JAIRO EDIELSON RODRIGUES BARBOSA DE...

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÂO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO EM ENFERMAGEM JAIRO EDIELSON RODRIGUES BARBOSA DE SOUSA EXPERIÊNCIA DE SIMULAÇÃO CLÍNICA AVANÇADA EM ENFERMAGEM: Satisfação e autoconfiança como resultados. TERESINA 2015

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÂO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO EM ENFERMAGEM

JAIRO EDIELSON RODRIGUES BARBOSA DE SOUSA

EXPERIÊNCIA DE SIMULAÇÃO CLÍNICA AVANÇADA EM ENFERMAGEM:

Satisfação e autoconfiança como resultados.

TERESINA

2015

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÂO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO EM ENFERMAGEM

JAIRO EDIELSON RODRIGUES BARBOSA DE SOUSA

EXPERIÊNCIA DE SIMULAÇÃO CLÍNICA AVANÇADA EM ENFERMAGEM:

Satisfação e autoconfiança como resultados.

TERESINA

2015

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FICHA CATALOGRÁFICA Serviço de Processamento Técnico da Universidade Federal do Piauí

Biblioteca Comunitária Jornalista Carlos Castello Branco Serviço de Processamento Técnico

S725e Sousa, Jairo Edielson Rodrigues Barbosa de.

Experiência de simulação clínica avançada em enfermagem:

satisfação e autoconfiança como resultados – 2015.

83 f.

Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Piauí, 2015. “Orientadora Profª. Drª. Grazielle Roberta Freitas da Silva.”

1. Autoconfiança. 2. Satisfação. 3. Simulação. 4. Educação Simulada em Enfermagem. I. Moura, Elaine Cristina Carvalho. II. Titulo.

CDD

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JAIRO EDIELSON RODRIGUES BARBOSA DE SOUSA

EXPERIÊNCIA DE SIMULAÇÃO CLÍNICA AVANÇADA EM ENFERMAGEM:

Satisfação e autoconfiança como resultados.

Dissertação de Mestrado submetida à Banca

Examinadora do Programa de Pós Graduação

em Enfermagem da Universidade Federal do

Piauí (UFPI), como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de Mestre em

Enfermagem.

Orientadora:

Profa. Drª.Grazielle Roberta Freitas da Silva

Co-orientadora:

Profa. Drª.Elaine Cristina Carvalho Moura

Área de Concentração: A Enfermagem no contexto social brasileiro

Linha de Pesquisa: Processo de cuidar em saúde e enfermagem

TERESINA

2015

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JAIRO EDIELSON RODRIGUES BARBOSA DE SOUSA

EXPERIÊNCIA DE SIMULAÇÃO CLÍNICA AVANÇADA EM ENFERMAGEM:

Satisfação e autoconfiança como resultados.

Dissertação de Mestrado submetida à Banca

Examinadora do Programa de Pós Graduação em

Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI),

como parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Mestre em Enfermagem.

Linha de Pesquisa: Processo do Cuidar em Saúde e

Enfermagem

Orientadora: Profª Drª Grazielle Roberta Freitas da Silva

Co-orientadora: Profª Drª Elaine Cristina Carvalho Moura

Aprovado em: 27 / 04 / 2015

Profª Drª Grazielle Roberta Freitas da Silva

Universidade Federal do Piauí – Presidente

Profª Drª Maria Vera Lucia Moreira Leitão Cardoso

Universidade Federal do Ceará – 1ª Examinadora

Profª Drª Elaine Cristina Carvalho Moura

Universidade Federal do Piauí – 2ª Examinadora

Profª Drª Benevina Maria Vilar Teixeira

Universidade Federal do Piauí – Suplente

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A Deus, Pai todo poderoso, por ter me concedido saúde

física e mental para construção desse estudo. Além de

ser presença constante em minha vida.

A minha família, pelo infinito amor e compreensão nos

momentos de ausência para a construção desse sonho.

A minha princesa, Juliana Nunes, por ser minha fonte de

inspiração, amor, carinho, determinação e zelo.

Amo todos Vocês!

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AGRADECIMENTOS

É imensurável o que sinto nesse momento tão especial da minha vida.

Sempre sonhei desde o primeiro dia da graduação em um dia poder estar

desfrutando deste sentimento tão bom... ser Mestre em Enfermagem. O grande dia

chegou e a muitos devo agradecer.

Primeiramente a Deus, fonte de toda a minha fé, amor e misericórdia, por

estar sempre ao meu lado fazendo-me acreditar naquilo que para muitos era

impossível. Obrigado por me ouvir e realizar todos os meus desejos. Tudo a ti

agradeço!

A minha queridíssima orientadora, Profa Dra Grazielle Roberta, por ser mais

que uma orientadora, uma amiga! Agradeço a oportunidade de ter desfrutado a

honra de ser seu orientando, aos inúmeros ensinamentos sobre a enfermagem, à

docência, a dissertação e inclusive sobre a vida. Suas palavras e orientações foram

significativas para o meu crescimento profissional. Sou muito grato a Deus por ter

tido a oportunidade “duplamente” de ser orientando. Obrigado por tudo, a Senhora é

minha inspiração profissional e terá eternamente minha gratidão.

A Profa Elaine Moura, um exemplo de professora. Obrigado por suas

inúmeras e valiosas contribuições na dissertação, conselhos, puxões de orelha e

incentivo profissional. Sem seu grandioso conhecimento na área abordada nessa

dissertação - simulação clinica avançada - não teríamos conseguido melhorar esse

material. Obrigado por ter compartilhado desse sonho!

A Profa Vera Cardoso, que me honrou em tê-la na minha banca, agradeço as

inúmeras contribuições e cuidado que dispensou na leitura desse material, suas

observações foram pertinentes e valiosas. Muito Obrigado!

A Profa Benevina Villar, pelo carinho dispensado a mim desde a graduação,

obrigado por suas palavras de apoio na qualificação, dicas e incentivos para meu

crescimento profissional. Suas contribuições foram valiosas para a conclusão dessa

dissertação.

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A minha família, meus Pais – Edilson Barbosa de Sousa e Marlene Rodrigues

dos Santos Sousa - meu porto seguro, fonte de toda minha inspiração a quem devo

toda a minha vida e minhas conquistas, se hoje consegui concretizar mais um sonho

na minha carreira profissional foi porque vocês sempre estiveram por perto,

acreditando em mim e investiram o impossível para que hoje eu conseguisse vencer

mais uma vez. Muito Obrigado!

A meus irmãos e parceiros eternos – Carlos Edilson e Francisco Deilson - a

quem sei que sempre poderei me apoiar. Obrigado por demonstrarem o orgulho que

sentem por mim. Te Amo “Pilantras”.

A minha namorada, amiga, parceira, companheira, simplesmente minha vida.

Juliana Teixeira Nunes, não tenho palavras para agradecer a tudo que você fez por

mim. O cuidado, o carinho, o amor demonstrado a mim e à dissertação fez com esse

sonho se concretizasse. Obrigado por ser esse anjo na minha vida. Nunca irei

esquecer tudo que você fez. No momento mais difícil você foi a pessoa mais

presente, me fazendo acreditar diariamente que era possível. Essa aprovação é

minha mas também muito sua. Se já te amava muito, hoje não consigo expressar a

imensidão do amor que sinto por você. Você foi uma peça fundamental para a

conclusão desse sonho. EU TE AMO!

A minha turma querida, companheiros do programa de Pós Graduacao em

Enfermagem, pelo convívio harmonioso, pelas viagens, dúvidas compartilhadas,

conhecimentos transmitidos e principalmente pela forte amizade construída e apoio

incondicional que tivemos um com o outro. Agradeço em especial ao “TopSix” -

Natacha, Maryangela, Alessandra, Tamires e Mychelangela. Construímos uma

amizade linda e sei que será eterna, até porque tenho certeza que vocês não vivem

sem mim!

A Faculdade do Médio Parnaíba (FAMEP), em nome da Coordenadora

Emanoelly Nunes e a Faculdade IESM, em nome da coordenadora Marcia Luizy,

pelo incentivo profissional, financeiro e apoio durante todo o curso. Agradeço por

acreditar no meu trabalho e investir em mim como docente. Obrigado!

Aos meus queridos alunos da FAMEP, IESM e UFPI por vibrarem com minha

vitória e me inspirarem diariamente nessa missão quer é ser professor.

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Ao Eternos Amigos, Ana Carolina Floriano, Samuel Soares, Fernando

Guedes, Iran Batista e Sarah Nilkece que contribuíram com palavras sinceras,

incentivos, esclarecimentos de dúvidas acreditando na realização desse sonho.

Agradeço muito a vocês!

A Profa Sandra Marina, pioneira e responsável por tudo isso. “Deus escreve

certo por linhas tortas”, e a Senhora é a prova disso na minha vida. Eu tinha que não

passar no primeiro vestibular que fiz para UFPI pois tinha que conquistar a

aprovação no vestibular da Universidade Estadual do Maranhão e ter o prazer de

conhecer a Senhora. Nosso primeiro contato mudou por completo a minha vida.

Literalmente se não fosse o seu apoio e seu incentivo, acreditando em mim como

acadêmico de enfermagem, ainda no segundo período do curso de enfermagem,

nada disso estaria acontecendo. Sinta-se responsável por tudo isso! Minha gratidão

será eterna. Se eu tenho uma mãe na minha vida pessoal. A Senhora pode-se

considerar a minha mãe na enfermagem.

A minha sogrinha Linda (Rosalina), outro anjo em minha vida, que faz tudo

por mim e para me agradar, Obrigado! A minha cunhada (Vanessa Nunes) e meu

concunhado (Matheus Gomes) que ajudaram muito na realização desse sonho.

Também meus sinceros agradecimentos.

A Universidade Federal do Piauí (UFPI), em nome do magnífico reitor José

Arimatéia Dantas Lopes, pela a oportunidade de concretização desse sonho de

graduação.

A todas as pessoas que contribuíram direta e indiretamente para a realização

desse sonho, o meu agradecimento sincero. A Luta continua... O sonho continua...

Um bom filho sempre retorna à casa paterna. Espero não demorar a retornar à essa

excelente escola de enfermagem.

OBRIGADO!!!

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RESUMO

SOUSA, J. E. R. B. Experiência de simulação clínica avançada em Enfermagem:

satisfação e autoconfiança como resultados. 2015. 83f. Dissertação (Mestrado em

Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade

Federal do Piauí, 2015.

A busca por formar enfermeiros generalistas, humanistas, críticos e reflexivos fez

com que o docente evoluísse no modo de transmissão e de construção do

conhecimento, utilizando, para isso, novas estratégias pedagógicas. Nesse sentido,

a experiência de simulação avançada surge como ferramenta imprescindível para a

construção do conhecimento, das habilidades e das atitudes do estudante, pois

favorece o pensamento crítico sobre a situação vivenciada. Assim, avaliar os

resultados dessa estratégia de ensino no que se refere à satisfação e à

autoconfiança é importante, visto que quanto maior o envolvimento do estudante no

processo, maior será sua motivação. Portanto, a pesquisa teve por objetivo avaliar a

satisfação e a autoconfiança dos estudantes de Enfermagem em experiências de

aprendizagem por meio da simulação avançada. O estudo foi fundamentado no

modelo de Simulação da National League for Nursing/Jeffries, na evolução do

ensino de Enfermagem, na simulação como estratégia de ensino e na avaliação da

satisfação e da autoconfiança como resultados da simulação clínica. É um estudo

descritivo, transversal e com abordagem quantitativa. Ocorreu em um espaço virtual.

