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M E S T R Ewww.cpad.com .br/escoladom inical

CPAD

Jovens e Adultos3o trimestre de 2005

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Comentário: ELINALDO RENOVATOConsultor Doutrinário e Teológico: ANTONIO GILBERTOLições do 3° Trimestre de 2005

SUMÁRIOLição IFortalecendo a Fé ante a Vinda de Cristo Lição 2A Defesa de um Ministério Frutífero Lição 3O Árduo Trabalho Missionário Lição 4A Mensagem de Deus nos Corações Lição 5Fortalecendo a Fé dos Irmãos Lição 6Exortação à Santidade Lição 7Exortação ao Amor Fraternal Lição 8Trabalhando sem Ansiedade Lição 9A Vinda de Jesus e a Ressurreição dos Santos Lição 10A Vinda de Jesus e a Vigilância do Crente Lição 11A Vinda de Jesus e a Conduta Cristã Lição 12A Vinda de Jesus e o Juízo sobre os ímpios Lição 13Aguardando a Vinda de Jesus

Lições Bíblicas

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4P> Lição 1FORTALECENDO A FÉ

ANTE A VINDA DE CRISTO3 de julho de 2 0 0 5

TEXTO AUREO

“E como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir

ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira

futura” (1 Ts 1.9,10).

VERDADE PRATICA

Diante da im inência da vin da de Cristo para arreb atar sua Igreja, é im prescindível a contínua prep ara­ção do povo de Deus para atender ao seu cham ado.

HINOS SOGEMDOSCD Harpa Cristã 547

(v o l. l- f .1 0 ) , 186 e 330.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 TESSALONICENSES 1.1-51-Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo: graça e paz tenhais de Deus, nosso Pai, e do Senhor Je­sus Cristo.2 - Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações,

Segunda - At 16.9Uma visão da parte de Deus

LEITURA DIARIA

Quinta - At 16.22-24Sofrendo p o r ob ed ecer a Cristo

Terça - At 16.170 dem ônio d izen do a verdade para enganar

Quarta - At 16.19,20Libertação que gera atordoam ento

Sexta - At 16.25,26Libertos p o r Deus instantanea­m ente

Sábado - At 17.14Três sem anas de estudo b íb lico

Lições Bíblicas

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3-lembrando-nos, sem cessar, da obra da vossa fé, do trabalho da caridade e da paciência da esperan­ça em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai,4 - sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus;5-porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.

PONTO DE CONTATO

Professor, pela graça de Deus, estarem os iniciando o terceiro tri­m estre das Lições Bíblicas. No d e­correr deste ano, já estudam os o Fruto do Espírito, as Parábolas de Jesus e, agora, estudarem os as duas Epístolas de Paulo aos Tessaloni- censes. Este tem a é um a exposição devocional e exegética da carta es­crita aos cristãos de Tessalônica, um a das mais im portantes cidades da M acedônia. Leia as duas ep ísto­las de um a só vez, pois são apenas cinco capítulos na prim eira e três na segunda. Estude o contexto his­tórico, social e religioso das epís­tolas a fim de en sinar os con teú ­dos com ênfase e segurança.

OÇIETIVOS

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar ápto a:

D e s c r e v e r os propósitos das cartas estudadas.

E x p l i c a r a obra m issionária de Paulo em Tessalônica.

R e l a c i o n a r as inform ações das epístolas ao contexto de Atos dos Apóstolos.

SÍN TESE TEXTUAL

Na m agnífica capital da M ace­dônia, Tessalônica, floresceu na Via Egnatia um a com unidade de fiéis com o fru to do lab o r do apóstolo Paulo em sua segunda viagem m is­sionária (At 17 .1-9 ). O apóstolo dos gentios, im pedido de continuar m i­nistrando pessoalm ente, escreve à igreja com o propósito de fortale­cer a fé, instruí-la quanto à santi­d ade cristã , e a lertá-la q u an to à apostasia (1 Ts 3 .1). Embora muito destes temas sejam tratados na epís­tola, o assunto principal é a V inda do Senhor. A fim de instruir os cren­tes a perm anecerem firm es na fé até a volta do Senhor ( 1 T s 3 .2 ) ,o após­tolo Paulo trata da V inda de Cristo em cada capítulo da prim eira epís­tola (1.10 ; 2.19; 3 .13; 4 .13-18 ; 5.2). Por esse m otivo, as duas epístolas de Paulo aos cristãos m acedônios têm sido cham adas de O Evangelho do Advento ou Cartas Escatológicas.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

P rofessor, p ara esta lição , use os recu rso s p resen tes no sub síd io do M estre. É im p ortan te que vo cê o b serve três iten s essen ciais: Pri­m eiro, le ia com a n te ce d ên cia os textos da Segunda V iagem M issi­on ária de Paulo em Atos 1 5 .4 1 —

4 Lições Bíblicas

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18.22. Segundo, ad q u ira um m apa d a Segunda Viagem Missionária de Paulo. T erceiro , p rep a re um a lista co n ten d o os nom es das p r in ­cip ais c id a d es da seg u n d a viagem m ission ária a p a rtir de Jerusalém . (A n tioq u ia d a Síria, T arso, D erbe, L istra, Icô n io , A n tio q u ia , Sam o- trácia, N eápolis, Filipos, A n fípolis, A polôn ia, Tessalônica, Beréia, A te­nas, C orin to, Éfeso e C esaréia). Ao in ic ia r a aula, exp on h a o m apa e percorra as cidades da segun da v i­agem d esc re v e n d o os p rin c ip a is fa to s . Q u a n d o c h e g a r a T e s s a ­lô n ica , co m en te so b re a c id a d e , seu s m o ra d o res , a fu n d a ç ã o da igreja cristã e o trab a lh o m issio­n ário de Paulo n essa região . F in a­lize a segu n da v ia ge m e in icie o co m en tário da lição . Este recu rso p r o p o r c io n a r á aos a lu n o s um a com p reen são m ais am pla do co n ­texto das duas ep ístolas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Esta prim eira lição do trim estre tem por objetivo estudar a m ensa­gem e destacar o propósito das epís­tolas de Paulo à igreja de Tessalônica. A despeito das muitas tribulações e perseguições que levaram Paulo a sair às pressas para outras cidades, ele e seus com panheiros jamais fo­ram insubmissos à vontade de Deus (At 20.24). O que temos nestas car­tas são exem plos para os crentes da atualidade, pois muitos não sabem discernir, en tender e obedecer ao m andado do Senhor.

I. AS DUAS CARTAS AOS TESSALONICENSES

1 . A a u t o r i a ( 1 . 1 ) . Estas duas epístolas estão entre as treze de au­to r ia d o a p ó s to lo P a u lo . N ão

MACEDÔNIA Anfipolis

Beréia f

TrôadeN. Antioquia \ d a PisidiaiAtenasCorinto

Listra

Salamin;

CAPADÓC1AIcônio

ANTIOQUIADerbe \ TarsoCRETA

. • \ ' F e r g e

AntioquiaS e g u n d a V ia g e m

d e P a u los^Pafos

Mar Mediterrâneo

Quilômetros C esarélà"*. SamariaJerusalem *

Lições Bíblicas 5

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obstante seus dois com panheiros de viagem , Tim óteo e Silas (Silvano), serem m en cio n ad os no p rim eiro ve rsícu lo , não h á d ú vid a de que Paulo é o autor hum ano, tanto da prim eira quanto da segunda carta, endereçadas à igreja de Tessalônica (hoje Salônica), im portante cidade da M acedônia.

2. O período em que foram escritas. Segundo os eruditos, as duas epístolas em apreço estão en ­tre as prim eiras de Paulo, datando de 5 1/5 2 d.C.

3. O propósito das cartas.a) Quanto à primeira carta. Tem

com o propósito prin cipal transm i­tir-nos a certeza da vo lta de Cristo, a fim de levar-nos à glória celestial. Inclusive, todos os dem ais tem as tratados nesta carta giram em tor­no da m esm a m ensagem , con ver­gindo para ela ou em anando dela. V er 1.10 ; 2.19; 3 .13; 4 .13 -18 ; 5.2.

b) Quanto à segunda carta. Esta, enfatiza a doutrina bíblica em rela­ção à pessoa do crente. O cristão deve: (1) diante da perseguição, con­fiar em Cristo; (2) trabalhar sempre com as próprias mãos, tendo em vis­ta o sustento pessoal e não depen­der dos outros; (3) não dar ouvido a ensinam entos estranhos, sejam de quem for, concernentes aos fatos da vinda do Senhor, inclusive ao cha­m ado “Dia do Senhor” (2.1,2).

11. SAUDAÇÕES E ENCORAJA­MENTO AOS CRENTES

1. A humildade de Paulo e o cuidado com os novos cren­tes. A m odéstia do apóstolo é des­

tacada no fato de ter incluído seus com panheiros na saudação inicial da prim eira carta: “Paulo, e Silvano, e T im óteo , à ig re ja dos tessalo - nicenses, em Deus, o Pai, e no Se­n h o r Jesu s C risto : g r a ç a e p az tenhais de Deus, nosso Pai, e do Se­n hor Jesus Cristo” (1 .1 ). Percebe-se claram ente o cuidado de Paulo com os novos convertidos (1.2). Aqueles recém -nascidos em Cristo realm en­te precisavam de m uita oração, pois foram severam ente perseguidos p e­lo s ju d a iz a n te s em T e ssa lô n ica . Hoje, os novos crentes continuam sendo vítim as de várias form as de p e rse gu ição : dos fa m ilia res, dos am igos de trabalho, dos vizinhos, dos colegas de escola, principalm en­te entre adolescentes e jovens.

2. Lembrando as qualidades cristãs (1.3). Aqueles novos dis­cípulos de Cristo, desde cedo, adqui­riram qualidades muito importantes para a vida espiritual, a saber: 1) Ti­veram sua fé fortalecida na tribula- ção (1.6; 2.14; 3.2-4); tornaram -se exemplo para outras igrejas (1.7); 2) viveram a prática do am or cristão, a caridade (3.6, 12; 5.8, 13); 3) expe­rimentaram a “paciência da esperan­ça” em Cristo Jesus, qualidade que, certam ente, os fizeram encarar as adversidades como algo passageiro, que jamais lhes poderia fazer des­vanecerem da fé no Cristo Salvador(1.3); e, 4) tinham fé em Cristo, pela qual continuavam como vencedores (1.3,8; 3.2,6,7).

3 . Eleição que vem de Deus( 1 . 4 ) . A predestinação para a sal­vação do ser hum ano é precedida

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da e le iç ã o , am bas p r o v id a s p o r Deus, p o r sua infin ita graça para com os pecadores. No estudo desta doutrina, o crente precisa v e r p ri­m eiram ente o que a Bíblia afirm a, e o que certos hom ens declaram acer­ca da Bíblia, visando adaptá-la ao r a c io c ín io p u r a m e n te h u m a n o , com o se Deus fosse arbitrário, par­cial e fatalista. A eleição e a predes­tinação que a Bíblia ensina é um a das mais edificantes e confortantes doutrinas sobre a segurança da sal­vação. V er Ef 1 .3 -5 ,11; Rm 8.29,30; 2 Ts 2 .13 ; 2 Pe 1.10 ; Cl 3 .12 ; Dt 10 .17; At 10.34; Ef 6.9; Hb 5.9.

III. 0 EVANGELHO DE PODER1. Não só com p a la v r a s

( 1 . 5 ) . As três sem anas de evange- liz a ç ã o em T e s s a lô n ic a são um exem plo típico de um a cam panha evangelística eficaz. Atualm ente têm surgido m uitos tipos de evangeliza- ção, cada um apresentado com o o mais eficaz e poderoso. Certo pas­tor chegou a afirm ar que teve de Deus um a revelação quanto ao m o­delo de igreja p ara o Século XXL Fala-se em “evangelho exp losivo” ; “evangelização de resultados”; “m é­todos atualizados” envolvendo for­mas, m eios e técnicas de evangeli­zação. Mas o verdadeiro evangelho é o de poder que Jesus nos m andou pregar a toda criatura. Este não se lim ita ao uso de palavras, pois é ple­nam ente eficaz e confirm ado pelo Senhor através de sinais e m ilagres que o acom panham .

2 . O modelo cr istão ( 1 . 5 ) . No v e rsícu lo em ap reço, o após-

Homilético tolo afirm a que “oReferente à nosso ev an gelh o ” ,H om ilética ou seí a > a m ensa-

(Arte de Sem q u e p reg o u ,

elaborar e n ^ ° e r a umapresen tar e v a n g e lh o so - serm ões). m e n te d e p a l a ­

v r a s ” , isto é, um ev an ge lh o teó rico , h erm en êu tico , h o m i l é t i c o . Era m uito m ais que isso. Era um evan gelh o “ em poder, e no E spírito Santo, e com m uita ce rte za ” . De n ad a ad ian ta um m o­delo de ev a n g e liza çã o fu n d a m en ­tad o em técn ica s e m étodos, m u i­tas vezes d u vid osos e extra-b íb li- cos, se a m en sagem n ão fo r tra n s­m itid a no p o d e r do E spírito San­to. Ler Rm 1 .16 ; 1 Co 2.4.

O evan gelho que Paulo e seus co m p a n h e iro s le v a ra m a T essa ­lônica, além de eficaz para a salva­ção dos perdidos, era um evangelho de amor. Paulo e seus com panhei­ros realm ente amaram aqueles dis­cípulos. Se houver poder de Deus, mas não h ou ver am or m anifesto, tudo o que for realizado na evange­lização poderá perder o efeito. No entanto, p regan d o a Palavra com am or divino, os m ensageiros pode­rão dem onstrar que são, de fato, dis­cípulos de Jesus. Ver Jo 13.34,35.

IV. A CONVERSÃO GENOÍNA DOS TESSALONICENSES

0 1 . Imitando os pais na fé( 1 . 6 ) . Q uan do o m ission ário , o pastor ou dirigente de um a congre­gação v iv e o que prega e prega o que vive (Tg 2.12 ), os crentes, prin ­cipalm ente os n ovos convertidos,

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ten d em a im itá-lo . Paulo e seus com panheiros tiveram um com por­tam ento íntegro en tre os tessalo- n icen ses, serv in d o de re ferên cia para suas vidas em Cristo Jesus (1 Co 4.16; Fp 3 .17 ; 1 Co 1 1 .1 ; 1 Ts 1.6). Assim devem ser os obreiros do Senhor.

2 . R e c e b e n d o a P a l a v r a c o m a l e g r i a , n a t r i b u l a ç ã o ( 1 . 6 b ) . Ao s o fr e r tr ib u la ç õ e s p o r c a u s a d o e v a n g e lh o , os te ssa lo n icen ses não fica ra m tr is ­tes, d esa n im a d o s, p e n sa n d o em d esistir, m as receb era m a P alavra d e D eus “ com g o zo do E sp írito S a n to ” . Na v e rd a d e , q u a n d o a l­gu ém a ce ita a C risto , de co ra ção , e e x p e rim e n ta p r o fu n d a c o m u ­n hão com Ele, a tr ib u la çã o jam ais será m o tivo p a ra d esistir , com o esc re v e u Paulo aos rom an os (Rm 5.3-5).

3 . A f é e x e m p l a r ( 1 . 7 - 9 ) .Em p o u c o te m p o , os t e s s a l o ­n icen ses torn aram -se m issio n á ri­os, n ão só na reg iã o em que v iv i­am , m as “ em to d o s os lu g a re s ” , esp a lh a n d o a fé gen u ín a com g ra ­ça e a m o r. Os te s s a lo n ic e n s e s , com o os m a ced ô n io s e greg o s em gera l, eram m u ito su p ersticio so s, e a d o ra va m m u itos d eu ses. Haja v ista o “ P an teo n ” en tre os a n ti­g o s g r e g o s e r o m a n o s , o n d e c u ltu a v a -se to d o s os d eu se s do p agan ism o. E ntretan to, os irm ãos de T essalô n ica con verteram -se ao Sen h or “ p a ra se rv ir ao D eus v iv o e v e r d a d e ir o ” .

4 . A fé q u e e s p e r a a v in d a d e J e s u s . “E esp erar dos céus a

seu Filho, a quem ressuscitou dos m ortos, a saber, Jesus, que nos li­vra da ira fu tu ra ” (1 .10 ). Os novos crentes de Tessalônica ficaram tão convictos e anelantes ante a m en ­sagem que os missionários lhes pre­garam concern ente à segunda V in ­da de Cristo, que entendiam que a m esm a ocorreria naqueles dias en ­q u a n to e stav am v iv o s (4 .10 -12 ; 15 ,17 ; 2 Ts 3. 6-13).

CONCLUSÃOA m ensagem das ep ístolas aos

tessalon icen ses reve la que a Igre­ja do Senhor, q uan do fu n d am en ­tad a nos santos e ve rd a d eiro s en ­sinos da Palavra de Deus, m esm o diante de grandes tribulações, p er­m an ece firm e , e sp e ra n d o a sua vin da.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Histórico e Geográfico“De Filipos, aonde chegou a ser

tr a ta d o v e r g o n h o s a m e n te , n ão obstante ter estabelecido ali um a vigorosa igreja (At 16; 1 Ts 2.2), P a u lo p a s s o u p o r A n f íp o l is e A p olôn ia, chegan do fin alm en te a T essalônica. Esta era um a cidade relativam ente im portante no âm bi­to com ercial e político, sendo refe­rência nos tem pos apostólicos. Seu nom e original era Therm a, vin d o a cham ar-se p o steriorm en te T essa­lô n ic a em h o n r a à e s p o s a d e Cassandro, que era irm ã de Alexan­dre M agno. A cidade hoje é con h e­cida com o Salônica. D urante a Pri-

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m eira G uerra M undial serv iu de base operacional aos A liados. Está situada cerca de quatrocen tos q u i­lôm etros a oeste da antiga Constan- tinopla, atual Istam bul. Em tem pos antigos, era um a cidade poderosa e a capital de um a das quatro d ivi­sões da M acedônia, situada à cab e­ceira do m ar Egeu.

A d is t â n c ia e n tr e F ilip o s e T essalônica é de aproxim adam en­te 160 quilôm etros, o que represen­ta um a viagem de quatro dias. Tal­ve z Paulo e Silas tenham chegado a T essalônica com as costas d ilace­radas depois dos m aus tratos que sofreram em Filipos. Ao que tudo indica, fizeram questão de arrum ar um a ocupação para não serem p e­sados aos irm ãos, obten do seu p ró­prio sustento (1 Ts 2.9; 2 Ts 3.8).

Em T essalôn ica, Paulo pregou por três sábados consecutivos na si­nagoga (At 17.2 ,3), levan do alguns a abraçarem a fé cristã, os quais se uniram a Paulo e Silas (At 17.4 ). O m inistério de ensino de Paulo só foi interrom pido por causa de uns “ju ­deus desobedien tes” , responsáveis po r um a intriga que en vo lveu tan ­to o povo com o os m agistrados (At 17.5-8). Essa igreja, além dos m em ­bros judeus, era com posta em sua m aioria por gregos (provavelm en ­te prosélitos dos judaísm o), entre os quais “não poucas m ulheres dis­tin tas” , conform e o relato de Atos 17.4b.

T essalô n ica , en tão , to rn ou -se palco para a já costum eira cena da perseguição judaica (At 17.5-9), o que obrigou Paulo e Silas a fugirem

para Beréia e depois (especialm en­te Paulo) para Atenas (At 17 .10 -15). Tal como na Judéia e em outras igre­jas recém -im plantadas, os persegui­dores voltaram -se contra a igreja que se form ava em Tessalônica (1 Ts 1.6; 2.14; 3.3,4). Quando Paulo to m o u co n h e c im e n to d isso , sua am orosa solicitude pelo bem -estar dos crentes fez com que lhes en vi­asse T im ó teo p a ra o r ie n tá -lo s e confortá-los, encorajando-os a p er­m anecerem firm es face à persegui­ção (3.1-3). O regresso de Tim óteo, t r a z e n d o b o a s n o v a s , fo i q u e unspirou Paulo a escrever4hes sua prim eira epístola (3.6-8). [...]

Crê-se ter sido em Corinto, para onde se dirigira quando deixou Ate­nas (At 18 .1-18 ), que Paulo escre­veu esta epístola, cerca do ano 51 d.C., pouco depois da chegada de Tim óteo (3.1-5). A igreja nessa oca­sião era cm posta de crentes novos que passavam pelo fogo da p erse­gu ição .” (BOYD, Frank M. Comen­tário bíblico: Gálatas, Filipenses 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. RJ:CPAD, 1996, p .79-8 1).

Leia maisN Revista Ensinador Cristão

% CPAD, n° 23, pág. 36.

Arbitrário: Que independe ou que não respeita lei ou regras; que não aceita restrições.

Convergir: T en der ou dirigir- se (para o m esm o ponto).

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E m a n a r : Provir, proceder, sair, originar-se; m anar, dim anar.

Fatalista: Relativo ao fatalis­mo [atitude ou doutrina que adm i­te que o curso da vida hum ana está, em graus e sentidos d iversos, pre­viam ente fixado, sendo a vontade ou a in teligên cia im potentes para dirigi-lo ou alterá-lo].

Modéstia: M oderação, sobrie­dade.

✓ ANDRADE, C laudionor de. Geo­grafia Bíblica. CPAD, 2001.

✓ BALL, Charles Ferguson. A vida e os tem pos do apóstolo Paulo. CPAD,1998.

✓ BOYD, Frank M. Comentário bí­blico: Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tes- salonicenses e Hebreus. CPAD, 1996.

QUESTIONÁRIO

1. Qual o propósito da primeira carta aos tessalonicenses?R. Transmitir a certeza da volta de Cristo.

2. As três semanas de evangelização em Tessalônica são um exemplo de quê?

R. De uma campanha evangelística eficaz.

3. De que maneira era o evangelho que os missionários levaram a Tessalônica?

R. Além de eficaz, era um evangelho de amor.

4. Como era o comportamento de Paulo entre os tessalonicenses?R. Era um comportamento íntegro, servindo de referência para

suas vidas.

5. De que forma os tessalonicenses receberam a palavra?R. Com alegria na tribulação.

10 Lições Bíblicas

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# i Liçii 2A DEFESA DE UM

MINISTÉRIO FRUTÍFERO10 de julho de 2 0 0 5

TEXTO AUREO

“Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e

irrepreensivelmente nos houve­mos para convosco, os que

crestes’’ (1 Ts 2.10).

VERDADE PRATICA

0 legítim o obreiro de Cristo viveo que prega, e prega o que vive, de tal form a, que a Igreja logo perce­be sua in tegridade m inisterial.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 1 1 5

(vol.3 - f.6), 132 e 378.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 TESSALONICENSES 2.1-0

1 - Porque vós mesmos, irmãos, bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã;2 - mas, havendo primeiro padecido e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em

LEITURA DIARIA

Segunda - At 16.22A çoitados p o r am or de Cristo

Terça - At 16.25Louvor na prisão

Quarta - At 16.26Libertos para pregar

Quinta - Io 15.16Produzindo fruto para Deus

Sexta - 1 Jo 4.6A quele que conh ece a Deus

Sábado - 1 Pe 5.2A pascentando sem ganância

Lições Bíblicas 1 1

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nosso Deus, para vos falar o evange­lho de Deus com grande combate.3 - Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência;4 - mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração.5 - Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha.6 - E não buscamos glória dos ho­mens, nem de vós, nem de ou­tros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesa­dos;7 -antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos.8 - Assim nós, sendo-vos tão afeiçoa­dos, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evan­gelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis muito queridos.

PONTO DE CONTATO

Professor, com o foi a recep tiv i­dade dos alunos ao tem a deste tri­m estre? Eles apreciaram a exposi­ção h istórica e geográfica do con ­texto da epístola? Para que seus alu­nos continuem sendo m otivados, perm aneça utilizan do o apoio d i­dático visual a fim de increm entar o ensino das lições.

A pós esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

D escrever as características do m inistério de Paulo na Mace- dônia.

E stabelecer a distinção entre a m e n sa g e m d e P a u lo e a d os retóricos.

Comentar sobre a relevân cia da figu ra m aterna usada p o r Pau­lo.

SÍN TESE TEXTOAL

P au lo r e le m b ra aos c r is tã o s te s s a lo n ic e n s e s q u e a p re se n ç a dele en tre os irm ãos não fo i in fru ­tífera (1 .9 ), p e lo co n trá rio , os u l­trajes e m aus trato s que sofreu , tan to em Filipos q u an to em Tes- salôn ica, co n trib u íra m p a ra que o E van gelh o fo sse a n u n cia d o com m ais ou sad ia (v v .1 ,2 ). Porém , sua in tre p id ez e p ersu a sã o não d e v e ­riam ser co n fu n d id as com as té c ­nicas dos retórico s gregos, ou com os a rtifíc io s fra u d u len to s dos ora­d o res it in e ra n te s (v v .3 ,5 ). Estes eram g a n an cio so s e tin h a m p o r o b jetivo exto rq u ir d in h eiro da co­m u n id ad e. Paulo, en treta n to , não era avaren to (v.5,6), e m esm o ten ­d o d ire ito co m o a p ó sto lo a ser su sten tad o pela igreja , tra b a lh a ­v a “n oite e d ia ” p a ra não ser p e ­sado aos irm ãos (v.9; 2 Ts 3.9; 1 Co 9 .1 -1 4 ) . Ele não b u sca v a a g ló ­ria dos h om en s, m as a de D eus (v .6 ) . P or isso , fo i “ b r a n d o ” e ch eio de tern u ra com a igreja , do

12 lições Bíblicas

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m esm o m odo que a m ãe com seu filh o ( w . 7,8).

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

P rofessor, n esta liçã o , u tilize um quadro antitético en tre Paulo e os sofistas. Este recu rso d id á ti­co o fe r e c e a o p o r t u n id a d e de a p r e s e n ta r um c o n tr a s te e n tre dois p erso n agen s, a fim de ressa l­ta r suas q u a lid a d e s o p o sta s. As d iferen ça s en tre Paulo e os sofis­tas estão im p líc itas n a Leitura Bí­b lica e, p o r isso, d evem ser d esta ­cad as p a ra um a co m p reen são sa­tisfa tó ria da lição.

Com ex ceção da te rc e ira c o lu ­na, rep ro d u za o q u ad ro abaixo no q u a d ro -d e-g iz ou n a c a rto lin a — u s e g iz o u h id r o c o r c o lo r id o . D istrib u a p a ra os a lu n o s um a fo ­lh a co n te n d o as três co lu n a s e o títu lo de cad a um a delas. Os a lu ­nos d e v e rã o c o p ia r as in fo rm a ­ções ap resen ta d as, en treta n to , na te rc e ira co lu n a , cad a um d ev erá se p o sic io n a r em re la ç ã o aos dois c o m p o rta m e n to s a p r e s e n ta d o s .

U tilize este recu rso ao en sin a r o tó p ico II.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃOP aulo d efe n d e-se , a go ra , dos

a ta q u e s d o D ia b o c o n tr a e le e seu s co m p a n h eiro s de m issão. É p r o v á v e l que a lg u n s dos irm ãos, a lc a n ç a d o s p e lo e v a n g e lh o , t e ­n h am até a cre d ita d o nas in s in u ­a ç õ e s m a lé v o la s c o n tr a os h o ­m e n s d e D eu s. A m u r m u r a ç ã o tem sido um a arm a p e rig o sa q u e age com o um víru s, e sp a lh a n d o seu v e n e n o em v o lta , às v e z e s de m o d o im p e rc e p tív e l. Q ue o S e­n h o r n o s e n s in e a n ão se rm o s c o n ta m in a d o s p e lo s e fe ito s d a m u rm u ra çã o .

I. DEFENDENDO 0 MINISTÉRIO1. Uma entrada abençoa­

da ( 2 .1 ) . Paulo tinha convicção de que o tra b a lh o d e se n v o lv id o na cap ital da M acedônia fora rea liza ­do com m uito am or e zelo. O após-

PAULO SO FISTA EU

Ministério frutífero aos outros (w . 1,6,8)

Atividade que resulta em frutos para si Sirvo a Igreja do Senhor

Sofria por amor ao Evangelho (v.2)

Não estava disposto a sofrer pelo que ensinava

Sofro a favor do Evangelho

Exortava com sinceridade, pureza e honestidade (v. 3)

Ensinava ocultando suas pretensões impuras e enganosas

Sou sincero e puro

Agradava a Deus (v.4,6) Agradava aos homens Agrado a Deus

Não era bajulador e avarento (v. 5)

Era bajulador e avarento Sou generoso

Amava a igreja (v.7,8) Amava a si mesmo Amo a Igreja

Lições Bíblicas 13

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tolo dirige-se aos novos crentes, na segun da pessoa do plural — “vós m esm os, irm ãos” — a fim de lem ­brar-lhes o caráter de sua m issão entre eles. E Paulo lhes diz que “ a nossa entrada para convosco não foi vã”. Isto é, não fo i infrutífera. Um m inistério que dá frutos con­tribu i para o en grandecim en to do Reino de Deus. E Jesus nos cham ou para serm os frutíferos (Jo 15 .16 ).

