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Universidade Presbiteriana Mackenzie IV CONGRESSO LUSÓFONO DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E GESTÃO Adelaide Maria Coelho Baeta Carolina Campolina Horta Luciana Branco Penna Reginaldo De Jesus Carvalho Lima Ana Luisa Pinto Queiroz MESTRADO PROFISSIONAL: UM NOVO ESPAÇO NA CONSTRUÇÃO DA UNIVERSIDADE EMPREENDEDORA Resumo Este artigo é o resultado parcial da pesquisa sobre a criação e validação de indicadores de Universidade Empreendedora no Brasil. Busca encadear as respostas sobre questões relativas à estruturação das atividades da universidade empreendedora. A literatura sobre os mestrados profissionais apresenta algumas abordagens para avaliar o papel e a relevância dos mestrados , mas não há referência à questão da universidade empreendedora. O que se pretende é aprofundar num recorte destas atividades, tendo o Mestrado Profissional como um espaço de transferência de conhecimento e tecnologia, que assinala a aproximação da universidade com a comunidade na busca de qualificar profissionais capazes de empreender e tornar as empresas mais inovadoras e competitivas, interferindo no desenvolvimento econômico local. Palavras- chaves: mestrado profissional, universidade empreendedora, transferência de conhecimentos; 1. Introdução O Crescimento do número de Mestrados Profissionais (MPs) no Brasil nas diferentes áreas do conhecimento tem instigado pesquisadores e estudiosos a analisar o papel desta categoria de mestrado. O mestrado profissional pode ser entendido como uma modalidade de mestrado stricto sensu que qualifica o aluno a atuar nas organizações articulando o conhecimento produzido nas universidades com as demandas da sociedade. A criação dos MPs corresponde à preocupação de se ter cursos de pós-graduação com enfoque mais profissionalizante, voltados à formação de profissionais de alto nível, não necessariamente para atuar na vida acadêmica. O tema vem ganhado espaço nas discussões acadêmicas devido ao seu potencial de gerar inovação e melhoria do desempenho competitivo das organizações. Muitos artigos tem sido publicados incorporando o papel do mestrado profissional como base para a formação de profissionais mais bem preparados do ponto de vista gerencial para atuar nas organizações, promovendo a inovação e a competitividade. (Bertero, 1998; Virmond, 2002; Gazzola, 2003; Moreira, 2004; Freitas et al., 2006; Ribeiro, 2006; Marcondes, Siqueira & Benedeti, 2014; Antunes et al., 2016; Vilela et.al, 2016). A literatura sobre os MPs apresenta algumas abordagens para avaliar o papel e a relevância dos mestrados , mas não há referência à questão da universidade empreendedora. Algumas

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Universidade Presbiteriana Mackenzie

IV CONGRESSO LUSÓFONO DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E GESTÃO

Adelaide Maria Coelho Baeta

Carolina Campolina Horta

Luciana Branco Penna

Reginaldo De Jesus Carvalho Lima

Ana Luisa Pinto Queiroz

MESTRADO PROFISSIONAL: UM NOVO ESPAÇO NA CONSTRUÇÃO DA

UNIVERSIDADE EMPREENDEDORA

Resumo Este artigo é o resultado parcial da pesquisa sobre a criação e validação de indicadores de Universidade Empreendedora no Brasil. Busca encadear as respostas sobre questões relativas

à estruturação das atividades da universidade empreendedora. A literatura sobre os mestrados

profissionais apresenta algumas abordagens para avaliar o papel e a relevância dos

mestrados , mas não há referência à questão da universidade empreendedora. O que se

pretende é aprofundar num recorte destas atividades, tendo o Mestrado Profissional como um

espaço de transferência de conhecimento e tecnologia, que assinala a aproximação da

universidade com a comunidade na busca de qualificar profissionais capazes de empreender e

tornar as empresas mais inovadoras e competitivas, interferindo no desenvolvimento econômico

local.

Palavras- chaves: mestrado profissional, universidade empreendedora, transferência de

conhecimentos;

1. Introdução O Crescimento do número de Mestrados Profissionais (MPs) no Brasil nas diferentes áreas do

conhecimento tem instigado pesquisadores e estudiosos a analisar o papel desta categoria de

mestrado.

