its #102 Edição Especial Educação

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Estudantes dividem o tempo entre os cadernos e os cuidados com a casa Fique ligado nos assuntos que estarão presentes nos principais provas do país Carolina Pires esta dividida entre duas profissões: Ballet e Direito Conheça as Profissões que estão em alta no mercado de trabalho Confira as dicas da psicóloga para diminuir a pressão do vestibular

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edição ESPECIAL EDUCAÇÃO

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Estudantes dividem o tempo entre os cadernos e os cuidados com a casa

Fique ligado nos assuntos que estarão presentes nos principais provas do país

Carolina Pires esta dividida entre duas profissões: Ballet e Direito

Conheça as Profissões que estão em alta no mercado de trabalho

Confira as dicas da psicóloga para diminuir a pressão do vestibular

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Matéria de Capa | Hora da Decisão

Profi

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outubro/2013102

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índice

Matéria de capa

# indice

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editorial

Salve galera!

A edição #102 é Especial de Educação, com destaque para o vesti-

bular. Por isso, fomos atrás das histórias de quem vive esta fase tão

importante: a hora de escolher a profissão.

Além de conhecer os sonhos e medos dos vestibulandos, mos-

tramos, também, o dia a dia daqueles que estão longe da casa dos

pais e precisam dividir o tempo entre os estudos e administração

do novo lar. Tarefa difícil, a gente sabe. Pensando nisso, pegamos

dicas com a psicóloga Maria Olivia Swalb Seleme sobre como dimi-

nuir a pressão da rotina árdua de estudos pré-provas.

Falando em prova, consultamos dois professores do ensino fun-

damental, que destacaram os assuntos que estarão nos principais

vestibulares do país. Para você não desanimar e, quem sabe repetir

o exemplo, contamos, a trajetória de sucesso de duas feras que se

deram muito bem no vestibular e já estão na faculdade.

E para quem não vai para a universidade, mas pretende fazer

curso técnico, veja a entrevista com o presidente da FIESC, Glauco

José Côrte, que destacou o futuro promissor da educação técnica

no mercado de trabalho.

Boa leitura a todos!!! Abração, até a proxima!

Natália Paris Rodrigues

AS CULPADAS

Mat

éria

de

capa

Carolina Coral Profi

ssõe

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Futu

ro

Mel SaviAp 4

02

Marina Empinotti Pega

ção

Juliana Schweidzon

No mês passado, publicamos nossa edição 101, com a vencedora do ITS MY WAY, Gabriela Mattes, e você, tá preparado? Se inscreveu?

O vencedor pode ser você!

Prof Chefe Fala Galera - querem assistir

video aulas iradas? busquem no youtube

CHEFENAREDE

1w

Colégio Elias Moreira

Joinville

Entr

evist

a

Natália Paris

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Uma publicação do GRUPO RICFundador e Presidente Emérito

Mario J. Gonzaga Petrelli

GRUPO RIC SCPresidente-Executivo

Marcello Corrêa PetrelliDiretor Comercial

Reynaldo RamosDiretor Administrativo e Financeiro

Albertino Zamarco Jr.Diretor Operacional

Paulo Hoeller

ITSDiretor Geral:

Riadis Dornelles | [email protected] Geral Santa Catarina: 

Bruno Filomeno | [email protected]:

Luiz Cardoso | [email protected] Rzatk | [email protected]

Diretor de Arte: Eduardo Carvalho [email protected]

Assistente Financeiro: Karin Roesner | [email protected]

Coodernadora de Eventos: Bárbara Dias | [email protected]

Apresentador de Tv: Gabriel [email protected]

Cinegrafista: Lêo Russo | [email protected]

Editor de Tv: Krystopher [email protected]

NÚCLEO COMERCIAL:Supervisor Comercial:

Fabiano Aguiar | [email protected] Gerente Comercial Chapecó:

Maristela dos [email protected]

Gerente Comercial Meio Oeste: Leonardo Winter | @ricsc.com.br

Gerente Comercial Joinville: Cristian Vieceli | @ricsc.com.br

Contato Grande FlorianópolisGustavo [email protected]

Contato Blumenau e ItajaíRonny Reinhold [email protected]

Atendimento Regional Paranáe Rio Grande do Sul

Gondil Kurtz | [email protected] de Mercado Nacional - SP, RJ e DF

Nilton Aquino | [email protected]

Os artigos assinados não refletem necessa-riamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.Tiragem: 65 mil exemplares

Não vACIlA, FAlA Aí: (48) [email protected]

Pontos de distribuição:Floripa/São José: Colégio Bom Jesus, Colégio Catarinense, Colégio Energia Jr., Colégio Energia 3ão, Colégio Geração, Colégio Dom Jaime, Colégio Imaculada Conceição, Colégio Menino Jesus, COC Centro, Colégio Tendência 3ão, Colégio Elisa Andreoli, Colégio da Lagoa, COC Córrego, Colégio Tendência Kids, Colégio Cruz e Sousa e Cruz e Sousa SJ. Lojas: Varal, Curso Pascal, Rádio Jovem Pan, Curso Cem, Yázigi Idiomas, El Divino, Mormaii Lagoa e Teatro Vanguarda. Beiramar Shopping: Gang, Sul Nativo, J’Bay, Someday. Shopping Iguatemi: Sul Nativo. Shopping Itaguaçu: J’Bay, Sul Nativo. Balneário /Itajaí: Colégio Energia Itajaí, Colégio São José, Colégio Margirus, Colégio Salesiano, Colégio Unificado Bal. e Colégio Energia Balneário. Itajaí Shopping: World Tenis, Academia Wave,

Gang shopping BC, Yázigi Idiomas. Blumenau: Colégio Energia, Colégio Bom Jesus, Colégio Sagrada Família, Colégio Barão do Rio Branco, Colégio Senai e Colégio Etevi. Lojas: Cabanas, Marcello Sports, Yázigi Idiomas, Rádio Mix, Yázigi Brusque e lojas Gang. Criciúma: Colégio Marista, Colégio Energia e Colégio São Bento. Tubarão: Colégio Energia, Colégio Dehon, Colégio Senai e Colégio São José. Lages: Colégio Bom Jesus, Colégio Santa Rosa e Colégio Energia. Rádio Cidade, Yázigi Tubarão e Yázigi Araranguá. Joinville: Colégio Elias Moreira, Colégio Bom Jesus Ielusc, Colégio Santos Anjos e Colégio Tupy/Sociesc, Rádio Jovem Pan, Lojas Gang Shopping Müller, Yázigi Joinville Chapecó: Colégio Marista, Colégio Energia e Colégio Exponencial. Yázigi Chapecó. Jaraguá do Sul: Colégio Marista, Colégio Jangada e Colégio Bom Jesus. Rio do Sul: Colégio Energia e Colégio Dom Bosco. Todas as escolas estaduais, principais agências do estado

Expediente

www.portalits.com.br

editorial

Dicas

Num gráfico, principalmente num dia-grama dito cartesiano:a) Leia o título do gráfico para entender o assunto.b) Observe as grandezas apresentadas, os dois eixos para saber o que está sendo representado.c) Verifique as unidades e se há ordens de grandeza “escondidas” nesses eixos.d) Olhe para a “curva” e entenda o comporta-mento geral desse gráfico: se há um compor-tamento único, se há mais de um comporta-mento (crescimento ou decrescimento).e) Procure e identifique pontos de máximo e míni-mo e os “zeros”, pontos onde a curva corta o eixo horizontal. Esses normalmente são pontos bas-tante significativos, pois representam situações em que algo mais importante acontece.f) Interprete o significado desses máximos ou mínimos.g) Verifique os intervalos onde há crescimen-to ou decrescimento.

Prof. Ananias Martendal Neto, Licenciado em Física pela UFSC - Professor do Sistema de Ensino Energia e do Curso Pascal em Florianópolis.

ve s t i bu larDicas importantes para faci-litar a resolução de questões da prova do ENEM, que possu-am gráficos, tabelas e diagra-mas esquemáticos. Possivel-mente, seguindo estas dicas você estará antecipando as respostas que serão solicita-das no decorrer das questões.

Em tabelas, verifique:a) O título da tabela e as grandezas a serem apresentadas.b) As unidades e outras informações que possam estar “es-condidas” no cabeçalho da tabela.c) Os valores, procurando destacar o maior e o menor valor ou valores que mostrem uma inversão de tendência (os da-dos estavam crescendo e de repente começam a diminuir e vice-versa).d) Observe também que a tabela lhe dá acesso direto aos valores dos dados. O gráfico facilita o entendimento global do conjunto. Portanto, cada um tem sua vantagem.

