Its Teens - Joinville 07

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www.portalits.com.br | edição 07 Pequenos Inventores GALERIAS CONFIRA OS MELHORES AGITOS DA GALERA QUANDO CIÊNCIAS, AMIZADE E PROFISSIONALISMO CRIAM CONQUISTAS CULTURA POP BLACK MUSIC WI-FI 5G NO BRASIL? Revista Its Teens Joinville 2015 | R$ 9,80 Miguel Fideles, Eoilo de Oliveira, Guilherme Skora e Matheus Camargo são alunos da escola Dr. Ruben Roberto Schmidlin. Juntos os meninos venceram uma das categorias da Feira de Ciências, Inovação e Tecnologia de Joinville.

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www.portalits.com.br | edição 07

Pequenos

InventoresGALERIASCONFIRA OS MELHORES AGITOS DA GALERA

QUANDO CIÊNCIAS, AMIZADE E PROFISSIONALISMO CRIAM CONQUISTAS

CULTURA POPBLACK MUSIC

WI-FI5G NO

BRASIL?

Revi

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ItsTe

ens

Join

ville

2015

| R$

9,8

0

Miguel Fideles, Eoilo de Oliveira, Guilherme Skora e Matheus

Camargo são alunos da escola Dr. Ruben Roberto Schmidlin. Juntos

os meninos venceram uma das categorias da Feira de Ciências,

Inovação e Tecnologia de Joinville.

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conteúdo

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8CULTURA POP

CAPA

ALIMENTAÇÃO

EDUCAÇÃO

REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

EDIÇÃO 07

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16 | CAPAVocê pode atribuir a inventores, cientistas e criadores milhares de atributos, desde inteligência até a criatividade e o talento, mas e se eu te contar que o próximo grande avanço tecnológico da comunicação ou da indústria pode sair da cachola do seu colega aí do lado?

12 | ALIMENTAÇÃOQuando professores e alunos se unem em prol da conscientização, o resultado não poderia ser diferente, o sucesso é garantido. Na escola Prefeito Nilson Wilson Bender a iniciativa veio através do projeto Prato Limpo, ideia que tem a intenção de diminuir o desperdício de alimentos entre a galera.

8 | CULTURA POPMúsica pop e negra. Confira os ritmos e estilos que ganharam o mundo no último século, vindo de origens africana.

22 | TEATROMesclar arte com cidadania e cultura, os ingredientes perfeitos para um espetácu-lo protagonizado por alunos, pais e pro-fessores. A 9º edição do Concurso Teatral Águas de Joinville movimentou as mais de 40 escolas da cidade e agitou a galera, que no palco do Teatro Juarez Machado, deu vida a belas histórias e personagens.

25 ESCOLA EM FLOR Ter contato com a terra, conhecer e cultivar espécies, mas acima de tudo, honrar o título dado a Joinville de cidade das Flores, esses tem sido os objetivos do projeto Escola em Flor, iniciativa da Secretaria de Educação Municipal coordenada pelo Neam, Núcleo de Educação Ambiental.

10 | WI-FIDo celular com tela inquebrável à moto que vira jet-ski, a @revistaits mais uma vez te deixa por dentro do que rola no mercado frenético da tecnologia.

Foto: Fabrízio Motta

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Grupo RICFundador e Presidente EméritoMário J. Gonzaga Petrelli

Grupo RIC SCPresidente ExecutivoMarcello Corrêa Petrelli | [email protected]

Diretor SuperintendenteReynaldo Ramos | [email protected]

Diretor Administrativo e FinanceiroAlbertino Zamarco | [email protected]

Diretor Regional JoinvilleSilvano Silva | [email protected]

Diretor Núcleo JovemRiadis Dornelles | [email protected]

Revista its é umapublicação da Editora Mais SC

Gerente de RelacionamentoBruno Filomeno | [email protected]

Diretor de arte Eduardo Motta | [email protected]

ConteúdoJéssica Stierle | [email protected]

DistribuiçãoHannah [email protected]

NÚCLEO COMERCIAL REDESanta CatarinaFabiano Aguiar | [email protected]

Rio Grande do Sul e ParanáGondil Kurtz | [email protected]

São Paulo, Distrito Federal,Minas Gerais e Rio de JaneiroNilton Aquino | [email protected] Gerências Comerciais SCGerente Comercial ChapecóJorge Furtado | [email protected]

Gerente Comercial Meio OesteDalcides Ana Gonzaga | [email protected]

Gerente Comercial JoinvilleCristian Vieceli | [email protected]

Gerente Comercial BlumenauEdson Zonta | [email protected]

Gerente Comercial ItajaíMaristela A. dos Santos | [email protected]

EXECUTIVOS CONTAS SCSul Augusto Silva | [email protected] FlorianópolisCrystiano [email protected] [email protected]

ItajaíCristiane Mattos | [email protected]

Os artigos assinados não refletem necessaria-mente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.Tiragem: 3,000 mil exemplares

NÃO VACILA, FALA AÍ(47) [email protected]

Pontos de distribuição:Escolas Básicas Municipais de Joinville

EXPEDIENTE

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editorialFala,galerinha!

OSCULPADOS

O SOM QUE ROLOU NO NOSSO TIMmusic by Deezer ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO:

Silentó - Watch MeDemi Lovato - ConfidentEnvolvidão - RaelCaneta e Papel - Os ArraisDJ Shadow - Scale It Back RASHID - “A Cena”

VANESSAESTEVES

SAIDEIRA

DARA ALEXANDRA

TÁ NA MODA

LUCASINÁCIO

CULTURA POP

Todos os meses vivenciar Joinville é uma das loucuras mais legais que vivencio.

Conhecer cada um dos alunos e professores que participam das matérias, é sempre um imenso prazer.

Ver nos olhos, nas ações e iniciativas o amor, a dedicação e o companheirismo das unidades, me faz acreditar em uma educação que faz a diferença e buscar excelência em cada novo projeto.

Nesse mês você viaja com a gente no mundo das flores e do teatro, vai até Pernambuco com um time que arrasou na feira de ciências da cidade, conhece uma professora que é nota 10 naquilo que faz, e conhece os alunos que através de trabalhos desenvolvidos com um grupo de professores, tem conscientizado toda a escola a cerca do desperdício de comida durante as refeições.

Tá preparado(a)? Relaxa e curte aí.

Beijinhos da Jé <3

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Por Lucas Iná[email protected] POP

MÚSICA

8 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

pop e negraNa última edição da Revista Its, em ou-

tubro, falamos sobre os sistemas de cotas e a falta de representatividade dos negros nas universidades e profissões que exigem curso superior. Porém, se há uma área em que a et-nia se destaca é a música. Muitos ritmos que ganharam o mundo no último século são de origem africana e como 20 de novembro é Dia da Consciência Negra, no Cultura Pop desse mês vamos falar sobre esses estilos.

A contribuição dos escravos na música varia de acordo com seus reinos de origem da África: no Brasil e no Caribe, os instrumentos percussivos dos bantos ganharam destaque; já nos Estados Unidos, o canto dos sudaneses foi a característica mais marcante, sobretudo nos campos de algodão da região sul do país. Com a abolição da escravidão em todo o con-tinente ao longo do Século XIX, a música ne-gra se desenvolveu, incorporou instrumentos

europeus e aos poucos venceu o preconceito da sociedade.

Entre os norte-americanos, o Blues e o Jazz surgiram e se popularizaram na primeira metade século XX, ritmos que deram origem ao Rhythm and Blues (R&B) e o Rock and Roll nos anos 50. O rock rapidamente se populari-zou em todo o mundo e entre todas as clas-ses, mas com a luta pelos Direitos Civis dos negros nos anos 60 vieram os ritmos mais ligados à etnia como o Soul e o Funk (que está novamente em alta com Bruno Mars). Foi esse movimento, já em tempos mais calmos, que revelou Michael Jackson um dos precur-sores do Pop nos anos 80. Também naquela década, surgiu o Rap, resgatando a música de protesto, e destaque até hoje junto com o Pop e o Rock.