2 . Ousadia na p regação. Paulo afirm a que ele e seus com ­p a n h eiro s torn aram -se “ousados em nosso D eus” (2.2). As tribula- ções que o apóstolo experim entou, em Filipos (At 16.19 -40 ), quando foi hum ilhado, espancado, e preso, juntam ente com Silas, em lugar de lhes causar m edo e tem or, na jo r­nada m issionária, tiveram um efe i­to positivo em seu fervo r na busca das alm as perdidas. Ele e seus com ­panheiros foram “agravad os”; essa palavra tem o sentido, tam bém , de “tratados com arrogân cia”, “u ltra ­jad o s” . Mas o ânim o não arrefeceu. Eles tiveram “ousada con fian ça”.

3. A prudência no minis­tério. A p ru d en te ousadia de Pau­lo é um exem plo para os obreiros do Senhor nos dias presentes. Aos filipenses, ele disse que “o v iv er é Cristo, e o m orrer é g a n h o ” (Fp 1.2 0 ,2 1). Ele era ousado, m as tam ­bém prudente. Jesus ensinou a não en trar em confron to com os adver­sários (Mt 10.23). Paulo agia com sabed oria e p ru d ên cia (At 14.6). C erto ob re iro , ju lga n d o -se fo rte , atacou os incrédulos num a cru za­da e teve de sair escon dido para

não ser m orto. Isso não é ousadia. É atrevim en to . O usadia é a ação pruden te em prol da causa do Se­nhor.

II. NÃO AGRADANDO A HOMENS (2 .3 ,4 )1. Pregando sem engano.

Paulo disse que sua exortação não foi com “en gan o” , “ im un dícia”, ou “frau d u lên cia ” (2.3). Era com um , na época em que a carta de Paulo aos tessalonicenses foi escrita, h a­v e r certo tipo de pregadores itin e­ra n te s c h am a d o s so fista s. Eram p r e g a d o re s de so fism a s (do gr. sóphisma, ‘sutileza de sofista ’, pelo lat. sóphisma); pregavam com má- fé, “ argu m en tos fa lso s” , en gan o, logro, ou tapeação. É preciso cu i­dado com os “lo b o s” vestid os de “ovelh as” , que andam a enganar os cre n te s in ca u to s, sob a cap a de “m uito esp irituais” .

2 . Exortando os crentes. Paulo fora acusado pelos inim igos. T a lv e z te n h a m c r i t ic a d o su a s exo rtaçõ es sin ceras. No v e rsícu lo em a n á lis e , e le d iz q u e a su a “ exo rtação não fo i com en ga n o ” , ou com sofism a. O apóstolo exo r­tou os irm ãos através da m en sa­gem d o e v a n g e lh o , m o stra n d o - lh es as v e rd a d e s d esc o n h e c id a s p a ra eles; to rn o u co n h ecid o p ara os n ovos cre n te s o “ m istério de D eus — C ris to ” (Cl 2 .2 ). E essa exo rtação , d iz o a p ósto lo , não fo i co m “ e n g a n o ” (d o gr. plane), “e r ro ” , “ ilu sã o ” , ou “d e sv io ” . Ele era um zeloso servo de D eus que le v a v a a m en sagem de m odo cla-

1 4 Lições Bíblicas

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ro e fie l, o b ed ecen d o à reve la ção que receb era do Senhor. Aliás, era esse o cu id a d o dos dem ais ap ós­tolos (1 Jo 4.6; 2 Pe 1 .1 6 ) .

3. Pregando com pureza. A p re g a ç ã o de P aulo n ão fo i com “im undícia”, ou “corrupção” , “nem com fraudulên cia” . E m uitos, incré­dulos ou crentes, im aginavam que os m issionários não passavam de m ais um grupo de tapeadores, que queriam som ente aproveitar-se da boa fé dos ouvintes, a fim de, in­clusive, ob ter dinheiro através da p reg a çã o do ev an ge lh o . Daí, ter Paulo se referido à “frau d u lên cia ” (Rm 1.24 e 2 Co 12 .2 1; Ef 4 .19 ). Hoje, em pleno século XXI, há m ui­tos falsos obreiros que se aprovei­tam dos fiéis para ob ter ganho fi­n anceiro. Um dos requisitos reco­m endados p o r Paulo a quem dese­ja ser b ispo é: ser obreiro “não co­biçoso de torpe gan ân cia” (1 Tm 3.3). No m esm o espírito, Pedro es­creveu que o obreiro deve apascen­ta r o reb an h o do Senhor “tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariam ente; nem por torpe ga­n ân cia” (1 Pe 5.2).

III. NÃO BUSCANDO A “GLORIA DOS HOMENS”

1. O perigo da l i so nja .Pau­lo disse que ele e seus com panh ei­ros não buscavam a “glória dos ho­m ens” , nem deles próprios, “nem de ou tros” (2.6). Há quem busque glória para si. Há pessoas que são m ovidas a elogios, ou m esm o por lison ja, que é sin ônim o de b a ju ­lação. Isso é perigoso p ara o m inis­

tério pastoral e para q u alq u er ser­vo ou serva de Deus. Se, de um lado, o lisonjeiro se com praz em “agra­d ar” a quem deseja enganar (e há pessoas que são m ovidas a lisonjas, e buscam “ a glória”, isto é, o lou ­vor, o elogio dos hom ens) por ou ­tro, o bajulador, na verdade, busca seus interesses egoístas. Esse tipo de pregad o r não aceita con vite para falar a pequenos auditórios. Só se sentem bem se estiverem diante de platéias num erosas para ouvir os aplausos das palm as, e até os “gló­rias a D eus” .

2. Não sendo pesado aos irmãos. Paulo d efen deu a si e aos outros m issionários, afirm ando que não buscavam “glória dos hom ens”, nem dos crentes, nem “ de ou tros” . Não era do seu feitio m oral buscar o louvor dos hom ens, nem sua g ló­ria. Ele m esm o disse aos coríntios que tudo o que fizessem o fizessem para a glória de Deus (1 Co 10 .31). E acrescenta que, “com o apóstolos de C risto” , ele e os outros m issio­nários poderiam ser “pesados” aos te s s a lo n ic e n s e s (2 .9 ). C o n tu d o , nunca se aproveitaram dos irm ãos, buscando ganhos financeiros. Em te m p o a lg u m os e x p lo ra ra m . O apóstolo jam ais fo i rico . Sem pre v iv e u sem am bições m ateriais. Era hom em h u m ild e e resign ado (Fp 4 .12 ). Em lu ga r de b u scar a glória dos hom ens, em term os de co n tri­b u içã o em d in h eiro , ele afirm ou que “ o m eu Deus, segun do as suas riquezas, su p rirá todas as vossas n ecessidades em glória, p o r Cristo Jesus” (Fp 4 .19 ).

Lições Bíblicas 15

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IV. “COMO AMA QUE CRIA OE SEUS FILHOS”

1. Brandos como uma mãe.Diz o apóstolo: “ antes, fom os b ran ­dos entre vós, com o a ama que cria seus filhos” {2.1). Na visão de Pau­lo, o obreiro, ou o m inistro, deve ter o com portam ento de um a ama, que age com o um a mãe. Existe a ama- de-leite, que cria os filhos alheios, alim entando-os com o próprio seio. No versículo que com entam os (2.7), ele se com para à “ama que cria seus filhos” , ou seja, extrapola o concei­to de ama, que cuida dos filhos de outros, e tem em m ente a am a que cuida de seus próprios filhos.

2. A a f e i ç ã o do p a s t o r (2 . 8) . Paulo ch am a os te ssa lo - nicenses de “m uito q u erid os”. Ele e seu s c o m p a n h e iro s eram “ tão afeiçoados” para com os novos con­vertidos. Essa deve ser um a carac­terística do obreiro que tem de fato am or pelas alm as que se co n ver­tem. Hoje, há obreiros que só q u e­rem ver as mãos levantadas na hora do apelo. São ávidos p o r núm eros de decisões, no entanto, não têm interesse em dar assistência aos que aceitam o evan gelho. A razão pela qual Paulo e os m issionários trata­vam tão bem os irm ãos era porque os consideravam “m uito queridos” .

CONCLUSÃOO ministério de Paulo foi frutífe­

ro e aprovado por Deus. Em Tessalô- nica, mesmo tendo passado menos de um mês, deixou um a igreja bem doutrinada através do ensino e da exortação sadia. O adversário levan­

tou m urm uradores para acusar o apóstolo e seus com panheiros, po­rém não tiveram êxito, pois a Pala­vra da Verdade suplantou os argu­mentos da m entira e da calúnia.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Teológico“Depois de m ostrar que a p ro­

va de sua sin ceridade era a d ispo­sição de arriscar o seu bem -estar p a ra o bem deles, Paulo m uda o discurso para as alegações esp ecí­ficas. [...] No versícu lo 3, o apósto­lo explana que não seria conside­rado cu lp ado de “erro ” , “m otivos im puros” , ou “trap aça” . Não seria confu ndido com os m ercenários ou am bulantes daquele tem po.

1) Paulo repudia a noção de que seu Evangelho fosse um “en gan o” (plane). Essa p a la v r a p o d e ser traduzida com o ‘fraude’, mas o con­texto sugere a conotação de ‘erro ’, um a vez que a fraude intencional é com preendida pela últim a das três palavras na lista de Paulo. Os judeus que desejavam que Paulo caísse em descrédito estavam argum entando que, a despeito da sua sinceridade, sua m ensagem era falsa.

2) A próxim a alegação não fo ­c a liz a sua m en sa gem , m as seu s m otivos, que eram discutidos por serem considerados m istos ou “im ­p u r o s ” . A ssim , a d isp u ta aq u i é quanto à in tegridade de Paulo. A palavra akatharsia (m otivos im pu­ros) p o d e tam bém ser trad u zid a c o m o “ im u n d íc ia ” , d a n d o a conotação de im pureza sexual [...]

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No entanto, os m otivos de Paulo são corretos. Sua auto-estim a é saudá­ve l e é alim entada pelo gozo e pela profun da convicção que o Espírito Santo propicia.

3) A ú ltim a q u estão re fu ta d a por Paulo refere-se às acusações de ter sido de algum a m aneira um en ­ga n a d o r. A p a la v ra g reg a dolos pode rem eter à idéia de “ isca” , no m esm o sentido de pescaria. Se esta fo i a intenção aqui, Paulo está sen­do retratado pelos seus opositores com o alguém que atrai ou captura o inocente ou in cauto.” (ARRING- TON, F.L.;STRONSTAD, R. (eds.). Co­mentário bíblico pentecostal: Novo T estam ento . RJ: C P A D , 2 0 0 3 , p .1372-3)

Leia maisRevista Ensinador Cristão

\ CPAD, n° 23, pág. 37.

GLOSSÁRIO

Áv i d o: Que d ese ja a rd e n te ­m ente; ansioso, sôfrego.

Feitio: Modo, m aneira, jeito.I mpercept í ve l : Q.ue não se

p erceb e, que não se pode d istin ­guir; não percep tível.

Incauto: Não cau teloso; im ­prudente.

Logro: E ngan o p ro p o s ita d o contra alguém ; artifício ou m ano­bra ardilosa para iludir.

BIBLIOGRAFIA SUjSERIDA

✓ ARRINGTON, F.L.;STRONSTAD, R. (eds.). Comentário bíblico pente­costal: Novo Testamento. CPAD, 2003.

✓ TULER, Marcos. Recursos didáti­cos para a Escola Dominical. CPAD, 2003.

q u e stio n á r io

1. Qual o efeito das tribulações de Paulo em Filipos?R. Tiveram um efeito positivo em seu fervor na busca das almas

perdidas.2. Qual o significado do termo “ousadia ”, conforme a lição7

R. Ousadia é a ação p ruden te em prol da causa do Senhor.3. Que disse Paulo acerca de sua exortação?

R. Que não fo i com “engano”, “im undícia” ou “fraudulência”.4. O que Paulo não buscou entre os tessalonicenses?

R. A “glória dos h o m en s”, deles próprios e “de ou tros”.5. A quem Paulo com parou seu com portam ento ju n to aos

tessalonicenses?R. A uma ama que cria seus filhos.

mhl ___

Lições Bíblicas 17

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Lição 30 ÁRDUO TRABALHO MISSIONÁRIO

17 de julho de 2 0 0 5

TEXTO ÁUREO

“Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e

fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1 Ts 2.9).

VERDADE PRÁTICA

A Bíblia afirm a que o obreiro do Senhor é digno do seu sustento.

Segunda - At 20.35T rabalhando para ajudar os outros

Terça - 1 Co 4.12T rabalhando com as próprias m ãos

Quarta - 2 Ts 3.8T rabalhando noite e dia

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 65

(vol.2 - f . l ) , 149 e 220.

LEITURA BÍRLICA EM CLASSE

I TESSALONICENSES 2.9-12

9 -Porque bem vos lembrais, ir- máos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para náo sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.

DIÁRIA

Quinta - 2 Ts 3.12T rabalhando com sossego

Sexta - Jo 9.4A noite vem quando ninguém pode trabalh ar

Sábado - 1 Co 9.12-140 sustento dos obreiros do Senhor

18 Lições Bíblicas

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10- Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreen- sivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes.11- Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consoláva­mos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos,12- para que vos conduzísseis dig­namente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.

PONTO DE CONTATO

Professor, os recursos didáticos sugeridos têm por objetivo auxiliá-lo na explanação do conteúdo das lições. Eles permitem que o aluno assimile os temas abordados com maior cla­reza. Os recursos audiovisuais, por exemplo, são meios didáticos que es­timulam a audição e a visão do aluno favorecendo a aprendizagem . Estes recursos realçam o que o aluno vê e ouve na sala de aula. É importante lembrar que: 30% do que aprende­mos passa pela audição e 40% pela visão. Os dois juntos perfazem 70%. Se acrescentarmos uma atividade prá­tica ao que o aluno ouviu e viu, a pos­sibilidade dele aprender é de quase 100%. Portanto, verdades já conheci­das pelos alunos podem ser apresen­tadas de form a inovadora e criativa ao aliarmos os recursos audiovisuais a uma atividade prática.

A pós esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

Explicar sobre o árduo traba­lho m issionário de Paulo.

Descrever as bases da evan- gelização irrepreensível.

Explanar o cuidado paternal do apóstolo pela Igreja.

SÍNTESE TEXTOAL

Nos versículos 3 a 8, Paulo apre­sentou sua defesa m inisterial ten ­do com o fun dam en to o seu com ­portam ento digno entre os cristãos tessalonicenses. Nos trechos de 9 a 12, descreve o árduo trab alh o mis­sionário entre eles, e relem bra mais um a vez o cuidado apostólico m e­dian te a figu ra p atern a (v .1 1 ,7 ) . Esta re ferên cia a fetu o sa (v. 1 1 ) é confirm ada por dois term os en con ­trados no versícu lo 9 (trabalho e fad iga), que no o rig in al indicam e x te n u a ç ã o fís ic a e p s ic o ló g ica : “trab alh o á rd u o ” (kopos) e “ des­gastante lab o r” (mochthos).

Paulo trabalhava tanto à noite quanto de dia na fabricação de ten­das (At 18:3), a fim de não ser “pe­sado” a nenhum dos irmãos (2 Co 11.2 7; 1 Ts 3.10). Procurava não ser dispendioso às igrejas m acedônicas que, em bora fossem pobres, eram muito generosas (2 Co 8.1,2). Toda­via, enquanto esteve em Tessalônica, contava com o apoio financeiro da igreja de Filipos (Fp 4 .15 ,16 ). Para Paulo, assim como o pai é o respon­sável pela sustentação e nutrição do filho e, não o contrário, era respon­sabilidade de seu m inistério suprir à igreja m acedônica, e não esta a ele (w .7 -9 ,11 ) .

s

Lições Bíblicas 19

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA COMENTÁRIO

P rofessor, p a ra que o c o n te ú ­do h istó rico da e p ísto la e o it in e ­rá r io se g u id o p o r P au lo e seu s co m p a n h eiro s possam ser assim i­la d o s p e lo s a lu n o s, p ro p o m o s a e la b o ra çã o de um d iag ra m a que rep re se n te as c id a d es e os p r in ­cip a is fa to s re le v a n te s à c o m p re­en são da liçã o . Esses d ado s são m ais esp ecífico s a p a rtir de Tessa- lô n ic a , p o is p ro c u ra m d e m o n s­trar o p e rcu rso de Paulo e de seus co m p a n h eiro s n esta c id a d e. Leia as re fe rê n cia s b íb lica s p a ra co m ­p re e n d e r a d eq u a d a m e n te o g rá ­fico . Preste a ten çã o no tra je to se­g u id o p e lo s c o m p a n h e ir o s de Paulo. C on form e os recu rso s d is ­p o n ív e is , r e p r o d u z a o e sq u em a abaixo.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, m editarem os sobre com o Paulo trabalh ou arduam ente a fim de p rover o sustento para si e seus com pan h eiro s, bem com o testem u n h ou de form a m arcan te a ce rca desse assunto, de a co rd o com o que está registrado nos w . 9 ,10 da Leitura Bíblica em Classe.

N aquela época, os inim igos do evangelho espalhavam inform ações falsas sobre o sustento e despesas de viagem daqueles prim eiros m is­sionários. Paulo sabia que os novos co n v ertid o s po d eriam facilm en te ser abalados com aquelas fa ls id a­des. Por isso, o apóstolo esforçou- se o m áxim o para desm entir aque­les infun dados rum ores, m ediante seu exem plo de trabalho.

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Muitos crentes sofrem espiritual­mente em razão de falsas informações recebidas na sua “infância espiritual”. Essa era a preocupação de Paulo: “Como o pai a seus filhos” (1 T s2 .11 ) .

Na igreja local, se o ob reiro d e­seja que os novos convertidos se­jam bem form ados e bem n utridos da Palavra de Deus, terá de ser m ãe e pai espirituais para eles. Ler 2 Ts 3 .7-12 ; 1 Pe 5.3.

I. “TRABALHANDO NOITE E DIA”1. Um árduo traba lho mis­

sionário ( 2 .9 ). Paulo e seus com ­pan heiros não se deixaram abater pelas d ificu ld ad es surgidas. T ive­ram que alternar o trabalh o esp iri­tual com o secular, para poderem se d edicar às atividades evangelís- ticas, sem dep en der dos irm ãos.

a)“Trabalho e fadiga". O sen ­tid o aqu i no o rig in al é de tra b a ­lh o árd u o, fa tigan te. Hoje, os tra ­b a lh o s da igre ja que p ro sp eram sã o r e a liz a d o s p o r h o m e n s de D eus que cheios do E spírito San­to se esforçam com am or e d e d i­caçã o ao seu sagrado m in istério . Os q u e fica m p a ra d o s, se ja p o r d esâ n im o , fa lta de v isã o , ou de co n d içõ es m inisteriais* são os que vêem a ob ra de Deus p a ra r e so ­fr e r . Esses são os q u e fa ze m os cren tes gem erem , esp eran d o um a m u d an ça de situação.

b)“Trabalhando noite e dia”. N aq u ela ocasião , quando a ig re ja de T essa lô n ica esta v a n ascen d o , n ã o b a s ta v a a p en a s c u id a r das co isas esp iritu a is. Era p rec iso tr a ­

b alh a r p rofissio n alm en te tam bém à n oite . “D ia e n o ite ” , d iz o texto b íb lic o . N ão fo i fá c il! T o d a via , D eus d eu gra ça e a ob ra a va n ço u p e la m ã o d e h o m e n s d e f ib r a com o aq u e le s! Isto é um a liçã o p a ra os d ias a tu a is , em que há o b re iro s usando c erto s m étod os p a r a c o n s e g u ir d in h e ir o se m e ­lh a n te s aos dos ch arlatõ es, e x p lo ­rad o res e m erca n tilis tas . E os tais a in d a d izem que tu d o é p a ra a o b ra do S en h or, q u an d o , na r e a ­lid a d e , v isa m os p ró p rio s b o lsos (2 Co 1 1 .1 3 ; Fp 3.2).

2. Não sendo pesado a nin­guém. C ertam ente, eles p rec isa ­vam levan tar cedo, antes do nas­cer do sol, e lu tar pela sua m anu­tenção até o início da noite. Paulo tin h a o ofício de fa zed o r de tendas (At 18.3). Com o deve ter sido d ifí­cil ensinar, pregar, discipular, e, ao m esm o tem po, trab alh ar pelo p ró­prio sustento e de seus am igos. São liçõ es in sp irad o ras p a ra nós nos d ias de hoje.

Se você trabalha por necessidade, com sabedoria, bom senso e calma desde cedo até tarde do dia, e tam­bém à noite, e mesmo assim cuida da obra de Deus com zelo, saiba de uma coisa: você não está inovando.

3. O obreiro é digno do seu sustento. Paulo não estava a ensi­nar que o obreiro não pode, ou não deve, ser sustentado pela igreja lo­cal. Ensinando aos coríntios (1 Co 9.6-18), ele disse que ninguém deve trabalhar, ou militar, “à sua própria custa” (v.7). A o invocar o exem plo do m in istério sacerd otal conclui:

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“Assim ordenou tam bém o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (v.14). Na re­alidade, desde o Antigo Testam en­to, e através do Novo, a mensagem é a mesma: “digno é o obreiro do seu salário” (1 Tm 5.18).

II. EVAHGELI3AND0 DE MODO IRREPREENSÍVEL

1. Conduta exemplar dos missionários. “Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houve­mos para convosco, os que crestes” (2.10). Paulo e seus companheiros tinham uma vida irrepreensível di­ante da igreja e do mundo. Assim deve ser a conduta ética, moral, e espiritual dos obreiros do Senhor, bem como de todo crente.

Quando há engano, m entira, trapaça, m istificação, falsidade, mais cedo ou mais tarde, tudo virá à tona, pois “nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido” (Lc 12.2). Viver de forma irrepreensível diante de Deus e dos homens deve ser a prioridade de todo crente que espera a vinda de Jesus (1 Ts 5,23).

a) O cren te deve ser santo (v. 10). Do contrário , ele não verá a Cristo (Hb 12 .1 4 ). Santidade é condição indispensável a quem se diz crente e deseja ir para o céu, ao encontro do Senhor Jesus. As­severa-nos a infalível Palavra de Deus: “como é santo aquele que vos cham ou, sede vós tam bém santos em toda a vossa m aneira

de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou san­to ” (1 Pe 1 .1 5 ,1 6 ) . Graças a Deus porque sem pre tivem os obreiros que, agindo com fidelidade, pas­saram à eternidade, deixando-nos um m aravilhoso testem unho. Eles foram fiéis ao Senhor, à doutri­na, à igreja, à sua fam ília e aos irmãos na fé. Que jam ais venha­mos a agir com leviandade. Jesus está às portas.

b) O crente deve ser justo (v.10). Na Bíblia, justiça é a santidade visí­vel, demonstrada diante do próxi­mo. Temos nas Escrituras exemplos de homens justos, segundo o padrão de Deus, como Jó (Jó 1 .1).

E não foi só em Tessalônica que o padrão de conduta de Paulo foi exposto. Na igreja de Corinto, Pau­lo observou o mesmo padrão de conduta (2 Co 7 .2 ). “Porque vós mesmos sabeis como convém imi­tar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós” (2 Ts 3.7). Essa justiça era irmã gêmea da santidade que os missionários de­monstravam em seu viver.

c) O crente deve ter uma vida irrepreensível (v. 10). Isso só é pos­sível na vida do crente através do poder redentor, libertador e puri­ficador do sangue de Jesus medi­ante a fé. Paulo tinha uma vida cor­reta; não dava lugar à repreensão, censura, ou à críticas pertinentes. Pelo tom das palavras do apóstolo, sentia-se ofendido pelas acusações injustas lançadas sobre si e seus com panheiros. Ele afirm ou certa ocasião: “até ao dia de hoje tenho

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andado diante de Deus com toda a boa consciência” (At 23.1). No ca­pítulo 5 da Primeira Epístola aos Tessalonicenses, ele exorta os cren­tes a serem irrepreensíveis: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenam ente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cris­to” (1 Ts 5.23). Não é somente o espírito e a alma do crente, partes invisíveis, que devem ser conserva­dos irrepreensíveis, mas igualmen­te seu corpo físico, visível.

Há crentes que, quanto ao espí­rito e a alma, ninguém pode duvi­dar que pertencem a Deus, entre­tanto... em relação ao corpo, não se pode d izer o m esm o (1 Co 6 .13 ,19 ,20).

III. “COMO OM PAI A SEUS FILHOS’’

1. Um pai que e xor ta a seus fi lhos ( 2 . 1 1 , 1 2 ) . Paulo, embora líder do rebanho, não ti­nha a postura de um “superior”, mas a de um verdadeiro “pai” para com seus “filhos” na fé. Ele, porém, não agia como certos “pais moder­nos” que, para não serem tachados de retrógrados, deixam os filhos fazerem o que bem entendem. O pai que não corrige os filhos não é pai.

2 . Cuidando de “cada um” .O obreiro do Senhor deve exortar, | ensinar e discipular individualmen­te seus filhos na fé. É o caso do pro­fessor de Escola Dominical. O exem­plo de Paulo deve ser seguido

principalm ente hoje, ocasião em que o crescim ento num érico das igrejas nem sempre acompanha o seu crescim ento qualitativo. Esse cuidado especial deve perdurar em relação a cada pessoa que aceita a Cristo como Salvador. Dizia certo pregador: “Temos muita obstetrícia, e pouca pediatria”. Nascem muitos crentes, no entanto, muitos deles morrem por falta de cuidados espe­ciais em sua “infância espiritual”.

CONCLUSÃOPaulo não se preocupava só

com as ovelhas já crescidas do re­banho. Mas dem onstrava um zelo especial para com cada um dos que aceitavam a Cristo. Que Deus nos ajude a ter em cada igreja lo­cal um trabalho sério de disci- pulado, a fim de que possamos ver Cristo formado em nossos ir­mãos (Cl 4 .1 9 ). A Escola Domini­cal de cada igreja deve estar ativa neste serviço, sabendo que os pri­meiros passos da vida cristã são de valor inestimável para todos os demais que se seguirão na vida do crente.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsidio Teológico“Paulo trabalha ‘noite e dia’ (v.

9) a fim de nutrir os tessalonicenses no Evangelho. [...] Em outro contex­to da defesa,, novamente usando a metáfora dos cuidados paternos, ele escreve: ‘Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar’ (2 Co 12.15).

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Esse é o caráter do ministério de Paulo. Preocupa-se de que nada de­ponha contra sua eficiência, inclusi­ve que não seja classificado com o preguiçoso. O grau dessa preocupa­ção é ilustrado quando muitos anos mais tarde Paulo se encontraria com os presbíteros de Éfeso, e relataria que seu m inistério estava livre de qualquer cobiça, e que ele mesmo trabalhou arduamente com suas pró­prias mãos (provavelm ente no negó­cio de fabricação de tendas; veja At 18.3) para suprir as necessidades de seu grupo m inisterial (20.33,34).

Podem os contrastar as atitudes de Paulo com a dos apóstolos quan­do escolheram sete diáconos porque não queriam “deixar a Palavra de Deus e servir às m esas” (At 6.2-4). E n tretan to , n ão c o n clu ím o s que Paulo seja mais nobre nesta ques­tão do que os outros apóstolos, e de­veríam os notar que a natureza pre­cisa de sua ocupação diária (e no­turna) não é detalhada por Lucas. Não registra esses incidentes para prom over a liderança que trabalha na obra em tem po integral, garan­tindo-lhe algum tipo de pagam en­to, m as com a ú n ica inten ção de m ostrar a d ivisão do trabalh o no ministério da igreja prim itiva. A res­peito dos líderes da igreja, Paulo pode dizer que estes são m erecedo­res de seus salários (1 Tm 5.18 ), porém optou por trabalhar para sua própria m anutenção tanto quanto p o s s ív e l. C o n tu d o , m esm o em T essa lõ n ica re c e b e u ap o io , pelo qual m ostrou-se extrem am ente gra­to (Fp 4 .16 ). Talvez a form ação de

Paulo esteja m uito mais relaciona­da ao tra b a lh o com as p ró p ria s mãos, pois se esperava que até m es­mo os rabinos tivessem o seu pró­prio negócio: “Não havia professo­res r e m u n e ra d o s n a P a le s t in a ” (Morris, 80).

A história do m odelo de lideran­ça de Paulo ressoa através dos sé­culos, e pode ser claram ente ouvi­da por todos os que são cham ados para as posições de liderança, quer sejam rem uneradas ou não. Deve- se esperar que o m inistério dem an­de m uita força de vontade, seja um trabalho árduo e exija m uito daque­les que nele trabalham . Aqueles que sinceram ente cuidam de pessoas e honram a cham ada de Deus serão considerados im itadores da dedica­ção de Paulo.

O versícu lo 10 nos lev a a um exem plo profundo do esforço sin­c e r o e a m o ro s o d e d ic a d o aos tessalonicenses. Geralmente, de ma­neira ousada, Paulo declara que tan­to Deus quanto os tessalonicenses são testem unhas da n atureza im pe­cável de seu trabalho entre eles.

