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“SAUDADES” Bem hoje corro o risco de levar uma grande reprimenda, mas não vos trago um desenho animado, mas sim um filme. Fui atacada por uma “doença” que de vez em quando nos bate e bate fortemente, a saudade. Sim, estou, como se costuma dizer saudosa. Tenho Saudades, saudades do tempo em que fingia ter dor de barriga porque não queria ir para a escola, ou melhor do tempo em que descobri que se chegasse o termómetro a uma lâmpada ficava com uma temperatura alta e não precisava de ir à escola, mesmo que a minha cara e testa dissessem o contrário. (as vezes sonho que ando na escola e de manhã não preciso de me levantar cedo, verdade verdadinha e nem imaginam o quão triste é quando acordo e caio na realidade que não dá para enganar o patrão com um termómetro e uma lâmpada, não é que conseguisse enganar a mamã, mas valia sempre a pena tentar). Tenho saudades, de ter três intermináveis meses de férias (não, nunca fui das que se cansavam das férias). Tenho saudades daquelas bolas de Berlim fantásticas que comia num tasquito mesmo à entrada da praia e de por a toalha amarrada aos pescoço atirar de uma pedra enquanto gritava “Super-mulher”, mas bom, bom mesmo era quando me deitava na toalha e os meus irmãos me puxavam pela areia, bem, menos bom era quando tinha de ser eu a puxa-los. Tenho saudades de ver (só com um olho, porque o outro estava fechado) os filmes de terror com os meus irmãos, para a seguir passarem o resto da noite a meterem

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me medo e eu não dormir durante a semana seguinte, será que era só eu que achava aquela saga do Freddy Krueger era horrível? Sim, eu sei não eram filmes para crianças verem. Os meus filmes favoritos ainda hoje são mesmo os da Disney, é impossível não gostar da Ariel, da Pocahontas, o Simba, o Pumba e o outro que não me lembro do nome, a Cinderela (acho que é ela a culpada da minha paixão por sapatos, só me falta o de cristal), a bela adormecida (que é o que sou todas as noites) e a lista é longa. Mas hoje trago um que não vejo há muitos, muitos anos, que saudades, (eu bem digo que estou saudosa), a Dama e o Vagabundo, “The Lady and the Tramp” (deve ser daqui que vem a minha tendência para gostar de “rafeiros”). “A Dama e o Vagabundo” foi a 15ª longa-metragem lançada pela Disney em 1955 (e que tem a cena inesquecível do jantar romântico entre dois cães, um rafeiro e uma cocker spaniel), baseada num conto de Ward Greene. Não vou falar da história, porque é um filme que tem de ser visto ou revisto. Estreou em Portugal em Setembro de 1955, mais uma vez só me lembro da parte em que foi editado em VHS em 1989 (talvez porque em 1955 nem sonhava que muitos anos mais tarde ia nascer) com dobragem em brasileiro, a versão dobrada em português chegou em 1997. E para matar as saudades e dar asas à minha costela romântica, partilho convosco o jantar de espaguete com almondegas mais romântico do cinema e que dá lugar a um beijo. (lindooooooo) Recordar o passado é bom mas criar novas recordações ainda é melhor. Vamos criar novas recordações para o amanhã, e sejam felizes hoje (agora). Beijinhos

