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“ROCK’S” A discoteca “Rock’s”, ali na Rei Ramiro, em Gaia, estou em crer, foi a discoteca (a sério) de baptismo para uma grande senão mesmo para a maior parte dos jovens que fazem parte da minha geração, a dos "ternura dos 40". Em concreto, refiro-me à década de 80, principalmente entre 1984 e 1989, naquela transição muito especial de jovem para adulto. E o mais interessante do “Rock’s” era a “religiosidade” com que para lá íamos no “57” ou “91”, e especialmente aos domingos à tarde, ficando, por vezes, na rua (já deitando o olhinho na “fauna”), à espera que se abrissem os portões de ferro escuro, sempre com a preocupação de saber se o porteiro nos deixaria entrar, fosse pela idade ou por não estarmos com "mulheres". (entrava-se sempre, mas havia o receio) Claro que também se frequentou o “Rock’s” ao sábado à tarde, nas tais festas temáticas (recordo-me de uma gótica, com The Cure e Mission a destacarem-se na banda sonora) e, mais tarde, aos sábados à noite, já com bilhete de identidade no bolso e à boleia de um carro que se estacionava a "quilómetros". Mas, a essência do “Rock’s”, convenhamos, vivia-se e viveu-se nos domingos à tarde, naquelas matinées compostas por um repertório repetido vezes sem conta: - Entrar, descer aquele corredor de cimento, entrar na “sala-de-espera” (ou de “curtes”), pedir um primeiro copo (cerveja, claro!), aguardar pelos raios laser e pela música de abertura de pista, tentar começar a dançar, muitas vezes num “air-

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guitar” deprimente, tentar fugir da meia-hora de slows (por não se saber dançá-los), usar a última hora de canções (antes da hora do autocarro: 19H45, se não estou em erro) para tentar concretizar os “olhinhos” que se trocaram na pista ou nas idas ao WC e, com sorte, sair-se “perdidamente apaixonando” com um ou dois “linguados” em crédito. Em resumo resumido, as tardes no “Rock’s” – a verdadeira discoteca – eram um jogo de sedução, muitas vezes sem resultados, ou melhor, com “mais garganta do que barriga”, e isso fazia-nos felizes, nem que fosse nas conversas entre “parceiros” ao jeito de: “Domingo é que vai for!”, mesmo que não se “fosse”. E tinha piada, além de ter assunto, ou melhor, de gerar assunto. Logicamente que existem inúmeros episódios envolvendo o nome da famosa discoteca de Gaia (que fechou e abriu uma série de vezes, principalmente depois dessa década dourada), principalmente episódios que envolvem uma geração que, em termos de alternativa (o autocarro é que a ditava), viam naquele espaço o epicentro do ser-se especialmente jovem (quase adulto). Sim, também faço parte do enorme grupo de pessoas que “foram felizes", muito felizes, no “Rock’s”, o que, só por isso, merece que esta crónica seja vista como uma espécie de pista de dança de algumas das melhores memórias da nossa juventude, mas com abertura e raios laser, claro!

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ROBBIE WILLIAMS Bom dia, bom dia!!! Lá estou eu com um bloqueio criativo daqueles que nem com o vento e chuva maravilhosos que está, se desfazem. Ando aqui às voltas e voltas e nada se me escorre desta linda cabecinha. Na esperança que de repente se faça luz por estes lados, vou começar a escrever e ver que surpresas os meus dedos me trazem.... Depois de muitas voltas pelo tubo (o You, não o Porn), mais outras quantas voltas à cabeça, já me sinto zonza e sem nenhuma alma boazona masculina ou feminina que me inspire. E agora, como desato eu este novelo? Vinha eu no carro quando das colunas do meu rádio me sai de lá o Robbie Williams a cantar. Acho que vou aproveitar a deixa!!! Este homem inspira-me e acima de tudo trás-me memórias. Belas memórias.... Ar de mau como nós gostamos, voz de anjo, movimento de.... sei lá! Até fico sem palavras!! Vinha ele a cantar Come Undone e eu a sonhar com o Sexed Up. O puto tem música lindas, desde estas duas até ao Advertising Space, Angel, Feel e tantas, tantas, tantas, que se as enumerasse nem para a semana saíamos daqui. Não posso deixar de fazer menção à sua Magistral interpretação do My Way, cantada no Royal Albert Hall.... de ir às lágrimas, minhas e dele, se prestarem atenção ao final. Deixo-vos com Sin Sin Sin!!! Há lá coisa melhor que pecado? Dizem que nos faz ir parar ao Inferno mas, convenhamos, o Céu deve ser uma seca, com toda a gente a rezar e fazer casaquinhos de tricot! Ouvi dizer que as meninas boas vão para o Céu, mas as más vão a todo o lado, incluindo o Inferno!!! Prefiro não arriscar e ser má! Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho a quem de direito. P.S. Para quem deixou os dedos trabalharem sem cérebro, penso que até me safei bem :-P