Num diagrama esquemático(fluxograma, organograma, heredograma):a) Identifique os elementos que compõem o conjunto.b) Identifique as relações entre eles: hierarquia, ordem tem-poral, ordem espacial, rotas alternativas entre os elementos.c) Examine o processo completo e procure identificar onde a informação fornecida pela pergunta poderia ser encaixada nesse esquema.

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Algumas coisas interessantes têm acontecido aqui pelas

bandas Tupiniquins, como, por exemplo, o fato de que o

Brasil é a sétima economia no mundo, vai sediar uma Copa

em 2014 e as Olimpíadas em 2016 e, além disso, já deu

início à exploração do Pré-Sal. O que isso tudo significa?

por Melina Savi especial

ntre outras coisas, que o Brasil está em voga e atraindo a

atenção de investidores nos mais diversos ramos: hotelaria,

serviços, tecnologia, bem-estar, sustentabilidade, educação,

transporte e muito, muito mais. E como isso pode lhe impactar?

Com três palavrinhas mágicas, poderosas e que podem garantir o

seu futuro: geração de empregos. Mas as palavrinhas não fazem

acontecer sozinhas, você tem que participar com o seu esforço.

De acordo com pesquisa realizada pelo Guia do Estudante, 69%

das empresas dizem ter dificuldades para encontrar profissionais

qualificados, especialmente na área de exatas, mais especificamente

em Engenharia e Tecnologia da Informação. Aí estão duas brechas,

mas continue lendo que vamos te mostrar algumas oportunidades

profissionais que vão bombar o mercado de trabalho nos próximos

anos e te inspirar a traçar um caminho profissional.

E

profissões em pauta

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Exatas

A engenharia, de acordo com Eli-

sete Ternes Pereira, Ph.D em En-

genharia Elétrica pela Universidade

de Nottingham, Reino Unido, e pro-

fessora da Universidade Regional de

Blumenau (FURB), está entre as pro-

fissões de maior empregabilidade no

Brasil hoje: “A elevada deman-

da e a falta de engenheiros

para a construção e opera-

ção das estruturas neces-

sárias para a realização da

Copa 2014, das Olimpíadas

2016 e para o início da ex-

ploração do Pré-Sal é so-

mente a ponta do iceberg”.

Elisete explica que o Brasil pre-

cisa pelo menos dobrar o número de

engenheiros para atender às deman-

das de crescimento econômico no

país: “A oferta de empregos

na área hoje é abundante

e deve se manter assim pe-

las próximas décadas”.

A professora e engenheira ressal-

ta ainda um fato importante: dentre

os países do BRIC (sigla para Brasil,

Rússia, Índia e China, países em de-

senvolvimento e promessas econô-

micas), o Brasil é o país que forma o

menor número de engenheiros ao ano

e o governo está ciente de que precisa

inverter esse índice.

O engenheiro de Controle e Auto-

mação, formado pela UFSC, Dayson

Roberto Waldschmidt, que trabalha

em automação de usinas e subes-

tações de transmissão de energia,

explica que dentro desse nicho espe-

cífico, a maior geração de empregos

está nas áreas de engenharias de

projetos (engenheiros eletricistas e de

automação) e nas áreas técnicas (ele-

trotécnicos, técnicos em eletrônica,

informática industrial e de redes), cha-

mando atenção para a formação não

apenas nas engenharias, mas também

nos cursos técnicos, onde há grandes

chances de contratação e boa remu-

neração. No mesmo tom, a professo-

ra Elisete explica: “Há demanda

por engenheiros de todas as

áreas, mas as mais tradicio-

nais, com a elétrica, química,

civil e mecânica estão entre

as mais necessárias, embora

o país também sofra com a

carência de engenheiros nas

áreas derivadas”.

Além disso, a professora dá uma

dica indispensável, explicando que é

relevante informar que além de au-

mentar o número de engenheiros, o

país hoje reconhece a necessidade

de agregar alguns componentes na

formação dos mesmos, que lhes con-

cedam uma visão sociocultural e so-

cioambiental mais abrangente e tam-

bém domínio da língua inglesa, para

garantir a inclusão do profissional no

futuro global.

Engenharias

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Des

taqu

e su

sten

táve

l: A exploração do Pré-Sal pode fa-zer crescer os olhos de alguns, mas aos olhos dos Engenheiros Ambien-tais, a exploração deve ser vista e re-alizada com a maior cautela possível. Marta Souza Hoffmann, engenheira química e coordenadora do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitá-

ria da Universidade Comunitária de Criciúma (UNESC), e a engenheira ambiental Paula Tramontim Pavei, co-ordenadora adjunta do mesmo curso, argumentam que o profissional for-mado nesta área poderá auxiliar tan-to no planejamento e gerenciamento ambiental desta atividade, bem como no desenvolvimento de tecnologias necessárias para o controle da po-luição gerada na exploração, benefi-ciamento e consumo de tal recurso, assessorando a implantar ideias e soluções para problemas ambientais que poderão surgir. Dentre esses pro-blemas, as engenheiras listam os se-guintes possíveis impactos ambien-tais, que deverão ser controlados e monitorados por estes profissionais: emissão de CO2 excessiva, possíveis vazamentos de óleo para o Oceano

Atlântico, esvaziamento das jazidas e a susceptibilidade a intensos abalos sísmicos, entre outros.

Qual é o papel da Engenharia Am-biental e Sanitária dentro das Enge-nharias? É, de acordo com as professo-ras Marta e Paula, o desenvolvimento econômico sustentável, ou seja, um desenvolvimento que respeita os limites de exploração dos recursos naturais no desenvolvimento de pro-jetos e tecnologias. A profissão, que tem papel chave em avaliar, controlar, conservar e recuperar os impactos ambientais de empreendimentos nos ecossistemas naturais, não poderia estar mais de acordo com as tendên-cias mundiais de sustentabilidade e tende a crescer muito agora e no fu-turo, representando um mercado de trabalho aquecido.

Engenharia Ambiental e Sanitária

ComputaçãoO Brasil é o 4º maior mercado de tec-

nologia do mundo, você sabia? São 84 milhões de pessoas espalhadas por terras brasucas. Não é pouca gente não. Dentre esses usuários estão empresas, negócios, trabalhadores e estudantes, acessando as tecnologias diariamente, e, para isso, são necessários profissionais competentes na área de computação, nicho de alta empre-gabilidade. Webdesigners, E-commerce professionals, Designers de Games, Pro-gramadores, Desenvolvedores para Ta-blets, entre outras inúmeras especialida-des estão em alta.

“O Brasil está passando uma nova revolução na área de informática. Muitos sistemas antigos precisam ser atualiza-dos para funcionar em ambiente Web e, principalmente para as novas tecnologias portáteis, cada vez mais acessíveis ao consumidor”, destaca a professora Claudia

Werlich, do curso técnico em Informática da Escola Técnica Tupy, Sociesc Joinville.

Segundo a professora, o curso técnico de informática proporciona a rápida capa-citação profissional, suprindo a demanda de mercado.

O professor José Carlos Bucholdz, co-ordenador de Ensino da Escola Técnica Tupy, Sociesc Joinville e Tecnólogo em Eletrônica/Automação, explica que, para o desenvolvimento de uma economia for-te e respeitada, o Brasil precisa de uma indústria mais tecnológica, que agrega mais valores aos produtos, que desen-volve mais produtos com tecnologia. Esta prática começou nos últimos anos e irá continuar e, para suprir esta necessidade de uma indústria moderna, é obrigatório o desenvolvimento dos profissionais, come-çando com um curso técnico de qualidade.

A importância do curso técnico, então,

anda lado a lado com o a importância da graduação nas exatas já que as duas op-ções, no atual cenário brasileiro, garantem altas chances de enquadramento e cresci-mento profissional. Para os interessados, José Carlos explica que um profissional com formação técnica em Informática desenvolve programas de computador, utiliza ambientes de desenvolvimento de sistemas, sistemas operacionais e banco de dados, realiza testes de pro-gramas de computador, executa manu-tenção de programas de computadores, dentre outras coisas.

Para saber mais, consulte os sites de escolas técnicas em SC:http://www.sociesc.org.br/http://www.sc.senai.br/

profissões em pauta

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Des

taqu

e em

Saú

de:

FisioterapiaUma profissão que promete bom-

bar nos próximos anos é a Fisiotera-pia, e uma das razões para isso, de acordo com a professora Vera Lígia Bento Galli, fisioterapeuta e pro-fessora do curso de Fisioterapia da Univali, relaciona-se ao aumento na expectativa de vida da população: “A Fisioterapia, com as suas diversas formas de intervenção e seus varia-dos recursos, é uma das profissões que contribuem para a melhora da qualidade de vida das pessoas, so-bretudo porque busca melhorar, incre-mentar a funcionalidade dos indivídu-os, ou seja, busca facilitar a realização das atividades cotidianas, das mais simples às mais complexas”.