Continuando sua defesa, ele pas­sa ao aspecto paternal de seu cuida­do (w . 11 ,12 ). Nunca procurou exer­cer a autoridade de um apóstolo rei­vindicando um tratam ento especial, nem foi um poderoso negociante. A autoridade que realm ente exerceu foi a de um pai que tinha em mente o b e m -e s ta r de seu s f i lh o s .” (ARRINGTON, F.L.;STRONSTAD, R. (eds.). Comentário bíblicopentecos- tal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, p. 1374-5.).

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Leia maisRevista Ensinador Cristão

\ CPAD, n° 23, pág. 37.

Á r d u o : Espinhoso, áspero; tra­balhoso, custoso.

Charlatão: Explorador da boa- fé do público; im postor, em bustei­ro, trapaceiro.

Infundado: Que não tem fu n ­dam ento, alicerce, base, ou motivo; sem razão de ser.

Inovar: Introduzir novidade em.

L e v i a n d a d e : Q u a lid a d e do que ju lga ou p roced e irrefletida- mente; precip itado, im prudente.

R e t r ó g r a d o : Q ue re c u a ou anda para trás; que é contrário ao progresso.

✓ARRINGTON, F.L.;STRONSTAD, R. (eds.). Comentário bíblico pente- costal: Novo Testamento. CPAD, 2003.f-GANGEL, Kenneth O.; HENDRICKS,

Howard G. Manual de ensino para o educador cristão. CPAD, 1999.

QUESTIONÁRIO

1. O que Paulo, Silas e Timóteo fizeram para não depender dos irmãos de Tessalônica?

R. Alternaram o trabalho espiritual com o secular.

2. Qual era a profissão de Paulo?R. Fazedor de tendas.

3. Como deve ser a conduta ética, moral e espiritual dos obreiros do Senhor?

R. Irrepreensível diante da igreja e do mundo.

4. Que diz a Bíblia sobre o sustento pastoral?R. “Digno é o obreiro do seu salário’’ (1 Tm 5.18).

5. Como Paulo exortava os irmãos?R. Como um pai a seus filhos.

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p. Lição 4A MENSAGEM DE DEUS

NOS CORAÇÕES2 4 de julho de 2 0 0 5

TEXTO AUREO

“Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a

palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de

homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a

qual também opera em vós, os que crestes” (1 Ts 2.13).

VERDADE PRATICA

Q uando Deus fala, há m udan­ças evidentes nos corações dos que o ouvem m ediante a operação do Espírito Santo.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 322

(vol.7 - f.6), 375 e 430.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

I TESSALONICENCES 2.13-16, 10,20 .

13 - Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como pala­vra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes. 14- Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Sm 22.31 Quinta - Mc 7.13A Palavra de Deus é escudo Invalidando a Palavra de Deus

Terça - Pv 30.5 Sexta - Lc 11.28A Palavra de Deus é pura Felizes os que ouvem e guardam

a Palavra de DeusQuarta - Mt 4.4A Palavra de Deus alim enta Sábado - Hb 4.12

A Palavra de Deus é penetran te

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Deus que, na Judéia, estão em Je­sus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os ju­deus lhes fizeram a eles,15- os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios pro­fetas, e nos têm perseguido, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens.16- E nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim.19- Porque qual é a nossa esperan­ça, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura, não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda?20- Na verdade, vós sois a nossa glória e gozo.

PONTO DE CONTATO

Professor, m antenha-se atento aos objetivos das lições. Prepare os procedim entos de ensino de acordo com os m esm os. Os ob jetivos em educação cristã, principalm ente na Escola Dominical, são classificados em: objetivos gerais (ao final do tri­m estre) e específicos (ao final da aula). Entretanto, estes devem con­tem plar os atitudinais, isto é, os que visam atitudes ou com portam entos; os cognitivos, relacionados ao inte­lecto, a percepção e a linguagem; e os afetivos, que se referem aos sen­timentos e afetos. Todos esses são necessários a um a educação com ple­

ta, não reducionista, que contem pla o aluno como ser integral — que pen­sa, age e sente. Portanto, conheça seus alunos e estabeleça objetivos que os ajudem a crescer na graça e no conhecim ento.

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

Apontar a condição pela qual a Palavra Deus é eficaz no coração.

Identif icar os três grupos de m ensageiros perseguidos pelos ju ­deus.

Explicar qual é a gló ria e o gozo dos obreiros do Senhor.

SÍN TESE TEXTUAL

O texto da Leitura Bíblica em Classe divide-se em três seções: a eficácia da Palavra de Deus (2.13- 14 a ), o a taq u e co n tra os ju d eu s (2 .14 b -16 ), e o desejo de Paulo em vo ltar à Tessalônica (2 .17 -19 ).

Na primeira divisão, Paulo agra­dece ao Senhor pela resposta positi­va dos cristãos tessalonicenses à pre­gação do Evangelho (v. 13). Embora a P a la v ra de D eu s te n h a sid o comunicada por instrumentos huma­nos, foi recebida não como mensa­gem de homens (logon anthrõpõrí), mas divina (logon Theou). A distin­ção entre essas duas palavras é que a dos homens é inerte enquanto a de Deus opera eficazmente nos que crê­em nela.

A segunda divisão trata da acu­sação co n tra os ju d e u s que não

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agradam a Deus, pois perseguiram os profetas, a Jesus, as igrejas da Judéia e, agora, a Paulo. Soma-se esta perseguição humana à espiritual de Satanás. Na última divisão, Paulo externa o seu desejo de retornar à Tessalônica para rever os irmãos. E, ainda que ele esteja ausente dos ir­mãos, estes estão em seu coração.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Professor, para esta aula, desen­volva uma atividade usando o título da lição como base. A partir do tema, “A Mensagem de Deus nos Cora­ções”, faça várias flâmulas conforme a quantidade de alunos de que você dispõe. Em cada uma dessas ban­deirolas, escreva um texto bíblico correspondente às epístolas aos Tessalonicenses. Ao cumprimentar os alunos, entregue-lhes a flâmula e solicite que os mesmos decorem a passagem bíblica selecionada. Peça- lhes que escrevam um parágrafo a respeito do versículo. Compartilhe essas meditações com o grupo. Ex­ponha no mural da classe. Para esta atividade, você precisará de alfine­tes, tesoura, cartolina, hidrocOr co­lorido e textos seletos de 1 e 2 Tessalonicenses. Veja abaixo alguns exemplos.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Em meio a tantas oposições, crí­ticas destrutivas e questionamentos maliciosos, Paulo e seus companhei­ros tiveram grande dificuldade em convencer a muitos de que a men­sagem pregada não era mais uma das muitas “filosofias e vãs sutilezas” (Cl 2.8). Contudo, os tessalonicenses re­ceberam a mensagem como a verda­deira Palavra de Deus.

I. A PALAVRA QUE OPERA NOS CORAÇOES

1. A alegria de Paulo. “Pelo que também damos, sem cessar, gra­ças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus...” (2.13). É gratificante para o pastor saber que a mensagem transmitida teve efeito nos corações dos ouvintes. Paulo demonstrava sua alegria pelo fato de não ter pre­gado em vão, mesmo sofrendo tan­tas perseguições, arriscando sua própria vida, “andando e chorando” (SI 126.6). É como se dissesse: “va­leu a pena”. Eles receberam “a pa­lavra da pregação de Deus”.

2. A Palavra eficaz no que crê. A mensagem de Paulo foi rece­bida como “palavra de Deus”. O evan-

Não extingais o Espírito

(1 Ts 5.19)Orai sem cessar

(1 Ts 5.17)

Esta é a vontade de Deus, a vossa

santificação . Ts 4.3)

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gelho, diz Paulo, “é o poder de Deus” (Rm 1.16); penetra no âmago do ser humano, não só alcançando a parte espiritual, o “hom em interior”, mas até a parte física do ser (Hb 4.12,13). Se o espírito e a mente são sadios, o corpo também deve ser. Entretanto, a Palavra de Deus só pode ter efeito positivo nos corações e nas vidas da­queles que crêem. É condição indis­pensável (Rm 1.16; 10.17). D

II. IMITANDO 0 QUE É BOM1. Imitando as Igrejas de

D e u s . “Porque vós, irm ãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus... (2.14). Há im i­tações que co n trib u em p ara a g ló ­ria de D eus. Outras que são v e r ­d a d e iro s escâ n d a lo s p a ra o bom n om e do ev a n g e lh o . Os tessa lo - n icen ses receb era m “a P alavra de D eu s” de ta l fo rm a que p u d era m im ita r as ig re ja s cristã s n aq u ilo em q u e ela s m ais p u d e ra m d ar p ro v a s de sua fé em C risto Jesus, su p o rta n d o o fogo das p e rse g u i­ções c ru é is (1 Ts 5 .2 1).

2. Igrejas que progrediram. O m aior desafio hoje para as igrejas no Ocidente é o da liberdade. Em muitos lugares, há crentes aprovei­tando a liberdade para dar “ocasião à carne” (G15.13). Muitas igrejas não passam de “clubes religiosos”, onde não se vê com prom isso nem santi­dade; “incham ” em número, porém não crescem na “graça e conheci­m ento” (2 Pe 3.18). As igrejas per­seguidas foram as que mais progre­diram na fé e na pregação do evan­gelho. Os crentes perseguidos são

bem -aventurados (Mt 5 .10 ,11). A fé provada produz paciência (Tg 1.3); a tribulação também possui esse efei­to (Rm 5.3). A fé, para ser aprovada, precisa ser provada (1 Pe 1.7).

III. OS OPOSITORES 0 0 EVANGELHO

1. A tríplice culpa dos ju­deus. “Os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens" (2.15). Paulo re­feria-se a três ações, que dem ons­travam a culpabilidade dos judeus, ao longo da História de Israel:

a) Primeira. Eles perseguiram os profetas, que foram enviados por Deus. Em certa ocasião, Jesus os re­preendeu, dizendo que eram “filhos dos que mataram os profetas”, e que haveriam de perseguir os enviados de Jesus (Mt 23.31,32; 34-36).

b) Segunda. Eles “m ataram o Se­n h or Jesus” . Não poderiam ter fe i­to coisa p io r para sua geração. Re­jeitaram o Messias, que haveria de sa lvar o seu povo dos pecados (Mt 1 .2 1). Mas o fizeram por ignorân­cia (At 3 .17 ). E colheram os frutos de seu erro.

c) Terceira. A lém de terem p er­seguido os profetas, continuavam a perseguir os m ensageiros de Deus enviados por Jesus para proclam ar- lhes o evan gelho. Com essa atitu­de, d iz ia Paulo, “não agradam a Deus, e são contrários a todos os h om en s” (2 .15).

2. Quando o homem impe­de. “E nos impedem de pregar aos

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gentios as palavras da salvação...” (2.16). Os perseguidores do evange­lho eram “contrários a todos os ho­mens” (2.15). Eles não estavam lutan­do contra os missionários. Estavam lutando contra Deus! “Horrenda coi­sa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). “Deus não se deixa escarne­cer, porque tudo o que o homem se­mear, isso também ceifará” (G1 6.7). Tentar im pedir a pregação do evan­gelho é ficar ao lado do Diabo.

A o que parece, Deus permite que o hom em peque até que Ele diga: “Basta” ; “Não dá m ais” . Vem os essa lin g u ag em em outras referên cias b íb licas (Gn 15.16 ; Dn 8.23). A pe­sar de Deus ser “m isericordioso e pi­edoso...; longânim o e grande em be- n ign id ad e” (SI 103.8), não é im pas­sível ante o pecado. Pelo contrário: “O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem p o r in o cen te” (Na 1.3).

3. A i r a d e D e u s c a iu a té o fim. O m esm o Deus que é am or (1 Jo 4 .1 6 ) , é tam bém “um fogo c o n su m id o r” (Hb 12.29; Is 4 3 .13 ). Os ju d eu s sofreram as con seqüên ­cias d a p ersegu ição a Cristo e aos m en sageiros das “p alavras de sal­v a ç ã o ” . Em 49 d.C., o im perador C lá u d io e x p u lso u -o s d e Rom a e m uitos deles foram m ortos. No ano 70 da era cristã, a geração que cru­cificou Jesus m uito sofreu quando os rom an os destru íram Jesusalém . A B íblia d iz que Deus visita “ a m al­d ad e dos p ais nos filh os até à ter­ceira e quarta geração daqu eles q u e” o aborrecem (Êx 20.5 - grifo nosso).

IV. IMPEDIDOS PELO ADVERSARIO“Pelo que bem quisemos, uma e

outra vez, ir ter convosco, pelo me­nos eu, Paulo, mas Satanás no-lo im pediu” (2.18). C om o p o d eria acon tecer tal coisa? Não eram ho­m ens de Deus? Tudo o que queri­am era cum prir a m issão que havi­am recebido. Não obstante, o Ad­versário , m ediante a perm issão di­vina, é capaz de causar transtornos à obra do Senhor. Dem ônios podem d ificu ltar a obra da Igreja, m as são d e rro ta d o s (Dn 1 0 .13 ; 1 2 .1 ) . Se Deus não lhois perm ite isso, nada p odem fa zer contra os crentes (SI 34.7; 9 1 .1 0 ,1 1 ) .

V. A GLÓRIA E 0 GOZO DOS 0SRE1R0S D0 SENHOR1 . O f r u t o d o t r a b a l h o . "...

Na verdade, vós sois a nossa gló­ria e gozo” (2.20). T o d o obreiro d ese ja v e r o fru to do seu tra b a ­lh o . O “ la v ra d o r esp era o p re c i­oso fru to da te r r a ” (Tg 5 .7). Deus v e r á o re su lta d o de seu trabalh o. D iz a B íblia: “ O tra b a lh o da sua a lm a e le v e rá e f ic a rá sa tis fe ito ” (Is 5 3 .1 1 ) . Paulo c o n s id e ra v a os n o vo s cre n te s com o “e sp e ra n ç a ” , “ g o z o ” e “ c o ro a de g ló r ia ” dian te do S en h o r e “ em sua v in d a ” .

2 . A le g r ia s , t r i s t e z a s , e r e ­c o m p e n s a . 0 m inistério pastoral é gratificante quando o obreiro vê o fruto do seu trabalho; ao obser­va r as alm as rendendo-se aos pés de Cristo, sendo batizadas em águas e no Espírito Santo. São, na verdade, a glória, o gozo, a alegria, e a coroa

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do trabalho realizado. Muitas lutas e tristezas são experimentadas, no entanto, o galardão espera os obrei­ros fiéis (1 Pe 5.2-4).

CONCLUSÃOO ministério pastoral é alvo de

críticas, ingratidões e muitas lutas, tan to por p arte do A dversário quanto da parte de pessoas do seio da própria igreja local. Porém, os obreiros são gratificados ao virem Deus operar no coração dos ir­mãos, levando-os a uma vida de santidade, compromisso e serviço na obra do Senhor. Paulo conside­rava os crentes como sua “glória e coroa”.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsidio Teológico“Por que Deus abençoa a pre­

gação da Palavra? Porque Ela é vida, e quando pregada fala ao nosso es­pírito. Jesus disse: ‘O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida’ (Jo 6.63). Deus nos deu sua Palavra para nos ajudar a enfrentar as dificuldades da vida. Porém, Ela alimenta o nos­so espírito. A Palavra é o pão da vida, e o Espírito é o seu alento. Nós precisamos de ambos. Eis por que nossa fé aumenta quando ouvimos a Palavra: ‘A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus’(Rm 10.17).

Quando a Palavra de Deus é pregada, podemos esperar resulta­dos sobrenaturais, pois o Autor é sobrenatural. Esse é um princípio extraordinário que devemos com­preender. A pregação bíblica traz a vida de Jesus Cristo para o seio da Igreja. Posso lhe dizer com cer­teza que se você retirar as Escritu­ras Sagradas de uma igreja, a vida desta se extinguirá. Não importa quão bem conduzida seja, ou quão excelente a sua programação, pois a vida d esa p a re c e rá .” (TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. De volta para a Palavra: um chamado à autoridade da Bíblia. RJ:CPAD, 2001 , p. 80-1.)

L e i a m a i sRevista Ensinador Cristão

\ CPAD, n° 23, pág. 38.

GLOSSÁRIO

 m a g o : A parte fundamental; o principal, a essência.

C u l p a b i l i d a d e : Estado ou qua­lidade de culpável ou de culpado.

a✓ TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. De volta para a Palavra: um chamado à autoridade da Bí­blia. CPAD, 2001.✓ TULER, Marcos. Manual do pro­fessor da escola dominical. CPAD, 3.ed„ 2003.

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QUESTIONÁRIO

1. Por que Paulo se alegrava com os tessalonicenses?R. Porque haviam recebido a palavra da pregação de Deus.

2. Quando a palavra se torna eficaz? R. Quando alguém a ouve e crê.

3. O que a fé provada é capaz de gerar? R. A paciência (Tg 1.3).

4. Mencione a tríplice culpa dos judeus?R. Perseguiram os profetas, mataram Jesus e perseguiram os

mensageiros de Deus enviados por Jesus.

5. Em que momento o ministério pastoral é gratificante? R. Quando o obreiro vê o fruto do seu trabalho.

%

32 Lições Bíblica?

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Lição 5FORTALECENDO A FÉ

DOS IRMÃOS31 de julho de 2 0 0 5

TEXTO AUREO

“Portanto, não podendo eu tam­bém esperar mais, mandei-o saber da vossa fé, temendo que o tenta­dor vos tentasse, e o nosso traba­lho viesse a ser inútil” (1 Ts 3.5).

VERDADE PRATICA

A fé, na sua expressão pessoal, precisa ser fortalecida e estim ula­da m ediante a oração e a Palavra de Deus.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 340

(vol.7 - f.7 ), 165 e 186.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

I TESSALONICENSES 3.1-81-Pelo que, não podendo esperar mais, de boa mente quisemos dei­xar-nos ficar sós em Atenas.2-E enviamos Timóteo, nosso ir­mão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de Cristo,

M M ■■...... ........ ....... -Segunda - Hc 2.4 Quinta - Mt 15.280 justo viverá da fé A grande fé

Terça - Mt 6.30 Sexta - At 14.9A pequena fé Fé para ser curado

Quarta - Mt 9.22 Sábado - Rm 3.27Fé p ara ser salvo A lei da fé

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para vos confortar e vos exortar acerca da vossa fé.3 - Para que ninguém se comova por estas tribulações; porque vós mes­mos sabeis que para isto fomos or­denados.4 - Pois, estando ainda convosco, vos predizíamos que havíamos de ser afligidos, como sucedeu, e vós o sabeis.5 - Portanto, não podendo eu tam­bém esperar mais, mandei-o saber da vossa fé, temendo que o tentador vos tentasse, e o nosso trabalho vi­esse a ser inútil.6 - Vindo, porém, agora, Timóteo de vós para nós e trazendo-nos boas novas da vossa fé e caridade e de como sempre tendes boa lembran­ça de nós, desejando muito ver-nos, como nós também a vós.7 - Por esta razão, irmãos, ficamos consolados acerca de vós, em toda a nossa aflição e necessidade, pela vossa fé.8 - Porque, agora, vivemos, se estais firmes no Senhor.

PONTO DE CONTATO

Professor, as lições são sem pre elaboradas pensando em duas fai­xas etárias distintas: os jovens (18- 24 anos) e os adultos (25 anos em diante). Estes dois grupos apresen­tam características mentais, sociais, em ocionais e espirituais específicas, mas interdependentes. Por esta ra­zão, resg u a rd a n d o as esp ec ific i- dades individuais, certos m étodos

aplicam-se satisfatoriam ente a esses dois grupos enquanto outros não. Com jovens e adultos, em função do aprendizado se realizar principal­m en te p o r m eio da m a tu rid a d e cognitiva, você deve usar os méto­dos de raciocínio (indutivo e dedu­tivo). Entretanto, não se lim ite ape­nas a estes. Você pode explorar o estudo de casos e os métodos de ex­posição oral (aula expositiva, per­guntas e respostas, debates). Procu­re conhecer os mais efetivos m éto­dos, a fim de que seus alunos apren­dam de m odo didático e crítico.

Após esta aula, seu aluno deve­rá estar apto a:

Estabelecer a distinção entre exortação b íb lica e agressividade verbal.

C o m p r e e n d e r q ue o s o fr i­m en to c o o p e ra com o fo r ta le c i­m ento da fé.

Aval i ar o crescim ento pessoal na fé e na santidade.

SÍNTESE TEXTUAL

O capítulo três de 1 Tessaloni- censes está dividido em três parágra­fos: a ansiedade de Paulo (1-5), sua consolação (6-10) e sua intercessão (11-13 ). Na primeira seção, o após­tolo usa a palavra “esperar” (stegõ) significando “suportar” ou “conter” no início e no final do trecho (w . 1,6). O amor e o cuidado de Paulo com os crentes traduzem-se em genuína pre­ocupação com a firm eza espiritual e

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segurança salvífica deles. Paulo temia que fossem tentados pelo Diabo (v.5). Por isso, “não p o d en d o sup ortar mais”, enviou Timóteo para conso­lar e exortar a igreja a respeito da fé e das aflições em Cristo. Timóteo es­tava qualificado como “Ministro de Deus”, “Cooperador no Evangelho de Cristo” e “Irmão na fé” . Na segunda seção, após o retorno de Tim óteo com as informações referentes à fé, ao am or e ao afeto da igreja por Pau­lo, o apóstolo traduz seu contenta­m e n to em r e la ç ã o aos te s s a lo - nicenses. Isto pode ser observado nos próprios termos utilizados na carta: boas novas, boa lembrança, consolo, ações de graças, gozo e regozijo. A última seção abrange a intercessão de Paulo em favor da fé, do amor e da santidade da igreja (v.13).

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Prezado professor, através des­ta lição, você terá um a oportunida­de ím par de tratar a respeito do for­talecim ento da fé, pois todo o cren­te precisa estar alicerçado nesta e na d ou trin a cristã. Então, para a aula de hoje, divida o quadro-de-giz em duas partes com o na ilustração abaixo. Num dos lados, escreva a frase “Exortar é ...” , e no outro, a

seguinte: “Exortar não é...” . Em se­guida, leia a prim eira frase e peça aos alunos que digam o que lhes vier a m ente quando a ouvirem . À m edida que forem proferindo suas respostas, escreva-as no quadro-de- giz. Incentive a participação de toda a turm a. Com ente sobre as palavras já m encionadas. Depois, interpele- os acerca da segunda frase “Exor­tar não é...” . Enquanto os alunos d isco rrem a ce rca d esta , e la b o re um a síntese das prin cipais idéias citadas p o r eles. Explique o uso cor­reto do term o “exortar”; m uitas v e ­zes em pregado de m odo incorreto po r nós. Enfatize o fato de que d e­vem os cuidar de nossos irm ãos com am or, exortando-os a perm anece­rem firm es na fé, m esm o diante das tribulações e sofrim entos.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃOPaulo, com o autêntico obreiro e

pastor de almas, preocupava-se com a fé dos novos irm ãos em Cristo. Estariam eles firm es, resolutos, ser­vindo ao Senhor? Ou m anquejando, sem saber com o prosseguirem na cam inhada cristã? Com essas inqui­etações, próprias de um diligente pastor, o apóstolo dos gentios en-

“ EXORTAR É . . . ” “ EXORTAR NÃO É . . . ”

A ssistir R eclam ar c o n tra os irm ãos

C o n fo rta r D esa b afo p esso a l

C o n so lar F alar m al dos ou tro s

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tregou ao jovem Tim óteo a missão de ir a Tessalônica, e, pessoalm en­te, ve rificar com o estariam os ir­mãos na sua vida cristã em geral.

I. CONFORTO E EXORTAÇÃO

1. A ansiedade de Paulo (3. 1 ,2 ) . Paulo m uito desejou retornar a Tessalônica a fim de ensinar a Pa­lavra e fo rta lecer a fé dos novos crentes. Porém, conform e o expos­to no capítulo 2, versículo dezoito, não pô d e fazê-lo . Pouco antes, o apóstolo havia deixado Tim óteo e Silas em Beréia (At 17.14), seguin­do para Atenas (At 17.15), onde sua preocupação concernente à fé dos irm ãos de Tessalônica aum entou.

2. Um co op erado r exem­plar. Tim óteo era para Paulo um verd ad eiro “ irm ão” (v .l; 1 Co 1.1; Cl 1 .1 ) . Ele era o obreiro adequado à tarefa de ir ao encontro dos cren ­tes de Tessalônica.

Todo líder precisa ter da parte de Deus o hom em certo, para a ta­refa apropriada, no lugar oportuno; do contrário, tudo sofrerá prejuízo.

P au lo ta m b é m o c h a m o u de “ m inistro de D eu s” ; literalm en te “servo de D eus” . 0 term o na lín ­gua original “ diakon os” tem o sen­tido de servo, cooperador, auxili­ar. Feliz é o líd er rodeado de ob rei­ros que possam ser cham ados de “irm ãos”, “m inistros”, e “coopera- d ores” , com o teve o apóstolo Pau­lo (Tito, 2 Co 8.23; 2.13; Epafrodito, Fp 2.25; Tíquico, Cl 4.7).

3. “ Para vos co nfor tar e exort ar” (v . 2 ). 0 crente precisa saber que, m esm o em m eio às tri-

b ulações desta vida, há “conforto em C risto” , “consolação de am or”, “com unh ão no Espírito, e alguns “entranháveis afetos e com paixões” (Fp 2 .1). Não se deve con fu n d ir o term o “exortar” , no v .2, com aspe­reza no púlpito, ou com desabafos pessoais inoportunos, im pensados e im prudentes. Exortar é assistir, confortar, admoestar, consolar, ani­m ar, en corajar as pessoas. A exor­tação deve ser com “longanim idade e d o u trin a ” (2 Tm 4.2).

II. DESIGNADOS PARA SOFRER (3 .3 ,4)

A partir da experiência da con­versão no cam inho de Damasco (At 9.1-6), Paulo sofreu muito pela cau­sa do evangelho (At 9 .15 ,16 ). Ele exortou os irmãos, para que nenhum deles se abalasse por causa das tri- bulações que presenciaram na vida dos missionários, dizendo: “porque vós mesmos sabeis que para isto fo­mos ordenados”. Parece estranho ao hom em natural que Deus cham e al­guém para cum prir a sua vontade, realizando o seu trabalho, e perm i­ta que esse sofra, às vezes, nas mãos dos ímpios. Entretanto, é exatam en­te no cadinho da tribulação que se forja a têm pera espiritual e em ocio­nal daqueles que vão trabalhar para o Senhor nas inum eráveis atividades e encargos da sua sacrossanta obra. “Para isto fomos cham ados” , está es­crito, tendo nisto o exem plo de Cris­to para o nosso conforto e instrução (1 Pe 2.21-23). O trabalho do Senhor é sério e requer a nossa total entre­ga e consagração. Um obreiro rela-

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xado, displicente e faltoso deve im e­diatamente, diante de Deus, m udar para m elhor, ou dar o lugar para outro que faça o serviço, com serie­dade e da m elhor form a possível (1 Co 4.9; 2 Co 11.23-27).

III. BOAS NOVAS OA FÉ E DA CARIDADE

1. O receio de trabalhar em vão ( 3 .5 ,6 ) . Nenhum crente pas­sa por esta vida sem sofrer algum tipo de tentação. Nem mesm o Jesus escapou desse processo, a fim de ven cer o Tentador e nos legar o seu exem plo. Deus perm ite a tentação para provar a fé dos crentes. Jesus foi tentado três vezes (Mt 4) e nos m andou orar e v ig iar para não en­trarm os e nem cairm os em tentação (Mt 26.41; 6 .13). As “boas novas” da “fé e caridade” dos irm ãos de Tessalônica foram um lenitivo para o apóstolo que ali m uito sofrerá no início de sua obra (At 17 .1 -13 ).

IV. A RAZÃO DO VIVER DO OBREIRO (3.7-U)

1. “Consolados acerca devós ” (v.7 ) . Paulo ficou feliz e con­solado ao saber que os irm ãos esta- vam firm es na fé. E declarou que ele e seus companheiros viviam, p o r estarem “firmes no Senhor”. “A go­ra vivem os” (v.8) fala da im ensa ale­gria que enchia a alm a do apóstolo pelas boas-novas acerca dos seus fi­lhos na fé de Tessalônica. Quando o E vangelho p ro sp era , o ob re iro ganha alm as e o trabalho avança, o Diabo não fica satisfeito. Ou do lado de dentro (entre os crentes), ou do

lado de fora (entre os descrentes), Ele sem pre lu tará con tra a obra. Todavia, com oração, jejum e fé em Jesus e nas infalíveis prom essas da Bíblia, o inim igo é derrotado, e a obra de Deus prevalece.

2. Orando dia e noite pelo t r aba lho (v .10). A m ensagem q u e P au lo m in is tro u em T e ss a ­lônica foi eficaz e poderosa na un- ção do Espírito Santo. Para pregar e ensinar na un ção de Deus, é n e­cessário horas e horas de estudo e m editação na Palavra, oração e je­jum . Paulo e seus am igos oravam “dia e n oite” pelos novos crentes. Jesus, em sua m issão na Terra, pas­sava longo tem po em oração a sós (Lc 5 .16 ; Mc 1.35; Mt 14.23). No Getsêmani, Ele orou em grande ago­nia de alma (Lc 22.39-44; Mt 26.36- 44). O crente, para ven cer, deve orar sem cessar (1 Ts 5 .17 ; Ef 6.18).

