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JÁ PARTILHASTE O JACKPOT COM OS TEUS AMIGOS?

HÁ QUEM VIVA A RECORDAR. NÓS RECORDAMOS O QUE VIVEMOS.

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“O TAL CASAMENTO” Isto de se ser o “menino” da família, principalmente quando se tem (o alto dos) 11 anos de idade, faz com que abusemos um pouco da “vaidade”, ao ponto de, sempre que nos dão azo para isso, “esticarmos a corda”… Das centenas de casamentos onde marquei presença – sem que nunca tenha estado no meu (risos), fosse por razões familiares, de amizade ou, na grande maioria, por motivos profissionais, houve um casamento (este que a foto documenta) onde me senti uma autêntica estrela. Porquê? Naquele ano de 1981 (se não me falha a memória), o casamento da minha irmã Manuela mereceu uma produção “hollywoodesca” (para altura), com convidados vindos de vários pontos do País, com vários carros “grandes”, motoristas, vestidos sumptuosos, enfim, algo em demasia para uma família pobre, como a minha. (pobre, quer dizer, a minha irmã, não a que casou mas a da foto, vivia milionariamente no Brasil, razão pela qual assumiu o peso da produção além da própria produção) Foi um “Sr. Casamento”, refira-se. E foi mesmo. Armando-me em “crescido”, e eventualmente com ciúmes pela perda de protagonismo, fiz de tudo para dar nas vistas. Exigi ir de fato e não de “smoking” ou de calças de flanela, e obriguei a que me comprassem um “Sr. Laço”. Isto, claro, sem esquecer o penteado “cabeleirado” com as patilhas cortadas a eito, a minha (horrível) imagem de marca durante uns 15 anos.

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Depois do desfile de viaturas, com muita gente nas janelas, lá fomos para uma Sé do Porto toda engalanada, ao que se seguiu o cortejo até Miramar, onde um violinista e outros “adereços” deram ainda mais brilho ao enlace, à "Srª Boda". Neste dia, que guardo na memória por razões bem mais interessantes e bem mais importantes do que as que aqui descrevo, recordo-me do pico da minha “vaidade”: a meio da tarde, porque tinha a paranóia de andar sempre a arranjar o cabelo, ou melhor, arranjar a minha “pala”, lá fui à casa-de-bando da sala de banquetes do (desaparecido) Hotel Mirassol (um luxo na altura, ao ponto de lá ficar a equipa do FC Porto) para dar um retoque no cabelo. Entrei, olhei umas 20 vezes para o espelho e, que me lembre, foi a única vez em que, na década e meia em que usei “pala”, não mexi num único fio de cabelo. Incrível! Porquê? Porque, naquele dia, mesmo ao meu olhar excessivamente crítico, a “pala” estava fantástica. Mais, confesso que nunca na vida me senti tão “munito”. Não arranjei namorada, também não haviam grandes alternativas na enorme lista de convidados, mas casei-me logo ali com o meu próprio ego (fosse lá o que isso fosse), e, juntos, tivemos uma fantástica noite de mel, embora sem sexo, claro! (risos)

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PAUL YOUNG Bom dia, bom dia!! Bem vindos ao ano da (des)graça de 2013!!! Hoje, passo por aqui numa fugidinha, para vos trazer mais um menino que encantava lá pelas bandas dos saudosos anos 80. Nem era giro, mas.... cantava bem e uma gaja é mais atraída por outros dotes do que propriamente pela beleza. Encantou-nos com o seu Every Time you Go Away. Na realidade, continua a encantar!! Ó raio de música bonita e com tanto significado. Hoje não tenho tempo para mais, estes dias foram uma correria, o trabalho já está ali à espera, mas não podia deixar em branco esta primeira quarta-feira do ano com uma música que me diz tanto. Ai que grande suspiro..... Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho, mais ou menos próprias.

