ISTOÉ Gente (25/04/11)

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FERNANDA LIMA E RODRIGO HILBERT A FESTA DE 3 ANOS DOS GÊMEOS 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 6 0 6 0 0 ISSN 1516 -8204 R$ 9,90 25/ABR/2011 ANO 12 N° 606 A três dias de o ídolo festejar sete décadas de vida, sua filha mais velha, ANA PAULA, morre por parada cardíaca, exatamente um ano após a morte da mãe dele, LADY LAURA PERDAS, FÉ E SUPERAÇÃO: o poder de reação às grandes tristezas que o abateram Roberto Carlos 70 anos O Rei está triste CLAUDIA OHANA AOS 48 ANOS, A ETERNA GATA SELVAGEM CONTA SEUS SEGREDOS O cantor chega de carro ao enterro da enteada, no sábado 16, em São Paulo. Ela tinha 3 anos quando ele assumiu sua paternidade PAULO BORGES ENTREVISTA LAUDOMIA PUCCI , A HERDEIRA DA MARCA E DAS ESTAMPAS MAIS AMADAS DO MUNDO SABRINA SATO REATA COM O DEPUTADO FÁBIO FARIA

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Edição 606 da Revista ISTOÉ Gente.

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FERNANDA LIMA E RODRIGO HILBERT

A FESTA DE 3 ANOS DOS GÊMEOS

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R$ 9,90

25/ABR/2011ANO 12N° 606

A três dias de o ídolo festejar sete décadas de vida, sua fi lha mais velha, ANA PAULA, morre por parada cardíaca, exatamente um ano após a morte da mãe dele, LADY LAURAPERDAS, FÉ E SUPERAÇÃO: o poder de reação às grandes tristezas que o abateram

Roberto Carlos 70 anos O Rei está triste

CLAUDIA OHANAAOS 48 ANOS, A ETERNA GATA SELVAGEM CONTA SEUS SEGREDOS

O cantor chega de carro ao enterro da enteada, no sábado 16, em São Paulo. Ela tinha 3 anos quando ele assumiu sua paternidade

PAULO BORGES ENTREVISTA LAUDOMIA

PUCCI, A HERDEIRA DA MARCA E DAS ESTAMPAS

MAIS AMADAS DO MUNDO

SABRINA SATO REATA COM O DEPUTADO

FÁBIO FARIA

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HAVIA OITO MESES, CLAUDIA OHANA mantinha os cabelos na altura dos ombros. Em março, por conta de seu mais novo trabalho, a cangaceira Benvinda da novela Cordel Encantado, a atriz teve de espichar a cabeleira com um aplique. Ninguém percebeu ou comentou a mudança. “As pessoas sempre lembram de mim com o cabelão e me enxergam como uma mulher mais selvagem por causa disso”, comenta ela, achando graça.

Selvagem e sensual. É essa a imagem que o Brasil tem de Claudia. Seja pelas madeixas longas, negras e volumo-sas, seja pelas mulheres brejeiras que interpretou no cine-ma e na televisão. Ou, ainda, pelo símbolo sexual que encarnou na década de 80 e faz jus até hoje. Aos 48 anos, a morena de expressivos olhos cor de mel – que já foram comparados com os de Sophia Loren por Fábio Barreto, que a dirigiu no filme Luzia Homem – preserva os traços joviais. O jeito de menina, entretanto, vem acompanhado da experiência de quem começou cedo na carreira, aos 16 anos. Só no cinema, atuou em 14 filmes – muitos deles dirigidos por seu ex-marido, o moçambicano Ruy Guerra, pai de sua única filha, Dandara, de 27 anos. O 15º, A Novela das Oito, do pernambucano Odilon Rocha, deve chegar às salas de exibição em agosto.

Claudia foi precoce não apenas na pro-fissão. Aos 15 anos, enfrentou o baque de ter perdido a mãe, a montadora de cinema Nazareth Ohana, amicíssima de Leila Diniz, num acidente de carro. Aos 18, se casou com Ruy Guerra, 33 anos mais velho que ela – um ato de transgressão para a época. Há seis anos, se tornou avó. Com Martin, ela brinca de joguinhos de computador em vez de con-tar historinhas ou fazer tricô. A passagem do tempo, definitivamente, é encarada sem grilos. “Todo mundo pergunta muito a minha idade, eu falo na boa”, diz ela.

Namorando há três meses o câmera Yussef Kalume, que conheceu durante as fil-magens de A Novela das Oito, Claudia con-versou com Gente sobre como encara a chegada dos 50 anos, diz que se considera uma amiga da filha e rechaça uma outra imagem que muita gente faz dela: a de ripon-ga-zen-budista. Seu segredo de juventude está calcado, sim, na alimentação saudável, mas sem neuras. Para ela, tem funcionado.

Daniele Maia e Gustavo Autran

FOTOS Felipe Varanda

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HAVIA OITO MESES, CLAUDIA OHANA mantinha os cabelos na altura dos ombros. Em março, por conta de seu mais novo trabalho, a cangaceira Benvinda da novela Cordel Encantado, a atriz teve de espichar a cabeleira com um aplique. Ninguém percebeu ou comentou a mudança. “As pessoas sempre lembram de mim com o cabelão e me enxergam como uma mulher mais selvagem por causa disso”, comenta ela, achando graça.