O mestrado profissional pode ser entendido como uma modalidade de mestrado stricto sensu

que qualifica o aluno a atuar nas organizações articulando o conhecimento produzido nas

universidades com as demandas da sociedade. A criação dos MPs corresponde à

preocupação de se ter cursos de pós-graduação com enfoque mais profissionalizante, voltados

à formação de profissionais de alto nível, não necessariamente para atuar na vida acadêmica.

O tema vem ganhado espaço nas discussões acadêmicas devido ao seu potencial de gerar

inovação e melhoria do desempenho competitivo das organizações. Muitos artigos tem sido

publicados incorporando o papel do mestrado profissional como base para a formação de

profissionais mais bem preparados do ponto de vista gerencial para atuar nas organizações,

promovendo a inovação e a competitividade. (Bertero, 1998; Virmond, 2002; Gazzola, 2003;

Moreira, 2004; Freitas et al., 2006; Ribeiro, 2006; Marcondes, Siqueira & Benedeti, 2014;

Antunes et al., 2016; Vilela et.al, 2016).

A literatura sobre os MPs apresenta algumas abordagens para avaliar o papel e a relevância

dos mestrados , mas não há referência à questão da universidade empreendedora. Algumas

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abordagens têm sido adotadas como, por exemplo, a justificativa da criação dos MPs tendo

em vista o aperfeiçoamento do indivíduo voltado à aplicação profissional e, por extensão, ao

mercado de trabalho (Virmond, 2002; Ruas, 2003; Gazzola, 2003; Quelhas, 2004; Andrade et

al, 2004; Freitas et al., 2006; Vasconcelos, 2016). Alguns estudos tratam do surgimento do

MP como uma inovação na estruturação da universidade (Gouvea & Zwicker, 2000;

Silveira,2005; Fischer et al. 2005; Teixeira, Oliveira e Faria 2008; Hotale, 2010; Mamede,

2014). De modo semelhante (Barros et al.,2005; Ribeiro, 2006; Menandro, 2010; Meyer,

Pascucci & Mangolin 2012; Vilela, 2016) colocam ênfase na avaliação dos MPs em relação aos

metrados acadêmicos. Outros estudos estabelecem a relação dos MPs com a competitividade

das empresas e o desenvolvimento local (Piquet, Leal & Terra, 2005; Antunes et al., 2016

; Brito et al., 2016).

Uma abordagem interessante se assenta nos estudos de Ostermann e Rezende (2009) e de

Silva (2016) que propõem a avaliação dos MPs, incluindo análise dos trabalhos de final de

curso, a implementação da prática dos resultados, e, especialmente, a adoção efetiva pela

empresa. Observa-se, entretanto que tais estudos centram-se na transferência de conhecimento

na relação universidade- empresa.

A partir destas reflexões, é possível identificar uma lacuna na análise dos MPs enquanto

uma nova atividade da Universidade e que contribui não apenas na ampliação de suas

fronteiras, como estabelece uma aproximação mais intensa com a comunidade para uma

efetiva transferência de conhecimento e tecnologia para inovação tecnológica e o

desenvolvimento econômico.

2. A universidade empreendedora A palavra inovação faz parte do cotidiano das organizações contemporâneas. A gestão da

inovação chega às universidades com o desafio de aproximá-las cada vez mais da comunidade

na busca de contribuir efetivamente para o desenvolvimento local. Uma literatura incipiente

se ocupa de descrever as iniciativas que vão se desenvolvendo no âmbito acadêmico,

acrescentando atividades de caráter inovador e empreendedor. Assim é que alguns estudiosos

cunharam o conceito Universidade Empreendedora.

A universidade empreendedora estabelece uma cultura empreendedora que favorece o

processo de inovação, flexibiliza e amplia suas fronteiras mediante a transferência

conhecimentos para o setor produtivo, favorecendo o processo de inovação tecnológica,

contribuindo para a maior competitividade das empresas locais, apoiando a criação de novos

empreendimentos tecnologicamente inovadores, com o objetivo de interferir efetivamente no

desenvolvimento econômico (Etzkowitz & Loet, 2000; Almeida & Terra, 2016)

Inicialmente criada para transmitir os conhecimento e preparar pessoas através do ensino,

posteriormente passou a realizar experiências científicas da chamada ciência básica. Uma

outra revolução acontece com a extensão de suas atividades de assistência à comunidade mais

próxima. A revolução atual ocorre num sentido mais complexo, quando a universidade amplia

suas fronteiras na realização de pesquisa aplicada para a solução de problemas da sociedade,

para a formação empreendedora e interferindo no desenvolvimento econômico e social

(Etzkowitz & Loet, 2000).