A população é formada por 43 estudantes do último ano e egressos dos anos de

2013 e 2014 do curso de Enfermagem, sendo amostra do tipo não probabilística por

julgamento. A coleta ocorreu entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, com o

envio, por e-mail, do instrumento Student Satisfaction and Self-Confidence in

Learning, traduzido para o Português brasileiro. O instrumento foi compilado para o

Google Drive com 13 itens, sendo cinco relativos à satisfação, e oito, à

autoconfiança. Foram elaboradas três perguntas sobre o perfil sociodemográfico. A

análise estatística foi realizada por meio do SPSS, versão 18.0, utilizando os testes

de Pearson, T-Student e Anova. Predominou o sexo feminino (83,7%), entre 21 e 23

anos (72,1%). Não existiu diferença significativa entre os sexos para a satisfação

(p=0,600), mas, sim, para a autoconfiança no sexo masculino (p=0,043). Obteve

concordância com a afirmação em todos os itens referentes à satisfação (>53,5%).

Autoconfiança foi positiva com apenas um item, com resultados abaixo do esperado,

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tendo uma variação de 41,9 a 67,4% dos que concordaram com as afirmações.

Atingiu alpha de cronbach com valor de 0,652. O gráfico de dispersão mostrou que

existe associação entre as variáveis relacionadas à aprendizagem. Em virtude dos

fatos mencionados, são perceptíveis os níveis elevados de satisfação e de

autoconfiança da aprendizagem nos estudantes, ratificando a experiência de

simulação avançada como estratégia de ensino que oferece ao estudante a

oportunidade de aprender conceitos teóricos e práticos em um ambiente

completamente seguro, contribuindo para o desenvolvimento do pensamento crítico

e reflexivo.

Descritores: Autoconfiança. Satisfação. Simulação. Educação simulada em

Enfermagem.

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ABSTRACT

SOUSA, J.E.R.B. Advanced clinical simulation experience in nursing:

satisfaction and self-confidence as result. 2015. 83f. Dissertation (Master in

nursing). Federal University of Piauí. 2015.

The attempt to form generalist, humanistic, critical and reflective nurses, made the

teachers evolved in the mode of transmission and construction of knowledge, use

new teaching strategies. Therefore, the advanced simulation experience emerges as

a powerful tool for the construction of knowledge, skills and student's attitudes

through critical thought about the situation experienced. So evaluate the results of

this teaching strategy in which mentioned the satisfaction and confidence becomes

important to the point that the higher the student's involvement in the process, the

greater their motivation. The objective was to evaluate the satisfaction and

confidence of nursing students through advanced simulation learning experiences.

The study was based on the simulation model of the National League for Nursing /

Jeffries in the evolution of nursing education, simulation as a teaching strategy and

assessment of satisfaction and self-confidence as result of clinical simulation. This is

a descriptive, cross-sectional and quantitative approach. It occurred in a virtual

space. The population consisted of final year students and graduates of the years

2013 and 2014 of the nursing course, with no probabilistic sample of the type of trial,

which resulted in 43 participants. The collection occurred from December 2014 to

January 2015 with the dispatch of emails containing the instrument Student

Satisfaction and Self-Confidence in Learning translated into Brazilian Portuguese. 43

students participated in the study. The instrument was compilado to Google Drive

with 13 items: satisfaction (5) and confidence (8). 3 questions about the

sociodemographic profile was prepared. Statistical analysis was performed using

SPSS, version 18.0, using the Pearson test, T-Student and ANOVA. Females

prevailed (83.7%) mainly between 21 and 23 years (72.1%). There was no significant

difference between the genders regarding to the satisfaction (p = 0.600), but related

to the self-confidence there was a discrepance with the men (p = 0.043). Agreement

with the statement on all items related to satisfaction (> 53.5%) was obtained. Self-

confidence was positive, with only one item with less than perfect results, with a

range from 41.9 to 67.4% of those who agreed with the statements. Cronbach's

alpha value of 0.652 was obtained. The scatter plot showed a association between

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the variables related to learning. Due to the mentioned facts, it was noticed high

levels of satisfaction and self-confidence in students' learning, confirming the

advanced simulation experience as a teaching strategy that offers students the

opportunity to learn theoretical and practical concepts in a completely safe

environment, contributing to the development of critical and reflective thinking.

Keywords: Self-confidence. Satisfaction. Simulation. Simulated nursing education.

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RESUMEN

SOUSA, J. E.R. B. Experiencia de simulación médica avanzada en enfermería:

satisfacción y confianza en sí mismo como resultado. 2015. 83f. Disertación

(Maestría). Universidad Federal de Piauí. 2015.

La búsqueda de la forma enfermeras generalistas, humanistas, críticos y reflexivos,

hizo la enseñanza evolucionado en el modo de transmisión y construcción del

conocimiento, haciendo uso de las nuevas estrategias de enseñanza. En este

sentido, la experiencia de simulación avanzada surge como una poderosa

herramienta para la construcción de conocimientos, habilidades y actitudes de los

estudiantes a través del pensamiento crítico sobre la situación vivida. Así que

evaluar los resultados de esta estrategia de enseñanza en el que se menciona la

satisfacción y confianza, es importante señalar una mayor participación de los

estudiantes en el proceso más grande será su motivación. Tuvo como objetivo

evaluar la satisfacción y la confianza de los estudiantes de enfermería en las

experiencias de aprendizaje a través de la simulación avanzada. Se basó en el

estudio de la National League for Nursing/Jeffries en la evolución de la educación en

enfermería, la simulación como estrategia de enseñanza y la evaluación de la

satisfacción y la confianza en sí mismo, como resultado de la simulación clínica.

Este es un enfoque descriptivo, transversal y cuantitativo. Ocurrió en un espacio

virtual. La población está compuesta por estudiantes y egresados de los años 2013 y

2014 del curso de enfermería de fin de carrera, con muestra no probabilística del tipo

de ensayo. La colección se produjo a partir de diciembre 2014 a enero 2015 con el

envío por correo electrónico instrumento Student Satisfaction and Self-Confidence in

Learning en el aprendizaje traducido al portugués de Brasil. 43 estudiantes

participaron en el estudio. El instrumento fue compilado a Google Drive con 13

ítems: satisfacción (5) y confianza (8). 3 preguntas sobre el perfil sociodemográfico

se preparó. Análisis estadístico se realizó con el programa SPSS, versión 18.0,

mediante la prueba de Pearson, t de Student y Anova. Prevaleciente en mujeres

(83,7%) entre 21 y 23 años (72,1%). No hubo diferencia significativa entre los sexos

a la satisfacción (p = 0,600), pero para la auto-confianza en los hombres (p = 0,043).

Obtener el acuerdo con la declaración de todos los temas relacionados con la

satisfacción (> 53,5%). La confianza en sí fue positivo con un solo artículo con

resultados menos que perfectos, con un rango de 41,9 a 67,4% de los que estuvo de

acuerdo con las declaraciones. Valor obtenido alfa de Cronbach de 0,652 con. El

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gráfico de dispersión mostró una asociación entre las variables relacionadas

con el aprendizaje. Debido a los hechos mencionados, se observó un alto nivel de

satisfacción y confianza en sí mismo en el aprendizaje de los estudiantes, lo que

confirma la experiencia de simulación avanzada como estrategia de enseñanza que

ofrece a los estudiantes la oportunidad de aprender los conceptos teóricos y

prácticos en un entorno completamente seguro que contribuye a la desarrollo del

pensamiento crítico y reflexivo.

Descritores: Confianza en sí mismo. Satisfacción. Simulación. La educación de

enfermería simulado

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Associação entre as variáveis satisfação e autoconfiança na

aprendizagem por parte dos estudantes da pesquisa

47

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracterização do perfil sociodemográfico dos estudantes de

Enfermagem participantes da pesquisa (n=43). Teresina-PI,

2015

43

Tabela 2 Análise da satisfação e da autoconfiança dos estudantes

relacionadas ao perfil sociodemográfico (n=43). Teresina-PI,

2015

43

Tabela 3 Avaliação da satisfação dos estudantes com a experiência de

simulação avançada (n=43). Teresina – PI, 2015

44

Tabela 4 Avaliação da autoconfiança dos estudantes com a experiência

de simulação avançada, utilizando o instrumento original

(n=43). Teresina – PI, 2015.

45

Tabela 5 Avaliação da autoconfiança dos estudantes com a experiência

de simulação avançada, com ausência de três itens do

instrumento original (n=43). Teresina – PI, 2015

45

Tabela 6 Análise do Alfa de Cronbach referentes às variaveis satisfação

e autoconfiança na aprendizagem dos estudantes por meio da

experiência de simulação avançada (n=43). Teresina – PI,

2015

46

Tabela 7 Análise do Alfa de Cronbach referentes às variaveis satisfação

e autoconfiança na aprendizagem dos estudantes por meio da

experiência de simulação clínica avançada, após excluir três

itens da variável autoconfiança (n=43). Teresina-PI, 2015.

47

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LISTA DE SIGLAS

SAF Simulação de Alta Fidelidade

DCN Diretrizes Curriculares Nacionais

UFPI Universidade Federal do Piauí

SIMENFS Laboratório de Simulações de Práticas Clínicas em Enfermagem e

Saúde

NLN National League for Nursing

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47

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações Iniciais

1.2 Justificativa

1.3 Objetivo

1.3.1 Objetivo Geral

1.3.2 Objetivo Específico

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Evolução do Ensino em Enfermagem

2.2 Simulação Clínica como estratégia de ensino em enfermagem

2.3 Satisfação e Autoconfiança com a Simulação Clínica

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de Estudo

3.2 Local do Estudo

3.3 População e Amostra

3.4 Procedimento da Coleta de Dados

3.4.1 Instrumento da Coleta de dados

3.5 Análise estatistica

3.5.1 Análise da confiabilidade dos questionários

3.5.2 Caracterização da população de estudo (Análise univariada)

3.5.3 Análise dos fatores associados à satisfação dos estudantes e

autoconfiança na aprendizagem (Análise bivariada)

3.5.4 Nível de significância e Programa de computador

3.6 Aspectos Éticos

4 RESULTADOS

4.1 Caracterização do perfil sociodemografico

4.2 Relação da satisfação e autoconfiança dos participantes com o

perfil sociodemográfico

4.3 Avaliação do nível de satisfação e autoconfiança dos estudantes

com a experiência de simulação avançada, utilizando a Student

Satisfaction and Self-Confidence in Learning (Satisfação dos

estudantes e autoconfiança na aprendizagem).

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81

4.4 Análise da comparação entre as variáveis satisfação e

autoconfiança na aprendizagem

5 DISCUSSÃO

5.1 Análise do perfil sociodemográfico dos participantes do estudo

relacionados à satisfação e autoconfiança com a experiência de

simulação avançada.

5.2 Avaliação da Satisfação e Autoconfiança dos estudantes de

enfermagem com a experiência de simulação avançada.

5.3 Avaliação da comparação entre as variáveis satisfação e

autoconfiança na aprendizagem.

6 CONCLUSÃO

6.1 Limitações da pesquisa.

6.2 Perspectivas de estudos futuros.

REFERÊNCIAS

APENDICE

ANEXOS

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1 INTRODUÇÃO ___________________________________________________________________

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1.1 Considerações Iniciais

O processo de ensino em Enfermagem tem sido marcado, com o passar dos

tempos, pela constante implementação de mudanças curriculares e por discussões

pedagógicas influenciadas pela evolução científica e tecnológica do mundo

moderno, reflexo de um processo histórico e cultural advindo da globalização. A

busca pela formação de enfermeiros generalistas, humanistas, críticos e reflexivos,

fez com que o docente evoluísse no modo de transmissão e de construção do

conhecimento ao estudante de Enfermagem, utilizando novas estratégias

pedagógicas que promovessem a autodescoberta e estimulassem a procura ativa

por aprendizagem. Obteve-se com isso, a formação de um corpo científico capaz de

sustentar a Enfermagem como ciência (BAPTISTA et al., 2014a; OLIVEIRA, 2014).