Selvagem e sensual. É essa a imagem que o Brasil tem de Claudia. Seja pelas madeixas longas, negras e volumo-sas, seja pelas mulheres brejeiras que interpretou no cine-ma e na televisão. Ou, ainda, pelo símbolo sexual que encarnou na década de 80 e faz jus até hoje. Aos 48 anos, a morena de expressivos olhos cor de mel – que já foram comparados com os de Sophia Loren por Fábio Barreto, que a dirigiu no filme Luzia Homem – preserva os traços joviais. O jeito de menina, entretanto, vem acompanhado da experiência de quem começou cedo na carreira, aos 16 anos. Só no cinema, atuou em 14 filmes – muitos deles dirigidos por seu ex-marido, o moçambicano Ruy Guerra, pai de sua única filha, Dandara, de 27 anos. O 15º, A Novela das Oito, do pernambucano Odilon Rocha, deve chegar às salas de exibição em agosto.

Claudia foi precoce não apenas na pro-fissão. Aos 15 anos, enfrentou o baque de ter perdido a mãe, a montadora de cinema Nazareth Ohana, amicíssima de Leila Diniz, num acidente de carro. Aos 18, se casou com Ruy Guerra, 33 anos mais velho que ela – um ato de transgressão para a época. Há seis anos, se tornou avó. Com Martin, ela brinca de joguinhos de computador em vez de con-tar historinhas ou fazer tricô. A passagem do tempo, definitivamente, é encarada sem grilos. “Todo mundo pergunta muito a minha idade, eu falo na boa”, diz ela.

Namorando há três meses o câmera Yussef Kalume, que conheceu durante as fil-magens de A Novela das Oito, Claudia con-versou com Gente sobre como encara a chegada dos 50 anos, diz que se considera uma amiga da filha e rechaça uma outra imagem que muita gente faz dela: a de ripon-ga-zen-budista. Seu segredo de juventude está calcado, sim, na alimentação saudável, mas sem neuras. Para ela, tem funcionado.

Daniele Maia e Gustavo Autran

FOTOS Felipe Varanda

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É uma cangaceira, um personagem duro, desprovido de vai-dade. Nesse sentido, bem diferente do que eu já tinha feito. Meus outros trabalhos regionais tinham o toque da sensuali-dade. Esse, não. Eu já havia mapeado esse universo, mas a Benvinda é diferente.

Tive que voltar a montar a cavalo. Quando fiz a novela A Próxima Vítima levei um tombo muito sério e fiquei trauma-tizada. Desde então não tinha voltado a montar. Mas para a Benvinda tive que encarar. No início tive medo, mas sabe que foi bom superar isso?

É uma opção de vida fazer outras coisas também, televisão, teatro. Mas adoro e quero continuar a fazer muita coisa em cinema também.

Sempre fui liberal, mas bem presente na vida da Dandara. A gente se dá superbem, é amiga mesmo. Mãe sempre se mete um pouco, dou meus pitacos, mas no fundo ela faz o que quer. A gente concorda em muitas coisas e ela me dá conse-lhos também. Me orgulho da pessoa que ela é. Nunca tive papos sérios do tipo: “Minha filha, sexo é isso, droga é aquilo”. Sempre foi tudo muito natural com a gente. O que acontecia ela sempre me contava. Soube quando ela deu o primeiro beijo, quando perdeu a virgindade. Tudo. Sempre tentei me aproximar da minha filha contando as minhas histórias, tro-cando. Isso traz confiança.

O Martin é a paixão da minha vida. Ser avó é uma delícia, é permitir tudo. A Dandara briga comigo porque deixo ele ficar horas no computador. Ela é bem rigorosa com ele. Uma mãe muito regrada. Não come isso, não come aquilo, tem hora para tudo... Engraçado, a gente tem afinidade à beça, mas nisso somos bem diferentes. Então, ele abusa de mim, sabe

que deixo tudo, que brinco com ele. Não sou uma avó típica, que fica fazendo tricô ou con-tando história, mas adoro quando ele me chama de avó. Acho lindo!

Fazer 30 foi mais complicado, até porque minha mãe morreu cedo, aos 35, num aci-dente de carro. Então, passar por essa marca me assustou um pouco. Depois vi que era um ganho. Não estou perdendo, afinal de contas, estou vivendo. Só tem uma maneira de você não envelhecer que é morrendo. Então, vamos envelhecer bem! Todo mundo pergunta muito sobre a minha idade, e eu falo na boa. Digo com o maior orgulho, até porque quan-do falo, dizem que pareço ter bem menos.

Tem seu lado bom e o lado ruim. O lado bom é que você sabe e só se permite o que quer. O lado ruim é de repente ver o corpo diferente. Nunca fiz plástica, mas foi por medo. O espe-lho já pede algumas correções, sem dúvida. Mas tenho medo da cirurgia, de me descarac-terizar. Mas acho que em alguma época vai acontecer, sim. Amadurecer é isso.