V. CRESCENDO NA FÉ1. O crescimento em amor

( v . 12). Paulo tinha em seu cora­ção um grande desejo — o cresci­m ento espiritual dos irm ãos: “E o Senhor vos aum ente e faça crescer em c a r id a d e ...” (3 .1 2 ) . V ejam o s com o deve ser esse crescim ento:

a) Em amor,“uns para com os outros”. Trata-se do am or fraternal, que deve existir entre os próprios crentes na igreja local. Esse am or, dem onstrado na prática (caridade), é a m arca registrada do cristão, do verd ad eiro discípulo de Jesus (Jo 13.34 ,35). Esse sinal d istintivo não é o cargo ou fun ção que se exerce na igreja local. Não é pregar ou can-

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ta r bem . 0 am or divin o praticado em 1 Co 13.4-7 é o em blem a do ver­dadeiro crente.

b)“Para com todos”. É o am or para com todas as pessoas, mesmo que não sejam cristãs. Não é fácil am ar todas as pessoas. Há pessoas corruptas, inim igas e persegu id o­ras do evan gelho, mas precisam os amá-las; do contrário, Jesus não te­ria nos dado essa ordem . Ele nos m andou am ar nossos próprios in i­migos! (Mt 5.44-47).

c )“Como também nós para convosco”. É o am or do ob re iro para com os n ovos crentes, mesmo fracos, incon stantes e frágeis. Há obreiros que am am a obra, en tre­tanto aborrecem os irm ãos; ded i­cam -se ao cargo, mas desprezam os crentes; gostam de pregar, ensinar, porém rejeitam as pessoas. 0 cres­cim ento espiritual eq uilibrado exi­ge, antes de tudo, o crescim ento em am or, com o diz o versícu lo 12. Ao m esm o tem p o, o c re n te p re c isa crescer “na graça e conhecim ento de nosso Senhor e Salvador Jesus C risto” (2 Pe 3 .18).

2. Crescendo em sant ida­de ( 3 . 1 3 ) . Se o am or é a m arca registrad a do cristão, a santidade é o m eio pelo q u al ele po d erá ch e­g a r a D eus (Hb 1 2 .1 4 ) . “ O que anda num cam in ho reto, esse me serv irá ” (SI 10 1.6 ). A san tificação é in d isp en sáv el na v id a de cada crente, p rin cip alm en te dos o b re i­ros que precisam ser exem plo dos fié is (1 Tni 4 .12 ) . Paulo sabia o quan to a san tid ad e é im portante para quem deseja ser salvo e ín te­

gro (Tt 2 .7 ,15 ; 1 Pe 5.3). A n tes de exortar ou exigir a santidade dos outros, o hom em de Deus tem de ser o exem p lo. O en sin o b íb lico aqui apon ta três grandiosos aspec­tos da santidade:

a) Santidade “diante de nosso Deus e Pai”. Cada crente deve ter consciên cia de que, antes de estar diante de qualq uer pessoa, cristã ou não, está d ian te de D eus que tudo sabe, tudo vê, e está em todo o lugar.

b) Santidade “na vinda de nos­so Senhor Jesus Cristo”. A razão de ser da v id a cristã é ser salvo para esp e ra r um d ia o e n co n tro com Cristo, seja pela ressurreição, seja p e lo a rreb atam en to da Igreja na sua vinda.

c) Santidade “com todos os san­tos”. Som ente os santos do Senhor irão com Jesus na sua v in d a, ou seja , os sa lv o s p o r C risto . Essa irrep reensibilidade tem de en vo l­ver todo o ser em sua tricotom ia: espírito, alm a e corpo (1 Ts 5.23).

CONCLUSÃO

T odo o cren te p recisa estar f ir ­m ado n a fé e n a d o u tr in a cristã (1 Tm 4 .6 b ). A igreja , p o r m eio d e seu s o b r e ir o s , d e v e a te n ta ­m en te c u m p rir sua p a rte . O c re n ­te, p o r sua v e z , p re c isa a p ro v e i­ta r to d as as o p o rtu n id a d e s p ara o b te r in s tr u ç ã o n a P a la v r a de D eus, in c lu s iv e n a E scola D om i­n ica l de sua ig re ja . O cu id a d o de to d o o o b re iro d ev e ser o de z e ­la r p e la v id a esp iritu a l d a q u ele s que aceitam a C risto . E va n g elizar

3 8 Lições Bíblicas

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e d isc ip u la r têm de ser os p r in c i­p ais o b je tiv o s do m in istério p a s­tora l.

AUXÍLIOS s u p l e m e n t a r e s

Subsídio Teológico“V ersículos 1 - 5 :0 apóstolo en ­

viou Tim óteo para confirm ar e con­solar os tessalonicenses; 6-10: Re­gozija-se p o r causa da boa notícia da fé e do am or deles; 11 -13 : E por seu crescim ento na graça.

V v .1 - 5 . Q u a n to m a is p r a z e r a ch a rm o s no cam in h o de D eus, m as d esejarem os p e rse v e ra r n es­te. Paulo quis co n firm ar e co n so ­la r os tessalo n icen ses q u an to ao ob jeto de sua fé, que Jesus Cristo é o S alvad o r do m un do. E acerca da recom pen sa da fé, que era m ais do que su fic ien te p a ra com p en sar todas as suas p erdas pessoais e re­com p en sar todos os seus esforços. Porém , tem ia que o seu trab alh o fosse em vão. Se o D iabo não p u ­d er im p edir que os m in istros tra ­b alh em na Palavra e na d ou trin a , se lhe for p o ssível, p ro cu ra rá p re­ju d ic a r o êx ito d estes tra b a lh o s

[•••].

V v.6 -10 . A gra tid ão a D eus é m uito im perfeita neste estado atu­al, e um a das grandes finalidades do m inistério da Palavra é ajudar a fé a progredir. O instrum ento para ob ter a fé é tam bém o m eio para aum entá-la e confirm á-la, a saber, as ordenanças de Deus [...].

V v. 1 1 -1 3 . A oração é um c u l­to re lig io so , e tod o o cu lto re lig i­oso d ev e ser p restad o e x c lu siv a ­

m ente a Deus. 0 cu lto d eve ser o fe re cid o ao Senhor, com o sendo o nosso Pai. A oração não som en ­te d eve ser o fe re cid a em nom e do S en h or Jesus C risto, m as tam bém ao p ró p rio C risto com o nosso Sal­v a d o r e S e n h o r [ . . .] .” (HENRY, M atthew . Comentário bíblico de MatthewHenry. RJ:CPAD, 2002, p. 10 14 -5 .)

L e ia m a isRevista Ensinador Cristão

\ CPAD, n° 23, pág. 38.

GLOSSÁRIO

Cadinho: Vaso m etálico ou de m aterial re fra tá rio , u tiliza d o em operações quím icas a tem peraturas elevadas; crisol.

Distintivo: Coisa que distin­gue; em blem a, insígnia.

For j ar: A quecer e trabalh ar na forja; caldear.

Resolu to : A u d a z, co ra jo so , decidido, determ inado, desem bara­çado, ativo.

Têmpera: Consistência que se dá aos m etais, esp ecialm en te ao aço, introduzindo-os candentes em água fria.

HENRY, M atthew. Comentário bí­blico de Matthew Henry. RJ:CPAD, 2002.‘-'AYRES, Antonio Tadeu. Como tor­nar o ensino eficaz. CPA D , 7. ed.,2003.

Lições Bíblicas 39

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QUESTIONÁRIO

1. Por que Paulo não pôde retornar ã Tessalônica?

R. Porque Satanás o impediu.2. Como deve ser a exortação?

R. Com “longanimidade e doutrina”.3. Por que Paulo ficou feliz e consolado?

R. Por saber que os irmãos estavam firmes na fé.4. Quanto tem po Paulo e seus amigos gastavam em oração pelos

novos crentes?

R. Eles oravam dia e noite.5. O que exige o crescimento espiritual equilibrado7

R. Exige, antes de tudo, o crescimento em amor.

4 0 Lições Bíblicas

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J-: L iç íi 6EXORTAÇÃO À SANTIDADE

7 de agosto de 2 0 0 5

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 277

(vol.6 - f.4), 39 (v o l.l - f .2) e 29.

LEITURA RÍRLICA EM CLASSE

I TESSALONICENSES 4.1-71-Finalmente, irmãos, vos roga­mos e exortamos no Senhor Jesus que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais;

“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição”

(1 Ts 4.3).

| VERDADE PRÁTICA !

A sa n tifica çã o é um p rocesso p rovido p o r Deus através do qual o crente torna-se santo. Ela faz a d iferen ça en tre os que vão subir aos céus e os que vão ficar na se­gunda vin d a de Jesus.

Segunda - Rm 6.13,19M em bros do corpo santificados

Terça - 2 Co 7.1A perfeiçoan do a santificação

Quarta - 1 Tm 2.1SPerm anecendo na santificação

Quinta - Hb 12.14A santificação é indispensável

Sexta - 1 Pe 1.2Eleitos em santificação

Sábado - 1 Ts 5.23A santificação de todo o nosso ser

Lições Bíblicas 4 1

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2 - porque vós bem sabeis que man­damentos vos temos dado pelo Se­nhor Jesus.3 - Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição,4 - que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra,5 - não na paixão de concupiscên- cia, como os gentios, que não co­nhecem a Deus.6 - Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos.7 -Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.

PONTO DE CONTATO

Com o você já sabe, os m étodos de ensino devem ser em pregados de aco rd o com a fa ixa etária da classe e a m aturidade cognitiva dos alunos. É necessário m anter-se in ­form ado a respeito das caracterís­ticas gerais e individuais dos a lu­nos. Ao lecionar à classe de tercei­ra idade, p o r exem plo, é preciso em pregar m étodos relativos às ca­r a c te r ís tic a s c o g n itiv a s e p sico - m otoras desse grupo. Portanto, ao em pregar os recursos audiovisuais, é preciso considerar que a p ercep ­ção visual e auditiva deles se p ro­cessa m ais lentam ente. Em função disto, é n ecessário usar gravuras grandes com traços firm es, m anter

a im agem exposta p o r um tem po m ais longo, e fa lar pausadam ente. Na execução dos exercícios, consi­dere que um a pessoa idosa é mais vagarosa em atividades que en vol­vam habilidades psicom otoras, por­tanto, ta lvez seja n ecessário um a outra pessoa ajudá-la a realizar as tarefas. 0 p rofessor cònscio dos li­m ites e das potencialidades de seus a lun os lo g ra rá êxito na suprem a tarefa de ensinar-lhes a Palavra de Deus.

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

Definir o term o santificação. D esc re ver o v a lo r da sa n ti­

ficação para o crente.Aplicar a ética e a santidade

aos relacionam entos cristãos.

i SÍNTESE TEXTOAL

Nos versículos 1 e 2 do capítulo q u a tro , Paulo e x o rta os tessalo - nicenses a que não vivam apenas de acordo com o seu exemplo, mas tam­bém progridam na fé e no conheci­mento do Senhor Jesus Cristo.

Após um a breve exortação, Pau­lo trata de assuntos m orais especí­ficos (w .3 -6 ), e conclui com uma adm oestaçào (v.7). Devem os enten­der essas adm oestações dentro do contexto de um a cidade portuária pagã com o Tessalônica, em que a corrupção e a licenciosidade eram conhecidas de todos. A proibição de Paulo quanto aos pecados sexuais

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revela que, ao aceitar o evangelho, o crente deve rom per com a moral sexual perm issiva de sua época. Por­quanto, a expressa vontade de Deus é a santificação do crente, ou seja, que ele se abstenha da prostituição, im oralidade, con cup iscên cia e da fraude (v.3-6): “Porque não nos cha­m ou Deus para a im undícia, m as para a santificação” (v.7).

ORIENTAÇÃO blDÁTICA

Providencie os seguintes m ate­riais para esta aula: jornais e revis­tas usados, cola, tesoura e folhas de p apel pardo. Solicite que os alunos se dividam em grupos de quatro ou cin co pessoas. O riente os grupos para que recortem e colem , na fo­lha de papel pardo, m anchetes que estejam relacionadas à falta de san­tidade e de tem or ao Senhor. Asse­gure que a im oralidade, a devassi­d ão, a im p u re za ... têm ca u sa d o m uitos m ales tanto em nossa soci­ed ad e quan to na igreja (o m aterial relacion ado p o r eles é um a p rova disto). D epois de conclu ída a ativi­dade, com a ajuda dos grupos, cole os painéis em lugar visível. Afirm e que v iv er em santidade num m u n ­

do corrom pido pelo pecado não é fácil. T odavia é possível, pois o Es­p ír ito de D eus d e s e ja o p e r a r a santificação em nós. Então, escre­va num a faixa de papel pardo o tex­to de 1 Pe 1.2 b e cole-a junto aos painéis. Encerre oran do a fim de que o pecado não venha, de m odo traiço e iro , fa ze r p a rte de nossas v id as e de nossas igrejas. V eja o m odelo abaixo.

333Ma iINTRODUÇÃO

A Bíblia ensina de m odo claro e d ireto que os filhos de Deus devem abster-se da prostituição, ou seja, de todo o tipo de infidelidade con ­jugal e da prática do sexo fora do casam ento. Nos dias presentes, essa m ensagem tem grande valor, pois v iv em o s em um m u n do v o lta d o p ara o sexo an tib íb lico , p rofan o , v u lg a r e sem am or. T o d a via , os crentes em Jesus têm o dever de ser “sa l” e “lu z” neste m undo.

I. DISCÍPULOS OBEDIENTES

1. Um apelo veem ente. “Fi­nalm ente, irm ãos, vo s rogam os e exortam os no Senhor Jesus...” (4.1).

c

“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus” (1 Pe 1.2)

Lições Bíblicas 4 3

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0 apóstolo do Senhor não somente rogava, mas também exortava os ir­mãos para que procedessem do m odo com o foram en sin ad o s , quando de sua passagem pela con­gregação nascente. Dois dentre os mandamentos da Lei de Deus estão diretamente afetos a este assunto — o 7°; “Não adulterarás”, e o 10°: “Não cobiçarás a m ulher do teu próximo”.

2. Vivendo para agradar a Deus (v . l ) . O crente deve não so­mente obedecer ao Senhor, mas es­pecialmente agradá-10. A obediên­cia vem, antes de tudo, mediante o conhecimento da lei divina. O agra­dar vem primeiramente do amor de­votado a Deus. Muitos só obedecem se houver na Bíblia um preceito proibitivo, e também por receio da disciplina. Por outro lado, quem ama de todo o coração ao Senhor cumpre com prazer a lei divina, vi­sando também satisfazer a Deus. O amor, para agradar ao Altíssimo, não depende da lei (SI 40.8). O que falta em muitos crentes é o amor transbordante para com o Pai, a fim de agradá-10 no seu viver e agir; no seu entrar e sair diante de Deus, da igreja, e do mundo.

O progresso da vida cristã de­pende, fundamentalmente, da ob­servância dos preceitos e manda­mentos de Deus encontrados em sua Palavra. A figura do “andar” é bem usada na Bíblia, denotando a conduta da pessoa, o modo de vi­ver, as atitudes, as ações, as obras, e o com portam ento ein geral (SI 128.1; Fp 1.27; 1 Jo 2.6).

II. 0 VALOR DA SANTIFICAÇÃO1. Mandamentos dados por

Jesus (v .2) . “Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a von tad e de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da p ro s titu iç ã o ” (1 Ts 4 .2 ,3 ) . No versículo 2, o apóstolo chama a aten­ção dos fiéis, enfatizando que os “mandamentos” entregues em Tessa- lônica lhe foram dados diretamente “pelo Senhor Jesus”. Não se tratava de instruções comuns de um pastor a seus discípulos, ou de um profes­sor a seus alunos. Todavia, eram mandamentos de Deus, “no Senhor Jesus”, e “pelo Senhor Jesus”. Com idêntica convicção e autoridade di­vina, ele disse aos crentes de Corinto: “Eu recebi do Senhor o que também vos ensinei” (1 Co 11.23).

2. A santif icação é a vo n ­tade de Deus para o crente (v .3) . Ao aceitar a Cristo como Salvador, o novo convertido torna- se santo pela lavagem da regene­ração do Espírito (Tt 3.5), por meio da Palavra de Deus (Ef 5.26).

A santificação é tam bém um processo gradual e contínuo que conduz ao aperfeiçoamento do ca­ráter e da vida espiritual do cren­te, tornando-o participante da na­tureza divina (2 Pe 1.4; 2 Ts 2.13; Rm 6 .19,22; 2 Co 7.1; 3 .18). Sem a santificação, jamais alguém verá a Deus (Hb 12.14).

3. Abstendo-se da prost i­tuição ( v .3 ) . Aqui, no original, o termo prostituição refere-se tanto

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à venda do corpo quanto a qual­quer tipo de relação sexual ilícita. Deus criou o sexo no princípio e es­tabeleceu suas leis imutáveis. Na Bí­blia, temos esses preceitos em vá­rios textos como em Mateus 5.32; 15 .19 ; 19.9 (relações ilícitas); 1 Coríntios 5.1 (fornicação); 6.18; 7.2 (impureza); Ap 17.2 (devassidão). As Escrituras Sagradas hoje nos ad­vertem : “que vos abstenhais da prostituição” (4.3).

Na sociedade grega, as práticas sexuais ilícitas eram com uns. 0 homossexualismo, aliás, era defen­dido por alguns filósofos. Abusos e perversões eram largamente prati­cados. Um dos últimos alertas da Palavra em torno da vinda de Jesus (Ap 22.6-20) trata justam ente da imoralidade sexual (Ap 22.15; 21.8).

III. 0 RELACIONAMENTO SEXUAL ENTRE OS CRISTÃOS

“Que cada um de vós saiba pos­suir o seu vaso em santificação e honra, não na paixão de concupis- cência, como os gentios, que não conhecem a Deus” (4.4,5).

1. Que cada um saiba pos­suir “o seu vaso” . Em sua exor­tação à santificação, tudo indica, p ela le i do co n tex to geral e referencial das Escrituras, que “vaso” aqui refere-se ao corpo do crente e ao do seu cônjuge se ele é casado (2 Tm 2.21; 1 Pe 3.7). A santidade se­xual tem de ser rigorosamente ob­servada na vida do cristão (Hb 13.4).

2. Fazendo a diferença na vida sexual. Em 1 Co 6.19,20, le-

mos que o corpo é “templo do Espí­rito Santo”, e que devemos glorificar a Deus no espírito e no corpo, “os quais pertencem a Deus”. Sem qual­quer sombra de dúvida, a vida sexu­al do cristão não pode ser conduzida como fazem os ímpios: “não na pai­xão de concupiscència, como os gen­tios, que não conhecem a Deus" (v.5).

Queiram ou não os liberalistas, o cristão autêntico tem de ser dife­rente em todos os aspectos da vida, diante de Deus e dos homens, in­clusive quanto à sexualidade. Nes­te assunto, a Igreja do Senhor não tem nada a ver com o que o mun­do chama de certo e errado quan­to ao namoro, noivado e casamen­to. Ver 1 Pe 1.14-16.

IV. ÉTICA NO RELACIONA­MENTO COM OS IRMÃOS

1. Não oprimir nem enga­nar. “Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos” (4.6). Este é o ensino da Bíblia de caráter ético por excelência, enfatizando a fidelidade, a sinceridade e a honestidade cristãs. Pelo contexto do v.7, a expressão “ne­gócio algum” inclui também o assun­to da sexualidade. Todo o contexto, mas precisamente até o versículo 8, parece tratar contra os vários abusos sexuais. O texto acentua que “o Se­nhor é vingador de todas estas coi­sas”. O cristão não deve vingar-se. Só Deus tem esse direito (Rm 12.9).

2. Chamados para ser san­tos. “Porque não nos chamou Deus

Lições Bíblicas 45

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p a r a a im u n d íc ia , m as p a r a a santificação” (4.7). Deus nos cha­m ou para que sejam os santos em todos as esferas e aspectos da nos­sa vida. “Sede vós tam bém santos em toda a vossa m aneira de v iv er” (1 Pe 1 .15 ). V er Lv 19.2; 20.7; 21.8; 11 .4 4 ,4 5 . Sem a santificação n in ­guém verá o Senhor (Hb 12.4).

3. Des p r ezando a Deus. “Portanto, quem despreza isto não d esp reza ao hom em , m as, sim, a Deus, que nos deu tam bém o seu Espírito Santo” (4.8). O “isto” refe- re-se à santificação que Deus exige de seus servos. Quem, pois, despre­za esse ensino não despreza ao ho­mem, “mas sim a D eus” .

CONCLUSÃOV iver em santidade não é fácil,

m as é possível, pois o Espírito que n o c re n te h a b ita q u er o p e ra r a santificação. Ele é cham ado “o Es­p írito de san tificação” (1 Pe 1.2). É in d isp en sá v e l que o cristã o seja san tificado p ara p o d er an d ar na presença de Deus e habitar com Ele no porvir. Não adianta ser m em bro de um a igreja aqui, e, depois, en ­frentar o Juízo Final, por haver des­prezado a santificação e vivido fora da vo n tad e de Deus, que é a nossa santificação (4.3).

AUXÍLIOS s u p l e m e n t a r e s

Subsídio Devocional“Todo ram o que, estan d o em

mim, não der fruto, ele o corta; e tod o aquele que dá fru to , lim pa,

para que p rod u za m ais fru to ainda (Jo 15.2).

A po d a fere, m achuca, m as é n ecessária para que aquilo que é bom seja aum entado ou m elhora­do. Deixem os, portanto, que Deus pegue a p o dadeira da d iscip lin a e vá elim inando o que for preciso. Em nossas vidas, há coisas que devem ser cortadas. Algum as, apenas di­m inuídas, outras, totalm ente dece- padas. Confiem os no Lavrador! Ele sabe o que faz. Aqui, corta um b ro ­to de egoísm o, ali, um ram o de pre­co n ceito . Passa a fo ice de a lto a baixo pelo tronco, e elim ina a lin ­guagem suja, a gritaria em casa, a fo fo ca e a m entira. A lguns broti- nhos são tão m inúsculos e tenros, que não é preciso ferram enta, b as­ta a u n h a do J a rd in e iro . Com o aquela pequen a ponta de inveja... É bom m esm o que seja elim inada antes que cresça. Outras obras da carne desenvolveram -se tanto, que só m esm o um a p o dadeira afiada é capaz de extirpá-la. Com o aquele ram o da hipocrisia...

A lgum as coisas são boas, m as n ão p o d e m c re s c e r d e m a s ia d a ­m en te ou torn am -se n ocivas. É o caso da auto-estim a, p o r exem plo. É bom term o a n oção do nosso v a ­lor, con h ecerm o s nossas h a b ilid a ­d e s , to d a v ia , ‘ n a d a fa ç a is p o r p a rtid a r ism o ou v a n g lo r ia , m as p o r h u m ild a d e , c o n s id e r a n d o cad a um os ou tros su p erio res a si m e s m o ’ (Fp 2 .3 ) .” (AN DRADE, M arta D oreto de. Quando o Ama­do desce ao jardim. RJ:CPAD, 2004, p .19 1 .)

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Leia maisRevista Ensinador Cristão

\ CPAD, n° 23, pág. 39.

GLOSSÁRIO

Abster-se: Privar; tira r a si m esm o o gozo (de algum a coisa).

I l í c i t o : P r o ib id o p e la le i; in ju ríd ico , ilegítim o; co n trá rio à m oral e/ou ao direito.

Imutável:dança.

Não sujeito à mu-

Profano: C ontrário ao respei­to devido a coisas sagradas.

Proibitivo: Que proíbe ou im ­pede que se faça algo.mm m^ ANDRADE, Marta Doreto de. Quando o Amado desce ao jardim. RJ: CPAD, 2004.S DANIELS, Robert. Pureza sexual: como vencer sua guerra interior. RJ:CPAD, 2000.^ LIVINGSTON, George Herbert. Comentário Bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2005.

QUESTIONÁRIO1. O progresso da vida cristã depende de quê?R. Da observância dos preceitos e m andam entos de Deus encontra­

dos em sua Palavra.

2. Qual é a vontade de Deus em relação ao nosso corpo?R. A nossa santificação.

3. O agradar a Deus provém de quê?R. É provenien te do am or devotado a Deus.

4. De acordo com o texto bíblico de 1 Co 6.19,20, o que é o corpo?R. É o tem plo do Espírito Santo.

5. Qual a importância da santificação?R. Sem ela ninguém verá a Deus.

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» Lifli 7EXORTAÇÃO AO AMOR FRATERNAL

14 de agosto de 2 0 0 5

TEXTO ÁUREO HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 247

(vol.6 - f.2), 283 e 363.“Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais

de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis

uns aos outros”(1 Ts 4.9).

I LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

I TESSALONICENSES 4.9,10; JOÃO 13.34,351 Tessalonicenses 49 -Quanto, porém, à caridade fra­ternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;

VERDADE PRÁTICA

0 am or entre os irm ãos é o dis­tin tivo de um a vid a tran sform ada pelo poder de Deus.

, • s\_Segunda - Mt 22.37,38 Quinta - 1 Io 4.110 grande m andam ento Am ar aos outros com o Deus ama

Terça - Mt 22.39 Sexta - 1 Io 4.20

Am or ao próxim o 0 falso am or

Quarta - £5 5.25 Sábado - Mt 5.44Am or à esposa Am ar aos inim igos

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10 - porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo- vos, porém, a que ainda nisto continueis a progredir cada vez mais,

João 1334- Um novo mandamento vos dou: Q ue vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.35- Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

PONTO DE CONTATO

Professor, cada aluno é ún ico e esp ec ia l. Um a ú n ica in fo rm a çã o que você transm ite à classe pode ser com preen dida de m aneira dis­tinta, conform e as especificidades individuais dos alunos. Cada alu­no possui seu ritm o e estilo próprio de ap ren d izad o. A lgun s, que são m ais analíticos, se com prazem na exposição m inuciosa do texto b íb li­co ou da lição (aprendem quando o b serva m e ou vem ). O u tros são m ais dinâmicos, a p ren d em p o r m eio de atividades que os desafi­em a descob rir novos conceitos e possib ilidades. Há os interativos, isto é, os que aprendem quando são estim ulados diante de um a situa­ção concreta (gostam de interagir com o grupo). Por fim , os pragmá­ticos são aqueles que aprendem ao executarem um a atividade relacio­n ada a um a teoria (relacionam a te­oria à prática). Por conseguin te, o p rofessor deve ser um facilitador

do aprendizado do aluno, possibi­litando a este, por m eio de m éto­dos v a r ia d o s , o p o rtu n id a d e s de aprender conform e suas caracterís­ticas próprias.

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

D escrever os quatro tipos de amor.

Praticar o am or cristão confor­me o m andato de Cristo.

Estimar a convivência frater­nal com os irm ãos.

SÍN TESE TEXTUAL

O am or fratern al da igreja dos tessalonicense era notório por toda a M acedônia. A cerca deste am or, Paulo salienta que não há n ecessi­dade de escrever aos cristãos em razão dos m esm os serem “instru í­dos p o r D eus” . Esta expressão d en ­tro do contexto da epístola não sig­nifica que os crentes receberam , as­sim com o M oisés, um a revelação d ireta da parte de Deus. Mas que aderiram a doutrina cristã do am or fratern al ensinado p o r Jesus e d i­vu lgad o p o r m eio de seus apósto­los (Jo 12.34; 15 .12 ; 6.44-46).

O term o traduzido por “ am or f r a t e r n a l” , no o r ig in a l “ p h ila - d e lfia ” , era usado nos escritos do tem po do N ovo Testam ento para se r e fe r ir ao am or en tre os irm ãos dentro do n úcleo fam iliar. No en ­tanto, o apóstolo em prega a p ala­vra a fim de descrever o am or en-

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tre os santos da fam ília de Deus, isto é, os que professam a m esm a fé em Cristo (Ef 2 .19 ).

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Para esta aula, vo cê vai p reci­sa r d e d u a s c a r to lin a s , c a n e ta h id ro co r e durex. Prepare dois car­tazes de acordo com o m odelo abai­xo. Fixe os m esm os em um local visível. M ostre prim eiro o cartaz com a palavra am or. Converse com a turm a explican do que este term o é m uito em pregado dentro e fora do contexto cristão, portanto, a lgu­mas vezes este vo cáb u lo serve para descrever o que é santo, outras v e ­zes, o q u e é to rp e . T o d a via , em m eio a tudo isso, a orden an ça do Senhor perm anece: “Am ai-vos uns aos ou tro s” . Enfatize que o am or cristão não é apenas um reflexo de nossas em oções. Ele só tem sentido quando praticado, ou seja, dem ons­trado através de atitudes. A p resen ­te à turm a o segundo cartaz e ex­

p liq u e que fom os tra n sp o rta d o s das trevas para a luz m ediante o sacrifício de Jesus na cruz. À m edi­da que entram os na luz, aprende­mos a am ar os nossos irm ãos assim com o os tessalonicenses fizeram e tornaram -se, em pouco tem po, ver­dadeiros exem plos de cristãos am o­r o s o s p a r a c o m os ir m ã o s d a M acedônia.