Fernandes (2005) e Wall et al. (2008) afirmaram, em seus estudos, cujos

temas estão centrados nas novas estratégias de ensino em Enfermagem, que essa

procura constante do estudante por aprendizagem se trata de uma metodologia

ativa, definida como aquela em que os estudantes são protagonistas da sua própria

aprendizagem, com os professores assumindo papéis de facilitadores do processo

ao garantir o desenvolvimento de uma aprendizagem mais sólida e significativa,

utilizando a experiência vivida como modelo de ensino.

O modelo de ensino moderno se diferencia do tradicional, este último

baseava-se apenas na transferência de conhecimentos pelo docente por meio de

palestras, aulas teóricas expositivas, seminários, grupos de discussão e atividades

práticas em sala de aula, o que deixava lacunas expressivas na formação dos

estudantes. Devido à evolução do ambiente hospitalar e dos sistemas criados na

busca por prevenção e promoção à saúde de maior qualidade, as demandas de

cuidados em saúde e, consequentemente, o modelo de ensino, evoluíram,

evidenciando a necessidade de profissionais melhor capacitados que tomassem

condutas clínicas mais rápidas, exigindo transformações significativas no processo

de ensino em Enfermagem (HOADLEY, 2009; JEFFRIES, 2005; MOURA, 2013).

A Enfermagem tem um longo percurso desde Florence Nightingale, durante a

Guerra da Criméia (1853-1856), ao iniciar a busca por uma Enfermagem científica e

estruturada, até o advento dessas novas tendências de ensino atuais e a

importância de que desfruta atualmente como ciência. O conhecimento em

Enfermagem evoluiu satisfatoriamente, porém, a dimensão técnica do saber em

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Enfermagem começou, ainda, com os aprendizes utilizando-se da prática e do treino

do seu desempenho em pacientes reais e, algumas vezes, neles próprios ou nos

colegas em formação. Entre as décadas de 1970 e 1980, as escolas de

Enfermagem portuguesas não possuíam ambientes simulados, de forma que parte

significativa dos estudantes realizavam sua primeira coleta de sangue nos colegas e

as técnicas mais invasivas em pacientes hospitalizados, não sendo possível treinar e

aperfeiçoar as habilidades citadas antes de aplicá-las à realidade, fato que não

diferenciava muito do ensino em Enfermagem no Brasil (MARTINS et al., 2012).

Ainda segundo Martins et al. (2012), o treinamento da administração de

medicamentos por via intramuscular utilizando almofadas e rolos feitos com lençol

ou o uso de borrachas para simular veias na realização de punções venosas, foram

estratégias rudimentares usadas por muitas escolas na tentativa de treinar e de

formar profissionais em Enfermagem. Assim, o aumento da complexidade de casos

clínicos na assistência, somados a fatores como a segurança do paciente, a

qualidade dos cuidados, a necessidade de renovação na formação dos profissionais,

as considerações éticas, os avanços tecnológicos constantes na prática clínica e no

ambiente hospitalar, juntamente com a inexperiência profissional, levaram ao

surgimento da simulação.

Historicamente, essa relação da Enfermagem com a tecnologia passou por

períodos de isolamento tecnológico, mantendo um trabalho mais artesanal até o

momento em que se iniciou a busca por um conhecimento mais científico e

estruturado. Nesse sentido, é importante perceber que técnica difere de tecnologia,

pois a primeira se trata do saber prático, uma habilidade humana originária do

cotidiano ou da necessidade de estabelecer procedimentos. No que se refere à

tecnologia, encontra-se como significado a presença desse conhecimento técnico,

dessa vez, associado ao conhecimento científico traduzido em ferramentas,

processos e materiais utilizados na prática clínica (PAIM et al., 2014).

Dessa forma, tecnologia não se trata apenas de mercadoria, mas, sim, de

conhecimento científico, matemático e técnico de determinada cultura que serve

para gerar conhecimentos a serem aplicados e socializados, transformando a

utilização empírica em uma abordagem mais científica. Destarte, a simulação trata-

se de uma técnica que utiliza a tecnologia na tentativa de auxiliar na construção do

conhecimento científico, fortalecendo as habilidades e as atitudes dos participantes

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e promovendo a segurança do paciente e a qualidade da assistência (NIETSCHE,

2014).

Essa segurança é amplamente entendida como compromisso na prevenção

de erros e de danos à saúde do paciente, internalizada com valor humanístico e

direito fundamental do paciente, sendo caracterizada pela Associação Canadense

de Enfermagem como obrigação ética. A incidência de eventos adversos

relacionados aos pacientes variam entre 4 e 17% e são influenciados por diferentes

variáveis contextuais. Pesquisadores afirmam que metade desses eventos são

passíveis de prevenção (KILLAM et al., 2012).

Por conseguinte, sugeriu-se que o foco na segurança do paciente fosse mais

explícito do que implícito dentro de programas de graduação em Enfermagem,

solicitando atenção para assuntos como controle de infecção, perigos ambientais e

respostas do estudante a situações de alto risco. Identificou-se, ainda, que

enfermeiros com menos de um ano de experiência, envolvidos em eventos adversos

com pacientes, tiveram preparação educacional formal como fator causal. Nessa

perspectiva, percebem-se lacunas identificadas na educação de estudantes de

Enfermagem, que interferem significativamente em suas habilidades, dificultando o

fornecimento de um cuidado seguro aos pacientes (KILLAM et al., 2012).

Nesse sentido, a simulação clínica surge como estratégia de ensino que

ganha força pedagógica em universidades do mundo, tornando-se frequente sua

utilização na área da saúde com importância significativa na Enfermagem

(OLIVEIRA et al. 2014). Segundo Jeffries (2005), a simulação se trata da atividade

técnica que promove a representação de um ambiente clínico real de práticas, na

qual se pretende retratar, por meio de cenários clínicos, a demonstração de

procedimentos, de tomadas de condutas e de construção de pensamentos críticos

pelos participantes, utilizando, para isso, tecnologias com manequins representando

pacientes humanos. Fountain e Alfred (2009) acrescentam que a simulação clínica

trata-se da técnica de ensino que recorre a um ambiente artificial, porém, simulando

uma situação real, com propósitos claros de aprender, praticar, avaliar, testar ou

desenvolver a compreensão dos sistemas e das ações humanas, proporcionando

alto grau de interatividade e realismo ao utilizar-se de alta fidelidade.

Nesse aspecto, percebe-se que a simulação constitui uma excelente e

poderosa ferramenta para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e

atitudes, por meio de desenvolvimento do pensamento crítico, somados à

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experiência clínica profissional e a outros métodos de ensino associados, que

poderão aumentar e promover o desenvolvimento de aprendizagens significativas,

se seus participantes a encararem como legítima, autêntica e realista (JEFFRIES,

2005; MOURA, 2013; STROUP, 2014; WAXMAN, 2010).

Segundo Moura (2013), Seropian (2004), Waxman (2010), a estratégia de

simulação está bastante difundida na área da Enfermagem e da Medicina, embora

historicamente sua utilização já venha sendo realizada por organizações militares,

companhias aéreas e indústrias nucleares, sendo esses dois últimos pioneiros na

sua utilização em momentos crise, em que erros humanos podem gerar

consequências graves. Cabe ressaltar ainda que, de fato, o impulso na utilização da

simulação, principalmente a de alta fidelidade, decorreu do uso em massa por

militares, médicos anestesiologistas estadunidenses e pela Enfermagem nos últimos

nove anos.

A fidelidade da simulação será classificada a partir da utilização de tipos

específicos de simuladores em situação clínica criada, em que os simuladores

poderão ser utilizados de diferentes formas a depender do tipo de representação da

realidade a qual se almeja atingir (OLIVEIRA et al., 2014). Os simuladores de baixa

fidelidade utilizam-se de manequins estáticos, sem resposta ou interação com o

participante, que possuem anatomia semelhante à humana, com utilização parcial

ou completa do corpo, permitindo, de forma grosseira, a movimentação das

articulações. Esse tipo de simulação surgiu no Reino Unido, destinado ao exame

físico geral, tendo baixo custo e fácil manutenção, tem atualmente indicações

específicas para a construção de habilidades (HOADLEY, 2009; MARTINS, 2009).

Os simuladores de moderada fidelidade superam os aspectos anatômicos dos

de baixa fidelidade ao permitir a utilização de sons respiratórios e cardíacos, porém

sem expansibilidade torácica, com possível monitorização de traçados do

eletrocardiograma e alguns sons gravados de tosse, gemido, vômitos, dentre outros,

operados com o comando do professor responsável pela simulação. Ao comparar

com os simuladores anteriores, estes são mais caros e com manutenção feita de

técnicos especializados. Esses simuladores são indicados para treinamento de

habilidades e detecção de situações clínicas, como parada cardiorespiratória e

reanimação cardiopulmonar (MARTINS et al., 2012; QUILICI; ABRAÃO, 2012).

Simuladores de alta fidelidade (SAF) caracterizam-se como de corpo inteiro,

anatômico e fisiologicamente semelhante a uma pessoa, realizando movimentos

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reais ao respirar com expansibilidade torácica, piscar os olhos, falar, permitir a

avaliação dos sinais vitais e auscultas cardíaca, respiratória e intestinal, além da

avaliação da pele e seus achados patológicos. Esses manequins são comandados

por software que permite respostas fisiológicas extremamente realistas às

intervenções realizadas durante os cenários de simulação clínica (SEROPIAN, 2004;

MARTINS et al., 2012).

Apesar do alto custo, tem-se na SAF a garantia de os estudantes poderem

vivenciar a prática do cuidar sem a necessidade de exposição ao ambiente clínico

real, que incluem o cuidado de doentes em situações de risco vital, como na

ressuscitação cardiopulmonar. Nessa perspectiva, a SAF, além de fortalecer o

conhecimento, a habilidade e a atitude, por meio do pensamento crítico sobre a

situação vicênciada, garante a segurança ao paciente, prevenindo a ocorrência de

erros no futuro (SEROPIAN, 2004; MOURA, 2013).

A sociedade exige um profissional crítico, criativo, com capacidade de refletir,

que possa aprender a aprender diariamente, a trabalhar em equipe e conhecer o seu

potencial intelectual, somados à capacidade de compreender e saber agir diante da

complexidade dos problemas que envolvem a prática clínica real (MOURA, 2013).

Assim, a avaliação da satisfação do estudante com a SAF torna-se importante, pois

ao passo em que ele se encontra satisfeito com o processo ensino-aprendizagem,

por conseguinte, conquistará motivação, sendo indiscutível a associação de que um

estudante motivado aprende mais e melhor e acredita no potencial de utilização da

aprendizagem adquirida na prática futura (SMITH; ROEHRS, 2009).

Segundo Baptista et al. (2014a) e Lewis e Ciak (2011), estudantes relatam

grau elevado de satisfação com o modelo de ensino-aprendizagem utilizado na

simulação clínica, adquirindo a perda do medo de tentar e errar, a motivação para a

realização de procedimentos com melhora significativa nas reações psicológicas

diante de situações clínicas complexas, obtendo, ao fim, maior autoconfiança para a

realização de procedimentos.

