Issuu.com/oEstandarteDeCristo - O ESTANDARTE DE...
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Traduzido do original em Inglês
Father, I Will
By R. M. M'Cheyne
Via: Reformation-Scotland.org.uk
Tradução por Camila Almeida
Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Dezembro de 2014
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
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Pai, Eu Quero Por R. M. M’Cheyne
I
SERMÃO
“Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver,
também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste;
porque tu me amaste antes da fundação do mundo.” (João 17:24)
I. A FORMA DESTA ORAÇÃO
“Pai, eu quero”.
Esta é a mais maravilhosa oração que alguma vez elevou-se da terra para o trono de Deus,
e esta petição é a mais maravilhosa da oração. Nenhuns lábios humanos jamais oraram
assim antes: “Pai, eu quero”. Abraão era amigo de Deus, e ficou muito perto de Deus em
oração; mas ele orou como pó e cinzas. “E respondeu Abraão dizendo: Eis que agora me
atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza” [Gênesis 18:27]. Jacó lutou com Deus e
prevaleceu, mas a sua palavra mais ousada foi: “Não te deixarei ir, se não me abençoares”
[Gênesis 32:26]. Daniel foi um homem muito amado, e teve respostas imediatas às orações,
e ainda assim ele clamou a Deus como um pecador: “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó
Senhor, atende-nos e age” [Daniel 9:19]. Paulo foi um homem que esteve muito perto de
Deus, e ainda assim ele diz: “Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo” [Efésios 3:14]. Porém quando Cristo orou, clamou: “Pai, eu quero”.
Por que Ele ora assim?
Ele era companheiro de Deus: “Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o
homem que é o meu companheiro” [Zacarias 13:7]. Apesar disso, Ele não usurpou o ser
igual a Deus. Foi Ele quem disse: “Haja luz, e houve luz”. Portanto, agora Ele diz: “Pai, eu
quero”.
A Sua vontade e a vontade do Pai era uma: “Eu e o Pai somos um” [João 10:30]. Um só
Deus, um só coração e vontade. É verdade, Ele tinha uma santa alma humana, e, portan-
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to, uma vontade humana; mas Sua vontade humana era uma com a Sua vontade Divina. A
corda humana em seu coração estava sintonizada na mesma corda da Sua vontade Divina.
Queridos filhos de Deus, aprendam quão seguramente esta oração será respondida. É im-
possível que esta oração fique sem resposta. É a vontade do Pai e do Filho. Se Cristo quer,
e se o Pai quer, vocês podem ter certeza de que nada pode impedir isso. Se a ovelha está
na mão de Cristo, e na mão do Pai, ela jamais perecerá.
II. POR QUEM ELE ORA.
“Aqueles que me deste”.
Seis vezes neste capítulo Cristo chama o seu povo por este nome: “Aqueles que me deste”.
Esta parece ter sido uma expressão favorita de Cristo, especialmente quando os conduzia
sobre Seu coração diante do Pai. A razão parece significar que Ele lembra ao Pai que eles
são tanto do Pai como eles são Seus próprios; que o Pai tem o mesmo interesse que Ele
por eles, tendo-lhes dado a Ele antes que o mundo existisse. E assim Ele o repete no
versículo 10: “E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas”. Antes que
o mundo existisse, o Pai escolheu um povo deste mundo. Ele os entregou na mão de Cristo,
ordenando-Lhe que não perdesse nenhum, e que Ele suportaria os seus pecados em Seu
próprio corpo no madeiro, e os ressuscitasse no último Dia. E, consequentemente, Ele diz:
“Dos que me deste nenhum deles perdi” [João 18:9].
Há algum sinal daqueles que são dados a Cristo? Eles não são melhores do que os outros,
pelo contrário, às vezes Ele escolhe os piores, mas há uma outra resposta: “Todo o que o
Pai me dá virá a mim [João 6:37]. Uma das marcas seguras de todos os que foram dados
a Cristo é que eles vêm a Jesus. Todos eles vêm “a Jesus, o Mediador de uma nova aliança,
e ao sangue da aspersão” [Hebreus 12:24]. Você veio a Cristo? O seu coração foi aberto
para receber a Cristo? Cristo tornou-se precioso para você? Então você pode ter a certeza
que você foi dado a Cristo antes da fundação do mundo. Seu nome está no Livro da Vida
do Cordeiro, e seu nome está no peitoral de Cristo. É por você que Ele ora: “Pai, eu quero
que esta alma esteja comigo”. Cristo nunca perderá você. O Pai, que deu você a Ele é
maior do que todos, e ninguém pode arrebatar você da mão do Pai.
