJA Ensino Médio - 1º Período

2012 45,9% 49,4%

2013 46,3% 51,3%

2014 41,5% 49,0%

2015 43,4% 54,4%

Fonte: CAEd/UFJF.

As taxas de participação dos alunos nas etapas avaliadas pelo SPAECE estão acima de 75%, tanto

na rede estadual quanto na rede municipal de ensino, o que permite com que os resultados daquele

projeto sejam generalizáveis para o estado. A única exceção ocorre na EJA, cuja taxa de participação

dos estudantes varia de 41% a 54%, como apresentado na tabela 1. Esse é um dado crucial para a rede

estadual, uma vez que indica, ainda, certo grau de desmotivação dos alunos desta modalidade em re-

lação à avaliação.

Tabela 2

Evolução da profi ciência média em língua portuguesa

Ano

2 EF 5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Estadual

Rede Estadual

2012 148,9 162,1 200,4 200,4 245,8 235,4 202,2 249,9 224,9

2013 151,7 165,2 194,6 200,9 244,5 241,8 201,8 249,2 221,6

2014 157,4 174,5 202,7 207,1 241,1 239,1 200,0 252,5 225,4

2015 160,0 181,4 198,8 210,9 242,4 243,8 197,9 253,4 225,9

Fonte: CAEd/UFJF.

Tabela 3

Evolução da profi ciência média em matemática

Ano

5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual

2012 203,7 209,6 247,6 242,0 215,5 251,4 222,4

2013 203,5 210,6 245,1 245,5 207,1 249,9 218,1

2014 208,5 219,0 239,2 241,6 205,3 253,1 221,5

2015 210,0 227,5 240,4 247,3 202,3 255,7 225,3

Fonte: CAEd/UFJF.14 SPAECE-Alfa 2016

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Tabela 1

Percentual de participação dos estudantes EJA no SPAECE

EDIÇÃO EJA Ensino Fundamental - 2º Segmento EJA Ensino Médio - 1º Período

2012 45,9% 49,4%

2013 46,3% 51,3%

2014 41,5% 49,0%

2015 43,4% 54,4%

Fonte: CAEd/UFJF.

As taxas de participação dos alunos nas etapas avaliadas pelo SPAECE estão acima de 75%, tanto

na rede estadual quanto na rede municipal de ensino, o que permite com que os resultados daquele

projeto sejam generalizáveis para o estado. A única exceção ocorre na EJA, cuja taxa de participação

dos estudantes varia de 41% a 54%, como apresentado na tabela 1. Esse é um dado crucial para a rede

estadual, uma vez que indica, ainda, certo grau de desmotivação dos alunos desta modalidade em re-

lação à avaliação.

Tabela 2

Evolução da profi ciência média em língua portuguesa

Ano

2 EF 5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Estadual

Rede Estadual

2012 148,9 162,1 200,4 200,4 245,8 235,4 202,2 249,9 224,9

2013 151,7 165,2 194,6 200,9 244,5 241,8 201,8 249,2 221,6

2014 157,4 174,5 202,7 207,1 241,1 239,1 200,0 252,5 225,4

2015 160,0 181,4 198,8 210,9 242,4 243,8 197,9 253,4 225,9

Fonte: CAEd/UFJF.

Tabela 3

Evolução da profi ciência média em matemática

Ano

5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual

2012 203,7 209,6 247,6 242,0 215,5 251,4 222,4

2013 203,5 210,6 245,1 245,5 207,1 249,9 218,1

2014 208,5 219,0 239,2 241,6 205,3 253,1 221,5

2015 210,0 227,5 240,4 247,3 202,3 255,7 225,3

Fonte: CAEd/UFJF.Boletim do Professor - Língua Portuguesa 15

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No que se refere ao desempenho médio dos alunos participantes do SPAECE e SPAECE-Alfa, no decorrer

da série histórica de 2012 a 2015, podemos perceber que, em língua portuguesa, no 2º EF, houve um au-

mento na profi ciência média entre 2012 e 2015, o que fez com que o padrão médio de desempenho nessa

etapa, na rede estadual, passasse de padrão sufi ciente para padrão desejável. Nos demais anos avaliados, a

profi ciência média sofreu oscilações ao longo da série histórica, chegando a diminuir, em 2015, no 5º ano

do ensino fundamental da rede estadual e nos anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como demons-

trado na tabela 2.

Em matemática, apesar de algumas etapas apresentarem oscilações em sua profi ciência média no

decorrer da série histórica, no ano de 2015, todas as etapas apresentaram um aumento de sua profi ciência

média, quando comparadas a 2014, exceto os anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como apresentado

na tabela 3

Gráfi co 2

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede estadualGráfico 2: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Rede Estadual.

4%

2%

1%

2%

8%

8%

6%

9%

20%

20%

16%

15%

20%

22%

23%

15%

49%

49%

55%

59%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 3

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede municipalGráfico 3: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Redes Municipais.

2%

1%

1%

0%

7%

5%

4%

4%

15%

12%

11%

10%

19%

20%

18%

15%

58%

61%

67%

71%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Um fator que merece destaque na avaliação da alfabetização – SPAECE-Alfa – é a diminuição do per-

centual de estudantes no padrão não alfabetizado e um aumento signifi cativo de estudantes no padrão

desejável ao longo da série histórica. Esses dados se estendem tanto para a rede estadual quanto para as

rede municipal. O estado conseguiu, em sua avaliação de 2015, inserir todos os seus municípios nos pa-

drões sufi ciente e desejável para esta etapa de avaliação, indo de encontro com a política de alfabetização

na idade certa. Os gráfi cos 2 e 3 apresentam, de forma detalhada, essa informação.

Nas duas outras etapas do ensino fundamental avaliadas pelo SPAECE – 5º e 9º anos, para a disciplina

de língua portuguesa, é perceptível uma oscilação no percentual de estudantes nos padrões muito crítico e

adequado, no que se refere à rede estadual. No entanto, na rede municipal, é possível verifi car um aumento

de estudantes no padrão adequado, tanto no 5º quanto no 9º ano do ensino fundamental, e uma diminui-

ção do percentual de estudantes no padrão muito crítico. Esse resultado demonstra que um número maior

de estudantes está tendo acesso ao aprendizado das habilidades de língua portuguesa previstas para a etapa

na qual estão inseridos.

16 SPAECE-Alfa 2016

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No que se refere ao desempenho médio dos alunos participantes do SPAECE e SPAECE-Alfa, no decorrer

da série histórica de 2012 a 2015, podemos perceber que, em língua portuguesa, no 2º EF, houve um au-

mento na profi ciência média entre 2012 e 2015, o que fez com que o padrão médio de desempenho nessa

etapa, na rede estadual, passasse de padrão sufi ciente para padrão desejável. Nos demais anos avaliados, a

profi ciência média sofreu oscilações ao longo da série histórica, chegando a diminuir, em 2015, no 5º ano

do ensino fundamental da rede estadual e nos anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como demons-

trado na tabela 2.

Em matemática, apesar de algumas etapas apresentarem oscilações em sua profi ciência média no

decorrer da série histórica, no ano de 2015, todas as etapas apresentaram um aumento de sua profi ciência

média, quando comparadas a 2014, exceto os anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como apresentado

na tabela 3

Gráfi co 2

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede estadualGráfico 2: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Rede Estadual.

4%

2%

1%

2%

8%

8%

6%

9%

20%

20%

16%

15%

20%

22%

23%

15%

49%

49%

55%

59%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 3

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede municipalGráfico 3: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Redes Municipais.

2%

1%

1%

0%

7%

5%

4%

4%

15%

12%

11%

10%

19%

20%

18%

15%

58%

61%

67%

71%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Um fator que merece destaque na avaliação da alfabetização – SPAECE-Alfa – é a diminuição do per-

centual de estudantes no padrão não alfabetizado e um aumento signifi cativo de estudantes no padrão

desejável ao longo da série histórica. Esses dados se estendem tanto para a rede estadual quanto para as

rede municipal. O estado conseguiu, em sua avaliação de 2015, inserir todos os seus municípios nos pa-

drões sufi ciente e desejável para esta etapa de avaliação, indo de encontro com a política de alfabetização

na idade certa. Os gráfi cos 2 e 3 apresentam, de forma detalhada, essa informação.