Em pesquisa realizada pelo Insti-tute of Health Metrics and Evaluation, na Universidade de Washington, cons-tatou-se que a expectativa de vida no mundo para os homens aumentou em 11 anos e para as mulheres em 12, quando comparada a 40 anos atrás, e o estudo mostrou também que, apesar disso, os problemas de saúde aumen-taram, com destaques para problemas cardíacos, que têm conexão direta a inatividade física e alimentação. So-bre este cenário, a professora Vera comenta que “nas áreas de geriatria e gerontologia, o papel da Fisioterapia é fundamental e bastante vasto, sendo que a atuação ocorre em três dimen-sões de cuidado: na prevenção de pa-

tologias e disfunções, na promoção da saúde e na reabilitação”.

Além de a fisioterapia desempe-nhar importante papel na saúde da população idosa, o profissional da área pode focar em diferentes aspec-tos da saúde: estética (massagens e aplicação de aparelhos), fisioterapia esportiva, do trabalho, neurológica, pediátrica, ortopédica e traumatoló-gica. Esses são apenas alguns exem-plos de áreas de atuação, ou seja, é mais uma brecha para você que se identifica com a profissão e quer bus-car uma carreira de sucesso.

BEL PESCE MOHAWK GUY

MARISSA MAYERFoRMAção: Bacharel em Sistemas Sim-bólicos, Mestre em Ciências da Computa-ção. Toda a formação dela tem ênfase em Inteligência Artificial

No quE TRAbAlHA: Presidente e CEO da empresa Yahoo!

PoR quE é Tão lEGAl: porque ela é uma mulher na posição máxima de poder

de uma das maiores empresas de tecno-logia do mundo! Go, Marissa!

FoRMAção: Engenharia Elétrica, Ciências da Computação, Matemáti-ca, Economia e Administração.

No quE TRAbAlHA: Empreende-dora brasileira que transforma em ouro todos os projetos em que encosta a mão (saiba mais sobre ela aqui: belpes-ce.com), de engenharia a educação.

PoR quE é Tão lEGAl: Porque, além de ser super nova, é super com-petente, apaixonada pelo que faz e ainda investe o tempo dela escreven-do livros que podem ajudar os outros a empreender, como o “A Garota do Vale”, também disponível online.

Também conhecido como Bobak Ferdo-wsi (é o nome dele, poxa!), o cara que ficou famoso na missão da Nasa cha-mada Curiosity, que está no momento explorando a superfície de Marte, pelo seu penteado de moicano decorado com uma estrela descolorida no cabelo

FoRMAção: Engenharia Aeroespacial

PoR quE é Tão lEGAl? Porque ele rompe com estereótipos de que para ser engenheiro é preciso ser careta!

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said

eira

@limaigor | [email protected]

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16 its | facebook.com/itsmidia

Diretor executivo da Junior Achievement SC - www.ja-sc.org.br | [email protected]

Evandro Badin

Numa época em que o mercado está sendo disputado

por profissionais cada vez mais capacitados, o caráter

empreendedor é essencial para todos os profissionais. Seja

qual for a área de atuação, o indivíduo precisa ser ativo,

arrojado, ter ideias e propor-se a executá-las.

Empreendedorismo é uma palavra que está em alta

no vocabulário da economia global. No dicionário, o verbo

empreender está definido como: deliberar-se a praticar,

propor-se, por em execução. Além de garantir uma colocação

no mercado, estas características também vão colaborar

para o crescimento e sucesso pessoal.

Com tantas exigências, os jovens que estão ingressando

no mercado precisam se preparar ainda mais para enfrentar

as barreiras do mundo moderno. É necessário que não

apenas tomem conhecimento antecipado destes conceitos,

como também os coloquem em prática desde cedo. Quanto

mais cedo entrarem em contato com o mundo dos negócios,

mais preparados estarão. Não basta estar preparado para

ser empregado, é preciso ter uma visão empreendedora.

Preocupados com o sistema formal de educação,

nós da Junior Achievement estamos investindo na

complementação do currículo dos adolescentes e jovens,

na preparação e capacitação para o mercado de trabalho.

Através de programas específicos que estimulam o

desenvolvimento pessoal e proporcionam uma visão realista

de como funciona a economia, despertamos o espírito

empreendedor nos estudantes de escolas e entidades

públicas e privadas de todo estado.

A Junior Achievement é a maior e mais antiga organização

de educação econômica e de negócios do mundo, uma

fundação sem fins lucrativos que desde 1919 vem realizando

um trabalho de base do empreendedorismo sem igual em todo

o mundo. Em Santa Catarina, atua desde 1997.

Preparar profissionalmente os estudantes não é tarefa

somente para educadores. É necessário que os empresários

também se preocupem e valorizem investimentos em projetos

de capacitação. Graças à parceria com empresas e escolas

que acreditam e confiam no potencial do jovem, conseguimos

manter e ampliar a atuação dos projetos, com a participação

direta de muitas empresas catarinenses. Nosso maior

patrimônio é ver que nestes dezesseis anos já formamos cerca

de 280 mil jovens em todo o estado e saber que temos potencial

para multiplicar este benefício num período ainda menor. Nossa

meta é poder agregar à educação formal um conteúdo prático,

interessante e desafiador. Mais do que recursos financeiros

precisamos ter ao nosso lado empreendedores conscientes da

responsabilidade social e comprometidos com a formação para

o trabalho das futuras gerações.

EMPREENDER, a alma do negócio.

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A hora da mudança

por Carolina Coral especial

final, sair do colégio e partir pra universidade representa uma grande

transformação: mudança do lugar onde se estuda, novos colegas, mais autonomia

para se vestir e agir. Mas junto a toda esta liberdade também vêm as responsabilidades.

Será que todos estão preparados?

Além das mudanças visíveis, existem aquelas que ficam rondando os pensamentos...

Qual a carreira seguir? Será que a profissão escolhida será bem remunerada e aceita no

mercado de trabalho? Tem como unir o estilo de vida e a vida na universidade?

São tantos questionamentos que é praticamente impossível não ficar suando, roendo

unhas, noites de insônias e desejando devorar um bolo de chocolate inteiro por dia!

Oito estudantes do Terceirão nos contaram como é estar vivendo este momento de

grandes transformações. Os principais medos, como lidam com este turbilhão de emoções

e dúvidas. Se você está se preparando para o vestibular, certamente vai se identificar com

uma destas histórias.

Passados onze anos curtindo e aprendendo em cada série do colégio, chega a hora de encarar o vestibular. Mas mais do que os desafios da prova em si existem sonhos, expectativas e ansiedades.

Aa hora da

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Amigos desde infância agora no Terceirão do Colégio Cruz e Sousa, Fernanda dos Santos, Luiza Menegon, Carolina Pires e Guilherme Lemos.

ViradaCarolina Pires, 16, aluna do Terceirão do Colégio Cruz e Sousa, é apaixonada por dança. A

mãe é bailarina e seu pai trabalhou em diversas áreas da Comunicação. Fascinada pelo universo de

ambos, Carol está em dúvida entre Jornalismo, Relações Internacionais e Psiquiatria.

- Quero conciliar a dança com a universidade que escolher – conta.

Isto porque ela e os pais não consideram a carreira de bailarina promissora. Mesmo assim, a

jovem não deixa de sonhar:

- Dançar não é um momento de descontração, mais sim de esforço e dedicação e nunca irei parar.

Idealista, Carolina enfatiza:

- A universidade não é um fim, mas sim o início de um processo.

a dÚVida ENTRE A CARREIRA DoS PAIS

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A hora da mudança

Os amigos Luiza Menegon, 16 anos, e Guilherme lemos, 17, vizinhos no

bairro Santo Antônio e também alunos do Cruz e Sousa, dançam no mesmo grupo

da Carol. Luiza, porém, deixou de dançar para dedicar-se aos estudos. Depois de

pesquisar com alguns profissionais, a estudante

descobriu que seus talentos seriam melhores

aproveitados na Engenharia de Alimentos. Está

entusiasmada para começar a universidade, pois

deixará de estudar matérias que não curte - como

as da área de humanas - para se dedicar a outras,

como Química e Matemática. Apesar disso, Luiza

revela ter medo, principalmente pela perda de todo

auxilio e amparo prestado pelos seus professores

no colégio. A jovem sabe que na universidade não

haverá mais este porto seguro, e que terá que

batalhar mais por si mesma.