A música negra também se popularizou em outras partes da América Latina como

o Tango na Argentina (sim, ele é de origem africana), a Rumba em Cuba (muito usada pelo rapper Pitbull), o Reggae na Jamaica, entre outros.

No Brasil a história começou parecida com a dos Estados Unidos, com o Samba sendo a base da música afrobrasileira até a década de 1950, quando surgiram a Bossa Nova e a MPB. Nos anos seguintes, o rock a Black Music e o reggae chegaram em terras tupiniquins. Na década de 1970 surgiram no-vos subgêneros do samba como o pagode e o sambarrock. Nos anos 80 mais mudanças, além da chegada do pop e do rap, nasceram o Axé na Bahia e o Funk Carioca no Rio de Janeiro. Hoje em dia é impossível imaginar playlists de qualquer lugar do mundo sem influência da música negra. [Mais detalhes sobre a história da música nacional nos qua-dros ao lado].

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9FACEBOOK.COM/REVISTAITS

RAPO ritmo chegou no país na década de

1980, tendo como berço a cidade de São

Paulo. De lá para cá surgiram Thaíde e DJ

Hum, Racionais MCs, Sabotage, Marcelo

D2, entre outros. Ficou um tempo em

baixa, mas nos últimos anos voltou forte

com artistas como Criolo e Emicida.

POPO termo pop vem de popular, mas no caso

da música vamos considerar o ritmo me-

lódico com arranjos eletrônicos e letras

simples que vão de Madonna, Rihanna,

até as cantoras da Disney. No Brasil o gê-

nero tem uma relação próxima do funk

carioca como nos casos de Kelly Key,

Anitta e Ludmilla.

SAMBAVale esclarecer que pagode é o termo

usado para falar das festas de samba

e o subgênero foi batizado com esse

nome, mas na verdade tudo é samba.

Seja Cartola, Clara Nunez, Fundo de

Quintal, Molejo ou Mumuzinho (foto).

O ritmo nasceu na Bahia e foi para o

Rio de Janeiro no começo do século XX,

onde não parou de crescer.

FUNKO Funk carioca é baseado no Miami Bass,

um ritmo que não durou muito nos EUA,

mas por aqui sim. Como os primeiros

bailes do Rio eram em boates que toca-

vam o funk original, o nome ficou. Hoje o

funk está bem diferente e fazendo cada

vez mais sucesso com MC Guimê, Sapão

(foto), Nego do Borel, entre outros.

ROCKChegou no país nos anos 50 e se destacou

com a Jovem Guarda, aquela música que

toca em bailes de formatura. Seu auge

no Brasil foi nos anos 1980 com Titãs,

Legião Urbana, entre outras bandas ainda

em atividade. Hoje é um pouco mais pop,

mas sempre tem gente fazendo rock de

responsa como O Rappa.

REGGAENão é sempre que o ritmo está em alta,

mas o público é fiel e Bob Marley nun-

ca sai de moda. A capital nacional do

Reggae é São Luiz, no Maranhão, mas o

litoral sul do país não deixa por menos.

Natiruts (foto), Tribo de Jah, Chimarruts

e Ponto de Equilíbrio sempre lotam

seus shows pros lados de cá, acho que

isso significa bastante.

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MUNDO TECH

WIFI

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Por Jéssica [email protected]

AS NOVIDADES DO MÊS PRA VOCÊ

Para a Apple tudo o que você precisa é seguir o passo a passo:

É PRA GLORIFICAR DE PÉ! Após vazarem algumas imagens na internet, Droid Life

anunciou que o novo Moto Maxx 2 terá sua tela “inquebrável”, já estamos morrendo de amores pela novidade! Além disso, os usuários que optarem por comprar o modelo de 64 GB poderão trocar de capinha com diversas cores #vemostro

UFA! Tá ligado(a) naquelas conversas do Whats que as vezes

excluímos “sem querer, querendo”? Por mais que o app não possua de fato uma lixeira, existem maneiras bem simples de recuperar seus papos deletados.

E SE ESSA MODA PEGA? Em menos de 5 segundos e um veiculo aparentemente

terrestre se transforma para possibilitar aventuras e viagens aquáticas. A empresa Gibbs Sports, planeja lançar no merca-do três novos modelos anfíbios, o Biski é uma motocicleta com motor de dois cilindros, na terra o veículo pode atingir quase 130 km/h e na água, quase 60 km/h.

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Para a Apple tudo o que você precisa é seguir o passo a passo:

GLOBALIZOU Microsoft lançou o site Microsoft Educator Commu-

nity, O objetivo é fazer da plataforma uma ferramenta de integração entre educadores do mundo todo, através de treinamento interativos e dicas sobre melhores práticas em sala de aula.

O lance é fazer que professores possam se reunir via web para ter acesso a matérias, ideias inovadoras e incentivo para repassar os conteúdos aos alunos. A sacada já conta com 1,5 milhão de profissionais em mais de 235 países, para se cadastrar basta criar um perfil no site fornecendo algu-mas informações sobre a forma de ensino que o profissional adota. I RA DO

5G NO BRASILSegundo a Ericsson isso será possível até 2020. A de-

claração veio da companhia que está com o projeto junto ao Governo Federal e grupos de telefonia. Os testes da nova tecnologia serão desenvolvidos em conjunto com Universi-dades de Sampa e do Ceará.

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ESPORTEALIMENTAÇÃO

T U D O

Por Jéssica [email protected]

Limpo! Quando professores e alunos se unem em prol da conscientização, o resultado

não poderia ser diferente, o sucesso é garantido. Na escola Prefeito Nilson Wilson Bender a iniciativa veio através do projeto Prato Limpo, ideia que tem a

intenção de diminuir o desperdício de alimentos entre a galera.

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O recreio é um dos momentos mais esperados por quem estuda, por que além da galera ter aqueles minutinhos sagrados para estar com o restante da escola, o intervalo também representa a hora do lanche tão bem preparado e oferecido pelas “tias da cozinha”. Sopá, arroz e feijão, iogurte com Sucrilhos, frutas, saladas e tantos outros alimen-tos fazem parte do cardápio feito espe-cialmente aos alunos, até aí tudo bem, acontece que em determinado momento o desperdício de alimentos foi percebido na Escola Prefeito Nilson Wilson Bender. Intencional ou não, as lixeiras da escola após o recreio ficavam lotadas de restos de comidas deixados no prato da galera.

Sendo a segunda maior escola de ci-dade em termos de número de alunos, os professores e a direção observaram a situação e uniram forças para que as tur-mas tomassem conhecimento do tama-nho do desperdício encontrado ao final de cada refeição, como? Envolvendo ma-térias curriculares com a prática buscan-do a solução do problema.

A sacada começou com o professor Thiago Rosa, que com ciências e mate-mática fez com que estudantes viven-ciassem as matérias de sala de aula de forma diferenciada. Em um papo com o cara, Thiago nos contou que além de es-tudar a pirâmide alimentar com os alu-nos do 5 º ano, as turmas foram conhecer a realidade da cozinha após as refeições. Usando baldes e uma balança, a gale-ra começou a pesar as sobras de comida diariamente, registrando os quilos apre-sentados em uma tabela. O professor relatou que no inicio os números assus-taram os alunos, “nós ficávamos na faixa dos 10 quilos diariamente, isso impres-sionou e motivou as turmas a modificar o resultado”, afirmou.