Estudos sobre a satisfação dos usuários advêm da década de 1970, como

meta principal a ser alcançada pelos serviços, todavia os níveis de satifação são

preditos a partir da diferença entre as expectativas dos alunos em participar de uma

simulação e a percepção da experiência tida com o assunto abordado

(ESPERIDIÃO; TRAD, 2006). Alfes (2011) e Blum et al. (2010) afirmam, em seus

estudos sobre a avaliação do uso da simulação e o impacto da utilização da SAF na

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autoconfiança do estudante, que essa estratégia de ensino aumenta

significativamente a satisfação do estudante com a aprendizagem, ao melhorar o

seu nível de conhecimento, autoconfiança e desempenho diante de uma situação

clínica.

Em contraposição, King (2010) afirma que estudantes ansiosos durante a

experiência de simulação possuem associação negativa em relação à satisfação

com a prática clínica simulada, além de baixos níveis de autoconfiança quanto à sua

capacidade de executar um procedimento de Enfermagem, pois, durante a

simulação, os estudantes permanecem concentrados e preocupados em não

cometer erro, o que influencia na sua tomada de decisão e no seu pensamento

crítico.

Segundo La Found e Vicent (2013), ao avaliar o modelo de simulação atual

da National League for Nursing/Jefries (2012), percebe-se sua divisão em cinco

componentes e suas variaveis: professor ou facilitador, estudante ou participante, as

práticas de ensino, as caracteristicas do desenho da simulação e os resultados

alcançados. Destacam-se, no componente resultados, as variáveis satisfação e

autoconfiança como consequências da estratégia de simulação, demonstrando a

importância da avaliação desses para a obtenção de dados significativos que

fortaleçam a simulação como estratégia de ensino. Jeffries (2005) afirma que

estudos sobre simulação demonstram que ela favorece a autoconfiança dos

estudantes.

No entanto, enquanto pesquisas sugerem resultados positivos com a SAF, é

necessário demonstrar cada vez mais sobre os fatores associados aos resultados

adquiridos com o uso dessa, como, por exemplo, a satisfação e a autoconfiança do

aluno com a experiência de simulação. Em virtude dos fatos mencionados, o estudo

respondeu à seguinte questão de pesquisa: experiências de aprendizagem por meio

da simulação clínica avançada resultam em satisfação e autoconfiança nos

estudantes? Portanto, tem como objeto da pesquisa a avaliação da satisfação e da

autoconfiança dos estudantes de Enfermagem em experiências de aprendizagem

por meio de simulação clínica avançada.

1.2 Justificativa

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A simulação clínica surge no meio acadêmico como uma oportunidade de se

vivenciar a prática clínica em laboratório, de forma realística e controlada, sendo

uma estratégia de ensino a partir qual é possível a tomada de condutas pelo

estudante, de modo que impossibilita cometer erros iatrogênicos, pois não

prejudicará o paciente. Constitui-se, com isso, uma forma de acrescentar ao

conhecimento teórico do estudante o desenvolvimento de habilidades técnicas, a

vivência de atitudes assertivas e, consequentemente, a execução de intervenções

de Enfermagem com segurança e qualidade.

Nesse sentido, pode-se afirmar que essa técnica emerge como ferramenta

valorosa para o ensino-aprendizado de Enfermagem, pois, ao criar um cenário de

SAF, o estudante vivencia uma experiência clínica com duas vantagens: manter a

segurança e permitir o erro durante a prática simulada, o que possibilitará,

posteriormente, a avaliação do seu desempenho. Assim, ao utilizar essa estratégia

de ensino, é possível conquistar a aprendizagem, a habilidade, a atitude e

desenvolver o pensamento crítico, além de promover a segurança do paciente.

Nessa perspectiva, torna-se importante avaliar o nível de satisfação e de

autoconfiança dos estudantes com a metodologia de ensino escolhida, pois,

segundo Conejo (2010), foi verificada correlação positiva entre satisfação e

autoconfiança do estudante com a simulação clínica, expressando, assim, facilitação

na aprendizagem, pois os estudantes se sentiram mais autoconfiantes no cuidado

de pacientes após terem experimentado a clínica simulada. Todavia, Heston (2010)

evidencia que, ao avaliar os níveis de autoconfiança de estudantes que vivenciaram

o ensino tradicional e dos que utilizaram a SAF como metodologia ativa de ensino,

não se obteve diferenças significativas nos níveis de autoconfiança, se comparados

os dois grupos, o que justifica a necessidade de pesquisas que esclareçam esses

achados.

Desse modo, torna-se pertinente aferir a satisfação e a autoconfiança dos

estudantes após vivenciarem uma experiência clínica simulada de alta fidelidade por

meio do instrumento Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning da

National League for Nursing.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

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• Avaliar a satisfação e a autoconfiança dos estudantes de Enfermagem em

experiências de aprendizagem por meio da simulação avançada.

1.3.2 Objetivos Específicos

Descrever as experiências de aprendizagem dos estudantes de

Enfermagem por meio de simulação avançada;

Avaliar o nível de satisfação na aprendizagem dos estudantes por meio da

simulação avançada;

Avaliar o nível de autoconfiança na aprendizagem dos estudantes por meio

da simulação avançada;

Associar o nível de satisfação com o nível de autoconfiança dos estudantes

por meio da simulação avançada.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO ___________________________________________________________________

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2.1 Evolução do Ensino em Enfermagem

A construção do conhecimento em Enfermagem tem evoluído muito com o

passar do tempo, o que permitiu a formação de um corpus científico que garantisse

a uniformidade da passagem da Enfermagem arte para a científica. Tudo começou

com Florence Nightingale, durante a guerra da Crimeia, a qual afirmava que a

enfermeira necessitava não apenas de ser dotada de compaixão, mas de

conhecimentos sólidos, o que demostra, na origem desta ciência, a tentativa da

formação de uma Enfermagem estruturada e científica (MARTINS et al., 2012).

Com o decorrer do tempo, a Enfermagem acabou por sofrer influência do

avanço tecnológico, percebendo-se, desde 1980, um despreparo dos profissionais

que atuavam na area da saúde devido à discrepância entre a formação e a realidade

vivenciada. Nesse sentido, intensificaram-se mobilizações de educadores na busca

por uma educação com formação mais crítica em prol das transformações sociais

vigentes na época (PEREIRA, 2003).

Com esses acontecimentos, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs),

substitutivas dos currículos mínimos, que vigoravam desde 1961, cuja abordagem

inibia a criatividade e a inovação das instituições brasileiras, passaram a propor uma

nova visão de educação, como processo contínuo, autônomo e permanente, com

foco na formação e na competência teórico-prática do profissional, adaptado às

novas técnicas e tecnologias (BRASIL, 2003). As DCNs para os cursos de

graduação em Enfermagem preconizam a formação de um enfermeiro generalista,

humanista, crítico e reflexivo, com o desenvolvimento de competências na atenção à

saúde (prevenção, promoção, proteção e reabilitação); tomada de decisões; domínio

da comunicação escrita, verbal, não verbal e de uma língua estrangeira; liderança;

além do domínio de tecnologias de comunicação; administração e gerenciamento; e,

por fim, educação permanente, compondo a formação do profissional de forma

holística e com qualidade (BRASIL, 2001).

Devido a essas inúmeras modernizações na construção das diretrizes

curriculares, a Enfermagem, como era conhecida historicamente, evoluiu na

tentativa de adequar a formação do acadêmico às novas demandas exigidas pelo

mercado nacional e internacional, buscando formar um profissional ético, político,

com responsabilidade e compromisso social, possuindo um raciocínio crítico e

criativo. Dessa maneira, obrigou as instituições formadoras e os docentes, principais

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responsáveis por esse processo, a se depararem com o desafio de adaptar sua

prática pedagógica às novas abordagens clínicas, no intuito de promover ao

estudante a procura ativa para o desenvolvimento de sua própria aprendizagem,

afastando o aluno da posição de receptor do conhecimento para integrador e

construtor permanente dos seus saberes (BAPTISTA et al., 2014a; FERNANDES,

2005).

Destarte, imagina-se que o acadêmico de Enfermagem, ao concluir o curso,

tenha adquirido conhecimentos, desenvolvido habilidades clínicas fundamentais

para a determinação de sinais e sintomas durante a avaliação do paciente, e

adquirido a capacidade de realizar intervenções rápidas e sistematizadas, de forma

objetiva e efetiva (MOURA, 2013). No entanto, para que a formação esperada seja

concretizada, não se depende apenas da casuística encontrada nos períodos do

Curso, mas de estratégias pedagógicas inovadoras que consigam desenvolver no

estudante a capacidade e a autoconfiança para tomada de decisões sustentadas em

evidências clínicas, utilizando-se de estratégias de ensino que possibilitem vivenciar

situações de alta complexidade para a concretização do pensamento crítico e para

tomada de decisão com segurança. Constrói-se, assim, um conhecimento fortalecido

nas bases educacionais e que preserva a segurança do paciente (MARTINS et al.,

2014).

Nessa pespectiva, a metodologia ativa de ensino, que utiliza experiências

clínicas reais ou simuladas, ao estimular a curiosidade do estudante, levando-o a

buscar conhecimentos e a tomar decisões para a solução do problema, configura-se

como sendo uma possibilidade para a concretização da mudança desse paradigma.

Ao mesmo tempo em que proporciona um ensino inovador com formação crítica e

criativa dos estudantes, essa nova metodologia de ensino distancia-se dos métodos

antigos – repetição e memorização – promovendo participação ativa do discente no

processo de conhecimento a partir de sua vivência e da intepretação do mundo ao

seu redor, aproximando o conhecimento adquirido na formação e as expectativas do

estudante com a clínica (OLIVEIRA, 2014; OLIVEIRA et al., 2014).

Além de corroborar com a ideia de que a busca do saber em Enfermagem deve

aproximar a educação teórica com a assistencial, necessitando de profissionais em

constante reflexão sobre suas atitudes na prática clínica, a metodologia ativa de

ensino demonstra ser um desafio e um estímulo constante para o docente, e visa

que o processo de ensino-aprendizagem seja crítico-reflexivo, com participação

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efetiva e consequente aproximação crítica com a realidade (SOBRAL; CAMPOS,

2012). Assim, atribui-se ao docente a função de facilitador nesse processo, ao

precisar adequar sua prática às novas técnicas de educação, que priorizem a

aquisição de habilidades por parte do aluno, com as quais deixará de ser mero

receptor para se tornar ser ativos de seu processo de ensino-aprendizagem

(SILVEIRA; ROBAZZI, 2011).

Diante disso, o desafio encontra-se na preocupação constante do docente em

repensar, reconstruir e reavaliar sua prática pedagógica acerca do processo

educativo, colocando o estudante como participante ativo (GOMES; GERMANDO,

2007). Dessa forma, a Enfermagem, ao vivênciar a metodologia ativa, evoluiu e

modernizou sua forma didática de ensinar, incluindo estudos de casos práticos,

criação de cenários clínicos, práticas laboratoriais e simulações clínicas, os quais

possuem características específicas de ensino, demonstrando o quanto o método

tradicional estava, aos poucos, tornando-se menos adequado para o

desenvolvimento de alguns tipos de aprendizagem (BAPTISTA et al., 2014a).

A simulação clínica surge, nesse sentido, como uma estratégia de ensino em

Enfermagem, capaz de oferecer uma possibilidade de experiência clínica real ou

parcial, aliada a um ambiente seguro, sem risco de quaisquer danos ao paciente,

facilitando a participação ativa do aluno e integrando o conhecimento teórico com o

prático, possuindo, ainda, a oportunidade de repetição e de análise do seu

desempenho (BLAND; TOPPING; WOOD, 2011).