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“...EM 1992” Este ano começou bem para Portugal que assumiu, pela primeira vez, a presidência da CEE (Comunidade Económica Europeia). E que presidência! É que, logo a 7 de Fevereiro, foi assinado em Maastricht o Tratado da União Europeia, que entraria em vigor a 1 de Janeiro do ano seguinte. Este tratado estabelece as bases para uma política externa e de segurança comum, uma forte cooperação nos domínios da justiça e dos assuntos internos e, sobretudo, a criação de uma união económica e monetária, incluindo a criação de uma moeda única. Estava aqui o princípio de uma Europa Unida. Ou seria o princípio do fim? Poderíamos dizer que “o futuro dirá”. Mas a verdade é que, hoje, já conhecemos uma boa parte desse futuro e a coisa está preta… Algo escura esteve também a situação na Venezuela, onde Hugo Chavez tentou, sem sucesso, tomar de assalto o poder através de um golpe de Estado. Ainda viríamos a ouvir falar muito dele. Uns bem, outros mal. Até que… Pois, também aqui já conhecemos o futuro… Um lindo futuro teve a selecção de Futebol da Dinamarca. Repescada à última hora para o Europeu, devido à suspensão da Jugoslávia, a braços com uma guerra que a levaria ao desmembramento, a equipa escandinava chegou ali e “sem saber ler nem escrever”, foi um vê se te avias até à final, onde venceram por 2-0 a poderosa Alemanha. Campeões sem estágios milionários nem nada… Uma alegria! Alegria deve ter sentido Galileu Galilei por, ao fim de quase 400 anos, ter recebido o perdão da Igreja Católica por ter tido a ousadia de afirmar que a Terra não era o centro do universo e que, afinal, tudo girava em volta do sol. Demorou… Mas João

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Paulo II teve a humildade de o fazer. Muito contente ficou também Michelle McLean, uma branquíssima namibiana, aclamada Miss Universo. Bem gira, que eu já fui espreitar por aí. Destaque ainda para a inauguração da Euro Disney em Paris. Podíamos não ter ainda a tal moeda única. Mas já tínhamos o Mickey e a Minnie e o Pateta… Pateta estou eu hoje, que não me lembro de nada de interessante da minha vida para partilhar convosco. Mas, se me permitem um salto no futuro, sempre vos digo que hoje estou feliz. É que foi eleito um novo Papa. Jorge Mario Bergoglio, que assume o nome de Francisco, é o novo Pastor da Igreja Católica. Pois, não foi eleito nenhum dos “papas” “escolhidos” pelos “entendidos”. É que, como alguém já disse, se calhar aquilo ainda é de Deus… Eu acredito e assino por baixo! Beijos e abraços e até para a semana.

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À terceira, será de vez? Não tenho a certeza, mas, de facto, o bilhete que vos ofereço hoje é para uma terceira viagem a 1987 – apenas mais uma do que as de JOHNNY LOGAN à Eurovisão como cantor, para arrecadar a sua (inédita) segunda vitória nesse mesmo ano. E enquanto, pela primeira vez em mais de três séculos, uma supernova era visível a olho nu, duas outras estrelas do meu “firmamento” juvenil se apagavam, com o desaparecimento de FRED ASTAIRE, o elegante bailarino de quem muitos filmes vi, e de LORNE GREENE, o patriarca da família que animara tantas vezes as minhas tardes no “Bonanza”. Por cá, também a voz de ZECA AFONSO se deixava de ouvir, talvez sem ele imaginar que, mais de um quarto de século depois, amiúde ecoaria na tão repetida “Grândola” destes dias; já CAVACO SILVA não receava então o protagonismo mediático, e com o seu “gato por lebre” ajudava à queda abrupta da Bolsa, que subira uns meteóricos 280% em nove meses – deve ser a dialéctica em acção, com vozes de ontem a reerguerem-se enquanto outras parecem hoje tombar no silêncio... Quis o acaso que fosse no dia do seu aniversário que eu começasse as linhas em que aqui trago o músico que nesse ano se estreou com, nas suas próprias palavras (!), “o disco mais importante desde “Sgt. Pepper” [dos BEATLES]” – afirmação tão mais exagerada quanto me lembro ser esse também o ano de “The Joshua Tree”, “Faith” e “Bad”, mas que, com o devido “desconto” à sua mais tenra idade de então, não tira o brilho a ”Introducing The Hardline According to TERENCE TRENT D’ARBY”. Bem mais humilde é, na verdade, a postura que assume na letra de “If You Let Me Stay”, o primeiro dos ‘singles’ extraídos do álbum – promessas de mudança num