Nas duas outras etapas do ensino fundamental avaliadas pelo SPAECE – 5º e 9º anos, para a disciplina

de língua portuguesa, é perceptível uma oscilação no percentual de estudantes nos padrões muito crítico e

adequado, no que se refere à rede estadual. No entanto, na rede municipal, é possível verifi car um aumento

de estudantes no padrão adequado, tanto no 5º quanto no 9º ano do ensino fundamental, e uma diminui-

ção do percentual de estudantes no padrão muito crítico. Esse resultado demonstra que um número maior

de estudantes está tendo acesso ao aprendizado das habilidades de língua portuguesa previstas para a etapa

na qual estão inseridos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 17

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Gráfi co 4

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 4: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

4%

6%

6%

3%

27%

33%

25%

31%

42%

36%

36%

38%

28%

26%

33%

28%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 5

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 5: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

3%

5%

4%

2%

29%

27%

23%

22%

39%

37%

37%

39%

29%

31%

36%

37%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 6

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 6: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

16%

18%

18%

19%

36%

34%

38%

38%

37%

37%

33%

32%

11%

11%

10%

11%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 7

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 7: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

23%

19%

20%

18%

38%

38%

39%

37%

31%

34%

31%

32%

8%

10%

10%

12%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

18 SPAECE-Alfa 2016

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Gráfi co 4

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 4: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

4%

6%

6%

3%

27%

33%

25%

31%

42%

36%

36%

38%

28%

26%

33%

28%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 5

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 5: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

3%

5%

4%

2%

29%

27%

23%

22%

39%

37%

37%

39%

29%

31%

36%

37%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 6

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 6: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

16%

18%

18%

19%

36%

34%

38%

38%

37%

37%

33%

32%

11%

11%

10%

11%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 7

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 7: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

23%

19%

20%

18%

38%

38%

39%

37%

31%

34%

31%

32%

8%

10%

10%

12%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 19

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Além dos dados produzidos pelo SPAECE, apresentar outros indicadores do estado advindos de fontes

externas nos permite contextualizar os resultados e compreendê-los de forma mais clara. O gráfi co 8, por

exemplo, nos permite verifi car o número de matrículas da rede estadual durante os anos de 2010 a 2015,

nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental e no ensino médio. Como podemos perceber, existe um

número maior de estudantes matriculados no ensino médio e um número menor de estudantes matricu-

lados no ensino fundamental na rede estadual. Esse dado é resultado do processo de municipalização do

ensino fundamental e de estadualização do ensino médio, que ocorreu no início dos anos 2000. Esse é um

fator importante de contextualização, uma vez que a análise dos resultados do ensino fundamental da rede

estadual deve ser realizada tendo em vista o menor número de estudantes avaliados nessa rede.

Gráfi co 8

Número de matrículas da rede estadual do CearáGráfico 8: Número de matrículas da rede estadual do Ceará.

6.381 5.703 4.813 4.901 3.772 3.666

90.153 80.963 68.767 61.789

48.071 40.116

359.670 361.733 354.949 349.886 340.894329.136

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

A taxa de aprovação das redes de ensino é outro dado importante para as escolas, uma vez que essa taxa

é utilizada para a construção do indicador de fl uxo e também para o cálculo do IDEB. A taxa de aprovação

nos anos iniciais do ensino fundamental é maior em ambas as redes de ensino, no entanto, em 2015, na rede

estadual, essa taxa sofreu uma queda de 3,9 pontos, chegando a 88,2%, como mostra o gráfi co 9. Na rede

municipal, por outro lado, a taxa de aprovação dos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental apresentou

uma progressão ao longo da série histórica avaliada, chegando em 2015, a 95,4% nos anos iniciais e 89,6%

nos anos fi nais – gráfi co 10.

Gráfi co 9

Taxa de aprovação - Rede estadualGráfico 9: Taxa de aprovação - Rede Estadual

85,787,1

89,390,7

92,1

88,2

83,3

81,182,8

83,584,3

84,2

80,5 80,181,8

83,2 83,7

84,4

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

Gráfi co 10

Taxa de aprovação - Rede municipalGráfico 10: Taxa de aprovação - Redes Municipais

89,391,0

92,1

94,3 94,395,4

84,885,9 86,3

87,7 88,289,6

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais

Fonte: Inep/MEC.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é o principal indicador da qualidade do ensino

básico no Brasil e permite avaliar em que medida o estado atinge as metas projetadas por esse índice, ou o

quanto ainda precisa evoluir em termos de rendimento e fl uxo. Como mostra o gráfi co 11, a rede estadual do

Ceará ultrapassou a meta projetada para 2015, nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental. No entanto,

para o ensino médio, o IDEB apresentado pela rede foi 0,5 ponto abaixo do previsto para aquela etapa.

20 SPAECE-Alfa 2016

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Além dos dados produzidos pelo SPAECE, apresentar outros indicadores do estado advindos de fontes

externas nos permite contextualizar os resultados e compreendê-los de forma mais clara. O gráfi co 8, por

exemplo, nos permite verifi car o número de matrículas da rede estadual durante os anos de 2010 a 2015,

nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental e no ensino médio. Como podemos perceber, existe um

número maior de estudantes matriculados no ensino médio e um número menor de estudantes matricu-

lados no ensino fundamental na rede estadual. Esse dado é resultado do processo de municipalização do

ensino fundamental e de estadualização do ensino médio, que ocorreu no início dos anos 2000. Esse é um

fator importante de contextualização, uma vez que a análise dos resultados do ensino fundamental da rede

estadual deve ser realizada tendo em vista o menor número de estudantes avaliados nessa rede.

Gráfi co 8

Número de matrículas da rede estadual do CearáGráfico 8: Número de matrículas da rede estadual do Ceará.

6.381 5.703 4.813 4.901 3.772 3.666

90.153 80.963 68.767 61.789

48.071 40.116

359.670 361.733 354.949 349.886 340.894329.136

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

A taxa de aprovação das redes de ensino é outro dado importante para as escolas, uma vez que essa taxa

é utilizada para a construção do indicador de fl uxo e também para o cálculo do IDEB. A taxa de aprovação

nos anos iniciais do ensino fundamental é maior em ambas as redes de ensino, no entanto, em 2015, na rede

estadual, essa taxa sofreu uma queda de 3,9 pontos, chegando a 88,2%, como mostra o gráfi co 9. Na rede

municipal, por outro lado, a taxa de aprovação dos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental apresentou

uma progressão ao longo da série histórica avaliada, chegando em 2015, a 95,4% nos anos iniciais e 89,6%

nos anos fi nais – gráfi co 10.

Gráfi co 9

Taxa de aprovação - Rede estadualGráfico 9: Taxa de aprovação - Rede Estadual

85,787,1

89,390,7

92,1

88,2

83,3

81,182,8

83,584,3

84,2

80,5 80,181,8

83,2 83,7

84,4

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

Gráfi co 10

Taxa de aprovação - Rede municipalGráfico 10: Taxa de aprovação - Redes Municipais

89,391,0

92,1

94,3 94,395,4

84,885,9 86,3

87,7 88,289,6

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais

Fonte: Inep/MEC.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é o principal indicador da qualidade do ensino

básico no Brasil e permite avaliar em que medida o estado atinge as metas projetadas por esse índice, ou o

quanto ainda precisa evoluir em termos de rendimento e fl uxo. Como mostra o gráfi co 11, a rede estadual do

Ceará ultrapassou a meta projetada para 2015, nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental. No entanto,

para o ensino médio, o IDEB apresentado pela rede foi 0,5 ponto abaixo do previsto para aquela etapa.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 21

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Gráfi co 11

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da rede estadual do CearáGráfico 11: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB - da rede estadual do Ceará

4,6

4,0 3,9

5,8

4,2

3,4

0

1

2

3

4

5

6

7

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Projeção IDEB

Fonte: Inep/MEC.

Por fi m, conhecer o perfi l dos atores que compõem a rede nos auxilia a pensar em estratégias para o

desenvolvimento da aprendizagem e do desempenho dos alunos. Nesse sentido, conhecer um pouco das

características dos professores, como sua escolaridade e experiência, pode contribuir para uma melhor inter-

pretação dos resultados. De acordo com os dados sobre o nível de escolarização dos professores, observamos

que, na rede estadual, a grande maioria dos professores disse possuir Ensino Superior – Licenciatura, sendo

47% em Língua Portuguesa e 40% em Matemática. Além disso, 10% disseram ter Ensino Superior em Licencia-

tura em outra área ou outro curso superior. Já na rede municipaL, o nível de escolarização apresentado pelos

professores é diferente. A primeira diferença é observada pelo percentual signifi cativamente maior – 33% – de

professores com titulação de Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Professores com Ensino Médio

– Magistério, Ensino Médio Regular e Ensino Fundamental somam 11%, enquanto que na Rede Estadual esse

valor é de 1%. Professores com Ensino Superior – Licenciatura em Língua Portuguesa e Matemática represen-

tam 22% e 12% do total, respectivamente. Por fi m, 22% dos professores disseram ter Ensino Superior – Licen-

ciatura em outras áreas ou Ensino Superior – outros, como apresentado no gráfi co 12.