III. O ARGUMENTO.
“Porque tu me amaste”.
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Cristo lembra o Pai de Seu amor por Ele, antes que o mundo existisse. Quando não havia
terra, nem sol, nem lua, nem anjo, quando Ele estava ao lado dEle.
Então, “tu me amaste”. Quem pode compreender esse amor, o amor de um Deus não criado
ao Seu Filho não criado? O amor de Jônatas por Davi era muito grande, ultrapassando o
amor das mulheres. O amor de um crente a Cristo é muito grande, porque ele vê que Cristo
é totalmente desejável. O amor de um santo anjo por Deus é muito ardente, porque eles
são como labaredas de fogo. Mas estes todos são amores da criatura; Estes são apenas
córregos; mas o amor de Deus por Seu Filho é um oceano de amor. Há de tudo em Cristo
para atrair o amor do Pai. Agora discirnam Seu argumento: Se Tu me amas, faça isso pelo
Meu povo.
Assim como Ele disse a Paulo: “Por que me persegues?”. Sentindo-se Um com Seus
membros aflitos sobre a Terra. Deste modo Ele dirá no último dia: “Em verdade vos digo
que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” [Mateus
25:40]. Ele reconhece os crentes como parte de Si mesmo; aquilo que é feito a eles é feito
a Cristo. Então, aqui, quando Ele os conduz ao Seu Pai, este é todo o Seu argumento: “Tu
me amas”. Se Tu me amas, os ama, pois eles são parte de Mim. Veja, amado, quão
seguramente a oração de Cristo por você será respondida. Ele não alega que você é bom
e santo; Ele não alega que você é digno; Ele só pleiteia a Sua própria amabilidade aos
olhos do Pai. Não olhe para eles, diz Ele, mas olhe para mim. Tu me amaste, antes da
fundação do mundo. Aprendam a usar o mesmo argumento com Deus, queridos crentes,
isto é, pedir em nome de Cristo, por amor do Senhor. Esta é a oração que nunca é recusada.
Cuidem para que vocês não venham em seu próprio nome, senão vocês serão rejeitados.
Venham assim, para a Sua mesa. Diga ao Pai: me aceite, pois Tu O amas, desde a funda-
ção do mundo.
IV. A ORAÇÃO EM SI.
Duas partes.
1. Que eles estejam comigo.
(1) O que Cristo quer dizer. Ele não quer dizer que devemos estar atualmente retirados
deste mundo. Alguns de vocês que têm vindo a Cristo podem, neste dia, ser favorecidos
com tanto de Sua presença e do amor do Pai, tanto da alegria do céu, e um tal pavor de
voltar a trair Cristo estado no mundo, que vocês podem estar desejando que esta casa
fosse realmente aquele portão do céu; vocês podem desejar serem transportados da mesa
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de baixo para a mesa de cima. “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de
partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” [Filipenses 1:23]. Cristo ainda
não deseja isto. “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” [João 17:15].
“Para onde eu vou não podes agora seguir-me” [João 13:36]. (Como aquela mulher no
Diário de David Brainerd: “Ó bendito Senhor! Leve-me; permita-me morrer e ir com Jesus
Cristo. Tenho medo de que, se eu viver, eu pecarei novamente”).
(2) O que Ele quer dizer. Ele quer dizer que, quando a jornada acabar, estaremos com Ele.
Todo aquele que vem a Cristo tem uma jornada para realizar neste mundo. Alguns têm uma
jornada longa, e alguns têm uma jornada curta. Esta jornada é através de um deserto. Cristo
ainda ora para que, no final, você possa estar com Ele. Todo aquele que vem a Cristo tem
suas doze horas para trabalhar para Cristo. “Convém que eu faça as obras daquele que me
enviou, enquanto é dia” [João 9:4]. Mas quando isso é feito, Cristo ora para que você esteja
com Ele. Ele quer dizer que você deve vir para a casa de Seu Pai, com Ele. “Na casa de
meu Pai há muitas moradas” [João 14:2]. Você deve morar na mesma casa com Cristo.
Você nunca é muito íntimo de uma pessoa até que você a veja em sua própria casa, até
que você a conheça em casa. Isto é o que Cristo quer de nós, que estejamos com Ele em
Sua própria casa. Ele quer que estejamos no seio do mesmo Pai com Ele. “Eu subo para
meu Pai e vosso Pai” [João 20:17]. Ele quer que estejamos no mesmo sorriso com Ele, que
sentemos no mesmo trono com Ele, que nademos no mesmo oceano de amor com Ele.