INTRODUÇÃOEsta lição ocupa-se do im portan­

te e vital assunto do relacionam en­to hum ano partindo dos irm ãos em Cristo. O am or de Deus em nós e operando através de nós é o centro gerador da atividade da v id a cristã. “E não tivesse caridade, nada seria” (1 Co 13.2b). O am or divino exis­tindo e operando em nossas vidas é com o um distintivo especial que indica se alguém de fato conhece a Deus, e se é servo do Senhor ou dis­cípulo de Jesus (1 Jo 4.8).

Lições Bíblicas

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I. ‘QUE VOS AMEIS UNS AOS OUTROS’’1. A car idade f ra te rna l .

“Quanto, porém , à caridade frater­nal, não necessitais de que vos es­creva, visto que vós m esm os estais instruídos p o r Deus que vos ameis uns aos ou tro s” (1 Ts 4.9). “Am or fratern al” é um a tradução mais pre­cisa e direta de “caridade fratern al” no v.9. Esse am or é a prin cipal ca­rac te r ístic a do c a rá ter cristão . É p rova de que alguém é discípulo ou seguidor de Jesus. Este é tam bém um m an d a m en to do Sen h or (Jo 13.34,35). Este am or não é um dom espiritual que um crente possa re­ceb er e outro não. É um fruto p ro­duzido pelo Espírito Santo no cren ­te. Na árvore saudável, o fru to é algo norm al, regular, aguardado. É um p rin c íp io a grário (Mt 3 .10 ). Quem se diz crente e v iv e sem pre com ódio, raiva, ira, revolta, v in ­gança, reb eld ia ou am argura não é filh o de Deus, pois Deus é am or. O am or fratern al é, pois, d istin tivo fun dam en tal m anifesto no relacio­nam ento do crente com Jesus.

2. Bem instruídos no amor (4.9). O apóstolo declarou que os crentes daquela igreja já estavam “instruídos p o r D eus” a respeito de am arem uns aos outros, visto que ele antes estivera ali doutrinando. Em seguida, Tim óteo tam bém . Pau­lo tinha tanta certeza que a m ensa­gem transm itida vin ha do Senhor, que declarou: “vós m esm os estais in stru íd o s p o r D eu s” (v.9). Tem vo cê esta con vicção ao m inistrar através da Palavra? O am or de Deus

é um tem a sem pre atual e necessá­rio. Foi um dos tem as desses obrei­ros em Tessalônica.

II. DIVERSOS TIPOS DE AMORA lém do vo cá b u lo referen te ao

a m o r n o ta d a m e n te d e D eu s, o N ovo Testam ento m enciona outros tipos de am or. É m uito in stru tivo m en cion á-los e com pará-los. En­contram os no grego, quatro p a la ­vras que têm o sign ificad o am or. São as seguintes:

1. O amor chamado agape. É o tipo de am or m ais sublim e, e o m ais e n c o n tra d o n a B íb lia. Este am or sem pre se refere ao relacio­nam ento entre Deus e o hom em (Jo 3.16; 13 .1 ,2 3 ; 15.9), e tam bém do hom em para com Deus (Mt 22.37; Lc 11 .4 2 ; Jo 5.42; Rm 5 .5). Este amor, no entanto, é tão elevado que “ D eu s p r o v a o seu a m o r p a r a conosco em que Cristo m orreu por nós, sendo nós ainda p eca d o res” (Rm 5.8). É o am or cap az de am ar o próprio inim igo: “Eu, porém , vos d ig o : A m a i a v o s s o s in im ig o s , bendizei os que vos m aldizem , fazei bem aos que vos odeiam e orai p e ­los que vos m altratam e vos perse­gu em ” (Mt 5.44).

2. O amor cham adoph i leo . É o am or fratern al. A ltru ísta , co ­m unitário, in teressado no bem -es­ta r dos outros, con trário ao egoís­mo. Tem o sign ificad o de “terno afeto de c o ra ç ã o ” ; “ a fe tiv id a d e ” ; “ g o sta r de v e r d a d e ” . Há m uitas m enções dele no N ovo T estam en ­to. D esse term o vêm p alavras n os­sas com o filan trop ia (am or ao pró-

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xim o); filo so fia (apreço ao co n h e­cim ento), etc.

3. O amor chamado storge. É o am or mais relacion ado à fam í­lia (Rm 12 .10 ). O desaparecim ento desse am or é m encionado em Rm 1.3 1 e 2 Tm 3.3.

4. O amor chamado eros. (Origem dos term os erógen o, ero ­tism o, erom ania). Não é m enciona­do na Bíblia, a não ser seus exem ­plos. É o “ am or” tip o paixão, eró ­tico, sensual, sexual. Hoje, o ero ­tism o vem avassalan do a m ente de m uitas pessoas no m undo. A in ­dústria p o rn o grá fica obtém , a tra­vés do cinem a, do vídeo e da m ídia em geral, lucro fabuloso à custa da e x p lo ra çã o do sexo . A té m esm o m uitos cristãos p erd eram sua fé e san tid ad e, sen d o a gora escravos do p ecad o, p o r se deixarem avas- salar pelo deus Eros.

III. O AMOR NA PRÁTICA

1. Amor e obras. “Exortamo- v o s , p o ré m , a q u e a in d a n is to co n tin u eis a p ro g re d ir cad a ve z m ais” (4.10). O am or fraternal não é prim eiram ente expresso por pa­lavras bonitas, im pression áveis e aplausos, mas por obras, atos, ações. “Meus filh in h o s, não am em os de palavras, nem de línguas, mas por obra e em verd ad e” (1 Jo 3.18). O am or só tem sentido quando prati­cado. Dem onstrado com ações, ges­tos e atitudes. É sem elhante à fé. Esta, sem as obras, está m orta (Tg 2 .1 4 - 1 7 ) . P od em os d iz e r q u e o amor, sem as obras, é m orto, im po­tente. Am or e obras devem andar

juntos, um justificando o outro na v id a cristã. Somos discípulos de Je­sus se amamos uns aos outros (Jo 1 3 .3 4 ). N ão som os sa lvo s p e las obras (Ef 2.8,9), entretanto tem os o d ever de p raticar boas obras, “as quais Deus preparou para que an­dássem os nelas” (Ef 2.10).

2. Amor para com todos ( 4 .1 0 ) . “Porque tam bém já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a M acedônia” . Como aqueles crentes conseguiram isso com lim itados recursos e sem os m odernos meios de com unicação e tran sporte? Eles tornaram -se, em pouco tempo, verdadeiros exemplos de cristãos am orosos e laboriosos para com os irmãos da Macedônia. Isso incluía Filipos, onde Paulo e seu com panheiro foram perseguidos e maltratados. O am or agape é o que faz a diferença. Esse amor para com todos é tão sublim e que ultrapassa as fronteiras do relacionam ento en­tre os próprios irm ãos em Cristo. Am ar a quem nos ama não é tão di­fícil. Dificultoso, na realidade, é amar os outros, quando estes são, com re­ferência a nós, arredios, queixosos, reclam antes, prevenidos, mal infor­mados, ofendidos e mesmo inimigos. Mas é o que nos m anda o Senhor Jesus: “ ... Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos m altra­tam e vos perseguem ” (Mt 5.44-46).

IV. PROGREDINDO EM AMOR

1. O crescimento do crente em amor. “Exortamo-vos, porém,

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a que ainda nisto continueis a pro­gredir cada vez mais” (4.10). O após­tolo, no seu cuidado com o desenvol­vim ento espiritual dos crentes, exor­tou-os a que continuassem a progre­dir no amor, o qual, como já vimos, m anifesta-se através de obras; “do trabalho da caridade” (1.4). O cren­te deve crescer “em tudo”, a partir do amor (Ef 4.15). Esse crescimento deve ser equilibrado: “antes crescei na graça e conhecimento de nosso Se­nhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3 .18). Em princípio, pode-se ter a idéia de que amar conforme o ensi­no bíblico é algo muito fácil. Para isso, é necessário um exercício constante do amor, pois são muitos os fatores q u e c o n tr ib u e m p a ra o seu esfriamento, como ocorreu com os crentes efésios (Ap 2.1,4). Jesus pre­disse que um dos sinais de sua vinda seria o esfriamento do amor, por cau­sa da multiplicação da iniqüidade (Mt24.12). No progresso do amor, os crentes podem desenvolver-se em vá­rios níveis: (1) No amor a Deus (Mt 22.37); (2) No amor ao próximo (Mt 22.39); (3) No amor ao cônjuge (Ef 5.28; Tt 2.4); (4) No amor aos filhos e familiares (Jo 13.34; 1 Tm 5.8); (5) No amor aos irmãos de fé (Rm 12.10; Jo 13.34,35; 1 Jo 3 ,11; 4.21); (6) No amor aos inimigos (Mt 5.44).

CONCLUSÃOO am or cristão precisa ser de­

m onstrado no dia-a-dia por todos os crentes, para que possamos alcançar os perdidos para Deus. Sem amor, não se evangeliza, não se discípula. O am or leva-nos a realizar a obra

missionária e a evangelizar. Através dele, podem os lou var e ad orar a Deus em “espírito e em verdade”.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Teológico“Paulo diz não haver necessida­

de de escrever aos tessalonicenses sobre a im portância do am or fra­terno e está confiante de que pode m anter a d iscussão em um nível m ínim o. Um p equeno lem brete é tudo de que precisavam nesse es­tágio, pois já foram bem instruídos por ele (4 .1-2), e acim a de tudo, foram ‘instruídos p o r D eus’ . Esse c o n c e ito de ser e n sin a d o d essa m aneira, relata o cum prim ento da profecia e os benefícios da prom es­sa da nova aliança. No versícu lo 8, Paulo já m encionou o dom do Es­pírito Santo, que nos ajuda a b us­car a santificação.

A r e s p e ito d a n o v a a lia n ç a , Jerem ias registra que o Senhor diz: ‘porei a m inha lei no seu interior e a e sc re v e re i no seu c q r a ç ã o ’ (Jr 3 1 .3 3 ) . S em elh an tem en te, Isaías escreve: ‘E todo os teus filhos se­r ã o d is c íp u lo s d o S e n h o r ’ (Is5 4 .13 ). E Jesus afirm a que essas profecias são aplicáveis à nova ali­ança, dizendo: ‘E serão todos ensi­n ad o s p o r D eus. P o rtan to , tod o aquele que do Pai ouviu e apren ­deu vem a m im ’ (Jo 6.45). Paulo reco n h e ce seu p ap el n esse n ovo tem po: Ele é o agente da instrução de Deus — à m edida que o Senhoro unge, o povo de Deus ouvirá os seus ensinos. O apóstolo pode se

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sentir seguro de que, contanto que seja um despenseiro fiel (1 Ts 2.4), Deus n utrirá e com pletará a obra in ic ia d a n o s c o n v e r t id o s .” (ARRINGTON, F.L.;STRONSTAD, R. (eds.). Comentário bíblico pente- costal: Novo Testamento. CPAD, 2003, p. 13 9 1).

A ltru ísta: Que pratica o am or ao próxim o; filantropia.

A rredio: Afastado, separado, apartado.

A vassalar: C ativar, seduzir; dom inar.

Laborioso: A m igo do trab a ­lho; trabalhador.

Queixoso: Que tem ou den ota, queixa; sentido, m agoado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

•^LEFEVER, M arlene D. Estilos de aprendizagem. CPAD, 2002. ^LUCADO, Max. Um amor que vale a pena. CPAD, 2003.

BRUNELLI, W alter. Conhecidos pelo amor. CPAD, 1995.

QUESTIONÁRIO

1. Que significa “caridade fraternal”? R. O amor entre os irmãos.

2. Qual o distintivo fundamental manifesto no relacionamento do crente com Jesus?

R.O amor fraternal.

3. Como Deus provou seu amor para conosco?R. Enviando Jesus para morrer por nós, sendo nós ainda pecadores.

4. Qual o significado do amor phileo?R. E o amor altruísta, comunitário, interessado no bem-estar dos

outros.

5. Qual o significado do amor eros?R. E o “ a m o r” tip o p a ixão , eró tico , sen su al.

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Lição 8TR&3ALHAND0 SEM ANSIEDADE

21 de agosto de 2 0 0 5

TEXTO AUREO

“E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios

negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo

temos mandado”(1 Ts 4.11).

VERDADE PRÁTICA

0 p reguiçoso está em pecado, pois está deixando de cum prir a de­term inação de Deus para o hom em desde o Éden.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 107 (vol.3 - f.4), 84 e 86.

LEITURA RÍOLICA EM CLASSE

I TESSALONICENSES 4.11,12;1 TESSALONICENSES 3.10;2 TESSALONICENSES 3.11; ATOS 20.35;EFÉSIOS 4 .2 8

1 Tessalonicenses 411- E procureis viver quietos, etratar dos vossos próprios negóci­

— * LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Ts 3.11 Quinta - Ef 4.28C fen tes ociosos T rabalhando para repartir

Terça - 1 Pe 4.15 Sexta - 2 Ts 3.8Quem se m ete em negócios alheios T rabalhando dia e noite

Quarta - At 20.35 Sábado - Pv 24.30-34Trabalhando para ajudar os 0 preguiçoso retratadooutros

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os, e trabalhar com vossas própri­as mãos, como já vo-lo temos man­dado.12 - Para que andeis honestamente para com os que estão de fora e não necessiteis de coisa alguma.1 Tessalonicenses 310 - Orando abundantemente dia e noite, para que possamos ver o vos­so rosto e supramos o que falta à vossa fé?2 Tessalonicenses 311- Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenada­mente, não trabalhando, antes, fa­zendo coisas vãs.Atos 2035 - Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessá­rio auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.Efésios 428 - Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.

PONTO DE CONTATO

Professor, chegue cedo, receba cordialm ente seus alunos e cum pri- m ente-os com um bem -vindo calo­roso. A ntes de m in istrar a lição, pergunte à turm a o que entendem por “ansiedade” ou “estar ansioso” . Ouça cada um a das explicações e, a seguir, defina o term o segundo o

dicionário. R edirecione as exp lica­ções para o contexto da lição. Ao final da aula, ore p o r cada um de seus alunos. Interceda em favor de seus projetos e preocupações soci­ais e em ocionais. Partilhe com eles o texto de Salmos 18.32: “Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o m eu cam in ho” .

OBJETIVOS

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

Definir o term o ansiedade. Aplicar em sua vid a o ensino

de Jesus quan to à ansiedade.V alor iza ro viv er ético e o tra­

balho.

SÍNTESE TEXTUAL

O com en tário desta lição está d ivid id o em três seções principais: Uma V ida de Q uietude, Cuidando da Própria V ida e A ndando Hones­tam ente.

O prim eiro tóp ico faz um a sín­tese do ensino de Cristo a respeito da ansiedade em M ateus 6.25, sub- d ividindo-a em três tipos: quanto à vida, ao com er e ao corpo. A base do e n sin o e stá no te rm o greg o “m erim na”, isto é, “preocupação ou an siedade” . O conceito da palavra no original significa “preocup ação que provoca ansiedade, estresse e pressão” .

A segunda seção trata de três tem as inter-relacionados: o cu ida­do pessoal com a próp ria vida; o trabalh o para a própria subsistên-

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cia e a necessidade de se trabalh ar para socorrer os cristãos desafor­tunados. Neste últim o, o trabalho é considerado um a ocasião para se exercer o am or fraternal.

O últim o tem a, A ndando Hones­tam en te, refere-se ao co m p o rta ­m ento ético do cristão na socieda­de e na igreja.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

R eproduza o gráfico abaixo no quadro-de-giz ou num a cartolina. Pergunte aos alunos com o eles cos­tum am lid ar com a ansiedade. Em seguida, apresente as inform ações contidas abaixo. Conclua este p erí­odo solicitando a todos que recitem o texto de Filipenses 4.6. Depois, rogue a Deus que retire toda ansi­edade e peso dos corações para que

desfrutem os a p lenitude da bênção do evan gelho de Cristo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃONesta lição, você vai encontrar

um resum o bíb lico sobre a T eolo­gia do Trabalho. Este assunto, em ­bora escrito há cerca de dois mil anos, tem um valor especial para to d o s os cristã o s. V ivem o s num tem po on d e existem in ú m eras e sérias con trovérsias e re iv in d ica ­ções sob re o v a lo r do tra b a lh o . M uitas são as questões que en vo l­vem a relação cap ita l-trab a lh o e patrão-em pregado. Todo trabalho é lícito e honesto para um servo ou um a serva de Deus? Outra causa de litígio surge em decorrência da fa l­ta de oportunidade de trabalho nos

SETE RAZÕES PARA NÃO NOS PREOCUPARMOSMateus 6.25

Mateus 6.26

Mateus 6.27

Mateus 6.28-30

Mateus 6.31,32

Mateus 6.33

Mateus 6.34

Os detalhes da sua v id a podem ser confiados ao m esm o Deus que criou v id a em você.

Preocupar-se com o fu tu ro p reju d ica os esforços que vo cê está dedican do ao presente.

Preocupar-se é m ais prejudicia l do que útil.

Deus não ignora aqueles que depen dem dEle.

A p reocup ação dem onstra falta de fé e de en ten ­dim ento a respeito de Deus.

A preocupação nos im pede de dar atenção aos ver­dadeiros desafios, aos quais Deus deseja que nos dediquem os.

V iver um dia de cada v e z evita que sejam os con ­sum idos pela preocupação.

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grandes centros urbanos devido à inform atização de m uitos serviços.

I. UMA VIDA DE QUIETUDE

1. “E procureis viver qui­e tos” (4 .1 1 ) . A p a z de espírito é um fa to r in d isp en sável p a ra que tenham os um a b oa q u alid ad e de vida. Neste tópico, terem os a opor­tunidade de refletir sobre o valor da tranqüilidade na vida do cristão.

2. O ensino de Jesus. O Sal­vad or disse no Serm ão do Monte: “Por isso, vos digo: não andeis cui­dadosos quanto à vossa vid a ...” (Mt 6 .25a). Neste versícu lo , o M estre ensina que não devem os v iv er “an ­siosos” . Ele ressaltou o fato de que não po d em os estar receoso s p o r m otivo algum:

a)“Quanto à v i d a Jesus não es­tava fazendo referência à vida bio­lógica, mas ao nosso cotidiano. Como cristãos somos exortados a descan­sar no Senhor. Não podem os ficar aflitos diante das lutas e provações, pois Ele é o nosso “Jeová-Jiré”. O Se­nhor provê todas as coisas para que tenham os um a vida digna, de acor­do com a sua vontade.

b)“Pelo que haveis de comer, ou haveis de beber”. Sem alim ento não podem os sobreviver. Mas, no ensi­no de Jesus, os crentes são exortados a não se preocuparem , de modo ex­cessivo, com o que com er ou com o que beber, visto que o Pai alimenta as aves dos céus, que não semeiam nem segam (Mt 6.26). O ensino de 1 Ts 4 .1 1 é sem elhante, pois os cren ­tes são exortados a terem um a vida q u ie ta , tr a b a lh a n d o com fé em

Deus. No texto de 2 Ts 3.10, o ensi­no é enfático: “Se alguém não qui­ser trabalhar, não com a tam bém ” .

c) “Quanto a vosso corpo, pelo que haveis de vestir”. Jesus p erce­b ia o quan to algum as pessoas pre- o c u p a v a m - s e c o m o c o r p o , a vestim en ta , e o a lim en to . Então, ensinou que essa preocup ação não tinha razão de ser para seus segui­dores, pois o Pai veste m uito bem os lírios do cam po, “que não tra­balham nem fiam ” (Mt 6.28-30). E c o n c lu iu , d ize n d o q u e d ev em o s buscar o Reino de Deus em prim ei­ro lugar, pois assim terem os o que necessitam os (Mt 6 .31-34).

3. Ensino idêntico nas epís­tolas. Não som ente nos Evange­lhos, mas nas epístolas encontram os o mesmo padrão de ensino quanto à p reo cu p a çã o excessiv a com as nossas necessidades. Não devem os estar inquietos “por coisa algum a” . É preciso orar a Deus (Fp 4.6). E o resultado desse exercício de fé, atra­vés de um a vida de oração, será: “a paz de Deus, que exqede todo o en­tendim ento, guardará os vossos co­rações e os vossos sentim entos em Cristo Jesus” (Fp 4.7).

II. CUIDANDO DA PRÓPRIA VIDA (^.11)

1. Tratando dos seus ne­gócios. O cristão não deve intro­m eter-se na v id a dos outros fazen ­do m exericos. D eve cu idar da sua próp ria vida. É preciso preocupar- se com o próxim o, mas com o in ­tuito de ajudá-lo (cf. 1 Co 10.33; Rm 15.2).

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2. T r a b a l h a n d o com as pró pr ia s mãos ( v . 1 1 ) . Com o servos de Deus, não podem os v i­v e r à custa do trab alh o dos outros. Pois seria vergon hoso e abusivo. Já no Éden, Deus p red eterm in ou que o hom em h averia de trab alh ar (Gn 2 .15 ; v e r Jó 5 .7). Na segun da ca r­ta, encontram os: “Porquanto ou vi­m os que alguns entre vós andam d e s o r d e n a d a m e n te , n ã o t r a b a ­lhando, antes, fa zen d o coisas v ã s” (2 Ts 3 .1 1 ) . Os crentes p reg u iço ­sos v iv em exp lo ra n d o os outros, a legan do que v iv em “pela fé ” . O Salm o 128 declara: “Pois com erás do trab a lh o das tuas m ãos, fe liz serás, e te irá b em ” (v.2). Nada ju s­tifica o v iv e r sem trab alh ar, exceto se algu ém está doen te, in válid o , deficien te ou tem porariam ente de­sem pregado. N esse caso, a igreja local tem o d ever de auxiliá-los (At 20.35; v e r SI 3 7 .25).

III. ANDANDO HONESTA­MENTE

1. “ Para que andeis hones­t a m e n te ” ( 4 . 1 2 ) . A n d ar h on es­tam en te é v iv er de m odo dign o e exem plar. Certam ente, tais p esso­as tinham um com portam en to não dign o de ser cham ado cren te em Jesus. Ser cristão é ser conclam ado a fazer a d iferen ça no m eio de um a sociedade sem Deus. É ser “sal da te rr a ” e “lu z do m u n d o ” (cf. Mt 5 .13 -16 ).

2. “Para com os que estão de f o r a ” (4 .12) . Paulo estava fa zen d o um a re fe rê n cia aos que n ã o p e r te n c ia m à c o m u n id a d e

cristã, aos ím pios. Ser “ sa l” e “lu z ” do m un do é dar um bom testem u ­nho. É ser irrep reen sível d ian te de D eus e d os h o m en s. É fá c il ser m em bro de um a igreja ev a n g é li­ca, ter o seu nom e no rol de m em ­b ros de algum a den om inação. Mas ser cristã o au tên tico é d ar teste­m un ho, com a sua v id a , de que é filh o de D eus.

3. “ E não necessi te is de coisa alguma” (v . 1 2 ) . Paulo es­tava exortando os irm ãos a que tra­b a lh a ssem p a ra se su ste n ta r de m od o d ig n o e e x em p lar. Pois o cren te deve, com discern im en to, fazer o possível para não dever coi­sa algum a a não ser o am or. E, as­sim, sob a bênção de Deus, não só ob tém o que n ecessita para si e para sua fam ília, com o tem o sufi­ciente para repartir com aquele que precisa de ajuda, principalm ente os dom ésticos na fé.

O justo, com o diz o Salmo 128, co m e d o tr a b a lh o das p ró p ria s mãos. Ele não v ive de jogos de azar nem de atividades ilícitas. A p ros­peridade realm ente cristã en volve os bens m ateriais e espirituais. A fi­nal, Deus prom ete abrir “ as jan e­las do c éu ” e derram ar bênçãos em abun dân cia sobre aqueles que são fié is n os d íz im o s e o fe r ta s (Ml 3 .10 ,11 ) . O Altíssim o não aceita a preguiça, pois é fru to do p ecado (Ler Pv 6.6, 9; 2 1.2 5).

CONCLUSÃO

Deus determ inou que o hom em d e v e tra b a lh a r p a ra se m an ter. Após a queda, no Éden, o trabalh o

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passou a ser desgastante m ental e fisicam ente. Todavia, o m esm o não deixou de ser um a bênção. O cris­tão deve ser um exem plo no labor d iário , hon esto e d ed icad o, p ara que, sendo “sal da te rra ” e “luz do m u n do”, glorifique a Deus com o seu serviço.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsidio Teológico“Por que o trabalh o árduo é tão

im portante? A que p ro p ó sito ele serve, um a ve z que Deus p rom e­teu p rover todas as nossas n eces­sidades?

C ertam ente as pessòas que d e­p o sitam tod a a sua fé em seu tra ­b alh o p odem ser tristem en te d e­sap on tad as [...] As E scrituras Sa­grad as trazem m uitos en sin am en ­tos sobre a im p ortân cia do tra b a ­lho. Em p rim eiro lu gar, nosso e s­fo rço no lab o r é cap az de g lo rifi­ca r a Deus. Estam os aqui para co ­m eçar púr esta parte. Em seg u n ­do lu ga r — e re lacio n ad o ao p r i­m eiro p o n to — seja o que fo r que façam os nesta T erra, in clu in d o o nosso co m p o rta m en to no tra b a ­lho, será um testem u n h o p a ra as o u tra s p e sso a s. P or essa ra zã o , Deus esp era que sejam os d ife re n ­tes, que nos salien tem os no co n ­texto do m un do em que vivem os e que façam os nosso trab alh o sem m urm uraçôes.

O te rceiro p o n to é com plexo. A B íblia d eixa claro que o nosso tra b a lh o é um dos v e ícu lo s que D eus u tiliza p ara su p rir as nossas

n ecessid ades. O seu in ten to é que a n ossa p ro d u tiv id a d e nos trag a recom pen sas sig n ifica tiv as, tan to ta n g ív e is , com o in ta n g ív e is . Em seu p lan o , a p reg u iça e a fa lta de p ro d u tiv id a d e resu ltam n a tu ra l­m e n te em n e c e s s id a d e s . D eu s q u er que estejam os em um a p o si­ção ta l, que possam os d e sfru ta r do re su lta d o de n ossas a tiv id a ­d es.” (SALE JR. Frederick . Você & Deus no trabalho: a ética profis­sional do cristão.RJ: CPAD, 2001, p .30 -1.).

Abusivo: Em que há abuso, uso errado, excessivo ou injusto.

Controvérs ia : C o n testação , polêm ica.

Decorrência: Decurso, deriva­ção, conseqüência.

Enfático: Que tem, ou em que há ênfase ou destaque.

Litígio: Questão judicial; plei­to, dem anda, pendência.

Reivindicação: Ato de recla­mar, exigir, requerer.

BIBLIOGRAFIA SUGERIOA

✓SALE JR. Frederick. Você & Deus no trabalho: a ética profissional do cristão.CPAD, 2001.✓BRUNELLI, W alter. A vontade de Deus e você. CPAD, 198 7.

60 Lições Bíblicas

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QUESTIONÁRIO

1. Que ensinou Jesus quanto à ansiedade?R. Que não devemos andar ansiosos quanto à vida.

2. Qual o ensino de 2 Tessalonicenses 3.10 sobre o trabalho?R. “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também”.

3. O que Paulo ensinou acerca do trabalho7R. Que os tessalonicenses deveriam trabalhar para se sustentar de

modo digno e exemplar.

4.Qual o ensino do Salmo 128 a respeito do trabalho do justo?R. O justo come do trabalho das próprias mãos. Ele não vive de

jogos de azar nem de atividades ilícitas.

5. Por que o Altíssimo não aceita a preguiça?R. Porque ela é fruto de pecado (Pv 6.6).

A tk fk Êk . Jjk Êk Jjk

_____________________________________________

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Liçli 9

A VINDA DE JESUS E A RESSURREIÇÃO DOS SANTOS

2 8 de agosto de 2 0 0 5

TEXTO AUREO

“Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim

também aos que em Jesus dor­mem Deus os tornará a trazer

com ele” (1 Ts 4.14).

VERDADE PRATICA

A vin d a de Jesus para arreba­tar sua Igreja é o acontecim en to m ais e sp e ra d o e e x tra o rd in á r io desde que o Senhor fo i assunto aos céus.

HINOS SQGERIDOS CD Harpa Cristã 547

(v o l.l - f .1 0 ) , 237 e 488.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 TESSALONICENSES 4.13-1713- Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entris­teçais, como os demais, que não têm esperança.

14- Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim tam-

Bt LEITORA DIÁRIA

Segunda - 1 Co 15.20 Quinta - 1 Pe 1.3Cristo é as prim ícias dos que Gerados para um a viva

dorm em esperança

Terça - lo 11.25 Sexta - lo 5.20Ainda que esteja m orto v iverá A ressurreição da vida

Quarta - 2 Tm 1.10 Sábado - Dn 12.2Jesus aboliu a m orte Ressurreição para a v id a eterna

6 2 Lições Bíblicas

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bém aos que emjesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.

15- Dizemo-vos, pois, isto pela pa­lavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Se­nhor, não precederemos os que dor­mem.

16- Porque o mesmo Senhor desce­rá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo res­suscitarão primeiro;

17- depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados jun­tamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

PONTO DE CONTATO

Professor, a lição deste dom in ­go trata da V in d a de Jesus para b u sca r a Igreja, da co n seq ü e n te ressu rre içã o dos m ortos em C ris­to e da tran sfo rm açã o glo rio sa da ig r e ja m ilita n te . P o rta n to , este tem a esca to ló g ico restrin g e-se a p rim eira fase da Segu n d a V in d a de C risto, antes da m an ifestação v is ív e l e g lo rio sa a Israel no tér­m ino da G ran de T rib u laçã o . M e­d ian te esta sín tese, p rep are a li­ção com an teced ên cia , e la b o re o seu c ro n o g ra m a , e o r g a n iz e os p ro ced im en to s e recu rso s que se­rão u tilizad o s em aula. A p resen te a lição, d ese n v o lva o co n teú d o e in tegre-o à v id a p rá tica e d evoci- on al dos alunos.

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

Descrever as principais fases do arrebatam ento da Igreja.

Esquematizar a sucessão de acontecim entos após a descida do Senhor.

Estimar a doutrina da Segun­da V inda de Cristo.

SÍN TESE TEXTUAL

Em 1 T essalon icen ses 3 .10 , o apóstolo Paulo havia den unciado que o con h ecim en to d o u trin á rio dos crentes de Tessalônica era in­com pleto, n ecessitando de ensinos concernente a vários aspectos da fé cristã.

No texto da Leitura Bíblica, está claro que um a das necessidades da igreja era con h ecer os fun dam en ­tos da escatologia bíblica.

Paulo afirm a que a tristeza dos crentes em relação aos m ortos em C ris to e r a p o r ig n o r â n c ia (gr. agnoeõ), isto é, p o r “não saber” ou “desconhecer” a doutrina da ressur­reição dos m ortos (v. 13). O apósto­lo a p re se n ta a re ssu rre içã o dos m ortos em Cristo, a transform ação dos salvos e o arrebatam ento des­tes tendo com o fundam ento a m or­te e a ressurreição de Jesus (v.14). Estas, portanto, são o m odelo e a garantia daqueles. Entretanto, pri­m eiro os m ortos ressuscitarão, ato contínuo, serem os transform ados e arrebatados juntos a en con trar o Senhor Jesus nos ares (w .1 5 - 1 7 ) .

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Professor, providencie um a lan­terna e pilhas para esta aula. Ligue-a e desligue-a em direção a turm a bem rapidamente. Pergunte à classe quan­to tem po foi necessário para ligar e desligar a lanterna. Em seguida, soli­cite que os alunos pisquem os olhos. Afirm e que assim com o utilizam os apenas alguns segundos para abrir e fechar os olhos, a Palavra de Deus nos ensina que seremos transformados (1 Co 15.52). No grego, a palavra mo­m ento em p regad a neste trech o é atomõ, minúscula fração de tempo. Quando soar a trombeta de Deus, não haverá tempo para pensar, falar ou agir. Não sabemos quando isso ocor­rerá. Então, é preciso aguardar este acontecimento em santidade.

INTRODUÇÃOA lição desta sem ana é da m áxi­

ma im portância para os nossos dias. Infelizm ente, em m uitas igrejas, já não se fala m ais na volta de Jesus. O c lim a d e e u fo r ia , u fa n is m o , triunfalism o e outros m odism os tais com o a “teologia da prosperidade” , “confissão p ositiva”, “m aldição he­reditária” levam as igrejas a m enos­prezarem a im portância da volta de nosso Senhor Jesus Cristo.

I. “ACERCA DOS QUE 1Á DORMEM”1. A ignorância acerca dos

mortos ( 4 . 1 3 ) . Dormir é uma fi­

gura de linguagem em pregada na Bíblia para exem plificar o estado dos mortos, mas isto não quer dizer que eles estejam inconscientes e inertes na outra vida (1 Co 11.30; 15.6, 18, 20, 5 1) . A lgu n s cren tes tessalo- nicenses tinham dúvidas acerca dos mortos em Cristo (v. 13). O mesmo fato acon teceu em C orinto (1 Co 15.12-23, 35-54) e ocorre ainda hoje em muitas igrejas. Em Tessalônica vários crentes, por suporem que Je­sus estava para voltar naqueles dias, achavam que os salvos, que já havi­am m orrido, não tinham mais espe­rança de ressuscitar.

2. “Para que não vos en­tr is te ça is” . A viv a esperan ça da v in d a de Jesus afasta a tristeza, in ­clusive no que se refere à m orte. O crente encara a m orte com esperan­ça, pois, um dia, ela será totalm en ­te derrotada. Não m ais terá poder sobre os servos de Deus. Jesus dis­se a Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda q u e e s t e ja m o r to , v i v e r á ” (Jo11 .2 5 ). O paciente Jó, n aquele re­m oto passado, já tinha de Deus a certeza da ressurreição dos m ortos (Jó 19.25-27).

O crente espera reencontrar seus entes queridos, quando chegar no céu, seja através da ressurreição, ou por meio do arrebatam ento.

II. A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS EM CRISTO1. Jesus morreu (4.14). A

m orte de Jesus foi o coroam ento do plano de Deus para a salvação do hom em , p ro m etid a no Éden (Gn

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3.15 ). Por sua m orte, Jesus nos ju s­tifico u , deu-nos p az com D eus e acesso à sua graça salvadora (Rm 5.1,2; 2 Co 5 .2 1). Em sua m orte, Ele riscou “ a c éd u la que era co n tra n ós...” e ven ceu todos os poderes do mal (Cl 2 .14 ,15 ).

2. Jesus ressuscitou! Se Je­sus não hou vesse ressuscitado, a nossa fé e p regação seriam vãs (1 Co 1 5 .1 7 ; Rm 8 .11 ) . Mas, na cruz, Ele ven ceu o Diabo, o m undo, o p e ­cado e todas as forças do m al, “os p rin cip ad os e p o testad es” . Na sua ressu rre içã o , v e n c e u a m orte (2 Tm 1.10 ) e nos deu um a v iv a es­p eran ça (1 Pe 1.3). E fo i fe ito “ as prim ícias dos que d orm em ” (1 Co 15.20).

3 . Os mortos salvos r e s­susc it a rão também. Essa é a grande esp eran ça do salvo. “Por­que, assim com o a m orte ve io p o r um hom em , tam bém a ressu rre i­ção dos m ortos ve io por um h o ­m em ” (1 Co 1 5 .2 1 ) . Ele assegurou a v itó ria sobre a m orte, ga ran tin ­do que “todos serão viv ificad os em C risto ’’ (1 Co 15 .2 2 ), e isso se dará p o r ocasião da sua vin d a: “cada u m p o r su a o rd e m : C r is to , as prim ícias; dep ois, os que são de Cristo, na sua v in d a ” (1 Co 15.23; 1 Co 15.2 4-26 ).

III. OS MORTOS RESSUSCITARÃO PRIMEIRO (4.15,16)1. “Primeiro, os mortos” !

Diz a Escritura: “nós, os que ficar­mos vivos para a vin da do Senhor, não precederem os os que dorm em ”

(4.15). Em reuniões de grande gala, o chefe do cerim onial diz: “Primei­ro as dam as...” . Nos aeroportos, se anuncia: “Prim eiro, os idosos e cri­anças...” . Na vin da de Jesus, poder- se-á ouvir: “Prim eiro, os que m or­reram em Cristo!”.

2. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu” (4.1 6 ) . Ele mes­mo virá buscar os seus. Quando Je­sus se despediu dos discípulos, e foi assunto aos céus, “eis que junto de­les se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhan­do para o céu? Esse Jesus, que den­tre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim com o para o céu o vistes ir” (At 1 .10 ,11 - grifo nosso).

a) Jesus virá com alarido. Essa p alavra é sinônim a de vo z forte de com ando; ordem em form a de b ra­do. Jesus tam bém v irá com o “o la­d rão de n o ite” . E neste m om ento, vo ltará com os seus e só para os seus. Será visto pelos salvos, que o esp eram para estar com Ele eter­nam ente (Ap 3.5; 16 .15 ; 1 Ts 4 .17 ).

b) Jesus virá com voz de arcanjo e com trombeta de Deus. Juntamen­te com o brado de ordem do Senhor Jesus, ouvir-se-á a voz do arcanjo e o soar da Trom beta de Deus. A vinda de Jesus é um “mistério” (1 Co 15.51). Os detalhes só virem os a conhecer quando Ele vier. A vinda de Jesus será um momento muito sublime.

IV. OS VIVOS SERÃO TRANSFORMADOS1. A t r a n s f o r m a ç ã o dos

! santos vivos (4 .17) . A to co n tí­

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nuo, os salvos que estiverem v i­v o s , n a q u e le m o m e n to , s e r ã o tran sform ados e arreb atados. Diz a Escritura: “ Eis aqui vos digo um m istério: Na verd ad e, nem todos d orm irem o s, m as todos seremos transformados, n u m m o m en to , n um ab rir e fech a r de olhos, ante a ú ltim a trom b eta ...” (1 Co 1 5 .5 1 - 53 — grifo nosso). A tran sform a­ção será um ato d ivin o, in stan tâ­neo e sob ren atural. O corp o físi­co e m ortal, form ado p o r tecidos, célu las, sangue, e outros elem en ­tos, será tran sform ado num corp o glorioso. “E assim com o trouxem os a im agem do terren o, assim trare­m o s ta m b é m a im a g e m d o ce lestia l” (1 Co 15 .4 9 ).

2. O a r r e b a t a m e n t o da igreja nas nuvens (4.17b). “Se­remos arrebatados juntamente com eles nas nuvens”. Sendo o a r r e b a ­t a m e n t o d a I g r e ja repentino, o cristão deve estar prep arado para

a “grande e últim a via- g e m ” . Q uando “ a t r o m b e t a d e D e u s ” ecoar, não h a v e r á m ais te m ­

po para a pessoa endireitar-se como Senhor. 0 pai não poderá avisar ao filho, ou à filha; a mãe, de igual form a; o filho não poderá avisar ao pai que Jesus está chegando; o es­poso não poderá confiar na p rep a­ração da esposa, nem a esposa na do esposo; cada um tem de estar

pron to, pois o arrebatam ento será “num abrir e fech ar de o lh os” (1 Co 15.5 2).

3. O encontro com o Se­nhor nas nuvens ( 4 . 1 7 ) . Ne­nhum escritor ou artista, por mais h á b il, jam ais p o d e rá im ag in a r e avaliar a gran d eza do cen ário que en vo lverá o en con tro da Igreja, a “n oiva do C ord eiro” , com o Noivo — Jesus Cristo, nosso Salvador. A id éia do cren te ser p o r Deus a rre­b atado não é nova (Ez 3 .12 ,14 ; Hb1 1 . 1 5 ; A t 8 .39,4 0 ). Na p rim eira fase da v o lta de Jesus, Ele se en ­c o n tra rá com a sua Ig re ja “ nos a res” (1 Ts 4 .17 ), seguindo-se de im ed ia to o “T rib u n a l de C risto ” (Rm 14 .10 ) e as “Bodas do C ordei­ro ” (Ap 19 .7 ,9 ).

4 . Estaremos sempre com o Salvador (v. 1 7 ) . Este é o estado eterno de bem -aventurança da Igre­ja. Tudo será sublime, m aravilhoso e real para todo o sempre. A Palavra de Deus assegura-nos: “e assim es­taremos sem pre com o Senhor. Por­tanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4 .17b , 18;1 Jo 3.3). Que o Senhor nos guarde em santidade e am or para estarmos com Ele para todo o sempre.

CONCLUSÃOA Ig re ja e s p e r a , a q u a lq u e r

m om en to, a v o lta de Jesus para levá-la à gló ria celestia l. Os m or­tos ressu scitarão p rim eiro e su b i­rão ao e n c o n tro do S en h o r nos ares. Logo em seguida, os que es­tiverem vivos serão transform ados e a rreb a ta d o s p a ra en co n tra r-se com Ele nos ares.

Arrebatamento da Igreja

Retirada brusca e sobrenatural da

Igreja deste m undo para que se una eternam ente ao

Senhor Jesus.

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auxílios suplementares

Subsídio Teológico“O Corpo da R essurreição”1. Corpos transformados. Nossos

corpos ressurretos serão os mesmos que agora possuím os, transform a­dos de m odo a se conform arem com a n atureza glorificada do corpo de Jesus (Fp 3.21; 1 Jo 3.2). Deus criou a hum anidade conform e a sua se­m elhança, e a im agem de Deus ain­da estava lá após a queda (Gn 9.6). Tam bém nos é dito que Adão “ge­rou um filho à sua sem elhança, con­form e a sua im agem ”(Gn 5.3). Por isso, Paulo pôde dizer: ‘Assim com o trouxem os a im agem do [homem] terreno, assim trarem os tam bém a im agem do [homem] celestial’ (1 Co 15.49).

Nosso corp o tran sform ado será tão d iferen te do que é hoje q u an ­to um ram o de trigo é d iferen te d e u m a sim p le s sem e n te (1 Co 15 .3 7 ) [...].

2. Corpos espirituais. 0 corpo ressurreto do crente tam bém é des­crito com o ‘esp iritu arem contras­te com o presente, ‘n atu ra l’ . Geral­m ente, concorda-se que ‘esp iritu­a l’ (gr. pneumatikorí) não significa ‘co n stitu íd o de e sp írito ’ , nem se trata de corpo im aterial, etéreo, ou da falta de densidade física. Os dis­c íp u lo s sabiam , p o r ex p e riê n c ia própria, que a ressurreição do cor­po de Jesus fora real, palpável. Ela n ão fo i e sp e c tra l, a in d a q u e ao m esm o tem po de um a ordem d ife­rente, perfeitam ente adequada tan­

to para a terra quan to para o céu. Não estava lim itado às con d ições de n o ssas a tu a is ‘ d im en sõ es de tem p o e esp a ço ’ . Por isso, nosso corp o ressu rreto é descrito com o ‘d o c é u ’ (gr. epouranios). Jesus tam bém disse que seriam os com o os anjos nos céus, não q ueren do d izer que seriam os seres esp iritu ­ais com o os anjos, m as antes que não m ais nos en vo lv ería m o s em casam ento (Mc 12 .2 5 ).” (HORTON, Stan ley M. Nosso destino: ensino bíblico das últimas coisas. RJ: CPAD, 1988, p. 67-8.).

Q L e ia m a isRevista Ensinador Cristão

\ CPAD, n° 23, pág. 40.

GLOSSÁRIO

Hereditário: Que se transm i­te por herança, de pais a filhos ou de ascendentes a descendentes.

Instantâneo: Que se dá num instante; m om entâneo, rápido; sú­bito.

Remoto: Que sucedeu há m ui­to tem po; antigo, longínquo.

Sublime: D ivino; gran dioso , augusto, m agnífico, esplêndido.

V ã : Fem. do adj.vão; sem valor; fútil, insignificante.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

✓ Bíblia de Estudo Aplicação Pes­soal. CPAD, 2004.✓O Calendário da Profecia. CPAD, 2003.

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O QUESTIONÁRIO1. Quando o cren te poderá reencon trarseus en tes queridos mortos

em Cristo?R. Quando chegar no céu.

2. Por que temos a certeza de que os mortos em Cristo ressuscita­rão?

R. Porque Cristo ressuscitou, vencendo a morte.

3. Quem poderá ver Jesus no arrebatamento?R. Todos os salvos em Cristo.

4. O que irá acontecer ao corpo dos que forem arrebatados?R. Será transformado num corpo glorioso.

5. O que acontecerá na primeira fase da volta de Jesus?R. O Senhor Jesus Cristo n í se encontrar com a sua Igreja “nos ares”.

%

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Lição 10A VINDA DE JESUS

E A VIGILANCIA DO CRENTE4 de setembro de 2 0 0 5

TEXTO AUREO

“Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos

e sejamos sóbrios”(1 Ts 5.6).

VERDADE PRATICA

Na segunda vin d a de Jesus, so­m ente subirão os crentes que esti­v e r e m v ig ia n d o e o r a n d o em santificação.

HINOS SUGERIDOS CD Harpa Cristã 300

(vol.6 - f.10 ), 206 e 469.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 TESSALONICENSES 5.1-11

1 - Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva.2 - Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite.

Segunda - 2 Tm 4.1O julgam ento dos vivos e dos m ortos

Te iça - Is 2.12O Dia do Senhor contra os soberbos

Quarta - Is 13.6O Dia do Senhor está perto

Quinta - Ez 7.19O dia do fu ror do Senhor

Sexta - II 1.15Dia com o um a assolação

Sábado - Zc 14.7Um dia m uito estranho

Lições Bíblicas 69

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3 -Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobre­virá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grá­vida; e de modo nenhum escaparão.4 - Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos sur­preenda como um ladrão;5 - porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.6 - Não durmamos, pois, como os de­mais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.7 - Porque os que dormem dormem de noite, e os que se embebedam embebedam-se de noite.8 - Mas nós, que somos do dia, seja­mos sóbrios, vestindo-nos da coura­ça da fé e da caridade e tendo por capacete a esperança da salvação.9 - Porque Deusnãonosdestinoupara a ira, mas para a aquisição da salva­ção, por nosso Senhor Jesus Cristo,10- Que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vi­vamos juntamente com ele.11- Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.

PONTO DE CONTATO

As seções da Lição B íblica do Mestre têm por objetivo auxiliar o p ro fe sso r na e la b o ra çã o de um a aula dinâm ica, objetiva e didática. Mas, vo cê sabe qual é a finalidade de cada seção da lição? V ocê usa esses recursos freqüentem ente?

Cada seção tem um prop ósito

específico . Todas as seções juntas auxiliam na integração do con teú ­do e evitam a d ispersão de idéias. D esde a sugestão dos hinos até as respostas dos questionários, o p ro ­fessor en contra um a lição harm ô­nica e integrada ao tem a e aos ob­jetivos da lição.

Use os recursos das seções, to ­davia procure adequá-los à realida­de de sua classe e às condições de sua igreja.

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

Definir o sentido da expressão “Dia do S en hor”.

Explicar o significado das pa­lavras “m orrer” e “sób rio” no tex­to bíblico.

Compreender o glorioso des­tino dos salvos.

SÍNTESE TEXTUAL

O texto da Leitura Bíblica está d ivid ido em três seções que in ici­am com a con ju n ção a d versativa “m as” (w .1 ,4 ,8 ) . Cada um dos três parágrafos apresenta um a d o u tri­na coesa em torno das n ecessida­d e s e s p ir itu a is d o s c r e n te s d e Tessalônica.

Na p rim eira d iv isã o , o a p ó sto ­lo tra ta a resp e ito do tem p o da seg u n d a v in d a . A fo n te da m etá ­fo ra está no en sin o de Jesus re ­g istra d o em M ateus 24 .4 2 -4 4 . Os cristãos haviam p erg u n tad o a res­p e ito do tem p o da v in d a de C ris­

s

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to, e Paulo re sp o n d e que eles já sabem com p rec isã o que o Dia do S en hor virá com o o lad rão de n o i­te (v v .1-3 ).

Na segunda divisão, o apóstolo reafirm a a identidade daqueles que estão em Cristo e exorta-os a vig ia ­rem e serem sóbrios (w .4 -6 ). Pois, os que dorm em e se em bebedam não são cap azes de d iscern ir “os tem pos e as estações” (v.7).

Na ú ltim a seção, exo rta m ais um a vez a igreja. A vin d a de Cristo é urgente, e, por isso, todos devem estar revestidos da arm adura n e­cessária para o en contro triunfal (v.8). Paulo assevera, com base no plano salvífico, a esperança e o des­tino etern o dos santos: “Deus não nos destinou para a ira, m as para aquisição da salvação, p o r nosso Senhor Jesus Cristo” (v.9,10). E, por fim , a p e la p a r a a e x o r ta ç ã o e edificação m útuas (v. 11).

P rofessor, que ta l in ic ia r esta liçã o ex p lica n d o aos a lu n os que

a v in d a de Jesus é certa? E nfatize que a n ossa v itó r ia está g a ra n ti­da. D ep ois, fa ça a seg u in te p e r­gu n ta : “ Q u a n d o Jesus v o lt a r á ” ? R esponda-lhes que a hora e a data n in gu ém sabe, só o p ró p rio Deus. A firm e que em b o ra d e sc o n h e ç a ­m os o d ia em q u e este g ra n d e ev en to o co rrerá , o M estre reve lo u nas E scrituras Sagradas a lgu n s si­nais que o p re c e d e ria . E screva no q u ad ro-d e-giz os sinais re lacio n a ­dos ab aixo . D ep ois, in te rro g u e os a lu n os a ce rca d estes sin ais. A p re­sen te as p a ssa g e n s b íb lic a s em que os m esm os p o d em ser en co n ­tra d o s . S o lic ite aos a lu n o s que exem p lifiq u em e con firm em essas a firm a tiva s b íb lica s m ed ia n te fa ­tos o c o rrid o s em n ossos d ias. A p a r t ic ip a ç ã o a t iv a d o a lu n o é m uito im p o rta n te p a ra q u e h aja u m a m e lh o r a p r e n d iz a g e m do co n te ú d o . P orém , n ão d esc u id e do h o rário .

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A través desta lição, vo cê terá a op ortu n id ad e ím par de apren d er acerca da vo lta triun fal de Cristo. Ninguém sabe o dia, nem a hora em que Ele virá. Por isso, a Bíblia ad ­verte o crente a vigiar. A Igreja está agora aqui, mas não é daqui. So­mos “peregrinos e forasteiros” (1 Pe 2 .11 ) . Então, não devem os nos a c o stu m a r com o m u n d a n ism o , mas sim preparar-nos para a vin da do Senhor em oração, v ig ilân cia , santidade e sobriedade.

SINAIS DA VINDA DE CRISTO1. Guerras e rum ores de guerras.

2. Fome em vários lugares.

3. Terrem otos em vários lugares.

4. Surgim ento de falsos profetas.

5. Apostasias.

6. Ganância, soberba, blasfêm ias, esfriamento do amor, crueldade.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

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I. ‘ACERCA DOS TEMPOS E ESTAÇÕES” (5.1,2)1. O tempo de Deus.OTodo-

Poderoso tem o tempo certo para to­das as coisas. Aqui, Paulo exorta os crentes quanto à vigilância diante da im inente vin da de Jesus para os seus santos. No m om ento da sua as­censão ao céu, o Salvador tam bém ad vertiu seus d isc íp u lo s q uan do

lh e s res- Transladação p o n d i a

Transferir, ou a c e r c a da tran sportar, alguém r e s t a u r a -

de um lugar para Çã0 de Isra- outro de m aneira e i : “ N ão

sobrenatural, vio len- Vos perten- ta e inesperada a fim Ce saber os

de que esteja para tempos ou sem pre com o as estações

Senhor. q u e o Paie s t a b e l e ­

ceu pelo seu próprio p o d er” (At 1.7 — grifo nosso). Na realidade, Deus tem seu “tem po” (cronos). O Senhor tem o controle dos acontecim entos do universo, do m undo, da T erra e da História (Kairós).

2. “O Dia do Senhor” (v.2). Esta é um a expressão profética que a b r a n g e um p e r ío d o de te m p o após a t r a n s la d a ç ã o d o s santos para o céu no qual os justos ju ízos de D eus serão derram ados sobre a T erra e seus h ab ita n tes im p e rti­nentes (Rm 2.2-10). De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, esse “D ia” com eça q uan do o ju ízo e tri- b u la ç ã o d iv in o s ca írem so b re o m undo no fim desta era (v .3). O p eríod o da trib u lação está incluso no ‘Dia do S en h or’ (Ap 6 .15 -17 ) .

Este terá seu in ício num m om ento em que as pessoas estarão co n fi­antes na paz e na seguran ça (v.3)” . O “Dia do S en h or” não é um “d ia ” de 24 horas, m as um lon go p e río ­do em que serão d erram ado s os ju ízos d ivin os sobre os ím pios da Terra.

3. “ Como o ladrão de no i­t e ” ( v . 2 ) . Jesus u tilizo u -se de um a figu ra ao d eclarar que a sua v in d a seria com o um ladrão que, ap ro veitan d o -se da escu ridão da n oite e da d orm ên cia dos que es­tão em casa, arrom ba-a e leva o b ­jetos de v a lo r sem que n in guém o p e rceb a . Esse a le rta a p a re ce em outras re ferên cia s b íb lica s (2 Pe 3 .10 ). O “Dia do S en h o r” e seus fatos escatológicos são con stan te­m ente m encionados pelos profetas do A n tigo Testam ento.

4. Falsa paz e se gu rança ( v . 3 ) . T od os os h om en s de bem anseiam pela paz e seguran ça. T o­d avia, eles as têm b u sca d o em lu ­ga res e fo n te s erra d a s. Paz rea l e d u ra d o u ra sem Jesus é im p o ssí­ve l, po is Ele é o “ P rín cip e da P az” (Is 9 .6), “ o D ese jad o de T od as as N açõ es” (Ag 2 .7). A h u m a n id a d e tem re je ita d o a p az de D eus o fe ­recid a através de C risto Jesus. Por is s o , o ím p io n ã o te m p a z (Is 48 .2 2 ). Então, na G ran d e T r ib u ­laçã o , o A n tic ris to ap resen tar-se- á co m o prom otor universal da paz (Ap 6 .2). Porém , sua m á sca ­ra será tira d a e a fa lsa p a z d es­fe ita , p o is a seg u ir os ju ízo s de Deus d erram ar-se-ão sob re a T er­ra (Ap 6 .3 -17 ).

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II. A VIGILÂNCIAINDISPENSÁVEL (W .4-8)1. “Já não estais em tre ­

v a s” (v .4). Os ím pios, p o r não crerem em Jesus, que é a Luz do M undo (Jo 8.12), perm anecem nas trevas espirituais. Estes nada sabem acerca do fim dos tem pos, quando a hum anidade sem Deus en fren ta­rá terríveis sofrim entos no perío­do denom inado “Dia do Senhor” . Mas os que crêem e andam em san­tid a d e n ão e stã o em tre v a s (Jo 8 .12b), p o r isso, não serão apanha­dos de surpresa.

2. “Filhos da luz e filhos do d ia ” (v .5). Os filhos de Deus em Jesus Cristo são os “filh os da lu z ” . O A ltíssim o é “ lu z” (SI 2 7 .1), por isso, seus filh os não podem v i­ver em trevas — na p rática do p e­cado. Deus nos tirou “da potestade das trevas e nos tran sp o rtou parao Reino do Filho do seu am or” (Cl 1 .13 ) . Não andam os m ais “ de n oi­te ”, no sentido espiritual. Andam os na luz e tem os com unh ão uns com os outros (1 Jo 1 .7 ). É preciso res­p la n d ecer “com o astro s” no m eio d e u m a g e r a ç ã o p e .tv e rs a (Fp 2 .15 ).

3. “Não durm aôios, p o is” (vv.6,7). No capítulo 4 .13 -15 , o verbo dorm ir é sinônim o de morrer. Mas, nos versículos que estamos es­tudando, o sentido é o da indolên­cia espiritual, do descuido em rela­ção à vinda de Jesus. Muitos cristãos estão sofrendo com o sono espiritu­al, a indiferença e o despreparo.

4. Sejamos sóbrios (v .6). Você sabe o que significa ser sóbrio?

Ser sóbrio é ser tem perante. É ter d om ín io p ró p rio , ser m od erado , equilibrado, tanto na igreja quanto fora dela (G1 5.16,22; 2 Tm 4.5).

III. DESTINADOS PARA SALVAÇÃO

1. Livres da “Ira F u tu ra”(v.9 ). Esta expressão, como você já aprendeu anteriorm ente em 1.10 , refere-se à Grande Tribulação (Ap 6.17). Nesse “dia”, sobrevirão pragas sobre os adoradores da Besta. Surgi­rão m uitas catástrofes ecológicas, ação de demônios nunca vista e ou­tros eventos apocalípticos (Ap 16.1- 21). Graças a Deus, a Igreja não pas­sará pela Grande Tribulação. “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (v.9).

2. “Quer v igiem os, quer durm am os” (v. 10). “Q uer vig i­em os” refere-se aos crentes que es­tiverem vivos no m om ento da v in ­da de Jesus. “Q uer d urm am os” re­fere-se aos servos do Senhor que já faleceram . Mas ao som da trom be- ta, ressuscitarão e subirão ao en ­contro do Senhor, p receden do os que estiverem vivos.

IV. EXORTANDOE EDIFICANDO UNS AOS OUTROS

1. A p r á t ic a m ú tu a da exortação e edificação (v .11).É preciso que os crentes se ajudem m utuam ente. N inguém é suficien ­te em si m esm o. Somos um corpo em Cristo (1 Co 12 .2 5-27). A través da consolação e da exortação, ocor­

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re a edificação espiritual m útua, co­m unitária e fraternal.