2.2 Simulação clínica como estratégia de ensino em Enfermagem

A simulação clínica tem sido utilizada para promover a aprendizagem dos

estudantes de Enfermagem ao proporcionar um ambiente seguro e adequado para a

prática de habilidades e construção de pensamentos críticos, por meio da criação de

cenários clínicos com o propósito evidente de aprender a praticar procedimentos e

de tomada de condutas, além de oportunizar o conhecimento do funcionamento e a

interação dos sistemas orgânicos. Assim, proporciona-se interatividade e realismo

ao estudante, somados a um aprendizado consistente, à medida que também reduz

desfechos desfavoráveis do mundo real. Todavia, o máximo do seu expoente

dependerá da participação ativa dos estudantes, exigindo a necessidade de

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encararem a prática de forma legítima, autêntica e realista (KHALAILA, 2014;

BAPTISTA et al., 2014b).

A estratégia de simulação não é uma novidade para o ensino de Enfermagem,

pois, ainda em 1910, uma enfermeira solicitou a uma fábrica de brinquedos a criação

de uma boneca de tamanho adulto, conhecida como “Mrs. Chase”, que seria

utilizada para o ensino de habilidades específicas como a troca de roupa, mudanças

de decúbito e cuidados higiênicos, surgindo, então, os simuladores de baixa

fidelidade no ensino de Enfermagem. Somente por volta da década de 1960, a

empresa Laerdal® criou o primeiro simulador que recebeu o nome de Resusci

Annie®, por ter no rosto a aparêcia de uma jovem que teria morrido afogada no Rio

Sena, em Paris. Esse simulador, primeiramente, foi utilizado para práticas de

urgência e de emergência em situações que simulavam a respiração boca a boca.

Logo após algumas práticas, o manequim sofreu um simples aperfeiçoamento com a

colocação de molas que o fizesse ser útil em práticas de ressuscitação

cardiopulmonar (OLIVEIRA, 2014; WEAVER, 2011).

Em seguida, a mesma empresa criou o Harvey®, e, mesmo após 40 anos de

sua criação, ainda permanece sendo utilizado como um recurso didático no

treinamento de habilidades. Na década de 1980, surgiram os simuladores utilizados

pelos médicos anestesistas para a construção do conhecimento e para o

treinamento de habilidades. No ano 2000, por fim, a Laerdal® criou o SimMan®,

para o uso em simulações de alta fidelidade, começando a brotar a ideia da

simulação avançada como nova estratégia de ensino para os cursos de graduação

em Enfermagem (SKRABLE; FITZSIMONS, 2014).

No Brasil e em Portugal, o uso de simuladores no ensino de Enfermagem

demoraram um pouco mais para acontecer. Estudos como o de Martins et al. (2012)

afirmam que estudantes formados entre as décadas de 1970 e 1980 realizaram suas

primeiras práticas invasivas em colegas de classe ou em pacientes hospitalizados.

Nessa época, as escolas de Enfermagem não possuíam equipamentos e instalações

que permitissem aos estudantes o treinamento de procedimentos fundamentais para

o bom desenvolvimento da profissão e para a conquista de certas habilidades, antes

de sua inserção da prática clínica. Esse fator levava à possibilidade de erros

sequenciais na assistência de Enfermagem, promovendo uma assistência sem

segurança ao paciente. Esse estudo revela que entre 10 e 20% dos pacientes

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hospitalizados sofreram um evento adverso, por erros evitáveis, cometidos por

profissionais de saúde.

Por isso, em 1999, a segurança do paciente passou a ser foco de debates e

reuniões científicas com a divulgação do relatório “Errar é humano: construindo um

sistema de saúde mais seguro” (“To Err is Human: Bulding a Safer Health System”),

pelo Instituto Americano de Medicina, que estimou um número de 44.000 a 98.000

mortes por erros de profissionais da saúde nos Estados Unidos. A partir de então,

chamou-se a atenção das autoridades e dos responsáveis pela educação nacional

americana, para a importância da segurança do paciente, o que levou ao aumento

do uso da simulação clínica na formação desses profissionais (KOHN, 1999;

OLIVEIRA et al., 2014).

Nessa pespectiva, Gaba (2009) ratifica que a segurança do paciente é possível

com a substituição do ensino didático tradicional por uma metodologia mais ativa,

tendo a simulação como uma técnica que oportuniza a substituição de experiências

reais por experiências guiadas, imitando um paciente real e possibilitando uma

interação com o estudante, ao tratar-se de uma SAF.

A preocupação das instituições com a promoção da segurança do paciente

deve-se a elevados gastos no tratamento de pacientes que sofreram algum tipo de

dano físico, ocasionado por condutas errôneas de estudantes ou profissionais de

saúde sem experiência clínica ou sem conhecimento e confiança suficientes para a

conduta escolhida. Essa perspectiva reforça a utilização da simulação como

proposta inovadora e complementar no ensino de Enfermagem, permitindo ao

estudante uma aprendizagem gradual e segura, que só ela permite vivenciar

(LASATER, 2005).

Jeffries (2005) afirma que a simulação é uma estratégia de aprendizagem ativa,

centrada no estudante, na qual o professor atua apenas como facilitador da

aprendizagem. Em seu modelo teórico, Jeffries (2005) pressupõe que para a

obtenção de resultados significativos com a simulação é necessário uma interação

do professor como facilitador, do estudante/participante, das expectativas e dos

papéis desempenhados por cada um na simulação clínica.

Na análise do modelo de simulação de Jeffries (2005), observa-se no

componente facilitador um destaque importante para o professor, ao possuir uma

influência significativa no desfecho da simulação, em que se deve manter

observador durante a simulação e, apenas no debriefing, conduzir a experiência

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vivenciada pelos estudantes. O professor desempenha, assim, os papéis de

facilitador e de avaliador, respectivamente, sendo importante salientar que esse

componente agrupa a variável demográfica como potencial influenciadora na

performance do professor durante a simulação clínica.

Em relação aos participantes, o modelo pressupõe que esses são

responsáveis por sua própria aprendizagem, necessitando de incentivos e de apoio

ao reconhecer que os erros fazem parte do processo. Dessa maneira, é importante

que eles conheçam as regras básicas da simulação e que minimizem a

concorrência, pois isso poderá aumentar a ansiedade e o estresse, desfavorecendo

conquistas como a satisfação e a autoconfiança com a aprendizagem. O modelo

ainda é composto pelos componentes de práticas educativas, características do

desenho da simulação e os resultados, tendo, este útimo, variáveis como a

avaliação da aprendizagem, o desempenho nas habilidades, pensamento crítico e

avaliação da satisfação e da autoconfiança dos estudantes com a aprendizagem

aquirida por meio da simulação (JEFFRIES, 2005).

Assim, a simulação de alta fidelidade, como prática realística, possui o

potencial de envolver os sentidos tátil, visual e auditivo dos seus participantes,

fornecendo um estilo de aprendizagem diferenciada ao estudante (BLAND;

TOPPING; WOOD, 2011). Jeffries (2005) e Moura (2013) afirmam que a simulação é

contemplada por vários momentos, descritos da seguinte forma: quando o

estudante/participante chega no cenário de simulação, disponibiliza-se um tempo

específico para o reconhecimento e a familiarização do ambiente, dos

equipamentos, dos manequins e suas funções, a fim de que o estudante tenha

concentração nos objetivos da aprendizagem que será proposta (pré-simulação).

Após essa análise, o estudante iniciará a simulação, fase denominada de

intrasimulação, tendo no final a pós-simulação com a execução do debriefing.

A variável debriefing trata-se especificamente da ponte entre a teoria e a

prática, necessitando acontecer em qualquer tipo de simulação: baixa, moderada ou

alta fidelidade, com objetivo único de promover o pensamento reflexivo no

estudante, além de auxiliar a transferência da competência adquirida para um

ambiente real (MOURA, CALIRI, 2013). Nessa fase reflexiva, os estudantes são

estimulados a desenvolver novos conhecimentos, percepções, condutas e

julgamentos clínicos, a partir do evento vivenciado na simulação (RUDOLPH et al.,

2008).

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O sucesso dessa fase estará diretamente associado à honestidade dos

estudantes na apreciação de suas próprias falhas e na mediação orientada pelo

professor e, assim, quanto melhor for essa mediação, mais eficaz será a estratégia

de simulação, o que poderá favorecer a construção de experiências necessárias

para garantir a segurança do paciente (MOURA, CALIRI, 2013).

2.3 Satisfação e autoconfiança com a simulação clínica

Satisfação é uma unidade de medida utilizada para avaliar o ensino, o docente

e a universidade, por meio da simulação clínica, diante da demanda por melhorias

significativas na qualidade do ensino (BAPTISTA et al., 2014a). Jeffries (2005)

relata, em seu estudo, que os estudantes, ao participarem de simulações clínicas

bem organizadas, afirmaram estar animados e motivados para participar, com a

intenção de aprender mais e conquistar autoconfiança para a tomada de decisões.

Nesse pensamento, sabe-se que a satisfação do estudante está diretamente ligada

à sua motivação para aprender. Pode-se, assim, afirmar que um estudante motivado

aprende mais e melhor, pois acredita que o potencial da sua aprendizagem será útil

em situações clínicas futuras (ZULKOSKY, 2012).

Ao analisar o último componente do modelo de ensino em simulação de

Jeffries (2005), percebe-se que, dentre as cinco variáveis dispostas, encontram-se

duas muito importantes para a pesquisa: a satisfação do estudante e a

autoconfiança como a aprendizagem. Contudo, outras variáveis tembém completam

esse componente modelo teórico de Jeffries: a aprendizagem, o desempenho de

habilidades e o pensamento crítico. Segundo Moura (2013), com o avançar das

pesquisas, diversos outros resultados têm sido mostrados como participantes desse

componente: a interdisciplinaridade, o julgamento clínico, a comunicação, a

cooperação, dentre outros.

Nesse sentido, a National League for Nursing (NLN) desenvolveu um questionário

nomeado como Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning, na tentativa de

projetar, implementar e avaliar a estratégia de ensino por meio da simulação clínica.

Após análises do instrumento, percebeu-se que sua composição era realizada em

duas partes: a satisfação atual da aprendizagem, com cinco itens afirmativos; e a

autoconfiança na aprendizagem, com oito itens afirmativos. Desse modo, esse

instrumento de 13 itens é pontuado em uma escala do tipo Likert, de 5 pontos,

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possuindo uma variação de 1 (discordo fortemente da afirmação) a 5 (concordo

fortemente com a afirmação) (JEFFRIES; RIZZOLO, 2006).

Nesse sentido, ao analisar estudos que utilizaram o instrumento, Zulkosky

(2012) revelou que alunos que participaram de simulações de alta fidelidade

estavam mais satisfeitos com a experiência clínica simulada, se comparado aos

estudantes que participaram de simulações de baixa fidelidade. No entanto, ao

analisar a autoconfiança, estudos como os de Goldenberg et al. (2005) e de Cioffi et

al. (2005) afirmam ter encontrado níveis elevados de autoconfiança após a

participação de estudantes em cenários clínicos. Em contrapartida, Brannan et al.

(2008) não encontraram diferença significativa para essa variável, ao comparar os

estudantes que participaram da simulação clínica com outros que apenas assistiram

uma palestra teórica.

Martins et al. (2014) e Silveira e Robazzi (2011), ao analisarem a variável

autoconfiança, perceberam evidências clínicas de que os estudantes que atingem

melhores níveis de autoconfiança com a simulação clínica, possuem maior

probabilidade de ser bem sucedidos em intervenções clínicas reais, utilizando o

conhecimento, a habilidade e a atitude conquistadas por essa estratégia de ensino.