O MEdO DE PERDER o PoRTo SEGuRo

Já Guilherme lemos quer seguir se dedicando ao mundo das

artes. Ainda tem dúvidas se irá se especializar em dança, teatro

ou cinema, áreas difíceis no mercado de trabalho. Mas declara-se

fascinado pelo universo eclético de conhecimentos. “Existe uma idealização do universo acadêmico, pensamos que os jovens são livres para irem às aulas ou não e estudam somente o que querem”. - diz.

No fundo, porém, Guiga sabe que não terá apenas a parte boa da

história, que muitas das aulas se manterão no mesmo formato do

colégio e talvez alguns professores universitários mantenham as

mesmas exigências. Mas está animado em poder começar a circular

pela universidade, um espaço de diversidade de informação. Apesar

de sua dúvida em decidir por um curso universitário, a família não

coloca pressão. Ele mesmo, porém, coloca: “A exigência maior não é a de não corresponder expectativas, ou de fracassar, mas sim a de não conseguir descobrir exatamente qual curso quero seguir”.

A LIBERDADE E AS IDEALIZAÇÕES

DECISÃO

Ao contrário de Guilher-

me, a amiga Fernanda San-

tos, 17, está completamente

decidida em cursar Direito.

O interesse pela área surgiu

depois que a mãe, há alguns

anos, foi parar na justiça em

função de uma causa traba-

lhista. Diferentemente de mui-

tas colegas suas que

“querem fazer di-reito para poder se vestir diariamente de modo chique,

fazer cabelo e unha toda a semana”.

“porque socialmen-te é uma profissão

que dá status e dinheiro”

Fernanda se diz apaixona-

da pelo Direito e pela possibi-

lidade de se realizar profissio-

nalmente. Para complementar

o colégio, Fernanda começou

a assistir a diferentes vídeos-

aulas na internet para ir além

do que os professores ensi-

nam em sala de aula.

POR CONVICÇÃO E NÃO POR STATUS

Luiza Menegon, 16, Colégio Cruz e Sousa , já pesquisou sobre áreas do seu interesse e decidiu por Engenharia de Alimentos.

20 its | facebook.com/itsmidia

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DESAFIO EA CORAgEm

Apaixonada por futebol, Na-

tanny Moreira, 17, concorda com

os amigos esportistas com relação

à dificuldade de se tornar atleta no

Brasil. A jovem não só compete como

adora “jogar uma pelada entre amigos e familia-res”. A estudante está em dúvida

entre duas carreiras: a de juíza Fede-

ral ou veterinária de cães e gatos, ou-

tra paixão sua. Segundo Natanny, es-

tas duas profissões trazem desafios

bem distintos. Sendo juíza Federal ela

teria que repensar seus desejos de

se tatuar, e caso ela decida por Ve-

terinária, Natanny teria que se mudar

para Lages, onde fica a universidade.

Aflita, a estudante se diz receosa em

ir morar longe dos pais e amigos, e ter

que lidar com tudo sozinha, mas esta

disposta a tentar a encarar este de-

safio com calma e coragem.

dE mORAR Em OUTRA CIdAdE

Aluno do Tendência, André Martins, 16, irmão gêmeo do Rafael, ambos competidores de natação. Diferente do ir-mão, André ainda está em dúvida com relação que curso deseja seguir, mas não se sente pressionado.

Rafael Martins, 16, do Colégio Ten-dência, saindo de uma competição de natação; Ele está decidido a prestar vestibular para Física na UFSC.

Os gêmeos de 16 anos André e Rafael Saraiva Martins, ambos do Colégio

Tendência, são competidores de natação no Clube Lira Tênis. Mas apesar do amor

pelo esporte, incentivado pela mãe desde a infância, eles confessam que nunca

pensaram em ter o hobbie como profissão. André ainda não se decidiu para qual

curso irá prestar o vestibular, mas tem certeza de que não irá para área de exatas.

Já seu irmão Rafael está decidido em cursar Física na UFSC, e atuar na área de

pesquisa. A grande ironia é que a mãe deles está mais preocupada com a escolha

de Rafael do que com a indecisão de André. Segundo eles, ela tem receio se a

carreira na área de Física trará um futuro promissor ao filho.

victor Feijó, 17, do Colégio Tendência, também é esportista:

desde os oito anos participa de competições de skate. Mas optará

por uma carreira “mais estável e rentável”, já que no Brasil é difícil

viver bem de algumas modalidades. Por isso, Victor vai fazer

vestibular para Ciência da Computação, área que curte e tem

mercado receptivo. Além disso, outros fatores também contribuem

para essa decisão: o skatista não se vê batendo ponto na empresa

e usando terno e gravata para trabalhar, mas prestando serviços em

casa para grandes empresas internacionais.

dOis irMÃOs,

EstiLO dE traBaLHO

DuAS PRoFISSÕES

ADEquADo A SuA REAlIDADE

Alunos do Terceirão do Colégio Tendência Natanny Moreira, Victor Feijó (de gorro) e os irmãos gêmeos Rafael e André Saraiva Martins.

21its | facebook.com/itsmidia

Page 22: its #102 Edição Especial Educação

Os vestibulandos sofrem o impacto de várias fontes de

stress durante o período que antecede a tão esperada pro-

va! O corpo pode sentir com tensões musculares, dores de

cabeça e de estômago, alergias, e insônia. Já o emocional

pode sofrer com momentos de certa tristeza e outros de

euforia (característica normal da adolescência), irritação,

insegurança, medo. Atitudes ambivalentes, como certa

agressividade, impulsividade e cansaço, MUITO cansaço.

Se liga nas dicas da psicóloga Maria Olívia Swalb Seleme.

PsiCÓLOGa

O criador da psicanálise mo-derna

Sigmund Freud (1856 — 1939) foi um neurologista austríaco e fundador da Psicanálise. In-teressou-se inicialmente pela histeria e, tendo como método a hipnose, estudou pessoas que apresentavam esse qua-dro. Mais tarde, com interesses pelo inconsciente e pulsões, entre outros, foi influenciado por Charcot e Leibniz, aban-donando a hipnose em favor da associação livre. Estes ele-mentos se tornaram bases da Psicanálise. Freud, além de ter sido um grande cientista e es-critor, realizou uma revolução no âmbito humano: a ideia de que somos movidos pelo in-consciente.

Freud, suas teorias e seu tra-tamento com seus pacientes foram controversos na sua época e continuam a ser muito debatidos hoje. Suas ideias são freqüentemente discutidas e analisadas como obras de lite-ratura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.

A hora da mudança

Maria Olívia Swalb Seleme

22 its | facebook.com/itsmidia

Page 23: its #102 Edição Especial Educação

COMO OS PAIS PODEM AJUDAR OS VESTIBULANDOS

RECONHECIMENTO DE SUAS POTENCIALIDADES E LIMITES

TODA EXPERIÊNCIA VALE A PENA

A tarefa dos pais de vestibulandos é estar presentes e disponíveis para ouvir as angústias do(a) filho(a) e colaborar

com uma rotina saudável. Incentivar, elogiar o esforço, cobrar quando necessário, dar muito carinho e proporcionar

programas agradáveis em família. Sentir-se querido e acompanhado aumenta a autoestima do adolescente.

É fundamental buscar o

máximo de informações sobre

as áreas de interesse e praticar

o autoconhecimento, refletindo

sobre as matérias que têm

mais afinidade. Levar em conta

suas principais características

de personalidade (introversão/

extroversão), conversar com

familiares e amigos para

confirmar sua autopercepção.

Quando a dúvida persiste, é

indicado realizar orientação

profissional.

A prática diária de exercícios

aeróbicos (natação, corrida, fute-

bol, vôlei), de relaxamento e de

respiração ajuda a controlar a an-

siedade. No entanto, os exercícios

físicos ou caminhadas devem ser

realizados ao ar livre - não vale no

shopping! Ter uma alimentação

saudável e equilibrada, com a in-

gestão de muitas frutas, verduras,

fibras e cereais auxilia na memória

e no raciocínio. Além disso, é indis-

pensável ter oito horas de sono di-

ários para repor as energias.

O segredo é viver este período com a certeza, seriedade e

determinação de vencedor, buscando exercitar o seu melhor.

Aprendendo a se valorizar, reconhecendo o seu potencial e os

seus limites. E também aceitando ajuda e orientação para me-

lhor lidar com as frustrações.