Aprenda quão seguro você estará, em breve, quando estiver com Cristo. Esta é a vontade
do Pai, esta é a vontade do Filho. É a oração de Cristo. Se você realmente foi levado a
Cristo, você nunca perecerá. Você pode ter muitos inimigos opondo-se a você em seu
caminho para a glória. Satanás deseja ter você para peneirar como trigo. Seus amigos do
mundo farão todo o possível para impedi-lo. Ainda assim você estará com Cristo. Veremos
o seu rosto na mesa da glória. Você tem um coração duro incrédulo e enganoso acima de
todas as coisas, e desesperadamente corrupto. Muitas vezes você acha que o seu coração
levará você a trair Cristo. Ainda assim você estará com Cristo. Se você está em Cristo hoje,
você estará para sempre com o Senhor. Você tem vivido uma vida má. Você tem pecados
terríveis sobre os quais olhar. Ainda assim, se você veio a Jesus, esta é a Sua palavra para
ti: “Tu estarás comigo no paraíso”. Na verdade, Cristo não pode perder você. Você é a Sua
joia, a Sua coroa. O Céu não seria Céu para Ele, se você não estivesse ali. Isso pode lhe
dar coragem ao vir para a mesa do Senhor. Alguns de vocês têm medo de vir a esta mesa,
porque, se vocês se unirem a Cristo hoje, têm medo que possam traí-lO amanhã. Mas
vocês não precisam ter medo. “Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até
ao dia de Jesus Cristo” [Filipenses 1:6]. Vocês devem sentar-se à mesa de cima, onde
Cristo estará na cabeceira. Vocês não precisam ter medo de vir a esta mesa.
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2. Para que vejam a minha glória que me deste.
Há três estágios na glória de Cristo. Esta será a ocupação do céu: a contemplação de todas
elas.
Primeiro. A glória original de Cristo. Esta é a Sua glória não derivada, não criada, como
igual ao Pai. Ela é mencionada em Provérbios 8:30: “Então eu estava com ele, e era seu
arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo”. E,
novamente, nesta oração: “aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (v.
5). Dessa glória nenhum homem pode falar, nenhum anjo, nem arcanjo. Somente de uma
coisa sabemos, que devemos honrar o Filho, bem como devemos honrar o Pai. Ele
compartilha com o Pai em ser o Único todo-perfeito, quando não havia nada para admirar,
ninguém para adorar, nem anjos com harpas de ouro, nem serafins a cantar Seu louvor,
nem querubins a clamar: “Santo, santo, santo”. Antes que todas as criaturas existissem, Ele
era Um com o Deus infinitamente perfeito, bom e glorioso. Ele era, então, tudo o que Ele
mais tarde evidenciou ser. A criação e redenção não O mudaram. Elas apenas só revelaram
o que Ele era anteriormente. Elas apenas forneceram os objetos para que aqueles raios de
glória repousassem, de forma que brilhavam tão plenamente como antes, desde toda a
eternidade. A eternidade será tomada com o louvor a Deus, à medida que Ele revelou a Si
mesmo absolutamente; assim mesmo Ele sairá do retraimento de Sua amável e bem-
aventurada eternidade.
Segundo. Quando Ele se tornou carne. “O Verbo se fez carne” [João 1:14]. Cristo não
obteve mais glória, tornando-se homem, mas Ele manifestou a Sua glória de uma nova
maneira. Ele não ganhou uma perfeição maior, tornando-se homem; Ele tinha todas as
perfeições de Deus anteriormente. Mas agora essas perfeições eram derramadas através
de um coração humano. A onipotência de Deus agora movia-se em um braço humano. O
amor infinito de Deus agora bateia em um coração humano. A compaixão de Deus pelos
pecadores agora brilhava em um olho humano. Deus era amor antes, mas Cristo foi o amor
coberto com carne. Assim como quando você vê o sol brilhando através de uma janela
colorida, e contudo a mesma luz do sol, ainda que brilha com um brilho agradável, de modo
semelhante em Cristo habita toda a plenitude da Divindade. A perfeição da Divindade
brilhou por todos os poros, por meio de toda a ação, palavra e olhar, as mesmas perfeições,
somente estavam brilhando com um brilho ameno. O véu do templo era um tipo de sua
carne, porque ele cobria a luz brilhante do santo dos santos. Mas, assim como a luz
brilhante da Shekiná muitas vezes brilhou através véu, assim ocorreu, pois à Divindade do
próprio Cristo irrompeu-se através do coração do homem Jesus Cristo. Havia muitas
aberturas do véu quando a glória resplandecente brilhava.