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“DESEJOS” Não quero ser repetitiva, mas não posso deixar de desejar um Bom Ano para todos. É verdade estamos no Novo ano e os problemas, medos, duvidas não desapareceram (infelizmente) mas acredito que até o mais céptico teve um momento entre as 12 badaladas ou depois das baladas, até pode ter sido motivado por um pouco de champanhe a mais em que sentiu as forças, energias e até mesmo os sonhos renovados nem que tenha sido por uns escassos segundos e que sejam esse escassos segundos que façam este ano, um ano melhor. Os desenhos animados que vos trago hoje estão longe de ser os meus favoritos, aliás muito longe, (além de voarem muito, havia muitas explosões e aquele rapaz de nome Son Goku gritava muito) mas lembro-me que houve muita gente que se tornou adepta deles para não dizer fã. Tinha o namorado de uma amiga minha que gravava os episódios e não perdia um. Mas na minha passagem de ano estava eu muito descansada a dar as boas vindas a 2013 quando dei por mim a ouvir: …“Dragon Ball ZZZZ, energia total Dragon Ball ZZZZ, em lutas contra o mal Dragon Ball ZZZZ, é uma força brutal Dragon Ball ZZZZ, para vencer o mal”…. E foi fantástico ver que toda a gente cantava esta música (incluindo eu que não via este desenhos animados). Quer queira ou não, quer goste ou não, este desenho

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animado marcou uma nova era de desenhos animados. Mas que precisávamos de vez em quando de um herói com energia total que gosta-se de lutar, que tivesse uma força brutal para vencer o mal lá isso de vez em quando dava jeito, seja lá o mal que for. Mas como não existem, temos de ser os nossos próprios heróis, que vamos buscar energia onde achamos que já não existe e vencemos todos os males que nos vão tropeçando pelo caminho. Já que desde o dia que nascemos somos actores principais na história das nossas vidas, seja ela a história de um filme de terror, acção, uma comédia romântica ou um mix de tudo isto junto. O Dragon Ball era para ser inicialmente uma manga (não, não é uma manga de camisa mas um termo chique que o pessoal entendido dá a histórias de quadradinhos), criada por Akira Toriyama em 1986 (com estes nomes é impossível não perceber que é japonês, sim podíamos ficar em duvida entre o japonês e chinês, o que me relembra aquela fantástica serie antiguinha que alguém dizia “Eu não ser chinês, eu ser japonês” e acho que se chamava “Duarte & Companhia”…) é inspirado num conto japonês “Viagem ao Oriente” sendo adaptado em desenhos animados pelos estúdios Toei e realizados por Daisuka Nishio em 153 episódios divididos em 7 sagas, produzidas entre 1986 e 1989. Para quem não se lembra o Dragon Ball gira à volta da procura de 7 bolas de cristal que quando juntas surge o Dragão Sheron que permite realizar um desejo, após Bulma convencer Son Goku nesta procura entram em várias aventuras. O Dragon Ball estreou em Portugal em 1995 na SIC no Programa Buéréré.

Quem é que não queria um desejo realizado, mas como não temos bolas de cristal, lá teremos de ser nós a fazer as coisas acontecerem. Partilho convosco a música que ouvi nas primeiras horas deste ano, espero que traga muita energia para as lutas diárias que enfrentaremos. Recordar o passado é bom mas criar novas recordações ainda é melhor. Vamos criar novas recordações para o amanhã, e sejam felizes hoje (agora). Beijinhos e até para a semana.