Segundo pesquisas, o índice de evasão dos es-

tudantes nas universidades brasileiras é alarmante

– está em torno de 40%. Independente das causas,

pode gerar sofrimento e insatisfação. Se acontecer

a reprovação no vestibular, uma boa saída é criar

outras alternativas. O escritor britânico Aldous Hu-

xley (1894-1965) ensina que: “Experiência não é o

que acontece com um homem, é o que um homem

faz com o que lhe acontece.”

COMO DECIDIR CORRETAMENTE ENTRE TANTAS PROFISSÕES

CUIDADO COM A SAÚDE E A ALIMENTAÇÃO2 4

1

35

23its | facebook.com/itsmidia

Page 24: its #102 Edição Especial Educação

Eduardo Andrade Tuyama Olha o naipe da

minha mesa de estudos kkkkkk

3mEduardo Andrade Tuyama

Sala de Estudos

De mudançaConfira

por Carolina Coral especial

que será mais difícil: estudar para o vestibular ou cuidar da casa e administrar as

contas? E se fosse preciso fazer os dois?

Pois esta galera não pediu pra sair e encara uma rotina na frenética longe da

família, com um único objetivo: ver o nome no listão.

Eduardo Andrade Tuyama, 16, é da cidade de Rolim de Moura, em Rondônia, e partiu

do extremo norte do país para o sul, em Florianópolis, para ingressar no curso de Engenharia

de Produção na Universidade Federal de Santa Catarina.

O estudante do COC quer “uma boa qualidade de vida, aprender a criar responsabilidade e independência, além de aproveitar as oportuni-dades que a capital catarinense oferece”.

Apesar das dificuldades para se adaptar à nova rotina e lidar com a saudade dos pais e

amigos, Eduardo destaca que está ciente de que irá crescer com as novas experiências. Para

ele “o sonho fala mais alto do que a saudade”.

Eduardo mora com sua irmã e, rindo, faz uma ressalva com relação ao cotidiano: “Com certeza, o mais difícil é limpar a cozinha, ainda mais lavar as pa-nelas”. Esta nova experiência dos irmãos estarem morando sozinhos é única. Para o futuro

engenheiro “uma ótima oportunidade para amadurecer”.

O estudante do Terceirão do Energia, Leonel Sandrini Proner, 18, de Joaçaba, irá pres-

tar vestibular para Medicina na UFSC, e também mora com a irmã. Leonel descreve esta situ-

ação como algo muito positivo, já que sua roommate é “compreensiva e amiga”. Os

irmãos de Joaçaba, além de se apoiarem mutuamente, também dividem as responsabilidades

como o pagamento das contas da casa e a limpeza. Para Leonel, esta disciplina é fruto de uma

educação exemplar que receberam desde cedo.

Porém, dentro do universo dos jovens estudantes que moram longe dos pais, para estu-

dar e prestar vestibular, pode-se dizer que o caso de Eduardo e Leonel são exceções. Afinal,

o mais comum, é bagunça generalizada por todos os cantos da casa: começa na porta de

entrada, chega à sala, invade a cozinha, o banheiro e o quarto. É o retrato da passagem de

um furacão!

Exemplo máximo do caos instaurado é a casa dos estudantes Júnior da Silva, 18, de

Joaçaba e de Ronan Dutra Bauermann, 17, do interior do Paraná. Enquanto o catarinense

quer ingressar no curso de Medicina, o paranaense sonha com a Engenharia Mecânica. Mas

as diferenças encerram por aí.... Só para vocês terem uma ideia, Júnior confessa: “a pia da cozinha já despencou em função do excesso de louça suja que deixamos acumular!” Mas fora isso, eles são superestudiosos e dedicados à causa.

O

24 its | facebook.com/itsmidia

júniordasilva Olha o naipe da minha mesa de estudos kkkkkk

3m

júniordasilvaSala de Estudos

Page 25: its #102 Edição Especial Educação

Mas se engana quem pensa que só meninos fazem bagunça. As amigas de infância, be-

atriz Linheira do Carmo, 18, e Gabriela Duarte, 18, ambas de Tubarão, revelam que as

apostilas do Terceirão do Energia ficam dias por todo o chão da casa. Elas, praticamente, preci-

sam caminhar na ponta dos pés para não pisarem em cima do material de estudo. Unidas desde

pequenas, Beatriz pensa prestar para Direito e a amiga para Administração.

No entanto, se no quesito arrumação a nota delas não é boa, não se pode dizer o mesmo

com relação à organização das despesas. Ambas recebem uma mesada dos pais para alimenta-

ção e outras necessidades. Já outras, as contas vão direto para Tubarão, na casa dos pais das

meninas. Beatriz explica que lidar com o dinheiro está sendo um aprendizado muito válido. Se

em uma semana irão receber amigos de Tubarão, sabem que no fim de semana os gastos serão

maiores, portanto, para terem mais recursos para aproveitar a vinda dos amigos, elas almoçam

em casa durante a semana para economizar para o fim de semana de festas.

O laço de amizade delas além de antigo é enorme, pois além de dividir o apartamento, elas

também cuidam uma da outra, dão palpites nas paqueras. Dividem até mesmo uma cama de

casal para se sentirem mais protegidas longe de casa.

Proteção e cuidado também são as vantagens de quem mora com o irmão e o primo, explica a es-

tudante de Catanduva, Stefani Bucco, de 17 anos. A jovem, que veio morar em Floripa para prestar

para Medicina, revela que é difícil lidar com a bagunça dos meninos. Ela até tenta administrar, colocar

a ordem, mas é praticamente impossível, desabafa. Stefani confessa: “Quando os meninos deixam a bagunça se estender por muito tempo, eu acabo arrumando”.

Mas, em compensação, ela se diz muito feliz na companhia deles já que, quando precisa, eles

a acompanham a determinados lugares e, inclusive, em uma situação de emergência a levaram

para o hospital.

Bem, apesar de todas as dificuldades, medos e inseguranças, todos os jovens que decidem

encarar uma outra cidade, uma nova rotina e responsabilidades são, acima de tudo, muito co-

rajosos. Eduardo, de Rondônia, é a prova real desse empenho, e dá um toque para quem tá na

dúvida se o desafio vale a pena ou não: “A minha dica é sempre correr atrás dos sonhos, passando pelas dificuldades ou não, prosseguir os objetivo. Digo a vocês, não é fácil a vida de estudante, mas com o tempo aca-bamos aprendendo a se virar, tudo vai dar certo, acredite!”

Beatriz Linheira do Carmo Olha o naipe

da minha mesa de estudos kkkkkk

3mBeatriz Linheira do Carmo

Sala de Estudos

*Carolina Coral é jornalista, editora da Revista Contemporânea, produtora de documentários, mestre em Estudos Culturais Latino Americanos pela Universidade do Chile e atualmente repórter da Revista It´s. Saiba mais: www.carolinacoral.com.br

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Stefani Bucco Olha o naipe da minha mesa de estudos kkkkkk

Stefani BuccoSala de Estudos

Page 26: its #102 Edição Especial Educação

elcio Castagnaro Filho, 19, foi o primeiro co-

locado geral no último vestibular da UFSC. Adil-

to Mezzari Junior, 19, o primeiro lugar da UDESC. Mas o

sucesso nos concursos é apenas uma das semelhanças

entre os dois. Acreditem, a dupla divide o mesmo aparta-

mento em Florianópolis, pertinho da UFSC, onde cursam a

primeira fase de Medicina.

Nascido em Ponte Serrada (SC), Delcio veio primeiro

para Florianópolis, no começo de 2011, para fazer cur-

sinho depois de se formar no terceirão e não passar no

vestibular. “Eu já tinha decidido que queria fazer me-

dicina. minha irmä, quando se formou no ensino mé-

dio, foi pra capital, fez cursinho e passou na UFSC,

também em medicina. Então sabíamos que era um

sonho acessível, era preciso apenas se dedicar para

alcança-lo” conta. Por dois anos, Delcio fez extensivo e,

no início de 2013, a surpresa: não somente aprovado,

mas com a melhor nota de todo o vestibular UFSC.

Na metade de 2012, após um semestre de Medi-

cina em uma faculdade particular, foi a vez de Adilto

deixar Criciúma e vir para Floripa se preparar. “O perí-

odo que cursei na instituição privada me deu cer-

teza que eu adorava medicina e era aquilo mesmo

que eu queria. Por isso, saí do curso e me dediquei

totalmente a minha sonhada vaga em uma federal.

Tentei UFSC e UFRGS” lembra.