Gráfi co 12

Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipalGráfico 12: Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipais.

1%1%6%4%

2%

33%47%

22%

40% 12%

5%

15%

5% 7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal

Ensino Superior - outros.

Ensino Superior - Licenciatura em outraárea.

Ensino Superior - LicenciaturaMatemática.

Ensino Superior - Licenciatura emLíngua Portuguesa.

Ensino Superior - Pedagogia ou NormalSuperior.

Ensino Médio - Magistério.

Ensino Médio - Regular.

Ensino Fundamental.

Fonte: CAEd/UFJF.

Outra característica importante dos professores diz respeito ao tempo de experiência em docência. Na

rede estadual, a maioria dos professores – 55% – disse ter entre 1 e 10 anos de atuação docente e 56% dos

professores lecionam entre 1 e 5 anos na escola avaliada. Já na rede municipal, a maioria dos professores –

45% – disse ter entre 11 e 20 anos de atuação docente e 52% dos professores lecionam na escola há menos

de 5 anos.

Gráfi co 13

Tempo de experiência em docência dos professoresGráfico 13: Tempo de experiência em docência dos professores.

1% 4%11% 15%

26%15%

56%37%

29%

17%

20%

18%19%

20%

8%

13%

15%

25%

4%

10%

10%18%

1%7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal Estadual Municipal

Experiência total Experiência na escola

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

Fonte: CAEd/UFJF.

22 SPAECE-Alfa 2016

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Gráfi co 11

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da rede estadual do CearáGráfico 11: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB - da rede estadual do Ceará

4,6

4,0 3,9

5,8

4,2

3,4

0

1

2

3

4

5

6

7

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Projeção IDEB

Fonte: Inep/MEC.

Por fi m, conhecer o perfi l dos atores que compõem a rede nos auxilia a pensar em estratégias para o

desenvolvimento da aprendizagem e do desempenho dos alunos. Nesse sentido, conhecer um pouco das

características dos professores, como sua escolaridade e experiência, pode contribuir para uma melhor inter-

pretação dos resultados. De acordo com os dados sobre o nível de escolarização dos professores, observamos

que, na rede estadual, a grande maioria dos professores disse possuir Ensino Superior – Licenciatura, sendo

47% em Língua Portuguesa e 40% em Matemática. Além disso, 10% disseram ter Ensino Superior em Licencia-

tura em outra área ou outro curso superior. Já na rede municipaL, o nível de escolarização apresentado pelos

professores é diferente. A primeira diferença é observada pelo percentual signifi cativamente maior – 33% – de

professores com titulação de Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Professores com Ensino Médio

– Magistério, Ensino Médio Regular e Ensino Fundamental somam 11%, enquanto que na Rede Estadual esse

valor é de 1%. Professores com Ensino Superior – Licenciatura em Língua Portuguesa e Matemática represen-

tam 22% e 12% do total, respectivamente. Por fi m, 22% dos professores disseram ter Ensino Superior – Licen-

ciatura em outras áreas ou Ensino Superior – outros, como apresentado no gráfi co 12.

Gráfi co 12

Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipalGráfico 12: Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipais.

1%1%6%4%

2%

33%47%

22%

40% 12%

5%

15%

5% 7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal

Ensino Superior - outros.

Ensino Superior - Licenciatura em outraárea.

Ensino Superior - LicenciaturaMatemática.

Ensino Superior - Licenciatura emLíngua Portuguesa.

Ensino Superior - Pedagogia ou NormalSuperior.

Ensino Médio - Magistério.

Ensino Médio - Regular.

Ensino Fundamental.

Fonte: CAEd/UFJF.

Outra característica importante dos professores diz respeito ao tempo de experiência em docência. Na

rede estadual, a maioria dos professores – 55% – disse ter entre 1 e 10 anos de atuação docente e 56% dos

professores lecionam entre 1 e 5 anos na escola avaliada. Já na rede municipal, a maioria dos professores –

45% – disse ter entre 11 e 20 anos de atuação docente e 52% dos professores lecionam na escola há menos

de 5 anos.

Gráfi co 13

Tempo de experiência em docência dos professoresGráfico 13: Tempo de experiência em docência dos professores.

1% 4%11% 15%

26%15%

56%37%

29%

17%

20%

18%19%

20%

8%

13%

15%

25%

4%

10%

10%18%

1%7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal Estadual Municipal

Experiência total Experiência na escola

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

Fonte: CAEd/UFJF.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 23

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Os dados sintetizados até aqui permitem uma

visão abrangente acerca dos principais resultados

do SPAECE e SPAECE-Alfa e auxiliam no levanta-

mento de informações importantes e necessárias

para o planejamento de ações em nível de gestão

e em nível de unidade escolar. No entanto, apesar

desses dados auxiliarem os educadores e pode-

rem se tornar uma ferramenta estratégica, eles,

por si só, não esgotam a infi nidade de fatores que

estão associados ao desempenho do aluno e que

podem auxiliar na busca de uma educação equâ-

nime e de qualidade. Portanto, investir na refl exão

e compreensão acerca dos demais resultados da

avaliação contribui de forma signifi cativa para a

construção da aprendizagem e para a melhora do

sistema educacional.

24 SPAECE-Alfa 2016

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Os resultados alcançados em 2016resultados

Professor, os resultados alcançados pela sua escola

na avaliação de Língua Portuguesa do SPAECE-Alfa

2016 estão disponíveis em www.spaece.caedufjf.net.

É importante que você leia, analise e compreenda as

informações.

Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-

prescindível que toda a escola seja envolvida na

discussão desses dados. Acreditamos que a escola

capaz de fazer a diferença é, também, aquela que

consegue garantir a aprendizagem dos seus estu-

dantes, interpretando, analisando e utilizando as

informações da avaliação educacional – externa e

interna –, com vistas à melhoria permanente dos re-

sultados.

Nesta seção você encontra um roteiro de leitu-

ra e interpretação das informações disponíveis. Nos

Resultados por escola, são apresentados os resulta-

dos de proficiência média, a distribuição dos estu-

dantes pelos padrões de desempenho e a partici-

pação. Nos Resultados por turma, estão dispostos

os percentuais de acerto em relação às habilidades

avaliadas nos testes. Cada tipo de resultado conta

com roteiro específico.

Além disso, é disponibilizado um indicador de

qualidade, no caso, o Índice de Desempenho Esco-

lar (IDE), que apresenta resultados sintéticos especí-

ficos para cada escola, permitindo traçar metas de

qualidade.

O que é o IDE?

O Índice de Desempenho Escolar (IDE) é um indicador que reúne três ele-

mentos importantes para a qualidade da educação: a proficiência obtida pela

escola no SPAECE 2016 convertida para uma escala de 0 a 10, a taxa de parti-

cipação na avaliação e o fator de ajuste para universalização do aprendizado.

Conforme consta no Anexo único do Decreto Nº 32.079, de 09 de novem-

bro de 2016, “O Índice de Desempenho Escolar (IDE) foi desenvolvido a partir

da necessidade de expressar de maneira clara o desempenho de cada escola

nas avaliações do SPAECE. Assim, para se alcançar um entendimento amplo,

optou-se por uma escala de 0 a 10, mais familiar, e de fácil compreensão. Des-

sa forma, surgem os índices, o IDE-Alfa o IDE-5 e o IDE-9.

· O IDE-Alfa busca representar o desempenho de cada escola com relação

ao seu processo de alfabetização. O seu cálculo está vinculado aos resultados

das avaliações do SPAECE-Alfa.

· O IDE-5 e o IDE-9 expressam os resultados alcançados, respectivamente,

nas avaliações de Língua Portuguesa e Matemática realizadas no 5º e 9º anos

do ensino fundamental”.

As orientações para cálculo do IDE-Alfa, IDE-5 e IDE-9 encontram-se no anexo único do Decreto Nº 32.079, de 09 de novembro de 2016.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 25

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26 SPAECE-Alfa 2016

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Roteiros de leitura e análise de resultados

Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-

ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros

com orientações, passo a passo, de como deve ser

feita a leitura e a interpretação dos resultados do

SPAECE-Alfa 2016.

Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-

tados da avaliação em larga escala, é importante,

ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Lar-

ga Escala, disponível em www.spaece.caedufjf.net,

bem como os padrões de desempenho estudantil,

os quais descrevem, pedagogicamente, o signifi-

cado das médias alcançadas pelos estudantes da

rede estadual e rede municipal do Ceará que par-

ticiparam do SPAECE-Alfa 2016. Essas descrições

estão disponíveis na seção Padrões de desempe-

nho desta revista e ilustradas com itens representa-

tivos de cada padrão.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 27

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Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do SPAECE-Alfa em Língua Portuguesa.