Como não penso em fazer nenhuma inter-venção cirúrgica, me cuido em dobro. Minha alimentação é super-regrada. Fibra, legumes, verdura, proteína. O que facilita também é que não gosto de junkie food, sabe? Mas tam-bém não sou vegetariana como as pessoas acham. Dizem que tenho cara de natureba, mas não sou. Preciso de carne. Sou bem car-nívora. E não dispenso meu café com leite. Amo. Preciso para começar bem o dia. Dormir bem é outro grande segredo.

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É uma cangaceira, um personagem duro, desprovido de vai-dade. Nesse sentido, bem diferente do que eu já tinha feito. Meus outros trabalhos regionais tinham o toque da sensuali-dade. Esse, não. Eu já havia mapeado esse universo, mas a Benvinda é diferente.

Tive que voltar a montar a cavalo. Quando fiz a novela A Próxima Vítima levei um tombo muito sério e fiquei trauma-tizada. Desde então não tinha voltado a montar. Mas para a Benvinda tive que encarar. No início tive medo, mas sabe que foi bom superar isso?

É uma opção de vida fazer outras coisas também, televisão, teatro. Mas adoro e quero continuar a fazer muita coisa em cinema também.

Sempre fui liberal, mas bem presente na vida da Dandara. A gente se dá superbem, é amiga mesmo. Mãe sempre se mete um pouco, dou meus pitacos, mas no fundo ela faz o que quer. A gente concorda em muitas coisas e ela me dá conse-lhos também. Me orgulho da pessoa que ela é. Nunca tive papos sérios do tipo: “Minha filha, sexo é isso, droga é aquilo”. Sempre foi tudo muito natural com a gente. O que acontecia ela sempre me contava. Soube quando ela deu o primeiro beijo, quando perdeu a virgindade. Tudo. Sempre tentei me aproximar da minha filha contando as minhas histórias, tro-cando. Isso traz confiança.

O Martin é a paixão da minha vida. Ser avó é uma delícia, é permitir tudo. A Dandara briga comigo porque deixo ele ficar horas no computador. Ela é bem rigorosa com ele. Uma mãe muito regrada. Não come isso, não come aquilo, tem hora para tudo... Engraçado, a gente tem afinidade à beça, mas nisso somos bem diferentes. Então, ele abusa de mim, sabe

que deixo tudo, que brinco com ele. Não sou uma avó típica, que fica fazendo tricô ou con-tando história, mas adoro quando ele me chama de avó. Acho lindo!

Fazer 30 foi mais complicado, até porque minha mãe morreu cedo, aos 35, num aci-dente de carro. Então, passar por essa marca me assustou um pouco. Depois vi que era um ganho. Não estou perdendo, afinal de contas, estou vivendo. Só tem uma maneira de você não envelhecer que é morrendo. Então, vamos envelhecer bem! Todo mundo pergunta muito sobre a minha idade, e eu falo na boa. Digo com o maior orgulho, até porque quan-do falo, dizem que pareço ter bem menos.

Tem seu lado bom e o lado ruim. O lado bom é que você sabe e só se permite o que quer. O lado ruim é de repente ver o corpo diferente. Nunca fiz plástica, mas foi por medo. O espe-lho já pede algumas correções, sem dúvida. Mas tenho medo da cirurgia, de me descarac-terizar. Mas acho que em alguma época vai acontecer, sim. Amadurecer é isso.

Como não penso em fazer nenhuma inter-venção cirúrgica, me cuido em dobro. Minha alimentação é super-regrada. Fibra, legumes, verdura, proteína. O que facilita também é que não gosto de junkie food, sabe? Mas tam-bém não sou vegetariana como as pessoas acham. Dizem que tenho cara de natureba, mas não sou. Preciso de carne. Sou bem car-nívora. E não dispenso meu café com leite. Amo. Preciso para começar bem o dia. Dormir bem é outro grande segredo.

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STYLIST Ale Duprat

BELEZA Ricardo Tavares

AGRADECIMENTO Restaurante Zozô

Estou namorando o Yussef Kalume há três meses. Nos conhecemos nas filmagens de Novela das Oito, de Odilon Rocha, que ainda vai estrear. É um filme que se passa em 1979, trata do momento político da ditadura, mas também da era disco.

Moro sozinha e gosto. Mas tudo é possível. Não é algo descartado na minha vida. Por enquanto, está cedo para falar. A gente está bem do jeito que está.

Já deu, né? Foram dois. Mas se fizer de novo tenho que vir toda depilada, né? Para marcar, causar impacto! (risos). Porque falam tanto dos meus pêlos... Aquela imagem (as fotos de quando posou nua pela primeira vez, em 1985) é muito forte, não tem jeito. No segun-do ensaio, queria mostrar que eu não era apenas uma cabeluda (risos). É isso, tem de brincar. As pessoas me olham e só veem cabe-lo, não tem jeito (risos).

Page 7: ISTOÉ Gente (25/04/11)

Diversão & ArteAVALIA

★★★★★ INDISPENSÁVEL

★★★★ MUITO BOM

★★★ BOM

★★ REGULAR

• FRACO

Foto

s D

IVU

LGA

ÇÃ

O

música

Barone, Herbert e Bi contam já ter

repertório inédito para um novo

disco; o vocalista também prepara

trabalho solo

FORMADO EM 1981, o trio carioca Paralamas do Sucesso percorreu um longo caminho até agora, com o lançamento do DVD Brasil Afora, gravado em dezembro no Rio, com participa-ções de Zé Ramalho e Pitty. A pedra mais forte nessa caminhada de 30 anos foi o acidente de ultraleve que deixou paraplégico o vocalista do grupo, Herbert Vianna. Dez anos depois, ele, Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) dizem à Gente que a integração entre eles sustentou a banda nessa década de superação. Enquanto Herbert planeja um disco solo, o grupo arquite-ta a gravação de acústico na Argentina e se prepara para abrir o Rock in Rio, em setembro.