Conhecendo a realidade da escola e usando as tecnologias disponíveis por

lá, os alunos fizeram pesquisas e assis-tiram vídeos sobre a questão da fome ao redor do mundo. Constatando situações distintas o momento de mobilizar toda a unidade se iniciou! A professora Ana Claudia Zeszotko confeccionou junto com a galerinha cartazes que foram ex-postos nos corredores da escola e tiri-nhas em quadrinhos, que narravam his-tórias com a intensão de lembrar à todos sobre a importância de não desperdiçar nadinha, e manter o prato sempre lim-po. As historinhas foram coladas nas mesas do refeitório, tudo para dar mais ênfase no objetivo central da ideia, além disso, os alunos visitaram todas as tur-mas para repassar as informações pes-quisadas e aprendidas.

A música também esteve presente durante as fases de impactar a comuni-dade escolar. Paródias com duas músi-cas conhecidas da galera foram feitas e apresentadas para todas as turmas da Nilson Bender.

Os reflexos do trabalho exercido pelas turmas foi presenciado também na horta que a unidade possui. Com in-centivo da professora Rosimere, a gale-ra usou dos recursos matemáticos para aprender a tirar o perímetro do espaço, montando gráficos, formulando e resol-vendo problemas.

Depois de um ano do projeto, a sobra no parto é quase nula. Por dia a pesagem fica na média de apenas 1 quilo. O resul-tado é fruto da insistência e valorização de ideias que são passadas à frente com um único objetivo, fazer da escola um lugar de experiências que possam ser re-percutidas de forma positiva através de ações geradas pelos próprios alunos. Para a diretora, Luciana acompanhar o brilho nos olhos das crianças e a motivação dos professores é um grande presente, pois inova e molda a gestão, mudando a for-ma com que todos enxergam a escola.

COMO DIRIA A MÚSICA DO REI LEÃO:TBuscar o prato limpo durante as refeições também contribuiu com a horta da escola. Hoje ela é cuidadosamente tratada com adubo orgânico feito com a pequena sobra de comida que a escola gera!

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Com três anos de profissão e mui-tas histórias para contar, Daiane Me-legaro é uma das merendeiras da es-cola. Com satisfação e alegria, “a tia” conta que é sempre um grande prazer preparar todas as refeições para a ga-lera, “são mais de mil bocas experi-mentando o que preparamos, é uma grande satisfação”.

Daiane acompanhou as etapas do projeto Prato Limpo e viu de pertinho as mudanças provocadas por ele. Segundo ela, a união fez a força, “todos pegaram juntos a iniciativa”. Sorridente, Dai nos contou que através das tabelas e pe-sagens realizadas pelas turmas, hoje o controle do que é produzido e consu-mido facilitou o trabalho de quem está atrás do fogão. “Não sobre quase nada nas panelas”, comentou a tímida Ma-ria Aparecida, enquanto visitávamos a cozinha da escola. Cida é a outra me-rendeira da unidade que há cinco anos alimenta a gurizada.

As duas destacaram ainda a co-brança dos próprios estudantes uns com os outros, “um fiscaliza o outro na hora do recreio para ninguém des-perdiçar nada. Eles entregam o prato pra gente e falam ‘olha tia, comi tudo’, é muito legal ver isso”, explica Daiane.

Para elas, uma das iniciativas que mais impactou os alunos foram as ti-rinhas coladas nas mesas do refeitório, “eles ficavam curiosos para ler cada uma delas”, contou Malegaro.

FALA, TIA!

OS AGENTES DO PRATO LIMPOTDepois de tantos trabalhos e informações adquiridas com os professores, os alunos do

5º ano contam que os dados mundiais a cerca da fome impressionou toda a turma, “a cada um minuto uma criança morre de fome, isso é muito triste, principalmente quando víamos que estávamos desperdiçando muito aqui na nossa escola”, explicou Mariana Barreto.

As lições e práticas tiradas a partir do Prato Limpo vão além de fiscalizar apenas dentro da escola, os alunos contam que em casa também se policiam e chamam a atenção da família. A regra para não desperdiçar a comida é “não pegar aquilo que não se vai comer, e nem o lotar o prato”, segundo Larissa Lopes.

Sobre as ações desenvolvidas dentro da escola, Bruna lembra da paródia que os co-legas criaram através da música “Beijinho no Ombro” e das visitas e apresentações que fizeram ao restante as turmas da unidade, “ não nos sentimos envergonhados em passar o que aprendemos e criamos, não se pode se sentir envergonhado quando se faz uma coisa boa”, explicou.

Para as turmas do 5º ano, a satisfação em transmitir as informações foi ainda melhor quando eles viram que poderiam impactar os mais novos “estamos ensinando eles a não fazer o que fizemos por muito tempo, é importante aprender sobre o desperdício desde pequeno” afirmou Mariana.

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INVENTORESPEQUENOS

ESPORTECAPA

Quando ciências, amizade e profissionalismo criam conquistasSe tudo o que existe foi criado, al-

guém em determinado momento teve a sacada criativa e racional de mobilizar mente e espaço para a construção mate-rial ou teórica da ideia. Por obra divina, humana ou cientifica, estamos cercados de criações que mudaram significamente nosso conceito de mundo.

Você já imaginou como a vida seria complicada se Santos Dumont não tives-se se arriscado no projeto de seu primeiro avião? E se Gutenberg simplesmente não ousasse na criação da impressão? Ou se Thomas Edison não insistisse nas pesqui-sas que o levaram a transformar energia

em luz? Ah, e melhor, já imaginou se Jan Koum não manjasse dos paranauês para nos presentear com o WhatsApp?

Invenções proporcionaram bene-fícios no passado, e nós em pleno o sé-culo XXI continuamos usufruindo e as aprimorando. Projetos que saíram do nada, se transformaram em monstros tecnológicos! Garagens e amigos rende-ram alguns dos muitos aparelhos que nós não conseguimos viver sem, e sabe o que mais louco? Tanto o criador da luz lá nos primórdios da humanidade, quanto Jan Koum, tiveram a minha e a sua idade, eles provavelmente receberam educação,

Por Jéssica [email protected]

16 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

tiveram amigos, frequentaram a escola e um dia foram (ou não) apoiados naquilo que acreditavam.

Você pode atribuir a inventores, cientistas e criadores milhares de atribu-tos, desde inteligência até a criatividade e o talento, mas e se eu te contar que o próximo grande avanço tecnológico da comunicação ou da indústria pode sair da cachola do seu colega aí do lado?

É na escola que os primeiros passos são dados, é onde descobrimos quem somos e o que queremos almejar para o nosso futuro. A cura do câncer, carros voadores, novas ondas de sustentabilida-

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Em Joinville uma feira reúne grandes e pequenos pesquisadores e inventores, que além de transformar o conhecimento adquirido em sala de aula em prática, recebem o apoio de colegas, professores e do corpo escolar.

A 3º Fecitej ( Feira de Ciências, Inovação e Tecnologia de Joinville) rolou em outubro e entre tantos trabalhos, alguns se destacaram. O momento no calendário escolar da cidade existe para a valorização das capacidades e iniciativas de alunos e professores, que juntos, arrasam na divulgação de novas ideias e na propagação de novas invenções que facilitariam processos ambientais e sociais.

Em sua terceira edição, 100 trabalhos das redes de ensino da cidade das flores foram apresentados. Escolas públicas e privadas tiveram a chance de exibir seus projetos e divulgar seus pupilos talentosos.

Os corredores do Expocentro Edmundo Doubrawa ficaram lotados de maquetes, robôs, experiências, objetivos e criatividade. Quem caminhou por lá, pode observar os mais diversos lances e se impressionar com o que crianças e adolescentes podem produzir quando são incentivados de forma correta.

