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ANITA E A NOITE DE NATAL

As festas de família da Anita eram sempre um momento memorável. Com a família toda reunida, ou do lado do pai, ou do lado da mãe, ou dos dois lados, eram sempre ocasiões com momentos marcantes, hilariantes, e outras coisas acabadas em “antes”, até com um resquício de alegria e drama à moda italiana, mas acima de tudo com muito amor e divertimento. No primeiro Natal de que tem memória, passado na casa da avó onde vivia, o pai Natal trouxe-lhe a sua amada Luisinha, boneca que ainda hoje conserva e uma bola pinchona cheia de cores e brilhantes por dentro. Se teve direito a algo mais, não se lembra. Mas o que teve foi suficiente. Naquela altura, valorizava-se realmente os presentes de Natal precisamente por serem poucos e bem pensados. Mas do que a Anita nunca se esqueceu mesmo foi da visita do velhote de barbas brancas vestido de vermelho, que era suposto entrar pela chaminé da cozinha e colocar os presentes da pequenada, cada um na sua meia, previamente ali pendurada para o efeito. A Anita lembra-se de pendurar uma meia de lá feita pela mãe, por lhe parecer muito maior, logo com espaço para mais prendas do que a meia diária de algodão tamanho 26. Por volta da meia-noite, a porta da sala grande onde se concentrava a família fechava-se e apagavam-se as luzes da cozinha. Era-lhe explicado que se houvesse luz o pai Natal não descia e a Anita lá esperava pacientemente. Num momento de distracção dos adultos, conseguiu espreitar pelo buraco da fechadura da porta da sala e pasme-se! viu os olhos do pai Natal, tendo sido a primeira criança de que há registo a fazê-lo…

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Desatou a gritar histericamente: “Mãe! Pai!! Vi os olhos do pai Natal!... Vi os olhos do Pai Natal!!” e minutos depois ainda não cabia em si de contente e enquanto os irmãos admiravam ansiosos o tanque de guerra e o carro dos bombeiros acabadinhos de desembrulhar, ela ignorava os seus presentes e contava ao pai e à mãe que o pai Natal tinha uns olhos assim grandes, e abria os braços para demonstrar, e que era estrábico. O pai e a mãe entreolhavam-se, sem perceberem, e começaram a questioná-la. - Mas o que é que tu viste? De que tamanho era cada olho? E a Anita respondia exemplificando com as duas mãozitas um comprimento de mais ou menos 40 cms. E os pais insistiam: - E ele trocava os olhos, era?? - Sim, as bolinhas pretas estavam perto uma da outra, quase a chegar ao nariz… E a mãe, conformada, respondeu-lhe: - Olha, deves ser a primeira menina a ter visto os olhos do pai Natal… A Anita confortou-se com aquela ideia… Quanta honra! tantas meninas no mundo e o pai Natal tinha escolhido logo a ela para mostrar os seus olhos. Ora, esta ideia perseguiu-a grande parte da sua infância. Aliás, quando entrou para a 1ª classe e a professora pediu aos meninos para se apresentarem dizendo o nome e a idade, a Anita respondeu logo, cheia de orgulho: - Chamo-me Anita, tenho 6 anos e já vi os olhos do pai Natal!... o que fez com que a turma desatasse toda a rir e a professora a olhasse de soslaio e desconfiada, como quem diz “olha, temos uma engraçadinha…” Claro que aquilo foi motivo de chacota na turma e em poucos dias, na escola inteira. A Anita foi tão gozada que começou a duvidar de si própria. Desabafou com a avó, um dia à noite, quando esta a foi deitar: - Avó, os meninos da minha escola não acreditam que já vi os olhos do pai Natal… A avó suspirou, olhou para ela e perguntou-lhe: - E tu acreditas?