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“QUANDO EU FOR GRANDE” Os adultos têm uma mania terrível de nos fazerem perguntas assustadoras quando somos crianças, uma delas e bem conhecida é “O que queres ser quando fores grande?”, acredito que muita gente já saiba o que quer da vida nessas alturas, para mim não foi assim tão fácil. Sabia o que não queria ser, por exemplo nunca me passou pela cabeça ser médica ou enfermeira (com todos o respeito a estes profissionais) mas sempre achei que não seria boa ideia desmaiar quando alguém me aparecesse com sangue à frente. Fui passando por algumas fases, houve uma altura que queria ser professora (ainda bem que não segui essa profissão que agora a minha vida estava complicada, ser professora hoje em dia já é o que era), quis ser desportista (devia ter seguido esse caminho, ganhava mal mas pelo menos tinha um corpo jeitoso e não me preocupava com a linha), quis ser desenhadora (ainda estou a tempo), também tive aquela fase de ser modelo (sim eu sei um bocadinho fútil mas há sempre uma fase dessas, uns querem ser músicos, outros actores e eu queria ser modelo). Os anos foram passando, umas fases passaram, novas ideias apareceram e outras foram-se mantendo. Afinal quem não tem sonhos, certo? Cheguei à conclusão de o que realmente queria ser quando fosse grande era feliz, independentemente da profissão que tivesse e do caminho que percorre-se. Mas não é isso que todos queremos, ser felizes? Não posso considerar que o Vitinho seja um desenho animado, apesar de o ser

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(visto que os episódios são todos iguais) mas já que estou a escrever esta cronica fora de horas, tenho de aproveitar para vos desejar boa noite da melhor maneira. No ano de 1986 a RTP lançou um concurso para uma rubrica de “Boa Noite” que levasse as crianças a ir para a cama mais cedo, concurso ganho por José Maria Pimentel que tinha criado o Vitinho no início desse mesmo ano para publicidade da Milupa Portuguesa. “Boa Noite, Vitinho”, passava todos os dias em horário nobre e teve 4 temporadas entre 1986 e 1992 pelas vozes de Isabel Campelo, Dulce Neves, Eugenia Melo e Castro e Paulo de Carvalho, com musica a cargo do maestro José Calvário e interpretação da London Symphony Orchestra. Já que há sempre uma criança dentro de nós e esta (quase) na hora da caminha, vamos lá dormir… Boa noite, durmam bem, sonhos lindos e até para a semana. Recordar o passado é bom mas criar novas recordações ainda é melhor. Vamos criar novas recordações para o amanhã, e sejam felizes hoje (agora). Beijinhos