Da disputa pelas colocações nas sete categorias apresentadas, os alunos deixaram a timidez, a insegurança e o medo de lado e se mostraram especialistas naquilo que haviam criado.

Do reconhecimento que veio através de uma cerimônia no Teatro Juarez Machado, a @revistaits conheceu os ganhadores da categoria Ensino Fundamental II, direto da Escola Dr. Ruben Roberto Schmidlin.

MOSTRE DO QUE VOCÊ É CAPAZ

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17WWW.PORTALITS.COM.BR

de e uma possível rede social bom-bástica, podem surgir nos próximos anos da mente e genialidade da ga-rota que dividiu o lanche dela com você hoje, ou do cara que é o seu parceiro diariamente.

Mas como saber se isso será pos-sível? Sim, o tempo é necessário, porém iniciativas marotas ajudam a galera a se descobrir e valorizar aquilo que sabem fazer de melhor, criar, sonhar e planejar, tudo isso de forma saudável visando o futuro que se deseja aos próximos habitan-tes da Terra.

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ENERGIA PRA LÁ DE ESPECIAL Quando conhecemos os ganhadores da

categoria Ensino Fundamental II não ima-ginávamos o quão grande e completo era o trabalho que eles haviam criado, muito menos o empenho e a dedicação implanta-do para que cada fase do projeto “Energia Eólica: A Grande Esperança do Futuro” fosse para a frente.

Iniciado em 2014 a sacada que guiou o projeto até o fim veio de Miguel Fideles, alu-no do então 8º ano da escola, que a partir da proposta passada em sala de aula de apre-sentar uma forma de energia renovável e limpa, criou o primeiro protótipo de maque-te do projeto “a ideia era usar o vento que os carros sopram para movimentar possíveis hélices implantadas nas estradas para gerar energia”, explicou .

A primeira ideia apresentada pelo es-tudante chamou a atenção do professor de ciências da escola, Gilberto Pereira, que pas-sou a auxiliar o trabalho do aluno junto com outros colegas, Eoilo de Oliveira, Guilherme Skora e Matheus Camargo.

Depois de muitas conversas o lance todo surgiu em produzir energia limpa e sus-tentável, aproveitando a massa de ar lança-da às hélices criada por carros e caminhões e também enormes turbinas de aviões que movimentam os aeroportos do mundo. Na sacada desenvolvida pelos alunos, a obten-ção da energia seria armazenada em tempo real em baterias de gel.

O trabalho apresentado na 3º Feira de Ciências, Inovação e Tecnologia de Joinville pelo time da Ruben Roberto Schmidlin, em 2015 passou por algumas modificações, inclusive na maquete que representava a ideia. No ano passado o material era de isopor, para este ano, o grupo buscou ou-tras alternativas e impressionou ao final da execução.

Buscando a excelência em cada passo, os caras realizaram pesquisas na internet, usaram a biblioteca, fizeram experimentos em sala de aula e até apresentações para os demais alunos da escola. Todo o conceito criado e desenvolvido não surgiu do nada,

e veio do fru-to de muita persistência e trabalho em grupo, lembra Gui-lherme Skora “a confiança nas ideias foi a chave para que tudo des-se certo”.

Os meni-

nos não comemoraram apenas o primeiro lugar conquistado na feira de ciências e tec-nologia, mas também foram reconhecidos e agraciados através da criação deles com a participação na “Feira Ciência Jovem”. O trabalho dos moleques foi classificado entre mais de mil enviados aos organizadores do evento que aconteceu em Olinda, Pernam-buco. Além de expor o projeto para os bra-zucas, o evento contava com trabalhos rea-lizados em outros países da América Latina.

Sobre a feira em Pernambuco, o profes-sor Gilberto comenta que durante os três dias ele os alunos “viveram” apenas ciências, “Aprendi muito lá e estou aplicando em sala essas novas formas de se trabalhar Ciên-cias”, afirmou.

Longe de Joinville, Gilberto, Miguel e Eoilo que representaram a equipe nas ter-ras pernambucanas, não conquistaram um lugar ao pódio, mas acreditam que o reco-nhecimento foi o melhor prêmio recebido. “Saber que outros dão importância ao que fazemos é a melhor coisa e isso não vale só para Ciências, mas em tudo na vida” explicou o professor que apoiou essa galerinha. Além do mais, os alunos e ele tiveram a chance de conhecer a linda cidade de Olinda e de ra-pidamente ter contato com quatro capitais em um único dia: Florianópolis, São Paulo, Salvador e Recife. “passeamos e comemos muito, que é a melhor coisa da vida... depois do amor” brincou Miguel.

ps: Miguel e Eoilo nunca tinham andado de avião na vida! Só na viagem de ida, foram três aviões, o suficiente para o Eoilo quase pedir para o piloto ir mais devagar :P

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Segundo Matheus Camargo e seus colegas, a per-sistência em apresentar e defender o trabalho realizado na escola, só existiu por que a inspiração para as aulas e projetos de ciências tem nome e sobrenome: Gilberto Pereira.

Aqui você confere um bate papo com tivemos com o professor que atua na educação há mais de 20 anos, e fez de uma simples tarefa um trabalho espetacular, rompendo a zona geográfica e a visão de mundo dos alunos da Dr. Ruben Roberto Schmidlin

Revista its: Porque escolheu traba-lhar com educação?

Prof. Gilberto Pereira: Difícil res-ponder. A natureza parece nos levar para determinados caminhos e no meu caso, a educação.

Revista its: O que a ciência modifica na vida do aluno? Você foi incentivado por algum professor para seguir essa área?

Prof. Gilberto Pereira: Ele consegue compreender fenômenos a sua volta e até mesmo no corpo dele. Muitas vezes eles ficam fascinados quando compreendem algo, quando conhecem algo novo ou re-lacionado a ciência, a natureza. Lembro de cada professora e professor de ciên-cias: me fascinavam com suas aulas.

Revista its: Quais são as tuas ferra-mentas para prender a atenção do aluno em sala de aula?

Prof. Gilberto Pereira: Utilizar pe-ças biológicas, experimentos científicos, bons filmes e textos, muitos trabalhos práticos, muita paciência, persistência, recomeçar sempre, incentivar, estimu-lar, dar broncas. (risos)

Revista its: Você é muito elogiado pelos colegas e alunos da escola, qual é o seu segredo?

Prof. Gilberto Pereira: Procuro aju-dar todos, tento ser otimista com colegas e alunos; procuro ser amigável e alegre.

Revista its: É possível imaginar o projeto criado por vocês se tornando real no dia a dia dos aeroportos do país?

Prof. Gilberto Pereira: Os alunos envolvidos com o trabalho sonham alto. Esse é o papel dos professores: levar os alunos a sonharem. Tudo que hoje existe começou com um sonho. A concretização desse projeto dependerá de profissionais das diversas áreas que serão necessários: engenheiros principalmente, mas acredi-to que é viável sim.

Revista its: Você e os meninos devem ser bem próximos, existe algo que vocês curtam em comum?

Prof. Gilberto Pereira: Tentei mas não temos nada em comum (risos). As músicas deles eu não gosto. Tentaram me convencer a gostar de lanches famosos de Shopping, mas não gostei. Nada em co-mum (risos). Lembrei de algo que gosta-mos em comum: Ciências.

Revista its: Para você, qual é a im-portância de valorizar os talentos en-contrados dentro da escola, como o vi-sível talento dos meninos?

Prof. Gilberto Pereira: Todos os alunos têm talentos. Eles, os alunos, em geral não acreditam ou não sabem disso. É fantásti-co para eles e para nós professores quando descobrimos os talentos de cada um: todos saem ganhando. Valorizar os talentos faz com que o aluno procure sempre melhorar,

evoluir, “crescer”. Depois dessas partici-pações em feiras surgiram inúmeros traba-lhos e ideias de outros alunos que poderão serão concretizados em 2O16.