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1. Quando Cristo transformou a água em vinho. Ele manifestou a Sua glória e os Seus
discípulos creram nEle. A Onipotência falou com uma voz humana, e o amor de Deus,
também, brilhou na mesma; pois Ele mostrou que Ele veio para transformar toda a nossa
água em vinho.
2. Quando Cristo chorou sobre Jerusalém. Isso foi uma grande demonstração da Sua glória.
Havia muita coisa que era humana nEle: Os pés que ficavam sobre o Monte das Oliveiras
eram humanos. Os olhos que desprezaram a cidade deslumbrante eram humanos. As
lágrimas que caíram no chão eram humanas. Mas havia a ternura de Deus batendo debaixo
daquele manto! Olhem e vivam, pecadores. Olhem e vivam. Eis o vosso Deus! Aquele que
vê a Cristo chorando, viu o Pai. Este é Deus manifestado em carne. Alguns de vocês temem
que o Pai não queira que vocês venham a Cristo e sejam salvos. Mas vejam aqui, Deus
está manifestado em carne. Aquele que vê o Filho vê o Pai. Veja aqui o coração do Pai e o
coração do Filho desvelados. Oh! Por que vocês duvidam? Cada uma dessas lágrimas
escorre do coração de Deus.
3. Na cruz. As feridas de Cristo foram as maiores demonstrações de Sua glória que já
existiram. A glória Divina brilhou mais através de Seus ferimentos do que através de toda
a Sua vida antes. O véu foi então rasgado em dois, e pelo que todo o coração de Deus
permitiu comunicar-se. Este era um corpo humano que se contorcia, pálido e torturado,
sobre o madeiro maldito; eram mãos humanas que foram furadas tão rudemente pelos
cravos; era carne humana que suportou aquele golpe mortal sobre o lado; era sangue
humano que fluía de mãos e pés, e lado; o olho que humildemente se virou para o Seu Pai
era um olho humano; a alma que suspirou sobre Sua mãe era uma alma humana. Mas oh,
havia glória Divina fluindo através de tudo. Cada ferida era uma boca para falar da graça e
do amor de Deus!
A santidade Divina brilhou: O infinito ódio ao pecado estava ali quando Ele se ofereceu,
assim, um sacrifício sem mácula a Deus! A sabedoria Divina brilhou: todos os seres criados
não poderiam ter concebido um plano pelo qual Deus seria justo e justificador. O amor
Divino: cada gota de sangue que caiu veio como um mensageiro do amor de Seu coração
para contar sobre o amor da fonte. Este foi o amor de Deus. Aquele que vê a Cristo
crucificado, vê o Pai. Oh, olhem para o pão partido, e vocês ainda verão essa glória fluindo!
Aqui está o coração de Deus desvelado, Deus se manifestou em carne. Alguns de vocês
estão debruçados sobre o seu próprio coração, examinem seus sentimentos, observando
sua doença. Desviem o olhar de tudo no interior. Eis-me aqui, eis-me! — Cristo clama —
Olhem para mim, e sejam salvos. Contemplem a glória de Cristo! Há muita dificuldade sobre
o seu próprio coração, mas não há trevas sobre o coração de Cristo. Olhem através de
Suas feridas; acreditem no que vocês veem nEle.
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Terceiro. A glória de Cristo assunto. Eu não posso falar disso. Eu confio que um dia, em
breve, eu verei isto. Ele não deixou de lado a glória que Ele tinha na terra. Ele ainda é o
Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Mas Ele tem mais glória agora. Sua
humanidade não é mais um véu para esconder qualquer um dos raios de Sua Divindade.
Deus brilha ainda mais claramente através dEle. Agora, Ele obteve muitas coroas, o óleo
de alegria, o cetro de justiça.
O Céu será gasto em contemplar a Sua glória. Veremos o Pai eternamente nEle. Olharemos
em Seu rosto, e em Seu olho humano leremos o terno amor de Deus por nós, para sempre.