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‘soul’ contagiante e eivado de ‘pop’, a revelar de imediato o alcance da sua magnífica voz, que relembra JAMES BROWN no enérgico ‘funk’ de “Dance, Little Sister”, pleno de ritmo num som ‘à la’ Motown, cheio de batida e sopros potentes, antes de se adoçar no embalo mais intimista de “Let’s Go Forward” ou de surgir despojada no impressionante ‘a cappella’ de “As Yet Untitled”, em que apenas uns quase celestiais coros adornam pontualmente os seus múltiplos timbres. O melodioso ‘pop’ desse soberbo êxito que é “Wishing Well”, num irresistível apelo à dança onde é bem evidente a influência de PRINCE – a mudança do nome de TERENCE (que toca de tudo nesta faixa) para SANANDA MAITREYA também traz sempre à minha memória “o artista”... – e a coleante sedução de “Sign Your Name”, com lugar cativo nas minhas preferências e decisivo garante da sua legião de fãs, seriam por si só suficientes para cristalizar a maestria de D’ARBY. No entanto, “The Hardline...” não fica por aí – longe disso, aliás; atente-se na poderosa sonoridade ‘gospel’ de “If You All Get to Heaven”, no ‘groove’ inapelável de “I’ll Never Turn My Back on You (Father’s Words)”, onde é de STEVIE WONDER que me lembro, no marcado ritmo de “Rain”, capaz de nos convencer mesmo a dançar à chuva, ou no sentido “Who’s Loving You”, uma ‘cover’ do tema de SMOKEY ROBINSON de que D’ARBY consegue verdadeiramente apropriar-se, fechando com chave de ouro este disco, e é fácil perceber porque lhe veio ele a dar o “Grammy” para a melhor interpretação de R&B. E já que durante bastante tempo apenas conheci as que todos conhecem, é justamente com uma das canções que talvez tenham ignorado que termino, com a promessa de voltar em “Seven More Days” – ou talvez menos, já que esta crónica acabou por sair mais tarde... bem, de qualquer forma... ... p’rá semana!

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“SAIR À NOITE” O sair-se à noite, bem no início da década de 80, para a minha (nossa) geração, era porventura um momento digno de ficar registado no para sempre da memória, tamanha era a ansiedade, o receio de fazer má figura, o não saber o que fazer, o que vestir, o que dizer, como dar um ar adulto, embora tendo 11 ou 12 anos de idade, por aí… Mas era excessivamente importante, era quase como perder a virgindade, embora num contexto público e não privado, embora muito menos preocupante, não deixando de ser ridiculamente enervante. (sorrisos) E o que me leva a fazer as palavras deambularem por esta minha primeira saída à noite é o facto de, por mais que me esforce, não me conseguir lembrar do local onde terei ido, do que terá acontecido de marcante, por aí, e apetece-me, quanto mais não seja para conseguir definir e avaliar as impressões que tive na altura. (esta cabeça já não é o que era! – risos) Obviamente – e penso que será comum a todos. – que a primeira saída à noite foi à tarde, porque era à tarde que se começava a sair à noite. (ponto) Confuso? Bizarro? Português maltratado? Nada disso. Na verdade, as saídas começavam à tarde, fosse por ser mais fácil conseguir-se autorização dos encarregados de educação, fosse porque, naquele tempo, haviam formas de transformar as tardes em noites, mesmo que se entrasse em “pseudo-discotecas” (“escurizadas”) à tarde e se saísse ainda com a luz do dia a raiar, no fuso do verão, claro. Mas em termos de saída à noite, com noite, como não me consigo lembrar, vou inventar um espaço e tentar transportar-me para essa altura, sendo que, se bem me conheço, não estarei muito longe do que terá realmente acontecido.