Revista its: Você esperava conquis-tar esses objetivos quando ingressou na educação?

Prof. Gilberto Pereira: Acredito que todos esperam. As conquistas maiores, para nós professores, penso estar falando pela maioria, é ver nossos ex-alunos fa-zendo cursos, tais como os básicos, téc-nicos ou superiores. Ex-alunos forma-dos, trabalhando, com família. Isso é ver e sentir o dever cumprido.

“Feira de Ciências é o momento em que os participantes pretendem mostrar a sua luz no fim do túnel e acredite, ela está lá”.

19FACEBOOK.COM/REVISTAITS

TOMA LÁ, DÁ CÁ

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Black

TÁ NA MODA

Naonda

Por Dara Alexandra@dara_hazza

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Por muito tempo, o padrão de beleza capilar era os fios lisos e, por isso, muitas mulheres acabavam adotando as chapinhas, progressivas, definitivas e outros tipos de procedimentos. Mas agora as coisas estão mudando, cada vez mais as mulheres come-çam a deixar as químicas de lado assumindo seus cabelos naturais.

A moda Black Power teve início nos anos 70, como um movimento social nos Estados Unidos que lutava pela igualdade racial no país. Hoje, o Black Power é asso-ciado a um estilo de cabelo. Lindos e hiper estilosos os Black Powers estão super em alta e são a marca registrada de várias ce-lebridades como Sheron Menezes, Solange Knowles, Lenny Kravtz, e os jogadores de futebol Marcelo Vieira, do Real Madri, e David Luiz, do Paris Saint-Germain. Para manter um Black maravilhoso não tem muito segredo, você precisa apenas hidra-tar seu cabelo pelo menos uma vez por se-mana, utilizando óleos vegetais e produtos específicos para esse tipo de fios.

Solange Knowles

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Junto com os Black Powers também vieram os turbantes. Um grande símbolo da cultura negra e super descolados, eles chegaram com tudo, não só para disfarçar um bad hair day mas também pra dar um toque mais estiloso ao look. Existem mil e uma maneiras de usá-los, você pode inventar o seu próprio jeito. O legal dos turbantes é exatamente isso, brincar com as estampas, cores, e maneiras de usar. Se não en-contrar a venda perto de você, pode fazer um, com lenços, cachecóis ou um pedaço grande de tecido que tiver em casa.

Os turbantes e Black Powers não são apenas moda, mas também sinônimo de aceitação e orgulho de ser quem você é. Muitas vezes os cabelos crespos foram taxados como “cabelo ruim”, estas duas ten-dências estão confrontando isso e provando que os cabelos crespos não são ruins, são tão bonitos quanto os lisos. Cada cabelo tem seu jeito e sua beleza, cabelo é igualmente diferente e diferentemente maravi-lhoso. #orgulhocrespo

Sheron Menezes

David Luiz

Lenny Kravitz Marcelo Vieira

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ESPORTETEATRO

Entre cerca de 500 alunos que brilharam sobre os holofotes encan-tando plateia e corpo de Jurados, lá estavam os alunos da Escola Profes-sor Saul Sant' Anna de Oliveira Dias. Orgulhosos de garantir o primeiro lugar representando a escola, na ca-tegoria de ensino fundamental – 6º a 9º ano a @revistaits conversou com esses atores dignos de todos os aplau-sos recebidos com a peça "Nem tudo cheira como flores".

Por Jéssica Stierlejé[email protected]

"NEM TUDO CHEIRA COMO FLORES"Mas garante prêmio

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Mesclar arte com cidadania e cultura, os ingredientes per-feitos para um espetáculo protagonizado por alunos, pais e professores. A 9º edição do Concurso Teatral Águas de Join-ville movimentou as mais de 40 escolas da cidade e agitou a galera, que no palco do Teatro Juarez Machado, deu vida a belas histórias e personagens. Apresentação no Teatro Juarez - agradecimento

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Criar o roteiro, definir perso-nagens, figurinos e ter em mente a intenção de orientar e levar as boas novas aos colegas, pais e co-munidade a respeito do consumo de água, meio ambiente e sanea-mento básico. Foram dias de en-saio, correria e conhecimento, não só a cerca do tema que o concurso abordava, “Uma década de espe-rança – o saneamento na vida do joinvilense”, mas de aproximação de gerações e de autoconhecimen-to dos alunos e colegas.

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A professora Ivonete May Wer-ner, responsável por coordenar a galera na iniciativa conta que du-rante toda a fase de produção até a estreia nos palcos foi marcada por muita dedicação e amizade. Para ela, a linguagem abordada no en-redo apresentado pelos estudantes facilitou ao transmitir informação de uma maneira que todos enten-dessem a importância dos cuidados em termos de saneamento. A profe que se tornou diretora de cena, ro-teirista, mãe, motorista e incentiva-dora, quis retratar com seus pupilos artísticos a vivencia de uma família joinvilense com seus conflitos, en-contros de gerações e costumes.

Retratar um assunto que às ve-zes passa despercebido na rotina que todos levam trouxe aos alunos/atores uma outra percepção da im-portância de se viver em condições adequadas de saneamento. No auge das carteiras de nascimento marca-das com os anos 2000, a Joinville do passado era desconhecida para os estudantes, e foi aí que até o Vovô

Nestor entrou em ação. O avô da Duda, um dos moradores mais an-tigos do bairro João Costa foi um dos responsáveis por rebobinar a memória e contar as suas experiên-cias da infância no local onde hoje a galerinha vive. Entre depoimen-tos, pesquisas e conversas, os alu-nos descobriram que brincar perto de esgotos e águas contaminadas era normal nas antigas, assim como não ter cuidado com o tratamen-to e abastecimento da mesma, o que causava uma serie de surtos de doenças relacionadas à falta de sa-neamento básico.

As deixas do passado resenhadas pelo Vô Nestor, misturadas com as pesquisas feitas na sala de informá-tica e palestras realizadas dentro da escola serviram de base para a cons-trução da história apresentada pelos atores da Saul. As informações ad-quiridas para a participação do con-curso não ficaram apenas centradas no intuito de receber o prêmio, a turma absorveu conhecimento e re-passou ao restante da escola!

Depois de muito trabalho duro no contra turno das aulas e amor por aquilo que fizeram, os alunos exibem orgulhosos o troféu conquistado e lembram de uma música que marcou a trajetória até a vitória, Mc Gui com seu hit que dizia para sonhar e nunca desistir, fez da vitoria dessa galera ainda mais animada.

Conversa com Seu Nestor

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Os alunos contam que apresen-taram a peça aos colegas e até tira-ram algumas dúvidas sobre o tema, na percepção deles, “é mais fácil educar os mais novos, já que eles serão o futuro”.

Sobre criar a consciência de pre-servação e cuidados com o meio ambiente, Rian Vitor da 7ª série foi o responsável por interpretar o Ma-thias Gota, mascote já conhecido da cidade. Além da responsa, o garoto que se divertiu ao se caracterizar com tinta azul, Rian ficou impres-sionado em como as crianças meno-res da escola o reconheceram depois da peça mesmo sem todo o seu figu-rino “elas aprendem mais fácil com apresentações assim né?”. O garoto também comentou a importância de ter participado da ação, que para ele, além da amizade que se firmou ainda mais com os colegas, o fez en-tender como funciona o projeto de uma obra de melhorias para a rede de abastecimento de água fez toda a diferença, “às vezes nós recla-mamos dos problemas que as obras causam, mas esquecemos das me-lhorias que elas trazem”.