Ouviremos de Seus santos lábios humanos claramente do Pai. “Chega, porém, a hora em
que não vos falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai” (João
16:25). Olharemos em Suas cicatrizes, saradas, porém evidentes e abertas em Suas mãos,
e os pés, e o lado, e a fronte de brilho celeste, e leremos ali eternamente o ódio de Deus
contra o pecado, e o Seu amor por nós que O levou a morrer por nós. E, às vezes, talvez,
possamos inclinar a nossa cabeça onde João inclinou-se, sobre Seu santo seio. Oh! se o
Céu deve ser desfrutado dessa forma, o que farão vocês, que nunca viram a Sua glória?
Ó, amados, se sua eternidade deve ser gasta assim, passem muito de seu tempo desta for-
ma! Se vocês devem estar assim comprometidos com a mesa acima, estejam assim com-
prometidos agora com a mesa de baixo.
Comunhão de Sabath, 19 de janeiro de 1840.
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I I
PROTEGENDO AS MESAS
“Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma proprieda-
de, e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a deposi-
tou aos pés dos apóstolos. Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu
coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?
Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste
este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo
estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram. E,
levantando-se os moços, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram. E,
passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que
havia acontecido. E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela
disse: Sim, por tanto. Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para
tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e
também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-
na morta, e a sepultaram junto de seu marido. E houve um grande temor em toda a igreja,
e em todos os que ouviram estas coisas. E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o
povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão.
Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande
estima. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada
vez mais” (Atos dos Apóstolos 5:1-14).
Houve hipócritas na igreja de Cristo desde o início. Havia um Judas, mesmo entre os doze
apóstolos; e na igreja apostólica houve um Ananias e uma Safira. Observem:
1. O seu pecado: uma mentira. Quando tanto do Espírito foi dado, todos tiram um só cora-
ção e alma. Aqueles que tinham propriedades, as venderam, trouxeram o preço, e o deposi-
taram aos pés dos apóstolos. Foi uma amável visão para contemplar. Entre o restante veio
um Ananias, ele era rico. Por algum motivo mundano, ele se juntou aos Cristãos, marido e
mulher, ambos sem Cristo, almas sem a graça. Ele vendeu suas posses para ser parecido
como o restante, e trouxe uma parte, e disse que era o seu tudo! Ele fingiu ser um Cristão,
ele fingiu que a graça estava em seu coração. Não mentiu ao homem somente, mas ao
Espírito Santo; pois ele estava declarando que Deus havia feito uma mudança em sua alma,
quando não havia nenhuma. Ele ainda era o velho Ananias.
2. Sua punição: Eles caíram e entregaram o espírito. Oh! É algo terrível quando os pecado-
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res morrem no ato do pecado, com a mentira na sua boca, com a blasfêmia sobre a sua
língua. Assim foi com os miseráveis Ananias e sua esposa. Em um momento, num piscar
de olhos, eles estavam no lugar para onde todos os mentirosos vão.
3. O efeito: um grande temor veio sobre todos eles. Ninguém ousava juntar-se à companhia
dos apóstolos.
Queridos amigos, estas coisas estão escritas para nosso ensino. Não há ninguém que veio
aqui hoje com a mentira de Ananias em seu coração?
O pão partido e o vinho derramado representam o corpo partido e o sangue derramado de
Cristo. Oh! é o suficiente para derreter o coração do mais forte que olhar para eles. Tomar
este pão e vinho é declarar que você tem comunhão com Cristo, que você O toma como
seu Salvador, que Deus abriu seu coração para crer. No casamento, a aceitação da mão
direita é uma declaração solene, por sinal, que você aceita a noiva ou o noivo; e assim na
Ceia do Senhor. Se não é assim com você, então isto é uma mentira; e é uma mentira para
o Espírito Santo. Ananias veio declarando que ele tinha a obra do Espírito em seu coração.
Esta era uma época em que muito do Espírito de Deus havia sido concedido (vv. 31 e 32).
É provável que ele e sua esposa tivessem algumas convicções. Mas uma vez que isto era
falso, uma vez que ele não era realmente o que ele fingia ser, é dito: “mentiu ao Espírito
Santo”. Assim, queridos amigos, o Espírito Santo está particularmente presente nesta orde-
nança. Ele glorifica a Cristo. Ele converteu muitos neste lugar. Pecar hoje, é mentir contra
o Espírito Santo. Ao vir para a mesa, você professa que você está sob o ensinamento do
Espírito. Se você não estiver, você mente ao Espírito Santo!
Agora, você sabe que não veio a Cristo? Você sabe que não é convertido? E você sentar-
se-á ali e tomará o pão e o vinho? Tome cuidado, Ananias! Tu não mentes a um homem,
mas a Deus.