Brasil Afora é trabalho mais ensolarado, feito após uma série de álbuns mais pesados, sombrios e melancólicos. O sol voltou a brilhar para os Paralamas?

Herbert – Brasil Afora é um reflexo natural do momento da banda, de nosso sentimento atual. A gente nunca pré-determinou um vetor para seguir, do tipo “vamos fazer músicas mais densas e sombrias”. Tudo o que veio foi natural e reflete o nosso sentimento em cada fase da banda.Barone – Desde o acidente com o Herbert, a gente estava se debatendo um pouco, se reencontrando nesse processo de retomada. Nesse momento, o que ficou latente era uma necessidade de voltar com um trabalho mais para cima. Mas a gente não desmerece nossos álbuns mais soturnos. Falando nisso, qual o balanço dessa década pós-acidente?Barone – É o mais positivo possível. A gente continua aí, na estrada...Herbert (interrompendo Barone) – A energia da banda e a irmandade que nos une estão acima de qualquer parâmetro que eu possa descrever em palavras. Nossa permanência é um reflexo muito direto de nossa integração e de nosso sonho de manter nossa banda.

O DVD sai no momento em que se completam 30 anos da banda. Imaginavam que o grupo iria durar isso tudo?Herbert – O parâmetro de longevidade nunca foi uma questão para a gente.

O que sempre contou foram a honestidade e a verdade de cada momento. O que importava é que, em cada instante, houvesse verdade em nossas sensações. A gente sempre esteve em busca de um quadro impressionista fiel de cada momento da banda nesses 30 anos. Nunca pensamos em ter-mos de longevidade, apenas em honestidade.Bi – No momento inicial da banda, a gente pensava somente na semana seguinte, se ia tocar no Circo Voador.

Qual é o público dos Paralamas hoje? É aquele cara que ouvia “Óculos” nos anos 80 ou há também uma garotada nos shows?Herbert – A molecada vem ao show e a gente vê lá de cima o brilho no olhar desses garotos que cantam com alegria coisas escritas pela gente quando eles nem existiam. Isso é uma injeção de vida na banda.Barone – Hoje em dia é tudo mais amplo e diversificado. Basta você ver o line-up do Rock in Rio. Tem de Ivete Sangalo a Metallica. Está tudo no mesmo caldeirão, apesar de ainda existirem as tribos que seguem determinados artistas e gêneros. Mas nosso público é muito amplo. São os pais que gostam dos Paralamas e levam os filhos de 15 anos para ver nossos shows com eles.

Celebração daCelebração damúsica e da vida

‘‘Nunca pensamos em termos de longevidade, apenas em honestidade”

Herbert Vianna

O grupo lança o

DVD Brasil Afora,

festeja 30 anos de

carreira e a irmandade

que sustentou

a banda na primeira

década pós-

acidente de Herbert

Vianna

Paralamas do Sucesso

93

Por melhores que sejam os discos do Paralamas, é nos shows que se percebe com nitidez a interação e a pegada do trio. A que vocês atribuem a química no palco?Herbert – Atribuo à sintonia de nossa visão e de nosso entusiasmo de fazer e tocar música. A gente está sempre com as portas abertas para a música e a cultura do Brasil e do mundo, em especial da América Latina. Isso dá uma carga extra de adrenalina quando a gente sobe o palco para tocar em qualquer lugar, seja o público do tamanho que for.

O Paralamas, aliás, foi pioneiro ao misturar o rock com ritmos brasileiros e jamaicanos no Selvagem?...Bi – Foi um momento polêmico...Barone – O Selvagem? completa 25 anos. É um disco que entrou na galeria dos álbuns referenciais do rock brasileiro. Mas a verdade é que a gente seguiu nossa trajetória de maneira intuitiva. Como o Bi falou, a gente pen-sava em tocar no Circo Voador e, quando viu, estava no Rock in Rio... Qual a expectativa para voltar a tocar no Rock in Rio, o festival que consagrou o Paralamas em 1985, desta vez, na noite de abertura em tributo ao Freddie Mercury?Herbert – Tomara que, a cada 30 anos da nossa trajetória, a gente tenha uma oportunidade para celebrar ao vivo um encontro tão bonito.Bi – No primeiro Rock in Rio, a gente não sabia como ia ser. Agora, a gente tem essa responsabilidade de fazer bonito como da primeira vez.Barone – Há pouco tempo, saiu o DVD com nossa apresentação no primei-ro Rock in Rio e foi emocionante ver aquilo. Ainda hoje ficamos impressio-nados com a exposição que tivemos, com o eco daquilo tudo...

Mas vocês vão cantar músicas do Freddie Mercury?Barone – Não. Logo após o dueto virtual do Milton (Nascimento) com o Freddie em “Love of my Life”, o Paralamas vai entrar no palco com os Titãs e a Orquestra Sinfônica Brasileira. Nós aceitamos participar porque vamos representar com os Titãs a geração 80 do rock brasileiro e aproveitar essa exposição do Rock in Rio, já que a transmissão vai ser mundial.

Quais são os outros projetos do grupo para este ano? Bi – Há o projeto de fazer um disco acústico na Argentina. Vamos tocar lá e no Uruguai. Vamos dar um gás no mercado latino. E há também a pers-pectiva de gravarmos um disco de inéditas. Já temos repertório novo.

Você tem composto sozinho, Herbert?Herbert – Escrevo quando tenho o ímpeto de registrar algumas sensações. Faço então um texto ou anoto uma ideia para depois nós três, juntos, encontrarmos o nosso formato e “paralamizar” a música. Vou lançar este ano meu quarto disco solo, um registro de voz e violão das músicas que escrevi para cantoras. Gravei com Chico Neves, um grande produtor que entende as sutilezas da minha realidade musical hoje. Foi um privilégio e uma alegria grande fazer esse disco.

E estar no palco provoca em você a mesma sensação de antes do acidente?Herbert – Sim. Eu diria que com um acréscimo de sensação, pelo fato de a gente ter enfrentado bem todas as vicissitudes de nossa trajetória, de nossa busca nesse sonho de levar alegria, de fazer a música pela música. E cada vez que a gente sobe no palco, a gente vive uma celebração incrível da música e da própria vida. Mauro Ferreira

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Diversão & ArteAVALIA

★★★★★ INDISPENSÁVEL

★★★★ MUITO BOM

★★★ BOM

★★ REGULAR

• FRACO

Foto

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IVU

LGA

ÇÃ

O

música

Barone, Herbert e Bi contam já ter

repertório inédito para um novo

disco; o vocalista também prepara

trabalho solo

FORMADO EM 1981, o trio carioca Paralamas do Sucesso percorreu um longo caminho até agora, com o lançamento do DVD Brasil Afora, gravado em dezembro no Rio, com participa-ções de Zé Ramalho e Pitty. A pedra mais forte nessa caminhada de 30 anos foi o acidente de ultraleve que deixou paraplégico o vocalista do grupo, Herbert Vianna. Dez anos depois, ele, Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) dizem à Gente que a integração entre eles sustentou a banda nessa década de superação. Enquanto Herbert planeja um disco solo, o grupo arquite-ta a gravação de acústico na Argentina e se prepara para abrir o Rock in Rio, em setembro.

Brasil Afora é trabalho mais ensolarado, feito após uma série de álbuns mais pesados, sombrios e melancólicos. O sol voltou a brilhar para os Paralamas?

Herbert – Brasil Afora é um reflexo natural do momento da banda, de nosso sentimento atual. A gente nunca pré-determinou um vetor para seguir, do tipo “vamos fazer músicas mais densas e sombrias”. Tudo o que veio foi natural e reflete o nosso sentimento em cada fase da banda.Barone – Desde o acidente com o Herbert, a gente estava se debatendo um pouco, se reencontrando nesse processo de retomada. Nesse momento, o que ficou latente era uma necessidade de voltar com um trabalho mais para cima. Mas a gente não desmerece nossos álbuns mais soturnos. Falando nisso, qual o balanço dessa década pós-acidente?Barone – É o mais positivo possível. A gente continua aí, na estrada...Herbert (interrompendo Barone) – A energia da banda e a irmandade que nos une estão acima de qualquer parâmetro que eu possa descrever em palavras. Nossa permanência é um reflexo muito direto de nossa integração e de nosso sonho de manter nossa banda.

O DVD sai no momento em que se completam 30 anos da banda. Imaginavam que o grupo iria durar isso tudo?Herbert – O parâmetro de longevidade nunca foi uma questão para a gente.

O que sempre contou foram a honestidade e a verdade de cada momento. O que importava é que, em cada instante, houvesse verdade em nossas sensações. A gente sempre esteve em busca de um quadro impressionista fiel de cada momento da banda nesses 30 anos. Nunca pensamos em ter-mos de longevidade, apenas em honestidade.Bi – No momento inicial da banda, a gente pensava somente na semana seguinte, se ia tocar no Circo Voador.

Qual é o público dos Paralamas hoje? É aquele cara que ouvia “Óculos” nos anos 80 ou há também uma garotada nos shows?Herbert – A molecada vem ao show e a gente vê lá de cima o brilho no olhar desses garotos que cantam com alegria coisas escritas pela gente quando eles nem existiam. Isso é uma injeção de vida na banda.Barone – Hoje em dia é tudo mais amplo e diversificado. Basta você ver o line-up do Rock in Rio. Tem de Ivete Sangalo a Metallica. Está tudo no mesmo caldeirão, apesar de ainda existirem as tribos que seguem determinados artistas e gêneros. Mas nosso público é muito amplo. São os pais que gostam dos Paralamas e levam os filhos de 15 anos para ver nossos shows com eles.

Celebração daCelebração damúsica e da vida

‘‘Nunca pensamos em termos de longevidade, apenas em honestidade”

Herbert Vianna

O grupo lança o

DVD Brasil Afora,

festeja 30 anos de

carreira e a irmandade

que sustentou

a banda na primeira

década pós-

acidente de Herbert

Vianna

Paralamas do Sucesso

93

Por melhores que sejam os discos do Paralamas, é nos shows que se percebe com nitidez a interação e a pegada do trio. A que vocês atribuem a química no palco?Herbert – Atribuo à sintonia de nossa visão e de nosso entusiasmo de fazer e tocar música. A gente está sempre com as portas abertas para a música e a cultura do Brasil e do mundo, em especial da América Latina. Isso dá uma carga extra de adrenalina quando a gente sobe o palco para tocar em qualquer lugar, seja o público do tamanho que for.

O Paralamas, aliás, foi pioneiro ao misturar o rock com ritmos brasileiros e jamaicanos no Selvagem?...Bi – Foi um momento polêmico...Barone – O Selvagem? completa 25 anos. É um disco que entrou na galeria dos álbuns referenciais do rock brasileiro. Mas a verdade é que a gente seguiu nossa trajetória de maneira intuitiva. Como o Bi falou, a gente pen-sava em tocar no Circo Voador e, quando viu, estava no Rock in Rio... Qual a expectativa para voltar a tocar no Rock in Rio, o festival que consagrou o Paralamas em 1985, desta vez, na noite de abertura em tributo ao Freddie Mercury?Herbert – Tomara que, a cada 30 anos da nossa trajetória, a gente tenha uma oportunidade para celebrar ao vivo um encontro tão bonito.Bi – No primeiro Rock in Rio, a gente não sabia como ia ser. Agora, a gente tem essa responsabilidade de fazer bonito como da primeira vez.Barone – Há pouco tempo, saiu o DVD com nossa apresentação no primei-ro Rock in Rio e foi emocionante ver aquilo. Ainda hoje ficamos impressio-nados com a exposição que tivemos, com o eco daquilo tudo...

Mas vocês vão cantar músicas do Freddie Mercury?Barone – Não. Logo após o dueto virtual do Milton (Nascimento) com o Freddie em “Love of my Life”, o Paralamas vai entrar no palco com os Titãs e a Orquestra Sinfônica Brasileira. Nós aceitamos participar porque vamos representar com os Titãs a geração 80 do rock brasileiro e aproveitar essa exposição do Rock in Rio, já que a transmissão vai ser mundial.

Quais são os outros projetos do grupo para este ano? Bi – Há o projeto de fazer um disco acústico na Argentina. Vamos tocar lá e no Uruguai. Vamos dar um gás no mercado latino. E há também a pers-pectiva de gravarmos um disco de inéditas. Já temos repertório novo.

Você tem composto sozinho, Herbert?Herbert – Escrevo quando tenho o ímpeto de registrar algumas sensações. Faço então um texto ou anoto uma ideia para depois nós três, juntos, encontrarmos o nosso formato e “paralamizar” a música. Vou lançar este ano meu quarto disco solo, um registro de voz e violão das músicas que escrevi para cantoras. Gravei com Chico Neves, um grande produtor que entende as sutilezas da minha realidade musical hoje. Foi um privilégio e uma alegria grande fazer esse disco.

E estar no palco provoca em você a mesma sensação de antes do acidente?Herbert – Sim. Eu diria que com um acréscimo de sensação, pelo fato de a gente ter enfrentado bem todas as vicissitudes de nossa trajetória, de nossa busca nesse sonho de levar alegria, de fazer a música pela música. E cada vez que a gente sobe no palco, a gente vive uma celebração incrível da música e da própria vida. Mauro Ferreira

Page 9: ISTOÉ Gente (25/04/11)

NA VIDA REAL, AS HISTÓRIAS de grandes modelos começam quase todas da mesma forma. Tem a inevitável fase do “patinho feio” na escola. O corpo tomando forma. A descoberta por um olheiro de agência em um lugar insó-lito qualquer. E o momento consagrador da primeira pas-sarela. E com Bruna Tenório não foi diferente. Nascida em Maceió, Alagoas, ela passou por todas essas etapas e hoje é um dos nomes mais fortes da moda internacional.

“Na escola eu era a Olívia Palito. Imagina que era a mais alta entre as meninas e os meninos. Me sentia dife-rente de todo mundo”, conta ela à Gente. Mas isso foi só no início. Não demorou muito para o porte físico de Bruna, alta e muito magra, começar a agir a seu favor. E o rosto, um tanto exótico, com traços fortes, olhos puxa-

Bata Missoni e sandálias Alexandre Birman com pulseiras Fabrizio Gianonni e brincos de ouro morganita e diamantes Renata Camargo

Simone Blanes FOTOS Du Borsatto

EDIÇÃO DE MODA Bianca Zaramella STYLING Maria Cortez

“Na escola eu era a Olívia Palito. Imagina que era a mais alta entre as meninas e os meninos. Me sentia diferente de todo mundo”

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NA VIDA REAL, AS HISTÓRIAS de grandes modelos começam quase todas da mesma forma. Tem a inevitável fase do “patinho feio” na escola. O corpo tomando forma. A descoberta por um olheiro de agência em um lugar insó-lito qualquer. E o momento consagrador da primeira pas-sarela. E com Bruna Tenório não foi diferente. Nascida em Maceió, Alagoas, ela passou por todas essas etapas e hoje é um dos nomes mais fortes da moda internacional.