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“...EM 1984” Este foi um ano de muitos e variados acontecimentos, uns bons outros nem tanto. E lá vou eu ter que “saltar” alguns factos… O ano começou de forma auspiciosa, com a independência do Brunei, logo a 1 de Janeiro. Brunei é um pequeno sultanato localizado no sudoeste asiático, cuja capital é Bandar Seri Begawan. E não se ponham já a rir… Se eu vos disser que, devido à exploração de petróleo e de gás natural, Brunei é considerado um País Desenvolvido, e que são (quase) todos ricos como o caraças, aí já nos roemos de inveja… É certo que o povo não tem liberdade política nem religiosa. Mas é recompensado com serviços de saúde e educação completamente gratuitos, além de outras regalias que os fazem ter um alto rendimento per capita. E quem tem a barriga cheia “resmunga”menos… Entretanto, numa sequência quase impressionante, Portugal ia ficando mais pobre, com a morte de algumas figuras bem conhecidas: - a 18 de Janeiro morreu Ary dos Santos, poeta que deixou o seu nome marcado em inúmeras canções que por cá fizeram sucesso. Sempre controverso, dizia num dos seus poemas: “Serei tudo o que disserem: Poeta castrado não!” Pronto, tu mandas, ó Ary… - a 7 de Fevereiro morreu Ribeirinho, grande actor do nosso teatro e cinema dos tempos do “preto e branco”. - a 10 de Maio morreu Joaquim Agostinho, o melhor ciclista português de todos os tempos. Depois de ter “engolido” os Alpes e os Pirinéus com a sua classe, acabou por morrer na sequência do embate contra um cão que, a 300 metros da meta de uma etapa da Volta ao Algarve, se atravessou no seu caminho. Aparentemente morreu porque não levava protecção na cabeça…

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- a 13 de Junho faleceu António Variações, o cantor/barbeiro que estava bem à frente do seu tempo e que, mesmo morrendo cedo demais, nos deixou músicas fantásticas. Como ele próprio dizia: “Estou bem onde não estou”. Espero que tenha mudado de opinião e que se sinta bem… onde quer que esteja. Já nem falo da morte de Johnny Weissmuller (Tarzan para os seus amigos animais, e para a bela Jane…), senão lá tenho eu que fazer um esforço olímpico para não me esticar demasiado. Pois bem, falando em Olímpicos, lá estivemos nós representados nos Jogos Olimpicos de Los Angeles. E foi excelente a nossa participação. O Carlos Lopes ganhou a Medalha de Ouro na Maratona masculina, a Rosa Mota ficou em terceiro lugar na Maratona feminina; A mesma Maratona em que a suiça Gabriela Andersen-Schiess, completamente esgotada (e desidratada e desorientada…), mostrou ao mundo o que é a perseverança e o espírito dos verdadeiros campeões, mesmo terminando em 37º lugar… Impressionante! Palmas ainda para o saudoso Fernando Leitão, que também foi terceiro nos 5.000 metros. A grande desilusão veio do Fernando Mamede, nos 10.000 metros. Tinha batido o recorde do mundo em 2 de Julho e, cerca de um mês depois, qualificou-se facilmente para a final olimpica. Só que, como era costume dele nos grandes momentos, rapidamente desistiu, não resistindo à sua famosa “dor de burro”. Burro fui eu e tantos outros, que ficamos acordados até às tantas da madrugada para nada. O que valeu foi que tinha sobrado comida do jantar e a gente lá conseguiu afogar as mágoas, com restos de feijoada bem regados com um tintinho… Um belo prémio para quem tanto esperou. Por falar em prémio, quero ainda realçar o Prémio Nóbel da Paz, muito justamente atribuído ao Sul-Africano Desmond Tutu, Arcebispo da Igreja Anglicana. Foi, de facto, muito importante a luta deste homem de Deus pelos direitos civis e pela abolição da política de apartheid no seu país. E eu? Bem, não gosto muito de lembrar isto mas cá vai: Aos 24 anos, qualquer jovem se sente invencível e pronto para fazer “quinhentas” coisas ao mesmo tempo. Eu não era diferente e, como tal, estava metido numa quantidade de coisas, para as quais as 24 horas do dia mal chegavam. Era marido, pai, trabalhador, catequista, autarca, dirigente cooperativo… Tudo muito bonito até ao dia em que o mundo desabou. Lá pelo final do ano, de repente, o invencível virou farrapo. Foi “tilt” completo. Chamem-lhe esgotamento, depressão, o que quiserem. A verdade é que, de forma bem dolorosa, acabei por perceber que, afinal, tem razão quem diz que “um homem não é de ferro”. E não é. Mesmo! Beijos e abraços e até para a semana.