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- Sim, avó, tenho a certeza… eu sei que vi! - Então…se sabes que viste, continua a acreditar e deixa que te falem. Sabes porquê? Porque TU foste a menina que o pai Natal escolheu para mostrar os seus olhos! A Anita adormeceu reconfortada com aquela ideia e aos poucos deixou de se falar nesse assunto na escola e toda a gente se esqueceu. A própria Anita só se lembrava de vez em quando, até que esqueceu quase por completo. Um dia, volvidos aí uns 8 anos daquele Natal, na 5ª feira em que almoçava em casa da avó, ela tinha posto a mesa na entrada da sala de jantar para evitar o cheiro a tinta da cozinha pintada de fresco, de modo que a Anita almoçou virada para a cozinha e avó sentou-se a seu lado. As refeições com a avó eram sempre deliciosas, quer por aquele arroz com trago a louro que a avó fazia divinalmente, quer pelas conversas, pela companhia e pelos mimos constantes, apesar dos seus 13, 14 anos… A meio de uma dessas conversas, o olhar da Anita, ao passar pela cozinha, caiu literalmente “nos olhos do pai Natal”! A Anita parou de mastigar e ficou de olhos esbugalhados a olhar em frente. A avó, apercebendo-se de qualquer coisa, perguntou: - Que foi?! A Anita ainda estava embasbacada a olhar em frente. E a perceber. A entender… E de repente, caiu num riso desenfreado, deitando a cabeça para trás. Rindo-se dela própria. Libertando-se com algum alívio daquela fantasma de “ver coisas” que mais ninguém via e que a perseguia há demasiado tempo. Os olhos do pai Natal, mais não eram afinal… do que as pegas da gaveta da mesa da cozinha da avó, cada uma delas com um buraco do lado interior para se carregar com os polegares e abrir a gaveta. O tal estrabismo… Mas a ansiedade da noite da Natal, aliada à inocência e aos sonhos de uma menina de 5 anos, fez com que ao espreitar pelo buraco da fechadura, visse naquelas pegas… “os olhos do Pai Natal”. Wow. Que bonito é ser criança…! “Na infância, o que se ouve ou o que se vê não sobe para o cérebro. Desce para o coração e aí fica escondido.” (Humberto de Campos)

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1973

1973… Foi o ano em que os Gladys Knight and the Pips apanharam o “Midgnight Train To Georgia” e que os Pink Floyd acharam que já era “Time” de começarem realmente a fazer “Money”, mas quem estava nesta altura empenhado a “Takin´Care Of Business” eram mesmo os Bachman-Turner Overdrive. Billy Joel, esse jovem rapaz, neste ano revelou-se como o autêntico “Piano Man”, e James Brown, talvez chateado com este facto, preparou a sua “Payback”. Foi também neste ano que Stevie Wonder decidiu procurar lugar num “Higher Ground”, mas foi Bob Dylan quem realmente conseguiu subir mais alto ao ponto de conseguir “Knocking On Heaven´s Door”. O que falta saber é se alguém o atendeu… Cá em baixo, no mundo real, “Get Up, Stand Up” era a frase de ordem que vinha dos Wailers pela voz do mítico Bob Marley. E ainda hoje faz tanto sentido, não acham?… Foi também em 73 que os Led Zeppelin começaram a querer chegar um pouco mais longe, “Over the Hills and Far Away”, diziam eles, o que levou os Three Degrees a perguntar: “When Will I See You Again”? Mesmo que eu ainda não tivesse nascido, Roberta Flack começou a “Killing Me Softly With This Song”. Meu Deus, que tortura! É caso para dizer que fiquei quase como o “Desperado” dos Eagles!

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Marvin Gaye, cheio de boas intenções, bem vinha com falinhas mansas dizer “Let´s Get It On”, mas os Aerosmith, que não estavam para brincadeiras, respondiam sempre á altura! “Dream On”, diziam eles. Longe destas confusões andavam os Rollin Stones, que só tinham olhos para a sua mais que tudo “Angie”. Se fosse eu fazia o mesmo, digo-vos. Na minha opinião, é das mais bonitas melodias de sempre. Muito mais do que a “Lady” do Styx de quem não me lembro agora do nome, do que a simpática “Rosalita” do Bruce Springsteen, e do que a “Jessica” dos Allman Brothers Band, não acham? Pois é com ela que me despeço por agora, mas antes que eu “Drift Way”, quero-vos deixar um conselho, meu amigos: “Live And Let Die”, e não se escondam “Behind Closed Doors” com uma “Personality Crisis” como banda sonora. Saiam á rua para ouvir o “Ocean”, e não digam “I Can´t Stand The Rain”, porque isso não é desculpa! Lembrem-se que a vida não é feita apenas de lembranças de “Seasons In The Sun”, como diria Terry Jacks…

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“DOMINÓ”

Lá para meados da década de 80, à falta de melhor entretenimento, dei comigo na sede local de um partido (vá, nada de fazer perguntas! – risos), à semana, noite sim, noite sim, a jogar e a organizar torneios de dominó, ao ponto de ainda ter algumas das medalhas que venci, quer em versão a solo, quer em versão a pares.