Essa é a primeira informação sobre o desem-

penho dos estudantes de sua escola: a média de

proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas

edições do SPAECE-Alfa, na disciplina Língua Por-

tuguesa. A observação da média nos ajuda a verifi-

car a melhoria da qualidade da educação ofertada,

a partir da evolução do desempenho da escola ao

longo do tempo.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os

alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos.

Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.

1

28 SPAECE-Alfa 2016

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Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas

edições do SPAECE-Alfa e preencha o quadro a seguir.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE

2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?

( ) Está aumentando

( ) Está estável

( ) Está diminuindo

OBS.:

2015

2016

Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a

evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso

pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do SPAECE-Alfa.

ATIVIDADE 1

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do SPAECE-Alfa.

Depois de observar a proficiência da escola,

vamos verificar como os estudantes estão distri-

buídos pelos padrões de desempenho. De acordo

com a proficiência alcançada no teste, o estudan-

te demonstra um determinado perfil ou padrão de

desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência

do estudante, mais elevado é o seu padrão de de-

sempenho.

Entretanto, em uma turma ou em uma escola,

os estudantes apresentam diferentes padrões de

desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar

para que haja menos estudantes nos padrões mais

baixos, aumentando o percentual de estudantes

nos padrões mais elevados, pois almejamos uma

educação que seja de qualidade e para todos. Por

isso, essa análise é tão importante, professor. Ela

lhe dará informações fundamentais para o seu

planejamento, para a construção permanente do

projeto político-pedagógico e para a definição de

metas, estratégias e metodologias adequadas às

necessidades dos seus alunos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 29

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Observe o gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o percentual de

estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida, acrescente o

número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO NÃO ALFABETIZADO

ALFABETIZAÇÃO INCOMPLETA INTERMEDIÁRIO SUFICIENTE DESEJÁVEL

2014

2015

2016

% de alunos

Nº alunos

% de alunos

Nº alunos

% de alunos

Nº alunos

% de alunos Nº alunos % de

alunosNº

alunos

C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer

que os estudantes da sua escola apresentaram:

( ) Melhora gradativa

( ) Estabilidade no desempenho

( ) Queda no desempenho

C Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-

tados.

C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais

baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os

estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito

de aprendizagem garantido.

2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no Intermediário: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

ATIVIDADE 2

30 SPAECE-Alfa 2016

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Dados de participação nas avaliações do SPAECE-Alfa nas três últimas edições.

Depois de observar o desempenho alcançado

pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar

como foi a participação no teste. O indicador de

participação revela o nível de adesão à avaliação e

é uma informação muito importante para que os

resultados alcançados possam ser generalizados.

Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-

dantes nos testes, mais consistente é o resultado

de desempenho alcançado. Consideramos como

percentual mínimo para a generalização dos resul-

tados da escola uma participação acima de 75%.

Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola,

para a etapa de escolaridade que você está analisando.

EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO ANÁLISE

2014

Ao longo do tempo a participação

( ) cresceu;

( ) ficou estável;

( ) diminuiu.

Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola, em relação aos anos anteriores.

Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do SPAECE-Alfa?

Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste e a sua frequência às aulas.

2015

2016

Depois que você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados por sua

escola, é hora de transportá-los para a escala de proficiência e interpretá-los, pedagogica-

mente.

ATIVIDADE 3

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 31

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Escala de Proficiência de Língua Portuguesa

* As habilidades relativas a essas competências não são avaliadas nesta etapa de escolaridade.

A gradação das cores indica a complexidade da tarefa.

Não Alfabetizado

Alfabetização Incompleta

Intermediário

Suficiente

DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS DESCRITORES 75 100 125 150

Reconhece letras diferenciando-as de outros sinais gráficos

D01, D02 Reconhece convenções gráficas D03, D04, D05 Decodifica palavras D06, D07, D08, D09, D10 e D11

Localiza informação D12 e D13 Infere informação e/ou sentido D14, D16, D17 e D18 Identifica o gênero, a função e o destinatário de textos variados

D21 e D22 5 7,5

PADRÕES DE DESEMPENHO - 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Apropriaçãodo CódigoAlfabético

Procedimentosde Leitura

Implicações do Suporte

Desejável

32 SPAECE-Alfa 2016

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DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS DESCRITORES 75 100 125 150

Reconhece letras diferenciando-as de outros sinais gráficos

D01, D02 Reconhece convenções gráficas D03, D04, D05 Decodifica palavras D06, D07, D08, D09, D10 e D11

Localiza informação D12 e D13 Infere informação e/ou sentido D14, D16, D17 e D18 Identifica o gênero, a função e o destinatário de textos variados

D21 e D22 5 7,5

PADRÕES DE DESEMPENHO - 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Como o desempenho é apresentado em ordem crescente e cumulativa, os estudantes posicionados em um nível mais alto da escala demonstram ter desenvolvido não só as habilidades do nível em que se encontram, mas também, provavelmente, aquelas habilidades dos níveis anteriores. A gradação de cores – que vai do amarelo claro ao vermelho

– também nos indica o grau de complexidade e o nível de desenvolvimento dessas habilidades. Pedagogicamente falando, cada nível da escala corresponde a diferentes características de aprendizagem: quanto maior o nível (posição) na escala, maior a probabilidade de desenvolvimento e consolidação da aprendizagem.

A escala de proficiência é uma espécie de régua na qual os resultados alcançados nas avaliações em larga escala são apresentados. Os valores obtidos nos testes são ordenados e categorizados em intervalos ou faixas que indicam o grau de desenvolvimento das habilidades para os estudantes que alcançaram determinado nível de desempenho.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 33

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Trace uma linha correspondente à proficiência da sua escola sobre a escala, no ponto em que

está localizada a média de 2016. Depois de traçar essa linha, responda:

C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?

C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou

houve mudança? Caso tenha ocorrido mudança, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?

C Observe as competências relacionadas à esquerda da escala de proficiência. De acordo

com a média da sua escola, registre sobre o desenvolvimento de cada uma das competên-

cias avaliadas – é importante observar o que já foi consolidado, o que ainda não foi e o que

está em processo de desenvolvimento. Para isso, observe a explicação sobre as caracterís-

ticas da escala de proficiência, em destaque.

Você encontra a escala de proficiência interativa no endereço www.spaece.caedufjf.net.

Nela você pode fazer vários exercícios com diferentes resultados e verificar os padrões de

desempenho, de acordo com cada resultado. Além disso, estão disponíveis também exem-

plos de itens de acordo com cada nível.

ATIVIDADE 4

Outra interpretação pedagógica dos resultados é identificar as habilidades desenvolvidas, ou

não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se encontram.

Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá à seção

Padrões de Desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas por cada grupo

de estudantes.

NÃO ALFABETIZADO

ALFABETIZAÇÃO INCOMPLETA INTERMEDIÁRIO SUFICIENTE DESEJÁVEL

Nº de estudantes

Habilidades desenvolvidas

C Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes

desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que

os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-

dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.

ATIVIDADE 5

34 SPAECE-Alfa 2016

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ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados

longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes disciplinas.

Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a

ajuda da escala.

Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.

Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.

O QUE FAZER COM OS DADOS

O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 35

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Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.

Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.

Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.

Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos

padrões de desempenho.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não

são capazes de aprender.

Entender que os alunos que se encontram em um padrão de

desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em

outra.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte

do professor e da escola.

Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para

todas as etapas e disciplinas avaliadas.

PADRÕES DE DESEMPENHO

36 SPAECE-Alfa 2016

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Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.

Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.

Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para

que o percentual aumente ainda mais.

PARTICIPAÇÃO

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 37

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DADOS CONTEXTUAIS

Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.

Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.

Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.

Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.

Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.

Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da

aprendizagem dos alunos.

METAS

ISE

38 SPAECE-Alfa 2016

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Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso também aos resultados de cada turma da escola no endereço eletrônico www.spaece.caedufjf.net.

2

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 39

Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo SPAECE-Alfa 2016.

Para cada turma, são apresentados os percentuais de acerto por habilidade com base na Teoria Clás-

sica dos Testes (TCT). É importante conhecer e refletir sobre esses dados.

Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação

das turmas, é hora de analisar as habilidades avaliadas no SPAECE-Alfa 2016 e verificar quais apre-

sentaram maiores dificuldades para os alunos. Analise o desempenho de cada turma: há grandes

diferenças de desempenho entre elas?

C Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto e registre

nos quadros das páginas seguintes.

C Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto

referente a ela3 .

C No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada

descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.