Talvez haja um dentre vocês alguém que está secretamente viciado em beber, a blasfemar,
a ser impuro. Você vai vir e tomar o pão e o vinho? Tome cuidado, Ananias!
Talvez haja dois dentre vós, marido e mulher, que sabem que nenhum de vocês jamais fo-
ram convertidos. Vocês nunca oram juntos, e ainda assim vocês concordam em conjunto a
virem aqui. Tomem cuidado, Ananias e Safira!
Não existe nenhum dentre vós que seja um perseguidor? Suponha um pai, cujos filhos têm
vindo a Cristo, mas em seu coração você odeia a mudança deles; você se opõe a isso com
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palavras amargas; e, ainda assim, com um semblante suave, você chegou a sentar-se ao
lado deles à mesma mesa! Ó, hipócrita, tome cuidado para que não caia morto! Retire a
sua a mão para que ela não fique mirrada! Se pudéssemos ver o copo cair de sua mão, e
olho envidraçar, e os pés se tornarem frios, ó, onde estaria a sua alma?
Queridos filhos de Deus, não desanimem de vir a esta mesa sagrada. Esta é propagada
aos pecadores que veem Jesus. “Ó, venha e coma”. Alguns de vocês dizem: “Eu não conhe-
ço o caminho para esta mesa”. Jesus diz: “Eu sou o caminho”. Alguns de vocês dizem: “Eu
sou cego; eu não consigo ver os meus pecados, nem meu Salvador”. Vão lavar-se no
tanque de Siloé. Alguns de vocês dizem: “Eu sou nu”. Jesus diz: “Aconselho-te que de mim
compres... roupas brancas, para que te vistas”. Vocês estão contaminados em seu próprio
sangue; mas Cristo lançou a Sua orla sobre vocês? Então não tenham medo; venham com
o Seu manto sobre vocês. Venham assim, e vocês são bem-vindos.
I I I
SERVIÇO DE MESA
(Este é o único exemplar de seu Serviço de Mesa, encontrado em seu próprio escrito à
mão, mas sem data).
“O meu amado é meu, e eu sou dele” (Cânticos 2:16).
1. Nos braços de minha fé, Ele é meu. Eu já fui do mundo, frio e descuidado com a minha
alma. Deus me despertou e me fez sentir que eu estava perdido. Eu tentei tornar-me bom,
consertar a minha vida; mas eu tentei isto em vão, pois fiquei mais perdido do que antes.
Eu fui, então, alertado a crer no Senhor Jesus. Então, eu tentei me fazer acreditar. Eu li
livros sobre a fé, e tentei inclinar minha alma a crer, para que eu fosse para o Céu, porém
tudo isso em vão. Eu encontrei isto escrito: “A fé é um dom de Deus” (Efésios 2:8). “Ninguém
pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1 Coríntios 12:3). Então eu
fiquei mais perdido do que nunca. Enquanto eu estava assim, indefeso, Jesus se
aproximou, com suas vestes mergulhadas em sangue. Ele havia esperado muito tempo em
minha porta, mas eu não sabia disto. Sua cabeça estava “cheia de orvalho, os seus cabelos
das gotas da noite” (Cânticos 5:2). Ele tinha cinco feridas profundas, e Ele disse: “Eu morri
no lugar de pecadores; e qualquer pecador pode ter-me como Salvador. Você é um pecador
desamparado; você terá a mim?”. Como posso resisti-lO? Ele é tudo o que eu preciso! Eu
O segurei, e não o deixei ir. “Meu amado é meu”.
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2. Nos braços do meu amor, Ele é meu. Outrora eu não sabia o que as pessoas queriam
dizer por amar a Jesus. Eu queria perguntar como eles poderiam amar alguém a quem eles
nunca haviam visto; mas foi respondido: “Ao qual, não o havendo visto, amais” [1 Pedro
1:8]. Mas agora que eu tenho me escondido nEle, agora que eu estou apegado a Ele, agora
eu sinto que não posso deixar de amá-lO; e eu espero vê-lO, para que eu possa amá-lO
mais. Muitas vezes eu caio em pecado, e isso remove a sensação de segurança em Cristo.
A escuridão vem, tudo está nublado, Cristo está ausente. Ainda assim, nessa ocasião, eu
estou doente de amor. Cristo não é luz e paz para mim; mas eu O sigo diligentemente em
meio à escuridão, Ele é precioso para mim; e apesar de eu estar em trevas, Ele ainda é o
meu amado: “Tal é o meu amado, e tal o meu amigo” (Cânticos 5:16).