Assim, de acordo com esses autores, pode-se afirmar que a conquista da

autoconfiança acontecerá por meio de experiências clínicas repetidas e o

conhecimento será adquirido diante das condutas que poderão ser tomadas.

Martins et al. (2014) afirmam que, ao analisar vários enfermeiros em situações

clínicas simuladas ou reais, percebe-se que os erros mais comuns obtidos durante a

prática de reanimação cardiorrespiratória encontram-se na análise crítica da causa

que levou o paciente a entrar em parada cardiorrespiratória, levando a perceber o

porquê da situação crítica vivênciada pelo paciente. Dessa maneira, demonstraram-

se níveis elevados de ansiedade e de baixa autoconfiança dos participantes.

Percebe-se, a partir da literatura produzida na área, que a repetição da prática

de simulação clínica demonstra um ganho satisfatório de autoconfiança ao

estudante, pois oportuniza a vivência daquela situação clínica de forma repetida em

diversos ângulos e possibilidades de condutas clínicas. Assim, a simulação acaba

sendo o elo para a conquista dessa autoconfiança, já que o ambiente poderá ser

repetido várias vezes, de forma segura, sem prejuízo para o paciente e sem perda

de tempo em condutas. No entanto, ainda não existe evidência clínica da prática

simulada, sabendo-se apenas da sua contribuição para aumentar a autoconfiança

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do estudante, quando comparada à formação teórica tradicional (BAPTISTA et al.,

2014b; KUZNAR, 2007; SMITH; ROEHRS, 2009).

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39

3 METODOLOGIA

___________________________________________________________________

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3.1 Tipo de Estudo

Estudo descritivo, analítico e transversal.

3.2 Local do Estudo

O desenvolvimento do estudo ocorreu em espaço virtual. Os estudantes que

participaram da pesquisa receberam por e-mail o instrumento “Satisfação dos

estudantes e Autoconfiança na aprendizagem”, compilado para a ferramenta Google

Drive.

As simulações clínicas ocorreram no Laboratório de Simulação de Práticas

Clínicas em Enfermagem e Saúde (SIMENF – Saúde). Trata-se de um laboratório

reformado e ampliado com recursos próprios da UFPI, os quais possibilitaram, além

da construção, a aquisição de manequins de alta fidelidade. Realizaram-se

treinamentos com os docentes da instituição para a utilização como estratégia de

ensino “piloto” da simulação clínica avançada.

A infraestrutura do SIMENF-Saúde está divida em três espaços projetados

primeiramente pela Corporação Laerdal Brasil, e adaptados pela equipe de

arquitetura da UFPI (Anexo A – Planta). Ao avaliar o Anexo A, percebe-se que no

espaço 1 localiza-se a entrada do laboratório, seguido da sala de estoque de

material e, por fim, a sala de treinamento das habilidades. Ao visualizar o espaço 3,

percebe-se rapidamente que esse possui uma entrada independente, sendo

observado no espaço uma enfermaria com seis leitos (três adultos, dois infantis e

uma incubadora) e um banheiro adaptado para acessibilidade.

O espaço 2 é subdivido em três ambientes separados por um espelho

unidirecional, no qual o participante localizado no ambiente central, nomeado como

“Estação de Simulação Avançada”, não consegue visualizar que está nos outros

ambientes. Na primeira porção do espaço 2, próximo à entrada no laboratório, está a

sala de avaliação de desempenho, conhecida como debriefing. No ambiente

localizado do outro lado da “Estação de Simulação Avançada”, a “Sala de Controle”,

onde um técnico ou o professor/facilitador opera um software durante a simulação

clínica avançada. Importante salientar que o acesso a essa sala só é permito pelo

ambiente da Estação de Simulação Avançada. Assim, o participante fica

possibilitado de saber que está sendo avaliado pelo professor durante a simulação,

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mesmo não conseguindo visualizá-lo devido à presença dos espelhos unidirecionais.

O manequim utilizado nessas simulações é o SimMan, versão 3.2, da Laerdal, que

representa um adulto, com tamanho e pesos articulados e forma realista, sendo

operado por software, podendo, no momento da simulação, criar respostas

fisiológicas, emitir sons e fala, além de cronometar o tempo da simulação clínica.

3.3 População e Amostra

A população foi constituída por estudantes do último ano do curso de

Enfermagem, que estavam devidamente matrículados, e egressos do ano de 2013 e

2014 do mesmo curso da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Importante salientar

que os estudantes egressos de 2013 e 2014 ocupavam essa posição apenas

durante a realização da coleta de dados, pois durante a experiência de simulação

avançada vivenciada, ainda eram estudantes do último ano do curso. A escolha por

esses estudantes justifica-se pelo fato de a instituição possuir um “Laboratório de

Simulação de Práticas Clínicas em Enfermagem e Saúde”.

A amostra constitui-se do tipo não probabilística por julgamento ou

intencional, um tipo de amostra em que o pesquisador usa o seu julgamento para

selecionar os membros da população que são fontes de informação precisa. Nessa

pespectiva, gerou-se um total de 43 participantes.

3.4 Procedimento da Coleta de Dados

O período da coleta de dados ocorreu nos meses de dezembro de 2014 a

Janeiro de 2015, mediante o envio, por e-mail, da versão traduzida do Português de

Portugal para o Português brasileiro do instrumento (Anexo E) Student Satisfaction

and Self-Confidence in Learning (Anexo F), compilado para a ferramenta do Google

Drive (Apêndice A).

O acesso ao endereço de e-mail dos participantes da pesquisa foi obtido por

meio da coordenação do curso de Enfermagem. Com os estudantes que, por algum

motivo, não possuíam dados cadastrais atualizados na coordenação foi feito contato

por telefone, para obtenção do endereço de e-mail oficial, utilizado no momento da

pesquisa.

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O instrumento foi enviado para todos, com o prazo de 60 dias para retorno

das respostas. As SAFs que aconteceram no SIMENF ocorreram em oito tipos de

cenários específicos, sendo cinco referentes ao ambiente hospitalar (centro

cirúrgico, unidade de terapia intensiva e unidade de internação), e três de saúde

pública (visita domiciliar). O período de realização desses cenários ocorreu de

setembro de 2013 a setembro de 2014, com participação de 81 estudantes. Desses,

apenas 43 responderam o instrumento submetido via e-mail no período solicitado

para a coleta de dados.

O processo de envio do instrumento para os estudantes ocorreu após a

constatação, por meio do sistema do Google Drive, de que os 81 e-mails informados

constavam como endereços eletrônicos diferentes, sem repetições. Assim, gerou-se

um link e o envio do instrumento dava-se automaticamente para o endereço de e-

mail de todos os estudantes. Esses, ao acessarem sua caixa de entrada, verificavam

a solicitação para participação da pesquisa. Na abertura do e-mail, o estudante

deparava-se com um texto detalhado, informando os objetivos da pesquisa,

indicando, no final, duas opções para o estudante: acessar o instrumento

diretamente pelo link disponibilizado na parte superior do e-mail, logo após o texto

inicial; ou responder no próprio e-mail, já que o instrumento estava integrado logo

abaixo, sem a necessidade de realizar download do arquivo.

Os cinco itens referentes a cada afirmação do instrumento possuíam espaços

específicos para que os estudantes realizassem a marcação do item correto e

enviassem, ao fim, suas respostas para o banco de dados oficial da pesquisa.

Assim, após o término, os estudantes poderiam enviar diretamente o arquivo

clicando na parte inferior direita da tela, em uma barra que identificada como

“Enviar”, sendo impossibilitada a edição ou a bsubstituição do arquivo, após o envio,

devido ao bloqueio automático do sistema.

A pesquisa utilizou como critérios de inclusão: ser estudante do último ano do

curso de Enfermagem ou egresso do ano de 2013 ou 2014, do mesmo Curso, da

UFPI. Aos que atendiam esses quesitos, optou-se por avaliar os seguintes critérios

de exclusão: aqueles estudantes que não participaram de, no mínimo, duas

simulações clínicas de alta fidelidade; ou que não estavam devidamente

matriculados no curso de Enfermagem.

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3.4.1 Instrumento da Coleta de dados

O instrumento utilizado neste estudo foi a Student Satisfaction and Self-

Confidence in Learning (Satisfação dos estudantes e autoconfiança na

aprendizagem). Criado pela National League for Nursing na tentativa de avaliar os

resultados alcançados de acordo com o modelo teórico de simulação de Jeffries

(2005), o qual hoje pertence a essa Liga, intitulado como Modelo de Simulação

National League for Nursing/Jefries (2012) (LA FOUND; VICENT, 2013).

Ao avaliar o modelo, percebeu-se que o último componente, resultados,

poderia sofrer influência dos outros componentes reconhecidos como:

professor/facilitador, estudante/participante, práticas educacionais e características

do desenho da simulação. Nesse sentido, pensou-se em criar um instrumento que

pudesse aferir duas variáveis do componente resultados – a satisfação e a

autoconfiança. Surgiu, assim, a Student Satisfaction and Self-Confidence in

Learning, juntamente com outros dois instrumentos, Educational Practices

Questionnaire e Simulation Design Scale, que não foram utilizados nesta pesquisa,

mas que possuem grande valia para o ensino em simulação clínica. Ainda é

importante salientar que todos esses instrumentos foram desenvolvidos com o intuito

de projetar, implementar e avaliar a simulação como estratégia de ensino em

Enfermagem (JEFFRIES, 2005; JEFFRIES; ROGERS, 2007; TOSTERUD et al.,

2014).

Considerando esse instrumento apropriado para testes psicométricos, e

analisando-o detalhadamente, percebe-se que se trata especificamente de duas

variáveis: a satisfação com a aprendizagem atual; e a autoconfiança na

aprendizagem. Em relação à primeira, encontram-se cinco itens relacionados à

atividade de simulação; e, na segunda, oiti itens que aferem a autoconfiança do

estudante sobre aquisição de habilidades e conhecimentos adquiridos ou

fortalecidos por meio da simulação clínica vivenciada.

Portanto, o instrumento possui 13 itens. Para a obtenção de respostas sobre

as afirmativas do instrumento, é utilizada uma escala de classificação do tipo Likert,

com cinco pontos (discordo fortemente da afirmação, discordo da afirmação, não

discordo nem concordo, concordo com a afirmação, concordo fortemente com a

afirmação), que variavam de 1 a 5, respectivamente. A confiabilidade foi testada

utilizando o alfa de Cronbach, tendo a satisfação com a aprendizagem atual obtido

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valor de 0,94 e a autoconfiança na aprendizagem 0,87 (FRANKLIN et al., 2014;

TOSTERUD et al., 2014). Em estudos comparativos, como o de Fountain e Alfred

(2009), obteve-se um alfa de Cronbach de 0,91 para satisfação e 0,84 para

autoconfiança.

Existem, assim, dois aspectos importantes para serem comentados: o

primeiro refere-se ao instrumento utilizado na pesquisa, que foi traduzido da versão

portuguesa para a versão em Português brasileiro por dois autores, no ano de 2014,

Dr. Rodrigo Guimarães dos Santos Almeida e Dra. Isabel Amélia Costa Mendes,

professores da Escola de Enfermagem da Univerdidade de São Paulo, de Ribeirão

Preto, que autorizaram, por e-mail (Anexo G), a utilização do intrumento nesta

pesquisa, com o envio do instrumento traduzido e adaptado para o Português

brasileiro. Contudo, os autores não disponibilizaram a versão final do seu trabalho

para análise e construção de dados mais atualizados sobre a utilização desse

instrumento na simulação clínica, justificando que o artigo original estava em análise

de publicação em uma revista científica internacional.