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“...EM 1982” Nem sei bem como abordar este ano de 1982. Porque, parecendo um ano perfeitamente normal, não deixou de trazer factos bem interessantes, que também marcaram o (meu) mundo. Vamos seguir a ordem cronológica, para não perdermos o fio à meada: O ano até começou mal. É que, logo a 19 de Janeiro, falecia Elis Regina, a maior cantora brasileira de sempre. Com uma vida bem atribulada, polvilhada por alguns excessos de droga e de álcool, costumava dizer: "Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé". E lá se foi, cedo demais, “De volta p’ró aconchego”. Uma pena, pois tinha ainda tanto para nos dar. Pouco depois, a 12 de Fevereiro, realizava-se, em Portugal, a primeira greve geral. E o mal foi começar, digo eu. Naquela altura, como ainda hoje normalmente acontece, a greve foi convocada pela CGTP e criticada pela UGT. Vá lá a gente entendê-los… A 2 de Abril, a Argentina invadiu as Ilhas Malvinas, pertença da Inglaterra. Os ingleses não gostaram nada da brincadeira e, num abrir e fechar de olhos, deslocaram para lá toda a sua “máquina de guerra”. Passados dois meses e 907 mortos, as ilhas voltaram a chamar-se Falkland, como as designam os súbditos de Sua Majestade. Do mal o menos, os argentinos “aproveitaram” para derrubar a junta militar que os governava e restauraram a democracia. Não fossem tantos mortos a lamentar, diria que há males que vêm por bem.

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Mas falemos de coisas bem melhores (onde é que eu já ouvi isto?): A 14 de Abril, foi criado o Dia Mundial do Beijo. Segundo os especialistas, beijar traz benefícios à saúde física e psicológica. E era mesmo preciso ser especialista para chegar a esta conclusão… A 15 de Maio, para grande alegria (minha e de tantos outros), o Papa João Paulo II visitou o Porto. Nas suas próprias palavras, veio "para honrar e para celebrar o trabalho, numa cidade que se orgulhou sempre pela sua seriedade no trabalho, pelo seu culto do trabalho e que é conhecida como cidade do trabalho". Disse ainda: "É bem conhecido que no vosso país se verifica uma grave crise de desemprego, geradora de situações intoleráveis, no plano pessoal, no plano familiar e no plano social". Nem parece que foi há 30 anos, pois não? No que a mim e à minha família diz respeito, gostava de partilhar convosco que por esta altura, coincidência ou não, milagre ou não, aconteceu a primeira gravidez, que haveria de trazer ao mundo a nossa “mais velha”. Eu sei que a vida é sempre um milagre. Mas que não restem dúvidas: a filha é minha! Antes de terminar, lembro-vos apenas mais dois factos marcantes: A 11 de Junho estrou o filme ET, o Extraterrestre. “ET phone home”, dizia o alien mais simpático de todos os tempos. Se fosse hoje usaria o Skype ou outra coisa parecida. E já poderia ver a linda cara (aos olhos dele, claro) da sua mãezinha e tudo…

A 14 de Setembro morreu, num trágico acidente de automóvel, a princesa Grace Kelly, do Mónaco, considerada por muitos a princesa mais bonita da história. O que podemos concluir é que princesas e automóveis não têm relações lá muito pacíficas… FELIZ 2013! Beijos e abraços e até para a semana.

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Há anos assim... a exemplo de alguns outros, 1998 é daqueles a que nestes escritos tenho retornado periodicamente, e sempre com boas razões para isso... E como já tive oportunidade de vos relembrar alguns dos seus principais eventos, nada melhor do que aproveitar a primeira crónica do ano para juntar a estas linhas outra das minhas paixões, partilhando convosco a minha inveterada cinefilia – a mesma que faz com que eu seja um dos que não abandona a sala de cinema antes do ecrã se tingir novamente de negro, muitas vezes apenas à espera de que os créditos finais exibam o nome daquela música que ainda não conhecia, mas tocou durante uns segundos na terceira cena... e, algumas outras, a assistir a uma cena final que mais ninguém viu! É por isso, aliás, que me “irrita solenemente” aquela prática de alguns canais de TV cortarem os créditos no final dos filmes ou de os acelerarem de um modo que impossibilita qualquer leitura... e os filmes e séries têm-se tornado num manancial de música, propiciando-me inclusivé a descoberta de umas quantas pérolas, com a preciosa ajuda da Internet, onde umas palavras da letra da canção que fechou o episódio da “tal” série são suficientes para a identificar... Tudo isto para vos falar de um dos meus discos favoritos dos finais dos anos 90, que esteve até para ser alvo de crónica partilhada com a nossa colega LILIANA, que entretanto falou já do filme no seu “pelouro”... triste mas belo, e que resultou na edição de uma das mais magníficas bandas sonoras que conheço e ouço e torno a ouvir frequentemente: “City of Angels”. Dispensando-me de aqui (re)contar o filme – mas não sem deixar de o recomendar veementemente a quem, por distracção, possa não o ter visto –, direi que o álbum que sonoramente o ilustra não poderia começar de forma mais apropriada, com os

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U2 e “If God Will Send His Angels”, já que bem poderiam ter sido os graves de BONO, a guitarra e os coros que os sublinham a convocar a presença de Seth (NICOLAS CAGE) e dos outros anjos – mesmo se eles não tenham sido exactamente convidados, como parece dizer ALANIS MORRISSETTE na sua magnífica interpretação de “Uninvited”, onde o protagonismo que à sua voz emprestam as singelas notas do piano não é nunca abafado, nem pela vincada bateria, nem pelos violinos que hão-de marcar o clímax instrumental duma canção absolutamente magnífica. Ainda que versando uma morte por ‘overdose’ de heroína, é também de anjos, e dir-se-ia com a voz de um, que SARAH McLACHLAN nos fala em “Angel”, a balada que, no filme, marca, afinal, a sua ausência... tal como a percussão e os ecos vagamente africanos de “I Grieve” servem a PETER GABRIEL para ilustrar a saudade deixada pela morte de Maggie (MEG RYAN), a cirurgiã que operava ao som de JIMI HENDRIX, cuja mágica guitarra em “Red House” nos deixa sedentos de mais ‘blues’; e o álbum, como o filme, cumprem esse desejo, tanto nos ‘talking blues’ de JOHN LEE HOOKER em “Mama, You Got a Daughter”, como na ritmada interpretação de ERIC CLAPTON em “Further on Up the Road”, a impossibilitar manter o pé... quietinho. Há ainda espaço para a música alternativa, com “Iris”, uma ‘power ballad’ servida por abundante instrumentação clássica que catapultou os GOO GOO DOLLS para o estrelato, para a voz lânguida de PAULA COLE, que parece fazer fumegar mais ainda o banho de Maggie em “Feelin’ Love” e, claro, para os instrumentais de GABRIEL YARED, que tanto prenunciam e acompanham a (literal) queda de um anjo como conferem (ainda) maior beleza ao nascer do sol ou à poética descrição do sabor de uma pêra, carregam de dramatismo a morte ‘Shakesperiana’ de Maggie ou nos trazem, finalmente, uma merecida catarse enquanto Seth mergulha no oceano. E agora, como JUDE no belíssimo “I Know” – a única do álbum que não se ouve no filme, seguindo a filosofia das bandas sonoras “de” e “inspiradas por”–, também vocês já sabem: aquele tipo que estranharam continuar sentado na cadeira quando, como dizia o meu sobrinho NUNO em miúdo, já estavam a dar as “letras p’ra cima”, podia bem ser eu... Até p’rá semana!