A definição de Tornatzky et al (2012) para universidade empreendedora reúne algumas

dimensões como cultura empreendedora; liderança; atividades de empreendedorismo;

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parceria universidade - empresa; transferência de tecnologia. São fatores importantes que

definem a maneira como ocorre esta aproximação da comunidade acadêmica com a

sociedade (Tornatzky et al., 2012). Todos estes fatores apontam para a relevância da

universidade como elemento fundamental na criação e disseminação do conhecimento

cientifico para a solução de problemas da sociedade.

O conjunto de estudos sobre universidade empreendedora tem como foco a investigação sobre

a forma como os agentes acadêmicos são condicionados por configurações espaciais específicas

que produzem dinâmicas sócio culturais favorecedoras de atividades diversas do esquema

tradicional que evidenciam-se como tecnologicamente inovadoras (Etzkowitz,

1998; Tornatzky, 2012; Jarowitch et al. , 2013; )

3. O papel e a trajetória dos MPs no Brasil O crescimento do número de Mestrados Profissionais (MP) no Brasil nas diferentes áreas do

conhecimento tem instigado pesquisadores e estudiosos a analisar o papel desta categoria de

mestrado na aproximação da universidade com a comunidade.

O tema vem ganhado espaço nas discussões acadêmicas devido ao seu potencial de gerar

inovação e melhoria do desempenho competitivo das organizações. Muitos artigos tem sido

publicados incorporando o papel do mestrado profissional como base para a formação de

profissionais mais bem preparados do ponto de vista gerencial para atuar nas organizações,

promovendo a inovação e a competitividade (Bertero, 1998; Virmond, 2002; Gazzola, 2003;

Moreira, 2004; Freitas et al., 2006; Ribeiro, 2006; Marcondes, Siqueira & Benedeti, 2014;

Antunes et al., 2016; Vilela et.al, 2016).

Nesse âmbito, cabe destacar que o mestrado profissional pode ser entendido como uma

modalidade de mestrado que qualifica o aluno a atuar nas organizações articulando o

conhecimento produzido nas universidades com as demandas da sociedade. A criação dos

MPs corresponde à preocupação de se ter cursos de pós-graduação com enfoque mais

profissionalizante, voltados à formação de profissionais de alto nível, não necessariamente

para atuar na vida acadêmica.

A proposta de criação do Mestrado Profissional, pelo Ministério da Educação, de acordo com

a Portaria 47 de 1995, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES) estipula que:

[...] O curso deverá articular as atividades de ensino com as aplicações de

pesquisas, em termos coerentes com seu objetivo, de forma diferenciada e

flexível. A existência de pesquisa de boa qualidade na instituição e de projetos

em parceria com o setor produtivo [...].

Em 1998, a CAPES reconheceu os cursos de (MP) com base nas seguintes premissas:

(a) necessidade da formação de profissionais pós-graduados aptos a elaborar

novas técnicas e processos; (b) a relevância do caráter de terminalidade, ou seja, ênfase no aprofundamento da formação científica ou profissional conquistada na graduação; (c) manutenção de níveis de qualidade condizentes com os padrões da pós-

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graduação stricto sensu e consistentes com a feição peculiar do Mestrado dirigido à formação profissional.

De acordo com Bertero (1998) o Mestrado Profissional se abre para setores mais amplos da

sociedade; no caso da área de administração, o seu objetivo é a formação de profissionais

capazes de levar ao aprimoramento das práticas administrativas, que beneficiarão a sociedade

em geral e as organizações em que irão atuar de maneira específica. Esta alternativa de

especialização se dirige à prática e ao aperfeiçoamento da administração, não necessariamente

enquanto ciência ou acumulação de conhecimentos sistematizados.

Alguns autores como Gouvêa e Zwicker (2000) analisam o Mestrado Profissional na gestão

das instituições de ensino. Para esses estudiosos esta modalidade de mestrado surge no

momento em que as instituições de ensino superior estão passando por uma fase de

reorganização e reestruturação de seus cursos de pós-graduação, em decorrência das

mudanças na economia nacional e mundial que exigem conhecimentos e habilidades que não

são explorados em cursos de graduação e nem em cursos oferecidos pelas próprias

organizações.