3 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

ATIVIDADE

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40 SPAECE-Alfa 2016

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Boletim do Professor - Língua Portuguesa 41

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Padrões de desempenho

Para caracterizar o desenvolvimento de habilida-

des e competências, são definidos padrões de

desempenho estudantil. A partir deles, você, profes-

sor, pode enriquecer sua prática docente e organi-

zar melhor as intervenções pedagógicas, seja de re-

cuperação, reforço ou aprofundamento, de acordo

com o perfil cognitivo dos estudantes identificado

pela avaliação.

Esta seção contém informações sobre os pa-

drões de desempenho e as habilidades e competên-

cias alocadas em intervalos menores da escala.

Esses padrões fornecem mais detalhamento

sobre a aprendizagem. Além disso, apresentamos

um item exemplar para cada padrão. Esse item cor-

responde à avaliação de uma das habilidades com-

preendidas nesse intervalo. As descrições das ha-

bilidades relativas aos padrões de desempenho de

Língua Portuguesa estão de acordo com a descri-

ção pedagógica apresentada pelo CAEd, na análise

dos resultados do SPAECE-Alfa 2016.

/// Não AlfabetizadoOs alunos que se encontram neste padrão de desempenho apresentam um desenvolvimento ainda incipiente das principais habilidades associadas à sua etapa de escolaridade. Nos testes de proficiência, tendem a acertar apenas aqueles itens que avaliam as habilidades consideradas basilares, respondidos corretamente pela maior parte dos alunos e, portanto, com maior percentual de acertos. A localização neste padrão indica carência de aprendizagem em relação ao que é previsto pela matriz de referência e aponta para a necessidade de planejar um processo de recuperação com esses alunos, a fim de que se desenvolvam em condições de avançar aos padrões seguintes.

/// Alfabetização IncompletaOs alunos deste padrão encontram-se no limite da escala de proficiência em relação ao padrão Não Alfabetizado; portanto, realizam tarefas que se aproximam das descritas nesse padrão.Todavia, é importante considerar que o leitor, mesmo que iniciante, já aciona conhecimentos linguísticos no processo de busca dos sentidos para a leitura, ou seja, mobiliza diferentes estratégias leitoras que permitem ao professor alfabetizador levantar hipóteses e aferir relações de leitura que serão de fundamental importância para que a escola ensine outras estratégias. Algumas são mobilizadas de forma inconsciente pelo leitor desde a fase inicial de apropriação do sistema alfabético, e é esse o ponto considerado neste padrão.

/// IntermediárioNeste padrão de desempenho, os alunos ainda não demonstram

o desenvolvimento considerado apropriado das habilidades básicas avaliadas pela matriz de referência, para a etapa de

escolaridade em que se encontram. Contudo, respondem itens com menor percentual de acerto e que avaliam habilidades mais

complexas, quando comparados com o verificado no padrão anterior. É necessário elaborar um planejamento em caráter

de reforço para os alunos que se encontram neste padrão, de modo a consolidar aquilo que eles já aprenderam e dando

suporte para uma aprendizagem mais ampla e densa.

/// DesejávelQuando o aluno demonstra, nos testes de proficiência, ir além do que é considerado básico para a sua etapa escolar, como ocorre com aqueles que se encontram neste padrão de desempenho,

é necessário proporcionar desafios, para manter seu interesse pela escola e auxiliá-lo a aprimorar cada vez mais seus conhecimentos. Esse aluno costuma responder corretamente a um quantitativo maior de itens, englobando aqueles que avaliam as habilidades consideradas

mais complexas e, portanto, com menor percentual de acertos, o que sugere a sistematização do processo de aprendizagem, de forma consolidada, para aquela etapa de escolaridade.

/// SuficienteAs habilidades básicas e essenciais para a etapa de

escolaridade avaliada, baseadas na matriz de referência, são demonstradas pelos alunos que se encontram neste

padrão de desempenho. Esses alunos demonstram atender às condições mínimas para avançar em seu processo de escolarização, ao responder aos itens que exigem maior domínio quantitativo e qualitativo de competências, em

consonância com o seu período escolar. É preciso estimular atividades de aprofundamento, para que esses alunos possam avançar ainda mais em seus conhecimentos.

42 SPAECE-Alfa 2016

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Não alfabetizado2º ano do Ensino Fundamental

ATÉ 75 PONTOS

0 75 100 125 150

C As habilidades desenvolvidas no padrão não alfabetizado demonstram que os estudantes se encon-

tram em processo inicial de alfabetização. Com relação à apropriação do sistema de escrita, realizam

atividades mais elementares como identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos grá-

ficos, reconhecer as letras do alfabeto, identificar as direções da escrita (da esquerda para a direita, de

cima para baixo), além de reconhecerem as diferentes formas de grafar uma mesma letra.

(P010232E4) Ouça as letras que eu vou dizer.

t n p

Faça um X no quadradinho onde aparecem as letras que você ouviu.

d m p

d n q

t m q

t n pEsse item avalia a habilidade de reconhecer as

letras do alfabeto. O desenvolvimento dessa habili-

dade contribui para a ampliação da consciência fo-

nológica do estudante, que o leva a compreender

que cada letra tem um fonema específico e uma

representação gráfica distinta das demais letras do

alfabeto.

Para resolver a tarefa proposta, o estudante ouve

um conjunto de letras e, sem vê-las, precisa identifi-

car, dentre as alternativas apresentadas, aquelas que

correspondem à sequência ouvida.

Os estudantes que optaram pela alternativa D, o

gabarito, identificaram corretamente as letras “t n p”,

demonstrando que estabeleceram relação entre o

som das letras e a representação gráfica da sequên-

cia apresentada.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 43

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Alfabetização incompleta2º ano do Ensino Fundamental

DE 75 A 100 PONTOS

0 75 100 125 150

C Os estudantes que se encontram no padrão alfabetização incompleta resolvem tarefas relacionadas

ao eixo de apropriação do sistema de escrita, como aquelas habilidades que dizem respeito ao de-

senvolvimento da consciência fonológica. Dentre elas, destacam-se a identificação de rimas e do nú-

mero de sílabas de uma palavra. Com relação ao eixo de leitura, já leem palavras formadas por sílabas

canônicas e não canônicas e frases com estrutura sintática simples (sujeito/verbo/complemento).

C Tal constatação indica que esses estudantes desenvolveram habilidades iniciais de leitura, sendo um

marco importante de seu processo de alfabetização.

44 SPAECE-Alfa 2016

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Esse item avalia a habilidade de ler frases. A leitu-

ra de frases requer que o estudante não apenas de-

codifique as palavras que as compõem, mas que as

retome ao final da leitura para produzir um sentido

global às sentenças.

Para acertar o item, o estudante precisa ler as

frases apresentadas nas alternativas e associá-las à

cena utilizada como suporte. O fato de todas as fra-

ses apresentarem o mesmo sujeito e serem escritas

com palavras finais que rimam requer que o estu-

dante leia as alternativas até o final para identificar

qual é a frase que corresponde à cena retratada.

Os estudantes que optaram pela alternativa A, o

gabarito, já desenvolveram a habilidade avaliada pelo

item, uma vez que identificaram corretamente a fra-

se “As crianças brincam de amarelinha” como aquela

que descreve a cena apresentada no suporte.

Veja a cena abaixo.

Disponível em: <www.brincadeiras.org>. Acesso em: 26 out. 2013. (P042341E4_SUP)

(P042341E4) Faça um X na frase que conta o que acontece nessa cena.

AS CRIANÇAS BRINCAM DE AMARELINHA.

AS CRIANÇAS DANÇAM NA VIZINHA.

AS CRIANÇAS PEGAM A BOLINHA.

AS CRIANÇAS PINTAM NA PRACINHA.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 45

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Intermediário2º ano do Ensino Fundamental

DE 100 A 125 PONTOS

0 75 100 125 150

C Ao analisar as habilidades representativas do padrão intermediário, no qual o estudante em processo

de alfabetização adquire um perfil mais autônomo de leitura, observam-se competências referentes

ao refinamento da apropriação do sistema de escrita e de estratégias de leitura.

C Os estudantes que se encontram neste intervalo ampliam suas habilidades quanto à identificação

da sílaba inicial de uma palavra e ao reconhecimento das diferentes formas de grafá-la. Além disso,

identificam o espaçamento entre palavras na segmentação da escrita. Quanto ao eixo de leitura,

os estudantes ampliam a habilidade de ler frases com estrutura sintática complexa (sujeito/verbo/

complemento/adjunto). Tais estudantes realizam atividades relacionadas às habilidades de localizar

informações explícitas em textos curtos, como bilhetes, avisos, receitas, convites e fábulas. Além dis-

so, conseguem identificar o propósito comunicativo em textos de gêneros diversos, que apresentam

formas estáveis veiculadas no cotidiano, como, por exemplo, convite e receita.

