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IV Seminário Nacional de APLs de Base Mineral

Redes e Governança em APLs

George [email protected]&D Consultores Associados

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1. CONCEITUAÇÃO

• Abrange as diversas maneiras como são tomadas decisões e desencadeadas ações

• Pode ser entendida como articulação entre governos, instituições, ONGs, empresas, grupos de cidadãos e de interesse e pessoas físicas. Neste sentido, está diretamente relacionada a poder

o Governança

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• Estado em que os membros de uma sociedade coletivamente definem e resolvem seus problemas e desafios

• Preocupação crescente com o engajamento dos cidadãos na formação e implementação de políticas e na boa governança

o Boa Governança

1. CONCEITUAÇÃO

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2. DIFICULDADES DA GOVERNANÇA

o Quem promove a intervenção acaba sendo absorvido pelo foco em resultados físicos, deixando de lado o estabelecimento da governança

o Trabalho em rede e governança são um processo dinâmico que altera alianças e relações de poder

o Suspeição dos integrantes da comunidade local em relação aos consultores externos (luta de poder do conhecimento)

o Necessidade de obter soluções ágeis e inovadoras necessidade de trabalho cooperativo dificuldades para constituir e manter grupos

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3. CONTRIBUIÇÕES PARA A BOA GOVERNANÇA

o Grupos com clareza de objetivos e processos conjuntos de decisão e ação contribuem para a boa governança

o Líderes e consultores/facilitadores do processo de governança precisam demonstrar competência, credibilidade, imparcialidade, visão estratégica e legitimidade

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4. GOVERNANÇA NOS APLs

o Governança não pode ser imposta. Sua forma depende das características de cada APL

o A cooperação e governança nos APLs não são algo marginal ou que ocorra naturalmente sem apoio de intermediários ou facilitadores de processo

o O maior problema das pequenas e médias empresas é a fragmentação do seu conhecimento e o isolamento, e não o tamanho

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4. GOVERNANÇA NOS APLs

o Rivais internos podem transformar-se em cooperantes em novos mercados.

o A intenção é eliminar a competição predatória e estabelecer competição baseada na qualidade e inovação

o A função do Estado nesse processo é estimular a aprendizagem coletiva e a colaboração entre os setores privado e público

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5. REDES

• Tendência atual em direção a novas formas de governança baseadas em redes e parcerias.

o Governança

o Poder

• As redes são estruturas adequadas para a todos os objetivos de empoderamento e emancipação da sociedade

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5. REDES

• As redes desconcentram o poder tradicional, gerando processos de autonomia individual e coletiva. Só existe rede com o poder diluído. Numa rede, tem poder quem toma a iniciativa

• A estrutura horizontal das redes (governança democrática) entra em confronto com as formas hierárquicas e autoritárias de comportamento e atuação de nossa cultura (“ cabeças piramidais”)

o Poder

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5. REDES

• Não pode haver desenvolvimento sustentável, emancipatório e includente se não houver horizontalidade.

• As redes podem favorecer não apenas o desenvolvimento das pessoas e entidades, mas também o da sociedade, tornando-se um instrumento de cidadania democrática.

o Poder

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6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

Onde:

APL de Rochas Ornamentais do Espírito Santo (RedeRochas) e APL de Gemas e Jóias do Rio Grande do Sul.

o Objetivo:

Desenvolvimento auto-sustentável com aumento da competitividade, melhoria das condições de trabalho e preservação do meio ambiente.

o Forma de operar:

Criação de redes de interação entre os participantes.

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6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

o Processo:

Aprendizagem coletiva visando à criação de ambiente inovador.

o Metodologia:

• Fundamentos: pesquisa-ação (dinâmica permanente)

• Diagnóstico e sensibilização iniciais: pesquisa documental, observação ativa do contexto, contatos e entrevistas com empresas e instituições

• Mobilização: encontros para desenvolvimento de visão de futuro e formação de grupos de trabalho temáticos

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6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

o Metodologia:

Espírito Santo

• Planejamento participativo e ação: projetos pilotos e projetos estratégicos

criação de Núcleo Gestor do APL, com

representação dos Grupos de Trabalho Temáticos (espaço democrático de debate, análise, concepção de estratégias, formulação de projetos e avaliação de resultados)

criação e consolidação de Grupos de Melhoria Conjunta (GMCs) de serrarias e extração para compartilhamento de problemas e melhores práticas de produção

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6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

desenvolvimento de lideranças e disseminação de práticas de decisão e ação cooperativas

realização de Curso de Formação Básica de Facilitadores de Grupo

planejamento estratégico de associação de fabricante de máquinas e do principal fabricante

realização de encontros ambientais: elaboração da Carta Ambiental do Mármore e Granito

Espírito Santo

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Rio Grande do Sul

criação de comitês gestores em Lajeado (lapidação) e Guaporé (joalheria)

criação de sistema de minas-modelo em Ametista do Sul, com melhoria dos processo de extração (uso de marteletes à água e ventiladores e exaustores da poeira)

trabalho de extensionismo mineral em Ametista do Sul, com disseminação de melhores práticas de extração para 22 garimpos (orientação permanente de engenheiros de minas)

6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

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Rio Grande do Sul

alocação de máquinas de lapidação em cooperativas de garimpeiros nas regiões de Ametista do Sul, Quaraí e São Martinho da Serra, com capacitação dos usuários e inserção de design

desenvolvimento de protótipo de máquina computadorizada de lapidação facetada

aproximação dos lapidadores com o pólo joalheiro de Guaporé

interação entre as cooperativas de garimpeiros

6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

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o Êxitos:

• aumento do patamar de consciência e co-responsabilidade coletivas

• intensificação da reflexão em grupo

• disseminação do pensamento e administração estratégicos

• melhoria das práticas dos processos de extração e beneficiamento

• desenvolvimento tecnológico com inovação

6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

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o Barreiras:

• amadurecimento lento de resultados

• dificuldades de trabalho em grupo

• empoderamento das redes em confronto com formas hierárquicas e autoritárias de governança

• falta de pesquisas de mercado

• falta de maior apoio ao incremento da gestão empresarial

6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

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o Barreiras:

• conflitos de interesse e problemas de

relacionamento entre entidades parceiras

• interferência política no trabalho técnico

• falta de crédito específico para micro e pequenas empresas e APLs

• morosidade e atrasos constantes na liberação de recursos financeiros para os programas

6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

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o Desafios:

• Como criar ações cooperativas em uma ambiente

que tradicionalmente valoriza a competição?

• Como obter consenso em processos decisórios, que às vezes, são demorados?

• Como enriquecer permanentemente a visão coletiva de futuro?

• Como vencer a suspeição dos atores locais em relação a consultoria externa?

6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE

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o Desafios:

• Como compreender e lidar com as alianças, disputas, jogos e artimanhas do poder local e regional?

• Como desenvolver e incorporar inovação administrativa e tecnológica?

• Como estabelecer política de financiamento permanente que garanta a cooperação e governança nos APLs?

6. A EXPERIÊNCIA DE PROGRAMAS EM REDE