Observa-se que nesta fase inicial, as bases teóricas dos diversos estudos sobre o papel dos

MPs, referem-se à formação de profissionais mais capacitados para atuar nas empresas.

Todavia, em seu estudo Virmond (2002) sugere ser conveniente entrar na discussão das

relações Universidade -Empresa, uma vez que a criação destes cursos permeia intimamente esta

questão. Para aquele autor, fica cristalino que a finalidade desta modalidade, então, é o

aperfeiçoamento do indivíduo voltado à aplicação profissional e, por extensão, ao mercado de

trabalho e, por dedução, à empresa. Assim, estes cursos visam à capacitação aprimorada do

profissional atuante no mercado. Têm o imediatismo de resultado e a aplicabilidade focal

como intenções intrínsecas.

Ainda considerando aquele autor, o Mestrado Profissional marca presença diferenciada na

academia quando qualifica para o trabalho fora dela, tanto na empresa como na educação de

segundo grau. Entende-se, então, o Mestrado Profissional como uma nova modalidade de

Mestrado que se diferencia do Mestrado Acadêmico pela finalidade de formar indivíduos

altamente capacitados em sua área de atuação visando à sua absorção pelo mercado de

trabalho. Virmond (2002) conclui então que o Mestrado Profissional situa-se como uma

modalidade de curso de pós-graduação stricto sensu visando a atender uma lacuna na

formação altamente qualificada, primordialmente para atender à demanda de mercado.

Gazzola (2003) sintetiza a proposta do Mestrado profissional nestes termos: o objeto dos

Mestrados Profissionais é a aplicação, em um campo profissional definido, de conhecimentos

e métodos científicos atualizados e inovadores.

Em sua análise, Ruas (2003) afirma que os Mestrados Profissionais em administração tem

sido alvo de uma procura e uma aceitação bastante grandes, especialmente por profissionais já

estabelecidos na carreira. O que parece estar por trás dessa demanda é a aparente

predisposição entre indivíduos e empresas por programas de formação gerencial direcionados

às problemáticas empresariais efetivas.

De acordo com Andrade et al (2004), um dos desafios que devem ser enfrentados pelas

Instituições de Ensino Superior é a formação de profissionais para o mercado de trabalho, que

se reconfigura em constante transformação.

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Analisando o Mestrado Profissional do ponto de vista das organizações governamentais,

Freitas et al. (2006) estabelecem que o MP propõe mudanças qualitativas, que inclui, em

particular, a formação de profissionais oriundos de instituições governamentais (municipais,

estaduais e federais) comprometidos com processos dinâmicos de transformação institucional

e de inovação gerencial. Almeja-se que esses profissionais atuem como formadores e

indutores de processos de mudança em suas instituições de trabalho mediante a adoção de novos

conceitos e práticas, desenvolvendo produtos de aplicabilidade.

Num segundo momento pode-se perceber um avanço da literatura sobre os MPs em direção à

pesquisa aplicada. Piquet, Leal e terra (2005) assinalam que os Mestrados Profissionais

podem ser vistos como cursos que, a partir de uma visão horizontal do saber consolidado em

um campo disciplinar com as evidentes relações interdisciplinares, busca enfrentar problemas

concretos, utilizando, de forma direcionada, o conhecimento existente para equacionar tais

problemas. E afirma ainda que os Mestrados Profissionais constituem basicamente uma

oportunidade de maior aproximação entre os trabalhos conduzidos pela universidade e as

demandas existentes no campo social e profissional, diminuindo o prazo entre a investigação

e a sua aplicabilidade. Seu objetivo é encontrar o caminho da resposta a uma pergunt a

específica proposta pela área profissional ou identificada pela Universidade, como algo que

deve ser investigado naquela área.

Ao fim de um estudo, Piquet, Leal e Terra (2005) concluem que o Mestrado Profissional merece

ser visto como um acréscimo de qualidade ao sistema de pós-graduação stricto sensu vigente

no País e não como uma modalidade competitiva aos cursos hoje existentes.

Silveira e Pinto (2005) confirmam a preocupação com a formação profissionalizante e citam

como uma das principais justificativas do mestrado profissional, o sentido de resguardar o

aperfeiçoamento do profissional que deseja aprofundar ainda na universidade seu conhecimento

obtido na graduação, uma vez que o mercado de trabalho cada vez mais exige profissionais que

consigam solucionar problemas do cotidiano que impliquem na união de esforços práticos e

teóricos. O MP também traz outro importante diferencial para a sociedade e para o próprio

mestrando, que é justamente o produto final desse mestrado: a ênfase na adição de valor social

ao mercado de trabalho e à comunidade em geral, focando a profissionalização e gestão das

mais diversas formas de atividades sociais, empresariais, tecnológicas e até culturais (Silveira

& Pinto, 2005).