Juliana Petri, também aluna do sé-timo ano se realizou ao interpretar a personagem principal do enredo, Joa-quina, para ela “é importante cons-cientizar a todos sobre a essas questões da água, existem muitas doenças que podem ser causadas por falta de trata-mento e conhecimento, quanto mais saneamento básico as cidades tive-rem, mais saúde o povo tem”.

Em meio aos talentos descober-tos através do concurso os elogios renderam ao carismático Alexsan-dro Santana, 9º ano. Seu senso de humor, espontaneidade e disposi-ção, não arrancaram apenas risadas do público ao dar vida à avó de Joa-quina na história, mas mostraram que ações que promovem o envol-vimento de alunos e professores, podem mudar a relação entre eles. “Alexsandro falou pra mim que não ‘ia muito com a minha cara’, em um dos últimos ensaios ouvir dele que me amava e entendia o que eu estava fazendo por eles. Isso me emocionou, já que ele conseguiu me reconhecer como pessoa, como uma amiga, me realizei”, contou a profe cheia de orgulho.

LINK!Assista a apresentação da escolahttps ://www.youtube.com/

watch?v=gFUpInb82nE

Conversa com Seu Nestor

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EDUCAÇÃO

Por Jéssica Stierlejé[email protected]

@ORQUIDIGITALer contato com a terra, conhecer e cultivar espécies, mas acima de tudo, honrar o título dado a Joinville de cidade das Flores, esses tem sido os objetivos do projeto Escola em Flor, iniciativa da Secretaria de Educação Municipal coor-

denada pelo Neam, Núcleo de Educação Ambiental. Perfeitamente alinhados na sala de aula e extremamente concentrados, foi assim

que encontramos os alunos do 4º e 5º ano da Escola Alfredo Germano Henrique Hardt, de Pirabeiraba. Por mais que o encontro estivesse cheio de expectativas das duas partes envolvidas, não imaginávamos encontrar um cenário tão bacana quanto o que nos foi apresentado.

TContraditório seria se as escolas da cidade das flores não as cultivassem em seus espaços, certo? Certo!

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Andar pelo pátio da escola é um convite para se sentir em um bosque parecido com aqueles dos filmes da indústria hollywoodiana. Árvores, muitas delas, grandes o suficiente para produzir espaços de sombras - mes-mo em um dia nublado - e pequenas o bastante para sustentar um peque-no abacaxi que ganhava vida pintam a parte externa da unidade escolar. Em um canto a horta bem cuidada pela galera dá o ar da graça, plantio fei-to pelos alunos. Por lá existe também um local destinado a parreira de uvas, e no fundo do terreno, passando por um caminho de lajotinhas, que a galera teve o maior cuidado pra fazer, estava a grande atração do dia, o orquidário da Alfredo Germano.

A galerinha havia se preparado para nos apresentar as experiências vivenciadas por lá, onde mais de 50 vasos de flores estavam espalhados, todos etiquetados com o nome dos alunos responsáveis pelas plantas. As aventuras narradas por eles começa-ram em abril desse ano, quando a ideia do projeto Escola em Flor foi lançada, eles é claro, toparam o desafio. Isso porque cultivar um orquidário não é fácil, muita “gente grande” não dá conta, e pra quem está só começando a dar os primeiros passos na vida, os alunos “deram um banho” de conhe-cimento e curiosidade. Além de pes-quisas na internet, livros e papos com pessoas próximas, as turmas contaram com um passeio ciclístico até o Orqui-dário Purpurata, local onde receberam instruções de plantio e dicas de como lidar com possíveis situações, como o ataque de fungos.

Enquanto caminhávamos pelo pá-tio, cuidado e zelado pelos alunos, os mesmos foram nos relando as histórias vivenciadas ali de uma maneira leve, assim como as pétalas das flores que

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TECH SHOWSe a paciência está sendo exercida de forma prática, acompanhar o desenvolvimento das

flores passou a ter um gostinho de rapidez. Os tablets recebidos pela prefeitura para a escola tem facilitado o processo, tornando tudo mais tecnológico, prático e divertido.

É através do Evernote, aplicativo de organização digital que os alunos fazem o registro dos trabalhos destinados ao orquidário desde abril. Com a ferramenta disponível nos tablets, os estudantes produzem relatórios informando o estado das plantinhas, seu crescimento e as técnicas utilizadas para melhorar a vida delas. Vasculhando o “Orqui Digital” no app é possível acompanhar todas as informações apuradas pelos alunos, desde o nome cientifico da flor, sua data do plantio até fotos e relatos do dia a dia no projeto.

O sucesso da iniciativa foi tanto que o projeto dos registros online do orquidário foram pa-rar na 3º Fecitej (Feira de Ciências, Inovação e Tecnologia de Joinville), conquistando o segundo lugar da categoria do Ensino Fundamental: Anos Iniciais. Para os pequenos e professores, uma experiência e tanto. O mais legal? Todo o conhecimento apresentado aos visitantes da feira ainda estavam na ponta da língua da galera.

Sobre o casamento de cultivo de flores e tecnologia, a diretora Carol diz que é necessário inserir o mundo digital à escola, “nada melhor do que usar dessas ferramentas no cultivo”. Dedicada ao que faz e orgulhosa dos resultados obtidos pelas turmas, a diretora nos contou que a ideia é fazer com que os dados e informações já conhecidas pelos seus pupilos, possam servir de iniciativa e inspiração a outras pessoas, “queremos orientar, ajudar e incentivar a comunidade a fazer da cidade ainda mais florida”.

ainda estão para nascer nos vasos do orquidário e nos troncos das árvores do pátio. “É um trabalho que envolve muita paciência”, explicou a diretora, Caroline Brunken. Ao invés de desmo-tivados por não obterem o tão esperado desabrochar das flores – que pode le-

var até sete anos –, os colegas contam que sabem da importância de cuidar de todos os processos, que vão desde ficar atentos a previsão do tempo, até fornecer os melhores substratos para auxiliar no crescimento das orquídeas.

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#FICADICASe após conhecer o que a galerinha da escola Escola Alfredo Germano Henrique Hardt anda

aprontando, que tal reproduzir a ideia na sua escola, ou com a sua família? Se liga nas dicas de como cuidar de uma orquídea.

FATORES ESSENCIAIS PARA CULTIVAR:1. LUMINOSIDADE – grande parte das or-

quídeas se desenvolve melhor em locais protegidos da luz solar direta.

2. TEMPERATURA – a temperatura precisa estar acima de 15 graus dentro de casa.

3. VENTILAÇÃO – essa espécie está acostu-mada com uma boa ventilação natural, por isso, se for cultivar em um lugar fe-chado, mantenha o local arejado.

4. UMIDADE - as flores precisam de ambien-tes em que a umidade seja de 50%, pois captam a água do ar também.

PARA REGAR:• Regar apenas quando o vaso estiver seco;• É importante dosar a combinação certa

de ar e água! O excesso de umidade pode levar a orquídea a adoecer e em um caso extremo, até a morte; : (

• Para verificar quando a plantinha precisa de água, uma dica é pesar o vaso quando ela estiver molhada e seca. Coloque o dedo cerca de 2,5 centímetros no meio para verificar a umidade;

• Use sempre água morna do início do dia para dar chance a flor de secar antes de anoitecer.

Jasminne Barbosa está no 5º ano, um pouco tímida e quietinha, a menina curte as princesas e quase leva o nome de uma flor conhecida na identidade. Sentada em uma das primeiras fileiras da sala de aula, enquanto conversávamos sobre o Orqui Digital, perguntamos aos alunos quem gostaria de no futuro seguir uma profissão que lidasse com flores, Jasminne levantou a mão “eu quero! Aprendi muito com o que já fizemos aqui, adorei conhecer os nomes científicos e acho que gostaria de fazer isso... Cuidar das flores...”.

Se despedindo da escola no final do ano, Barbosinha não verá a orquídea que leva o seu nome em uma etiqueta florescer a tempo, “os outros colegas vão cuidar, assim espero... e eu vou voltar para visitar” confirma.

Tudo bem que encontrar uma escola ou até mesmo uma cidade florida é demais, mas saber que o desabrochar também acontece na caminhada escolar através de projetos e iniciativas assim, ahh... Isso é mais que demais!

A QUERIDINHAConsiderada uma flor frágil e delica-

da, as orquídeas possuem mais de 28 mil espécies pelo mundo todo. Seu cultivo envolve muito cuidado e carinho, mas o resultado é impressionante.

Existem três tipos de orquídeas, as Epífitas que crescem em árvores e são capazes de extrair os nutrientes do local de enraização e ar, Litófitas que se desenvolvem em rochas e as Terrestres que encontramos no solo.

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Angela Maria Vieira dedica há mais de 20 anos seus dias em prol da edu-cação. Professora de história, a mestre “fez história” ao estar entre os dez me-lhores professores do Brasil.

Com o projeto “Os guardiões do sambaqui” realizado no ano passado com seus alunos do 6º ano da Escola Prof. Maria Regina Leal, a educadora se destaca pelo amor à profissão e satisfa-ção em ensinar.

PING PONG

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TRÊS ESTRELINHAS

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Revista its: Por que escolheu seguir o caminho em sala de aula?

Profª Angela:É um legado familiar, minha mãe, minha irmã, minha tia eram professoras. Eu cresci em meio aos livros, diá-rios de classe, discussões sobre questões pedagógicas. A escola era um ambiente prazeroso para mim, sempre gostei de ler, de aprender. Costumava ser muito elogiada pelos professores em virtude do meu desempenho escolar, isso foi muito importante para minha autoestima, creio que tudo isso tenha interferido na minha escolha profissional.

Revista its: Qual a sua maior satisfação em ser professora? Profª Angela: Creio que a maior satisfação de quem exerce

a docência é perceber que o educando avançou no processo de aprendizagem. Somos mediadores entre o saber acadêmico e a realidade na qual os alunos estão inseridos. Trabalhar conceitos históricos utilizando como referência o meio social dos estudan-tes sempre foi o meu grande desafio como professora de história, quando verifico que os instrumentos pedagógicos que utilizei respondem minimamente a esse desafio fico muito satisfeita, com sensação de dever cumprido.

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análise crítica dos discursos, das informa-ções propagadas pelas mídias. Tudo o que somos é resultado do que fomos, enquanto sociedade e indivíduo. Creio que tudo isso contribua de forma positiva para a formação dos estudantes e para que façam a diferença.

Revista its: Ao se inscrever no prêmio

professor nota 10, você tinha noção de que iria tão longe?

Profª Angela: Quando me inscrevi no Prêmio Educador Nota Dez sabia que ti-nha um bom projeto, mas não imaginei que chegaria tão longe. Trabalho constan-temente com projetos, faz parte da minha pratica pedagógica, a direção da escola e al-guns colegas me apoiaram e torceram mui-to, pois sabem do meu comprometimento com a educação. Todos vivenciamos as di-ficuldades do exercício dessa profissão, esse prêmio é um reconhecimento nacional do meu trabalho e do ofício de professor.

Revista its: Como foi para você saber que estava representando a cidade em um evento tão importante?

Profª Angela: É uma responsabilidade muito grande porque eu representei um Estado, uma Rede Municipal e a classe dos professores de história, que com poucas aulas precisam cumprir a sua matriz cur-ricular e utilizarem instrumentos pedagó-gicos atraentes para promover o processo de aprendizagem, que passa muito pelo de“ensinagem”, ou seja é muito impor-tante refletir, rever e inovar as suas práti-cas pedagógicas.

Revista its: Para outros educadores, qual seria o seu conselho?

Profª Angela: O meu conselho para os educadores é ler muito e ouvir as expe-riências pedagógicas de outros colegas. Eu gosto muito dos trabalhos realizados pe-los profissionais das áreas de arte, língua portuguesa e geografia. Eles me inspiram, conversamos constantemente, trocamos experiências e parcerias.

O uso das diversas mídias e das redes sociais como ferramenta pedagógica é fun-damental para dinamizar e tornar as aulas mais atraentes para os estudantes, princi-palmente nas aulas de história cuja carga horária semanal costuma ser de duas aulas.

Revista its: Quando não está em sala de aula, o que você gosta de fazer?

Profª Angela: Eu gosto muito de ler e do contato com a natureza, eu, meu marido e meu filho, praticamente todo sábado saí-mos para passear na área rural de Joinvil-le e imediações. Pisar na terra, respirar ar puro, ter contato com a água nos revigora e nos faz refletir sobre o quanto a sociedade de consumo que criamos nos distanciou da nossa essência.

Revista its: Teve algum momento mar-cante na sua trajetória?

Profª Angela: Um dos momentos mais marcantes da minha carreira, além de es-tar na lista dos dez vencedores do Prêmio Educador Nota Dez é receber o reconheci-mento do nosso trabalho pelos estudantes. Como já estou há muito tempo na militân-cia do magistério tenho muitos alunos que já estão no mercado de trabalho, consti-tuíram família.... Alguns me param na rua ou entram em contato comigo nas redes sociais para me agradecer pelas aulas ou por uma fala que eventualmente os sen-sibilizou, esse reconhecimento é muito gratificante e estimulante.

Revista its: Seu projeto premiado teve a intenção de trabalhar os sambaquis com os alunos. Por que esse tema foi escolhido?

Profª Angela:O estudo dos povos sam-baquianos faz parte da Matriz Curricular de História no 6º ano. No Bairro Espinheiros, onde a escola está localizada, temos catalo-gados quatro sambaquis. A Baía da Babiton-ga que margeia o bairro tem 150 sambaquis e em Joinville são 42 sítios arqueológicos. Temos também o Museu Arqueológico do Sambaqui, referência no Brasil em termos de pesquisa arqueológica. Como tenho uma proposta de trabalho para privilegiar a his-tória local, resolvi aprofundar o tema.

Revista its: Quais eram os objetivos ao idealizar o projeto?

Profª Angela:Os objetivos do projeto eram informar e preservar, uma vez que muitos sambaquis já haviam sido destruídos por conta da expansão imobiliária e do van-dalismo, por falta de informação por parte da população e até de empresas que utiliza-vam as conchas dos sambaquis para produ-

zir cal ou promover a pavimentação das ruas

Revista its: Os alunos tiveram a opor-tunidade de vivenciar a ideia do projeto fora da sala de aula?

Profª Angela:Em uma das etapas do projeto fizemos um “caminhada arqueoló-gica” pelo bairro Espinheiros, dessa forma os estudantes entraram em contato direto com o espaço ocupado pelos povos samba-quianos há aproximadamente três mil anos. Falamos sobre o modo de ser e de viver desses povos, das semelhanças e diferenças com a nossa sociedade. Tivemos uma expe-riência sensorial ao entrarmos em contato com os sítios arqueológicos.

Revista its: Como ele foi desenvolvido? Houveram fases de desenvolvimento?

Profª Angela: O projeto foi realiza-do em várias etapas, as mais marcantes foram à visita ao Museu Arqueológico do Sambaqui e ao Arquivo Histórico, a cami-nhada arqueológica, a produção textual e de marca páginas contendo informações sobre os povos sambaquianos. Esse mate-rial informativo foi distribuído para toda a comunidade escolar.

Revista its: Lidando diariamente com fatos e momentos históricos, com você acredita que a educação trilha nesse con-texto?

Profª Angela:A educação de qualidade é fundamental para o desenvolvimento do país. É através dela que formamos indiví-duos conscientes do seu papel social.