CONCLUSÃOOs even tos do ju ízo divin o no

“ D ia d o S e n h o r ” s o b r e v ir ã o de m odo in esp era d o à h u m an id ad e d istan ciad a e esq u ecid a de Deus. Estes não p o d erão escap ar do ju l­gam en to. T o d a via , o cre n te fie l, não passará por isso, pois aguar­da a v in d a de Jesus. Que a nossa o ra ç ã o ao S en h o r seja: “Am ém ! O ra , v e m , S e n h o r J e s u s ” ! (A p 22.20b).

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Teológico“A Vinda do Senhor” (1 Ts 5.1-10)1. O tempo da sua vinda. Paulo

já exp licava que não p oderiam sa­b er nem o dia nem a hora. Repete esse fato para reprim ir aquela cu ­rio sid a d e que é n atu ra l dos h o ­m ens e que já tin ha sido a causa de m uita p ertu rb ação e desordem n a igreja. É um a verd a d e m uito a p licável hoje. A p alavra p ro fética tem sid o m u ito d e sp re z a d a p o r p e s s o a s q u e fix a m d a ta s , b em com o todas as coisas absurdas que alegam “p ro fe cia s” .

O “Dia do Senhor” é a expres­são com um no A ntigo Testam ento que descreve a vin d a do ju ízo divi­no. Em particu lar descreve o ju lga­m ento de Israel e das nações, que terá lugar na vinda do Messias. Pau­lo declara com o esse acontecim en­to será súbito e inesperado. O la­drão vem de noite, quando todos

dorm em e ninguém está p rep ara­do; de m odo sem elhante, quando C r is to v ie r , a c h a r á o m u n d o despreparado, e não esperan do a sua vin d a (v.3). Certam ente, h a ve­rá sinais, m as os ím pios não os v e ­rão na sua verd ad eira luz. C orre­rão para a destruição, sem prestar atenção aos sinais de “PARE” dei­xados p o r Deus.

2. Os preparos para a sua vin­da. Há três tip os de sono m en cio ­n ado nas Escrituras: o sono n a tu ­ral, o sono da m orte e o sono do d e sc u id o e sp iritu a l m en cio n a d o no texto (v .6). O que se diz do que dorm e o son o n a tu ra l p o d e ser d ito do que dorm e esp iritu a lm en ­te; não reco n h ece que há p erigo , e sq u e c e -se de q u a lq u e r d e v e r , não se com ove p o r ap elos e, ta l­ve z, nem reco n h e ça que está d o r­m in d o .” (PEARLMAN, M yer. Epís­tolas paulinas: semeando as dou­trinas cristãs. RJ:CPAD, 1 9 9 8 , p .187-8 .).

L e ia m a isRevista Ensinador Cristão

% CPAD, n° 23, pág. 41.

C a t á s t r o f e : A co n tec im en to inesperado de conseqüências trági­cas e calam itosas.

I m in e n t e : Que am eaça acon­te ce r b reve; que está em v ia de efetivação.

I m p e r t in e n t e : Que não vem a propósito; estranho ao assunto de que se trata; inoportuno.

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Incluso: Incluído, que faz par­te de algo.

Indolência: N egligência; des­leixo; descuido.

Mútuo: Que im plica troca ou perm uta, ou que se perm uta entre duas pessoas ou dois grupos.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

✓ PEARLM AN , M y e r . Epístolas paulinas: semeando as doutrinas cristãs. CPAD, 1998.✓TULER, Marcos. Manual do Profes­sor da Escola Dominical. CPAD, 2003.

1 QUESTIONÁRIO

1. A que se refere o “Dia do Senhor”?R. Ao período em que os justos juízos de Deus serão derramados

sobre a Terra.

2. Que acontecerá, quando disserem “há paz e segurança”?R. Haverá “repentina destruição”.

3. 0 que significa ser sóbrio? R. Ser temperante, moderado.

4. A que se refere à expressão “Ira Futura”? R. Refere-se à Grande Tribulação.

5. A Igreja passará pela Grande Tribulação? Justifique sua resposta.R. Não! “Deus não nos destinou para a ira...” (1 Ts 5.9).

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Lição IIA VINDA DE JESUS

E A CONDUTA CRISTÃ1 1 de setembro de 2 0 0 5

Dia Nacional de M issões

TEXTO ÁUREO

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o

vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados

irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”

(1 Ts 5.23).

VERDADE PRÁTICA

A santificação do crente en vo l­ve todo o seu ser e todas as áreas da sua vida, para que seja irrep re­ensível na vin d a de Jesus. Sem ela, ninguém verá o Senhor.

HINOS SUGERIDOS CD Harpa Cristã 13 1

(vol.3 - f.10 ), 143 e 16 1.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

I TESSALONICENSES 5.12,13, 10-23

12- E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;

13 - e que os tenhais em grande esti­ma e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.

Segunda - Rm 6.22D ando fruto para a santificação

Terça - 2 Ha 7.1A perfeiçoan do a santificação

Quarta - I Tm 2.15Perm anecendo na santificação

Quinta - Hb 12.14Sem santificação ninguém verá a Deus

Sexta - Hb 12.10Participantes da santidade

Sábado - Ef 1.4Santos e irrepreensíveis

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18 - Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.19- Não extingais o Espírito.20- Não desprezeis as profecias.21- Examinai tudo. Retende o bem.22 - Abstende-vos de toda aparência do mal.23- E o mesmo Deus de paz vos santiíique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam ple­namente conservados irrepre­ensíveis para a vinda de nosso Se­nhor Jesus Cristo.

PONTO DE CONTATO

Professor, a elaboração das aulas deve seguir um plano ordenado que con tem ple os con teúdos a serem m inistrados e as atividades extra­curriculares que reforçam o apren­dizado. É im portante incluir em seu plano de aula estratégias que esti­mulem e intensifiquem o desejo de aprender do aluno. É preciso que­brar o bloqueio construído pelo alu­no quando ele não se interessa por uma lição bíblica. Contudo, é im por­tante saber que há alguns alunos dis­postos a aprender e outros resisten­tes ao ensino. A presença desse últi­m o na sala de au la con stitu i um grande desafio e um a responsabili­dade para cada professor. Portanto, dinam ize suas aulas e seja criativo.

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

V alorizar a conduta e a ética cristã.

A plicar o ensino da conduta cristã ao seu cotidiano.

Elaborar um plano de estudo devocional.

SÍN TESE TEXTUAL o

A presente lição está dividida em cinco tópicos. O prim eiro deles tra­ta do respeito e da estima que o cris­tão deve ter em relação à pessoa e obra do pastor. Este, pelo trabalho que desenvolve, deve ser am ado e considerado pela com unidade cris­tã (v. 12). O segundo tópico diz res­peito ao tratam ento e paciência que devem os dispensar ao nosso irmão em Cristo, seja este desordeiro, de­sanimado ou fraco (w . 14 ,15). O ter­ceiro contem pla os nossos relacio­nam entos com os que nos prejudi­cam. Não devem os apenas rejeitar a vin gan ça e a retribuição do mal recebido, mas sem pre fazer o bem a todos (v.15). O quarto tópico con­sidera cinco atitudes que devem os ter em nossa vida devocional diá­ria: regozijar-se sem pre, orar sem cessar, dar graças em tudo, não ex- tinguir o Espírito e não desprezar as profecias ( w . 16-20). Por fim, o Último tópico recom enda a pru d ên ­cia, o exam e e o discernim ento das coisas, retendo aquilo que é bom e útil, e rejeitando tudo o que não condiz com a conduta cristã (v .2 1). O propósito de todos esses itens é capacitar o cristão para v iver ple­nam ente a santidade bíblica em seu espírito, alm a e corpo (w .2 2 ,2 3 ).

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Para esta lição, sugerim os que você, professor, rep rod u za os es­quem as abaixo no quadro-de-giz. A Palavra de Deus nos ensina que sem “ santificação ninguém verá o Se­n hor” . Então, explique que todos os que foram pu rificados pelo sangue de Jesus, tam bém foram santifica­dos. Os santos têm um a con d u ta diferenciada, pautada na Escrituras Sagradas. Em seu significado mais sim ples, santificação indica: p u ri­fic a ç ã o , d e d ic a ç ã o , se p a ra çã o e abandono do pecado. A través da graça m ediadora de Jesus, fom os justificados, purificados, regenera­dos e santificados, logo, devem os nos afastar de tudo que não agra­da ao Senhor. Enfatize que, na v in ­da de Jesus, som en te os cren tes irrepreensíveis irão encontrá-lo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃON esta liçã o tem os p receito s e

recom endações do apóstolo Paulo a c e r c a d e d iv e r s o s te m a s , ta is como: a conduta cristã para com os p a s to r e s , o tr a to p a r a co m os

desordeiros, a alegria, a o raçã o , o cu ltivo do fogo do Espírito e outros assuntos da m ais a lta sign ificação para os que desejam serv ir a D eus fielm ente, tendo em vista a v o lta de Jesus.

1.0 RESPEITO AOS PASTORES1. R e c o n h e c e n d o o seu

t r a b a l h o ( 5 . 1 2 , 1 3 ) . O m in isté ­rio p a sto ra l é da m a io r r e le v â n ­cia p ara a v id a da igreja lo ca l. Sem ele, o reb an h o fic a sem lid e ra n ça , sem saber o rum o a seg u ir n o m eio da so c ie d a d e sem D eu s. S ão os p a sto res que “presidem... no Se­nhor" a igreja lo ca l e admoestam os c re n te s q u a n to à su a v id a e co n d u ta (1 Ts 1.3; 1 Co 1 5 .1 0 ; G1 4 .1 1 ) . Os p asto res são d a d o s p o r Deus (Ef 4 .1 1 ) , p a ra o aperfeiçoa­mento dos santos (Ef 4 .1 2 a ) ; o preparo para o m in istério (E f 4 .12 .b ); e a “edificação do corpo de Cristo” (Ef 4 .1 2 c ) . P au lo d iz que som os “e d ifíc io de D e u s” (1 Co 3.9b; 10 -13 ). N essa e d ific a ç ã o da igreja local, os p astores têm um p ap el im p ortan tíssim o.

2. Tendo-os em grande es­t ima e amor (5.13). Um jo g a ­dor de fu te b o l é estim ad o p e lo s torced ores; um artista d e te le v i-

P urificação

.Separação SA N TIFICAÇÃO doPecadC

ANTES DEPOIS

Dedicação Culpados | Justificados

Im puros ■ Purificados Profanos H Santificados

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são, em b ora exercen d o um papel fic tíc io , e m uitas v e ze s p e rn ic io ­so, é estim ado p elos seus fãs. Mas o p a sto r de um a igreja local nem sem pre é estim ado pelos m em bros d a c o m u n id a d e . P o ré m , P au lo e x o rta a q u e os te ssa lo n ic e n se s tenham seus pasto res “em gra n ­de estim a ” .

II. COMO TRATAR DIVERSOS IRMÃOS

1. Admoestando os de so r­deiros (5 . 1 4 ) . A d m o e sta r (gr. parakaleo) tem o sen tido de “co n ­so la r ” , “ e n c o ra ja r ” , ou de “ ex o r­t a r ” , c o m o n o p r e s e n t e c a s o . O corre 109 v e ze s no N ovo T e sta ­m en to. Paulo en sin o u q u e se ad ­m oestassem “os d e so rd e iro s” (2 Ts 3 .1 1 ) . Eles eram ociosos, d e­s o c u p a d o s , p r e g u iç o s o s (2 Ts 3 .7 ,8 , 1 1 ,1 2 ) . Em m u itas igre ja s, h á esse tip o de p essoas. M as isso não é coeren te com o caráter cris­tão. Os n ecessita d o s de v e rd a d e d evem ser o b jeto do am or e da assistê n cia da ig re ja local. Mas os d eso rd eiro s d evem ser a fastad os. Eles eram rebeldes. Estes d evem ser aco n selh ad os, e ad vertid os. Se n ã o se c o r r ig ir e m , d e v e m ser a fastad os d a co n g rega ção e d a co ­m u n h ão (2 Ts 3 .6 ,14 ).

2. Consolando e sustentan­do os fracos. Os de pouco ânim o são desanim ados e tristes. Precisam de apoio esp iritual e em ocional na igreja. Nem todos os que aceitam a Cristo têm a m esm a estrutura espi­ritual. Uns são m ais fortes. Outros são mais fracos na fé. O obreiro não

deve cu id a r só das ovelh as m ais fortes (Ez 34.1-4; Rm 14 .1 ,2 ). Os crentes m ais fracos perdem o âni­mo com facilidade.

3 . Pacientes para com to­dos. Paciência (gr. makrothymia), é sinônim o de lon ganim idade, que é um dos aspectos m ais im portan ­tes do “fruto do Espírito” (G1 5.22). Os tessalonicenses foram ensinados por Paulo a serem pacientes para “com to d o s” , tan to p a ra com os bons quanto para com os que an­dam errados. Isso não quer dizer que devem os apoiar os que pecam , ou traem a Igreja de Jesus.

III. SEGUINDO SEMPRE 0 OEM

1. Não dar mal por mal( 5 . 1 5 ) . É n ão v in g a r -s e de a l­guém . A ch am ad a “le i de ta liã o ” (lat. lex talionis) fo i ad m itid a no A n tigo T estam en to com o “ o lh o p o r o lh o ” , “d en te p o r d e n te ” , “pé p o r p é ” (Êx 2 1 .2 4 ). V in gar-se ou reta liar é descu m p rir a “lei á u re a ” que diz: “Portanto, tu d o o que vós qu ereis que os hom ens vos façam , fazei-lh o tam bém vós, po rq u e esta é a lei e os p ro fe ta s” (Mt 7 .12 ) . A lém disso, Jesus m an d ou am ar até m esm o os in im igos (Mt 5.44). Só existe um tip o de v in g a n ça que é leg al e leg ítim a, de aco rd o com a Bíblia. É a v in g a n ça de D eus (Rm 1 2 .1 9 -2 1 ; 1 Pe 3.9).

2 . Sempre fazendo o bem. A n atu reza do cren te em Jesus é sem pre benigna. Não pode ser ao contrário. Na com unhão com Cris­to, aprendem os que Ele sem pre fez o bem a todos, operan do sinais e

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prodígios (At 2.22). C om unhão é ter tu d o em com um . Assim, unidos a Cristo, só podem os fa zer o bem. É a prática do “fru to ” da “benigni- d ade” (G1 5.22; Rm 12 .17 ; 1 Pe 3.9).

IV. CINCO ATITUDES NA VIDA DEVOCIONAL

1. Regozijando-se sempre(5.16) . Os ím pios alegram -se nas coisas vãs deste m undo e deste tem ­po. Mas a alegria ou o regozijo do cristão é diferente. Em prim eiro lu ­gar, o servo de Deus tem a alegria do Espírito Santo, que é um dos as­pectos extraordinários do “fruto do Espírito” (G1 5.22); em segundo lu ­gar, o crente fiel vive na presença do Senhor, onde “há abundância de alegrias” (SI 16 .11 ; SI 100).

2. O r a n d o sem c e s s a r( 5 . 1 7 ) . Sabemos que tal recom en ­dação não significa orar sem inter­rupção. O que o apóstolo quer d i­zer é que o crente precisa v iv er em constante estado de oração, na co­m unhão diária com Deus, ou seja, sem desligar-se do Senhor. Estan­do assim, o Espírito Santo “in ter­cede p o r n ós” (Rm 8.26,27). O ser­vo ou serva de Deus, ao levantar- se, ora; no trabalh o ou na escola, ora; na igreja ou em outro lugar, ora; nos m eios de transporte, p e ­dindo a bênção de Deus sobre seu deslocam ento e suas atividades.

3 . D a n d o g r a ç a s e m t u d o(5.18 ). Aos efésios, Paulo diz que devem os dar graças a Deus “por tu d o ” (Ef 5.20). D everá o crente em Jesus dar graças porque pecou? Mentiu? A dulterou? É preciso en ­

ten d er o texto. Ele m anda dar gra­ças a Deus “em tudo, po rq u e esta é a vo n tad e de Deus “em Cristo Je­su s” , ou seja, na com unhão com Cristo. Desse m odo, o crente deve dar graças a Deus, m esm o em cir­cunstân cias adversas, e não pelo p ecado, pois não seria correto dar g ra ça s a D eus p o r a lgo q u e ele odeia, ou abom ina (1 Pe 3 .1 1 -1 7 ) .

4. Não extinguindo o Espí­rito (5 .19). Quando um crente per­de o fervor espiritual, torna-se frio, ou, pior ainda, morno, e é “vom ita­do” por Deus (Ap 3.16). Em muitas igrejas que têm na fachada uma pla­ca com o nome de “pentecostal”, não se vê mais o fogo do Espírito. O batis­mo com o Espírito Santo é tão raro que os novos convertidos espantam- se quando alguém “consegue” rece­ber essa bênção; os dons espirituais (1 Co 12) são abafados.

5. Não desprezando as pro­fecias (5 .2 0). O dom de profecia é considerado o mais necessário para a edificação dos crentes: “Mas o que p r o fe t iz a fa la aos h o m en s p a ra edificação, exortação e consolação” (1 Co 14.3). Deve-se ter cuidado para que esse dom não seja objeto de ma­nipulação de pessoas com interesses secundários, tais como obter prestí­gio, induzir casamentos, ou incenti­var pessoas a serem candidatas a car­gos políticos, numa mistificação pe­rigosa (Dt 18.20).

V. COMO ESPERAR A VINDA DE JESUS1 . E x a m in a n d o t u d o , r e ­

t e n d o o b e m ( v . 2 1 ) . No texto,

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o apóstolo exortou os crentes a fim de que exam inassem tu d o o que lhes fo sse a p resen ta d o de m odo crítico , à luz da p a lavra que lhes fo ra en sin a d a . D ian te do exam e acurado das coisas, deveriam apro­ve ita r som ente “o b em ”, ou seja, aquilo que fosse bom para suas v i­das renovadas, com o liberto s p o r Cristo. Num a versão bem popular, poder-se-ia d izer que Paulo aco n ­selhou a “com er o peixe m as d e i­xar as esp in h as” .

2. Santi ficados para a v in ­da de Jesus (vv. 22 ,2 3 ) . O cris- tão deve afastar-se até da aparên ­cia do mal. Isso faz parte da “qua­lidade da v id a esp iritu al” . O cren ­te p ru d en te , que deseja ter um a vid a santificada, sem pre terá o cui­dado de se afastar do mal, ou seja, do pecado, em todas as suas m ani­festações, seja na form a ou na apa­rência. Do crente fiel, nada poderá ficar aqui, na Terra, e m uito m e­nos no túm ulo (1 Co 15.54). Tudo no crente tem que ser irrep reen ­sível para a vin d a de Jesus: “espí­rito, e alma, e corpo”. Se um a só parte não for santificada, as outras não poderão ficar irrepreensíveis. Com pletando o texto da prim eira carta, o apóstolo fez várias sauda­ç õ e s f in a is , r e c o m e n d a n d o de m odo veem en te que a epístola fo s­se lida “ a todos os santos irm ãos” .

CONCLUSÃONa vin da de Jesus, só os crentes

irrepreensíveis irão ao seu encon­tro. A santificação é o único meio pelo qual essa v id a irrepreensível

pode ser alcançada. É necessária a vigilância, a oração, a leitura da Bí­blia, e a obediência incondicional aos princípios sagrados, que são a base da conduta cristã.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsidio Devocional“Disciplina da Devoção — Me­

ditação1. Ouvir. A m editação é seguida

pelo exercício de devoção do ouvir a Palavra. Eugene Peterson nos mos­tra que o Salmo 40.6 conta um a b ri­lh a n te m etáfo ra no o rig in al, em hebraico, que graficam ente ensina a necessidade de ouvir. Ele diz lite­ralmente: ‘Ouvidos que cavaste para m im ’. Para nossa infelicidade, ne­nhum a tradução em português pre­serva a m etáfora do original. Prefe­rindo, em lugar disto, parafrasear com expressões com o ‘tu me deste um ouvido bem aberto ’ ou ‘abriste meus ouvidos’. No entanto, o verbo em hebraico retém a preciosidade m etafórica cavar, que sugere, além da obra de Deus, um a cabeça hu­m ana sem orelh as — ‘um bloco: olhos, nariz e boca, mas sem ore­lhas’. [...] A im portância de ter ou­vidos cavados vem dos láb ios de J esu s: ‘ Q u em te m o u v id o s ,ouça...’ (Ap 2 .7 ,11,17 ,2 9 ; 3.6 .13,22). Precisam os ler a Palavra de Deus, mas tam bém orar para que Ele faça explodir nossas ‘cabeças de grani­to ’, para que ouçam os verdadeira­m ente sua Palavra.

2. Murmurar. Quando o salmis- ta fa la em m editar na Lei, dia e noi­

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te (SI 1.2), usa o term o que signifi­ca ‘m urm urar’ . Esta palavra foi usa­da para descrever os m urm úrios do rei em Salmos 2.1, e o gem ido das pom bas em Isaías 5 9 .11 . Na reali­dade, A gostin ho trad u ziu Salm os 1.2 com o ‘Em sua lei falam dia e noite’. A m editação é intrinsecamen- te verbal. Isto significa que o salmis- ta m em orizou a Palavra de Deus, pois ninguém é capaz de m urm u­rar as Escrituras sem m em orizá-las, e vice-versa. Na prática, isto nos diz que, junto com a leitura sistem áti­ca da Bíblia, tem os de selecionar os segm entos especialm ente significa­tivos, para murmurar reveren te­m ente [...].” (HUGHES, R. Kent. Dis­ciplinas do homem cristão. 3.ed., RJ:CPAD, 2004, p.75-6.).

Leia maisRevista Ensinador Cristão

% CPAD, n° 23, pág. 41.

Acurado: Feito ou tratado com m uito cuidado, desvelo ou apuro.

Fictício: Im aginário, ilusório, fabuloso.

Irrepreensível: Que não m e­rece repreensão; perfeito, correto.

Mistificação: Ato ou efeito de abusar da credulidade de; engano.

Ocioso: Im produtivo, estéril; que não trabalha; desocupado.

Pernicioso: Mau, nocivo, rui- noso; perigoso.

R e l e v â n c i a : G ran d e v a lo r , conven iên cia ou interesse; im por­tância.

Retal iar: R evidar com dano igual ao dano recebido; vingar.

S HUGHES, R. Kent. Disciplinas do homem cristão. CPAD, 2004.

QUESTIONÁRIO1. Segundo Efésios 4.11, qual a finalidade dos pastores?R. Eles são levantados pelo Senhor para o aperfeiçoamento dos

santos, preparo para o ministério e edificação do corpo.2. Como os desordeiros incorrigíveis devem ser tratados?R. Eles devem ser exortados e se não se corrigirem, afastados da

congregação e da comunhão.3. De que maneira devemos tratar os fracos e de pouco ânimo?R.Com todo o apoio espiritual e emocional que necessitam.4. O que deve ser conservado irrepreensível na vida do crente para

a vinda do Senhor?R. “Espírito, e alma, e corpo”.5. O que significa “não dar mal por m al”?R. Significa não se vingar de alguém.

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j r Lição 12

A VINDA DE JESUS E 0 JUÍZO SODRE OS ÍMPIOS

1 8 de setembro de 2 0 0 5

D ia N a c io n a l d a E sco la D o m in ic a l

TEXTO ÁUREO HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 48

(vol.2 - f .4), 70 e 94.“...Deus que dê em paga tribula- ção aos que vos atribulam,...

como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor

Jesus Cristo” (2 Ts 1.6,8).

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 TESSALONICENSES 1.4-104 - de maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais,5 - prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos

VEROADE PRÁTICA I

Os justos terão o galard ão de Deus. Todavia, os im pios receberão o castigo do Suprem o Juiz com o re­tribuição por suas m ás obras.

,T AV ^ f S P LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Sm 2.9 Quinta - SI 9.5Os ím pios ficarão m udos Os ím pios serão destruídos

Terça - i Sm 24.13 Sexta - SI 9.17Dos ím pios procede a im piedade Os ím pios irão para o inferno

Quarta - Já 8.22 Sábado - Pv 10.7A casa dos ím pios desaparecerá 0 nom e dos ím pios apodrecerá

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do Reino de Deus, pelo qual tam­bém padeceis;6 - se, de fato, é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam,7 - e a vós, que sois atribulados, des­canso conosco, quando se manifes­tar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder,8 - como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;9 - os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Se­nhor e a glória do seu poder,10- quando vier para ser glorifica- do nos seus santos e para se fazer admirável, naquele Dia, em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).

PONTO DE CONTATO

Professor, o avanço tecnológico e o adven to da inform ática aplica­dos à educação têm possibilitado àqueles que usufruem desses recur­sos aulas m ais dinâm icas e in tera­tivas. As exigências da atual con ­juntura educacional, principalm en­te nos grandes centros industriais, têm requerido que o professor co­n h e ç a e u t i l iz e as fe r ra m e n ta s m ultim ídia e os m eios de com uni­cação em geral. Atualm ente, as Li­ções Bíblicas do Mestre (LBM) dis­põem de um recu rso m ultim ídia (CD-ROM) para auxiliar o professor na prep aração das aulas d om in i­

cais. V ocê o conhece? Já o utilizou em classe? Além do CD-ROM possi­b ilitar o acesso integral ao texto b í­b lico, texto integral da LBM, im a­gens e ilustrações, plano de aulas, slides de cada um a das lições, h i­nos, ainda exibe um banco de d a­dos que torn a possível a gestão dos alunos em classe. Este últim o item perm ite a avaliação individual atra­vés de cinco critérios específicos. A proveite este recurso e seja aben ­çoado.

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

Defin ir a exp ressão “ etern a p erd ição ” .

Just if icar a im portância da fé e do am or para a v id a cristã.

Expl icar a g lo r if ic a ç ã o dos santos.

SÍN TESE TEXTUAL

Na Leitura Bíblica em a p reço o a p ó sto lo Paulo a g rad e ce a D eus pela m atu rid ad e cristã da igreja tessalo n icen se (2 Ts 1 .3 ). As n o tí­c ia s a lv is s a re ir a s le v a d a s p e lo s evan gelistas a Paulo testifica m do ex tra o rd in ário crescim en to da fé e do am or dos san tos de T essa- lô n ic a (Pv 2 5 .1 3 ) . P aulo e s ta v a rad ia n te com o d esen v o lvim en to da igreja a p o n to de d iv u lg a r nas “ igrejas de D eus” a co n stân cia na fé, e com o os fié is estavam resis­t in d o as m ú lt ip la s tr ib u la ç õ e s (v.4). É p o ssíve l im ag in ar o re g o ­

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zijo dos cristãos ao receb erem a n o tíc ia de que seu pai na fé esta ­va o rgu lh o so do p rog resso esp iri­tual de seus filh os.

O apóstolo reconforta o ânim o dos irm ãos ao expor a doutrina da justiça d ivin a (w .5 -10 ). Na m ani­festação do Senhor Jesus Cristo, os ím pios serão castigados padecendo etern a perdição com o pagam ento pelos seus atos m alévolos contra os filhos de Deus. Enquanto os santos em C r is to r e c e b e r ã o as b em - aventuranças celestiais.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Para a exp o siçã o d esta lição , sugerim os que vo cê fa ça um d e­b ate com a turm a. O m étodo de d iscu ssão em gru p o u tiliza-se da e x p e r iê n c ia d o s a lu n o s p a r a ajudá-los a d e se n v o lv e r o co n h e­cim ento. A p a rticip açã o ativa da turm a através d a d iscussão esti­m ula cad a pessoa do g ru p o a p en ­sar de m odo c ria tivo e c o n stru ti­v o a ce rca do tem a a ser en sin ad o, fa cilita n d o a ap ren d izagem . Soli­cite aos a lun os q u e se reún am em gru p o s. D epois, escreva as q u es­tões re lacio n ad a s abaixo no qua- d ro -d e -g iz . E stip u le u m te m p o p a ra a d iscu ssão das m esm as. Em seguida, form e um círcu lo on de as q uestões serão analisadas e d iscu ­tid a s p o r tod o s os a lu n os. V ocê d ev e in te r v ir sem p re que a ch a r n ecessá rio fa ze r a lgu m a c o n sid e­ração . C ad a g ru p o p o d e rá fic a r com um a p erg u n ta . Sugestões de qu estõ es p ara serem debatidas:

• A Igreja tem aguardado a vo l­ta do Senhor com alegria?

• Por que o Senhor está tardan ­do a voltar?

• Quanto tem po terem os para nos prep arar até que Jesus volte?

• Os ju ízos de Deus virão sobre todas as pessoas?

• Deus, que é am or, perm itirá que os ím pios sofram o castigo eter­no?

Estas são apenas algum as ques­tões que poderão ser utilizadas, a fim de que seus alunos sejam m o­tivados a estudar sobre o tem a.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A segunda carta aos tessaloni- censes trata de três assuntos que d ize m re s p e ito à v id a c r is tã . 0 apóstolo refere-se às perseguições que os crentes sofriam ; aborda com pertin ácia o tem a da vin da de Je­sus, e , por fim encoraja os crentes a esperarem o Senhor com fé, am or e trab alh o honesto. São tem as que caberiam em q ualquer epístola nos dias presentes.