C Para esses estudantes são necessárias atividades que favoreçam sua percepção do texto de forma

global, ou seja, de como as partes de um texto se relacionam na construção do todo.

46 SPAECE-Alfa 2016

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Esse item avalia a habilidade de identificar o pro-

pósito comunicativo em diferentes gêneros, nesse

caso, um convite. Essa habilidade contribui para a

formação do leitor, uma vez que possibilita o enten-

dimento da língua relacionada ao seu uso em dife-

rentes contextos sociais.

Para acertar esse item, o estudante deve fazer

uma leitura global do texto atentando-se para a prin-

cipal característica desse gênero, que é convidar

alguém para algo, nesse caso, para uma festa de

aniversário. Além disso, o estudante deve observar,

ainda, algumas características específicas do gênero

tais como: a presença da data e do horário da festa.

Os estudantes que marcaram a alternativa D, o

gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada pelo

item, uma vez que identificaram a finalidade do gê-

nero convite presente no suporte, diferenciando-a

claramente das demais alternativas, que trazem a fi-

nalidade de outros gêneros textuais.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.elo7.com.br/>. Acesso em: 11 fev. 2014. (P020203E4_SUP)

(P020203E4) Esse texto serve para

contar uma história.

dar um recado.

ensinar uma brincadeira.

fazer um convite.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 47

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Suficiente2º ano do Ensino Fundamental

DE 125 A 150 PONTOS

0 75 100 125 150

C Além das habilidades descritas anteriormente, os estudantes que se encontram no padrão suficiente

ampliam a habilidade de identificar o número de sílabas de uma palavra, agora a partir de palavra

ouvida ou com apoio de uma imagem. Amplia-se também a habilidade de identificar o propósito

comunicativo em textos de diferentes gêneros, neste caso bilhete e cartaz, por exemplo. Surge nesse

padrão a habilidade de reconhecer gêneros de textos que circulam em diferentes instâncias sociais,

em contextos mais imediatos de vida dos estudantes.

C As intervenções pedagógicas para esse grupo de estudantes devem favorecer a familiaridade com

textos de gêneros variados e com situações sociais nas quais esses textos são utilizados.

48 SPAECE-Alfa 2016

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Esse item avalia a habilidade de reconhecer o gêne-

ro discursivo. O texto apresentado como suporte para

a realização da tarefa é um poema de curta extensão e

composto por duas estrofes, sendo a primeira formada

por três versos e a segunda por dois versos.

Além de ser um gênero que circula no ambiente esco-

lar, o texto ainda apresenta rimas organizadas em versos

com linguagem simples. A presença dessas característi-

cas específicas do gênero poema pode ter contribuído

para facilitar a realização da tarefa.

Os estudantes que escolheram a alternativa B, o gaba-

rito, demonstraram ter desenvolvido a habilidade avaliada

pelo item, já que identificaram que o texto “A lua” perten-

ce ao gênero poema.

Leia o texto abaixo.

A lua

A lua pinta a rua de pratae na mata a lua pareceum biscoito de nata.

Quem será que esqueceua lua acesa no céu?

MURRAY, Roseana. Disponível em: <http://baudashistoriasepoemas.blogspot.com.br/2010/07/poemas-de-roseana-murray.html>. Acesso em: 2 dez. 2013. (P032449E4_SUP)

(P032450E4) Esse texto é

um bilhete.

um poema.

uma lista.

uma receita.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 49

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Desejável2º ano do Ensino Fundamental

ACIMA DE 150 PONTOS

0 75 100 125 150

C Os estudantes que se encontram no padrão desejável desenvolveram habilidades que superam aque-

las esperadas para o período de escolaridade em que se encontram. O que evidencia essa ampliação

cognitiva, diferenciando esses estudantes dos que se encontram em padrões anteriores, é a capaci-

dade de interagir com textos de estrutura mais complexa e de temática menos familiar.

C Os estudantes que se encontram neste padrão de desempenho, no intervalo de 150 a 175 pontos

da escala de proficiência, ampliam as habilidades de identificar a sílaba medial de uma palavra e de

localizar informação explícita em texto verbal, nesse caso, de extensão mediana. Da mesma forma,

conseguem identificar o gênero de textos, como lista e fábula, e a finalidade de textos que circulam

em diferentes esferas sociais, como, por exemplo, curiosidade. Esses estudantes já são capazes de

inferir informação em texto não verbal e de reconhecer o assunto de um texto ouvido, de vocabu-

lário simples, relacionando as informações pontuais que concorrem para o sentido global do texto.

C Os estudantes que se encontram no intervalo de 175 a 200 pontos da escala de proficiência são

considerados alfabetizados, devido à ampliação das capacidades cognitivas referentes ao processo

de interpretação. Os avanços dessa capacidade são percebidos pela ampliação da habilidade de in-

ferir informações, agora em textos verbais e reconhecer o assunto de textos lidos. Esses estudantes

localizam informações explícitas em textos mais extensos, em que a informação se encontra de for-

ma literal ou por meio de paráfrase, inclusive as que aparecem mais ao final dos textos. Além disso,

conseguem reconhecer gêneros discursivos, como, por exemplo, bilhete, anúncio e cartaz. Ainda

quanto à leitura, os estudantes interpretam textos que articulam linguagem verbal e não verbal.

C Aqueles que se encontram no intervalo de 200 a 225 pontos da escala de proficiência reconhecem o

gênero e a finalidade de textos diversos, a partir da resolução de tarefas que apresentam textos com

vocabulário complexo e localizam informações explícitas em um texto verbal longo, de forma literal

ou parafraseada.

C Observa-se que, a partir de 225 pontos da escala de proficiência, os estudantes ampliam as habilida-

des descritas ao longo dos padrões de desempenho, na medida em que, para a realização das tarefas

propostas pelos itens, exige-se do estudante a mobilização de diferentes estratégias de leitura, devido

à complexidade dos textos.

50 SPAECE-Alfa 2016

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Esse item avalia a habilidade de reconhecer o

tema ou assunto de um texto lido. Tal habilidade afe-

re o desenvolvimento de uma compreensão leitora

mais ampla, pois requer o estabelecimento de uma

relação inferencial para a identificação do tema cen-

tral do texto. Nesse caso, o suporte do item é um

texto informativo que possui estrutura curta, uma lin-

guagem simples e direta, com o propósito de fazer

uma divulgação dos museus.

Para acertar o item, o estudante precisa ler todo

o texto e identificar as informações que concorrem

para o sentido global, reconhecendo aquela que re-

presenta uma síntese do que foi lido.

Os estudantes que marcaram a alternativa B, o

gabarito, demonstraram ter desenvolvido a habili-

dade avaliada, pois reconheceram corretamente o

tema central do texto entre as demais alternativas,

que apresentaram informações pontuais sobre a di-

vulgação dos museus.

Leia o texto abaixo.

Os museus são uma fonte de conhecimento incrível dos mais variados assuntos. Belo Horizonte tem vários museus para conhecer e visitar e, neste período de férias, a dica é conhecer os atrativos de cada um deles.

O Museu dos Brinquedos é sem dúvidas um programa obrigatório para a garotada ir conferir.

Disponível em: <http://www1.otempo.com.br/otempinho/leiamais/materiasdecapa/NOT/383326/1>. Acesso em: 27 nov. 2013. Fragmento. (P020343E4_SUP)

(P020344E4) Qual é o assunto desse texto?

A cidade de Belo Horizonte.

A divulgação dos museus.

As brincadeiras de criança.

As férias das crianças.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 51

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52 SPAECE-Alfa 2016

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5

4

3

2

1

Sugestões para a prática pedagógica

Comparar descritores/habilidades avaliadas nos testes do SPAECE-Alfa 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.

Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das avaliações externas.

Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.

Depois de conhecer e analisar os resultados

da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar

em metas e estratégias que visem à melhoria dos

resultados alcançados, tendo como referência o

projeto político-pedagógico da escola.

Esta seção apresenta algumas sugestões pe-

dagógicas que podem contribuir para aprimorar a

qualidade do trabalho docente.

Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-

pendente da fase em que estamos, devemos estar

sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo

foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-

tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-

de do projeto político-pedagógico e a possibilida-

de de mudanças no planejamento escolar sempre

que for necessário.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 53

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D1

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D6

D7

D8

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Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.1

Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:

É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho peda-

gógico na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes da

avaliação em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho em

sala de aula.