E que pena nunca termos entrado em torneios contra jogadores externos! (sorrisos) Eu era, destacadamente, o mais novo elemento a bater com as pedras brancas e pretas na mesa, gerando aquele som alto e inconfundível. Eu era, e orgulhava-me disso, o mais novo a deslindar e a aplicar as artimanhas que se aprendiam naquela colecção de horas e mais horas, uns com os outros. Aqueles momentos, vistos a esta distância, mais de 25 anos, eram realmente divertidos, principalmente quando, para tornar a "coisa mais séria", se jogava à “geladinha”, a SuperBock (paga por quem perdia) que acompanhava e aquecia aquelas tantas horas numa sala de convívio muito especial, uma sala que, hoje, infelizmente, já está encerrada. (onde estarão aqueles dominós que cresceram comigo?) Os dominós, em si, eram dos bons, comprados lá para os lados

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daquela rua Portuense (esquece-me o nome) onde apareceu a famosa (por causa dos preços baixos e das "novidades" electrónicas) primeira “Rádio Popular”. E, já agora, os jogadores também eram do melhor, com uma média de 50 anos de idade. E eram do melhor, inclusive quando se exaltavam e entravam em discussões sem fim, as tais que, passadas umas horas, diluíam-se no até ao dia seguinte, já que todos faziam falta, não só para os torneios, mas principalmente para o entreter das noites, ali ao pé de casa. Bons tempos, aqueles, os dos dobles de emoção.

* A foto é de ontem, retirada num jantar de amigos, onde, por ironia, ao vê-la, à imagem, recordei esses tempos de dominó, damas e sueca.

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“PARA MENINOS E MENINAS”

Passava todos os dias, depois do almoço, na RTP1. A essa hora, já de barriga de cheia e prontas para brincadeiras, a minha irmã e eu simulávamos duelos imaginários (e inimagináveis) com posições e movimentos de autênticas guerreiras. Cantávamos (como sabíamos) a música do genérico e até recriávamos as cenas em cenários de teatro chinês, com um lençol e duas cadeiras a segurar o mesmo, nas sombras de uma tarde infância. A série poderia ser vista como "diversão para rapazes". Mas não era. Pelo menos na minha casa de infância, "Jovens Heróis de Shaolin" era assistida com especial atenção e respeito. Quem não se lembra? "Ying hung chut siu nin" (título original - quem se arrisca a ler?) contava a história de três jovens amigos que concorriam a serem mestres de Kung Fu Shaolin; ao mesmo tempo lutavam pela restauração da Dinastia Ching, expulsa do poder chinês pela Distania Ming. Entre aventuras e desventuras, com muita comédia à mistura e acção de artes marciais e todo um ambiente tipicamente chinês, nós, os miúdos dos anos 80, delirávamos com os saltos e uns certos efeitos especiais - que não envergonhavam os de Spielberg - mesmo não entendendo a ponta de um chaveiro do que eles diziam (ok, valia pelas legendas)! Deliciem-se com este genérico verdadeiro mítico no nosso imaginário infanto-juvenil... Quem não se encantou com a bela música (risos)? Nem fomos só nós pois a série foi um verdadeiro sucesso internacional. Querem recordar um bom instante? Para os meus queridos jackoptianos: aí estão eles (sorrisos)!

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BRET MICHAELS

Bom dia, bom dia!!!! Já chega de bichanedo, esta semana voltamos à categoria de gajos altamente comestíveis e trago-vos nada mais, nada menos, que os olhos mais bonitos do rock dos anos 80!!! Já adivinharam de quem falo meninas? Pois claro, que raio de pergunta a minha!? É o gajo do título, pois claro!! Aquele que teve honras de capa nos nossos livros escolares e nas paredes dos nossos quartos! O moço é perfeito! Além de ter ar de mauzão, tem aqueles olhos que parece que nos vão furar e ainda uma boca que diz: Vou-te comer!!!! E vou-te comer outra vez!!! Hoje, estava aqui indecisa entre vos presentear com uma foto ou com um video. Aliás, ainda estou! Se por um lado as tuas fotos são de pôr uma gaja a olhar para elas feita parva, as musicas têm o dom de nos pôr a viajar no tempo e de nos arrancar sorrisos.... Vou pelos sorrisos! E pelos sonhos.... Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho!

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"TICO E TECO”

Eu deveria escrever uma cronica para relembrar um tempo que já vivi, mas hoje o Tico e Teco não me deixam pensar… Eles têm destas coisas, não sei se será do frio, às vezes têm disto, congelam e não é dos piores dias, quando as temperaturas começarem a baixar então é que vai ser… Eu sempre disse que devia viver nas Maldivas ou em Bora Bora, eles só funcionam com sol e calor (e mesmo assim de vez em quando têm falhas graves). É o que faz a idade, houve tempos em que eu tinha muitos Ticos e Tecos e tudo era mais fácil, agora só restaram 2 daqui a uns anos já nem de andarilho lá vão. Mas já tive situações bem piores como quando vou “abanar o capacete” e eles trocam de sítio ou quando o álcool lá chega ai é que a coisa complica… Não, não estou louca, talvez a divagar um pouco, simplesmente estou a falar dos meus 2 neurónios de estimação, os únicos que consegui manter sãos durante todos estes anos. Sim, são o Tico e o Teco, às vezes quando penso muito é uma porrada lá em cima que até faz fumo… Hoje está a ser um dia difícil para eles, com este frio eles só pensam num sofá, uma mantinha e um livro.

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Bem, mas já que é para recordar os desenhos animados vamos lá falar dos outros Tico e Teco os irmãos esquilos criados por Tad Stones e Alan Zaslove e produzidos pela Walt Disney em 1989, sendo que a primeira aparição deles foi em 1943 numa curta metragem com o Pluto. Chegam a Portugal em 1991 na versão original com legendas passavam no Canal 1 ao sábado através do Club Disney com a Serie “Comando Salvador” [Chip and Dale – Rescue Ranger], uma agência de detectives em que resolvem todos os tipos de casos principalmente os planos do Fat Cat e do Prof. Norton. Agora vou beber um chá para ver se descongelo os meus 2 neurónios (Tico e Teco) espero conseguir uma crónica mais interessante na próxima semana. Cá vai um pequeno excerto do Chip and Dale - Rescue Ranger agora em português Tico e Teco – Comando Salvador, divirtam-se (se possível). Recordar o passado é bom mas criar novas recordações ainda é melhor. Vamos criar novas recordações para o amanhã, sendo felizes hoje (agora). Até à semana. Beijinhos e Abraços

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"... EM 1974"

Eu não dizia? Não é que aqueles tipos do Movimento dos Capitães, que tinham passado o réveillon na FNAT, foram mesmo para a frente com o golpe de Estado? Uma Revolução, imaginem! Eu tinha ouvido o meu pai a dizer que a coisa estava má. Baixinho para os da Pide não ouvirem (parece que naquele tempo algumas paredes tinham ouvidos...) Bem li, escrito numa parede lá no bairro, “Não à vida cara”. Mas nunca pensei que fosse preciso uma revolução. Com armas e cravos e tudo. E logo no dia em que eu ia ter um “ponto” de Geografia… Que chatice! Levantou-se este desgraçado quase de madrugada, como todos os dias, para depois não haver aulas. Isto de fazer revoluções à Quinta-feira não está com nada. Bem podiam esperar pelo fim-de-semana… Mas pronto, já que não havia aulas, toca a voltar para casa. Ligeirinho, não fosse ser atropelado por algum Chaimite fascista…

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E lá fiquei eu, “prantado” em frente ao televisor, a ver as notícias da revolução. Entrevistas daqui, manifestos dacolá, contra-manifestos dacoli… A coisa estava entretida. De vez em quando até se ouvia um tirito, para o pessoal não perder a concentração. Mas logo se ouvia, em uníssono: “O Povo está com o MFA”. Lindo! Só não achei muita graça lá mais para a noite. Não é que o locutor da RTP, o Fernando Balsinha, vem dizer que tinha jantado com os oficiais que ocuparam a Televisão e tal… E tem a lata de dizer: “E que rica estava aquela carne assada…” E eu a comer sopa!... “Começam cedo a gozar com o Povo” - pensei eu. Mas logo outro pensamento melhor me assaltou: “Está descansado, Maurício, que agora com a Democracia ainda hás-de comer muita carne assada”. Ah! Assim está melhor.

Menos de uma semana depois, fomos para a Baixa. Era o primeiro Primeiro de Maio em Liberdade. Um puto de 13 anos como eu, quase imberbe, pouco percebia de Política. Mas sabia o que era a Alegria! E o que era um olhar de Esperança. E o que era um grito de Confiança. E tudo isso estava lá, bem entranhado naquele mar de gente. Memorável! Inesquecível! Muitas e muitas coisas aconteceram em 1974. Daria, certamente, para escrever outra crónica. Mas não me apeteceu… O mundo mudou muito em 1974. Também o meu. O nosso. Por isso vale a pena recordá-lo… Beijos e abraços e até para a semana.

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"INGULÊS"

Isto de, na maior parte das vezes, não se prestar grande atenção às aulas que tentavam ensinar-nos outros idiomas reflectiu-se em algumas das figurinhas que fizemos na nossa “teenagerísse”, em termos de expressão oral pública, mas “abafada”. (este é um termo importante, já entenderão) Eu, como muitos, armado em diferente, embora, eventualmente, influenciado por amigos vindos de “Paris de França” em todos os Agostos, quando me calhou a vez de escolher que língua pretendia aprender no pós-primária, escolhi o Francês. Refiro desde já que, no preparatório e secundário, se não estou em erro, tive uns 5 ou 6 anos de Francês, e, além do significado de pescoço (todos sabem como se diz, certo?!), pouco mais soube dizer em voz alta. (vá, estou a exagerar, sabia mais um pouco.) Recordo-me de um professor que, no ciclo, chegou a dizer a um colega de turma duas frases que guardo até aos dias de hoje, 30 anos depois: - Vous parlez français comme une vache espagnole. (sim, fui ao Google Translater) (foi-lhe dita no 1º período)

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- Rapaz, passei na secretaria e fiquei a saber de que, para o ano, também haverá a disciplina de Francês. Ou seja, podes repeti-la. (foi-lhe dita no 2º período) Vá lá que estas frases marcantes não foram dirigidas à minha pessoa, mas que me serviram tal como a tampa de uma caneta “Bic Fina”, lá isso, serviram. Na verdade, o que me traz para este mundo dos idiomas em período escolar, o tal, recordo, do preparatório e do secundário, tem a ver com o “bem” que, por exemplo, nas discotecas, com a música nas alturas, cantávamos o Inglês. Éramos dignos de ultrapassar um qualquer instituto de idiomas em quaisquer 30 segundos de refrão, desde que, claro, o som não baixasse radicalmente, ou melhor, que o som continuasse a “abafar” o nosso “sotaque”. Querem perceber com um exemplo prático? LETRA ORIGINAL: Too shy shy Hush hush, eye to eye LETRA CANTADA: Tu xai Oxe, oxe, ar e o ai Ai, estes pontapés na gramática! Vá lá que, no meu caso, em grande parte, eram dados na gramática dos outros, nas dos camones, ramones, ou lá como se chamavam!... (risos)

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Graças às peculiares oscilações da memória de PLATINA, recuamos 10 anos desde a semana passada, para viajarmos até 1988: num prenúncio da sua implosão, a União Soviética inicia a ‘Perestroika’, sob a batuta do homem da mancha vermelha, que – depois de dar início à retirada do Afeganistão e testemunhar a primeira manifestação anti-comunista na Checoslováquia – não terminará o ano sem ver a então República Socialista da Estónia iniciar a caminhada independentista. O ano em que (mau-grado as dúvidas que MITT ROMNEY parece ter ainda hoje...), um cientista da NASA testemunhou perante o Senado norte-americano o início do aquecimento global devido à acção do Homem, haveria de terminar mal, com o atentado de Lockerbie e o assassinato do activista e ambientalista brasileiro CHICO MENDES. Por cá, os ecos do “bis” de DORA no Festival Eurovisão esfumar-se-iam nos escombros do incêndio do Chiado e só o ouro olímpico de ROSA MOTA em Seoul nos haveria de ajudar a “lamber as feridas”. De permeio aos sucessos dos cabeludos metaleiros de finais dos anos 80 e ao ‘pop’ dançante e sintetizado que também eu então ouvia, uma jovem negra de origens modestas retomava a tradição dos cantautores norte-americanos dos anos 70, e fazia-se subtilmente ouvir, chegando-me no seu álbum homónimo: TRACY CHAPMAN. Reflectindo essas humildes raízes e o conhecimento directo de algumas duras realidades, TRACY dá voz ao activismo social e político por que ainda hoje é conhecida – e também sob esse prisma entronca

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na tradição ‘folk’ de compositores/intérpretes, dos quais o nome de JOAN BAEZ imediatamente me acorre à memória. Num disco de sonoridades simples, é em jeito de balada que TRACY denuncia o racismo que “mata o sonho da América” em “Across The Lines”, enquanto enfeita de tons ‘reggae’ o inconformismo cantado em “She’s Got Her Ticket” – esse inconformismo que é parte do sonho contido em “Fast Car” (talvez por isso o tenha cantado no concerto-tributo do 70º aniversário de MANDELA, nesse mesmo ano), mas aí haverá de inevitavelmente soçobrar no ciclo da pobreza, cujos efeitos perversos (desde logo, o alcoolismo e a violência doméstica) são despojadamente expostos em “Behind The Wall”, a faixa que impressiona pelo modo como, sem o auxílio de qualquer instrumento, se revela a inconfundível voz da intérprete. O paradoxo da fome num mundo de abundância – em “Why?” – e o consumismo – na percussão africana de “Mountains O’ Things” – são outros dos alvos visados, a encherem, não pelas melhores razões, de actualidade este disco, que anseia mudanças “sussurradas” em “Talkin’ Bout a Revolution”, premonitória dos nossos dias, em que o “virar da mesa” mais parece urgir; é, aliás, essa urgência que, de certo modo, subjaz à pergunta formulada em “If Not Now...”, que aqui leio num duplo sentido, como que fazendo a ponte entre as componentes política e romântica do disco. Sim, que o romance também marca presença, na serena perda de controlo das emoções narrada em “For You”, na abnegada dedicação de “For My Lover” e, claro, na melodiosa desculpa de “Baby Can I Hold You”, lamento que talvez não reflicta o essencial do conteúdo do disco, mas incontornável quando se fala dele, ou da própria TRACY – e que, por isso mesmo, merece as honras da despedida... Até p’rá semana!

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“O GENOCÍDIO A QUE O MUNDO VIROU A CARA”

A África, em particular a sul do Saara, continua a enfrentar problemas que remontam ao seu passado de colonização, agravados por um conjunto de complexos factores que determinam que esta zona do Globo apresente o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e o maior Índice de Pobreza Humana (IPH) do mundo. Da ocupação colonial, herdou uma complicada situação política, consequência da definição artificial de fronteiras que não respeitou as particularidades étnicas dos povos que por elas ficaram abrangidos. Deste facto, resultou a ausência de uma sólida consciência nacional pela coabitação de uma multiplicidade de tribos que alimentam fortes rivalidades étnicas, religiosas e culturais entre si. Esta situação tem originado um clima de permanente conflitualidade, numa luta sem tréguas pelo domínio de uns sobre os outros o que, por diversas ocasiões, resultou na prática de genocídio tribal. Na década de 1960, o Ruanda tornou-se um país independente, marcado pelas rivalidades étnicas entre hutus e tutsis. As dificuldades económicas, aliadas à crise alimentar de finais da década de 80, vieram acentuar os ódios entre a maioria hutu e a minoria tutsi, considerada culpada de todos os males que afligiam o país. Em Abril de 1994, num contexto de crescente tensão, a morte do