3. Ele é meu no sacramento. Muitas vezes, eu disse a Ele em oração: Tu és meu. Muitas
vezes, quando as portas se fecharam, e Jesus veio mostrando Suas feridas, dizendo: “Paz
seja convosco”, minha alma apegou-se a Ele, e disse: “Meu Senhor e meu Deus!”. Meu
amado, Tu és meu! muitas vezes tenho encontrado com Ele em lugares solitários, onde
não havia olhos de homens. Muitas vezes tenho chamado as rochas e árvores para teste-
munharem que eu O tomei para ser o meu Salvador. Ele me disse: “desposar-te-ei comigo
para sempre”, e eu Lhe disse: “O meu amado é meu”. Muitas vezes tenho saído com algum
amigo Cristão, e nós derramamos nossos trêmulos corações juntos, consultando um ao
outro como para saber se tínhamos liberdade para nos aproximarmos de Cristo ou não; e
nós juntos chegamos a esta conclusão: que se nós apenas fôssemos pecadores desam-
parados, tínhamos o direito de nos aproximar do Salvador dos pecadores. Nós nos apega-
mos a Ele e O chamamos de nosso. E agora, viemos para tomá-lO publicamente, para
chamar um mundo ímpio para testemunhar, para chamar o céu e a terra para um registro
de nossa alma, que nós realmente nos aproximamos de Cristo. Vejam-nO entregando-se a
nós no pão! Nós O aceitamos ao aceitarmos este pão. Deem testemunho, homens e anjos,
dê testemunho todo o universo: “O meu amado é meu”.
(Os comungantes, em seguida, participaram do pão partido e do cálice de bênção).
(Era seu costume, depois de terem participado da Ceia do Senhor, falar brevemente sobre
alguns textos apropriados, antes de despedi-los das mesas. No Sabath de 19 de janeiro,
os textos eram: “Amai-vos uns aos outros”, “Tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu
nome, ele vo-lo há de dar” e “Em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições” [João 15:12;
14:13; 16:33].
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I V
DISCURSO DE CONCLUSÃO DO DIA
“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória.” (Judas 1:24)
Não há fim para as ansiedades de um pastor. Nosso primeiro cuidado é para que vocês
estejam em Cristo; e o próximo, é que vocês sejam guardados de cair. Eu tenho uma boa
esperança, amados, que um bom número de vocês uniu-se hoje ao Senhor. Mas agora
uma nova ansiedade começa: levá-los a andar em Cristo, a caminhar segundo o Espírito.
Aqui nós lhes dizermos o que Deus, nosso Salvador é capaz de fazer por vocês:
Primeiramente, os guarda de cair por todo o caminho; em segundo lugar, vos apresentará
irrepreensíveis por fim.
I. GUARDÁ-LOS DE TROPEÇAR.
(1) Nós mesmos não somos capazes de guardar alguém de cair. Aqueles que se apoiam
em ministros, apoiam-se em uma cana agitada pelo vento. Quando uma alma recebeu a
mensagem salvífica por meio de um ministro, ela frequentemente pensa que será mantido
de cair pelos mesmos meios. Ele pensa: “Ah, se eu tivesse esse amigo sempre ao meu
lado para me advertir, para me aconselhar!”. Não; ministros não estão sempre próximos,
nem amigos piedosos. Vossos pais, onde estão eles? E os profetas, eles viverão para
sempre? Nós em breve poderemos ser retirados de vocês, e pode vir a fome do pão. E,
além disso, nossas palavras nem sempre informam. Quando a tentação e as paixões são
fortes, vocês não darão ouvidos a nós.
(2) Vocês nem sempre são capazes de guardarem a si mesmos de cair. No momento vocês
sabem pouco da fraqueza ou maldade de seu próprio coração. Não há nada mais enganoso
do que sua estimativa de sua própria força. Oh, se vocês vissem a sua alma em toda a sua
enfermidade; se vocês vissem como todo pecado tem a sua fonte no seu coração; se vocês
vissem que mera cana vocês são, vocês clamariam: “Senhor, dirige os meus passos”
[Salmos 17:5]. Vocês podem estar fortes, no momento, mas esperem até que uma com-
panhia convidativa apareça; esperem até uma oportunidade secreta. Oh, quantos cairiam,
então! No momento vocês se sentem fortes, como se seus pés fossem como os das corsas.