Quanto ao segundo, trata-se do fato de os estudantes participantes desta

pesquisa não tiveram o modo de simulação clássica (aula teórica, treinamento de

habilidades e simulação avançada) realizados pelo mesmo docente. A SAF na qual

eles participaram realizou-se no último ano do Curso em disciplinas específicas da

matriz curricular referentes aos Estágios Curriculares I e II. As simulações ocorreram

com cenários em ambiente hospitalar (centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva

e unidade de internação) e em saúde pública com visitas domiciliares. Nesse

sentido, o assunto abordado na simulação foi ministrado por outros docentes que

não participaram como facilitadores na simulação avançada, tendo sido ainda, as

aulas teóricas sobre o assunto abordado na simulação avançada realizadas em

períodos retrógrados do Curso.

No intrumento compilado para a coleta de dados, ainda foi elaborado, pelo

autor, ao fim dos 13 itens, três perguntas para a análise do perfil sociodemográfico

dos estudantes que participaram do estudo. Teve-se o cuidado para compilar o

instrumento de uma forma que não permitisse ao estudante a edição de suas

respostas após o envio completo do arquivo, sem a concessão de funcionabilidade

do link quando enviado a terceiros, para que, assim, excluísse a possibilidade de

participação de estudantes que não respondessem aos itens de inclusão da

pesquisa.

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O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice B) foi

enviado em anexo com o instrumento. Os estudantes poderiam assinar de forma

presencial no Departamento de Enfermagem da UFPI ou enviar em anexo,

juntamente com suas respostas por e-mail. Optou-se por não realizar o pré-teste,

devido à população ser pequena e por constituir a amostra que seria utilizada no

estudo, o que a reduziria significativamente. Destaca-se, ainda, o fato de o

instrumento utilizado já ter sido previamente testado e validado em população-alvo

semelhante.

Dessa forma, percebeu-se, por meio de achados na literatura, que a dispensa

da realização do pré-teste é justificada quando se utiliza de instrumentos que já

tiveram propriedades métricas como confiabilidade e validade testadas

anteriormente, principalmente quando se tem uma população-alvo semelhante,

podendo, assim, garantir a qualidade do instrumento para o que se deseja aferir

(CONTANDRIOPOULOS et al., 1999).

3.5 Análise Estatística

3.5.1 Análise da confiabilidade dos questionários

A análise da confiabilidade do questionário sobre satisfação dos estudantes

e autoconfiança na aprendizagem foi feita por meio do coeficiente alfa de Cronbach.

A consistência interna refere-se ao grau de uniformidade e de coerência entre as

respostas dos participantes da pesquisa a cada um dos itens que compõem a prova,

isto é, avalia o grau em que a variância geral dos resultados se associa ao somatório

da variância item por item. Valores de alfa de Cronbach acima de 0,6 foram

considerados aceitáveis para o estudo.

3.5.2 Caracterização da população de estudo (Análise univariada)

Realizou-se a análise descritiva por meio das médias, dos desvios-padrão,

dos valores mínimos e máximos dos escores das variáveis quantitativas e das

proporções para as variáveis qualitativas. O questionário sobre a satisfação dos

estudantes e autoconfiança na aprendizagem foi avaliado pelo teste de Kolmogorov-

Smirnov para verificar a aderência dos domínios à distribuição normal, determinando

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os tipos de testes estatísticos a serem utilizados: Ho: os dados seguem distribuição

normal; e H1: os dados não seguem distribuição normal. Assim, como os dados

seguiram tendência de normalidade, foram utilizados testes paramétricos.

3.5.3 Análise dos fatores associados à satisfação dos estudantes e à

autoconfiança na aprendizagem (Análise bivariada)

Utilizou-se, para a análise da correlação entre as variáveis do questionário

sobre satisfação dos estudantes e autoconfiança na aprendizagem, por meio do

coeficiente de correlação de Pearson. Para a associação das médias do

questionário sobre satisfação dos estudantes e autoconfiança na aprendizagem,

segundo as categorias das variáveis qualitativas dicotômicas, foi utilizado o teste t

student, e para comparação das médias entre as variáveis qualitativas com três ou

mais categorias, foi utilizado o teste Anova.

3.5.4 Nível de significância e Programa de computador

Em todas as análises realizadas foi utilizado o nível de significância de 5%

(p<0,05). Para a realização das análises, utilizou-se o SPSS para Windows, versão

18.0.

3.6 Aspectos Éticos

O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), conforme

cadastro na Plataforma Brasil, obtendo autorização com o CAAE nº

39524214.2.0000.5584.

Importante salientar que todos os aspectos contidos na resolução 466, de 12

de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, que trata da ética em

pesquisa envolvendo seres humanos, foram respeitados. Garantiu-se a

confidencialidade, a privacidade, a proteção da imagem, a não estigmatização e a

não utilização de informações que conferissem prejuízos às pessoas envolvidas.

Submeteu-se aos participantes o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE), conforme esclarecem os dispositivos dessa mesma resolução 466/2012

(Apêndice B).

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4 RESULTADOS

___________________________________________________________________

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4.1 Caracterização do perfil sociodemográfico

Tabela 1 – Caracterização do perfil sociodemográfico dos estudantes de Enfermagem

participantes da pesquisa (n=43). Teresina-PI, 2015

Variáveis N % Média (D.P)

Sexo Feminino 36 83,7 Masculino 07 16,3 Faixa Etária (anos) 21 – 23 31 72,1 24 – 26 12 27,9 23,0 (1,3) Ano de Formação Acadêmica Acadêmico 18 41,9 2013 04 9,3 2014 21 48,8

Total 43 100,0

Fonte: O Autor.

Na análise do perfil sociodemográfico, observou-se a predominância do sexo

feminino 36(83,7%), com maior faixa etária entre 21-23 anos (72,1%), tendo

participação predominante de egressos do ano de 2013 e 2014 com 25 (58,1%).

(Tabela 1).

4.2 Relação da satisfação e da autoconfiança dos participantes com o perfil

sociodemográfico

Tabela 2 – Análise da Satisfação e da Autoconfiança dos estudantes relacionadas ao perfil

sociodemográfico (n=43). Teresina-PI, 2015

Satisfação Autoconfiança

Média D.P Média D.P

Sexo Feminino 3,26 0,64 2,75 0,83 Masculino 3,11 0,66 3,43 0,40

p 0,600 0,043 Faixa etária

21-23 anos 3,21 0,71 2,91 0,84 24-26 anos 3,28 0,45 2,72 0,77

p 0,751 0,479 Ano de formação acadêmica

Ainda sou acadêmico 3,55 0,44 2,90 0,62 2013 3,19 0,72 2,87 0,99 2014 3,21 0,58 2,94 0,65

p 0,591 0,826 *Teste t student, Teste Anova Fonte: O Autor.

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Em relação à variável gênero, obteve-se diferença significativa apenas no

sexo masculino sobre a variável autoconfiança, com média de 3,43, comparada a

2,75 para o sexo feminino (p = 0,043) (Tabela 2).

Notou-se, nas demais variáveis, que devido à aproximação relativa entre as

médias não se obteve diferença significativa ao avaliar a relação da variável

sociodemográfica com a satisfação e a autoconfiança dos estudantes. Fato

justificado pelos resultados encontrados com valor de p superiores a 0,05 (Tabela 2).

4.3 Avaliação do nível de satisfação e de autoconfiança dos estudantes com a

experiência de simulação avançada, utilizando a Student Satisfaction and

Self-Confidence in Learning

Tabela 3 – Avaliação da satisfação dos estudantes (n=43) com a experiência de simulação avançada (n=43). Teresina – PI, 2015.

Satisfação DF D I C CF

% % % % %

Métodos de ensino utilizados foram úteis e eficazes 18,6 11,6 7,0 60,5 2,3 Variedade de materiais didáticos e atividades 9,3 20,9 16,3 53,5 - Gostei do modo como meu professor ensinou 20,9 9,3 2,3 62,8 4,7

Materiais didáticos utilizados foram motivadores e ajudaram a aprender

16,3 9,3 14,0 55,8 4,7

A forma como meu professor ensinou foi adequada ao meu modo de aprendizagem

9,3 7,0 23,3 53,5 7,0

DF: Discordo da afirmação; D: Discordo; I: Indeciso – nem concordo nem discordo; C: Concordo; CF: Concordo fortemente.

Fonte: O Autor.

Observa-se que todos os cinco itens referentes à variável satisfação

apreciados por meio da escala Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning

(Satisfação dos Estudantes e Autoconfiança na aprendizagem) obtiveram resultados

apreciáveis e significativos com valores superiores a 53,5%. Na terceira afirmação,

que obteve valor de 67,5% para “concordo” e “concordo fortemente com a

afirmação”, demonstram-se níveis elevados de satisfação dos estudantes com a

experiência de simulação clínica (Tabela 3).

Tabela 4 – Avaliação da autoconfiança dos estudantes (n=43) com a experiência de simulação avançada, utilizando o instrumento original. Teresina – PI, 2015.

Autoconfiança DF D I C CF

% % % % %

Domínio do conteúdo da atividade de simulação 2,3 14,0 27,9 53,5 2,3 Incluiu conteúdo necessário para o domínio da disciplina 9,3 16,3 16,3 55,8 2,3

Desenvolvendo habilidades e obtendo conhecimentos para 34,9 7,0 9,3 41,9 7,0

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50

executar procedimentos no ambiente clínico Meu professor utilizou recursos úteis para ensinar 18,6 4,7 9,3 65,1 2,3

É minha responsabilidade, como aluno, aprender o que eu preciso na simulação

51,3 - 11,6 34,9 2,3

Saber como obter ajuda caso necessite 27,9 4,7 25,6 39,5 2,3 Sabe utilizar a simulação para aprender as habilidades 20,9 4,7 25,6 48,8 - Responsabilidade do professor dizer o que eu preciso

aprender na temática desenvolvida 20,9 25,6 14,0 32,6 7,0

DF: Discordo fortemente a afirmação; D: Discordo; I: Indeciso – nem concordo nem discordo; C: Concordo; CF: Concordo fortemente.

Fonte: O Autor.

Ao se avaliar os itens referentes à autoconfiança na aprendizagem dos

estudantes, obtiveram-se valores superiores se comparados aos outros itens da

escala do tipo Likert, demonstrando uma autoconfiança satisfatória dos estudantes.

Notou-se que em apenas uma afirmação foi encontrado um valor de 51,3% dos

estudantes que discordaram fortemente da afirmação de que é responsabilidade do

aluno aprender o que ele precisa na simulação (Tabela 4).

Tabela 5 – Avaliação da autoconfiança dos estudantes (n=43) com a experiência de simulação avançada, com ausência de três itens do instrumento original. Teresina – PI, 2015.

Autoconfiança DF D I C CF

% % % % %

Desenvolvendo habilidades e obtendo conhecimentos para executar procedimentos no ambiente clínico

34,9 7,0 9,3 41,9 7,0

Meu professor utilizou recursos úteis para ensinar 18,6 4,7 9,3 65,1 2,3 É minha responsabilidade, como aluno, aprender o que eu

preciso na simulação 51,3 - 11,6 34,9 2,3

Saber como obter ajuda caso necessite 27,9 4,7 25,6 39,5 2,3 Sabe utilizar a simulação para aprender as habilidades 20,9 4,7 25,6 48,8 -

DF: Discordo fortemente a afirmação; D: Discordo; I: Indeciso – nem concordo nem discordo; C: Concordo; CF: Concordo fortemente.

Fonte: O Autor.