Orientações curriculares

Livros e outros materiais didáticos

Matriz(es) de referência da avaliação

54 SPAECE-Alfa 2016

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Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SPAECE-Alfa 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.2

Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações cur-

riculares de seu estado:

ORIENTAÇÕES CURRICULARES

1. Compreender as diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas.

2. Dominar convenções gráficas:

M Compreender a orientação e o alinhamento da escrita da língua portuguesa.

M Compreender a função da segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase.

3. Conhecer o alfabeto:

M Compreender a categorização gráfica e funcional das letras.

M Conhecer e utilizar diferentes tipos de letras (de forma e cursiva).

4. Consciência fonológica.

M Contar sílabas de uma palavra ouvida ou com base em uma imagem (canônica ou não canônica).

M Identificar a sílaba inicial, final ou medial de uma palavra (canônica ou não canônica).

M Identificar palavra iniciada por uma letra com uma única realização sonora/fonética.

M Identificar palavra ou figura que tenha mais de uma realização sonora/fonética.

5. Ler palavras compostas por sílabas no padrão consoante/vogal e/ou outros padrões silábicos como vogal, consoante, consoante, vogal; consoante, vogal, vogal.

M Relacionar palavra à figura ou vice-versa. M Associação de textos formados por uma única frase

à imagem que os representem.

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO

Reconhecer as letras do alfabeto.

Identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos.

Identificar as direções da escrita.

Reconhecer as diferentes formas de grafar uma mesma letra ou palavra.

Identificar a unidade palavra em frases.

Identificar o número de sílabas de uma palavra.

Identificar sílabas de uma palavra.

Identificar variações de sons de grafemas.

Ler palavras formadas por diferentes padrões silábicos.

Ler frases.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 55

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PLANO DE CURSO

1. Identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos.

• Identificar letras quando misturadas a rabiscos e desenhos.

• Identificar letras quando misturadas a números ou outros símbolos gráficos também utilizados na linguagem escrita.

2. Reconhecer as letras do alfabeto.

• • Reconhecer as letras isoladamente .

• • Reconhecer as letras em uma sequência de letras.

• • Reconhecer a letra em uma determinada palavra.

3. Identificar as direções da escrita.

• Reconhecer a primeira ou última palavra de um texto de circulação social (poemas, parlendas, narrativas curtas).

4. Identificar a unidade palavra em frases.

• Identificar, entre frases, aquela que apresenta segmentação correta das palavras que a compõem.

• Identificar o número de palavras que compõem uma frase .

5. Identificar o número de sílabas de uma palavra.

• Contar sílabas de uma palavra ouvida (canônica ou não canônica).

• Contar sílabas de uma palavra com base em uma imagem (canônica ou não canônica).

6. Identificar sílabas de uma palavra.

• Identificar a sílaba inicial ou a sílaba final de uma palavra (canônica ou não canônica).

• Identificar a sílaba medial de uma palavra (canônica ou não canônica).

7. Identificar variações de sons de grafemas.

• Identificar palavra iniciada por uma letra com uma única realização sonora/fonética.

• Identificar palavra ou figura que tenha mais de uma realização sonora/fonética.

8. Ler palavras formadas por diferentes padrões silábicos.

• Relacionar palavra à figura ou vice-versa.

• Relacionar palavra dissílaba ouvida (pouco usual) à palavra escrita.

9. Ler frases.

• Ler frase com estrutura sintática simples (sujeito, verbo, complemento).

• Ler frase com estrutura sintática complexa (sujeito, verbo, complemento, adjuntos adnominais e adverbiais).

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)3

Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abor-

dados em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteúdos

considerados importantes para o desenvolvimento das habilidades destacadas:

56 SPAECE-Alfa 2016

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Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas, parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).

4

C Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de aula?

C Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor desenvol-

vimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?

Para isso, recorra aos resultados das avaliações.

AVALIAÇÃO EXTERNA

RESULTADOS DA ESCOLA NO SPAECE-ALFA 2016

Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na seção Resultados alcançados em 2016. Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.

QUAIS RESULTADOS?

QUAIS AVALIAÇÕES?

AVALIAÇÃO INTERNA Frequência, provas, testes, observação

Por etapa e turma

Língua Portuguesa – 2º ano EF Turma A4

Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:

• Estudante 1: 4,9• Estudante 2: 6,0• Estudante 3: 8,5• ...

Relatório geral da turma:

• Uma proposta de intervenção didática que explora o desenvolvimento do sistema de apropriação da escrita, assim como a leitura de palavras, frases com diferentes níveis de complexidade e de textos literários próximos ao universo infantil , contribui para a alfabetização quaisquer que sejam os níveis de proficiência da turma.

Relatório por estudante:

• Estudante 1: Aos estudantes com proficiência mais baixa, essa proposta possibilita o contato com atividades indispensáveis à formação leitora, o que requer sistematização.

• Estudante 2: Àqueles que já começaram a compreender o processo de alfabetização, representa uma forma de ampliarem suas experiências leitoras, pois colocam em conflito aprendizagens já adquiridas sobre o processo de formação da consciência silábica.

• Estudante 3: O mesmo ocorre entre os estudantes que já apresentam uma proficiência mais à direita da Escala, uma vez que a leitura é a base das tarefas propostas.

DADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA

SPAECE-ALFA

DADOS DA AVALIAÇÃO

INTERNA

ESCOLA

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 57

4 Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.

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Plano de ação da EscolaOs conteúdos podem ser relacionados às habilidades não desenvolvidas?

SIM! Então vamos pensar em planos de ação para o desenvolvimento conjunto desses conteúdos, competências e habilidades.

NÃO! Os planos de ação devem ser elaborados para cada conteúdo. Vamos ficar atentos para não desenvolver planos de ação para uma única habilidade, mas para um conjunto delas, relacionadas a um determinado conteúdo proposto nas orientações curriculares.

Lembre-se de que todo o planejamento da escola é coletivo e tem como refe-rência o projeto político-pedagógico!

É importante compreender a relação entre as orientações curriculares e as habilidades avaliadas pelo SPAE-CE-Alfa. As hipóteses levantadas no diagnóstico poderão ajudá-lo nessa tarefa.

Parecer da Escola. Escola e Turmas .

Com base nos resultados das avalia-ções internas, identifique, junto com seus pares, as principais dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o ano letivo. Para isso, utilize as notas e relatórios.

De acordo com a proficência média da escola e o percentual de acerto por descritor/habilidade das turmas, identifique em quais habilidades os estudantes demonstraram maiores dificuldades.

Relacione as informações coletadas nas duas avaliações:

M São resultados similares? M As dificuldades apresentadas em

sala de aula são as mesmas que aquelas apresentadas na avaliação do SPAECE-Alfa 2016?

M Junto com os seus colegas, levante hipóteses para o que vocês identificaram.

Retome o Plano de curso e relacione conteúdos e habilidades que não foram desenvolvidos de modo apropriado:- Conteúdo 1 Habilidade A - resultados Habilidade B - resultados ...- Conteúdo 2 ...

/// PARTE A C Resultados da Escola

Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,

com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico

interno (escola e turmas).

UM OLHAR PARA OS DIFERENTES DADOS

DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5

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Agora é possível elaborar um planeja-mento pedagógico com base no Plano de Ação da Escola e no PPP, obser-vando as competências e habilidades ainda não desenvolvidas pelos estu-dantes.

Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de habilidades, relacionadas às respectivas competências, acom-panhadas por atividades pedagógicas e itens de avaliações em larga escala que abordam essas habilidades. É im-portante ressaltar que o trabalho com os conteúdos curriculares pode ser reformulado durante o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento pleno das habilidades esperadas para cada eta-pa de escolaridade.

O próximo passo será elaborar um plano de ação de acordo com o de-sempenho dos estudantes. Para isso, utilize o diagnóstico já realizado por você na Atividade dos resultados das turmas.

De acordo com o padrão de desem-penho em que se encontram, os es-tudantes apresentam dificuldades que requerem intervenções de Recupera-ção, Reforço ou Aprofundamento.

Ao pensar na sua sala de aula, você deve propor um plano de ação que contemple intervenções orientadas para estudantes com diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades e competências.

/// PARTE B C Resultados dos estudantes

Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da

escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto

dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.

EXEMPLODIAGNÓSTICO DOS ESTUDANTES

PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR

Esses dados já estão

prontos. Basta você

consultar as atividades

propostas nos roteiros de leitura

e interpretação dos resultados

alcançados.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 59

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Professor (a), as atividades sugeridas para desenvolver as habilidades apresentadas anteriormente

estão relacionadas aos eixos da oralidade, análise linguística (leitura) e escrita. Através desses eixos

pretende-se desenvolver habilidades elementares ao processo de alfabetização.