Assim fez Pedro à mesa do Senhor. Mas esperem até que esta explosão de sentimento
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passar; esperem até que vocês sejam convidados a juntar-se em algum jogo profano; espe-
rem até alguma oportunidade completamente invisível, secreta de pecar, até que alguma
provocação amarga desperte a sua raiva, e vocês encontrarão que vocês são fracos como
a água, e que não há pecado em que não possam cair.
(3) Deus, Nosso Salvador é capaz de guarda-los de cair. Cristo nos trata como vocês fazem
com os seus filhos. Eles não podem andar sozinhos; vocês os seguram; o mesmo acontece
com Cristo por meio de Seu Espírito. “Eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus
braços” (Oséias 11:3). Suspirem esta oração: “Senhor, leve-me pelos braços”, diz John
Newton. Quando uma mãe está ensinando seu filho a andar sobre um tapete macio, ela,
às vezes, o deixa ir, e ele cairá, para ensiná-lo sobre a sua fraqueza; mas não chegaria a
tanto se estivesse à beira de um precipício. Assim o Senhor, às vezes, os deixa cair, como
Pedro nas águas, mas não para seu dano. O pastor carrega a ovelha em seu ombro; não
importa quão grande a distância seja; não importa quão altas as montanhas, quão áspero
o caminho; nosso Deus Salvador é um Pastor Onipotente. Alguns de vocês têm montanhas
em seu caminho para o céu, alguns de vocês têm montanhas de luxúrias em seus corações,
e alguns de vocês têm montanhas de oposição; não importa, apenas deitem no ombro. Ele
é capaz de guardá-los; mesmo no vale sombrio Ele não tropeçará.
II. APRESENTAR-VOS IRREPREENSÍVEIS
(1) Irrepreensíveis em justiça. Enquanto vocês vivem em vosso corpo mortal, vocês serão
repreensíveis em si mesmos. Acreditar em qualquer outra coisa é um erro capaz de arruinar
a alma. Oh! se vocês fossem sábios, olhariam muitas vezes para debaixo do manto da
justiça do Redentor para ver sua própria deformidade! Isto manterá vocês mais rapidamente
sob Seu manto, e os manterá lavando-se na fonte. Agora, quando Cristo lhes trouxer diante
do trono de Deus, Ele vestirá você com o Seu próprio linho fino, e vos apresentará
irrepreensíveis. Oh, é doce para mim pensar em quão breve vocês terão a justiça de Deus
nEle. Que justiça gloriosa, que pode permanecer à luz da face de Deus! Às vezes, uma
peça de roupa parece branca com pouca luz; quando vocês a trazem para a luz do sol pode
ver as manchas. Oh! louvem, então, a justiça Divina, que é a vossa cobertura.
(2) Irrepreensíveis em santidade. Meu coração às vezes adoece quando eu penso sobre
os defeitos dos crentes; quando eu penso em um Cristão sendo amante da vida social,
outro vaidoso, outro dado à maledicência. Oh! anelem por serem Cristãos santos! Cristãos
luminosos, resplandecentes. O céu está mais adornado pelas grandes constelações bri-
lhantes do que por muitas estrelas insignificantes; assim Deus pode ser mais glorificado por
um único Cristão brilhante do que por muitos indiferentes. Anelem por ser este único.
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Em breve, seremos irrepreensíveis. Aquele que começou, o concluirá. Seremos seme-
lhantes a Ele, porque O veremos como Ele é. Quando vocês deixarem este corpo, podem
dizer: Adeus para sempre concupiscência; adeus meu odioso orgulho; adeus odioso egoís-
mo; adeus luta e inveja; adeus, vergonha de Cristo. Oh! isso torna a morte doce, de fato!
Oh! anelem partir e estar com Cristo!
III. A ELE SEJA A GLÓRIA
(1) Se algo tem sido feito por sua alma, deem a Ele a glória! Não louvem nenhum outro,
deem todo o louvor a Ele.
(2) E deem o domínio a Ele também. Apresentai-vos a Ele, alma e corpo.
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“Pai, eu quero” é extraído de Memórias e Lembranças do Reverendo Robert Murray
M'Cheyne, pelo Reverendo Andrew Bonar. Publicado pela primeira vez em 1844,
(Reimpresso, Edinburgh: Oliphant, Anderson, e Ferrier, 1883), páginas 419 a 431.
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
Pink
Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
Plenitude do Mediador, A — John Gill
Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
M'Cheyne
Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
Sangue, O — C. H. Spurgeon
Semper Idem — Thomas Adams
Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
Owen e Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Edwards
Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Owen
Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Downing
Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.