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Recuamos três décadas e meia na expedição temporal de hoje... até 1978, o ano em que se terá respirado de alívio quando o presidente norte-americano JIMMY CARTER adiou a produção da arma que bem pode simbolizar o expoente do materialismo a que conseguimos chegar: a bomba de neutrões, que mataria as pessoas, deixando os edifícios mais ou menos intactos... p’ra quem?!? Foi no ano do “nascimento” do meu gato favorito, o Garfield, que ficámos a saber de que eram capazes as famigeradas Brigadas Vermelhas italianas, na notícia do rapto e posterior assassinato do ex-Primeiro Ministro ALDO MORO, e que o mundo conheceu três Papas, terminando com o trono de Pedro a ser ocupado por JOÃO PAULO II, que, ainda hoje, me parece que há-de ser sempre o Papa... só a cadeira de São Bento teve mais ocupantes nesse ano, em que Portugal teve 4 Governos – e apetece-me também dizer que só esses desmandos poderiam justificar que levássemos à Eurovisão o inenarrável “Dai Li Dou”... Ouvido na mais tenra adolescência, o disco de hoje faz-me, de algum modo, pensar naquelas músicas mais ou menos populares, mesmo popularuchas, de que tantos dizem(os) não gostar, mas das quais depois todos sabem(os) a letra... certo é que, mesmo que poucos anos mais tarde – já empedernido apreciador do que passava no “Rock Em Stock” – talvez estivesse disposto a renegá-los (três ou mais vezes...), não deixo hoje de, com a nostalgia de quem sobre ele viu passar 35 anos, olhar com algum carinho para este “Nightflight to Venus”, dos BONEY M. Aceitemos, pois, o convite que nos é feito logo na faixa-título e embarquemos, enquanto a “robótica” (e original, à época) contagem decrescente de “Nightflight to Venus” precede a abundante percussão que ornará a viagem desta nave espacial ao planeta da deusa do amor – seria, aliás, bizarro que essa percussão se torne

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marcial, não acabasse ela por fazer uma perfeita transição para outra, bem mais terrena, viagem ao país dos Czares... com as balalaikas a ajudarem a recontar a história de “Rasputine”, levando o ‘disco’ a um destino tanto mais “exótico” quanto a Cortina de Ferro estava ainda bem descida (e, embora se tenha aberto para receber a banda, não puderam cantar o tema em Moscovo). E é o ‘disco’ ou, mais especificamente, o ‘Euro Disco’, no dizer dos entendidos, que ressuma em “Painter Man” – mesmo se os coros soam ao Caribe de onde provinham parte dos membros do grupo e os ‘riffs’ da guitarra piscam o olho ao ‘rock’ –, como também na mais lenta, mas bem vincada batida que, entre uma míriade de instrumentos clássicos e metais, ajuda a contar a história de “He Was a Steppenwolf”, antes das cores de “calypso” que parecem matizar as vestes musicais do “King of the Road”, tingirem mais marcadamente a alegria (ou não se tratassse da adaptação de uma canção infantil) de “Brown Girl in the Ring”. Bem mais adulta é a temática (e o título) de “Never Change Lovers in the Middle of the Night”, a levar-nos para terrenos mais contíguos ao ‘jazz’, como o é a “fantasmagórica” sonoridade de “Voodoonight”, que nos “abana” a um ritmo mais ‘funky’, ao mesmo tempo que contém alguns dos mais ortodoxos elementos do som ‘disco’ – já menos ortodoxa se me afigura a ‘cover’ do tema de NEIL YOUNG, “Heart of Gold”, que fecha o álbum com chave, pelo menos, dourada, ainda que lembrando-me que ‘I’m getting old’... Essa inevitável verdade é talvez o que me fez guardar para a despedida o bíblico “Rivers of Babylon” – também ele uma ‘cover’, mas não deixa de ser a música que me acode de imediato à memória quando penso nos BONEY M. –, cuja letra quase cedo à tentação de aqui adaptar para ‘yeaaah, we wept, when we remembered... we were young’! – mas, se a vida corre lesta, as memórias voltam... ...p’rá semana!