O maior investimento que os gover-nantes podem fazer em um país é na educa-ção. Os profissionais da educação precisam ser valorizados, a formação continuada tem que se tornar realidade.

Nos países em que a educação é prio-ridade o índice de criminalidade é muito reduzido e as pessoas exercem de fato e de direito a sua cidadania. Devemos isso as fu-turas gerações.

Revista its: Você busca implantar nos seus alunos a inspiração de fazer a dife-rença no futuro analisando o passado?

Profª Angela: O estudo da história visa proporcionar ao individuo a percepção de mudanças e permanências na sociedade, o entendimento e respeito à diversidade ét-nica e cultural, conceitos de cidadania, a

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ESCOLA

PROFª ELIZABETH VON DREIFFUS

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GALERIAS

Kelly, Larissa, Monique e Julia Daniela, Julia, Izabel e Sabrina

Guilherme, Renan, João Lucas e João Vitor Daniel, Ana Carolina, Jaqueline e Guilherme

Galera 9 ano B

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Gustavo, Matheus, Brendom e Theillor Kelly, Tamirys, Eduarda e Wallan

Galera 9 ano A

Ketylen, Jéssica e Emely Maria, Izabel, Maria Eduarda e Anelize

Julia, Angelo, Samuel e Monique José, João, Cleiton e Eliezer

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ESCOLA

PROFª KARIN BARKEMEYER

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Beatriz, Gabriela e Carolina Meninas da Karin Barkemeyer

Turma da Karin Barkemeyer

9 ano A

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Bruno, Osmair e JonatasIsabelle, Nicolly e Milena

Giovanna, Letícia, Naytiara e Niely

Maria, Julia Sara e Julia Thiago, Arthur, Weslley e Jean

David, Nikolas, Ruan e Elisson

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ESCOLA

NELSONDE MIRANDA COUTINHO

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Eliseu, Willian, Jessica e Felipe

Andriele, Giovani e Jaíne

Iasmim, Leandro, Carine e Fernanda

Guilherme, Alexandre, Andressa e João Pedro

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Gilvan, Miguel, Eryson e Maria Eduarda

Denis, Wedley e Wesley Gabriel e Diego

Claudio H, Thanatan, Gustavo e RicardoSabrina e Bruna

Sabrina, Débora, Indianára e Mielene Suelen, Laryssa e Camila

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ESCOLA

PAULHARRIS

36 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

9 ano

Ana Paula e Melissa

Galera 8 ano A

Galera 8 ano A

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Luíza, Paula, Laís e Mônica

Emanuell, Piero, Bruno, Gustavo e Vinucius

Letícia, Joana, Helena e Sarah

Galera 9 ano A

Taynara

Nicole, Ana Paula e Michelle

Julia, João Vitor, Sarah e Giulia

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ESCOLA

PROFº SAUL SANT´ANNA DE OLIVEIRA DIAS

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Ana, Eloiza, Julia e Betina

Amigos da Saul Sant'anna

Galera da Saul Sant'anna

Meninas da Saul Sant'anna

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Adrielle, Maria Eduarda e Luciana

Professora Alexandra Ed. Física, com seus alunos

Andressa, Naiele e Dayane

Naiele, Dayane e Andressa Karen, Gabriela e Amanda

Meninos da Saul Sant'anna

Vitor e Cintia

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ESCOLA

PROFª VIRGÍNIA SOARES

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Matheus, Victor, Patrick e HenriqueIsabeli e Mayla

Graziela, Mayara, Nicoli e Brenda

Galera da Virgina Soares

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Letícia, Amanda e AmandaAghata, Letícia e Isabela

Meninas 9 ano

Prof Michele com seus alunos Rodrigo, Matheus, Tallys e Luiz

Ana, Gustavo, Gabriel e Kewin

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SAIDEIRA

Tem dias que a gente acorda sem

vontade de viver. Nem se senta no ban-

co preferido do ônibus, mas ainda assim

deseja um bom dia ao motorista. Músi-

cas aleatórias tocam no fone de ouvido,

até que todas elas dão lugar àquelas que

a gente mais gosta. De repente o sol apa-

rece e o céu fica com um tom aquarela

que qualquer criança desejaria para um

desenho. Então você fica ali, olhando

pela janela, com sua música favorita to-

cando e desejando que aquele momento

não acabe.

Você não quer ir à aula, ao trabalho

ou a qualquer compromisso que seja.

Você só quer que o ônibus continue com

a viagem, porém sem parar no ponto de

sempre. Porque você sabe que a semana

está só começando e que terá que aguen-

tar as mesmas pessoas com os mesmos

olhares cansados e desanimados de

sempre e isso, de alguma forma, o afeta.

Você sente falta dos anos em que todos

eram amigos, todos se animavam com

tão pouco e todos sorriam sem esperar

nada em troca.

Mas agora você sabe que as exigên-

cias aumentaram, a concorrência já faz

parte da rotina e talvez até o individua-

lismo esteja mais presente na sociedade.

Só que enquanto você está olhando para

o céu, você sente o seu corpo mais leve e,

de repente, tudo começa a fazer sentido.

Você cria forças para viver mais um dia,

você tem vontade de contar a todos o

que sente e você sente um sorriso brotar

próprio no rosto.

Talvez a cama tivesse sido o melhor

lugar para se ficar nesta manhã, mas

você não saberia as oportunidades que

teria se não saísse em busca de mais

aventuras neste dia normal. A rotina

pode até cansar, mas há sempre surpre-

sas escondidas até nos dias mais simples.

Certamente viver é essa mistura de

oportunidades, aventuras e surpresas

que os dias que se sucedem nos propor-

cionam. Você pode até reclamar, mas no

fundo sabe que cada dia é um novo co-

meço, uma nova etapa, uma nova chan-

ce para viver. E de nada adianta querer

enxergar o nascer do sol se você insiste

em ficar trancado em um lugar sem luz.

Na verdade, de nada adianta querer ter

uma vida diferente se você achar que

tudo é igual, monótono ou sem graça.

Quantas oportunidades você já perdeu

porque nem se deu o trabalho de se ar-

riscar, não é mesmo?

As oportunidades de viver são

imensas, mas muitas vezes você não

as enxerga porque está mais preocu-

pado com os problemas pessoais do

que com pequenos detalhes da vida.

Às vezes, é preciso parar e simples-

mente respirar fundo e deixar tudo

voar para bem longe, como fazem os

pássaros que nos acompanham pela

manhã no nosso caminho.

As oportunidadesde viver

Por Vanessa Esteveswww.esteveswhere.com

Só que enquanto você está olhando para o céu, você sente o seu corpo mais leve e, de repente, tudo começa a fazer sentido

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Vanessa Esteves tem dezoito anos, mora em Florianópolis, é blogueira desde 2012 e futura jornalista. Apaixonada por livros, escrita, música, sorrisos e azul. Acredita que pode mudar o mundo (ou pelo menos uma parte dele) com suas palavras. Acesse: esteveswhere.com e saiba mais da garota

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SER 0058-15P AN GRADUACAO_PAG ITS.pdf 1 28/09/15 18:26

Por Vanessa Esteveswww.esteveswhere.com

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TIM Pré 150 - Por R$7,00 (preço promocional) você tem durante 7 dias: (1) 100 minutos em ligações, (2) 150MB de internet e (3) torpedos para qualquer operadora, sem restrições. Ao chegar ao fim do 7º dia os benefícios serão renovados de forma recorrente enquanto o cliente tiver créditos (R$7,00). Para o uso de internet, a velocidade de referência é de até 1Mbps na rede 3G e 5Mbps na rede 4G. Oferta válidapara utilização dentro da rede da TIM e válida até 20/01/2016. Para mais informações, consulte o regulamento em tim.com.br.

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