Outro autor que estabelece diferenças entre as duas modalidades de Mestrado é Ribeiro

(2005), para ele a principal diferença entre o Mestrado Acadêmico (MA) e o Mestrado

Profissional (MP) é o produto, isto é, o resultado almejado. No MA, pretende-se a formação

de docente e pesquisador. No MP também deve ocorrer a imersão na pesquisa, mas o objetivo

principal é formar alguém que, no mundo profissional externo à academia, saiba localizar,

reconhecer, identificar e, sobretudo, aplicar a pesquisa de modo a agregar valor às suas

atividades. O que se almeja é algo aparentemente simples, mas bastante ambicioso e difícil:

que o aluno entenda a importância da pesquisa em sua área profissional, que saiba onde

encontrar a pesquisa ainda não realizada, mas que se deverá ser feita no futuro – e,

finalmente, que seja capaz de incorporá-la em seu exercício da profissão (Ribeiro, 2006). Em

outras palavras, o que se propõe é favorecer que o aluno consiga transferir o conhecimento

acadêmico para o ambiente concreto, fomentando a atuação competitiva e inovadora da

empresa.

Similarmente, Silva (2016) estabelece em seu estudo que o desenvolvimento de competências

destinadas à análise de situações e resolução de problemas práticos do serviço, além de

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possibilitar uma formação crítica do egresso do Mestrado Profissional, permite sua qualificação

e aprimoramento.

Antecipando uma atuação mais abrangente do MP, Agopyan e Lobo (2007) afirmam que

aproximação entre os setores empresariais e de pesquisa tem hoje um potencial importante

para acelerar o desenvolvimento no Brasil. Eles podem atuar juntos em busca da redução das

diferenças sociais, para além de fomentarem a evolução econômica.

Na sequência, as investigações apresentam focos, notadamente voltados para uma visão mais

abrangente, privilegiando o estudo dos aspectos que favorecem a transferência de

conhecimentos para o desenvolvimento econômico local. Negret (2008) afirma que do MP pode

resultar em “uma maior aproximação entre a universidade e a realidade social”. Dentro desse

contexto, o maior desafio é integrar rigor à pesquisa e aplicabilidade dos resultados à sociedade.

Melo (2005) também justifica a modalidade de Mestrado Profissional pela exigência do

mercado de profissionais mais bem qualificados, em nível de pós-graduação, que sejam

capazes de articular o conhecimento com as práticas do mundo do trabalho.

Dos Mestrados Profissionais espera-se, assim, que desenvolvam estudos e técnicas

diretamente voltados ao desempenho de alto nível de qualificação profissional, de

tal forma que se pressupõe perfil, estrutura e funcionamento diferenciados para esses

cursos. Ademais, ao diplomado são conferidos prerrogativas e grau idênticos aos dos

que concluem o mestrado acadêmico, inclusive no que se refere ao exercício da

docência. (MELO, 2005).

Reforçando a necessidade de transferência de conhecimento produzido na Universidade para

aplicação em Empresas, Teixeira, Oliveira e Faria (2008) relembram que a abertura de mercado

na década de 1990, pressionou o cenário de desenvolvimento, exigindo das empresas um nível

maior de competitividade, consequentemente, maior demanda de executivos com formação pós-

graduada com atuação de maneira articulada às novas exigências de mercado.

Em 2009, os cursos de Mestrado Profissional foram regulamentados no Brasil pela PORTARIA

NORMATIVA No- 17, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2009 do Ministério da Educação que

dispõe sobre o mestrado profissional no âmbito da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento

de Pessoal de Nível Superior [CAPES]. De acordo com esta Portaria, em seu Art. 4,º são

objetivos do Mestrado Profissional:

I - capacitar profissionais qualificados para o exercício da prática profissional avançada e transformadora de procedimentos, visando atender demandas sociais, organizacionais ou profissionais e do mercado de trabalho; II - transferir conhecimento para a sociedade, atendendo demandas específicas e de arranjos

produtivos com vistas ao desenvolvimento nacional, regional ou local; III - promover a articulação integrada da formação profissional com entidades demandantes de naturezas diversas, visando melhorar a eficácia e a eficiência das organizações públicas e privadas por meio da solução de problemas e geração e aplicação de processos de inovação apropriados; IV - contribuir para agregar competitividade e aumentar a produtividade em empresas,

organizações públicas e privadas (BRASIL, 2009).

Tendo em vista a proposta da CAPES, Ostermann e Rezende (2009) afirma que esse modelo

de formação visa mudanças na concepção dos conteúdos dos cursos e em práticas educacionais,

trabalhando a racionalidade dos profissionais, a partir do domínio de novos conhecimentos com

o objetivo de permitir rápida transferência de conheciment o científico, mudanças em posturas

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e formas de agir. O objetivo da oferta de mestrados profissionais, nas diferentes áreas, deve

permitir mais rápida transferência do conhecimento científico para a sociedade, capacitando

profissionais que aumentem a competitividade das empresas (Ostermann, 2009). O autor

conclui que, um Mestrado Profissional que tenha acrescentado à capacidade de seu titulado

aquela de interferir positivamente no ambiente profissional será um sucesso (Ostermann &

Rezende, 2009).

Moreira (2009) amplia o entendimento sobre o Mestrado Profissional quando assegura que o

MP deve estar voltado para a aplicação do conhecimento, não somente na produção, ou seja,

deve preocupar-se também com o desenvolvimento da pesquisa aplicada. Também os estudos

de Hortale et al (2010) assinalam que a característica principal do Mestrado Profissional é o

desenvolvimento de habilidades e competências para a resolução de problemas e a capacidade

reflexiva de atuar com olhar crítico sobre o processo de trabalho, que ele considera como uma

característica única do Mestrado Profissional. E enfatiza:

É uma das formas de aplicabilidade da produção científica em desenvolvimento de tecnologias

e inovação. Do ponto de vista do processo pedagógico, deveria necessariamente avançar na

integração teoria-prática, autonomia de pensamento e compartilhamento de experiências

(Hortale et al., 2010).

Por sua vez, Menandro (2010) recorrendo ao texto da professora Tânia Fischer (2005) deixa

claro que tentar discutir o Mestrado Profissional sempre tomando como referência o eixo

acadêmico, impede de vê-lo como estratégia de formação profissional, com natureza e

estrutura próprias. Não se trata de um tipo de formação pensada em termos de linhas de

pesquisa, mas em termos de área de competência para a solução de problemas e para a inovação.

Coerente com aqueles autores, Vasconcelos e Vasconcelos (2010) dizem que, teoricamente, o

Mestrado Profissional forma profissionais mais voltados para a gestão e que desenvolvem

dissertações inclinadas para a proposição de modelos que visam à solução de problemas

concretos de gestão, integrando, assim, Universidade e Empresa.

Reafirmando tal abordagem, o trabalho de Closs Ferreira (2012) observa-se uma postura mais

voltada para a nova missão da universidade, quando assinala que o Mestrado Profissional,

além de produzir conhecimento e inovações, busca atender as demandas da sociedade,

ampliando o tradicional papel da Universidade. Desta forma, estabelece-se uma

interdependência entre Universidade e Empresa, visto que as empresas são detentoras da

lógica para criar produtos inovadores com vocação comercial e buscam na pesquisa das

universidades os fundamentos do conhecimento para tal.

A inovação pode representar para as empresas uma resposta da ciência à sua busca cada vez

maior por diferenciação, sendo chave para a sua sustentabilidade em um mercado altamente

competitivo. As universidades precisam igualmente desenvolver capacidades que garantam

sua sustentabilidade, adaptando-se a essa sociedade em transformação, o que implica uma

mudança no que tange ao processo de produção, difusão e aplicação dos

conhecimentos (Closs Ferreira, 2012).

Na mesma direção, Marcondes, Siqueira e Benedeti (2014) reafirmam o papel dos MPs

relação Universidade e Empresa:

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Com a integração com as empresas, o papel das universidades é ampliado, pois a sociedade é

beneficiada com a competência das empresas em transformar o conhecimento das

universidades em algo prático e acessível (Marcondes , Siqueira & Benedeti, 2014).