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“O QUE VALEM AS NOSSAS CONVICÇÕES?” Ao longo da nossa vida, muitas são as situações que põem à prova a nossa determinação, a nossa força, a nossa paciência... No entanto, são poucas as vezes que somos confrontados com verdadeiros dilemas que nos fazem questionar as nossas convicções. Mas foi isso que aconteceu há 40 anos atrás, algures nos Andes… Foi numa sexta-feira, 13 de Outubro de 1972, que um pequeno avião caiu nos Andes em resultado do mau tempo. O aparelho da Força Aérea Uruguaia transportava uma equipa de râguebi, os seus familiares e amigos. Dos 45 ocupantes da aeronave, 18 morreram na queda ou na sequência dos ferimentos resultantes da mesma. Os restantes 27, cedo começaram a perceber a situação difícil em que se encontravam. A comida escasseava e as temperaturas eram muito baixas (à noite rondavam os 30 graus negativos) e, entretanto, 8 dias após o desastre, souberam pela rádio que as buscas tinham sido dadas por encerradas… A 29 de Outubro, em resultado de uma avalanche, ficaram todos encurralados da fuselagem do avião onde pernoitavam, abrigando-se do frio intenso que se fazia sentir. Na sequência de mais esse acidente, outros 8 sobreviventes morreram… Quando a pouca comida que levavam a bordo acabou, os 16 sobreviventes viram-se na contingência de terem de tomar uma decisão difícil e dolorosa, mas necessária à sua sobrevivência. Num contexto completamente hostil, a decisão de começar a comer a carne dos companheiros mortos, terá obrigado todos aqueles homens, não apenas a questionar as suas prioridades, mas, sobretudo, a

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questionar os seus valores e convicções. Ao fim de dois meses, o clima mais primaveril levou os sobreviventes a planearem mais uma tentativa para encontrar socorro. A 12 de Dezembro, Roberto Canessa, Fernando Parrado e Antonio Vizintín (que regressaria ao local do acidente) iniciaram uma expedição que acabaria por ser bem sucedida. Dez dias depois, a 22 de Dezembro, as equipas de resgate começaram finalmente a chegar, para alívio dos sobreviventes. Setenta e dois dias depois da queda do avião, os que lhe sobreviveram estavam exaustos, desidratados, desnutridos, maltratados pelo frio e pela neve, mas estavam vivos e com uma história extraordinária para contar. Uma “milagre”, misto de dor e de angústia, mas também de grande coragem e determinação. Recebidos como verdadeiros heróis, deixaram-no de o ser, para muitos, quando revelaram que tinham comido carne humana para sobreviverem. Quem de nós “atiraria a primeira pedra” a estes homens?

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“LOCUTOR” Foi no ano de 1989 que, acidentalmente, dei os primeiros passos radiofónicos, numa rádio bizarramente chamada de “Paralelo”, e, se não me engano, no primeiro dia do pós-rádios piratas. A história do meu entrar para a rádio, onde me mantenho até hoje, embora em registos bem diferentes, aconteceu por mero acaso. E a história parece inventada, mesmo não o sendo. Como explicá-la em poucas palavras?... Vou tentar. Numa tarde de semana, um disc-jockey de uma pequena discoteca que eu frequentava, no VillaGaia, a GaiVille, pediu-me para o acompanhar a um teste que ele iria fazer numa rádio, já que esse era o seu sonho, e um dos sonhos de muitos rapazes, ontem e sempre. Aceitei, metemo-nos no comboio, e lá fomos. Chegamos. Entramos num conjunto de casas que circundavam um terraço imenso, e eu limitei-me a ficar sentado num banco, no tal terraço, à espera dele. Do nada, fui abordado da seguinte forma: - Então, rapaz, vens para os testes de rádio?! - Não, não, vim acompanhar um amigo. Ele sim, ele é que quer fazer rádio. – exclamei.