Adilto fez o semi-extensivo e também cursos

específicos das matérias que tinha mais dificuldade,

redação e matemática.

por Marina Empinotti

Page 27: its #102 Edição Especial Educação

A aprovação em primeiro lugar da

UDESC serviu como um inventivo. “Eu não tinha intenção de cursar a UDESC, já que não tem Medi-cina lá, então escolhi um curso bem concorrido, Engenharia de Petróleo, e fiz como um teste”.

Ele brinca: “Na verdade, quem fi-cou mais feliz com esse primeiro lugar foi o cursinho, que pode fazer a propaganda!”.

Hoje, cursando a mesma turma

da Medicina da UFSC, Delcio e Adilto

estão gostando do curso e tirando

boas notas. Cada um estuda no seu

canto, conferindo com o outro quan-

do surge alguma dúvida. Contam

que é ótimo estudar sem a pressão

do vestibular e da concorrência; tem

espaço pra turma toda passar, só de-

pende de cada um.

rOtiNaAdilto: É a chave para o sucesso.

Eu tinha tudo muito bem estabeleci-

do: se quinta-feira à tarde era dia de

leitura, era dia de leitura. Dava uma

pausa no que estava estudando e lia.

Delcio: Eu não tinha um crono-

grama tão rígido, mas seguia sempre

a mesma fórmula: de manhã, aula; de

tarde, revisava tudo o que tinha visto

na aula, só considerava estudado se

eu realmente tinha entendido 100%.

À noite era descansar um pouco len-

do os livros ou os resumos feitos.

vestibular

Delcio Castagnaro Filho e Adilto Mezzari Junior

rEdaÇÃO(O PONTO FRACO DELES)

Adilto: Na primeira vez que

prestei o vestibular UFSC, tirei 6,2

na redação, que vale 15. Quando

vim pra Florianópolis, fiz um cursinho

somente de redação, na quarta-feira.

Então este dia era dedicado somen-

te à redação: escrevia várias e antes

de começar, conversava muito com

o professor sobre o tema pedido e

o que deveria ser abordado. Minha

nota dobrou, foi pra 12,75.

Delcio: Tinha um professor que

me dizia que tirar 10 na redação da

UFSC era pouco pra quem prestava

cursos concorridos. Então me dedi-

quei bastante, porque nunca ia muito

bem. O segredo é repetição: você vai

escrevendo e, por mais que os temas

variem, a fórmula é parecida, você

pega o jeito de passar de um pará-

grafo pra o outro e manter o texto

coeso e conciso, que contam muito

na pontuação.

ENEMAdilto: Vale a pena. É uma prova

que você vai fazer relaxado, porque

não tem aquele negócio de ser apro-

vado. Então dá pra fazer tranquilo e

ter uma boa nota. Eu usei o meu Enem

para complementar o resultado na

UFSC e subi 3

Delcio: Também usei e ganhei

5 pontos na nota da UFSC. O bom é

que você pode fazer várias vezes e a

universidade considera a sua melhor

nota. No meu caso, foi a do primeiro

ano de cursinho.

27its | facebook.com/itsmidia

Page 28: its #102 Edição Especial Educação

28 its | facebook.com/itsmidia

A Copa do Mundo é o segundo evento espor-

tivo mais assistido no mundo. Com 32 países di-

retamente envolvidos, o campeonato é um evento

internacional de grande repercussão, sobretudo

no país-sede, o Brasil está em processo de pre-

paração de estádios, estradas, hotéis e aeroportos

para receber a Copa de 2014. A Copa do Mundo

irá interferir em diversas áreas da vida dos brasi-

leiros, inclusive na área do conhecimento. Além

de debatido no cotidiano e estudado nas salas de

aula, o tema da Copa será abordado em diversos

processos seletivos, como vestibulares e até o

Enem. Temas como a História das Copas passa-

das e do futebol, os aspectos geográficos, polí-

ticos, econômicos, históricos, sociais, culturais,

etc. dos países competidores serão abordados nos

processos seletivos de 2013/14, a partir de ques-

tões interpretativas e até como possíveis temas

das redações nos vestibulares e no Enem, mas a

discussão do assunto não para por aí: a Copa do

Mundo no Brasil em 2014 será assunto recorrente

na vida e na mente dos estudantes de todo o país.

Por André Lorenzoni, Mestrando em História e Professor de História, Filosofia e Sociologia, Colégio Exponencial Chapecó

A Copa de 2014 no Vestibular

Page 29: its #102 Edição Especial Educação

29its | facebook.com/itsmidia

Margareth Thatcher foi a primeira mulher a

ocupar o cargo de Primeiro-Ministro britânico

e também a primeira grande líder feminina no

mundo moderno. No início de seu mandato, pra-

ticou uma série mudanças amargas para a popu-

lação: privatizou a previdência e o sistema de ha-

bitação inglês, anunciou um plano para a redução

dos impostos e passou a controlar e a realizar re-

formas institucionais nos sindicatos trabalhistas.

Essas reformas lhe valeram o apelido de “Dama

de Ferro”. Adorada por alguns e odiada por ou-

tros, Thatcher permaneceu no cargo por 11 anos

(1979 – 1990). Nesse período passou por altos e

baixos, como a intervenção na Guerra das Mal-

vinas (Falkland Islands), greves e manifestações

sindicais e até um ataque cometido pelo grupo

terrorista IRA.

Certa vez disse que “A ganância é um bem”,

deixando claro sua forma de pensar. Apesar de

polêmica, Margareth Thatcher foi uma grande

líder, visto que sua vida até se tornou filme. Mes-

mo não tendo obtido unanimidade na forma de

pensar e governar, a Dama de Ferro marcou, pelo

bem ou pelo mau, uma geração.

Por MsC Dionicio Kunze, Professor e Geógrafo, Colégio Elias Moreira de Joinville

Foto

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Pes

soalA Dama de Ferro se Foi

Page 30: its #102 Edição Especial Educação

30 its | facebook.com/itsmidia

Eles ainda não entraram na universidade

e tampouco são jornalistas, mas já carregam

uma experiência riquíssima como comunica-

dores. Produção textual, fotografias, entre-

vistas e diagramação já fazem parte do dia

a dia dos alunos da EEB Domingos Barbosa

Cabral, de Pescaria Brava. Os estudantes

colocam as suas vivências em um jornal

mensal, o “Pescando ideias”, que une toda a

comunidade escolar.

A proposta de construir um jornal partiu

da professora de Língua Portuguesa, Laís

Vitorino Bonomi Oliveira que ao convidar os

alunos a participarem, ficou surpresa com a

animação e o entusiasmado dos estudantes.

“A princípio seria apenas mais um trabalho,

mas com a total dedicação e interesse dos

alunos, me senti motivada a dar continuida-

de ao projeto, que já está na sexta edição”,

destaca Laís.

Os assuntos do jornal são os mais diver-

sificados, desde música, esporte, entrevis-

tas, calendário comemorativo, espaço para

fotos, dicas dos professores e tudo o mais

que despertar o interesse dos estudantes,

que divididos em grupos, elaboram o jornal.

O artigo de opinião e a dica do livro são

responsabilidades da professora Laís, que es-

colhe um aluno por mês e o orienta para edi-

ção do texto. As professoras Jucélia Amaral e

Susane Saviatto também orientam os alunos

e recolhem as reportagens. Os demais profes-

sores colaboram com patrocínios, depoimen-

tos e divulgação de seus trabalhos.

A aluna Ewellin Aguiar Soares diz que é

uma grande responsabilidade participar

do jornal. “Por meio dele, estreitamos

o contato com os professores e co-

legas, além de conhecermos me-

lhor as pessoas da comunidade

e aprendermos a redigir as matérias”, explica.

Segundo Laís, o Jornal, além de ser um

espaço de socialização de notícias, traba-

lhos, experiências e ideias, também é uma

ferramenta que desperta o interesse dos

alunos pela produção textual. “O prazer que

os estudantes têm em escrever matérias é

maior do que realizar qualquer outra ativida-

de em sala de aula, pois eles sabem que to-

dos irão ler o que eles escreveram”, destaca.

Jornal elaborado pelos alunos melhorou a comunicação na Domingos Barbosa Cabral

escola aberta

As alunas Ewellin e Letícia Neves entrevistando um pescador na comunidade.

Alunas acompan-hando experiência para descrevê-las na coluna Aula show do jornal.

Pescando ideias

Page 31: its #102 Edição Especial Educação

UAKAKA É CURIOSIDADE,

IMAGINAÇÃO, CRIATIVIDADE.

DESCUBRA TUDO O

QUE ELA PODE SER

NA INVASÃO ITS.

ACESSE O

PORTALITS.COM.BR

E CURTA AS FOTOS DA

INVASÃO À SUA ESCOLA.

A Invasão It,s vai começar.

E a sua escola pode ser a próxima. Prepare-se para muita diversão, prêmios e UAKAKA,

o jogo que vai agitar seu intervalo.

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Page 32: its #102 Edição Especial Educação

32 its | facebook.com/itsmidia

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a iNdÚstria BrasiLEira PrECisa dE PrOfissiONais quaLifiCadOs

Investir no ensino técnico pode ser uma boa oportunidade para os jovens e, ainda, ajuda o setor industrial a melhorar sua competitividade

Com uma economia em crescimento, optar pelo ensino técnico

pode facilitar a entrada no mercado de trabalho, pois há grande

demanda por profissionais da área técnica, principalmente, no se-

tor industrial. Para entender essa realidade, a Revista Its foi conversar

com quem entende bem do assunto: o presidente do Sistema Federação

das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte.

Ele afirmou que a indústria brasileira precisa investir em educação para

melhorar sua competitividade frente a um mercado globalizado, e que,

de acordo com uma pesquisa do SENAI Nacional, o setor industrial vai

necessitar de 5,5 milhões de trabalhadores em nível técnico e em áreas

de média qualificação até 2015. Mas a entrevista com o presidente da

FIESC não foi só de boas notícias. Ele também criticou o modelo de ensi-

no médio no país. Disse que não é atrativo para os jovens e não atende

as expectativas da indústria. Em contrapartida, elogiou o trabalho de-

senvolvido pela Revista Its e sugeriu que a ela continue mostrando as

inúmeras alternativas que existem para quem pretende seguir uma boa

carreira nos setores produtivos da economia.

Em Santa Catarina, fazer um curso técnico

profissionalizante na área industrial

praticamente garante aos jovens o ingresso no

mercado de trabalho.

entrevista

Page 33: its #102 Edição Especial Educação

33its | facebook.com/itsmidia

Revista Its: embora exista grande demanda

por profissionais de nível técnico, o estigma de

que quem possui ensino superior é mais valo-

rizado no mercado de trabalho ainda persiste.

Esta realidade está mudando? Por quê?

Presidente Glauco José Côrte: Pesquisa

do SENAI Nacional mostra que a indústria

brasileira vai necessitar de 5,5 milhões de

trabalhadores em nível técnico e em áreas

de média qualificação até 2015. Mais de um

milhão destas vagas estão na região Sul do

País. Em Santa Catarina, fazer um curso téc-

nico profissionalizante na área industrial pra-

ticamente garante aos jovens o ingresso no

mercado de trabalho. O SENAI/SC, por exem-

plo, formou mais de 1,6 milhão de alunos,

sendo que nove em cada dez conseguiram

emprego em sua área de qualificação.

Revista Its: Com o crescimento da indústria

brasileira em alguns setores, aumentou-

-se a necessidade por profissionais de nível

técnico. Essa realidade possibilitará que

esses profissionais ganhem bons salários

e tenham carreiras promissoras, da mesma

forma do que aqueles que se dedicaram ao

ensino superior?

Presidente Glauco José Côrte: Os salários

médios de admissão de técnicos variam de

R$1,5 mil a R$ 2,5 mil, segundo pesquisa da

Confederação Nacional da Indústria (CNI). Após

dez anos de experiência, variam de R$ 3,6 mil a

R$ 7 mil, dependendo da área. Exercendo fun-

ções de gestão, o rendimento pode ultrapassar

R$ 11 mil por mês. São salários próximos ou

até mesmo maiores do que algumas carreiras

que exigem nível superior.

Revista Its: O Consed, Conselho Nacional de

Secretários de Educação, estuda um projeto

de reforma do ensino médio para que ele não

seja focado exclusivamente no ensino uni-

versitário. Isso seja reflexo da nova realidade

da indústria brasileira?

Presidente Glauco José Côrte: Como têm

concorrentes no mundo todo, as indústrias

precisam ganhar competitividade. Para isso,

investem na atualização dos processos, em

equipamentos complexos e em sistemas

operacionais de ponta. O atual modelo do

ensino médio, além de apresentar pouca

atratividade para os jovens, não atende às

expectativas da indústria. O que se propõe

é uma revisão do modelo, vinculando-o ao

mundo do trabalho, possibilitando que os

jovens sejam capacitados para atuar nesta

indústria competitiva e globalizada.

Revista Its: o “Movimento A Indústria pela

Educação”, desenvolvido pela FIESC, busca

superar a fragilidade da educação nos aspec-

tos relacionados à escolaridade, à qualificação

profissional e à qualidade do ensino. Como o

movimento pretende alcançar esse objetivo?

Presidente Glauco José Côrte: Estamos in-

centivando as indústrias a aderirem à causa

da educação como estratégia competitiva,

investindo na ampliação de matrículas nos

serviços de educação ofertados pela FIESC,

através do SENAI/SESI/IEL. Segundo pesqui-

sa da Confederação Nacional da Indústria

(CNI), o problema da falta de trabalhadores

qualificados – seja por educação básica ou

por formação profissional – afeta 69% das

empresas do País. Além de gerar dificulda-

des de contratação, essa questão também

afeta a capacidade das empresas brasileiras

de enfrentar seus concorrentes internacio-

nais. Entre 2012 e 2014, a previsão é de

registrar 823,5 mil matrículas, relacionadas

principalmente à formação básica, continu-

ada e técnica dos trabalhadores da indústria.

Revista Its: São distribuídos 60 mil exem-

plares gratuitos da Revista Its por mês nas

escolas catarinenses. A revista tem a pre-

ocupação em abordar assuntos relevantes

em uma linguagem que seja adequada aos

nossos leitores, jovens de 14 aos 21 anos.

Como o Senhor vê esse trabalho?

Presidente Glauco José Côrte: A revista

cumpre um importante papel ao levar infor-

mação selecionada aos jovens que estão se

preparando para iniciar a vida profissional e

que tem a desafiadora tarefa de escolher

qual carreira seguir, através de

uma linguagem própria com a

qual o jovem se identifica.

Revista Its: Em relação ao

conteúdo, o que acha inte-

ressante abordarmos na revista em relação

à educação?

Presidente Glauco José Côrte: Por ser um

canal de comunicação com os jovens, a revista

deve continuar apresentando as expectativas

e as oportunidades que o mercado ofere-

ce. E acentuar as inúmeras alternativas que

existem para quem pretende seguir uma boa

carreira nos setores produtivos da economia,

como trabalhador ou como empreendedor,

despertando-os para as possibilidades exis-

tentes em termos de educação profissional.

Quer saber mais? Dá uma olhadaem alguns trechos da entrevista:

“A revista cumpre um importante papel ao levar informação selecionada aos

jovens que estão se preparando para a vida profissional e que tem a desafiadora

tarefa de escolher qual carreira seguir

Page 34: its #102 Edição Especial Educação
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Page 36: its #102 Edição Especial Educação

Será que ele vale a pena?

Estas e outras frases fazem parte das dúvidas de adolescentes que escuto

diariamente no consultório e estão também nos fóruns, chats e redes sociais pra

todo mundo ver e dar opinião. Hoje é muito fácil obter informações, mas ao mesmo

tempo ainda é difícil para quem está no “meio do furacão” de entender todos os sentimentos

que envolvem a sexualidade na adolescência. O importante é saber que todo mundo tem dúvidas

e fica confuso no início da sua vida sexual, mas isso é normal e muito bom, porque faz pensar e

agir com mais segurança. Uma das grandes questões de meninos e meninas é “já está na hora?”

Saber se você já está pronto para começar sua vida sexual é um grande momento e ninguém

acorda pronto de uma hora para outra. Comece por pensar: Já estou preparado(a) para encarar as

responsabilidades de transar? Isso significa que você vai cuidar do seu corpo prevenindo doenças

ao usar camisinha sempre em todas as relações desde o comecinho, que você vai escolher com

seu médico um método anticoncepcional adequado, que você está emocionalmente preparado(a)

para assumir para você mesmo e seus responsáveis que quer começar a sua vida sexual e que

você confia no seu parceiro(a) para dividir este momento íntimo tão importante. Tem que ter

carinho, calma e consciência de que nem sempre a primeira vez dá tudo certo e que o importante

é sentir prazer em cada passo, cada etapa das novas descobertas desta fase da vida.

pegação

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por Juliana Schweidzon Machado

Juliana Schweidzon Machado

*Juliana Schweidzon Machado é Psicóloga, 31 anos, mente aberta, hoje reside no Rio de Janeiro e trabalha com psicologia e desenvolvimento de habilidades para crianças e adolescentes. Terapeuta familiar sistêmica breve, apaixonada por viagens, artes e comportamento.