A proposta é que as tarefas sugeridas não sejam desenvolvidas em um bimestre apenas, mas sim

retomadas a partir de textos de diferentes gêneros ao longo do ano.

I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

OS BICHOS TAMBÉM SONHAM

O TAMANDUÁ SONHA COM UM BICHO DE ORELHAS COMPRIDAS.

O COELHO SONHA COM UM BICHO QUE TEM O NARIZ EM FORMA DE TROMBA.

O ELEFANTE SONHA COM UM BICHO QUE FICA MERGULHADO COM AS ORELHAS, OS OLHOS E

O NARIZ FORA D’ÁGUA.

O HIPOPÓTAMO SONHA COM UM BICHO DE PESCOÇO COMPRIDO.

A GIRAFA SONHA COM UM BICHO QUE SÓ TEM DUAS PATAS E DOIS DEDOS EM CADA UMA.

O AVESTRUZ SONHA COM UM BICHO QUE TEM UMA BOLSA NA BARRIGA.

O CANGURU SONHA COM UM BICHO COM UMA BOCA EM FORMA DE TROMBA.

A ANTA SONHA COM UM BICHO CASCUDO.

O TATU SONHA COM UM BICHO DE LÍNGUA COMPRIDA.

E O TAMANDUÁ TAMBÉM É UM SONHO.

Autora: Andréa Daher

Ilustrador: Zaven Paré

Editora: Martins Fontes

O livro “Os bichos também sonham” compõe o acervo dos livros disponibilizados pelo Ministério da Educação pelo Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE).

60 SPAECE-Alfa 2016

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1º Momento: Preparando-se para a leitura, mobilizando estratégias de antecipação.

ORALIDADE

Professor(a), essa atividade explora a oralidade, observando o conhecimento extralinguístico do estudan-

te sobre os sonhos a partir de seu imaginário, relacionando realidade e fantasia por meio da ideia de que “Os

bichos também sonham”. Nesse caso, atente para os conhecimentos prévios do estudante sobre o tema e

também sobre questões relacionadas à forma do suporte livro de literatura (capa, contracapa, autor, ilustra-

dor, editora, título).

1.1 CONVERSANDO SOBRE SONHO

» Você sabe o que é um sonho?

» Você se lembra de algum sonho que teve? Conte-o para a turma.

» Às vezes a gente pode sonhar acordado? Isso já aconteceu com você?

» Para você, os bichos podem sonhar como a gente sonha?

» Com o que os bichos podem sonhar?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham suas hipóteses sobre o conteúdo do livro.

Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

1.2 OBSERVANDO A ILUSTRAÇÃO DA CAPA DO LIVRO “OS BICHOS TAMBÉM SONHAM”

» Do que você acha que esse livro vai tratar?

» Que bicho você acha que é esse?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham suas hipóteses sobre o conteúdo do livro.

Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

1.3 OBSERVANDO OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

» Na capa, aparecem alguns nomes além do título. Você sabe que nomes são esses?

M Neste caso, é importante que os estudantes observem que, na capa, além do título, aparecem os nomes do autor, do ilustrador e da editora.

Após a conversa sobre esses pontos e outros que porventura surgirem, realize uma leitura oral do texto e

atente aos elementos que permitem sua fluidez (a entonação da voz, o uso adequado dos sinais de pontua-

ção, o tom de voz). Também é importante criar um ambiente favorável à leitura: reservar um momento do

dia especialmente para este fim, de preferência que não seja nos minutos finais da aula; preparar os estudan-

tes para receberem a história, motivando-os para isso; criar um ambiente confortável para ouvir a história.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 61

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2º Momento: Lendo uma história

LEITURA ORAL DO LIVRO DE LITERATURA

M Explore as ilustrações, envolvendo os estudantes durante o momento de contação, criando expectativas que seduzam o leitor.

3º Momento: Retomando a leitura

3.1 ATIVIDADE DE RECONTO

Após a leitura oral do livro, proponha que os estudantes retomem suas hipóteses iniciais sobre a história,

principalmente as relacionadas aos sonhos dos bichos. A ideia central aqui é a de que os estudantes possam

confirmar ou refutar suas hipóteses iniciais após conhecerem o conteúdo do livro.

Reconte a história, se os estudantes solicitarem, ou convide-os a recontá-la. Esse movimento de reconto

costuma agradar aos estudantes, que continuam estabelecendo relações de sentido com o texto literário.

Essa atividade possibilita a apropriação da linguagem escrita, auxiliando na formulação de sínteses e desen-

volvendo inclusive uma escuta atenta ao outro e a ampliação do repertório linguístico dos estudantes. O

reconto pode provocar o mesmo fascínio de quando a história foi ouvida pela primeira vez. Trata-se de uma

estratégia que forma leitores contadores de histórias e mediadores de leituras.

Ofereça o livro para que os estudantes façam esse reconto e esclareça que, mesmo sem saber ler o tex-

to sozinhos ainda, eles podem se apoiar nas imagens para recontar o que lembram da história. Essa é uma

estratégia importante para que os estudantes possam se apropriar do vocabulário da história, fazendo uso,

em seu reconto, de palavras que muitas vezes não conhecem ou usam pouco.

3.2 ATIVIDADE ORAL

» O que você entendeu da leitura desse texto?

» O que mais chamou sua atenção?

» De que parte mais gostou? Por quê?

» Teve alguma parte do texto de que não gostou? Por quê?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham sua síntese sobre o conteúdo do livro. Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

3.3 ATIVIDADE ESCRITA 1

A atividade proposta aqui é a de registrar por escrito as interações orais dos estudantes sobre o que en-

tenderam da leitura. Sugerimos que essa escrita seja registrada em um papel pardo e que você, professor (a),

convide os estudantes, em pequenos grupos, para desenharem tanto nas margens quanto ao final do cartaz.

Explore oralmente as respostas dadas às duas últimas perguntas propostas: de que parte mais gostou e

de qual não gostou. Atente para as explicações, mediando as discussões para que os estudantes percebam

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se gostaram dos mesmos sonhos ou de sonhos diferentes. Crie outro quadro no qual possam exprimir suas

opiniões sobre a história ouvida e outras contadas ao longo da Unidade.

GOSTEI MUITO! GOSTEI! NÃO GOSTEI!

3.4 ATIVIDADE ESCRITA 2

Escrita coletiva de frase.

Professor (a), proponha à turma a escrita coletiva de uma frase em que apareça um dos bichos da história

“Os bichos também sonham”. Durante essa escrita coletiva, solicite que os estudantes falem as frases em

voz alta. Na sequência, peça que soletrem as palavras que irão compor a frase e, enquanto forem soletran-

do, questione-os sobre quais letras ou sílabas usar. Anote no quadro, realizando a leitura com os estudantes

à medida que a frase for sendo construída. Ao final, proponha que todos registrem no caderno a frase e a

ilustrem.

Sugerimos que cada estudante da turma tenha um caderno de anotações sobre as histórias que ouvem.

3.5 ATIVIDADES DE ANÁLISE LINGUÍSTICA

Leia a frase abaixo:

A ANTA SONHA COM UM BICHO CASCUDO.

Peça que os estudantes leiam a frase em voz alta. Em seguida, pergunte:

» Quantas palavras formam a frase?

M A frase é formada por sete palavras. Em geral, os estudantes tendem a não considerar os artigos como palavras, especialmente quando têm apenas uma letra, como no caso da frase apresentada.

» Quantas letras formam cada uma das palavras?

M Para realizar esta atividade, faça uma lista das palavras no quadro e registre o total de letras à frente de cada uma.

» Pergunte qual das palavras é formada por três sílabas e peça que os estudantes a registrem no caderno. Em seguida, peça que localizem, na frase, a palavra trissílaba – CASCUDO – e que circulem a sílaba medial dessa palavra.

» Agrupe, juntamente com os estudantes, as palavras que possuem o mesmo número de letras (5): sonha e bicho.

» Depois, peça que os estudantes observem as outras palavras e que identifiquem quais delas têm mais do que cinco letras, e quais têm menos de cinco letras. Organize-as para que eles possam visualizar as diferenças e as semelhanças.

Professor(a), essas atividades contribuem para o desenvolvimento das habilidades de ler palavras e

frases com estrutura sintática simples, que os estudantes que se encontram nos padrões mais elemen-

tares ainda não desenvolveram. Trata-se de uma tarefa desafiadora para os estudantes alocados nesses

padrões, mas que pode também trazer contribuições para aqueles que se encontram nos demais padrões

de desempenho.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 63

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

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PROFESSORboletim do

LÍNGUA PORTUGUESA

entrevista

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

o programa

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 1982-7644

>>> SPAECE-Alfa 2016Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará