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Exercícios propostos História capítulo 1 150 01. (FGV-SP) Quem, portanto, ousaria dizer que o Terceiro Estado não tem em si tudo o que é necessário para formar uma nação completa? Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentado. Se suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, o que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros. E. J. Sieyes. Qu’est-ce que le Triers Êtat. O texto do Abade Sieyes nos remete a uma leitura da/do: a) sistema de estamentos na França pré-revolucionária, privilegiando o papel realizador do clero. b) França durante o período do Terror, quando Robespierre orienta os jacobinos à execução total do alto clero. c) condição do Terceiro Estado, de não apenas desejar construir uma nação, mas, fundamentalmente, de ser efetivamente a nação. d) necessidade de acordos entre os diferentes estamentos para a construção de uma nação próspera e republicana. e) Terceiro Estado, composto pelo baixo clero, e representando 98% da população francesa, que buscava dar fim aos privilégios dos demais estamentos. 02. (Fuvest-SP) O problema agrário era portanto o fun- damental no ano de 1789, e é fácil compreender por que a primeira escola sistematizada de economia do continente, os fisiocratas franceses, tomara como verdade o fato de que a terra, e o aluguel da terra, era a única fonte de renda líquida. E o ponto crucial do problema agrário era a rela- ção entre os que cultivavam a terra e os que a possuíam, os que produziam sua riqueza e os que a acumulavam. Eric Hobsbawm. A era das revoluções. 1789 - 1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 29. a) Caracterize o momento social e econômico por que a França passava no período a que se refere o texto. b) Quais são as principais diferenças entre as propostas fisiocratas e as práticas mercantilistas anteriores a elas? 03. (Vunesp) As três ordens, 1798. A charge ilustra as três ordens sociais existentes na França antes da Revolução de 1789. Identifique essas três ordens e justifique o posicionamento dos personagens na charge. 04. (UECE) Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. Acima de tudo, que- riam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e subs- tituí-lo pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expres- são de suas necessidades, no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domí- nio da razão’ na religião e na ciência. HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 21. ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1986, p. 149. Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi res- ponsável por uma das principais transformações políti- cas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e, mais amplamente, em todo o con- tinente europeu. Essa Burguesia está ligada à: a) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689. b) Revolução Francesa, de 1789 a 1799. c) Revolução Russa, de 1917. d) Revolução de Avis, de 1383 a 1385. 05. (Unicamp-SP) Observe a distribuição de custos dos camponeses franceses, em percentual da colheita, às vés- peras da Revolução de 1789. Esses custos referem-se ao arrendamento da terra, ao custo das sementes e aos impos- tos pagos ao rei, ao senhor da terra e ao clero. Arrendamento 20% Sementes 20% Ao clero 8% Ao senhor da terra 7% Ao rei 10% a) Relacione os dados apresentados com as condições vividas pelos camponeses na França do final do século XVIII. b) Por quais motivos a questão econômica foi um elemento importante para o Terceiro Estado durante a Revolução Francesa? © HTTP://ONLINE-LEMEN.LEVRAI.DE

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Exercícios propostosHistória capítulo 1

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01. (FGV-SP) Quem, portanto, ousaria dizer que o Terceiro Estado não tem em si tudo o que é necessário para formar uma nação completa? Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentado. Se suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, o que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros.

E. J. Sieyes. Qu’est-ce que le Triers Êtat.

O texto do Abade Sieyes nos remete a uma leitura da/do: a) sistema de estamentos na França pré-revolucionária,

privilegiando o papel realizador do clero. b) França durante o período do Terror, quando

Robespierre orienta os jacobinos à execução total do alto clero.

c) condição do Terceiro Estado, de não apenas desejar construir uma nação, mas, fundamentalmente, de ser efetivamente a nação.

d) necessidade de acordos entre os diferentes estamentos para a construção de uma nação próspera e republicana.

e) Terceiro Estado, composto pelo baixo clero, e representando 98% da população francesa, que buscava dar fim aos privilégios dos demais estamentos.

02. (Fuvest-SP) O problema agrário era portanto o fun-damental no ano de 1789, e é fácil compreender por que a primeira escola sistematizada de economia do continente, os fisiocratas franceses, tomara como verdade o fato de que a terra, e o aluguel da terra, era a única fonte de renda líquida. E o ponto crucial do problema agrário era a rela-ção entre os que cultivavam a terra e os que a possuíam, os que produziam sua riqueza e os que a acumulavam.

Eric Hobsbawm. A era das revoluções. 1789 - 1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 29.

a) Caracterize o momento social e econômico por que a França passava no período a que se refere o texto.

b) Quais são as principais diferenças entre as propostas fisiocratas e as práticas mercantilistas anteriores a elas?

03. (Vunesp)

As três ordens, 1798.

A charge ilustra as três ordens sociais existentes na França antes da Revolução de 1789. Identifique essas três ordens e justifique o posicionamento dos personagens na charge.

04. (UECE) Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. Acima de tudo, que-riam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e subs-tituí-lo pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expres-são de suas necessidades, no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domí-nio da razão’ na religião e na ciência.

HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 21. ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1986, p. 149.

Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi res-ponsável por uma das principais transformações políti-cas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e, mais amplamente, em todo o con-tinente europeu. Essa Burguesia está ligada à: a) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689. b) Revolução Francesa, de 1789 a 1799. c) Revolução Russa, de 1917. d) Revolução de Avis, de 1383 a 1385.

05. (Unicamp-SP) Observe a distribuição de custos dos camponeses franceses, em percentual da colheita, às vés-peras da Revolução de 1789. Esses custos referem-se ao arrendamento da terra, ao custo das sementes e aos impos-tos pagos ao rei, ao senhor da terra e ao clero.

Arrendamento20%

Sementes20%

Ao clero8%

Ao senhorda terra

7%

Ao rei10%

a) Relacione os dados apresentados com as condições vividas pelos camponeses na França do final do século XVIII.

b) Por quais motivos a questão econômica foi um elemento importante para o Terceiro Estado durante a Revolução Francesa?

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06. (PUC-RJ) Em princípios de 1789, a França era uma sociedade do Antigo Regime. A crise dessa estrutura manifestou-se ao longo desse ano, dando início a um período de transformações que se estendeu por dez anos: a Revolução Francesa.

a) Indique 3 (três) características de natureza político-social da sociedade do Antigo Regime na França.

b) Indique 3 (três) transformações operadas durante o 1° momento da Revolução Francesa – a “Era das Instituições” (1789-1792) – que evidenciam o caráter revolucionário dessa experiência histórica.

07. (UFR-RJ) A monarquia absolutista, com uma longa gestação no espírito da realeza, tornou-se a realidade dominante em França apenas durante o reinado de Luís XIV (1643-1715). A Fronda de 1648-1653 representou a última vez que seções da nobreza territorial pegaram em armas contra a realeza centralizadora.

SKOCPOL, Theda. Estados e revoluções sociais. Lisboa, Editorial Presença, 1985. p. 62.

O Antigo Regime estendeu-se na França até a Revo-lução Francesa de 1789. Um dos impedimentos à conso-lidação do poder monárquico era justificado pela tenaz resistência da nobreza. Uma vez dominada a nobreza, consolidava-se a monarquia absoluta.a) Cite duas características do Absolutismo.b) Estabeleça uma relação entre o reinado de Luís XIV e

o Absolutismo.

08. (PUC-RJ) Que é o Terceiro Estado? Tudo. Que tem sido até agora na ordem política? Nada. Que deseja? Vir a ser alguma coisa.

Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentados. Se suprimíssemos a ordem privile-giada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros (...).

Abade Sieyes. O que é o Terceiro Estado?

Considerando o texto apresentado:a) identifique 2 (dois) grupos sociais que compunham o

Terceiro Estado e explique seus descontentamentos às vésperas da Revolução Francesa;

b) cite, a partir dos descontentamentos do Terceiro Estado em relação ao Antigo Regime, 2 (duas) ações empreendidas pelos revolucionários franceses que tenham contribuído para alterar esta situação.

09. (UFR-RJ) Prossigo: mil vozes servem de arauto para a novidade... ‘A Bastilha foi tomada’ .... Não acreditei e fui ver o cerco de perto .... No meio da ‘Greve’ encontro um corpo sem cabeça estendido no meio do riacho, rodeado por cinco ou seis indiferentes. Faço perguntas ... É o governador da Bastilha.

Restil de la Bretonne, As Noites Revolucioná-rias. São Paulo: Estação Liberdade,1989, p. 58.

O episódio narrado marca o início de um dos momen-tos políticos mais importantes da história europeia, a Revolução Francesa. A tomada e destruição da fortaleza da Bastilha explicita: a) o momento de maior radicalidade da Revolução,

quando as camadas populares rompem com a liderança burguesa e assumem o poder em Paris.

b) a derrubada de Luis XVI e a proclamação da República francesa baseada na Razão e na Justiça, sob influência do pensamento de Voltaire.

c) a consolidação do poder do grupo jacobino, tendo à frente Robespierre, sustentado pela mobilização radicalizada dos sans-culottes.

d) a chegada ao poder político do general Napoleão Bonaparte, que, como primeiro cônsul, será fundamental na consolidação do novo poder.

e) o levante popular sob direção burguesa contra um dos maiores símbolos da opressão política do Absolutismo.

10. (UFPA) Luis XVI, no momento da tomada da Bastilha, proferiu estas palavras: “Não quero me separar do ‘meu clero’ e da ‘minha nobreza’”, que refletem a sociedade fran-cesa do Antigo Regime”. Essa sociedade era:

a) dividida em classes sociais, com uma nobreza parasitária que detinha todos os privilégios, inclusive o de cobrar o dízimo das comunidades camponesas, especialmente daquelas consideradas revolucionárias.

b) formada de moradores de castelos medievais, pertencentes a uma notável nobreza de sangue, que detinha todos os privilégios, inclusive o de escolher os padres que atuavam nas paróquias.

c) dividida em Ordens ou Estados, sendo a nobreza e o clero, isto é, o primeiro e o segundo Estados, detentores da maioria dos privilégios e muito ricos em terras e rendas.

d) constituída de uma nobreza togada, muito rica e proprietária de terras que extrapolavam as fronteiras da França e que se sustentava de impostos pagos pelos camponeses, como a talha e a corveia.

e) composta de duas Ordens – clero e nobreza – sendo o clero a mais rica, embora dependesse das rendas advindas dos tributos que a nobreza togada era obrigada a pagar à Igreja e dos impostos pagos pelos comerciantes.

11. (CFT-CE) O início da Revolução Francesa tem como marco simbólico:

a) a Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789. b) a instalação da Assembleia dos Estados Gerais, em

maio de 1789. c) a “Noite do Grande Medo”. d) a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e

do Cidadão, em agosto de 1789. e) a execução do rei Luís XVI, em 1793.

12. (UFT-PR) A Revolução Francesa de 1789 foi direta-mente influenciada pela Independência dos Estados Unidos da América e pelo Iluminismo no combate ao Antigo Regime e à autoridade do clero e da nobreza na França. Além do mais, a França passava por um período de crise econômica após a participação francesa na guerra da independência norte-americana e os eleva-dos custos da Corte de Luís XVI, que tinham deixado as finanças do país em mau estado. Em 1791, os revolucioná-rios promulgaram uma nova Constituição, a partir dos princípios preconizados por Montesquieu, que consa-grou, como fundamento do novo regime:

a) a subordinação do Judiciário ao Legislativo. b) a divisão do poder em três poderes. c) a supremacia do Judiciário sobre os outros poderes. d) o estabelecimento da soberania popular. e) o fortalecimento da monarquia absolutista.

13. (UFRN) Em 1789, no contexto da Revolução Francesa, na Assembleia Nacional, os representantes do povo elabo-

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raram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que, entre outras proposições, enunciou:

Os homens nascem livres e iguais em direitos. As dis-tinções sociais só podem ter fundamento na utilidade comum.

O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Estes direi-tos são: a liberdade, a propriedade, a segurança e a resis-tência à opressão.

A lei é a expressão da vontade geral. Deve ser igual para todos, protegendo ou punindo.

Sendo todos os cidadãos iguais perante a lei, são, igual-mente, admitidos a todas as dignidades, cargos e empregos públicos, segundo a capacidade de cada um e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes ou talentos.

In: PAINE, T. Os direitos do homem. Petró-polis: Vozes, 1989. Adaptado.

As proposições citadas, de ampla repercussão no Mundo Contemporâneo, estão fundamentadas: a) nas ideias liberais, defensoras do intervencionismo

estatal com a adoção de minuciosa regulamentação de todos os aspectos da vida social.

b) nos valores defendidos pelos adeptos do liberalismo, em oposição aos governos autoritários e à organização social baseada em privilégios.

c) nas posições políticas burguesas, favoráveis à harmonia coletiva garantida pelo acesso de todos os grupos sociais à propriedade privada dos meios de produção.

d) nos princípios iluministas, alicerçados na defesa da igualdade econômica como um direito que garantiria a cidadania proletária.

14. (IFBA)

No contexto da Revolução Francesa em 1789, a ima-gem expressa um conjunto de ações que ficou conhecido como: a) Período do Terror, marco das perseguições aos

“inimigos da revolução”, durante a Ditadura Jacobina. b) Grande Medo, revolta dos camponeses contra a

aristocracia francesa que os submetia ao regime de servidão.

c) Revolução Burguesa, marco inicial da luta da burguesia contra os privilégios da nobreza e do clero na França.

d) Período Napoleônico, marcado pela legitimação da rebelião camponesa no Código Civil para garantir a reforma agrária.

e) Queda da Bastilha, marco da adesão popular ao movimento revolucionário iniciado pelo Terceiro Estado na Assembleia Geral.

15. (UFU-MG) As mães, as filhas, as irmãs, represen-tantes da Nação pedem ser constituídas em Assembleia Nacional. Considerando que a ignorância, o esqueci-mento ou o menosprezo dos direitos da mulher são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção do governo, resolvemos expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalteráveis e sagrados da mulher. Em consequência, o sexo superior em beleza, como em cora-gem nos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos da mulher e da cidadã.

Art. 1 – A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. As distinções sociais não podem ser fundadas, senão, sobre a utilidade comum.

Art. 2 – A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da mulher e do homem. Estes direitos são: a liberdade, a prosperidade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão.Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. 1791. Adaptado.

O documento acima foi proposto à Assembleia Nacio-nal da França, durante a Revolução Francesa, por Marie Gouze. A autora propunha uma Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã para igualar-se à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada anterior-mente. A proposta de Marie Gouze expressa: a) o reconhecimento da fragilidade feminina, devendo

a Constituição francesa garantir ações legais e afirmativas com o objetivo de reparar séculos de exploração contra a mulher.

b) a participação das mulheres no processo revolucionário e a reivindicação de ampliação dos direitos de cidadania, com o intuito de abolir as diferenças de gênero na França.

c) a disputa política entre os jacobinos e girondinos, uma vez que estes últimos defendiam uma radicalização cada vez maior das conquistas sociais no processo revolucionário.

d) o descontentamento feminino ante as desigualdades que as leis francesas até então garantiam entre os integrantes do terceiro Estado e a aristocracia.

16. (UFRGS-RS) Após a Revolução de 1789, a França viveu um período de grande instabilidade, marcado pelo radicalismo e pela constante ameaça externa.

Assinale a alternativa correta em relação a esse período. a) Com a queda da Bastilha, símbolo do autoritarismo

real, os deputados da Assembleia Constituinte, aproveitando o momento político, proclamaram a República, pondo um termo final ao Antigo Regime.

b) Em meio ao caos provocado pela fuga do Rei e pela derrocada da Monarquia, iniciou-se, em Paris, a criação de uma sociedade baseada nos ideais socialistas, a Comuna de Paris.

c) O período conhecido como o Grande Terror foi protagonizado pelo jacobino Robespierre, que posteriormente foi derrubado por Napoleão, um general que se destacara por sua trajetória vitoriosa.

d) O golpe de 18 Brumário representou a queda do Diretório, regime que se pretendia representante dos interesses burgueses, mas que era inepto a governar.

e) Durante um curto período de tempo, após a queda de Bastilha, a França vivenciou uma Monarquia Constitucional, mas, na prática, o Rei ainda mantinha a mesma autoridade de antes.

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20. (UEL-PR) Observe a imagem a seguir.

Explique o contexto histórico da Revolução Fran-cesa destacando o posicionamento do autor da imagem quanto à Igreja Católica.

21. (Vunesp)

Esta representação da Bastilha, prisão política do absolutismo monárquico, foi pintada em 1789. Indique dois elementos da tela que demonstrem a solidez e a força da construção e o significado político e social da jornada popular de 14 de julho de 1789.

22. (PUC-RS) Sobre os acontecimentos que marcaram o período da Revolução Francesa conhecido como Con-venção Nacional (1792-1794), é correto afirmar que:

a) em fins do ano de 1793, os jacobinos formaram um governo apoiado pelos “sans culottes”, os quais defendiam os interesses dos pobres, por meio de uma tributação progressiva e de um teto máximo para preços e salários.

b) entre setembro de 1792 e junho de 1793, estabeleceu-se a República Girondina, criando-se o tribunal revolucionário encarregado de descobrir os suspeitos de traição.

c) a Constituição do Ano I, elaborada pela República Jacobina, estabeleceu o sufrágio censitário.

d) caracterizou-se como uma fase de vitórias externas, especialmente contra as coligações anti-França lideradas pela Áustria e pela Espanha.

e) foi criado, pelos Girondinos, um Comitê de Segurança Geral, com o objetivo de confiscar os bens do Clero.

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17. (Unicamp-SP) As primeiras vítimas da Revolução Francesa foram os coelhos. Pelotões armados de paus e foices saíam à cata de coelhos e colocavam armadilhas em desafio às leis de caça. Mas os ataques mais espeta-culares foram contra os pombais, castelos em miniatura; dali partiam verdadeiras esquadrilhas contra os grãos dos camponeses, voltando em absoluta segurança para suas fortalezas senhoriais. Os camponeses não esta-vam dispostos a deixar que sua safra se transformasse em alimento para coelhos e pombos e afirmavam ser a “vontade geral da nação” que a caça fosse destruída. Aos olhos de 1789, matar caça era um ato não só de desespero, mas também de patriotismo, e cumpria uma função sim-bólica: derrotando privilégios, celebrava-se a liberdade.

Simon Schama, Cidadãos: uma crônica da Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, pp. 271-272. Adaptado.

a) De acordo com o texto, por que os camponeses defendiam a matança de animais?

b) Cite dois privilégios senhoriais eliminados pela Revolução Francesa.

18. (PUC-RJ) A “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, votada em 1789 pela Assembleia Nacional Cons-tituinte, foi um ato fundamental da Revolução Francesa e contém os princípios que inspirarão muitas constitui-ções modernas. Em seus primeiros artigos, afirma que “os homens nascem livres e iguais em Direitos” e que as distinções devem se basear na “utilidade comum”.

Em 1948, a ONU aprovou a “Declaração Universal dos Direitos do Homem” e retomou em sua abertura as pala-vras dos revolucionários franceses: “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dota-das de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.

a) Identifique dois direitos reivindicados pela Declaração de 1789 e explique por que eram revolucionários, para a época.

b) Indique uma instituição ou agência criada nos últimos sessenta anos para a defesa internacional dos direitos humanos.

19. (UFV-MG) Na noite de 14 de julho de 1789, em Paris, Luís XVI recebeu do duque de La Rochefoucauld-Lian-court a notícia da queda da Bastilha e da deserção das tropas reais frente ao ataque popular. O famoso diá-logo que se travou entre o rei e seu mensageiro é breve e revelador. O rei, segundo consta, exclamou: “Isto é uma revolta”; e Liancourt corrigiu-o: “Não, Senhor, isto é uma revolução”.

ARENDT, Hannah. Da Revolução. São Paulo: Ática; Brasília: Editora da UNB, 1988, p. 38. Adaptado.

Com base nesse diálogo e nos seus conhecimentos sobre a Revolução Francesa, responda:a) Por que os populares investiram contra a Bastilha?b) Diferencie, do ponto de vista conceitual, “revolta” e

“revolução”.

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23. (UFPR) O Jacobinismo transpôs a linha diante da qual hesitavam os constituintes. [...] Colocou-se no lugar de uma liberdade negativa que não atribui ao homem qualquer objetivo, uma liberdade dependente da ação virtuosa. Colo-cou-se no lugar da livre associação dos indivíduos indepen-dentes, anteriormente a qualquer sociedade, uma cadeia social que em toda parte e sempre manifestava sua pree-minência sobre as individualidades. Em lugar da liberdade dos modernos, colocou-se a liberdade militante e mobi-lizada dos antigos. Nesse ponto naufragou o individua-lismo dos direitos do homem. É preciso reconhecer a coe-rência dos Jacobinos. Embora tenham continuado a evocar a liberdade em fórmulas paradoxais e exaltadas (o “despo-tismo da liberdade”) não camuflaram o reino do extraordi-nário. Opuseram a liberdade da Constituição à liberdade da Revolução: “A Constituição, disse Saint-Just, é o reino da liberdade vitoriosa e pacífica. A Revolução consiste na guerra da liberdade contra os seus inimigos”.

OZOUF, Mona. Liberdade. In: OZOUF, M. & FURET, François. Dicionário crítico da Revolução Francesa.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 784-785.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que estiveram em jogo no episó-dio da Revolução Francesa dois conceitos de liberdade: a) aquele que se fundava no direito natural e se opunha

à ordem aristocrática do Antigo Regime e aquele que se fundava na ideia de um contrato social que, por meio da vontade geral, regularia o estado civil.

b) o dos antigos, que definia liberdade como ausência de coerção, e o dos modernos, que a definia como vontade positiva; o segundo postulava uma representação objetiva da felicidade humana, e o primeiro não contemplava qualquer representação de tal felicidade.

c) um deles de concepção aristotélica, que subordinava os objetivos morais à liberdade, e o outro que submetia a vida humana à finalidade virtuosa e justificava, por antecipação, as restrições impostas à liberdade.

d) as liberdades no plural – franquias e privilégios – dos modernos em oposição à liberdade absoluta, isto é, a garantia da liberdade individual vigente no Antigo Regime em oposição ao aniquilamento dessas liberdades em favor do bem-estar coletivo preconizado pelos evolucionários.

e) a “liberdade francesa”, que se define pela supressão da necessidade de igualdade, e a “liberdade inglesa”, fundada na ideia de que os indivíduos apresentam uma mesma solução se confrontados com os termos de um mesmo problema político.

24. (PUC-RS) A chamada Primeira República (1792-1795) marca o período de maior radicalização política do pro-cesso revolucionário na França, iniciado em 1789. Den-tre as organizações políticas e institucionais atuantes na Primeira República, não é correto referir:

a) o Comitê de Salvação Pública. b) o Código Civil. c) o Tribunal Revolucionário. d) o Partido Jacobino. e) a Convenção Nacional.

25. (UFRN) Os diversos grupos envolvidos na Revolução Francesa interpretaram diferentemente os princípios teó-ricos que a fundamentaram. Uma interpretação desses princípios pode ser exemplificada no Manifesto dos Iguais, que se expressava nos seguintes termos:

Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo reconhecido sem oposição,

mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dic-ção da lei. E hoje, quando essa igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: “Calai-vos, miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai-vos com a igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, miseráveis?” Que mais queremos? Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da igualdade de direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.

BABEUF, Graco. Manifesto dos Iguais. Disponível em: <www.marxists.org/portugues/babeuf/1796/mes/ mani-

festo.htm>. Acesso em: 17 set. 2012. Adaptado.

Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto ins-pirou a “Conspiração dos Iguais”, que foi sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.

No contexto da Revolução Francesa, esses aconteci-mentos evidenciam que: a) o partido conservador, cujos membros eram

conhecidos como realistas, uniu-se à alta burguesia e lutava para restaurar a monarquia.

b) a facção dos radicais, liderada por Robespierre, temia a ascensão das massas operárias.

c) os ideais inspiradores do movimento revolucionário foram aplicados na medida em que atenderam aos interesses da burguesia.

d) as ideias radicais orientaram a ação dos jacobinos, que assumiram a liderança do processo revolucionário.

26. (ESPM) Que o preço de todos os gêneros de primeira necessidade seja fixado invariavelmente sobre os dos ditos antigos, depois de 1789 até, inclusive, o ano 90, pro-porcionalmente às suas qualidades diversas; que as maté-rias-primas sejam também tabeladas, de maneira que os lucros da indústria, os salários do trabalho e os benefícios do comércio possam facultar ao homem industrioso, ao agricultor, ao comerciante, adquirir a coisas necessárias e indispensáveis à subsistência, e ainda tudo quanto possa contribuir para o bem-estar.

Albert Soboul. História da Revolução Francesa.

A medida tratada no texto e colocada em vigor durante a Revolução Francesa pelo Comitê de Salvação Pública foi: a) a Lei do Máximo. b) a Lei dos Suspeitos. c) a redação dos cadernos de queixas. d) a abolição dos direitos feudais. e) a abolição das corporações de ofício.

27. (UFPA) A imagem do filme Danton (abaixo), com Robespierre, interpretado pelo ator Wojciech Pszoniak, e Danton, com os braços abertos, interpretado por Gérard Depardieu, evidencia a diferença de atitude entre os dois personagens da Revolução Francesa.

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A leitura da imagem e o conhecimento sobre o pro-cesso revolucionário na Europa de 1789 autorizam afir-mar que os posicionamentos de Danton e Robespierre caracterizavam que: a) Danton defendeu as revindicações dos sans-culottes

e, por apoiar a criação de um exército revolucionário, entrou em conflito com Robespierre.

b) Robespierre, de peruca, símbolo da aristocracia do antigo regime, foi o representante dos monarquistas no Comitê de Salvação Pública.

c) Robespierre representou a burguesia francesa, e Danton representou o povo nos debates no Tribunal Revolucionário.

d) Danton tinha origem popular, e Robespierre vinha de uma linhagem nobre, por isso conflitaram em seus ideais sobre a revolução.

e) o filme é uma obra de ficção, por isso é incorreto dizer que houve conflitos entre Robespierre e Danton durante os acontecimentos da Revolução Francesa.

28. (Fatec-SP) Nas diversas etapas da Revolução Fran-cesa, a Constituição Civil do Clero, a execução de Luís XVI e o fim da rebelião da Vendeia ocorreram, respectivamente:

a) durante o Terror Jacobino, à época de Napoleão Bonaparte e no período da Monarquia Constitucional.

b) durante o Consulado, à época do Terror Jacobino e no período da Convenção Thermidoriana.

c) durante a Monarquia Constitucional, à época da Convenção e no período de funcionamento do Diretório.

d) durante o Terror Jacobino, à época da Monarquia Constitucional e no período de Napoleão Bonaparte.

e) Durante a convenção thermidoriana, à época de Napoleão Bonaparte e no período da Monarquia Constitucional.

29. (FGV-SP) Os revolucionários, especialmente na França, viram-na como a primeira república do povo, inspiração de toda a revolta subsequente. Pois esta não era uma época a ser medida pelos critérios cotidianos. Isto é verdade. Mas para o francês da sólida classe média que estava por trás do Terror, ele não era nem patoló-gico nem apocalíptico, mas primeiramente e sobretudo o único método efetivo de preservar seu país.

HOBSBAWM, Eric. A Era das revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981, p. 86.

Sobre a fase do Terror da Revolução Francesa, é cor-reto afirmar que: a) após assumir o controle político da República

Jacobina, Robespierre decretou o fim dos impostos feudais e o confisco dos bens do clero.

b) em 1789, a Assembleia dos Estados Gerais rompeu com o Antigo Regime, decretando imediatamente a execução do rei Luís XVI.

c) as principais realizações da República Jacobina foram a Declaração dos Direitos do Homem e a Abolição dos Privilégios Feudais.

d) a República Jacobina foi formada por uma aliança entre jacobinos e sans-culottes, que aprovaram uma nova Constituição com sufrágio universal e aboliram a escravidão nas colônias francesas.

e) a República Jacobina começou com a tomada da Bastilha e terminou com o golpe de estado “18 Brumário” de Napoleão Bonaparte.

30. (ESPM) A revolução vai à guilhotina no espetáculo ‘Arena conta Danton’. A Cia Livre olha para a história da humanidade e constata que o ímpeto de transforma-ção social e política, cultivado pelo menos desde o século XVIII, estaria numa encruzilhada: a ‘ditadura da violência’. A peça é baseada na obra ‘A morte de Danton’ do alemão Georg Büchner, o mesmo autor de ‘Woyzecck’, também já montada no Brasil. Em ‘Arena conta Danton’ personagens e ideais da revolução francesa, como os revolucionários Dan-ton (1760-1794) e Robespierre (1758-1794) giram a roda da his-tória e roçam contradições em meio à sedução da liberdade, da igualdade e da fraternidade.

Folha de São Paulo, 11 set. 2004.

Quanto aos revolucionários Robespierre e Danton, mencionados no texto, aponte entre as alternativas a que explica corretamente sua relação com a Revolu-ção Francesa.a) Foram líderes girondinos e atuaram no sentido de

colocar fim ao que ficou conhecido como grande medo. b) Foram líderes girondinos e atuaram no sentido

de colocar fim ao terror, destacando-se na reação termidoriana.

c) Foram líderes jacobinos que se destacaram por sua moderação durante o governo do diretório.

d) Foram líderes jacobinos que se destacaram durante o governo da Convenção Nacional, tendo estado relacionados ao Terror, fase radical da revolução.

e) Foram revolucionários que lideraram o golpe do 18 Brumário, apoiando Napoleão Bonaparte e o retrocesso que anulou todas as conquistas populares alcançadas durante a revolução.

31. (UEL-PR) O fim da Monarquia foi um dos momen-tos mais importantes da Revolução Francesa. Sobre ela, é correto afirmar que:

a) a República marca o início de um período de mobilização popular liderado pelos girondinos; esse é o momento em que se constituem os comitês revolucionários e onde se destaca a figura de Robespierre.

b) com a República foram abolidos os direitos feudais e assinada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, pondo um fim nos privilégios da aristocracia.

c) o novo regime caracterizou-se pela adoção de uma Constituição conservadora onde o voto era censitário e o poder executivo era entregue a cinco Diretores.

d) ameaçado pela contrarrevolução externa e pressionado pelas massas populares, o Governo Republicano girondino perde o poder para o grupo jacobino, que dá início ao período conhecido como “Terror”.

e) a tomada da Bastilha marca o início do Período Republicano onde se consolidam as conquistas burguesas obtidas durante a Monarquia Constitucional, com direito à propriedade, à liberdade e à igualdade perante a lei.

32. (UFMG) A maioria dos historiadores atribui à Revolução Francesa uma contribuição decisiva para a construção de novos valores políticos e sociais do mundo contemporâneo.

Esse entendimento está baseado: a) nas formulações políticas dos jacobinos, que

permitiram a rápida implantação do sistema capitalista na Europa.

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b) no simbolismo da Revolução, que representou o rompimento com o absolutismo e a ampliação da noção de cidadania.

c) na atuação dos girondinos, que defendiam a revolução como a única forma eficiente de ação política.

d) no revigoramento dos laços de solidariedade das corporações de ofício, que preparou terreno para a ação sindical dos trabalhadores.

33. (PUCCamp-SP) A Revolução Francesa é considerada como o modelo clássico de revolução democrático-bur-guesa, pois:

a) unidos por interesses idênticos, os diversos segmentos da burguesia lutaram pelo estabelecimento de uma nova ordem política e social.

b) a estabilidade social do Antigo Regime não foi ameaçada pelos representantes do 3º Estado devido às desigualdades sociais existentes entre os segmentos que o integravam.

c) a despeito das ações radicais dos jacobinos no denominado período do “Terror”, o processo criou condições para a difusão dos Direitos Humanos e Princípios Liberais segundo a concepção da burguesia.

d) a burguesia aliou-se ao campesinato na defesa dos valores democráticos ao longo de todo o processo revolucionário, resultando isto na ascensão social dos dois segmentos.

e) procurou manter a harmonia entre os três estados para garantir a continuidade dos ideais da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

34. (Vunesp) “Como terror entende-se (...) um tipo de regime particular, ou melhor, o instrumento de emergên-cia a que um Governo recorre para manter-se no poder.”

N. Bobbio, Dicionário de política.

O mencionado “instrumento de emergência” – o “ter-ror” – foi aplicado em sua forma típica, na Revolução Francesa: a) durante a reação aristocrática de 1787-1788. b) por Napoleão Bonaparte, na fase do Diretório. c) no período da ditadura do Comitê de Salvação

Pública. d) pelos girondinos contra os bonapartistas. e) por Luís XVI contra os camponeses da Vendeia.

35. (UPE) A Revolução Francesa marcou a ascensão da burguesia ao poder, acabando com o absolutismo fran-cês. Sobre a França revolucionária, assinale a alternativa correta.

a) A burguesia atuava também no campo, em especial no sul da França, onde dominava o comércio de tecido.

b) Os grupos políticos urbanos se restringiam ao apoio da nobreza reformada, a qual, assim como o clero, clamava por reformas econômicas.

c) A burguesia parisiense contestava o alto índice de impostos que era obrigada a pagar.

d) O drástico corte de gastos da Corte de Luís XVI diminuiu a crise econômica da França no fim do século XVIII.

e) Os camponeses ficaram alheios ao processo revolucionário, colhendo depois os frutos das conquistas burguesas.

36. (UFPE) A Revolução Francesa é um marco na his-tória da humanidade por ter produzido rupturas com o Antigo Regime. Qual das alternativas apresenta as mais importantes?

a) O assassinato do médico Marat, editor do jornal Amigo do Povo, por Charlotte Corday, provocou a radicalização entre os jacobinos.

b) A participação das mulheres na queda da Bastilha e o surgimento do grupo radical dos Girondinos.

c) O fim da servidão e dos privilégios feudais, a declaração dos direitos do homem e do cidadão, o confisco dos bens do clero, a reforma do Exército e da Justiça.

d) O fim da escravidão, a declaração dos direitos do homem, o código de Napoleão com reforma judiciária que confiscou as terras da aristocracia.

e) A secularização do clero, a República Jacobina, o comitê de Salvação Pública que condenou à morte os próprios líderes da Revolução.

37. (UFAL) A respeito do Golpe do 18 Brumário, é correto afirmar que:

a) a ditadura bonapartista atendeu aos interesses da burguesia francesa.

b) provocou a convocação da Assembleia Nacional Constituinte.

c) reforçou a composição política entre girondinos e jacobinos.

d) a ditadura napoleônica instituiu o Terror. e) aprovou a Declaração dos Direitos do Homem

38. (Vunesp) No decurso da Revolução Francesa, des-tacaram-se várias facções ou agrupamentos políticos conhecidos por denominações específicas. Esclareça os interesses defendidos pelos Girondinos e pelos Jaco-binos e indique qual destes, no recinto do plenário da Assembleia, sentava-se na ala esquerda.

39. (Unicamp-SP) Em sua obra “Os sans-culottes de Paris”, o historiador Albert Soboul escreveu: “Os cida-dãos de aparência pobre e que em outros tempos não se atreveriam a apresentar-se em lugares reservados a pes-soas elegantes passeavam agora nos mesmos locais que os ricos, de cabeça erguida.”

Eric Hobsbawm, A Era das Revoluções, São Paulo, Paz e Terra, 1976, p.231.

Nota: “sans-culottes” significa “sem culotes”, “sem-calças”.a) Caracterize o movimento dos “sans-culottes” na

Revolução Francesa.b) Compare o movimento dos “sans-culottes” com o

movimento dos sem-terra no Brasil.

40. (Vunesp) Com a aliança entre jacobinos e sans-culot-tes, a revolução dava um passo à frente, à esquerda, ganhando uma nova forma política e um novo con-teúdo social.

Modesto Florenzano, As revoluções burguesas.

No contexto da Revolução Francesa, explique duas medidas que revelam o caráter inovador do governo jacobino (1792-1794).

41. (Unicamp-SP) Fundado em 1793, no auge da Revolu-ção Francesa, o museu do Louvre era a materialização da liberdade, igualdade e fraternidade. O museu foi esta-belecido em um palácio real transformado em palácio do

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povo; sua coleção de pinturas, esculturas e desenhos foi confiscada da Igreja, da Coroa e dos aristocratas exila-dos e nacionalizada.

Traduzido de Andrew McClellan, A Brief History of the Art Museum Public, em Andrew McClellan (org.),

Art and its Publics. Museum Studies at the Mille-nium. Oxford: Blackwell Publishing, 2003, p. 5.

a) O que é um museu?b) Como se pode considerar o confisco mencionado no

texto como um gesto revolucionário?c) Explique a importância dos museus na construção

da identidade nacional.

42. (FGV-SP) Restauração é o nome do regime estabele-cido na França durante quinze anos, de 1815 a 1830, mas essa denominação convém a toda a Europa. Ela é múlti-pla e se aplica a todos os aspectos da vida social e política.

René Rémond, O século XIX: introdu-ção à história do nosso tempo.

Reconhece-se a Restauração no processo que: a) restituiu o poder aos monarcas europeus alinhados a

Napoleão Bonaparte, provocando a generalização da contrarrevolução na América colonial, que havia sido varrida pelas independências nacionais.

b) alçou a Inglaterra à condição da nação mais poderosa do mundo, com capacidade de reverter a proibição do tráfico de escravos africanos para a América e de defender a recolonização de espaços coloniais espanhóis americanos.

c) restabeleceu as bases do sistema colonial na América e na Ásia, com a recriação de companhias de comércio marcadas pela rigidez metropolitana, além da prática do “mar fechado” e do porto único.

d) permitiu a volta das antigas dinastias ao poder, que o haviam perdido com as guerras napoleônicas, e que criou a Santa Aliança, nascida com o intuito de reprimir movimentos revolucionários.

e) ampliou os direitos trabalhistas em toda a Europa, condição que provocou as revoluções de 1820 e 1830, eventos fundamentais para a retomada dos valores políticos anteriores à Revolução Francesa.

43. (PUCCamp-SP) No contexto histórico da Revolução Francesa, o episódio denominado “O Golpe do 18 Brumá-rio” aconteceu:

a) quando se inicia o regime do Diretório, período que se caracterizou pelos desmandos políticos.

b) no momento em que a Conjura dos Iguais propõe a tomada do poder à força e o fim da propriedade privada.

c) quando Napoleão, apoiado pelo Exército e pela alta burguesia, derruba o Diretório e chega ao poder.

d) no momento em que os monarquistas tentam voltar ao poder através de golpe, que foi sufocado por Napoleão Bonaparte.

e) quando Robespierre, Saint Just e seus companheiros do Comitê de Salvação Pública são mortos na guilhotina, pondo fim ao Terror.

44. (Unirio-RJ) Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça vão encontrar um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo.

Napoleão Bonaparte

Sobre o período napoleônico (1799-1815), podemos afirmar que: a) consolidou a revolução burguesa na França por meio

da contenção dos monarquistas e jacobinos. b) manteve as perseguições religiosas e o confisco

das propriedades eclesiásticas iniciadas durante a Revolução Francesa.

c) enfrentou a oposição do exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador dos franceses.

d) favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, visando à expansão de mercados.

e) anulou diversas conquistas do período revolucionário, tais como a igualdade entre os indivíduos e o direito de propriedade.

45. Explique a seguinte frase: “A burguesia cruzava os braços deixando Napoleão governar.”

46. (UFV-MG) Durante o período napoleônico (1799-1815), dentre as medidas adotadas por Bonaparte, assi-nale aquela que teve repercussões importantes nas rela-ções comerciais do Brasil com a Inglaterra.

a) Restauração financeira, com a consequente fundação do Banco da França, em 1800.

b) Decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses.

c) Promulgação, em 1804, do Código Civil que incorporou definitivamente, na legislação francesa, os princípios liberais burgueses.

d) Expansão territorial da França com a incorporação de várias regiões da Europa, formando o chamado Império Napoleônico.

e) Criação do franco, como novo padrão monetário.

47. (UECE) Na História da França, o Golpe do 18 Brumá-rio significa:

a) o início da Revolução de 1789 com a abolição dos direitos feudais.

b) o fim da Revolução com a subida de Napoleão ao poder com o apoio do exército e da alta burguesia.

c) o fortalecimento da participação popular e dos embates entre Danton e Robespierre.

d) o estabelecimento da igualdade de todos perante a lei com a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

48. (Unirio-RJ) A Era Napoleônica (1799-1815) marcou a conjuntura de transição do mundo moderno para o con-temporâneo, alterando o equilíbrio de poder construído pelos Estados europeus. Sobre a Era Napoleônica, é cor-reto afirmar que no:

a) 18 de Brumário (9/11/1799), o Diretório Nacional, controlado pelos jacobinos revolucionários, iniciou uma série de execuções políticas, o chamado “Período do Terror”, encerradas pela conquista de Paris pelas forças napoleônicas.

b) Consulado (1799-1804), os ideais revolucionários liberais da burguesia francesa, tais como a promulgação do Código Civil e a reforma do ensino francês, consolidaram-se.

c) Império (1804-1815), a aliança política e a coligação militar com a Áustria e a Prússia permitiram o avanço dos exércitos franceses contra a Rússia e a decretação do Bloqueio Continental contra a Inglaterra.

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d) Governo dos Cem Dias (1815), Napoleão convocou uma Assembleia Nacional Constituinte, que estabilizou politicamente o país, promovendo a paz com a Inglaterra e a destituição da Dinastia dos Bourbons do trono francês.

e) Congresso de Viena (1815), os princípios de legitimidade e equilíbrio, defendidos pelas monarquias europeias, garantiram a fixação das fronteiras francesas, reconhecendo as conquistas territoriais de Napoleão.

49. (Fatec-SP) A obra política de Napoleão Bonaparte pode ser considerada como:

a) um complemento às realizações da Revolução, com o apoio da burguesia francesa.

b) uma tentativa de promover uma revolução industrial na França, seguindo o exemplo inglês; suas bases estariam contidas no Código Civil francês.

c) uma obra de centralização administrativa, pelo fato de ter colocado seus irmãos como chefes de governo em vários países da Europa.

d) uma política de alianças, após as vitórias militares contra os prussianos, os austríacos e os russos, para conseguir o domínio absoluto de toda a Europa.

e) uma reação ao processo desenvolvido durante o período da Revolução Francesa, em consequência da inflação, do período do Terror e da incapacidade administrativa.

50. (PUC-PR) Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.

Sobre o Código Civil elaborado no período napoleô-nico, podemos afirmar: )( Na elaboração houve a atuação direta de Napoleão,

embora houvesse uma comissão de quatro mem-bros para elaborá-la.

)( Traduziu concretamente os princípios da Declara-ção dos Direitos do Homem: liberdade individual, de trabalho, de consciência; Estado leigo; igualdade perante a Lei.

)( Proibia a fortuna herdada, a fortuna adquirida e a propriedade privada.

)( Destacava e protegia o trabalho assalariado e esti-mulava as coalizões operárias.

)( Subordinava a mulher ao homem, mantinha o divórcio e restabelecia a escravidão nas colônias.

a) F, V, V, F, F b) V, F, F, V, F c) F, V, F, V, V

d) V, V, F, F, V e) V, F, V, V, F

51. (Cesgranrio-RJ) O Golpe do 18 Brumário de 1799, no contexto da Revolução Francesa, derrubou o Diretó-rio, instituiu o sistema do Consulado e elevou Napoleão Bonaparte à liderança política da França revolucionária. Napoleão manteve-se no poder por um período que se estendeu de 1799 até 1815, período esse denominado de Era Napoleônica, durante o qual ocorreu a:

a) consolidação interna do ideário burguês da Revolução e a tentativa de sua imposição a diversos países da Europa com a expansão militar promovida por Napoleão.

b) retomada do poder político pelos segmentos da nobreza provincial francesa com a promulgação do Império (1804) como a força política legítima de governo da França do período napoleônico.

c) união de segmentos sociais distintos na defesa do governo aristocrático e absolutista de Napoleão, tais como o campesinato e a nobreza, com o objetivo de evitar uma invasão estrangeira da França revolucionária.

d) interferência direta das Monarquias Absolutas europeias na França, através da ação política da Santa Aliança, ao encerrarem o processo revolucionário com seu apoio à ascensão de Napoleão.

e) formação de diversas coligações que uniriam a França revolucionária e a Inglaterra liberal contra os Estados aristocráticos, em defesa das conquistas liberais promovidas no processo da Revolução Francesa.

52. (UFPR) Em nome da Santíssima e Indivisível Trindade e conforme as palavras das Sagradas Escrituras, segundo as quais todos os homens devem ter-se como irmãos, Suas Majestades o Imperador da Áustria, o Rei da Prússia e o Imperador da Rússia permanecerão unidos por laços de verdadeira e indissolúvel fraternidade: considerando-se compatriotas, em toda ocasião e em todo lugar, eles se pres-tarão assistência, ajuda e socorro.

Trechos do Art. 1º do Tratado da Santa Aliança, citado por AQUINO, R. S. L. et alii. Histórias das

sociedades: das sociedades modernas às socieda-des atuais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979.

Considerando o exposto e a respeito da relação entre Napoleão Bonaparte e a “Santa Aliança”, é correto afirmar: 01) No processo de expansão do poder napoleônico

na Europa, implantaram-se, em várias regiões do continente, reformas calcadas no modelo nacionalista, sob democrática liderança de Napoleão Bonaparte.

02) Reunidos no Congresso de Viena em 1814-1815, os vencedores de Napoleão pretendiam refazer o mapa político europeu e restabelecer o equilíbrio político no continente europeu que existia antes da Revolução Francesa de 1789.

04) A “Santa Aliança” foi um tratado idealizado pelo Czar Alexandre I da Rússia, após a derrota definitiva de Napoleão e dos franceses, e destinava-se a implantar um sistema de intervenção nos países ameaçados por revoluções.

08) Apesar da oposição inglesa, em face de seus interesses nos mercados latino-americanos, o sistema da “Santa Aliança” reforçou-se nas décadas seguintes, principalmente em função da ativa liderança da Rússia, que pretendia impedir qualquer ação dos aliados contra a política da legitimidade.

16) De maneira geral, as ações da “Santa Aliança” afirmavam a ascendência das forças de conservação sobre as forças de transformação. Estas estavam presentes nas reformas introduzidas por Napoleão durante suas conquistas na Europa, como a supressão dos direitos feudais e divulgação da ideia de igualdade civil.

32) A conjuntura pós-napoleônica foi marcada pela ação da burguesia em prol dos ideais liberais e nacionais desencadeados com a Revolução Francesa, e contra a velha ordem absolutista representada pela Europa do Congresso de Viena.

53. (UFES) “A Revolução Francesa dominou a história, a própria linguagem e o simbolismo da política ocidental, desde sua irrupção até o período quase seguinte à Pri-meira Grande Guerra Mundial”.

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Do texto anterior, de Eric Hobsbawm, pode-se infe-rir ter sido a Revolução Francesa um dos processos mais importantes do século XVIII. Entre os acontecimentos que a marcaram, destaca-se o Golpe do 18 Brumário de 1799, pelo qual: a) a burguesia girondina reassumiu o poder, retomando

o controle da Revolução. b) Napoleão Bonaparte assumiu o poder, na condição

de Primeiro Cônsul. c) se instalou a Ditadura Montanhesa, sob a liderança

de Robespierre. d) se instalou o Regime do Terror, com a aprovação da

Lei dos Suspeitos. e) foi proclamada a República, após a vitória salvadora

de Valmy.

54. (Vunesp) Artigo 5º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.

(...)Artigo 7º – Nenhuma embarcação vinda direta-

mente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será rece-bida em porto algum.

Artigo 8º – Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa.

Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documen-

tos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977.

Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a dis-posição francesa de: a) estimular a autonomia das colônias inglesas na

América, que passariam a depender mais de seu comércio interno.

b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais.

c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península Ibérica.

d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus.

e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa.

55. (UFR-RJ)

Ordens de Napoleão: soldados franceses quei-mando importações britânicas em 1810.

HENDERSON, W. O. “A revolução Indus-trial. São Paulo”, Verbo/EDUSP, 1979. p.27.

A explicação para o quadro anterior está: a) na repulsa da população francesa aos produtos

ingleses vendidos na Europa Continental, em geral muito caros e de péssima qualidade.

b) no protesto de operários franceses contra o desemprego causado na Inglaterra pela introdução de máquinas no processo produtivo (início da chamada “Revolução Industrial’).

c) na disputa, até militar, entre uma Inglaterra já em acelerado estado de industrialização e uma França que busca o mesmo intento, abrindo concorrência ao produto inglês.

d) na tentativa francesa de evitar que matérias-primas, mais baratas, oriundas da Inglaterra, arruinassem os produtos franceses.

e) na revolta dos franceses contra o apoio dado pela monarquia inglesa à Família Real portuguesa quando esta decidiu retornar à Europa, após sua estadia no Brasil.

56. (Mackenzie-SP) Minha maior glória não consistiu em ter ganho quarenta batalhas; Waterloo apagará a memória de tantas vitórias. O que nada apagará, o que viverá eternamente, é o meu Código Civil.

Napoleão Bonaparte

O Código Civil Napoleônico, promulgado em 1804, assegurava: a) que os reis franceses só poderiam aumentar

impostos ou alterar as leis com a aprovação do Grande Conselho, composto por membros do clero, burgueses e nobres.

b) as conquistas burguesas, como a igualdade do indivíduo perante a lei, o direito à propriedade e a proibição da organização de sindicatos de trabalhadores e das greves.

c) uma organização da Europa em novas bases econômicas e sociais, fixando uma bipolarização ideológica marcada pela tensão internacional, o que reativou o confronto com a Inglaterra.

d) a harmonização dos interesses conflitantes do capital e do trabalho dentro dos quadros das corporações, defendendo que tudo deveria ser feito para a nação, pois esta representava a mais alta forma de sociedade.

e) um planejamento econômico e social baseado na intervenção do Estado na economia, por meio de investimentos estatais de monta, estimulando uma política de pleno emprego.

57. (FGV-SP) A Revolução Francesa foi marcada por uma série de reviravoltas políticas. Em novembro de 1799, o general Napoleão Bonaparte liderou um golpe de Estado que pôs fim ao Diretório, inaugurando uma nova fase da história francesa.

a) Quais eram as características do Código Civil estabelecido por Napoleão?

b) Em que medida o Código Civil chocava-se com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789?

58. (Fuvest-SP) Os soldados franceses que guerrea-ram da Andaluzia a Moscou, do Báltico à Síria [...] esten-deram a universalidade de sua revolução mais eficaz-mente do que qualquer outra coisa. E as doutrinas e ins-tituições que levaram consigo, mesmo sob o comando de Napoleão, eram doutrinas universais, como os governos

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sabiam e como também os próprios povos logo viriam a saber.

Eric Hobsbawm. A era das revoluções – 1789-1848.

Baseando-se no texto, aponte:a) as doutrinas e instituições referidas pelo autor;b) os desdobramentos dessas guerras para a América

Ibérica.

59. (UERJ) Em 1815, Napoleão Bonaparte, considerado o herdeiro da Revolução Francesa, foi derrotado, proce-dendo-se a uma restauração dos “legítimos soberanos” na França e em todos os países europeus onde o Antigo Regime havia sido destronado. Essa Restauração não desfez, porém, a obra liberal já construída. Em tal pers-pectiva, conservadorismo e liberalismo tornaram-se as palavras-chave para os debates políticos que permearam a primeira metade do século XIX.

a) Cite duas características do liberalismo político.b) Entre as ações realizadas pelas forças de conservação

na primeira metade do século XIX, encontra-se a política de intervenção da Santa Aliança. Conceitue essa política, identificando um de seus objetivos.

60. (UFMG) Em 21 de novembro de 1806, em Berlim, Napoleão Bonaparte assinou um decreto, em que se esta-beleciam as bases do que ele próprio denominou Blo-queio Continental.

Leia este trecho desse decreto:Considerando [...] Que a Inglaterra considera inimigo

todo indivíduo que pertence a um Estado inimigo e, por conseguinte, faz prisioneiros de guerra não somente as equipagens dos navios armados para a guerra, mas ainda as equipagens das naves de comércio e até mesmo os negociantes que viajam para os seus negócios; [...] Decretamos o que segue: Artigo 1º – As Ilhas Britânicas são declaradas em estado de bloqueio, Artigo 2º – Qual-quer comércio e qualquer correspondência com as Ilhas Britânicas ficam interditados [...] Artigo 3º – Qualquer indivíduo, súdito da Inglaterra, qualquer que seja sua condição, que for encontrado nos países ocupados por nossas tropas ou pelas tropas de nossos aliados, será constituído prisioneiro de guerra, Artigo 4º – Qualquer loja, qualquer mercadoria, qualquer propriedade per-tencente a um súdito da Inglaterra será declarada boa presa, Artigo 5º – O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Ingla-terra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.

Campo Imperial de Berlim, 21 de novembro de 1806.

A partir da leitura desse trecho e considerando outros conhecimento sobre o conflito, explique as dife-renças relacionadas às políticas praticadas pela França e pela Inglaterra.

61. (Ifsc) A Revolução Francesa é considerada o mais importante acontecimento da história contemporânea. Inspirada pelas ideias iluministas, a sublevação cujo lema “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” ecoou em todo mundo, pondo abaixo regimes absolutistas e ascen-dendo os valores burgueses.

Disponível em https://intelectuaisdahistoria2.wor-dpress.com/page/31/. Acesso: 30 maio 2014.

Sobre os acontecimentos influenciados pela Revo-lução Francesa, assinale a soma da(s) proposição(ões) correta(s).

01) A manutenção de privilégios da nobreza feudal na Europa Ocidental.

02) O fim do Absolutismo e a instauração de monarquias e/ou repúblicas constitucionais, especialmente na Europa.

04) O fortalecimento do domínio ideológico da Igreja Católica com o acirramento da Santa Inquisição, na França.

08) O incentivo teórico para movimentos de independência na América Latina.

16) O estabelecimento dos princípios gerais de liberdade, igualdade e propriedade como novos valores da sociedade moderna.

32) A consolidação da burguesia como classe social que soma ao poder econômico o poder político dando início ao modelo liberal do capitalismo.

62. (Uem) A Revolução Francesa, ocorrida no final do século XVIII, é considerada pelos estudiosos como um dos acontecimentos que contribuiu para a formação da sociedade contemporânea. Sobre as contribuições da Revolução Francesa para a sociedade contemporânea, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

01) Os ideais liberais e democráticos da Revolução Francesa serviram de base para a constituição de Estados totalitários contemporâneos em diversos países da Europa.

02) Com a Revolução Francesa, estabeleceu-se a liberdade de crença religiosa e a separação entre Estado e Igreja.

04) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é um dos resultados mais diretos da Revolução Francesa.

08) Os revolucionários defendiam ideais de liberdade e de igualdade, em oposição ao absolutismo monárquico.

16) A Revolução Francesa representou a primeira reação política organizada da História contra uma sociedade centrada nos valores pré-capitalistas.

63. (Ufrgs) O texto abaixo refere-se à Revolu-ção Francesa.

O Terror é doravante um sistema de governo, ou melhor, uma parte essencial do governo revolucionário. Seu braço. (...) Ele é também um meio de governo omni-presente, através do qual a ditadura revolucionária de Paris deve fazer sentir sua mão de ferro em todos os luga-res, tanto nas províncias quanto nas forças armadas.

FURET, François ; OZOUF, Mona. Diccion-naire critique de la Révolution française. Événe-

ments. Paris: Flammarion, 1992. p. 298-299.

Considere as seguintes afirmações sobre o denomi-nado Terror.I. O governo jacobino, dirigido por Robespierre, e o

Comitê de Salvação Pública foram responsáveis pelo período do Terror.

II. O Terror foi uma política de extermínio liderada pelos girondinos de origem burguesa.

III. O objetivo dessa política centrava-se na defesa da Revolução contra os inimigos internos e externos.

Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas I e III.

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64. (Mackenzie)

“O Estado sou eu”, frase atribuída ao rei francês Luís XIV, traduzia o grau de centralização de poderes típica dos Estados absolutistas europeus. Tal forma de organi-zação política destacava a figura do monarca como bem caracteriza a imagem acima.

Assinale a alternativa correta que expressa o papel da monarquia absolutista. a) O regente, ao aparecer publicamente com trajes

suntuosos, exprimia a união entre o poder temporal e o espiritual, apoiado publicamente pelo Papa em cada aparição pública.

b) O monarca, ao se utilizar da pompa e da suntuosidade, sintetizava os anseios da própria nação e dos diversos grupos religiosos existentes no território francês.

c) A exposição pública da figura do monarca enfraquecia a nobreza e as tradições aristocráticas, ao mesmo tempo em que fortalecia os interesses burgueses.

d) O rei, ao simbolizar o próprio Estado francês, consegue articular o anseio do grupo mercantil em ascensão, articulando-os com os interesses da nobreza nacional.

e) Eliminar as revoltas camponesas francesas, recorrendo ao luxo e majestade configurados na imagem do monarca, garantia estabilidade à nação.

65. (Ufu) A chamada “Era Napoleônica” (1799-1814) foi uma época marcada por grandes conflitos bélicos na Europa. Sobre esse momento e suas repercussões na his-tória do continente americano, assinale a alternativa incorreta.

a) A necessidade financeira decorrente dos custos militares levou Napoleão Bonaparte a vender territórios coloniais franceses na América do Norte. Nesse contexto, o vasto território da Louisiana foi incorporado aos EUA.

b) O envolvimento da França em conflitos bélicos contra quase toda Europa favoreceu a perda de colônias francesas na América. A independência do Haiti e a ocupação da Guiana Francesa pelos portugueses são exemplos disso.

c) Durante o apogeu do Império Napoleônico, a Espanha tornou-se politicamente dependente da França. Essa situação favoreceu anseios autonomistas na América espanhola e levou a Inglaterra a apoiar movimentos de independência.

d) Com o “bloqueio continental”, a Inglaterra teve seus interesses comerciais na América seriamente prejudicados. Nesse contexto, os britânicos

invadiram a Argentina em 1806 e a controlaram até 1815, quando o Congresso de Viena decretou sua independência.

66. (Ufrgs) No Congresso de Viena, concluído em 1815, pouco antes da derrota de Napoleão em Waterloo, os soberanos europeus vitoriosos fixaram os destinos da Europa. Nessa reconstrução geopolítica,

a) a Inglaterra, lesada em posições estratégicas, perdeu definitivamente o domínio dos mares para potências emergentes, como Espanha e Itália.

b) a nova carta político-territorial da Europa assegurou o equilíbrio entre as grandes potências ao reconhecer as aspirações nacionais.

c) a França, apesar da derrota, foi poupada, não perdendo seus territórios nem sendo obrigada a pagar indenizações de guerra, em nome do equilíbrio europeu.

d) a Rússia abdicou de qualquer pretensão de tornar-se a potência dominante da Europa oriental, enquanto a Áustria, que conquistou a Bélgica, perdeu seus domínios na Itália.

e) o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, o que permitiu a permanência da família real no continente americano, sem perda do trono.

67. (Fgv) Entre 1814-1815, representantes das nações europeias reuniram-se no chamado Congresso de Viena. As principais discussões desses encontros giraram em torno:

a) Da adoção do Código Napoleônico por todos os Estados europeus, como forma de modernizar as instituições sociais e adequá-las ao desenvolvimento capitalista do período.

b) Da reorganização da Europa após as guerras napoleônicas, procurando garantir à burguesia os avanços conquistados após anos de revoluções.

c) Da definição de fronteiras e governantes europeus a partir da ideia de legitimidade, isto é, a restauração do poder e das divisões territoriais anteriores à Revolução Francesa.

d) Da necessidade de banir definitivamente os princípios fundamentais do Antigo Regime, tais como a desigualdade jurídica, a dominação aristocrática e o absolutismo.

e) Da implementação do Parlamentarismo como a única forma de garantir a dominação aristocrática e a restauração das dinastias destronadas pelas revoluções.

68. (Uff) A Revolução Francesa de 1789 foi um fenômeno que pode ser comparado àquele da Revolução Ameri-cana de 1776. Ambas constituem parte do que designa-mos como “Revoluções Burguesas”. Entretanto, obser-vando seus resultados políticos na França e nos EUA, percebemos diferenças radicais no tocante aos modos de organização dos governos de cada um desses Estados. Tendo em vista o estabelecido no texto:

a) explique as diferenças entre as formas políticas resultantes de cada uma das revoluções, no âmbito da França e dos EUA;

b) indique um dos líderes da Revolução Americana e um movimento no Brasil que tenha recebido a influência de uma das “Revoluções Burguesas”.

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69. (Fgv)

HISTOIRE: Une terre, des hommes. França: Magnard.

A caricatura acima mostra a situação das camadas sociais na sociedade francesa de antes da Revolução de 1789.a) Que grupos e que relações sociais estão

representados na caricatura?b) Antes do movimento revolucionário, quais eram

as principais críticas do povo em relação às camadas dominantes?

c) Que classe social liderou a Revolução e que transformações ocorreram no período mais radical do processo revolucionário?

70. (Uerj) Em fevereiro de 2004, o Haiti foi manchete de jornais e revistas, em função da saída de seu primeiro presidente eleito de forma direta, Jean-Bertrand Aris-tide, frente à crescente oposição interna. A história de lutas no Haiti começou, no entanto, no final do século XVIII, quando ocorreram os primeiros movimentos de resistência à dominação francesa. Somente em 1804, após mais de dez anos de conflitos, essa colônia conquis-tou sua independência, passando a se chamar Haiti.

a) Identifique o episódio da conjuntura internacional que influenciou, em agosto de 1791, no Haiti, o levante contra a dominação dos franceses e justifique sua resposta.

b) Aponte a característica que distinguiu o processo de independência do Haiti do das outras colônias americanas e um reflexo dessa característica sobre as elites brasileiras da primeira metade do século XIX.

71. (Unesp) Compare os dois textos seguintes e responda.

Em todos os lugares havia calma. Nenhum movi-mento, nem temor ou aparência de movimento no Reino havia que pudessem interromper ou se opor aos meus projetos.

(Memórias de Luís XIV para o ano de 1661.)

Para nos mantermos livres, cumpre-nos ficar inces-santemente em guarda contra os que governam: a exces-siva tranquilidade dos povos é sempre o pregoeiro de sua servidão.

(J. P. Marat. As cadeias da escravidão, 1774.)

a) A que regime político predominante na Idade Moderna europeia os dois textos, de formas diferentes, se referem?

b) O texto de Marat apresenta uma noção de cidadania elaborada pela reflexão política do Século das Luzes. De que forma a Revolução Francesa do século XVIII foi a expressão desta nova concepção política?

72. (Uff) “Poucas vezes a incapacidade dos governos em conter o curso da história foi demonstrada de forma mais decisiva do que na geração pós-1815. Evitar uma segunda Revolução Francesa, ou ainda a catástrofe pior de uma revolução europeia generalizada tendo como modelo a francesa, foi o objetivo supremo de todas as potências que tinham gasto mais de 20 anos para derro-tar a primeira”

Hobsbawm, Eric. “A Era das Revoluções”. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982, p. 127

O período conhecido como Restauração representou a vitória das potências europeias contra o domínio napo-leônico. Reunidos no Congresso de Viena, entre setem-bro de 1814 e junho de 1815, os países vencedores estabe-leceram o princípio da legitimidade, que significou a sua recomposição territorial e a restauração dos governos, tal como existiam antes do avanço napoleônico.

Analise o papel da Santa Aliança na preservação dos princípios estabelecidos pelo Congresso de Viena, indicando a nação cuja atuação foi decisiva para a Restauração.

73. (Unicamp) Instalada em Nova Iorque em 1886, a Está-tua da Liberdade foi oferecida pelos franceses como um gesto de amizade republicana para com os Estados Uni-dos. Por toda a França, houve subscrição pública para levantar fundos, considerando-se que a ideia de liber-dade dos filósofos franceses tinha sido exportada para a América e inspirado a Guerra de Independência. Assim, seria adequado comemorar o seu centenário com uma estátua francesa. Com o tempo, associou-se à estátua a imagem de “mãe dos exilados”.

Traduzido e adaptado de Marina Warner, Monu-ments and maidens - the allegory of the female

form. Londres: Vintage, 1996, p.6-7).

a) Segundo o texto, quais significados foram associados à Estátua da Liberdade?

b) Identifique três relações que podem ser estabelecidas entre a Guerra da Independência Americana e a Revolução Francesa.

74. (Ueg) Que relação existe entre o Bloqueio Continen-tal, lançado por Napoleão Bonaparte contra a Inglaterra, e a Independência do Brasil?

75. (Unicamp) No ano de 801, assim foi registrada a coroação de Carlos Magno:

“Então, como no mais santo dia de Natal, tendo ele entrado na Basílica de São Pedro, para a celebração das missas solenes, e tendo-se colocado diante do altar, a cabeça inclinada, em preces, o papa Leão lhe colocou a coroa sobre a cabeça.”

Quando, em 1804, Napoleão torna-se imperador da França, mesmo com a presença do papa, ele coroa a si mesmo.a) Por que seria impossível para Carlos Magno, homem

de tantos feitos, autocoroar-se?b) Por que Napoleão pôde colocar a própria coroa?

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Exercícios propostosHistória capítulo 2

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76. (CFTMG) Com a vinda da Corte portuguesa ao Bra-sil, em 1808, não só os portos se abriram para as Nações Amigas, mas também as portas para a entrada de estran-geiros. [...] Comerciantes, especialmente ingleses, artistas franceses e imigrantes, além de viajantes naturalistas de várias regiões do Velho Mundo, têm permissão de estu-dar o que o país desconhecido parecia prometer em novi-dades. Esses visitantes serão autores de um novo desco-brimento do Brasil [...].

LISBOA, Karen Macknow. A Nova Atlântica de Spix e Martius: natureza e civilização na Viagem pelo Bra-

sil (1817-1820). São Paulo: Hucitec, 1997. p. 29.

O texto refere-se aos viajantes como autores de um “novo descobrimento do Brasil” porque eles teriam: a) denunciado a condição degradante dos indígenas da

América, dada a expropriação de suas terras. b) apontado a necessidade de emancipação política

brasileira frente aos interesses colonialistas de Portugal.

c) influenciado as práticas agrícolas brasileiras por compartilharem tecnologias modernizantes dos Estados Unidos.

d) divulgado as informações sobre o país ao transformarem suas anotações de viagens em relatos publicados na Europa.

77. (UFSM) No texto “O Império enfermo”, Cláudio Ber-tolli Filho afirma:

A vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colo-nial, inclusive na área de saúde. Como sede provisória do império lusitano e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o centro das ações sanitárias. Com elas, dom João VI procurou oferecer uma imagem nova de uma região que os europeus definiam como ter-ritório da barbárie e da escravidão.

FILHO, Cláudio Bertolli. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 8.

As ocorrências mencionadas estão inseridas numa sucessão em que podem ser destacados, seja como antecedentes, seja como consequentes, os seguin-tes processos:I. a Primeira Revolução Industrial e a busca da

Inglaterra pela hegemonia comercial na Europa e no mundo.

II. a Revolução Francesa e as tentativas de expansão das conquistas dos revolucionários burgueses para a Europa.

III. as disputas entre a Inglaterra e a França, o decreto do Bloqueio Continental com as repercussões para a Espanha e Portugal e seus domínios ultramarinos.

IV. a crise do sistema colonial, os processos de independência nas Américas e a implantação de Estados Nacionais em ex-colônias da Inglaterra, França, Espanha e Portugal.

Estão corretas: a) apenas I e II. b) apenas I e IV. c) apenas II e III. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV.

78. (UERN-RN) ... é comumente datado a partir de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. A verdade dessa proposição reside, em especial, na mon-tagem pelo Príncipe, e depois Rei, João VI, de um apare-lho governativo no Brasil. Tal criação dá-se, por um lado, através da transferência de órgãos portugueses e, de outro, com o surgimento, no Rio de Janeiro, de estruturas típicas de uma capital, com bibliotecas, um jornal, insti-tuições de fomento. Ao mesmo tempo, são substituídos os institutos de caráter colonial, como os monopólios e as restrições industriais e comerciais. Por fim, todo o pro-cesso é coroado pela assinatura de dois tratados com a Inglaterra, um de Aliança e Amizade e outro de Comércio e Navegação, em 1810.

MONTEIRO, Hamilton de Mattos. In: Linha-res, Maria Yedda. História Geral do Brasil. 14.

ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 129.

O trecho anterior se refere ao processo de: a) abolição da escravidão. b) independência do Brasil. c) descolonização da região Sul do país. d) desenvolvimento industrial no Brasil.

79. (Vunesp) Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópi-cos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobre-viver, explorar “os enormes recursos naturais” e as poten-cialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.

DIAS, Maria Odila Leite da Silva. A interioriza-ção da metrópole e outros estudos, 2005.

A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo: a) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo

projeto, defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil.

b) pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia.

c) pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.

d) pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com a política da Inglaterra.

e) pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.

80. (UESPI) O historiador Oliveira Lima define D. João VI, como um grande estadista. Com relação às medidas adotadas por esse monarca, logo após sua chegada ao Brasil, em 1808, destaca-se:

a) a transposição da estrutura administrativa portuguesa, como tribunais, ministérios e cartórios, cujos cargos foram preenchidos apenas por brasileiros.

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b) o estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, simbolizado pela abertura dos portos brasileiros ao comércio exterior.

c) a assinatura do Tratado de Madri, com a Espanha, distendendo as fronteiras territoriais da região sul do Brasil.

d) a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no Rio de Janeiro, para construção de uma nova identidade para a nação recém-fundada.

e) a concessão do perdão para os participantes na Revolução Pernambucana, também reconhecida como Revolução dos Padres.

81. (CFTSC) Em 1808, em razão do confronto entre França e Inglaterra e temendo Napoleão Bonaparte, o príncipe regente D. João, de Portugal, futuro D. João VI, junta-mente com a Corte, funcionários e militares, deixa Portu-gal e se estabelece na sua colônia mais importante: o Bra-sil. Diversas instituições surgiram com a família real no Brasil, dentre as quais se destaca:

a) a Petrobras. b) o Banco do Brasil. c) o Banco Nacional da Habitação. d) a Companhia Vale do Rio Doce. e) a Companhia Siderúrgica Nacional.

82. (PUC-RJ) Surpreendidas pela invasão napoleônica em 1807, as duas Coroas ibéricas tiveram desdobramentos políticos diferenciados. No caso espanhol, a captura do Rei Fernando VII por Napoleão acelerou a luta pela autono-mia nas cidades e províncias de todo o Império. No caso português, a transmigração da família real para a colônia permitiu desdobramentos mais lentos ao Império luso.

Tendo em vista a conjuntura descrita acima:a) cite duas medidas tomadas pelo Príncipe Regente

D. João, a partir de 1808, que tenham favorecido a manutenção do controle português sobre as províncias brasílicas e seus territórios;

b) identifique uma característica das independências na América hispânica também encontrada nos movimentos pela independência ocorridos na América portuguesa.

83. (UERJ) O enriquecimento da vida cultural do Rio de Janeiro, e até mesmo do país, após 1808, decorreu, sobre-tudo, das necessidades da elite dominante. No ambiente acanhado da sociedade americana, a novidade dos pro-cedimentos característicos do círculo real exerceram extraordinário fascínio, produzindo um poderoso efeito “civilizador” em relação à cidade. Em contrapartida, a Coroa não deixou de adotar também medidas de con-trole mais eficientes. Após a tormenta da Revolução Francesa e ainda vivendo o turbilhão do período napo-leônico, era o medo dos princípios difundidos pelo século das Luzes, especialmente as “perniciosas” ideias france-sas, que ditava essas cautelas.

NEVES, Lúcia M. P. das e MACHADO, Humberto F. O impé-rio do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. Adaptado.

O texto aborda um duplo movimento provocado pela presença da Corte portuguesa no Brasil: o estímulo às atividades culturais na colônia e, ao mesmo tempo, o controle conservador sobre essas atividades.

Indique duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural da cidade do Rio de Janeiro.

Explique, ainda, como o Estado português exercia controle sobre as atividades culturais.

84. (UFPR) Em janeiro de 1808, D. João, Príncipe Regente do Império Português, expediu a seguinte Carta Régia:

Eu, o Príncipe-Regente [...] atendendo à representação que fizestes subir à minha Real presença, [...] sou servido ordenar [...] o seguinte:

Primeiro – Que sejam admissíveis nos portos do Bra-sil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias, transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa [...]. Segundo – Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os por-tos que bem lhes parecer, a benefício do comércio e agri-cultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais [...]. O que tudo assim fareis executar com o zelo e atividade que de vós espero.

Coleção das Leis do Brasil – 1808. Adaptado.

Com base nesse documento e nos conhecimentos his-tóricos, escreva um texto abordando as consequências dessas determinações de D. João sobre o pacto colonial.

85. (PUC-RJ) A imagem a seguir, do pintor Jean Baptiste Debret, intitulada “Um funcionário do governo sai a pas-seio com a família”, constitui um registro do cotidiano daqueles que habitavam o Rio de Janeiro no tempo do governo joanino (1808-1821). A partir da observação da gra-vura e de seus conhecimentos sobre o período:

a) apresente dois elementos que identificam a posição dos diferentes grupos sociais na hierarquia da sociedade da época. Justifique.

b) explique por que durante o governo de D. João VI o Rio de Janeiro passou a ser identificado como “nova Lisboa”.

86. (PUC-RJ) Sobre as transformações político-sociais e econômicas ocorridas durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil (1808-1821), estão corretas as afir-mações a seguir, à exceção de:

a) A vinda da família real para o Brasil transformou a colônia no principal centro das decisões políticas e econômicas do Império português.

b) A abertura dos portos favoreceu os interesses dos proprietários rurais produtores de açúcar e algodão, uma vez que se viram livres do monopólio comercial.

c) A permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro satisfez os interesses dos diferentes grupos sociais da colônia e trouxe benefícios para todas as regiões do Brasil.

d) Durante o Período Joanino, organizaram-se novos órgãos e instituições, como o Banco do Brasil e a Casa da Moeda.

e) Dentre as medidas que mudaram o perfil político-econômico da colônia, destacaram-se os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação, que deram benefícios aos ingleses.

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87. (Fuvest-SP) Em novembro de 1807, a família real portu-guesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como:

a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.

b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.

c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.

d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.

e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.

88. (IFBA) O Brasil constituía então uma base essencial da economia portuguesa. A nossa exportação era quase toda (excetuando o vinho do Porto) canalizada para os portos brasileiros; a nossa importação vinha quase toda do Brasil; as matérias-primas tropicais faziam escala em Lisboa e daqui eram exportadas para o exterior. (...) A emancipação econômica do Brasil (em 1808) teve, por-tanto, consequências graves na economia portuguesa. A antiga colônia passara, em poucos anos, de fonte de ren-dimento à fonte de despesa.

SARAIVA, J. H. História de Portugal. Lis-boa: Europa-América, 1996. p. 274.

No contexto das medidas liberais decretadas por D. João VI no Brasil, a “emancipação econômica do Brasil”, que o historiador português apresenta como danosa à economia portuguesa, é resultado da: a) autonomia administrativa advinda da elevação do

Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves. b) autonomia financeira garantida com a criação do

Banco do Brasil, que passou a emitir papel moeda. c) liberação manufatureira estabelecida pelo Alvará de

1º de abril, que permitiu as instalações de indústrias no Brasil.

d) incrementação do comércio brasileiro a partir da assinatura do Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra.

e) liberdade de comércio estabelecida pelo decreto de Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas de Portugal.

89. (UFPR) A presença no Brasil da Corte e do Príncipe Regente, D. João, criou condições concretas para que a separação do Brasil em relação a Portugal se tornasse definitiva. A respeito dessa conjuntura, é correto afirmar que:

01) D. João manteve a proibição de se instalarem indústrias no Brasil.

02) a abertura dos portos brasileiros liquidou com o elemento econômico essencial do sistema colonial ibérico: o monopólio comercial.

04) a instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro significou a transferência das decisões políticas do Nordeste para o Sudeste.

08) ao liberalismo comercial, que interessava aos ingleses e às elites coloniais, corresponderia, no plano político, a instalação de um Estado Nacional na antiga Colônia.

16) o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.

90. (PUCCamp-SP) A transmigração da família real por-tuguesa para o Brasil em 1808 repercutiu de forma signi-ficativa, no que se refere à participação do Brasil no mer-cado mundial, porque:

a) organizou-se uma legislação visando à contenção das importações de artigos supérfluos que naquela época começavam a abarrotar o porto do Rio de Janeiro.

b) o Ministério de D. João colocou em execução um projeto de cultivo e exportação do algodão visando substituir a exportação norte-americana, prejudicada pela Guerra de Independência.

c) o tráfico de escravos negros para o Brasil foi extinto em troca do direito dos comerciantes portugueses abastecerem, com exclusividade, algumas das colônias Inglesas, como a Guiana.

d) o corpo diplomático joanino catalisou rebeliões na Província Cisplatina, favorecendo, assim, a exportação de couro para a Europa.

e) foi promulgada a Abertura dos Portos e realizados Tratados com a Inglaterra.

91. (UFV-MG) O desembarque da família real e da Corte portuguesa, em 1808, não só marcou o início de uma série de mudanças econômicas, políticas e administrati-vas como representou uma etapa decisiva no processo de emancipação política da Colônia. Das alternativas abaixo, assinale aquela que não indica uma consequên-cia da transferência da família real e da Corte portu-guesa para a América.

a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João.

b) Estabelecimento do Rio de Janeiro como sede do Império Português, que a partir de 1816 passou a se chamar Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

c) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando início a uma fase de livre-comércio, ainda que com certas restrições.

d) Revogação da lei que proibia a instalação de manufaturas na Colônia, o que provocou maior dinamização da economia, apesar da forte concorrência dos produtos ingleses.

e) Redução dos impostos e da emissão de papel-moeda, o que impediu a reedição de movimentos de contestação ao domínio lusitano na América Portuguesa.

92. (Mackenzie-SP)

Napoleão em seu estúdio. Jacques-Louis David, 1812.

Retrato de D. João VI, Debret, 1817.

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Neste ano, em que comemoramos as relações Brasil-França, verificamos que as interfaces que ligam as duas nações são marcantes ao longo de toda a nossa história. A presença da família real portuguesa no Brasil, em 1808, motivou, entre outros eventos, a vinda da Missão Artís-tica Francesa, em 1816, porque: a) o estilo neoclássico trazido pelos artistas franceses

traduzia o modelo ideal de civilização, de acordo com os padrões da classe dominante europeia, sendo essa a imagem que o governo português desejava transmitir, nesse momento, do Brasil.

b) a arte acadêmica, fruto da Missão Francesa chefiada por Joaquim Lebreton, tinha, como objetivo, alterar o gosto e a cultura nacional, ainda marcadamente influenciada pela opulência do Barroco e pela tradição indígena.

c) a arte acadêmica, afastando-se dos motivos religiosos e exaltando o poder civil, as datas e os personagens históricos, agradava mais às classes populares nacionais, ansiosas por imitarem os padrões europeus.

d) somente artistas franceses poderiam retratar, com exatidão e competência, a paisagem e os costumes brasileiros, modificados com a vinda da família real para a colônia.

e) era necessário criar, na colônia, uma Academia Real de Belas Artes, a fim de cultivar e estimular, nos trópicos, a admiração pelos padrões intelectuais e estéticos portugueses, reconhecidamente superiores.

93. (Fuvest-SP) Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros e arma-zéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algo-dão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.

GRAHAM, Maria. Diário de uma viagem ao Bra-sil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado ori-

ginalmente em 1824). Adaptado.

Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anota-ções mostram alguns efeitos: a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da

Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.

b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias.

c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a chegada da família real portuguesa à América.

d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.

e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.

94. (Fuvest-SP) Nos movimentos denominados Incon-fidência Mineira, de 1789, Conjuração Baiana, de 1798, e Revolução Pernambucana, de 1817, identifique:

a) os setores sociais neles envolvidos;b) os objetivos políticos que possuíam em comum.

95. (UFPE) Na(s) questão(ões) a seguir, escreva nos parênteses (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso.

Esta questão diz respeito à Revolução de 1817. )( No início do século XIX, a Revolução de 1817, em Per-

nambuco, esteve articulada ideologicamente com lutas burguesas nos Estados Unidos e na Europa.

)( A conspiração dos Suassunas está para a Revolução de 1817, assim como o 18 Brumário está para a Revo-lução Francesa.

)( A Revolução Pernambucana de 1817 foi vitoriosa em vários estados: na Paraíba, no Rio Grande do Norte, no Ceará, na Bahia e no Maranhão.

)( Em Portugal, na cidade do Porto, a influência da Revolução de 1817 foi decisiva para a eclosão da Revolução Constitucional.

)( O período que antecedeu 1817 caracterizou-se por uma fase de recessão que atingiu os preços do açú-car e do algodão no mercado internacional.

96. (UFPE) As “revoluções libertárias” de Pernambuco, no século XIX, tinham um caráter separatista. A Revolu-ção de 1817, entretanto, destacou-se por receber apoio de muitos padres católicos e da maçonaria.

Sobre esta Revolução, podemos afirmar que: a) o governo revolucionário recebeu uma grande

influência do Sinédrio, importante sociedade secreta de Portugal.

b) o principal objetivo do movimento era liquidar o comércio a retalho dominado pelos portugueses.

c) o seu líder maior – Frei Caneca – desejava a separação do Império e a formação de uma confederação.

d) o movimento revolucionário foi essencialmente militar, porque não havia uma classe burguesa local.

e) o governo provisório era representado pelos proprietários rurais, pelo comércio, clero, magistratura e forças armadas.

97. (Fatec-SP) O povo brasileiro, às vésperas da Revo-lução Pernambucana de 1817, percebia a roubalheira de camarilha de corruptos insaciáveis e cantava quadras de protestos como:

“Quem furta pouco é ladrãoQuem furta muito é barãoQuem mais furta e escondePassa de barão a visconde”.

I. No ano de 1816, o Nordeste foi assolado por uma grande seca que afetou a agricultura de subsistência e provocou a queda da produção de algodão e açúcar.

II. O prejuízo dos grandes proprietários ligados à exportação foi imenso. Mas, os mais prejudicados foram as massas trabalhadoras.

III. O aumento de impostos e a criação de novos impostos para sustento da Corte sediada no Rio de Janeiro contribuíram para tornar ainda pior a qualidade de vida da população, à medida que o preço dos gêneros de primeira necessidade tornou-se proibitivo aos pobres.

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A respeito das asserções I, II e III sobre a Revolução Pernambucana de 1817, deve-se afirmar que: a) apenas a I está correta. b) apenas a I e a II estão corretas. c) apenas a I e a III estão corretas. d) todas estão corretas. e) todas estão incorretas.

98. (UERJ) Entre 1817 e 1820, dois viajantes estrangei-ros, Spix e Martius, participaram de uma missão cien-tífica que percorreu diversas regiões do Brasil. Ao che-garem ao Rio de Janeiro, anotaram sua opinião sobre a capital do Império:

Quem chega convencido de encontrar esta parte do mundo descoberta só desde três séculos, com a natureza inteiramente rude, violenta e invicta, poder-se-ia julgar, ao menos aqui na capital do Brasil, fora dela; tanto fez a influência da civilização e cultura da velha e educada Europa para remover deste ponto da colônia os carac-terísticos da selvajaria americana, e dar-lhe cunho de civilização avançada. Língua, costumes, arquitetura e afluxo dos produtos da indústria de todas as partes do mundo dão à praça do Rio de Janeiro aspecto europeu.

SPIX & MARTIUS. “Viagem pelo Brasil: 1817-1820”. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EdUSP, 1981.

Indique duas realizações da administração de D. João que tenham contribuído para que o Rio de Janeiro adquirisse as características europeias percebidas pelos autores.

99. (UFPE) Atribuiu-se aos revolucionários de 1817 a defesa da soberania popular, a separação entre os pode-res (legislativo, executivo e judiciário), a liberdade de culto e de expressão e a igualdade de direitos. Sobre esse movimento, é correto afirmar:

a) A revolta civil e militar de 1817, em Pernambuco, destituiu o governo e estabeleceu pela força das armas um governo republicano, dando mostras de uma verdadeira revolução popular.

b) O governo republicano que se instalou em Pernambuco, em 1817, encontrou a estratégia militar que lhe garantiu a permanência no poder até abril de 1822.

c) A ajuda do governo português aos revoltosos de 1817, em Pernambuco, veio através de forças navais e terrestres, consolidando-se, então, o governo republicano revolucionário de Pernambuco.

d) A origem de classe dos líderes do movimento republicano de 1817 não permitiu a radicalização das mudanças nas estruturas econômicas e sociais existentes.

e) Em razão da ampla repressão do governo português ao movimento de 1817, os líderes foram presos e executados, inclusive o Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca.

100. (Vunesp) Leia os itens a respeito da Revolução Per-nambucana de 1817.

I. Possuiu forte sentimento antilusitano, resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses.

II. Teve a participação apenas de sacerdotes e militares, não contando com o apoio de outros segmentos da população.

III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os combates armados passando de Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.

IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas e inglesas.

V. Propunha a República, com a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão.

É correto apenas o afirmado em: a) I, II e III. b) I, III e V. c) I, IV e V.

d) II, III e IV. e) II, III e V.

101. (Unicamp-SP) Sobre a transferência da Corte de D. João VI para o Brasil, o historiador Kenneth Max-well afirma:

Novas instituições foram criadas pela Coroa por-tuguesa, e a maioria delas foi estabelecida no Rio de Janeiro, que, assim, assumiu um papel centralizador dentro de uma América portuguesa que antes era muito fragmentada no sentido administrativo. Houve resistên-cia a isso, principalmente em Pernambuco, em 1817. Mas, no final, o poder central foi mantido.

Kenneth Maxwell, “Para Maxwell, país não permite leitu-ras convencionais”. Entrevista concedida a Marcos Strec-

ker. Folha de São Paulo, 25/11/2007, Mais, p. 5. Adaptado.

a) Segundo o texto, quais as mudanças suscitadas pela transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808?

b) Quais os objetivos do movimento de Pernambuco em 1817?

102. (Fuvest-SP) Eis que uma revolução, proclamando um governo absolutamente independente da sujeição à Corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o nosso ânimo tão pouco simpá-tico que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora do quadro que nos propusemos tratar.

F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854.

O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento, é possível afirmar que os insurgentes: a) pretendiam a separação de Pernambuco do restante

do reino, impondo a expulsão dos portugueses desse território.

b) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na região.

c) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-Pará e Maranhão.

d) propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das camadas populares.

e) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da terra.

103. (Unicamp-SP) No tempo da independência, não havia ideias precisas sobre o federalismo. Empregava-se “federação” como sinônimo de “república” e de “demo-

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cracia”, muitas vezes com o objetivo de confundi-la com o governo popular, embora se tratasse de concep-ções distintas. Por outro lado, Silvestre Pinheiro Fer-reira observava ser geral a aspiração das províncias à autonomia, sem que isso significasse a abolição do governo central da monarquia. Mas a historiografia da independência tendeu a escamotear a existência do projeto federalista, encarando-o apenas como produto de impulsos anárquicos e de ambições personalistas e antipatrióticas.

MELO, Evaldo Cabral de. A Outra Independên-cia. O federalismo pernambucano de 1817 a 1824.

São Paulo: Ed. 34, 2004, p. 12-14. Adaptado.

a) Identifique no texto dois significados distintos para o federalismo.

b) Quais os interesses econômicos envolvidos no processo de independência do Brasil?

104. (UFF-RJ) Como “mito de origem nacional” para a Bahia, a Guerra de Independência, de 2 de julho de 1823, é sempre relembrada em festas e comemorações oficiais.

Assinale a alternativa que melhor identifica o papel dos baianos no contexto da independência brasileira. a) A articulação revolucionária das camadas

populares da capital baiana esteve restrita aos interesses dos libertos e dos homens livres e pobres, sem o apoio de parte dos intelectuais da cidade de Salvador.

b) As independências do Brasil e da Bahia ocorreram no mesmo contexto político, sem particularismos locais. Nesse sentido, não é possível considerar a existência de duas datas que marcam a independência do país.

c) A sedição de 1798 na Bahia sepultou os desejos separatistas dos baianos e os afastou da política brasileira de 1822. Por essa razão, a população baiana esteve alijada do contexto político da independência.

d) A comemoração da independência da Bahia justifica-se, pois nessa data, as tropas do Exército e da Marinha expulsaram definitivamente os portugueses da cidade do Salvador.

e) A independência do Brasil esteve estritamente associada aos interesses ingleses e holandeses, instalados no Brasil e beneficiários da Abertura dos Portos.

105. (UPF-RS) Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil, é correto afirmar:

a) Modificou parcialmente as estruturas do país, pois, embora tivesse mantido o latifúndio, a monocultura e a escravidão, o Brasil tornou-se política e economicamente independente.

b) Não modificou o país em profundidade, pois manteve a concentração da terra, a monocultura e a escravidão.

c) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população.

d) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de adoção de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os cafeicultores.

e) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real cuja mentalidade era abolicionista.

106. (UFG-GO) Analise a imagem a seguir.

DEBRET, Jean-Baptiste. Viagem pitoresca e histórica pelo Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1989. s. p. (Figura 144)

Produzida em 1822, esta pintura constituiu uma ale-goria do Estado nacional por ocasião da Independência. Nela se construiu uma imagem positiva do Império e do papel político do monarca, aclamado como “Defensor Per-pétuo do Brasil”. Ao longo do Primeiro Reinado, entre-tanto, a imagem do monarca se modificou.

Diante do exposto e com base na análise da pintura, explique:a) uma característica do projeto político monárquico do

Primeiro Reinado;b) um dos motivos que levaram à mudança da imagem

de D. Pedro I ao longo do Primeiro Reinado.

107. (UEM-PR) Com a proclamação da independência brasileira em 1822, o país conquistou autonomia política e econômica. A esse respeito, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

01) Apesar da proclamação da independência, algumas províncias, como Grão-Pará, Cisplatina e Maranhão, inicialmente mantiveram-se fiéis a Portugal.

02) A autonomia política e econômica só foi alcançada graças à grande participação popular, responsável pela promulgação da primeira Constituição do Brasil, em 1823.

04) Iniciada em Pernambuco, após a independência, a Confederação do Equador (1824) uniu diversas províncias do nordeste e proclamou a independência, com o intuito de formar um novo país, porém foi contida pelas forças imperiais.

08) Durante a luta pela independência do Brasil, nenhum político brasileiro propôs o fim da escravidão negra.

16) Os principais grupos políticos do início do Império foram os Restauradores, os Liberais Moderados e os Liberais Exaltados.

108. (IFSP) Nossa independência não foi obra de um único ato – o grito do Ipiranga em 7 de setembro de 1822. Foi, sim, o resultado de um processo iniciado com:

a) o “Dia do FICO”, isto é, quando o Príncipe Regente D. Pedro rompeu com as Cortes de Lisboa, que exigiam sua volta. Desobedecendo-lhes, resolveu permanecer no Brasil.

b) a Abertura dos Portos às Nações Amigas, obra do Príncipe D. João, em 1808, logo após a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil. Pondo fim ao Pacto Colonial, rompiam-se as amarras com Portugal, pois o monopólio estava extinto.

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c) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, em 1815, por ordem de D. João, príncipe Regente de Portugal.

d) o Golpe da Maioridade, que emancipou D. Pedro de Alcântara. Obra dos ‘maioristas’, deu início a uma nova fase na história do Brasil.

e) o regresso de D. João VI a Portugal. Pressionado pelas Cortes de Lisboa e pela Revolução do Porto, de 1820, o monarca regressou a Portugal, dando instruções a seu filho D. Pedro para que fizesse a independência do Brasil.

109. (Unicamp-SP) O progresso econômico no Brasil da segunda metade do século XIX acarretou profundo desequilíbrio entre poder econômico e poder político. Na década de 1880, o sistema político concebido a par-tir de 1822 parecia pouco satisfatório aos setores novos. O Partido Republicano recrutou adeptos nesses grupos sociais insatisfeitos.

COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo: Editorial Grijalbo, 1977, p. 15-16. Adaptado.

a) Dê duas características do sistema político brasileiro concebido em 1822.

b) Quais as transformações ocorridas no Brasil da segunda metade do século XIX que levaram ao desequilíbrio entre poder econômico e poder político?

110. (UFTPR) A Independência do Brasil, em 7 de setem-bro de 1822, é um dos fatos históricos mais importan-tes de nosso país, pois marca o fim formal do domínio político português e, sobre o desenrolar desse episódio, podemos afirmar que:

a) consolidou os ideais da Inconfidência Mineira. b) marcou o início da participação popular na política

brasileira. c) assinalou a predominância dos interesses ingleses,

com a imediata libertação dos escravos. d) provocou profundas transformações nas estruturas

econômicas e sociais do País. e) preservou os interesses básicos dos proprietários de

terras e de escravos.

111. (UFMG) Analise estas duas representações do chamado Grito do Ipiranga, de 7 de setembro de 1822:

Independência ou Morte, de Pedro Américo (1888). Proclamação da Independência, de François René-Moreaux (1844).

A partir da análise dessas duas representações e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é cor-reto afirmar que, em ambas: a) a disposição dos atores – coletivos e individuais –, bem como dos aspectos que compõem o cenário, é diferenciada

e expressa uma visão particular sobre D. Pedro: na primeira, como o protagonista central; na segunda, como líder de uma ação popular.

b) as mesmas concepções históricas e estéticas fundamentam e explicam a participação dos mesmos grupos sociais e personagens históricos – o príncipe, militares, mulheres, camponeses e crianças.

c) D. Pedro, embora seja o protagonista, se destaca de modo diferente – na primeira, ele recebe o apoio de diversos grupos sociais; na segunda, a participação das camadas populares é mais restrita.

d) os artistas conseguem causar um mesmo efeito – descrever a Indepêndencia do Brasil como um ato solene, grandioso, sem participação popular e protagonizado por D. Pedro.

112. (UERJ) O Deus da natureza fez a América para ser independente e livre: o Deus da Natureza conservou no Bra-sil o príncipe regente para ser aquele que firmasse a independência deste vasto continente. Que tardamos? A época é esta. Portugal nos insulta ... a América nos convida ... a Europa nos contempla ... o príncipe nos defende ... Cidadãos! Soltai o grito festivo ... Viva o Imperador Constitucional do Brasil, o senhor D. Pedro Primeiro.

Correio Extraordinário do Rio de Janeiro, 21 set. 1822.

a) Comparando os processos de emancipação política da América portuguesa e da América espanhola, aponte uma diferença verificada entre eles.

b) Apresente duas razões para a independência do Brasil.

113. (Fuvest-SP) Odeio cordialmente as revoluções ... Nas reformas deve haver muita prudência ... Nada se deve fazer aos saltos, mas tudo por graus como manda a natureza... Nunca fui nem serei absolutista, mas nem por isso me alis-tarei jamais debaixo das esfarrapadas bandeiras da suja e caótica democracia.

José Bonifácio de Andrada e Silva, 1822.

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Analise o texto, associando-o ao processo de inde-pendência do Brasil no que se refere:a) à forma assumida pela monarquia no Brasil.b) à participação popular.

114. (Vunesp) Leia a declaração.

“Como é para o bem do povo e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico”.

D. Pedro, Príncipe Regente, 9 jan. 1822.

a) Qual o significado da decisão tomada pelo Príncipe Regente?

b) Explique o que foi a Revolução do Porto, iniciada em 1820, e aponte suas consequências para a porção americana do Império Português.

115. (UFRGS-RS) Em 1824, é outorgada a Constituição do Império do Brasil. Entre suas características, podemos afirmar que:

a) dividia os poderes do Estado exclusivamente em Executivo, Legislativo e Magistratura.

b) separava a Igreja Católica do Estado Laico. c) previa a eleição direta do Primeiro Ministro. d) estabelecia o voto universal e secreto para a

população masculina. e) dividia os poderes do Estado em Executivo,

Legislativo, Judiciário e Moderador.

116. (UEL-PR) A Confederação do Equador, em 1824, se caracterizou como um movimento de:

a) emancipação política de Portugal. b) oposição à Abertura dos Portos. c) garantia à política inglesa. d) apoio aos atos do imperador. e) reação à política imperial.

117. (Vunesp) A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que:

a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador.

b) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de amplo movimento popular.

c) propôs, a partir das ideias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra.

d) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações na estruturas econômicas e sociais do País.

e) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos.

118. (FGV-SP) Iniciados os trabalhos da Constituinte [em maio de 1823], José Bonifácio procurou articular em torno de si os propósitos dos setores conservadores, além de esvaziar radicais e absolutistas.

Na prática, José Bonifácio (...) procurou imprimir um projeto conciliador entre as pretensões centralizadoras e os anseios das elites rurais. O papel do imperador deveria ser destacado dentro da organização do novo Estado, já que em torno de sua figura se construiria a unidade ter-ritorial do novo país.

AQUINO, Rubim Santos Leão de. et alli, Sociedade bra-sileira: uma história através dos movimentos sociais.

No momento em que os trabalhos constituintes eram iniciados, a manutenção da unidade territorial do Brasil corria riscos em virtude:

a) da ocupação exercida por forças militares portuguesas na Bahia, no Pará e na província Cisplatina.

b) das pressões inglesas para que as regiões próximas da bacia amazônica fossem separadas do Brasil.

c) da Revolta dos Farrapos, que lutava pela emancipação das províncias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

d) da adesão de Gonçalves Ledo ao partido brasileiro, que defendia uma ampla autonomia do nordeste brasileiro.

e) de o anteprojeto constitucional – a Constituição da Mandioca – apontar para uma ordem administrativa igual à dos EUA.

119. (UFPR) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos a seguir:

I. A imigração europeia para o Brasil ocorrida nesse período.

II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação, e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.

III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembleia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.

IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI.

Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em: a) I, III e IV, somente. b) III e IV, somente. c) II, III e IV, somente.

d) I, II e III, somente. e) I e II, somente.

120. (UFSC) O navegador Louis Duperrey, que em 1822 estava em Santa Catarina, assim descreveu a reação dos catarinenses à independência do Brasil:

... Cheios de confiança em seus propósitos, os partidários numerosos da independência estavam inspirados com um entusiasmo (...) que seu espírito ardente havia reprimido há longo tempo. No excesso da sua alegria, eles haviam coberto de luzes as Vilas de Nossa Senhora do Desterro, de Laguna e de São Francisco, onde percorrendo as ruas entoavam can-ções em honra de D. Pedro ...

DUPERREY, Louis Isidore. Voyage autour du monde. In: Ilha de Santa Catarina, relatos de viajantes estrangei-ros nos séculos XVIII e XIX. Florianópolis: UFSC, 1984.

Assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s) com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil. 01) A declaração de independência do Brasil, feita por

D. Pedro I em 1822, foi aceita em Santa Catarina e em todas as demais províncias brasileiras, com grande júbilo.

02) Segundo o visitante, houve nas ruas de algumas vilas de Santa Catarina um conflito entre os partidários da independência (que eram muito numerosos) e os que eram contrários a ela.

04) De acordo com o autor, os catarinenses de algumas vilas cometeram tamanhos excessos que tiveram de ser reprimidos pelas tropas portuguesas.

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08) Ao contrário do que o autor presenciou em Santa Catarina, em outras províncias, como a da Bahia, Pará e Cisplatina, ocorreram reações desfavoráveis ao ato de D. Pedro.

16) Segundo o texto, a notícia da independência foi recebida com grande entusiasmo nas Vilas do Desterro, Laguna e São Francisco.

32) Não obstante as reações de alguns portugueses que temiam o fim dos seus privilégios, o governo de Lisboa, forçado pela França, aceitou de pronto o rompimento. Em outubro de 1822 foi assinado o tratado de reconhecimento, havendo grande júbilo em todo o país, como bem atesta Dupperrey.

121. (UFV-MG) O mapa a seguir retrata o contorno do território brasileiro logo após a Declaração de Indepen-dência. Em 1828 esse contorno sofreu grandes modifica-ções em virtude de uma revolução de caráter separatista fomentada pela Argentina. Esse episódio, além de mudar o contorno do território brasileiro, deu origem a um novo país, o Uruguai, que hoje se integra ao Brasil, Argentina e Paraguai na constituição do MERCOSUL.

N

O episódio ocorrido em 1828 e que deu origem ao Uru-guai ficou conhecido como: a) Revolução Farroupilha. b) Revolta do Chaco. c) Questão Cisplatina. d) Guerra dos Farrapos. e) Confederação do Equador.

122. (UFV-MG) Dentre as diversas revoltas e insurrei-ções que antecederam a abdicação de D. Pedro I em 1831, uma foi especialmente importante pelos ideais republi-canos de seus líderes, entre os quais Frei Caneca. Outra característica desse movimento teria sido a proclamação da república em 1824, com a adoção da Constituição da Colômbia. O movimento foi duramente reprimido e Frei Caneca condenado à morte e fuzilado. O movimento em questão ficou conhecido como:

a) Inconfidência Mineira. b) Confederação do Equador. c) Questão Cisplatina. d) Guerra dos Mascates. e) Revolta dos Farrapos.

123. (Mackenzie-SP) O episódio conhecido como “A Noite das Garrafadas”, briga entre portugueses e brasi-leiros, relaciona-se com:

a) a promulgação da Constituição da Mandioca pela Assembleia Constituinte.

b) a instituição da Tarifa Alves Branco, que aumentava as taxas de alfândega, acirrando as disputas entre portugueses e brasileiros.

c) o descontentamento da população do Rio de Janeiro contra as medidas saneadoras de Oswaldo Cruz.

d) a manifestação dos brasileiros contra os portugueses ligados à sociedade “Colunas do Trono” que apoiavam Dom Pedro I.

e) a vinda da Corte Portuguesa e o confisco de propriedades residenciais para alojá-la no Brasil.

124. O que foi a Noite das Garrafadas?

125. (UFU-MG) No começo da década de 1830 na Corte cir-culava um jornal intitulado “O Homem de cor”. A epígrafe do jornal era a citação de um artigo constitucional: “Todo cidadão pode ser admitido aos cargos públicos civis e mili-tares, sem outra diferença que não seja a de seus talentos e virtudes”. O redator combatia uma afirmação do presi-dente da província de Pernambuco, Manoel Zeferino dos Santos, que continha críticas à qualificação dos oficiais da Guarda Nacional, e propunha a separação entre os bata-lhões “segundo os quilates da cor”.

LIMA, Ivana Stolze. Cores, marcas e falas: senti-dos da mestiçagem no Império do Brasil. Rio de

Janeiro: Arquivo Nacional, 2003, p. 51. Adaptado.

Artigo 6º. São Cidadãos Brasileiros:Os que no Brasil tiverem nascido, quer sejam ingê-

nuos, ou libertos, ainda que o pai seja estrangeiro, uma vez que este não resida por serviço de sua Nação.

Constituição Imperial do Brasil de 1824.

O processo de independência do Brasil e a abdicação de Dom Pedro I, em abril de 1831, alimentaram expecta-tivas de aprofundamento das reformas liberais. A epí-grafe do jornal O Homem de cor expressa: a) a crítica à própria Constituição do Brasil, que tratou

de estabelecer diferenças entre os cidadãos brancos e negros na ocupação de cargos.

b) a construção de uma identidade racial que previa a união de escravos, ex-escravos e seus descendentes na oposição ao sistema escravista.

c) a crítica ao monopólio dos portugueses na ocupação de cargos públicos e militares, que se mantinha mesmo depois da independência.

d) a luta pelo reconhecimento do direito de cidadania a todos os não escravos nascidos no Brasil, independente de critérios raciais.

126. (UPE) Com a Abdicação de D. Pedro I, romperam-se os elos entre Brasil e Portugal. Consolidou-se, assim, o poder dos latifundiários, os quais conseguiram moldar uma monarquia liberal-escravista de acordo com seus interesses e expectativas. Nessa perspectiva, é correto afirmar:

)( A Abdicação foi resultado de um conflito que vinha de antes da Independência, o conflito entre lusita-nismo e a classe dominante nacional.

)( Para a classe dominante nacional, o absolutismo de D. Pedro I representava a garantia da manuten-ção de uma ordem que ajustava os seus principais interesses.

)( Economicamente, o Brasil vivia um longo hiato intercíclico, não havendo nenhum produto de exportação que se salientasse.

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)( A Abdicação de D. Pedro I deve ser vista, exclusiva-mente, pela sua motivação em favorecer sua filha D. Maria da Glória.

)( A monarquia logrou impor o centralismo unita-rista acima de federalismo, criando uma unidade nacional.

127. (UFC-CE) Em 07 de abril de 1831, o Imperador D. Pedro I renunciou ao trono do Brasil, deixando como herdeiro seu filho de apenas cinco anos de idade, o futuro D. Pedro II.

a) Cite quatro elementos que provocaram a renúncia de D. Pedro I.

b) Como ficou conhecido o sistema de governo que vigorou no período entre a abdicação de D. Pedro I e a coroação de D. Pedro II?

c) O que motivou a instalação desse sistema de governo?

d) Cite dois fatores que contribuíram diretamente para a antecipação da coroação de D. Pedro II, por meio do “golpe da maioridade”.

128. (CFTCE) Explique a crise política do Brasil durante o Primeiro Reinado, que culminou com a abdicação de D. Pedro I.

129. (Vunesp) Brasileiros! Salta aos olhos a (...) perfídia, são patentes os reiterados perjuros do Imperador, e está conhecida a nossa ilusão ou engano em adotarmos um sistema de governo defeituoso em sua origem e mais defeituoso ainda em suas partes componentes. As consti-tuições, as leis e todas as instituições humanas são feitas para os povos e não os povos para elas. Eis, pois, brasilei-ros, tratemos de constituir-nos de um modo análogo às luzes do século em que vivemos (...), desprezemos as ins-tituições oligárquicas, só cabidas na encanecida Europa.

Manifesto dos revolucionários da Con-federação do Equador, 1824.

Com base no texto, indique:a) o tipo de governo qualificado como “defeituoso”;b) o sistema de governo proposto pelos revoltosos.

130. (Unicamp-SP) Em 1824, Frei Caneca criticou a Cons-tituição outorgada por D. Pedro I dizendo que o poder moderador era a chave mestra da opressão da nação brasileira e que a Constituição não garantia a indepen-dência do Brasil, ameaçava sua integridade e atacava a soberania da nação.

Baseado em Frei Caneca, Crítica da Consti-tuição Outorgada, Ensaios políticos, Rio de

Janeiro, Editora Documentário, p. 70-75.

a) Defina o poder moderador.b) O que foi a Confederação do Equador, da qual Frei

Caneca participou?

131. (Uece) Dentre as afirmações a seguir, assinale aquela que está incorreta no que diz respeito à Confede-ração do Equador (1824).

a) A Confederação do Equador estava afinada com os ideais de federação que serviram de base para a implantação da República dos Estados Unidos da América.

b) A revolta começou com a exigência de que o Presidente da Província de Pernambuco, indicado

por D. Pedro I, renunciasse ao cargo em favor do liberal Manuel de Carvalho Pais de Andrade.

c) A Confederação do Equador uniu Pernambuco e as Províncias da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

d) Cedendo às forças de repressão comandadas pelo Brigadeiro Francisco Lima e Silva, após cinco meses de resistência, os rebeldes se entregaram, sendo, por este motivo, anistiados.

132. (Unicamp-SP) A Independência do Brasil, procla-mada por Pedro I, foi, para Portugal, um fato gravíssimo porque destruía os alicerces da economia nacional. Ou voltava o Brasil a ser colônia, alimentando a metrópole com suas riquezas, ou tinha-se de organizar a metrópole para a sua autossuficiência.

O texto acima, do historiador português Antonio Sér-gio, trata do aspecto econômico da independência brasi-leira, que representou, para a metrópole, o fim definitivo do Pacto Colonial.a) Quais eram as bases do Pacto Colonial?b) Por que, segundo o texto citado, a Independência

do Brasil foi um “fato gravíssimo” para a economia portuguesa?

133. (IFCE) Era característica da Primeira Constituição Brasileira, de 1824:

a) ser imposta pelo imperador D. Pedro I. b) ser fruto de uma Assembleia Constituinte decorrente

da Confederação do Equador. c) instituir o voto universal, secreto, obrigatório, para

maiores de 18 anos, independente de ser alfabetizado ou não.

d) estabelecer três poderes, que funcionaram em harmonia e independência.

e) decretar o fim da escravidão, além de definir direitos, como a propriedade de terras, para os indígenas e seus descendentes que ainda viviam no Brasil.

134. (UERJ) Trecho da carta de despedida de D. Pedro I a seu filho Pedro II

Meu querido filho e imperador... Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar... Eu me retiro para a Europa: assim é necessário para que o Bra-sil sossegue, e que Deus permita, e possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade de que é capaz.

Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso e sem mais esperanças de o ver.

D. Pedro de Alcântara, 12 de abril de 1831.

Disponível em: <http://www.revista-dehistoria.com.br>. Acesso em:

Ainda permanece a imagem de Pedro I como um dos responsáveis pela autonomia política do Brasil. Con-tudo, nove anos após proclamar o 7 de setembro de 1822, o imperador abdicava de seu trono e retornava à Europa. A instabilidade política e econômica foi a marca de seu breve reinado.

Cite um setor da sociedade brasileira da época que se opunha à manutenção do governo de Pedro I e uma razão para essa oposição. Em seguida, aponte um motivo para a instabilidade econômica que caracterizou esse governo.

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135. (UFMG) Leia o trecho:

O sete de abril de 1831, mais do que o sete de setembro de 1822, representou a verdadeira independência nacio-nal, o início do governo do país por si mesmo, a Coroa agora representada apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos. O governo do país por si mesmo [...] revelou-se difícil e conturbado. Rebeliões e revoltas pipocaram por todo o país, algumas lideradas por grupos de elite, outras pela população tanto urbana como rural, outras ainda por escravos.

CARVALHO, J. Murilo et al. Documentação política, 1808-1840. Brasiliana da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Fun-

dação Biblioteca Nacional/Nova Fronteira, 2011, s/p.

a) Explique o sentido da frase considerando o seu contexto histórico: “a Coroa agora representada apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos”.

b) Apresente dois fatores que contribuíram para as conturbações políticas e sociais que levaram às rebeliões e às revoltas do período.

136. (Unb) A Inconfidência Mineira não foi um fato iso-lado. Ela está integrada ao contexto social, político e eco-nômico do Brasil colonial. Na Capitania de Minas Gerais, houve muito outros, e também importantes, movimen-tos rebeldes. Considerando a História do Brasil como um todo, a Inconfidência Mineira também não foi única: ela se coloca ao lado de movimentos como a Conjuração dos Alfaiates (Bahia, 1798), a Conjuração do Rio de Janeiro (1794) e a Revolução Pernambucana de 1817, entre outros que também enfrentaram a dominação colonial.

Carla Anastasia. “Os temas da liberdade e da Republi-cana na Inconfidência Mineira” (com adaptações)

Com o auxílio das informações contidas no texto, jul-gue os itens seguintes.1. Ao contrário do movimento de Vila Rica,

fortemente marcado pela participação das elites locais, a Conjuração Baiana teve um cunho essencialmente popular.

2. Todos os movimentos citados no texto inscrevem-se no quadro geral de crise do antigo sistema colonial, quadro esse que também refletia as transformações vividas pela Europa a partir da Revolução Industrial e das revoluções liberais burguesas.

3. A Revolução Pernambucana de 1817, que eclodiu durante a permanência do Estado português no Brasil, traçou uma linha libertária que teve prolongamento na Confederação do Equador, dois anos após a Independência.

4. A imagem de Tiradentes, cultuada durante o período monárquico, sofreu forte oposição por parte daqueles que proclamaram a República, pelo que poderia inspirar contra o novo regime.

137. (Fgv) Leia os quatro trechos seguintes.

I. Acreditavam os conspiradores que a derrama seria o estopim que faria explodir a rebelião contra a dominação colonial. Em uma de suas reuniões criaram até a palavra de ordem para começarem a agir. “Tal dia faço o batizado” era a senha.

II. Dois envolvidos (...) escaparam às garras da repressão: José Basílio da Gama, que fugiu para Lisboa quando começaram as prisões, e Manoel Arruda da Câmara, que era sócio correspondente da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, mas vivia no exterior. (...) O fato é que um ano após a prisão dos

acusados nada de grave fora apurado, até porque recorreram ao recurso de negar articulação contra o domínio português. Em geral admitiram que suas reuniões eram marcadas por discussões filosóficas e científicas.

III. (...) dentre os 33 presos e processados, havia 11 escravos, cinco alfaiates, seis soldados, três oficiais, um negociante e um cirurgião. (...) Suas ideias principais envolviam o seguinte: a França constituía o modelo a seguir; o fim da escravidão; a separação entre Igreja e Estado (...)

IV. Criou-se um Governo Provisório (...), integrado por representantes de cinco segmentos da sociedade: Domingos Teotônio Jorge (militares), Domingos José Martins (comerciantes), Manoel Correia de Araújo (agricultores), padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro (sacerdotes) e doutor José Luís Mendonça (magistrados). (...) Empenhado em ampliar o movimento anticolonial, o Governo Provisório enviou emissários a outras capitanias: Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e Bahia.

Rubim Santos Leão Aquino et alii, “Sociedade brasi-leira: uma história através dos movimentos sociais”

Os trechos de I a IV tratam, respectivamente, dos seguintes eventos a) Conjuração Mineira; Confederação do Equador;

Conjuração Baiana; Guerra dos Mascates. b) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro;

Conjuração Baiana; Revolução de 1817. c) Revolta de Vila Rica; Conjuração do Rio de Janeiro;

Conjuração Baiana; Revolução de 1817. d) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro;

Revolução de 1817; Revolta dos Cabanos. e) Conjuração Baiana; Conjuração Mineira; Revolução

de 1817; Conspiração dos Suassuna.

138. (Ufpe) O Brasil foi colonizado com a ajuda marcante da Igreja Católica. Algumas rebeliões coloniais conta-ram com a participação ativa de membros do clero cató-lico liberal.

Entre elas destacam-se a : a) Guerra dos Emboabas b) Revolta dos Alfaiates c) Guerra dos Mascates

d) Revolução de 1817 e) Inconfidência Mineira

139. (Ufmg) Leia este trecho de documento:

“Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre Brasileiros, e europeus, todos se conhe-cem irmãos, descendentes da mesma origem [...] Um governo provisório iluminado escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa felicidade [...] Vós vereis consolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de enormes tributos, que gravam sobre vós; o vosso, e nosso País [= Pernambuco] subirá ao ponto de grandeza, que há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo dos vossos Cidadãos. Ajudai-os com [...] a vossa apli-cação à agricultura, uma nação rica é uma nação pode-rosa. A Pátria é a nossa mãe comum, vós sois seus filhos, sois descendentes dos valorosos Lusos, sois Portugueses, sois Americanos, sois Brasileiros, sois Pernambucanos.”

Proclamação do Governo Provisório Revolucio-nário de Pernambuco, em 9 de março de 1817.

Considerando-se os princípios que fundamentam a Revolução Pernambucana de 1817, é incorreto afirmar que seus participantes

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a) consideravam irrelevantes as questões tributárias e desigualdades existentes entre “Brasileiros”, “Pernambucanos” e “Portugueses”.

b) entendiam que a riqueza tornava uma nação poderosa, sendo a agricultura vista como uma atividade econômica importante para a Pátria.

c) promoveram a constituição de um Governo Provisório em Pernambuco, em oposição ao Governo Monárquico chefiado por D. João.

d) reconheciam como identidades coletivas os “Pernambucanos”, os “Portugueses” e os “Brasileiros”, defendendo que todos eles eram filhos da Pátria.

140. (cftsc) Entre as tentativas de Emancipação Política ao final do Período Colonial, destaca-se um movimento que ocorre em 1817. Apesar de ter fracassado, foi mais importante que todos os movimentos anteriores, pois ultrapassou a fase da conspiração, e os revoltosos che-garam ao poder. Esse movimento ficou conhecido como...

a) Revolta de Beckman. b) Revolução Pernambucana. c) Revolta de Felipe dos Santos. d) Revolta de Vila Rica. e) Revolução Farroupilha.

141. (Ufpr) A respeito da Revolução Pernambucana de 1817, considere as seguintes afirmativas:

I. Foi marcada por forte sentimento antilusitano, resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses.

II. Não contou com o apoio de religiosos e militares, tendo apenas a adesão dos demais segmentos da população.

III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os combates armados passando de Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.

IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas e inglesas.

V. Propunha a República, com igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão.

São verdadeiras apenas as afirmativas: a) I, III e V. b) I, II e III. c) I, IV e V. d) II, III e IV. e) II, III e V.

142. (Ufba) Liberdade política e liberdade econômica foram reivindicações que estiveram presentes no con-texto da crise do Sistema Colonial português no Brasil.

Com base nessa afirmação, indique como essas rei-vindicações são expressas na Revolução Pernambucana de 1817.

• Liberdade política• Liberdade econômica

GabaritoCapítulo 101. C 02. a) A França, na segunda metade do século XVIII, estava em profunda crise social e econômica. O país vivia o Antigo Regime, Absolutismo e Mercanti-lismo. Havia o Primeiro Estado, o Clero, o Segundo Estado, a Nobreza, e o Ter-ceiro Estado, constituído pela burguesia, pelos cam-poneses e pelos homens pobres da cidade, que, jun-tos, representavam 95% da população francesa. Os dois primeiros Esta-dos não pagavam impos-tos e a nobreza ainda rece-bia pensões do Estado. Assim, somente o Terceiro estado pagava impostos, mantendo o Estado. O voto era por estamento e cada Estado tinha direito a um voto. A burguesia, apoiada em ideias Ilumi-nistas, defendia o voto por cabeça, e não por esta-mento, considerando que o Terceiro Estado possuía

maioria. Na economia, a França estava mergulhada em uma grave crise econô-mica e financeira devido aos gastos excessivos da corte, o apoio no processo de independência dos EUA e o tratado comercial entre Inglaterra e França que tanto prejudicou a burgue-sia francesa. b) A política mercantilista caracterizava-se, entre outros, pelo intervencio-nismo estatal na econo-mia por meio do protecio-nismo e pelo metalismo, enquanto os fisiocratas defendiam a liberdade eco-nômica por meio do laissez faire laissez passer e que a riqueza vem da terra, da agricultura. 03. A sociedade francesa do Antigo Regime era hie-rarquizada e estratificada, dividida em três estados: Primeiro Estado: Clero; Segundo Estado: Nobreza; Terceiro Estado: Traba-lhadores e Burguesia. Na dinâmica social francesa, apenas o Terceiro Estado pagava impostos, susten-

tando, assim, toda a socie-dade. Por isso, na charge, o nobre e o clérigo estão “nas costas” do trabalhador. 04. B 05. a) Cerca de 65% dos resultados da produção não eram apropriados pelo camponeses, gerando dificuldades, risco de fome, miséria e um alto grau de insatisfação por parte deles.b) As dificuldades econô-micas para as camadas populares, tanto para os camponeses como para os trabalhadores urba-nos, foram utilizadas pela burguesia para destruir o Antigo Regime e efetivar uma nova ordem, baseada no liberalismo econômico, igualdade jurídica e libera-lismo político. 06. a) Alguns exemplos: o caráter estamental dessa sociedade, o fato de a nobreza e o clero serem estamentos privilegiados, o fato de caber à burgue-sia e às camadas popula-res toda a carga tributária, a vigência de uma monar-

quia absoluta, a legitima-ção do poder absoluto do monarca por meio da teo-ria do direito divino, o cará-ter consultivo e não delibe-rativo da Assembleia dos Estados Gerais, a concen-tração de poderes execu-tivos, legislativos e judiciá-rios e religiosos nas mãos do monarca, a subordina-ção da Igreja ao Estado. b) Alguns exemplos de transformações: o estabe-lecimento de uma monar-quia constitucional, o esta-belecimento de três pode-res, executivo, legislativo e judiciário, o fim dos pri-vilégios, a abolição dos direitos feudais, a insti-tuição da igualdade jurí-dica, o estabelecimento da liberdade de culto, o esta-belecimento da liberdade de expressão e a afirma-ção da inviolabilidade da propriedade. 07. a) O candidato deve associar o Estado Abso-luto e a transição do feuda-lismo ao capitalismo; indi-car a centralização monár-quica e a perda de poder

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político da nobreza; vincu-lar o absolutismo à imple-mentação da política eco-nômica do mercantilismo.b) Luís XIV (1638-1715) reforçou a autoridade real, promoveu a unidade reli-giosa e consolidou a eco-nomia mercantilista com Colbert, na França. 08. a) A alta burguesia, formada por banqueiros, grandes comerciantes e grandes manufatureiros que, apesar de se beneficia-rem com o monopólio do comércio externo, estavam descontentes por pagarem tributos, não terem privilé-gios de nascimento; os tra-balhadores urbanos assa-lariados, além de descon-tentes com o ônus do paga-mento de tributos e da exclusão de qualquer par-ticipação política, sentiam mais de perto os efeitos da crise do Antigo Regime pelas precárias condições de trabalho e de vida em que viviam nas cidades; e os camponeses livres e servos que, enraizados à terra há séculos, não con-seguiam se libertar dessa condição, viviam cada vez mais empobrecidos pelo insuportável custo dos tri-butos e não tinham acesso à representação política.b) A defesa dos princípios de liberdade e de igual-dade jurídica por meio da abolição dos privilé-gios, da Constituição Civil do Clero, da liberdade de associação, do confisco dos bens eclesiásticos, da pro-clamação dos Direitos do Homem e do Cidadão, de medidas adotadas para a implantação de governos representativos (voto cen-sitário, sufrágio universal), da abolição da escravidão nas colônias francesas, entre outras medidas. 09. E 10. C 11. A

12. B 13. B14. B

15. B16. D

17. a) Segundo o texto, a matança de coelhos e pombos promovida pelos camponeses no contexto da Revolução Francesa foi motivada pela destrui-ção da produção agrícola por esses animais. Mas também, sendo a caça

um direito exclusivo da nobreza, a matança desses animais caracterizava-se como protesto a um privi-légio da nobreza. b) De acordo com o texto, a exclusividade na caça. Também foram abolidas a isenção de impostos e a exclusividade no exercício de altos cargos na admi-nistração pública, justiça, exército e Igreja, entre outros. 18. a) O próprio texto faz menção à reivindicação da liberdade e da igual-dade jurídica contida no primeiro artigo da Decla-ração de 1789. Procla-mar que os homens nas-cem e permanecem livres e iguais em direito signi-ficava, naquele contexto, opor-se à estrutura da sociedade estamental – vigente no antigo Regime francês – fundamentada na concessão ou exclusão de privilégios específicos para grupos de indivíduos que pertencem a diferen-tes estratos da sociedade. Além disso, para cada esta-mento as leis e a obediên-cia às leis seriam diversifi-cadas: os direitos e os deve-res de um nobre eram dife-rentes dos de um servo, os mercadores de uma cidade podiam ser isentos de impostos por um período e apenas não nobres pode-riam ser submetidos à tor-tura, por exemplo. b) Espera-se que os can-didatos apresentem um conhecimento geral das principais instituições que foram desenvolvidas no mundo para garan-tir a defesa dos direitos humanos em termos glo-bais desde a “Declaração Universal dos Direitos do Homem” da ONU. Bastará, portanto, que indiquem órgãos que vêm atuando fortemente nesse sentido, como a ONU, a UNESCO e a Anistia Internacional, por exemplo. 19. a) Os milhares de popu-lares franceses tomaram a Bastilha em busca de pól-vora após terem tomado as armas do Arsenal dos Inválidos e por ser um símbolo do absolutismo

monárquico francês, pois nela eram encarcerados os opositores da realeza. b) Uma revolta limita-se à reação violenta de um ou mais grupos a uma situa-ção opressora conjuntu-ral e com características muito peculiares. Uma revolução significa altera-ções profundas nas estru-turas econômicas, sociais, políticas e culturais em uma determinada socie-dade, levando a rupturas e fazendo surgir novas for-mas de organização, novos valores e conceitos. 20. A Revolução Francesa, 1789-1799, foi uma Revolu-ção realizada pelo Terceiro Estado (burguesia, pobres urbanos, camponeses) sob a liderança da burguesia inspirada no ideário Ilu-minista, que se pautava principalmente nas ideias de liberdade e igualdade. Os pensadores do Ilumi-nismo criticavam o Antigo Regime, que consistia no Absolutismo e Mercanti-lismo. A França estava em grave crise econômica e financeira devido ao luxo da corte dos Bourbons ins-talada no Palácio de Versa-lhes, à ajuda dada aos EUA na guerra de independên-cia, ao tratado feito com a Inglaterra, que tanto pre-judicou a indústria fran-cesa, à crise na agricultura, que impossibilitava o povo de obter o alimento básico. Enquanto isso, o Pri-meiro Estado, composto pelo Clero, e o Segundo Estado, constituído pela nobreza, possuíam privilé-gios como isenção tributá-ria, pensões, entre outros. Somente o Terceiro Estado pagava impostos e manti-nha o Estado. O voto era por estamento, o que favo-recia a manutenção dos privilégios. Neste cenário em que as estruturas polí-tica e econômica estavam saturadas é que propiciou a tão relevante Revolução Francesa. 21. A solidez e a força da construção podem ser observadas em vários ele-mentos da pintura, como as elevadas muralhas, a falta de entradas e saídas,

o fosso que cerca, o desta-que dado com a centraliza-ção da Bastilha, retratan-do-a com imponência.A “jornada de 14 de julho”, ou a queda da Bastilha, é considerada como marco inicial da Revolução Fran-cesa, que significou a luta contra o absolutismo. 22. A 23. A 24. B25. C

26. A27. A28. C 29. D

30. D 31. D 32. B 33. C

34. C 35. C 36. C 37. A

38. Girondinos – alta bur-guesia; Jacobinos – baixa burguesia com refor-mas populares; Eram os Jacobinos. 39. a) Por sans-culottes compreende-se a massa urbana e pauperizada à época da Revolução Fran-cesa, defensores da igual-dade jurídica e do fim das desigualdades econômi-cas. Tiveram asseguradas algumas conquistas, entre as quais o sufrágio univer-sal masculino e o ensino obrigatório e gratuito durante o período jaco-bino (Convenção) da Revo-lução, entre 1792-1795.b) O movimento dos sans-culottes caracteriza-se como tipicamente urbano, enquanto o Movimento dos sem-terra constitui-se num movimento campo-nês. Em comum, são con-testadores da ordem esta-belecida e da marginaliza-ção social. Porém, o con-texto histórico de cada um dos movimentos lhes con-fere características pecu-liares, como, por exemplo, a atuação dos jacobinos em um movimento revo-lucionário notadamente burguês, enquanto os sem-terra defendem uma revolução popular sob a influência de preceitos socialistas. 40. Ao longo da Revolu-ção Francesa, 1789-1799, ocorreram várias fases, como a Assembleia Nacio-nal Constituinte, 1789-1792, a Convenção Nacio-nal, 1792-1795, e o Diretó-rio, 1795-1799. Durante a fase da Convenção Nacio-nal, os jacobinos, média e baixa burguesia, tomaram o poder e praticaram a vio-lência por meio da guilho-

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tina, ficando conhecido como o período do terror. Os radicais jacobinos ado-taram algumas medidas sociais importantes, como o fim da escravidão nas colônias da França, como o Haiti, a lei do Máximo, congelando preços, novo calendário, um novo sis-tema de pesos e medidas, entre outros. O maior líder Jacobino foi Robespierre, que buscou inspiração nas ideias do filósofo ilumi-nista Rousseau. 41. a) Local destinado à preservação de um acervo de uma produção especí-fica que possa ser conside-rada patrimônio histórico de uma sociedade. b) Em geral, nos proces-sos revolucionários existe a preocupação de se elimi-nar os símbolos que pos-sam aludir à situação ante-rior, passando a se cons-truir novos símbolos e se afirmar novos valores. c) Os museus abrigam objetos que contribuem para identificar determi-nados momentos da his-tória de uma sociedade, bem como são fundamen-tais para a preservação da memória. 42. D 43. C 44. A 45. Napoleão, apesar de governar com base no exército, de fato represen-tava os interesses da bur-guesia; assim, a sua dita-dura era uma ditadura da burguesia e ele era o condutor. 46. B 47. B

48. B 49. A

50. D 51. A

52. 02 + 04 + 16 + 32 = 54 53. B 54. E 55. C 56. B 57. a) O Código Civil, esta-belecido em 1804 por Napo-leão Bonaparte, tinha por finalidade organizar inter-namente o Império fran-cês. Por incorporar princí-pios apontados como opo-sição ao Antigo Regime, é considerado uma obra integrada à Revolução Francesa. Em sua essência, consagrava os interesses da burguesia ao reconhe-cer e privilegiar o direito de propriedade e a liber-dade individual e econô-mica. Estabelecia, ainda,

o caráter secular e laico do Estado.b) Pelo fato de a maioria dos artigos (dois terços) destinarem-se à defesa da propriedade individual e poucos referirem-se ao trabalho, à restrições ao trabalhadores e à proteção dos empregadores, além de a escravidão ser resta-belecida nas colônias fran-cesas e o casamento civil restringir os direitos das mulheres, o Código Civil não contemplava plena-mente o princípio da igual-dade entre os homens, pre-sente na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. 58. a) Durante as conquis-tas napoleônicas, os sol-dados franceses difundi-ram as doutrinas liberais surgidas durante o ilumi-nismo e consagradas na Revolução Francesa de 1789, bem como a defesa de instituições do governo constitucional e o Código Civil para salvaguardar o direito à propriedade e à liberdade econômica.b) As Guerras Napoleôni-cas contribuíram para ace-lerar o processo de eman-cipação política das colô-nias espanholas na Amé-rica na medida em que a elite colonial organizada a partir dos cabildos e das juntas governativas não reconheceu a intervenção napoleônica na Espanha e aproveitou-se para procla-mar a independência. 59. a) Garantia das liber-dades individuais do cidadão; Liberdade de expressão; Liberdade de imprensa; Liberdade de religião; Igualdade de todos perante a lei; Divi-são do poder entre execu-tivo, legislativo e judiciá-rio; A Constituição como um meio de garantir os direitos do cidadão; Direito de propriedade.b) A política de interven-ção da Santa Aliança foi um dos instrumentos polí-tico-ideológicos do absolu-tismo, adotado pelo Con-gresso de Viena em 1815. Seus objetivos eram: inter-vir em qualquer movi-mento revolucionário libe-

ral e/ou nacionalista que ameaçasse o equilíbrio europeu e fornecer assis-tência e socorro mútuo aos soberanos ameaçados pelas forças liberais. 60. No início do século XIX, existiam diferen-ças políticas e econômi-cas entre Inglaterra e França. A Inglaterra era uma monarquia constitu-cional e liberal, enquanto que a França era caracte-rizada pela ditadura de Napoleão Bonaparte. Do ponto de vista econômico, a Inglaterra era um país industrializado, que havia expandido seus mercados e promovia forte acumula-ção de capitais, enquanto a França desenvolvia uma política industrialista e possuía poucos mercados, percebendo a concorrên-cia inglesa como principal obstáculo ao seu desenvol-vimento. O Decreto Napo-leônico reforça a política expansionista francesa, do ponto de vista militar, como elemento de conten-ção à política expansio-nista inglesa, do ponto de vista econômico. 61. 02 + 08 + 16 + 32 = 58.62. 02 + 04 + 08 = 14.63. E64. D65. D

66. E 67. C

68. a) Nos EUA, a revolu-ção, no seu término, atra-vés da convenção consti-tucional da Filadélfia, pro-duziu uma constituição que, mesmo levando em conta as diferenças entre republicanos e federalis-tas, definiu a criação de uma república federativa, que estabelecia o equilí-brio entre o governo cen-tral e os governos dos estados membros, garan-tindo a autonomia des-ses. Esse resultado decor-reu da experiência de luta pela liberdade e autono-mia dos colonos da Amé-rica Inglesa (frente aos obstáculos criados pelo governo inglês), da pre-sença dos valores iluminis-tas, das marcas burguesas que os orientaram e das religiões protestantes que incentivavam a poupança e a acumulação através

do trabalho. Na França, a luta contra o Antigo Regime reuniu setores sociais heterogêneos nos seus interesses e proje-tos, fruto das experiências de domínio do clero e da nobreza ao longo da for-mação do Estado francês. Desse modo, ao término da Revolução Francesa, não tivemos o lema da revo-lução transformando-se num regime republicano, mas sim numa monarquia constitucional de caráter censitário, onde votavam e eram votados apenas aqueles que tinham ren-das e eram proprietários, justificando esse meca-nismo pelos pressupos-tos iluministas relaciona-dos ao talento e à realiza-ção econômica.b) Entre os líderes podem ser citados Thomas Jeffer-son, Benjamin Franklin, John Adams, George Washington ou Alexander Hamilton. No caso do movi-mento brasileiro poderá ser citada uma das inconfidên-cias que ocorreram entre o final do século XVIII e o iní-cio do século XIX. 69. a) Ao Primeiro Estado (clero), Segundo Estado (nobreza) e Ter-ceiro Estado (Grupo que compreendia a burgue-sia, proletários e cam-poneses). O camponês arqueado representa o Terceiro Estado sobre o qual recaia a enorme carga tributária que assegurava os privilégios e o luxo dos dois primeiros.b) Os privilégios de classe do clero e da nobreza (par-ticularmente a isenção de tributos), a desigual-dade civil entre os gru-pos sociais e o luxo e a ostentação da nobreza em contraste com a miséria do povo.c) Considera-se a burgue-sia como classe que liderou a Revolução Francesa, ape-sar da fase popular (radi-cal) durante a Convenção (1792-1795) liderada pelos jacobinos, representan-tes dos proletários (sans-culottes) e da pequena burguesia. As transforma-ções do período radical da

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Revolução foram a insti-tuição do sufrágio univer-sal masculino, a abolição dos direitos feudais ainda remanescentes na França, distribuição de terras aos camponeses, abolição da escravidão nas colônias e implantação do ensino obrigatório e gratuito. 70. a) Revolução Francesa. Ao proclamar a igualdade de direitos entre os cida-dãos, a Revolução Fran-cesa não incluiu, entre estes, os habitantes de suas colônias, mantendo a escravidão.b) Liderança dos escra-vos na condução do pro-cesso de independência. Um dentre os reflexos: temor de que a luta pela independência significasse o término da escravidão; aliança entre os proprietá-rios de terra e o herdeiro do trono português por medo de uma rebelião escrava 71. a) Ao Absolu-tismo Monárquico.b) Durante a fase da Assembleia Constituinte (1789-1792) foi proclamada a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” estabelecendo os direitos fundamentais do homem e o dever do Estado em pre-servá-los. Na Constituição de 1791, apesar de se esta-belecer o governo consti-tucional e os três poderes, os direitos políticos foram limitados pelo voto censitá-rio. Na fase da Convenção (1792-1795), foram instituí-dos o sufrágio universal e o ensino obrigatório gratuito, anulados pelo governo do Diretório !795-1799). 72. A Santa Aliança, sur-giu por inspiração do Czar da Rússia Alexandre I, era uma organização de ajuda mútua das monarquias europeias, cujo objetivo era estabelecer o direito de intervenção em qual-quer região da Europa em que irrompessem revolu-ções liberais. Todavia, com a interferência do chance-ler austríaco Metternich, a Santa Aliança foi apenas um instrumento da restau-ração e durou até as revolu-ções europeias de 1848.

73. a) A Estátua da Liber-dade simboliza a exaltação á propagação dos ideais de liberdade difundidos pelo iluminismo e a importân-cia dos Estados Unidos como terra de oportuni-dades e de abrigo aos que fugiam da opressão.b) Ambos os movimen-tos incorporaram e consa-graram os ideais defendi-dos pelo pensamento ilu-minista; foram marcados pelos ideais republicanos e a Revolução Francesa teve como uma das causas a crise financeira do Estado Absolutista agravada com a ajuda francesa aos Esta-dos Unidos na luta contra a Inglaterra na Guerra de Independência. 74. A relação entre o Bloqueio Continental e a Independência do Bra-sil pode ser identificada a partir da manutenção, por parte de Dom João VI, príncipe regente de Por-tugal, da aliança política e econômica com a Ingla-terra, contrariando Napo-leão. Temendo a invasão de Portugal, toda a Corte foi transferida para o Bra-sil, que foi elevado à con-dição de Reino Unido. A infraestrutura criada neste período, favorecida pela criação do Banco do Brasil e a abertura dos por-tos para o comércio com as nações amigas, fortale-ceu a burguesia nacional e criou as condições neces-sárias ao início do pro-cesso de independência. 75. a) Durante a Idade Média, por influência e poder da Igreja no plano político, o poder espiritual se sobrepunha ao poder temporal, e portanto, o Estado Pontifício tinha poder sobre os imperado-res que, para serem reco-nhecidos, deveriam ser coroados pelo Papa.b) A partir da Revolução Francesa e sobretudo da Concordata de 1801, evi-dencia-se na França a separação definitiva entre Igreja e Estado, ficando a Igreja submissa ao Estado, o que justifica a atitude de Napoleão Bonaparte.

Capítulo 276. D77. E78. B 79. D

80. B81. B82. B

83. a) Qualquer ideia de unidade territorial e polí-tica-administrativa pré-via entre as distintas pro-víncias brasílicas, sem vínculos entre si, depen-dia necessariamente da submissão e obediência direta à Lisboa. Tal situa-ção viu-se transformada quando, com a vinda da Corte para o Brasil, a uni-dade do ponto de vista político-administrativo foi transferida de Lisboa para a nova sede da colô-nia, no Rio de Janeiro. Assim, o estudante poderá citar quaisquer medidas que tenham contribuído, direta ou indiretamente, para fortalecer essa tenta-tiva de manter as provín-cias e seus territórios uni-dos sob o domínio portu-guês no Brasil. Por exem-plo: a transferência para a nova capital das Secre-tarias de Estado (Conse-lho do Estado, Mesas do Desembargo do paço e da Consciência e Ordens, Conselho Supremo Militar e Conselho da Fazenda); a abertura dos portos às nações amigas; a revoga-ção do Alvará de 1785 que proibia a instalação de manufaturas no Brasil; a criação do banco do Bra-sil e a instalação da Junta de Comércio; a elevação do Brasil em 1815 à condição de Reino Unido a Portu-gal e Algarves; a criação da imprensa régia; a transfor-mação da cidade do Rio de Janeiro em sede da Corte; e as práticas de conces-são de terras e títulos de nobreza. Mais diretamente ligados à ideia da expan-são territorial, o candidato poderá citar: a invasão de Caiena (Guiana Francesa), em 1809, mantendo-a sob domínio português até 1815; a invasão da região do Rio da Prata, em 1811 pela primeira vez e, depois, em 1816, quando foi anexada a Banda Oriental (atual Uru-

guai), com o nome de Pro-víncia Cisplatina.b) Quanto às característi-cas comuns entre as inde-pendências da América ibérica, pode-se mencio-nar: o fato de tanto a Amé-rica espanhola como a por-tuguesa partilharem da mesma conjuntura polí-tica europeia como ponto de partida – isto é, o Blo-queio napoleônico e a guerra e invasão das res-pectivas metrópoles; a intensa luta pela autono-mia das províncias, obser-vadas nos dois casos: com esfacelamento dos vice-reinos hispânicos (ini-ciado grosso modo em 1810 e estendendo-se até 1825) e com a independência pro-clamada por D. Pedro no Rio de Janeiro, em 1822; e o importante papel exercido pelos britânicos no auxílio às guerras para a criação dos novos estados-nação independentes e, logo, na manutenção e expan-são do comércio com as demais nações europeias. 84. Duas das ações: cria-ção da Imprensa Régia; contratação da Missão Artística Francesa; fun-dação do futuro Jardim Botânico (Real Horto); fun-dação da futura Biblio-teca Nacional (Real Biblio-teca); publicação de jor-nais, periódicos e obras de caráter científico com o aval da Imprensa Régia./ Órgãos do Estado portu-guês, agora sediados no Brasil, exerciam a função de fiscalizar e censurar todos os impressos, inclu-sive os importados, que aqui fossem publicados sob a justificativa de cui-dar da moral, da religião e dos bons costumes. O ano de 1808 marca a chegada da Corte ao Rio de Janeiro que, na prática, tornou-se a sede do Estado portu-guês. A Corte foi responsá-vel direta pelo incremento das atividades culturais e artísticas e, ao mesmo tempo, pelo controle e censura das mesmas. As novas normas aprovadas por D. João VI após sua chegada ao Brasil determi-

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naram a “abertura dos por-tos às nações amigas”, que, na prática, representou a ruptura do pacto colo-nial, uma vez que a essên-cia deste era o monopólio metropolitano, que havia vigorado praticamente por trezentos anos. Essa medida favoreceu a bur-guesia industrial e mer-cantil da Inglaterra, único país industrializado e com capacidade para exportar para o Brasil, e prejudicou a burguesia mercantil lusi-tana, que perdeu o con-trole absoluto sobre o mer-cado brasileiro. 85. a) O pai (branco) à frente dos demais mem-bros da família simboliza a autoridade e o poder dos homens sobre as mulheres na sociedade da época. O lugar ocupado pela dona de casa (branca) na fila, atrás dos filhos – fossem esses meninos ou meni-nas – e à frente dos escra-vos, evidencia, respectiva-mente, seu papel de mãe dos filhos do marido e de administradora de um lar extenso. A mulher branca exercia, portanto, o domí-nio sobre os escravos e as escravas no espaço da casa. As redes de poder e hierarquia envolvendo a própria comunidade negra também são perceptíveis na imagem: os escravos(as) que aparecem com melho-res vestimentas prova-velmente desfrutavam de uma posição vantajosa em relação aos seus pares na hierarquia social. Os pés descalços marcam a con-dição de escravo, diferen-ciando-os dos libertos e dos livres.b) O governo de D. João VI proporcionou uma série de melhorias na cidade do Rio de Janeiro e beneficiou os grandes proprietários e comerciantes das capita-nias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais que, por estarem próximos da Corte, desfrutavam de pri-vilégios, proteção e pres-tígio social. A política joa-nina gerou um aumento significativo dos impos-tos para a manutenção da Corte na cidade do Rio de

Janeiro, que passou a ser identificada como “nova Lisboa”, sobretudo por aqueles que habitavam as demais regiões do Brasil. Comentava-se que o Rio de Janeiro passara a sediar grupos que defendiam os interesses “portugueses” oprimindo os “brasileiros” do restante do país. Sendo assim, o domínio político da colônia passara de Lis-boa para o Rio de Janeiro. A Revolução Pernambucana de 1817 constitui um exem-plo de tal insatisfação. 86. C 87. C 88. E 89. 02 + 08 + 16 = 26 90. E 91. E 92. B 93. D 94. a) Inconfidência Mineira: bacharéis, intelec-tuais, funcionários admi-nistrativos da colônia, ele-mentos do exército e do clero. / Conjuração Baiana: alfaiates e soldados, mui-tos deles negros e mulatos. / Revolução Pernambu-cana: aristocracia açuca-reira em crise causada pela perda de mercados.b) Os objetivos políticos em comum nos três movi-mentos foram: republica-nismo, separatismo e con-testação aos privilégios dos elementos ligados à corte ou à nobreza. 95. V – F – F – F – V 96. E 97. D 98. Duas dentre as realiza-ções: construção de novos prédios na cidade do Rio de Janeiro / aumento da entrada de produtos vin-dos de outras praças comerciais, proporcionada pela Abertura dos Portos decretada em 1808 / vinda da Missão Francesa / cria-ção da Biblioteca Nacional / criação do Jardim Botâ-nico / criação de institui-ções de ensino superior 99. D 100. B 101. a) Com o estabele-cimento da Corte Portu-guesa no Brasil a partir de 1808, tornou-se necessária a criação de órgãos políti-co-administrativos, como ministérios, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a imprensa oficial, entre outros. Tal processo pro-moveu, efetivamente, a centralização administra-tiva no Brasil.

b) Descontentes com a situação em que se encon-trava o Nordeste, especi-ficamente Pernambuco, em decorrência do declí-nio da economia açuca-reira, aliada à presença maciça de portugueses, na liderança do governo e na administração pública, e à criação de novos impostos por Dom João VI em favor dos “portugueses da nova Lisboa”, setores liberais mais radicais de Recife ini-ciaram a chamada Revo-lução Pernambucana de 1817, estabelecendo uma república federativa. Os revoltosos chegaram ao poder e ganharam o apoio de outras províncias (Ala-goas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará), mas o movimento foi dura-mente reprimido, apesar de alguns de seus líderes não terem sido executa-dos, graças a um ato de cle-mência de D. João VI. 102. D103. a) De acordo com o texto, o federalismo pode-ria significar a autonomia provincial, porém sem a abolição do governo cen-tral, e também demo-cracia, república ou governo popular.b) Pode-se apontar entre os interesses econômicos envolvidos no processo de independência do Brasil o interesse inglês em rom-per o pacto colonial por-tuguês sobre o Brasil evi-denciado no apoio à trans-ferência da Corte Portu-guesa para o Brasil e nos benefícios obtidos com a Abertura dos Portos brasi-leiros em 1808, o interesse da aristocracia agroexpor-tadora em defender o livre comércio e preservar seus privilégios e o interesse português em restaurar o monopólio do comér-cio com o Brasil quando da instalação das Cortes Portuguesas (Parlamento) a partir da Revolução do Porto em 1820. 104. D 105. B 106. a) A pintura alude a diversas características do projeto político monár-quico, dentre as quais: a ideia de soberania da

Monarquia frente aos dis-tintos setores da socie-dade brasileira recém-e-mancipada, conforme pode ser observado na presença de diferentes tipos sociais na cena retra-tada por Debret. O intuito era garantir a legitimi-dade do poder do Príncipe junto à população; a ideia de união das raças com o objetivo de defender o ter-ritório nacional, conforme pode ser observado na dis-posição das personagens representadas: indígenas, negros, brancos e mesti-ços. Essas figuras apare-cem em torno do trono, com armas e instrumen-tos de trabalho em punho, dispostos a defender a Monarquia; a referência à Monarquia como insti-tuição protetora da Nação, conforme pode ser verifi-cado na centralidade da personagem que a repre-senta. Essa centralidade é reforçada pela referên-cia ao brasão de D. Pedro I e pela posição ocupada pela figura, que se encon-tra em plano superior às demais personagens.b) Foram vários os motivos que levaram à mudança da imagem de D. Pedro I, den-tre os quais: as atitudes autoritárias, associadas ao caráter absolutista da for-mação política do Impera-dor. Essa atitude pode ser observada, por exemplo, na dissolução da Assem-bleia Constituinte de 1823, na elaboração da Consti-tuição Outorgada de 1824, que legitimou o poder pessoal do Imperador, e na repressão violenta aos participantes da Confe-deração do Equador, em Pernambuco; a dinâmica socioeconômica do I Impé-rio, que colocou em cho-que os interesses das eli-tes brasileiras que tinham na agricultura sua princi-pal atividade econômica, e os interesses das eli-tes portuguesas da Corte, normalmente associados ao grande comércio. Tais divergências, elevadas ao plano político com a for-mação de dois agrupa-mentos concorrentes, não

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conseguiram ser adminis-tradas por D. Pedro I; a insistência e o insucesso na Guerra da Cisplatina (1825-1828), que teve forte impacto no erário público. 107. 01 + 04 + 16 = 21.108. B 109. a) O regime monár-quico de governo e o cen-tralismo político-adminis-trativo, sem autonomia para as províncias. Pode-se mencionar ainda o “par-lamentarismo às avessas”, no qual o Imperador esco-lhia o primeiro-ministro, com a complacência dos partidos (Liberal e Conser-vador) que se revezavam no poder. b) Expansão da cafeicul-tura, principalmente no Oeste Paulista, cresci-mento do trabalho livre aliado ao declínio do escra-vismo, um surto indus-trial associado ao pro-cesso de modernização e urbanização. 110. E 111. A 112. a) Podemos apontar como diferenças: O pro-cesso político de indepen-dência estabeleceu na América portuguesa uma monarquia, enquanto que na América espanhola efetivou o regime repu-blicano. Na América por-tuguesa, a unidade ter-ritorial pré-existente foi mantida após a indepen-dência, enquanto que, na América espanhola, assis-tiu-se a uma fragmenta-ção territorial.b) Dentre as razões para a independência do Brasil, podemos destacar: A polí-tica recolonizadora das Cortes de Lisboa; O fecha-mento dos tribunais supe-riores no Brasil; A exigên-cia da volta do príncipe regente para Portugal; A proibição de que o Brasil tivesse uma constituição própria; As ideias liberais propagadas pelo movi-mento constitucional por-tuguês de 1820. 113. a) O estabelecimento de uma monarquia consti-tucional assegurou a uni-dade política e territorial do Brasil e a manutenção

da estrutura aristocrática e escravista da sociedade em favor da elite agrária.b) A participação popular na independência do Bra-sil restringiu-se à Conju-ração Baiana (1798), e na Guerra de Independên-cia (1822) nas províncias da Bahia e do Pará, à con-dição de massa de mano-bra manipulada pela elite dominante. 114. a) O rompimento do príncipe regente D. Pedro com as Cortes de Lisboa, o que deu início ao processo que resultaria na procla-mação da Independência do Brasil.b) Revolução Liberal ocor-rida na cidade do Porto, em Portugal, no ano de 1820, que levou à queda do absolutismo e à insta-lação de uma Assembleia Constituinte (Cortes de Lisboa). As Cortes de Lis-boa caracterizaram-se por uma dupla posição polí-tica, pois eram liberal em relação a Portugal, mas defendiam a recolonização do Brasil.115. E116. E 117. E

118. A 119. C

120. 08 + 16 = 24 121. C 122. B 123. D 124. O conflito entre por-tugueses fiéis a D. Pedro I e brasileiros desconten-tes com o imperador após o assassinato do jornalista Libero Badaró. 125. D126. V – F – V – F – V. 127. No início da década de 1830, a continuidade do rei-nado de D. Pedro I tornou-se insustentável. A crise financeira, desencadeada pelo declínio das exporta-ções, pelo crescente endi-vidamento externo e pelos gastos com a Guerra da Cisplatina, resultou no aumento da inflação e agravamento da pobreza. A isso somou-se a insatis-fação com a centralização do poder e o autoritarismo do imperador, levando a intensos conflitos entre facções favoráveis (em sua maioria ligados ao Par-tido Português) e contrá-rias (em sua maioria liga-

dos ao Partido Brasileiro) ao imperador. Outro fator importante foi o empe-nho do imperador na luta a favor de seu irmão, D. Miguel, o qual dispu-tava, com a própria filha, D. Maria II, a sucessão do trono português, após a morte de D. João VI. A jun-ção destes elementos pro-vocou a renúncia do impe-rador ao trono brasileiro em favor de seu filho, o príncipe D. Pedro de Alcân-tara. A menoridade do her-deiro, que tinha, à época da abdicação apenas cinco anos de idade, o impossi-bilitou de governar. Por esse motivo, foi estabele-cido um governo regen-cial, que deveria dirigir o Império até que o príncipe atingisse a maioridade. Entrementes, alguns fato-res ligados à disputa polí-tica entre Regressistas (depois chamados Conser-vadores) e Progressistas (depois chamados Libe-rais) e às revoltas e rebe-liões que ocorriam nas províncias fomentaram o “golpe da maioridade”, antecipando a coroação do príncipe, que foi declarado Imperador do Brasil, sob o título de D. Pedro II, em 1840, quando tinha apenas 14 anos de idade. Foram causas imediatas disso: a ascensão dos Regressis-tas ao poder, com a regên-cia de Pedro Araújo Lima (1837) e o consequente ali-jamento dos Progressistas; a limitação da autonomia provincial, com a aprova-ção da Lei de Interpreta-ção do Ato Adicional (1840); a articulação entre libe-rais e palacianos ou áuli-cos em favor da antecipa-ção da maioridade do prín-cipe herdeiro; o interesse dos grandes proprietários rurais em restabelecer a “ordem social”, convul-sionada pelos sucessivos levantes populares ocorri-dos no período regencial, como a Revolta dos Malês (1835); o desejo das elites políticas de evitar que a unidade territorial brasi-leira fosse quebrada por movimentos separatistas,

como a Farroupilha (1835) e a Sabinada (1837).128. A crise foi motivada basicamente pelos seguin-tes fatores que geravam a desconfiança dos brasi-leiros em relação a Dom Pedro I: o autoritarismo do imperador, eviden-ciado na dissolução da Assembleia Constituinte em 1823, por discordar das limitações ao seu poder, presentes no texto cons-titucional, e a outorga da Constituição de 1824, na qual estabeleceu o poder Moderador, que lhe confe-ria poderes para interferir no legislativo e no judiciá-rio; a crise financeira pela qual passava seu governo, agravada com os gastos e a derrota na guerra con-tra a província Cisplatina; a estreita ligação do impe-rador com o partido portu-guês no Brasil; o interesse do imperador na sucessão do trono português após a morte de Dom João VI. 129. a) Monarquiab) República 130. a) Poder criado para garantir a harmonia entre os outros três.b) Movimento surgido no Nordeste, de caráter sepa-ratista e republicano, que atacou o fechamento da constituinte e o poder moderador de D. Pedro I. 131. D 132. a) Direito exclusivo da metrópole de explorar a colônia.b) Porque Portugal neces-sitava da exploração colo-nial para recuperar suas finanças, abalada com o domínio Francês e Inglês. 133. A 134. Um dos setores e uma das respectivas razões: tra-ficantes de escravos / dis-cordância em relação ao acordo assinado com a Inglaterra pelo fim do trá-fico de escravos; comer-ciantes nativos / insatis-fação com as vantagens e privilégios dispensados pelo imperador aos comer-ciantes portugueses e ingleses; grandes proprie-tários de escravos e ter-ras / insatisfação com os altos impostos, com a cen-

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tralização política imposta por Pedro I e com o acordo relativo ao final do tráfico; grupos médios urbanos liberais / defesa do fede-ralismo, reivindicação de reformas à Constituição de 1824, crítica ao endivi-damento do Estado, aos rumos da Guerra da Cis-platina e ao envolvimento do Imperador na suces-são portuguesa.Alguns dos motivos: crise da economia açucareira; gastos com a estruturação do Estado Imperial; dívi-das geradas pelas Guer-ras de Independência e da

Cisplatina; acordos comer-ciais desfavoráveis assina-dos, principalmente, com Portugal e Inglaterra. 135. a) Com a renúncia de D. Pedro I e o início do período regencial, o Brasil experimentava, pela pri-meira vez, o que para mui-tos historiadores represen-tou uma “experiência repu-blicana”, tendo em vista que não havia um impe-rador, e os regentes ocu-pavam o cargo tempora-riamente. O herdeiro legí-timo do imperador abdi-cante era seu filho que, em 1831, tinha apenas 5 anos

de idade e só assumiria o trono, segundo a Consti-tuição de 1824, ao atingir a maioridade, quando com-pletasse 18 anos.b) Pode-se citar o descon-tentamento com o poder central, representado pelos regentes, e o desejo de autonomia das provín-cias, a crise econômica que se estendia desde as Guerras Napoleônicas, a miséria geral das camadas populares e a falta de con-dições do Estado Brasileiro de intervir militarmente em todo o território nacio-

nal para conter as revoltas nas províncias.136. V V V F 137. B138. D139. A140. B141. A142. Liberdade política — contestação à presença da Corte no Rio de Janeiro; proclamação de uma repú-blica no nordeste. Liberdade econômica — quebra dos monopólios, liberdade de comércio, menor tributação para o nordeste.