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Page 38: its #102 Edição Especial Educação

[email protected] você? Fez alguma viagem legal? Conte pra gente

Luiz Felipe Fuck de Mira, 17 anos,

Colégio: Santos Anjos Joinville

Destino: Dinamarca, Vedbaek

Tempo de permanência: 11 meses

Lá fiquei na casa de 3 famílias

diferentes.

Acho legal a liberdade lá, os pais

tem bastante confiança e dão bas-

tante liberdade aos filhos. Confian-

ça é um grande valor lá.

Minha dica é nao quebrar pro-

messas. Se você combinou algo

faça, justamente para não quebrar

esta confiança. E seja muito pontu-

al, pois lá eles são assim.

Foram 3 famílias bem dife-rentes, um relacionamento aber-to, se conversava sobre tudo. Foi praticamente 3 meses com cada família.Fiz um melhor amigo na mi-nha escola e mantenho contato com ele, o nome dele é Ulrik. Ele me levava principalmente pra ver pontos turísticos, musicas, filmes, a cultura. Íamos muito para a ca-pital Copenhague.

Apresenta:

DinamarcaEu fui...

Virou uma segunda família pra mim. Na foto meus pais do Brasil e da Alemanha

Esquiando com a família

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Na escola pode levar

computador pra sala, é pra-

ticamente tudo digital. Você

digita o trabalho e lança no

próprio site do colégio.

A língua lá é o dinamar-

quês e tínhamos aula sobre.

Quando eu voltei pro Bra-

sil optei voltar para o segun-

do ano ao invés do terceiro,

porque o nível de ensino lá é

muito diferente, mais básico

do que o equivalente aqui no

Brasil. Então, fiz isso pra não

ser prejudicado no vestibular.

pelo mundo

Bayer no Allianz Arena é imperdível

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SENAI LUZERNA

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Chapecó - Bom Pastor

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Criciúma - Marista

Criciúma - São Bento São José - Cuz e Sousa

Criciúma - Marista

Florianópolis - Getúlio Vargas

Balneário Camboriú - Energia

Colegião Criciúma

Joinville - Santos Anjos

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A dupla implacável João Gabriel e Emanuel

Os amigos Bárbara, Luide e Tainá

Luiza e Amanda

Julia, Beatriz e Giovana

Amanda e Isadora João Gabriel e Mateus

Mateus, Kica, Marcelo e Josué que agitaram no acamtonamento

Arthur e Rafael Igor

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Ana Carolina, Graziela e Monique

Valmor e Lucas Mariana, Rithiele e Ana Luiza

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Stefany, Carolini e Assíria Thalyta, Daniela e Tainá

Viviane, Victor, Desirré, Pâmela, Muriele, Joice e Cíntia

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Tasside, Heloísa, Amanda e Isabela Maria, Marina, Gabriela e Hortància

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Posto de gravação no Guarten Shopping

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tsGalera de Camboriú que fez bonito no palco

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As amigas Larissa, Luisa, Isadora e Amanda

João Luis, Marcus Vinícius, Sil, Vinícius e Luigi Victor e Tadeu, professor e aluno fazendo a dupla do Rock

William, Fábio, Pedro, Lucca cheios de estilo

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A cantora Luiza Winck abrilhantou o Rock Escola

Bruno e Samir

Gabriel Xiruh da its com Marcelo do Dom Jaime

Pedrão quebrando tudo nos vocais

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Apresentação semana do estudante Intervalo - Terceirão - Prof Michele

Encerramento da miniempresa 2ª EMLuau Marista 2013

Luau marista EMIntervalo Terceirão

Intervalo DiferenteMostra de Botânica 2ªsérie EM

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Page 51: its #102 Edição Especial Educação

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Colegião Criciúma

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CT Eletrotécnica 4ª Fase juntamente com o professor Lindomar

Curso Técnico em Vestuário 4ª Fase juntamente com a professora Laudir

Gincana Aprendizagem Mecânico de Manutenção de Máquinas Industriais - Etapa Show de Dublagem

Gincana Aprendizagem Assitente Administrativo- Etapa Show de Dublagem

Turma de Técnico em Eletromecânica Vespertino 2ª Fase realizando atividade da UC de Desenho Técnico

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Alunos do Curso de Aprendizagem Industrial em Mecânico de Máquinas em Geral realizando cartazes sobre o dia de Monteiro Lobato.

Alunos do Curso de Eletricista de Manutenção em aula no laboratório

Alunos do Curso de Aprendizagem Industrial em Operador de Máquinas de Fabricar Papel Matutino em cena do teatro para a Gincana 2013.

Alunos do Curso de Aprendizagem Industrial em Operador de Máquinas de Fabricar Papel Vespertino realizando a orquestra com balões para a Gincana 2013.

O dia em que nevou no SENAI Canoinhas

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Alunos do Curso de Eletricista de Manutenção em aula no laboratório

O dia em que nevou no SENAI Canoinhas

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Turma de Marcenaria na Gincana Senai São Bento do sul & Rio Negrinho 2013

Turma de Mecânica na Gincana Senai São Bento do sul & Rio Negrinho 2013

Turma de Moda na Gincana Senai São Bento do sul & Rio Negrinho 2013

Turma de OMU na Gincana Senai São Bento do sul & Rio Negrinho 2013

Turma de Qualidade RN na Gincana Senai São Bento do sul & Rio Negrinho 2013

Aprendizagem Industrial de Xaxim participa de treinamento de Combate a Incêndios

Gincana etapa Esportiva

Turma de Elétrica na Gincana Senai São Bento do sul & Rio Negrinho 2013

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* Gus Magalhães adora fotografar, manda bem na produção de vídeos e também é apresentador de tevê. Um cara nota 10!

@limaigor | [email protected]

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@MagalhaesCWB | facebook.com/magalhaescwb

gus magalhaes

A MINHA PRIMEIRA TATUAGEM“Que beleza! É como se eu fizesse uma cirurgia no coração

sem anestesia”. Essa foi a frase que ouvi quando resolvi me

tatuar pela primeira vez. Optei por uma caveira mexicana, no lado

esquerdo do peito, aos 18 anos, pois simbolizava que tenho bons

espíritos ao meu lado. Não foi por acaso que resolvi fazê-la. Minha

prima havia falecido, uma pessoa que animava qualquer pessoa

com sua simplicidade e alegria contagiante, ou seja, precisava de

um símbolo para representar os anjos da guarda que me cercam

e – de certa forma – homenageá-la.

Não via a hora de fazer minha primeira tattoo. Era uma

ansiedade misturada com nervosismo, afinal, nunca tinha

experimentado as dores das agulhas. Foram duas horas de sessão,

ao mesmo tempo que a dor me incomodava, os pensamentos

criavam roteiros em minha mente de como mostrar aos meus pais,

que estavam mais ou menos avisados sobre o feito.

A tatuagem ficou pronta, vesti minha

camiseta, peguei o ônibus e fui para casa.

O primeiro a vê-la foi meu irmão, que logo

falou num tom de brincadeira: “Velho, que

mancada hein?”. Esperei, esperei e esperei

até eles chegarem. A única coisa que eu

não esperava na chegada dos meus pais, era

que sentassem no sofá e sintonizassem no

History Channel, que exibia um documentário

sobre a cultura mexicana e logicamente sobre

sugar skulls, como a caveira é conhecida

por lá. Depois do sermão que

levei por terem vistos vários

meliantes com a mesma tal

caveira tatuada, fiquei

impedido de fazer

outras, hahaha.

No entanto, a velha história de que quem se tatua uma vez

acaba se tatuando outras vezes se cumpria. Um ano depois fiz

a minha segunda, na costela. Tatuei a palavra família, no dia do

aniversário da minha mãe, Luciana, que reprovou mais uma vez

o fato de ter me tatuado. No momento em que vocês leem essa

coluna, já estou planejando a minha terceira: será um elefante,

símbolo de proteção à família. Não faço da tatuagem um motivo

para me inserir em grupos sociais ou para me afirmar.

Faço tatuagem pela beleza que vejo nessa arte e por gostar

de marcar em minha pele algo que passei, algo que me representa.

Fico feliz em saber que o preconceito, apesar de ainda grande, está

diminuindo. Lembrem-se da frase: “Tatuagem não muda o caráter”.

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59its | facebook.com/itsmidia

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