Comunidade - UNIFAP · 2019. 7. 5. · Created Date: 6/27/2019 12:56:04 AM
IV ENCONTRO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO … · Microsoft PowerPoint - slides Author: Mau...
Transcript of IV ENCONTRO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO … · Microsoft PowerPoint - slides Author: Mau...
Violência de Gênero
Marlene Neves Strey
IV ENCONTRO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICOVIOLÊNCIA DE GÊNERO, BOAS PRÁTICAS E
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAISSão Paulo - 27 a 29 de novembro de 2013
SEQUELAS DA FILOSOFIA NO PENSAMENTO OCIDENTAL
SEQUELAS DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA NO PENSAMENTO
OCIDENTAL
PEDAGOGIA DA VIOLÊNCIA
FILOSOFIA E CIÊNCIA
Influência dos filósofos da Grécia Antiga na Ciência, na Arte, na Política.
Mulheres pensadas como incompatíveis com a tarefa de pensar e com o uso da razão.
Mulher subalterna, inferior ���� Natureza biológica como explicação.
FILOSOFIA E CIÊNCIA
Contemporaneidade
Justificativas para as desigualdades entre homens e
mulheres mais sutis e sofisticadas.
A ciência vem historicamente negando a capacidade de pensar das mulheres...
Cérebros de homens e mulheres diferentes
Randy Thornhille Carig Palmer:
homens sãoestupradores por natureza
Solução:controlar e
submeter as mulheres
Idéias, teorias e pensamentos contemporâneos
Idéias, teorias e pensamentos tradicionaisX
Séculos se sedimentando no pensamento ocidental;
Homens e mulheres em lados opostos na humanidade
Não existe neutralidade na ciência � teorias são reflexos de
condicionamentos sociais e/ou interesses nem sempre claros;
Direitos humanos de homens e mulheres devem ser pensados e
refletidos.
PEDAGOGIA DA VIOLÊNCIA
Aprendizagem de condutas através da observação
Uso de violência por pais e mães em graus maiores ou menoresAbandono da
responsabilidade de ensinar limites
Tolerância zero
Ensinamento básico de como se resolvem os problemas naquela
família
PEDAGOGIA DA VIOLÊNCIA
Vai além do que é aprendido dentro de casa....
EscolaFamília de amigos e amigas
Televisão
Brincadeiras
Falta de apoio das instituições
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Ao longo da história foram criados modos de conceber os seres humanos e as suas relações
� modos não naturais
Mulheres pertenciam aos homens;
Mulheres eram seres frágeis que necessitam de comando;
Naturalização por parte de muitas mulheres desta forma de pensar.
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Teremos violência de gênero sempre que alguém sofrer algum tipo de violência pelo simples fato de ser
mulher ou homem.
FÍSICA
PSICOLÓGICA
PATRIMONIAL
SEXUAL
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Apenas 14,3% dos incidentes com os homens acontecem em casa, enquanto
que a proporção de mulheres que é morta dentro de casa é de 41%.
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
2011 � 46 feminicídios em situação de violência doméstica2012 � 84 feminicídios em situação de violência doméstica
96,9% dos agressores eram seus companheiros, maridos ou namorados
Relacionamentos conjugais como o espaço de maior vulnerabilidade para as mulheres em idade
reprodutiva
VIOLÊNCIA DE GÊNERO �
Johnson (2011) � pensa a violência entre um casal de
homem e mulher a partir de três tipos:
Também chamada de violência doméstica
TERRORISMO ÍNTIMO
RESISTÊNCIA VIOLENTA
VIOLÊNCIA SITUACIONAL DO CASAL
TERRORISMO ÍNTIMO
Padrão de controle
coercitivo violento que
envolve uma
combinação de violência física e/ou sexual com
uma variedade de táticas
não violentas de
controle.
RESISTÊNCIA VIOLENTA
Muitas vítimas do terrorismo íntimo respondem com violência também.
Reação espontânea ou consciência de que os ataques continuarão para sempre se nada for feito.
Em casais heterossexuais a diferença de tamanho entre a mulher e o homem assegura que a
resistência física violenta não irá ajudar.
Outros meios de enfrentamento.
VIOLÊNCIA SITUACIONAL
Discussão Agressão Violência
Não envolve uma tentativa por parte de um dos parceiros em obter controle geral sobre o outro.
Mais simétrica em termos de perpetração � tensões ou emoções de um acontecimento em particular leva um/a
ou ambos a partir para a violência.
ENFRENTAMENTO
Não fazer de conta que o problema não existe ou é exagerado na sua
representação na mídia.
Cada profissional que entrar em contato com a possibilidade de
violência deve ser capaz de detectá-la.
Acompanhamento estrito da implementação de Leis e Programas
através de um diálogo permanente com a sociedade.
Apropriação do tema por todos os setores da sociedade.
Fim da pedagogia da violência
Referências
Burlae, Krista K. (2004). The theory of mindful space: Identifying, understanding, and preventing violence. Affilia, 19(1), p. 85-98.Castro, Ricardo José (2009). Violência no namoro entre adolescentes na cidade do Recife: em busca de sentidos. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Fundação Osvaldo Cruz, Recife.García-Moreno, , C. e Watts, C. (2011). Violence against women: Na urgent public health priority. Bulletin World Health Organization, 89(2).Gomes, Romeu (2011). Invisibilidade da violência nas relações afetivo-sexuais. In: Minayo, Maria Cecília; Assim, Simone; Njaine, Kathie(Orgs.). Amor e violência: um paradoxo das relações de namoro e do “ficar” entre jovens brasileiros. Rio de Janeiro: FIOCRUZ.Johnson, M. P. (2006). Conflict and control: Gender symmetry and asymmentry in domestic violence. Violence Agains Women, 12(11), p. 1-16.Johnson, Michael P. (2011). Gender and types of intimate partner violence: A response to an anti-feminist literature review. Aggression and Violent Behavior, 16, p. 289-296.Kelly, J. B. e Johnson, M. P. (2008). Defferentiation among types of intimate partner violence: Research uptade and implications for interventions. Family Court Review, 46(3), p. 476-499.Krug, E. G. et al. (2002). World reporto n violence and health. Genebra: World Health Organization.Reitzel-Jaffe, D. e Wolfe, D. A. (2001). Predictors of relationship abuse among Young men. Journal of Interpersonal Violence, 16(2), p. 99-115.Silveira, Raquel da Silva e Nardi, Henrique Caetano (2013). Violência doméstica contra as mulheres e a Lei Maria da Penha: Uma discussão que exige reflexão e formação permanentes. In: Nardi, Henrique Catano; Silveira, Raquel da Silva e Machado, Paula Sandrine (Orgs.). Diversidade sexual, relações de gênero e políticas públicas. Porto Alegre: SULINA.Strey, Marlene Neves (2004).Violência de gênero: uma questão complexa e interminável. In: Strey, Marlene Neves; Azambuja, Mariana Ruwer e Jaeger, Fernanda Pires (Orgs.). Violência, Gênero e Políticas Públicas. Porto Alegre: EDIPUCRS.Waiselfisz, Julio Jacobo (2012). Mapa da violência 2012. Atualização: homicídio de mulheres no Brasil.Cebela / Flacso Brasil.