I. ENCORAJAMENTO NA PERSEGUIÇÃO

1. Gratidão aos filhos na fé (1.1,2). No p rim eiro tópico, Paulo e seus am igos saúdam mais um a ve z a igreja em Tessalônica.

a) Saudação à igreja local (v .l) . Paulo acrescenta que a “ igreja dos tessalonicenses” existe “em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cris­to ” . Ele tinha a consciên cia de que

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a igreja, m esm o no sentido local, p recisa ser fundada, ou alicerçada em D eus, e no Sen h or Jesus. Há igreja s q u e são e d ifica d a s sobre seus pastores, ou sobre um p rogra­m a de atividades, ou, ainda, num a visão m ercantilista, baseada no di­n heiro e na riq u eza patrim onial. Esse tipo de igreja tende a fracas­sar, ou ser m otivo de escândalos, pois não se fun dam en ta “em D eus” e “no Senhor Jesus C risto” .

b) “Graça e paz” (v.2). Era um a saudação muito usual naqueles dias (Rm 1.7; 1 Co 1.3; 2 Co 1.2). Pedro e João tam bém usaram essa fórm u­la (1 e 2 Pe 1.2; 2 Jo v.3; Ap 1.4). Nesse sentido, “graça” quer d izer “fa v o r” ou “b o n d a d e” divina, don­de provém todas as bênçãos de que os c re n te s c a re c ia m , e carecem hoje. Mas a graça, que é p roven i­ente de Deus, requer, tam bém , que os cristãos vivam em paz. E essa paz, no sentido genuíno, tam bém provém de Deus e de Cristo. Paz (gr. eirene) é um a p alavra que ocorre 91 vezes no N ovo Testam ento, sen­do 43 vezes nas Epístolas Paulinas. É aquela “p a z” de que fa lou Jesus (Jo 14 .2 7).

II. FÉ E CARIDADE CRESCENTES

1. A fé que cresce (1.3). Obom relacionam ento que Paulo cul­tivava com os irm ãos, através de suas cartas, ou em suas visitas pas­torais, é exem plo para os líderes cristãos nos dias presentes. Ele sem­pre p rocu rava estim ular a fé dos irm ãos. O seu en sin o sob re ação

de graças é ch eio de fé. Ele exorta a q u e se dê graças a D eus “ p o r tu d o ” (Ef 5.20) e “ em tu d o ” (1 Ts 5 .18 ). E escreveu , d izen d o que ele e seus co m p an h eiro s m issio n ári­os “ sem p re” d eviam d ar “ graças a D eu s” , com razão , p o is a fé dos tessalo n icen ses crescia “m u itíssi­m o ” . A fé ad m ite g ra d a ç ã o . Ela p o d e ser “p e q u e n a ” (Mt 6.30); ou “ g ra n d e” (Mt 15.2 8 ); p o d e ser au ­m en tad a (Lc 17 .5 ).

2. A caridade que aumen­ta. Com o já foi visto no capítulo 7, a palavra “carid ad e” não é m ui­to en contrada nos textos b íb licos do Novo Testam ento. O term o m ais com um é agape, que se traduz por am or. O apóstolo acentuou, em sua segunda carta, que tin ha con h eci­m ento de quanto os tessalonicenses cresciam em am or, ou em carid a­de, que pode ser trad u zid a com o o am or na prática. Assim com o a fé, o am or po d e estagnar, d im inuir, esfriar (Mt 2 4 .12 ), ou aum entar, com o ocorria entre os crentes de Tessalônica.

III. VITÓRIA EM MEIO ÃS LUTAS

1. Vitoriosos nas persegui­ções ( 1 . 4 ) . Os cren tes d e T es­salônica, mesmo enfrentando tantas tribulações (1 Ts 1.6; 2.14) eram um exemplo de como a “boa sem ente” caíra em “boa terra” (Mt 13.8), e não “entre pedregais” , que são corações que não suportam a perseguição (Mt 1 3 . 2 0 , 2 1 ) . A a t itu d e d os te s ­salonicenses foi considerada por Pau­lo como “prova clara do justo juízo

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de Deus, para que” eles fossem “ha­vidos por dignos do Reino de Deus, pelo qual tam bém ” padeciam (1.5), e que Deus haveria de recom pensar com tribulação àqueles que os atri­bulavam (1.6). Não poderia ser dife­rente, pois “Deus não se deixa escar­necer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (G16.7).

2. Descanso na Vinda de Jesus. Disse o apóstolo: “E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se m anifestar o Senhor Je­sus desde o céu, com os anjos do seu poder” (1.7). No item anterior, vimos que Deus retribui ao hom em segun­do suas obras. Aos ímpios, que atri­bulam , dará trib u lação . Mas, aos crentes, que sofrem tribulação, na sua vinda, dará o m erecido “descan­so” , quando vier buscar a sua Igreja “com os anjos do seu poder” . Esse descanso é o “repouso para o povo de Deus” , a que se refere o autor aos Hebreus (3 .11; 4 .9 ,11). É o “des­canso” que o crente fiel terá, não nesta vida, ou neste m undo, onde sem pre h averá aflições, conform e Jesus previu (Jo 16.33); mas o terá na vinda de Jesus, quando a Igreja subir a encontrar o Senhor nos ares ( lT s 4 .17; Mq 2.10), principalm en­te os que estiverem vivos, os quais serão transformados, recebendo cor­pos gloriosos, sem elhantes ao de Je­sus ressuscitado (Fp 3.21).

IV. 0 JUÍZO DE DEUS SOERE OS IMPIOS (1.8-12)1 . A v i n g a n ç a d e D e u s

(v.8). Deus é o único ser, no uni­verso, que tem o direito legítim o de J

vingar-se de seus inimigos. Queiram ou não os hom ens, ninguém esca­pará da justiça do Todo Poderoso. Diz Deus: “Ainda antes que houves­se dia, eu sou; e ninguém há que p o ssa fa z e r esc a p a r das m inhas mãos; operando eu, quem im pedi­rá?” (Is 43 .13). O Senhor trará juízo sobre dois tipos de pessoas: (1) Os “que não conhecem a D eus” . Sem dúvida, a expressão aplica-se aos gentios (Rm 1.21-32) em todos os lugares do m undo, que, p o r razões diversas, não conhecem ao Pai. Tal­vez a m elhor tradução seja “não re­conhecem a D eus”, isto é, ouvem fa­lar a respeito dEle, mas não lhe dão valor. (2) “Os que não obedecem ao evan gelh o de nosso Senhor Jesus C risto” , referindo-se, certam ente, aos judeus, ou aos gentios, que ou­viram a m ensagem de Cristo, mas não creram e não obedeceram à sua doutrina (1 Ts 2.14-16). Nos salmos, lem os acerca de dois tipos de pes­soas que serão co n d en a d as: “ Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (SI 9 .17 — grifo nosso).

2. Eterna Perdição (v.9). Será o castigo de “eterna perdição” aos ímpios, que só ocorrerá após o Juízo Final. Aqui, não se trata de for­m a algum a da idéia herética, segun­do a qual os ím pios serão aniquila­dos, ou destruídos para sempre, con­form e ensinam certos m ovimentos ou seitas. O próprio texto diz que os condenados sofrerão “ante a face do Senhor e a glória do seu p oder”. Isso dá a entender a perm anência do so­frim ento dos ím pios, que poderão

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contem plar a face de Deus e sua gló­ria, sem, no entanto, dEle aproximar- se, por haver um abism o entre os que são castigados e os que são sal­vos (Lc 16.26). Os salvos, nessa “exis­tência”, são galardoados com a “co­roa da v id a” (Tg 1.12; Ap 2.10); os ímpios, no entanto, terão a “eterna perdição” (Fp 3.19; 2 Pe 3.7), que é a eterna separação de Deus, e eqüi­vale ao “fogo que nunca se apaga” (Mc 9.43-46, 48). Jesus falou sobre esse e s ta d o de s o fr im e n to (Mt 5.29,30; 12.32).

V. A GLORIFICAÇÃO NOS SANTOS (1.10-12)

Paulo com pleta sua palavra de conforto aos irm ãos quan to à re­com pensa que dará aos que forem fiéis, assegurando que Jesus será “glorificado nos seus santos” , e se fará “ adm irável, n aquele D ia” na v id a de todos os que crêem , segun­do o testem u n h o que receb eram dele e dos outros m issionários. E conclui, dizendo que roga para que Deus os faça “dignos da sua v o ca ­ção” e seu propósito para com to ­dos eles, m ediante sua b on dade, obra da fé com poder, a fim de que o nom e do Senhor seja glorificado neles. Na vin da de Jesus, Ele espe­ra, assim, que os crentes sejam glo- rificados nEle (Rm 8.17), e Ele e seu nom e sejam glorificados “nos seus santos” (1 .10 ,12 ).

CONCLUSÃOM uitas pessoas não entendem

porque Deus perm ite aos ím pios fa­zerem todos os tipos de males, cru­

eldade, atrocidade, vio lência e tudo o que é pernicioso e desumano. Mas, pela Bíblia, entendem os que é só um a form a de Deus trabalhar, e de tem po para que seu plano seja es­tabelecido no universo. Os ím pios serão punidos com a justiça divina no tem po de Deus.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsidio Teológico“Os p rofetas do A n tigo T esta­

m ento esperavam que o Dia do Se­n hor não representasse som ente a libertação para os justos, mas tam ­bém o julgam ento final dos ím pios (Ml 4 .1,2). No em prego de seu am or pela tríade (1 Ts 2 .10 ), Paulo des­creve detalhadam en te as circu n s­tâncias dessa revelação com im a­gens que retratam um a autoridade absoluta;

1) No topo de sua lista declara que Jesus aparecerá ‘desde o céu ’. V irá do trono da autoridade defini­tiva e majestosa, da própria esfera da habitação de Deus (At 7.56; Hb 1.3 ,4 ; 8 .1; 12 .2 ; A p 3 .2 1 ) . Jesus retornará para finalm ente estabele­cer a sujeição de ‘todas as coisas’ que Deus lhe concedeu (Hb 2.7,8). Em sua encarnação. Cristo se apresen­tou com o um cordeiro a ser sacrifi­cado, sem oferecer qualquer resis­tência; um dia, Ele retornará como o Leão da tribo de Judá, e ninguém poderá resistir à sua autoridade.

2) O próximo aspecto da revela­ção é que será ‘com labareda de fogo’. O fogo pode ser símbolo do Espírito

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Santo (1 Ts 5.19), de Deus (Dt 4.24), e mais especificamente do juízo do Senhor (Is 66.15,16; Jr 21.12; 2 Pe 3.10,12), e da punição dos ímpios (Mt 7.19; 25.41; Ap 20.15). O que se se­gue nos versículos 8 e 9 tom a clara a imagem do julgam ento de Deus, e a conseqüente punição dos ímpios.

3) A imagem do esplendor e da onipotência do advento de Cristo, re­tratada por Paulo, traz consigo um terceiro detalhe: Jesus virá acom pa­nhado ‘com anjos do seu poder’ (1 Ts 3.13). O pagam ento m encionado por Paulo no versículo 6 é detalha­do nos versos 8 e 9 com a explica­ção de quem merece a punição, e em que esta consiste. [...]” (ARRINGTON, F.L.;STRONSTAD, R. (eds.). Comentá­rio bíblico pentecostal: Novo Testa­mento. RJ: CPAD, 2003, p. 1415.).

Leia maisRevista Ensinador Cristão

\ CPAD, n° 23, pág. 42.

GLOSSÁRIO

Atrocidade: C rueldade, b ar­baridade.

Estagnar: Ficar im óvel; não progredir; paralisar(-se).

Legítimo: Conform e a lei; fu n ­dado no direito, na razão ou na jus­tiça; que tem origem na lei, ou está protegido por ela.

Mercantilista: Relativo à ten­d ên cia p a ra su b o rd in a r tu d o ao com ércio, ao interesse, ao lucro, ao ganho; Predom inância do interes­se ou do espírito com ercial.

P e r t i n á c i a : Q u a lid a d e de m uito tenaz, ob stin ad o ou persis­tente.

BIBLIOGRAFIA SUGEBIDA

✓ ARRINGTON, F.L.;STRONSTAD, R. (eds.). Comentário bíblico pente­costal: Novo Testamento. CPAD, 2003.

QUESTI0NÁBI01. O que acontecerá com a igreja que não estiver alicerçada em

Deus e no Senhor Jesus?R. Ela tende a fracassar ou ser motivo de escândalo.2. Como Paulo via a fé dos tessalonicenses?R. Como uma fé que crescia “muitíssimo”.3. Como Deus retribuirá o ímpio?R. Será lançado no inferno.4. O que será a eterna perdição?R. Um sofrimento permanente enfrentado pelo ímpio que poderá

contemplar a face de Deus e sua glória, sem, no entanto, dEle aproximar-se.

5. O que o Senhor dará, na sua segunda vinda, aos crentes fiéis que sofrem tribulação?

R. Ele dará o merecido “descanso

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P Lição 13 AGUARDANDO A VINDA DE JESUS

2 5 de Setem bro de 2 0 0 5

TEXTO ÁUREO HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 77

(vol.3 -f.2 ), 13 1 (v.3 -f.10 ) e 179.“Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com ele, que não 1 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra,

quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já

perto” (2 Ts 2.1,2).

2 TESSALONICENSES 2.1,2,7, 8 ; 3 .6 ,7

2 Tessalonicenses 21 - Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com ele,2 - que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto.

VERDADE PRÁTICA E

Os sinais preditos na Bíblia in ­dicam a im inente vin d a de Jesus para b u scar sua Igreja. Com o ser­vos de Deus, devem os vig iar e orar.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 24.36D aquele dia e hora ninguém sabe

Terça - Mi 24.42Esperando com vigilân cia

Quarta - Mt 26.41Esperando com oração

Quinta - 1 Pe 1.13-15Esperando com santidade

Sexta - Io 13.34,35Esperando com am or

Sábado - Ef 5.18Esperando cheio do Espírito Santo

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7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda.2 Tessalonicenses 36 - Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo ir­mão que andar desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu.7 - Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós.

PONTO DE CONTATO

Professor, en fim chegam os ao fin al de m ais um trim estre! D uran­te os nossos en contros dom inicais, desfrutam os da b en d ita e p o d ero ­sa ação do Espírito Santo sobre as nossas vid as. C rescem os na graça e no con h ecim en to do Senhor Je­sus. A p ren dem os m uitas verd a d es práticas e d outrinárias que servem d e e n le v o e sp ir itu a l p a ra n ossa alm a enquanto estiverm os p eregri­n ando neste m undo. Deus abençoe a sua vida, d ádiva da gloriosa b on ­d a d e e m ise r icó rd ia d o S en h or. Seja qual fo r o presen te estado de sua luta para serv ir a Cristo, lem - b re-se da rec o m e n d a ç ã o de He- b re u s 6 .10 : “ P orq ue D eus não é in justo para se esq u ecer da vossa o b ra e d o tra b a lh o da c a r id a d e

que, para com o seu nom e, m os- trastes, en quan to servistes aos san­tos e ainda serv is” .

Após esta aula, seu aluno d eve­rá estar apto a:

Aguardar com sabedoria a vin ­da de Jesus.

Desejar o glorioso retorno de Jesus para a Igreja.

Identi f icar os sinais da vin d a de Jesus.

SÍN TESE TEXTOAL

A Segunda E pístola de Paulo aos Tessalonicenses inicia-se com a cord ial saudação à Igreja (v .1,2 ), seguida de um a b reve dissertação sobre o justo ju ízo de Deus (w .4 - 10). A m otivação apostólica em es­crever a presente epístola deve-se, em grande parte, a um falso m ovi­m ento p rofético que fun dam en ta­v a os seus ensinos em um pseudo- e s c r ito a tr ib u íd o ao d o u to r dos gentios (2 Ts 2.1-2).

O grupo carism ático que estava perturb an do a igreja en sinava que o “Dia do Senhor” já havia com e­çado, e que a Igreja não fora salva da perseguição (2 Ts 2. 3-16). Pau­lo, entretanto, adm oesta os crentes a respeito dos sinais que p reced e­riam a m anifestação do Dia de Cris­to. Os falsos carism áticos atrib u í­ram este acontecim ento a um even ­to do passado. Paulo, no entanto, escreve da cidade de C orinto cor­rig in do o erro doutrinário e afir-

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m ando, sobretudo, que este glori­oso Dia é um evento futuro.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

P ro fesso r, m ais um a v e z use todo o seu talento e criativid ad e para a glória de Deus. Então, faça a seguinte pergunta para toda a clas­se: Com o a Igreja de Cristo está se prep aran do para a sua volta? De­p o is, in te rro g u e v á r io s a lun os: Você, o que tem feito a fim de es­tar preparado quando Jesus voltar? A p a r t ir das re sp o sta s o b tid a s , en fatize a p reo cu p ação que d eve­mos ter em estar prontos para este m a ra vilh o so Dia. M edite com os alunos acerca da esperança da Noi­v a de C risto e das três co lu n a s sustentadoras da igreja: V igilância, Santidade e Trabalho. Reproduza o cartaz ilustrativo abaixo. Confecci- one-o em um a cartolina. Fale que a Igreja deve assum ir estes três com ­prom issos para a vo lta de Jesus.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

M editaremos um pouco mais na vinda de Jesus. A Bíblia descerra par­cialm ente o véu da eternidade para m ostrar-nos o que nos aguarda o futuro revelado por Deus na sua Pa­lavra. Como virem os constatar, há inúm eros pontos e aspectos que fo­gem à nossa finita com preensão.

I. A ESPERA COM SAREDORIA E PRUDÊNCIA

A espera da vin da de Jesus deve ser encarada pelo crente de m odo in a b a lá v e l, sem se d e ix a r le v a r “quer por espírito, quer por pala­vra, quer por epístola”. Não estamos a esperar um evento com o se fôra- mos m eros espectadores. Um dos requisitos para estarm os tranqüilos à espera de Cristo é term os um a vida de vigilância e santidade. Que ninguém se baseie em provisões fal-

A IGREJA E A ESPERANÇA DA VINDA DE CRISTO

V igilância Santidade Trabalho

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sas e espetaculares, indicando a vo l­ta de Jesus p ara o m ês que vem , para o próxim o ano, ou para daqui a sete anos. Quem entra p o r esse cam inho fica frustrado e pode até en fraquecer na fé (Mt 24.36).

II. SINAIS IMPRESCINDÍVEIS ANTES DA VOLTA DE JESUS1. A manifestação da apos­

tasia (2 Ts 2.3). A Escritura Sa­grada ensina, de m odo claro, que antes da v in d a de Jesus surgirão dois grandes sinais. O prim eiro será a “apostasia” . E o segundo a m ani­festação do espírito do Anticristo.

A postasia q u er d izer “d esv io” , “aban d o n o” da fé em Jesus, o que só pode ocorrer no m eio do cristi­anism o professo.

Acreditam os que já estam os v i­ven d o esses dias, porquan to m ui­tas igrejas já não conservam a sã doutrina.

2. “O homem do pecado, o filho da perd ição” (2 Ts 2.3). Outro grande sinal, que antecede à vin d a de Cristo, é a m anifestação do espírito do A nticristo, aqui cha­m ado de “o hom em do p e ca d o ” e “filho da p e rd ição ” .

III. A REVELAÇÃO DO ANTICRISTO1. Quando ocorrerá (2 Ts

2 .3,8 ) . Para que o A n ticristo se revele, é necessário que seja rem o­vido “um que, agora, resiste” (2.7), ou “que o detém ” (2.6). Esse, sem som b ra d e d ú vid a s, é o E spírito Santo de Deus. Enquanto Ele op e­

rar aqui na Terra, através dos san­tos, nos quais habita, o “hom em do p e c a d o ” n ão p o d e rá re v e la r-s e . Desde os tem pos do N ovo T esta­m ento o “espírito do an ticristo” ... “está já no m un do” (1 Jo 4.3). Mas esse “hom em do p ecad o ” só p o d e­rá m a n ife s ta r -se , com o p e sso a , quando o Espírito de Deus não mais atuar aqui, com a Igreja.

2. “O homem do pecado” se opõe a Deus (2 .4 -6) . O Anticristo será um a pessoa inspira­da pelo Diabo, que é adversário de D eus. Será um “ su p e r-h o m e m ” , nascido de m ulher (Ap 13 .1-8 ), a Besta que subiu do mar. O espírito dele já está no m undo (1 Jo 2.18; 4.3). Será o líder político-espirítu- al m undial, o m aior d itador que a T erra conhecerá, enganará aos ho­mens (2 Ts 2.9,10 ), e se op orá a Deus. Veja tam bém a profecia de Daniel (7.8,20; 8.23-25), tratando do m esm o assunto.

IV. IESUS ANIQUILARÁ 0 ANTICRISTO1. “O mistério da injustiça”

em ação (v.7 ). No Novo Testamen­to, “m istério” é algo que não se com­preende sem a revelação de Deus. Veja as seguintes referências bíblicas: Ef 3.9; 5.32; 6.19; 1 Tm 3.9; 3.16; Cl 2.2; 1 Co 14 .2 .0 “mistério da injusti­ça” ou “mistério da iniqüidade” alu­de à multiplicação da corrupção. Esse “ m is té r io ” será e n c a r n a d o no Anticristo, a quem o Diabo vai dar todo o poder (Ap 13 .1, 2).

2. O Senhor o des t ru i rá ( v . 8) . Assim com o h a verá a re-

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v e la ç ã o de C risto , h a v e rá , ta m ­bém , a reve la ção do “In íq u o ” . No a u g e d a su a a tu a ç ã o e p o d e rio d esp ótico , Jesus v o lta rá com p o ­d er e gra n d e g ló ria (Mt 24.30; Ap 1 9 .1 1 -1 8 ) . Então, o destru irá, pelo “ assopro da sua b o c a ” e o “ an iq u i­lará pelo esp len do r da sua v in d a ” . O in ten to p rin c ip a l do A n ticristo é a d estru ição de Israel, m as será este m ira cu lo sa m e n te sa lvo p o r D eus (Zc 12.9; 14 .2 -5 ).

V. PALAVRAS FINAIS DE EXORTAÇÃO1. Eleitos desde o principio

(2 Ts 2.13-17) . Paulo eleva mais uma gratidão a Deus pelos crentes tessalonicenses (v. 13). Seu pastor, dirigente e professor da Escola Do­minical louvam a Deus por sua vida? Afirm a Paulo que os tessalonicenses foram eleitos “desde o princípio para a salvação, em santificação do Espí­rito e fé da verdade” (v. 13).

Observemos: a eleição antecede a predestinação conform e Ef 1.4. Há q u em p r o p a g u e u m a e le iç ã o e predestinação extrabíblicas, que pri­va o ser hum ano do livre-arbítrio. D eu s, p o ré m , é ju s to ; n ã o fa z acepção de pessoas (Dt 10.17; Ml 2.9; A t 10.34; Rm 2 .11; Tg 2.9). Ele não criou uns para a salvação e outros para a perdição eterna. Como Jesus m orreu p o r tod a a h u m an id ad e, todo o que nEle crê será salvo.

2. Deus guarda o crente do maligno (2 Ts 2 ,3 ). Oremos uns pelos outros para que nos guarde “dos homens maus e dissolutos, por­que a fé não é de todos”. Os obrei­

ros, por sua vez, devem orar para que Deus guarde os crentes (v.3).

3. C o m o l i d a r co m os desordenados na igreja (2 Ts 3.6-15) . Na igreja de Tessalônica (com o ocorre em nossos dias), exis­tem pessoas desocupadas, d esobe­dientes, irreveren tes com as coisas santas, problem áticas e que querem v iv er sem trabalhar.

a) Apartar-se do desordenado (3.6). Esta doutrina pode p arecer dura. Mas a com unhão de que d es­frutam os com o santos, na igreja, é a lgo m uito sério e sublim e; não pode ser com partilhada com quem afron ta a santidade do Senhor (Rm 16 .17 ; 1 Tm 6.5). O apóstolo evoca seu próp rio exem plo de in tegrid a­de (vv. 7-9). D eterm in a ele que, “em nom e de nosso Senhor Jesus C risto”, devem os apartar-nos “de todo o irm ão que andar d esorde­n adam ente” (v 6).

b) Se não trabalham, não co­mam (v. 10). Paulo deixa bem cla­ro: não deve haver to lerância com os desordenados e desocupados. 0 ensino do apóstolo é incisivo: “ ...se a lg u ém não q u er tra b a lh a r , não com a tam bém ...” . Os tais, além de viverem na ociosidade, introm eti­am-se na v id a dos outros ( v v . l l , 12). A Bíblia reprova e execra a pre­g u iç a e à o c io s id a d e (Pv 6.6-9; 12 .2 7; 15 .19 ).

C0NCL0SÃ0O crente fiel deve esperar a v in ­

da de Jesus com vigilância, irrepre- en sib ilidade e santidade. Não deve im pressionar-se e deixar-se influ-

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e n cia r p o r p ro fe cia s ou “ re v e la ­ções” que m arcam a data da vo lta do Senhor. Estejam os, pois, d ev i­dam ente ap erceb id o s para o apa­recim ento de nosso Senhor Jesus Cristo em glória.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Bibliológico“Tanto o apóstolo Paulo quan ­

to Cristo revelam um quadro d ifí­cil da condição de grande parte da igreja — m oral, esp iritual e dou- trinariam ente — à m edida que a era presente chega ao seu fim (cf. Mt 2 4 .5 ,1 0 -1 3 ,2 4 ; 1 Tm 4 .1 ; 2 Tm 4.3,4). Paulo, principalm ente, res­salta que nos últim os dias elem en­tos ím pios ingressarão nas igrejas em geral.

Essa ‘apostasia ’ dentro da igre­ja te r á d u a s d im e n s õ e s , (i) A apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de Cristo e dos apóstolos, ou a re­jeição deles (1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Os falsos d irigen tes apresen tarão um a salvação fácil e um a graça di­vina sem valor, desprezando as exi­gências de Cristo quanto ao arre­pendim ento, à separação da im o­ralidade, e à lealdade a Deus e seus padrões (2 Pe 2.1-3, 12 -19 ). Os fa l­sos evangelhos, vo ltados a interes­ses hum anos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de popularidade, (ii) A apostasia moral, que é o aban­dono da com unh ão salvífica com Cristo e o en volvim en to com o p e­cado e a im oralidade. Esses após­tatas p o d erã o até a n u n cia r a sã

d o u trin a b íb lica , e m esm o assim nada terem com os padrões m orais de Deus (Is 2 9 .13; Mt 23.25-28). M uitas igre ja s p e rm itirã o q u ase tudo, para terem m uitos m em bros, d inheiro, sucesso e prestígio (ver 1 Tm 4 .1 n ota). O ev an gelh o da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de ren un ciar todo p ecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renun ciar a si m esm o, será a lgo ra ro (Mt 24.12; 2 Tm 3.1-5; 4 .3 ).” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p .1856).

L e ia m a isRevista Ensinador Cristão

\ CPAD, n° 23, pág. 42.

GLOSSÁRIO

A u g e : O ponto m ais elevado; o grau m ais alto.

D e s c e r r a r : Descobrir, revelar, descortinar, abrir.

D e s p ó t ic o : Em que há poder absoluto e arbitrário; que não res­peita lei ou regras, nem aceita res­trições.

D i t a d o r : A quele que concen ­tra todos os poderes do Estado; In­d ivíduo despótico, autoritário.

E x e c r a r : D etestar, abom inar, am aldiçoar.

I n c is iv o : D ecisivo, pronto, di­reto, sem rodeios.

I n í q u o : P erverso , m alévolo; extrem am ente injusto.

I r r e p r e e n s i b i l i d a d e : Q uali­dade de irrepreensível.

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Irreverente: Falto de respei­to, m arcado pelo tem or, às coisas sagradas.

Ociosidade: Inatividade; p re­guiça, indolência, m oleza.

Requisito: Exigência ou con ­dição necessária para a obtenção de certo objetivo.

BIBLIOGRAFIA SUGERIOA

✓ LIMA, E lin a ld o r e n o v a to d e. Aprendendo diariamente com Cris­to. CPAD, 2003.

✓ Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 2003.

QUESTIONÁRIO

1. Qual o requisito principal para ter tranqüilidade na espera da volta de Cristo?

R. Ter uma vida de vigilância e santidade.

2. Quais os sinais imprescindíveis antes da vinda de Cristo? R. A manifestação da apostasia e do espírito do Anticristo.

3. Quando o Anticristo se manifestará?R. Quando o Espírito de Deus não mais estiver atuando neste

m undo através da Igreja.

4. Como Jesus destruirá o Anticristo?R. Pelo “assopro da sua boca" e o “aniquilarápelo esplendor da sua

vinda”.

5. De que maneira Paulo mandou tratar o desordenado?R. Ele d ete rm in a q u e em n o m e d e Jesus, d ev em o s n os a p a rta r de

to d o irm ã o q u e a n d a d eso rd e n a d a m e n te .

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»36 páginas Formato: 16 x 23cm

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Lawrence O. RichardsUm dos mais renomados escritores dos EUA.

Formado em Filosofia, mestre em Educação Cristã e doutor em Educação Religiosa e Psicologia

Social. O Dr. Richards é autor de mais de 200 trabalhos.

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