“Na escola eu era a Olívia Palito. Imagina que era a mais alta entre as meninas e os meninos. Me sentia dife-rente de todo mundo”, conta ela à Gente. Mas isso foi só no início. Não demorou muito para o porte físico de Bruna, alta e muito magra, começar a agir a seu favor. E o rosto, um tanto exótico, com traços fortes, olhos puxa-

Bata Missoni e sandálias Alexandre Birman com pulseiras Fabrizio Gianonni e brincos de ouro morganita e diamantes Renata Camargo

Simone Blanes FOTOS Du Borsatto

EDIÇÃO DE MODA Bianca Zaramella STYLING Maria Cortez

“Na escola eu era a Olívia Palito. Imagina que era a mais alta entre as meninas e os meninos. Me sentia diferente de todo mundo”

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dos, com ares orientais e ascendência indígena, chamava a atenção por onde ela passasse. “Meu rosto sempre foi diferente. As pessoas acham que eu sou de qualquer lugar do mundo, menos do Brasil. Isso ajudou porque o que é diferente gera curiosidade”, diz.

Assim, aos 13 anos, Bruna foi descoberta por um olhei-ro de uma agência de modelos, em sua cidade natal. Três anos depois, ela se mudou para São Paulo e logo após para Hong Kong, onde passou três meses. De volta à capital paulista, Bruna iniciou sua carreira no extinto Amni Hot Spot, evento de moda que reunia jovens estilistas. “Meu primeiro desfile foi para uma marca chamada Loli. Ali, percebi que era o que eu sempre quis fazer”, diz a top, que se emociona ao relembrar de um e-mail que recebeu do pai, Valdério, no dia seguinte à sua estreia nas passarelas. “Ele me mandou a foto e uma frase: sonho realizado. Foi aí que caiu a minha ficha.”

Caftã Rudy, maiô Brigite e sandálias Peach com brinco

de espinello, ouro e brilhantes Renata Camargo e

colar Yara Figueiredo

“Sou a única filha mulher e acho lindo casar de branco”

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dos, com ares orientais e ascendência indígena, chamava a atenção por onde ela passasse. “Meu rosto sempre foi diferente. As pessoas acham que eu sou de qualquer lugar do mundo, menos do Brasil. Isso ajudou porque o que é diferente gera curiosidade”, diz.

Assim, aos 13 anos, Bruna foi descoberta por um olhei-ro de uma agência de modelos, em sua cidade natal. Três anos depois, ela se mudou para São Paulo e logo após para Hong Kong, onde passou três meses. De volta à capital paulista, Bruna iniciou sua carreira no extinto Amni Hot Spot, evento de moda que reunia jovens estilistas. “Meu primeiro desfile foi para uma marca chamada Loli. Ali, percebi que era o que eu sempre quis fazer”, diz a top, que se emociona ao relembrar de um e-mail que recebeu do pai, Valdério, no dia seguinte à sua estreia nas passarelas. “Ele me mandou a foto e uma frase: sonho realizado. Foi aí que caiu a minha ficha.”

Caftã Rudy, maiô Brigite e sandálias Peach com brinco

de espinello, ouro e brilhantes Renata Camargo e

colar Yara Figueiredo

“Sou a única filha mulher e acho lindo casar de branco”

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O sucesso, porém, veio em 2007. Aos 17 anos, se tor-nou a queridinha de Reinaldo Lourenço e esteve em 29 desfiles no São Paulo Fashion Week. Nessa mesma tempo-rada de verão, foi para as passarelas internacionais, onde fez mais de 60 desfiles em Nova York, Milão e Paris. Entre eles, Louis Vuitton, Chanel, Christian Dior, Givenchy, Armani, Hermès e Versace. No ano seguinte, seu rosto marcante lhe rendeu um contrato com a poderosa marca de cosméticos Shiseido, que se mantém até hoje. Em 2009, apareceu em todos os outdoors em Milão, na campanha da Dolce&Gabbana e em 2010, foi a estrela da Ralph Lauren. “Eu nem imaginava. Quando aconteceu, fiquei emociona-da. Tenho um desejo muito forte em fazer Balenciaga. Então, já estou emanando energia positiva. Mas acima de tudo, coloco as coisas na mão de Deus.”

Além das boas vibrações, ela não mede esforços para o trabalho. “Nunca digo não. Levanto às 5 da manhã sem reclamar. Não gosto de gente preguiçosa. Embora saiba que as coisas acontecem naturalmente, vou à luta.” Ela mora sozinha em Nova York e, quando não está trabalhan-do, faz aulas de pilates e balé clássico, que pratica três vezes por semana, vai ao cinema, sai para jantar e faz compras com as amigas, como a modelo Laís Oliveira. “Não sou consumista, mas gosto de garimpar no Soho. Também não sou de gastar demais. Sou básica.” Bruna também sempre acha um tempinho para estar com o namorado, Felipe, designer gráfico com quem namora há dois anos. “Ele é brasileiro, mas tem apartamento em NY”, conta.