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- E tu, nunca pensaste em fazer rádio? - Não, não teria jeito nenhum. – acrescentei, algo envergonhado. - Hmmm. E não queres experimentar? – perguntou-me. - Não sei, acho giro, mas não creio que me safe… - sorri, nervoso. - Então, vamos experimentar. Anda comigo, eu sou o dono da rádio. Entramos dentro das instalações, puseram-me à frente de um microfone, se bem me lembro, e, passados poucos minutos, o diálogo com o tal dono prosseguiu. - Olha que és capaz de ter jeito, rapaz. - Acham mesmo?! - perguntei e perguntei-me. - Podes começar na 2ª feira, das 18 às 21 horas, em todos os dias úteis da semana?!? - Eu, eu?! Acho que sim, acho que sim, mas não sei se consigo… - disse-o, pressuponho, de uma forma bastante aparvalhada. - Ok, então, começas na 2ª. Se precisares de algo, pede ajuda aos outros ou anda falar comigo. Boa sorte! Pois. Foi assim. E quando eu e o meu amigo (o verdadeiro candidato e entendido em música) regressamos ao comboio, lá tive que lhe dizer que iria ter o meu programa de rádio, ao contrário dele, que não passou nos testes, eventualmente por não ter estado naquele terraço à hora certa. Para que se evolua um pouco na história, esta, a minha, em termos radiofónicos, há que referir que me despedi ao fim de dois meses, supostamente por me sentir “desacompanhado”, apesar de ter tido colegas, mais velhos, impecáveis. Não sei, acho que não me “ensinavam” e que me estava a tornar repetitivo… (sorrisos) Uns meses mais tarde, através de um amigo, o Nuno Oliveira, por imposição minha (paranóias), fui para a Rádio Clube de Gaia fazer madrugadas, como técnico de som, algo que, ao fim de uns meses, transformou-se em locução, embora já com

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outros “predicados”. (sorrisos) É, o “bichinho” de que se fala, existe, posso testemunhá-lo, a caminho dos meus 25 anos de rádio.

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JARDINS DA AVENIDA DOS ALIADOS (PORTO) "Acabou, já não há jardins!" o Porto viu-se privado da área verde e de calçada Portuguesa naquela que é tida como a sua sala de visitas, a Avenida dos Aliados. Transformada que foi numa plataforma cinzenta, impessoal e fria, decerto belíssima em revistas de Arquitetura. Foi transmitido aos Portuenses a ideia de que a aridez da reformulada Avenida permitiria que o povo acorresse à mesma,aquando das grandes festividades da urbe como, aliás já ocorria apenas com manifestos danos para o relvado. Era então encontrada a higiénica solução para aglomerados na avenida! Aos poucos, dois ou três envergonhados bancos de jardim foram plantados nos seus extremos e, a pouco e pouco, a população começou a fazer uso deles. A Avenida dos Aliados foi traçada pela mão do inglês Barry Parker em inícios do século XIX e edificada segundo o arquiteto portuense Marques da Silva, desde logo tomou a designação do boulevard do Porto. Era o maior espaço público urbano projetado no Porto até então. Tratava-se portanto da avenida central da cidade, de gosto cosmopolita, ladeada por fachadas de edifícios ao gosto beaux-artiano, permitindo a abertura de espaço para a renovação da cidade do porto, uma cidade ainda burguesa. A Avenida dos Aliados é sem dúvida um importante arruamento na freguesia de Santo Ildefonso. Com a Praça da Liberdade ao fundo da mesma e a Praça General Humberto Delgado (mais conhecida por Praça Almeida Garrett, devido presença de uma estátua da ilustre figura, ícone da Invicta junto ao edifício da Câmara

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Municipal, constitui um tecido urbano contínuo. A imponência do seu conjunto arquitetónico e o seu carácter central fazem dela a "sala de visitas" da cidade, local por excelência onde os Portuenses se concentram para celebrarem os momentos especiais.Todos os edifícios são de bom granito, muitos deles coroados de lanternins, cúpulas e coruchéus. O eixo da Avenida é marcado por uma ampla placa central que, até meados de 2006, era ajardinada e agora está completamente calcetada por paralelipípedos de granito. Sensivelmente a meio da avenida, de um e outro lado, estão as duas bocas da Estação Aliados da Linha D do Metro do Porto. Foi precisamente a construção das saídas da estação que originou a completa reformulação da avenida, obra que foi entregue ao arquiteto Álvaro Siza Vieira. O projeto ficou envolvido por uma enorme contestação por, desvirtuar a tradição histórica e paisagística do local. Apesar de tudo, a obra, que procurava criar uma continuidade entre a Avenida e a Praça de Liberdade, foi, nas suas linhas gerais, concretizada. Destruíram-se zonas verdes de grande beleza e uma grande parcela de magnífica calçada portuguesa (pedra de basalto).

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