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“CONHECE-TE, CONHECENDO O OUTRO” Hoje, ao percorrer as novidades no meu “feed” de notícias do FaceBook, “tropecei” num vídeo que tinha pouco mais de dez minutos, mas que me deixou a pensar… É um vídeo que nos “fala” do poder da extrospecção, como caminho para o autoconhecimento o que, à primeira vista, parece um contrassenso… O autoconhecimento resultaria da nossa capacidade (e disponibilidade, acrescento eu) de “sairmos de nós” para conhecermos o outro e o mundo. Esse conhecimento resultaria da empatia, através da qual seríamos capazes de compreender a visão do mundo, as crenças, os receios, as experiências que moldam a forma como o outro encara o mundo e a si mesmo, ultrapassando os preconceitos com os quais, muitas vezes, partimos para a descoberta do que nos é exterior. Em última análise, de acordo com o vídeo, esta “aventura empática” teria um impacto positivo na nossa vida, contribuindo para o nosso bem-estar. Vai daí, ideia puxa ideia e acabei por estabelecer uma ligação com o sentimento que a maior parte (se não todos) dos que se dedicam ao voluntariado expressam relativamente ao trabalho que realizam e, não sei se acontece convosco, mas quando eu penso em voluntariado, penso na AMI, Assistência Médica Internacional. A AMI é uma organização não governamental portuguesa, fundada pelo médico Fernando Nobre, em 1984. Tem como objectivo fundamental “intervir rapidamente em situações de crise e emergência e a combater o subdesenvolvimento, a fome, a pobreza, a exclusão social e as sequelas de guerra em qualquer parte do Mundo.” Tem ao seu serviço uma equipa permanente, mas “os voluntários são uma força imprescindível”.

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A sua acção faz-se sentir em todo o mundo, da América à Ásia. Para além da ajuda humanitária de emergência (sanitária e alimentar) que presta em caso de catástrofe/guerra (como aconteceu em 2010, no Haiti, por exemplo), a AMI promove e/ou financia projectos no âmbito da saúde e educação, da criação/reconstrução de infraestruturas e equipamentos fundamentais (participou, por exemplo, na construção de um hospital pediátrico no Kosovo). Para além das muitas missões realizadas pelo mundo fora, a AMI desenvolve no nosso país uma acção social importante que visa “promover e facilitar a inclusão e integração social de grupos com dificuldades de inserção geradoras de fenómenos de pobreza persistente.” Fá-lo através dos centros Porta Amiga, mas também através de equipas de rua, dos abrigos nocturnos e do apoio domiciliário. Por tudo isto, a AMI constitui um belíssimo exemplo da nossa capacidade de “sairmos de nós” e de nos aventurarmos por esse mundo fora à descoberta do outro e do seu mundo. Não tenho dúvidas de que aqueles que o fazem, embarcam numa aventura empática que os torna, seguramente, melhores seres humanos…

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“BABA E RANHO” Na juventude, pertença ela a que geração pertencer, há sempre uma fase em que passámos por “bebés-chorões”, mesmo sem saber muito bem porquê ou, pior ainda, sem ter razões para chorar, mas forçando-o na mesma, quanto mais não seja, imagino eu, para que possamos – ao menos – justificar a força que uma determinada canção tem num determinado momento, mesmo que tal só aconteça porque nos “chicoteamos” a ouvi-la um mínimo de 20 vezes seguidas. Chama-se a isto uma espécie de “exercício para sentir o sabor das lágrimas à conta de um refrão”, mesmo que possamos só entender uma ou outra palavra daquele estrangeiro que gravávamos dos “discos pedidos”. Não sei se aconteceu convosco, mas, por mais ridículo que possa parecer, também me fechei no meu pequeno quarto e pus o gravador de cassetes crómio a repetir vezes sem conta, ou melhor, horas a fio, a mesma canção. Claro que estou a falar de baladas, das que provocavam (e, eventualmente, ainda provocam) baba e ranho, além de milhões aos seus proprietários e intérpretes. O mais bizarro daquela juventude, a qual se tentava viver à força como se já se fosse adulto, e daqueles com problemas emocionais e financeiros (mesmo não os tendo, nós), era inventar maneiras de se dar a ideia de que ninguém nos entendia porque éramos “muito à frente”, à frente da idade que o bilhete de identidade registava. Sim, eu sei que era ridículo, e sei que, quase 30 anos depois, é difícil encontrar um quadro psicológico minimamente plausível ou aceitável que justifique este comportamento sedento de sentimentalismos do além (aqui, o além refere-se a