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Imagino que os meus amigos mais velhos, não muito, mas mais velhos, terão convencido a minha mãe de que iríamos ao cinema, porventura à sessão da meia-noite, porque o tal filme só daria àquela hora. Depois, acredito que apanhamos o autocarro, fomos a um café mais frequentado para “fazer horas” e, sempre a olhar para o relógio, ao jeito de “Cinderelo”, muito provavelmente teremos arrancado para uma discoteca, o local mor das imaginadas saídas à noite. Isto, claro, sem esquecer a preocupação latente pela (in)certeza de o porteiro (não) me deixar entrar, por (efectivamente) não aparentar ter 16 anos – a idade minimamente aceitável, longe disso. Depois de entrar na tal discoteca, fosse ela o “ArsNova” (é assim que se escreve?), a “Rock’s” ou outra qualquer (eventualmente um bar onde também se dançasse), certamente que me senti mais adulto do que nunca, mesmo que tenha pedido uma ou duas Coca-Colas com muito gelo, eventualmente na expectativa de que, quem me visse, imaginasse que o copo também teria whisky. (santa ignorância) Estou em crer de que passei aquelas duas ou três horas a olhar para tudo e mais alguma coisa e, muito provavelmente, devo ter-me sentido deslocado, para não dizer deslocadíssimo. Imagino também que, acossado pelos amigos, eles já com mais experiência noctívaga, devo ter tentado fazer “olhinhos” a uma miúda mais ou menos gira, a qual certamente me ignorou. (claro que, oficialmente, devo ter dito que fui correspondido, para não ficar mal) Depois de ter dado a entender que dancei, sem o ter feito, por não saber e por ter uma vergonha eventualmente insuportável, acredito que terá começado o contra-relógio do: “vamos embora”, porque a sessão cinematográfica inventada já se teria despedido, e eu sempre tive a mania de ser cumpridor, quanto mais não fosse para garantir autorização para próximas investidas naquele novo mundo, o tão sonhado e desejado mundo da noite. Em jeito de conclusão desta minha primeira saída à noite, embora não me lembre dela - repito, estou em crer de que: entre o último autocarro, um táxi ou “penantes”, deve ter sido um regresso a casa com muitas histórias conversadas, a maior parte delas inventadas, sonhadas ou desejadas, já que, em resumo, aquela primeira vez certamente que não foi mais do que um par de Coca-Colas com muito gelo, uma vergonha escondida pelas luzes da bola de espelhos e um mar de perspectivas que se abriram pura e simplesmente por ter aval de um porteiro de discoteca, dissesse o que dissesse o bilhete de identidade.

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S. JOÃO DO PORTO

Eu sou do tempo, o saudoso tempo da minha mocidade, em que o S. João do Porto era, para um Portuense da minha geração, uma multiplicação de alegria, uma sensação de estar ligado aos outros, a imagem das cascatas de musgo e bonecos de barro, o ritual dos balões, os sons dos bailaricos, sardinha assada, broa e manjericos, culminando com o fogo de artifício a estralejar no rio Douro. Velhos e novos não se deitavam, na noite de todas as licenças. Toda a gente saia de casa durante toda a noite, saudando-se rostos desconhecidos que se falavam e sorriam, subitamente felizes e com um alho-porro na mão e misturar-se com uma imensa maré de gente, seguindo com essa multidão, desde a torre dos Clérigos até à praça da Batalha e às Fontainhas, de Matosinhos à Ribeira, passeando também pelo Palácio de Cristal. Ninguém se importava com as cacetadas de alho-porro, e, com a entrada mais tarde, dos martelinhos de plástico. Rapazes e raparigas de mãos dadas rindo e cantando sem parar. A noite era longa mas ninguém arredava pé até chegar a luz do dia, acabando por se tornar a noite mais curta do ano. O alho-porro era usado para afastar o mau-olhado. Lembro-me de, na minha meninice, o alho ser pendurado na parede da minha casa, sendo substituído no ano seguinte. Os bairros eram engalanados pelos moradores e neles se dançava pela madrugada fora. Às tantas saíam todos em grupo (rusga) e, cantando, percorriam as ruas até às Fontainhas como era tradição. é a noite de todas as folias, a noite menor e mais alegre do ano, em que multidões de pessoas vêm para as ruas festejar o S. João, o santo mais venerado, o padroeiro dos amores e da folia. A cidade vive manifestações de cariz popular, cultural e recreativas, nomeadamente a corrida de São João, bailaricos, fogueiras, quermesses, música e os concursos de cascatas, montras e quadras populares.

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Apesar de algumas pequenas alterações, a tradição ainda é o que era no "seu tempo"... Nós, os desse tempo, é que já não temos pedalada para aguentar a noitada. Apesar de algumas diferenças na maneira, costumes no comemorar, fica a saudade desses tempos que nos alegrávamos com brincadeiras simples e saudáveis nas ruas de nossos bairros e praças.

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