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presidente ruandês, um hutu moderado, na sequência de um atentado que derrubou o avião em que viajava rumo a Kigali, capital do país, foi o pretexto para o início de uma onda de violência levada a cabo contra os tutsis, a quem foi atribuída a responsabilidade pela morte de Habyarymana. Em apenas cem dias, entre Abril e Julho, a carnificina provocou quase um milhão de mortos e obrigou milhares de ruandeses a refugiarem-se nos países vizinhos. Hoje, sabe-se que o genocídio perpetrado no Ruanda foi planeado e discutido abertamente em reuniões de gabinete, com o objectivo de criar um novo país, um "Ruanda Hutu só para Hutus". E tudo se passou ante a complacência das potências ocidentais que pouco ou nada fizeram para travar as atrocidades cometidas pelas milícias hutus. No entanto, enquanto o mundo fechava os olhos, um homem teve a coragem de fazer a diferença. Paul Rusesabagina percebeu que, na sua condição de ser humano, não poderia ficar indiferente à violência que varria as ruas de Kigali e ajudou a salvar mais de um milhar de tutsis, ao conceder-lhes abrigo no hotel que dirigia na capital. A história da sua coragem e determinação é retratada no filme “Hotel Ruanda”, um extraordinário filme que nos ajuda a perceber como foi possível a repetição do holocausto na nossa geração. É precisamente com o “trailer” desse filme que vos deixo por hoje…

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“MARCADORES”

Ainda hoje, mais de três décadas depois, continuo a não poder entrar numa papelaria sem reparar nos conjuntos de marcadores que as prateleiras – sabendo-o e abusando da minha pessoa - exibem. Confesso que, de cada vez que recebia ou comprava um daqueles conjuntos de marcadores “Molin” com 12 exemplares, cada um da sua cor, os meus olhos brilhavam. Ficava fascinado ao usar um e outro, seguidos de outro e mais outro, e mais outro, e voltar aos mesmos… É um facto que, dos 12 marcadores, uns (des)gastavam-se mais depressa do que os seus vizinhos de embalagem, pelo uso, claro. E isso, logicamente, servia sempre de pretexto para tentar conseguir novas remessas… E, já agora, registe-se que, naqueles anos 70 e 80, não existia a tamanha quantidade de papelarias (ou espaços com papelaria) que temos à nossa mercê nos dias que correm, caso contrário, lá se ia o porta-moedas que também servia para os “kalkitos”, “bombocas” e “cromos”… Isto dos marcadores, além das cores em si e do cheiro muito particular, geravam um outro vício, o que roer as suas tampas brancas. Nem mais! E roía-as tanto que, como se imagina, acabavam por deixar de poder exercer a sua inestimável função: impedir que a tinta desses tais marcadores se evaporasse mais rapidamente e, por

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conseguinte, aumentar o período que distanciava a vinda de uma nova colecção de mais 12 daquelas canetas fantásticas, as às cores. E por falar em muitas cores, mesmo muitas cores, seguiu-se uma outra altura em que, quase que por milagre, surgiram no mercado embalagens com 24 canetas de filtro e, se não estou em erro, também embalagens com 36 unidades. Cores essas que, na verdade, já dificilmente se distinguiam umas das outras, mas alimentavam ainda mais e melhor o tal “vício”, nem que fosse para colorir coisa nenhuma, já que, assumo, eu e os desenhos não tínhamos “belas” relações, por minha causa, claro. - Quem é que continua a não resistir aos marcadores, aos da “Molin”? Eu não, pelo menos mentalmente, já que, na prática, nem os vejo, ou melhor, nem os tenho. (sorrisos)

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JARDIM ZOOLÓGICO DE LISBOA

Quem não se lembra de ir ao jardim zoológico de Lisboa e dar uma moeda ao elefante para ele tocar o sino? O Jardim Zoológico de Lisboa foi o primeiro do seu género, na Península Ibérica. Situa-se em Sete Rios e aqui habitam mais de 330 espécies de animais: mamíferos, aves, répteis e anfíbios. O parque dispõe de um conjunto alargado de atrações, que estimulam o conhecimento dos visitantes sobre os animais e divertem as crianças. Algumas espécimes vivem em recintos próprios, como o solar dos leões, a aldeia dos macacos e o habitat dos tigres. O parque foi aberto, em 1883, por um conjunto de promotores inspirados por iniciativas semelhantes na Europa e que fundaram uma sociedade zoológica para a aclimatação de animais e plantas. Um ano depois e com o apoio do rei D. Luís, inauguraram o Jardim Zoológico de Lisboa, inicialmente em São Sebastião da Pedreira. Em 1905, o parque mudou para o atual espaço da Quinta das Laranjeiras. Desde 1990, que o Zoo tem sido alvo de frequentes melhorias.

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