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idade, idade mais além – risos). - Afinal, chorávamos porquê? Em nome de quem? O mundo ainda tinha (e tem) tanto amanhã… O nada é a melhor e única resposta para cada uma das perguntas. Convenhamos que, neste preciso momento, estou na dúvida se devo ou não recomeçar uma outra crónica ou permitir o vexame desta, a que o teclado e a minha mente estão a ditar, assim ao sabor de um desvario da memória. Que se lixe! Vai assim. (risos) É, é verdade. Para que ainda não entendeu, houve alturas entre os 12 e os 16 anos em que me fechava no quarto, colocava uma das baladas mais tristes e de maior sucesso na altura, imaginava um terrível final romântico que me envolvesse (em sonho acordado, claro) e forçava as lágrimas, algo que chegava a concretizar-se, embora a muito custo, talvez por volta da 10ª repetição da canção escolhida para esse fim. - O que se ganhava com isso? Nada. Bem, lembro-me que o “após” dava uma ligeira sensação de alívio. (além de alguma vergonha, sempre que a minha mãe me perguntava se tinha algum problema amoroso) - Alívio? Alívio de quê? De nada. E de nada porque, nessas alturas, geralmente, ou não namorava ou as relações nem ralações tinham para justificarem tamanha “adoração sentimentalista”. Isto, claro, sem esquecer que, na mesma altura, o Português já era complicado de decifrar, quanto mais o inglês, chorando eu por refrões que, na verdade, supunha, já que não os conseguia traduzir à letra. Ai, a juventude, a juventude! Que saudades. (ponto)

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TORRE DOS CLÉRIGOS

Considerado por muitos o ex-libris da cidade do Porto, esta torre sineira faz parte da igreja com o mesmo nome, construída entre 1754 e 1763, a partir de um projeto de Nicolau Nasoni. Do alto da Torre vislumbra-se quase toda a cidade do Porto e do Rio Douro até à Foz. É verdadeiramente deslumbrante aquilo que se avista do topo da torre dos Clérigos. Com seis andares e 75 metros de altura, vale bem o esforço de subir a escadaria com 240 degraus. Os corpos do edifício distribuem-se de forma invulgar, tirando harmoniosamente partido do desnível de terreno. O interior da igreja é decorado por talha dourada em estilo joanino. A Torre dos Clérigos é belíssima, não importando o ângulo por qual se olhe. Tente observá-la por todos os ângulos possíveis de dia ou à noite, pois sem dúvida ficará encantado. Ir ao Porto e não ir à Torre dos Clérigos é como ir a Roma e não ver o papa. Ícone da cidade a torre tem uma história que merece ser conhecida por todos que a visitam. Com o seu granito carregado e manchado é verdadeiramente um símbolo da cidade do Porto. Tive a oportunidade de subir até aos sinos há alguns anos. A vista que se alcança do cimo desta velha e grandiosa torre é fantástica em 360 graus. Vale a pena visitar homenageando assim a cidade. É Uma obra notável para o seu tempo, a visitar também a igreja com o mesmo nome. A torres dos Clérigos, permite uma vista sobre a parte histórica do Porto, como poucos outros espaços no Porto o permitem! Em 2013, um dos símbolos da cidade do Porto faz 250 anos, a Torre dos Clérigos. Está em boa idade para ir até lá e aproveitar este ano especial de comemoração, até porque iniciativas não vão faltar para assinalar a efeméride. A subida na torre é

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para quem tem tempo sobrando, pois a escadaria é bastante estreita e cansativa. Recomendável só para quem tem uma preparação física aceitável e não ter receio de subir por zonas muito estreitas (risos)... Vale pelas vistas! A Irmandade dos Clérigos vai aproveitar a comemoração dos 250 anos deste monumento, um dos símbolos da Invicta, para internacionalizar cada vez mais esta marca importante da cidade e, ao mesmo tempo, aproximar os portugueses e os portuenses, em particular, da sua história.

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