Além dele, Bruna conta com a presença constante de seus pais, que viajam para ver a filha sempre que podem. “Tenho muita saudade do Brasil, principalmente no inver-no. Aí eu ligo para a minha mãe, Bernardete, vir para cá. Ela é minha melhor amiga.” Para ela é sagrado vir ao País pelo menos uma vez por ano e programar viagens com seus familiares, como a que fez para a Disney.

Para o futuro, ela planeja voltar a estudar. “Cheguei a fazer vestibular, mas não consegui terminar os estudos. Optei pela carreira porque era a minha chance. Meu pai tem 46 anos e faz faculdade. Nunca é tarde, né?”, diz a top, que pensa em ingressar no curso de jornalismo. Católica, ela também sonha em um dia se casar na igreja, de véu e grinalda. “Sou a única filha mulher e acho lindo casar de branco.” Mesmo com muito trabalho pela frente, Bruna diz que também quer ser mãe. “Ainda sou muito nova, mas tenho vontade de ter filhos. Me espelho muito na minha mãe.” Só o que não faz parte de seus planos é tirar a carta de motorista. “Em Nova York só ando de metrô. Aqui sempre tem alguém para me levar. Fora que não sei nem ligar um carro!”

BELEZA Krisna Carvalho

AGRADECIMENTOS Ford Models/Sussu Vidigal Ramos/

Index Assessoria

Vestido em couro Daniela Cutait, colar Lool e tamancos Jimmy Choo com pulseira Essencial e brincos Renata Camargo

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O sucesso, porém, veio em 2007. Aos 17 anos, se tor-nou a queridinha de Reinaldo Lourenço e esteve em 29 desfiles no São Paulo Fashion Week. Nessa mesma tempo-rada de verão, foi para as passarelas internacionais, onde fez mais de 60 desfiles em Nova York, Milão e Paris. Entre eles, Louis Vuitton, Chanel, Christian Dior, Givenchy, Armani, Hermès e Versace. No ano seguinte, seu rosto marcante lhe rendeu um contrato com a poderosa marca de cosméticos Shiseido, que se mantém até hoje. Em 2009, apareceu em todos os outdoors em Milão, na campanha da Dolce&Gabbana e em 2010, foi a estrela da Ralph Lauren. “Eu nem imaginava. Quando aconteceu, fiquei emociona-da. Tenho um desejo muito forte em fazer Balenciaga. Então, já estou emanando energia positiva. Mas acima de tudo, coloco as coisas na mão de Deus.”

Além das boas vibrações, ela não mede esforços para o trabalho. “Nunca digo não. Levanto às 5 da manhã sem reclamar. Não gosto de gente preguiçosa. Embora saiba que as coisas acontecem naturalmente, vou à luta.” Ela mora sozinha em Nova York e, quando não está trabalhan-do, faz aulas de pilates e balé clássico, que pratica três vezes por semana, vai ao cinema, sai para jantar e faz compras com as amigas, como a modelo Laís Oliveira. “Não sou consumista, mas gosto de garimpar no Soho. Também não sou de gastar demais. Sou básica.” Bruna também sempre acha um tempinho para estar com o namorado, Felipe, designer gráfico com quem namora há dois anos. “Ele é brasileiro, mas tem apartamento em NY”, conta.

Além dele, Bruna conta com a presença constante de seus pais, que viajam para ver a filha sempre que podem. “Tenho muita saudade do Brasil, principalmente no inver-no. Aí eu ligo para a minha mãe, Bernardete, vir para cá. Ela é minha melhor amiga.” Para ela é sagrado vir ao País pelo menos uma vez por ano e programar viagens com seus familiares, como a que fez para a Disney.

Para o futuro, ela planeja voltar a estudar. “Cheguei a fazer vestibular, mas não consegui terminar os estudos. Optei pela carreira porque era a minha chance. Meu pai tem 46 anos e faz faculdade. Nunca é tarde, né?”, diz a top, que pensa em ingressar no curso de jornalismo. Católica, ela também sonha em um dia se casar na igreja, de véu e grinalda. “Sou a única filha mulher e acho lindo casar de branco.” Mesmo com muito trabalho pela frente, Bruna diz que também quer ser mãe. “Ainda sou muito nova, mas tenho vontade de ter filhos. Me espelho muito na minha mãe.” Só o que não faz parte de seus planos é tirar a carta de motorista. “Em Nova York só ando de metrô. Aqui sempre tem alguém para me levar. Fora que não sei nem ligar um carro!”

BELEZA Krisna Carvalho

AGRADECIMENTOS Ford Models/Sussu Vidigal Ramos/

Index Assessoria

Vestido em couro Daniela Cutait, colar Lool e tamancos Jimmy Choo com pulseira Essencial e brincos Renata Camargo

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FERNANDA LIMA E RODRIGO HILBERT

A FESTA DE 3 ANOS DOS GÊMEOS

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25/ABR/2011ANO 12N° 606

A três dias de o ídolo festejar sete décadas de vida, sua fi lha mais velha, ANA PAULA, morre por parada cardíaca, exatamente um ano após a morte da mãe dele, LADY LAURAPERDAS, FÉ E SUPERAÇÃO: o poder de reação às grandes tristezas que o abateram

Roberto Carlos 70 anos O Rei está triste

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