Num estudo mais recente, analisando os desafios da implantação dos MPs, Antunes et al. (2016)

nos lembram que, por muitos anos, a aproximação entre academia e o mercado

profissional foi vista com uma intransponível barreira no Brasil. Notadamente esta relação é

uma finalidade subjacente dos Mestrados Profissionais. Assinala ainda que o aluno de MP, após

aplicar o método científico para a elaboração de sua dissertação, passa a adquirir a habilidade

do pensamento científico e, por sua vez, tem condições de aplicar esse raciocínio científico na

sua empresa, ou em suas atividades profissionais, para a solução de novos problemas da prática

profissional, o que contribuiu para o desenvolvimento da sociedade como um todo. Antunes

et al. (2016) estudam os Mestrados Profissionais da perspectiva da área de contabilidade e

controladoria, e afirma que o MP tem um importante papel a cumprir na eliminação ou, ao

menos, no estreitamento desta distância entre a academia e a prática profissional, considerando

que os métodos qualitativos podem ser o caminho mais coerente para promover esta

aproximação. Este tipo de pesquisa não só produz resultados para aplicação prática

imediata, mas, também, foge do tecnicismo tradicional, uma vez que incorpora em seus

resultados o conhecimento teórico e o método científico.

Cabe salientar que os vários estudos, sobretudo nos anos recentes, apontam para o papel do

MP na aproximação da universidade com as organizações do setor produtivo em busca de

soluções de problemas, o que evidencia a relevância da pesquisa aplicada e a transferência de

conhecimentos para a competitividade das empresas. Mamede (2014) assinala:

Os Mestrados Profissionais vêm desempenhar o papel de produzir conhecimento para atender as demandas sociais, capacitando profissionais, a fim de que desenvolvam a atitude cientifica necessária à solução de problemas em sua realidade funcional (Mamede, 2014).

A análise dos documentos oficiais da Capes e da literatura sobre o tema, apontou para o fato

de que a criação dos Mestrados Profissionais na percepção dos estudiosos do assunto, obedeceu

a uma demanda da sociedade por profissionais mais bem preparados para atuar nas empresas e

organizações com objetivo de encontrar soluções inovadoras para os problemas de uma

sociedade em mudança. O Mestrado Profissional (MP) é hoje uma ideia consolidada, com cursos estabelecidos e recomendados na maioria das áreas de conhecimento em todo país. A regulamentação dos MPs (Brasil, 2009) traz como proposta a criação de cursos de natureza qualitativamente diferente dos Mestrados Acadêmicos, tendo como características: articulação com uma base de pesquisa consolidada; compromisso com uma produção científica e técnica; corpo docente qualificado academicamente e com experiência gerencial; desenhos curriculares e estratégias inovadoras de ensino-aprendizagem claramente articulados às experiências profissionais dos alunos e às demandas da sociedade (Vilela & Batista, 2016).

4. Conclusão A pesquisa possibilitou compreender, através dos diferentes artigos, o papel que os MPs

desempenham na formação profissional para os diferentes setores da sociedade, favorecendo

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o desenvolvimento da pesquisa aplicada e estabelecendo uma nova postura na articulação da

universidade com a sociedade e com o setor produtivo de modo mais específico.

Inicialmente criado para a qualificação e aperfeiçoamento de profissionais para um mercado em

transição, seu escopo de atuação foi evoluindo no sentido de preparar profissionais para buscar

solução de problemas das empresas exercendo seu potencial empreendedor e, posteriormente,

para favorecer a transferência de conhecimentos e tecnologias no desenvolvimento de processos

de inovação tecnológica e atividades empreendedoras, a partir da pesquisa aplicada.

Convém salientar que o MP superando o modelo tradicional, estabelece uma cultura

empreendedora que favorece o processo de inovação, flexibiliza e amplia as fronteiras da

universidade mediante a transferência de conhecimentos para o setor produtivo, contribuindo

para a maior competitividade das empresas locais e apoiando a criação de novos

empreendimentos tecnologicamente inovadores, com o objetivo de interferir efetivamente no

desenvolvimento econômico.

O Mestrado profissional apresenta-se, portanto, como espaço de elevado potencial de

dinamismo e vitalidade na reorganização das atividades da academia em direção à Universidade

Empreendedora como âmbito de fomento e motivação de discentes no sentido de canalizarem

a sua produção científica para a evolução econômica das empresas e da sociedade.

Embora essas investigações tenham contribuído para o campo, considera-se importante a

realização de outros estudos dedicados à compreensão da efetividade do Mestrado

profissional na construção da universidade empreendedora.

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