Devido ao modelo de simulação avançada realizado no estudo, avaliou-se a

variável autoconfiança com a retirada de três itens (“Domínio do conteúdo da

atividade de simulação”; “Incluiu conteúdo necessário para o domínio da disciplina”;

“Responsabilidade do professor dizer o que eu preciso aprender na temática

desenvolvida”) que poderiam influenciar nos resultados. No entanto, observou-se

que mesmo com a retirada dos itens, permaneceram os mesmos resultados da

tabela anterior, tendo como resultado a obtenção de uma autoconfiança satisfatória

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dos estudantes que participaram da experiência de simulação clínica avançada

(Tabela 5).

Tabela 6 – Análise do Alfa de Cronbach referentes às variáveis satisfação e autoconfiança na aprendizagem dos estudantes (n=43) por meio da experiência de simulação avançada. Teresina-PI, 2015.

Média D.P Mediana

Alfa se item

deletado Satisfação Métodos de ensino utilizados foram úteis e eficazes 3,16 1,25 4,00 0,610

Variedade de materiais didáticos e atividades 3,14 1,06 4,00 0,608 Gostei do modo como meu professor ensinou 3,21 1,32 4,00 0,567

Materiais didáticos utilizados foram motivadores e ajudaram a aprender

3,23 1,21 4,00 0,592

A forma como meu professor ensinou foi adequada ao meu modo de aprendizagem

3,42 1,05 4,00 0,576

Autoconfiança Domínio do conteúdo da atividade de simulação 3,40 0,85 4,00 0,609 Incluiu conteúdo necessário para o domínio da

disciplina 3,26 1,07 4,00 0,626

Desenvolvendo habilidades e obtendo conhecimentos para executar procedimentos no ambiente clínico

2,79 1,47 3,00 0,568

Meu professor utilizou recursos úteis para ensinar 3,28 1,22 4,00 0,537 É minha responsabilidade, como aluno, aprender o

que eu preciso na simulação 2,37 1,46 1,00 0,594

Sabe como obter ajuda caso necessite 2,84 1,29 3,00 0,555 Sabe utilizar a simulação para aprender as

habilidades 3,02 1,18 3,00 0,542

Responsabilidade do professor dizer o que eu preciso aprender na temática desenvolvida

2,79 1,30 3,00 0,628

Total da escala (alfa total) 3,07 0,51 3,15 0,607 Fonte: O Autor.

Com a análise estatística sobre o alfa de Cronbach, obteve-se um valor total

sobre a escala de 0,607. Entretanto, é importante analisar os dois primeiros itens da

variável satisfação que obtiveram alfas superiores ao alfa total, 0,610 e 0,608,

respectivamente, e os três itens na variável autoconfiança que também tiveram alfas

de Cronbach superiores ao alfa total, como observado nos dois primeiros itens

(0,609, 0,626) e no último (0,628) (Tabela 6).

Tabela 7 – Análise do alfa de Cronbach referente às variáveis satisfação e autoconfiança na aprendizagem dos estudantes por meio da experiência de simulação avançada, após excluir três itens da variável autoconfiança . Teresina-PI, 2015

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Média D.P Mediana Alfa se

item deletado

Satisfação Métodos de ensino utilizados foram uteis e eficazes 3,16 1,25 4,00 0,651

Variedade de materiais didáticos e atividades 3,14 1,06 4,00 0,651 Gostei do modo como meu professor ensinou 3,21 1,32 4,00 0,623

Materiais didáticos utilizados foram motivadores e ajudaram a aprender

3,23 1,21 4,00 0,631

A forma como meu professor ensinou foi adequada ao meu modo de aprendizagem

3,42 1,05 4,00 0,632

Autoconfiança Desenvolvendo habilidades e obtendo

conhecimentos para executar procedimentos no ambiente clínico

2,79 1,47 3,00 0,633

Meu professor utilizou recursos úteis para ensinar 3,28 1,22 4,00 0,585 É minha responsabilidade, como aluno, aprender o

que eu preciso na simulação 2,37 1,46 1,00 0,646

Sabe como obter ajuda caso necessite 2,84 1,29 3,00 0,612 Sabe utilizar a simulação para aprender as

habilidades 3,02 1,18 3,00 0,607

Total da escala (alfa total) 3,07 0,51 3,15 0,652 Fonte: O Autor.

Após retirada de itens da variável autoconfiança, que possuíam valor de alfa

superior ao total e que não representavam o tipo de simulação avançada realizada,

obteve-se elevação não significativa do valor de alfa total (0,652).

4.4 Análise da comparação entre as variáveis satisfação e autoconfiança na

aprendizagem

Figura 1 – Associação entre as variáveis satisfação e autoconfiança na aprendizagem por

parte dos estudantes da pesquisa (n=43)

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O gráfico de dispersão acima demonstra a correlação entre as variáveis da

pesquisa com a obtenção de uma reta inclinada com os pontos próximos à reta, o

que ratifica a correção como moderada obtendo um r = 0,438.

O R² Linear de 0,192 analisado graficamente demonstra o quanto a satisfação

responde à autoconfiança, assim, pode-se confirmar que 19,2% da satisfação está

relacionado com a autoconfiança. Obteve-se um valor significativo do p = 0,003,

demonstrando que quanto melhor a satisfação, melhor será a autoconfiança do

aluno (Figura 1).

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5 DISCUSSÃO

___________________________________________________________________

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55

5.1 Análise do perfil sociodemográfico dos participantes do estudo

relacionados à satisfação e à autoconfiança com a experiência de simulação

avançada

Em relação aos 43 estudantes que participaram da pesquisa, constatou-se

uma predominância significativa do sexo feminino (83,7%), o que provavelmente é

justificado pela própria história do curso de Enfermagem. Essa ciência surgiu com

Florence Nightingale, tendo o caminho da sua história marcado por valorosas

mulheres como as Irmãs de Caridade, que fortaleceram a Enfermagem como

profissão e, aos poucos, com o aparecimento de outras mulheres importantes,

conseguiram modificar o pensamento da Enfermagem filantrópica e caritativa para

uma mais científica e profissional (LOPES; LEAL, 2005) (Tabela 1).

A partir desses aspectos, nota-se a evolução da profissão de Enfermagem

como feminina, por historicamente o cuidado ser uma atribuição da mulher. Contudo,

nas últimas décadas, o sexo masculino está cada vez mais presente em seleções de

vestibulares para o referido Curso (MOREIRA, 1999). Wetterich e Melo (2007)

ressaltam, em seu estudo sobre o perfil sociodemográfico do aluno de graduação

em Enfermagem, que se tem observado um número crescente de estudantes do

sexo masculino à procura pela profissão de Enfermagem, tornando-se mais evidente

a concorrência com as mulheres por uma vaga no curso.

Ao analisar a faixa etária, encontrou-se que a maioria dos estudantes (72,1%)

possuíam idades entre 21 e 23 anos, o que corrobora com o estudo de Smith e

Roehrs (2009) sobre a simulação de alta fidelidade e os fatores relacionados ao

estudante de Enfermagem com a satisfação e a autoconfiança na aprendizagem,

obtendo-se um achado de 90% de participantes do sexo feminino com idade média

em torno de 23,4 anos (Tabela 1).

Ainda na Tabela 1, observou-se um predomínio não tão significativo de

egressos do curso de Enfermagem (58,9%). Importante salientar que durante sua

participação na experiência clínica simulada, os egressos ainda eram estudantes do

último ano do curso de Enfermagem. No que se refere aos estudantes do momento

da pesquisa, encontrou-se apenas 41,9%, o que provavelmente poderá ser

justificado pelo excesso de atividades acadêmicas vinculadas ao fim do período do

curso: estágio extracurricular, estágios curriculares supervisionados, trabalho de

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conclusão de curso, cursos preparatórios para concurso, o que provavelmente

influenciou na diminuição da participação desses na pesquisa (Tabela 1).

Quanto ao perfil sociodemográfico relacionado às variáveis satisfação e

autoconfiança com a aprendizagem, percebeu-se que quanto à variável satisfação

não existiu diferença significativa em ser homem ou mulher. As médias para

satisfação apresentaram resultados muito próximos, o que levou ao encontro de p =

0,600 (Tabela 2). Todavia, ao analisar a variável autoconfiança, notou-se uma

diferença significativa, tendo os homens uma média de 3,43, e as mulheres 2,75, o

que, por meio de análise estatística, encontrou-se um valor de p = 0,043,

demonstrando que nessa experiência de simulação avançada os homens saíram

mais autoconfiantes se comparados com as mulheres.

Hicks et al. (2009) destacam que a autoconfiança é uma atitude conquistada

por meio da experiência clínica repetida, na qual é possível identificar as fraquezas e

as potencialidades individuais. Completando esse pensamento, Martins et al. (2012)

ratificam que mulheres diante de situações complexas, em que passam por perda ou

insucesso, tendem a demorar a aceitar novos desafios, possuindo uma recuperação

mais lenta, o que influencia diretamente na sua autoconfiança.

Ao analisar a faixa etária e o ano de formação acadêmica, ressaltando-se que

este último foi avaliado embora se saiba que no momento da experiência de

simulação avançada os egressos ainda eram acadêmicos, relacionados às variáveis

satisfação e autoconfiança, percebe-se que não existiu diferença significativa nesses

dois domínios ao associar com perfil sociodemográfico (Tabela 2). Semelhante aos

achados de Smith e Roehrs (2009), em seus estudos sobre a análise da satisfação e

da autoconfiança do aluno com a SAF, no qual não foi encontrada correlação

significativa entre satisfação e autoconfiança com a idade, o grau de experiência em

cuidados com a saúde e com a própria experiência com a simulação.

5.2 Avaliação da Satisfação e Autoconfiança dos estudantes de Enfermagem

com a experiência de simulação avançada

O uso da SAF no ensino de Enfermagem possui a capacidade de desenvolver

a habilidade e o pensamento crítico no estudante, por se tratar de uma ferramenta

que pode ser usada repetidas vezes por estudantes com pouca experiência clínica

ou, com mais frequência, por aqueles que já possuem experiência, proporcionando

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aprendizado e a possibilidade de correção de erros sem afetar a vida dos pacientes

ou ainda, sem a intervenção do professor que coordena a simulação (JEFFRES,

2005).

Nessa mesma perspectiva, a simulação avançada garante vivenciar uma

experiência clínica com o propósito de aprender, praticar, testar e desenvolver o

conhecimento sobre o paciente e seus sistemas (MORGAN, 2006; SANFORD,

2010). Pensando nisso, Jeffries (2005), em seu modelo teórico, colocou no

componente resultados duas variáveis possíveis de serem aferidas e que fornecem

ferramentas para a análise da qualidade do ensino de Enfermagem por meio dessa

técnica.

Assim, ao analisar os resultados, percebeu-se um achado positivo sobre a

satisfação da aprendizagem por meio da estratégia de simulação avançada. A

Tabela 3 evidencia satisfação, com resultados superiores a 53,5%. Ao analisar item

a item, percebe-se que mesmo com um índice aprovativo em todas as afirmações,

uma aparece com a menor taxa (53,5%) relacionada ao “concordo ou concordo

fortemente com a afirmação”. Essa afirmativa referia-se à variedade de materiais

didáticos e a atividades disponíveis aos estudantes.

Resultado comparativo ao estudo de Zulkosky (2012) sobre o uso da

simulação em sala de aula e o impacto sobre a aquisição de conhecimento,

satisfação e autoconfiança, ao afirmar que a utilização de ferramentas tecnológicas

na estratégia de simulação clínica ajuda na construção da habilidade do estudante,

tornando sua aprendizagem bem mais sucedida, obtendo bons índices de

satisfação.

Analisando o item com o resultado mais significativo, nota-se um achado de

67,5% dos estudantes que responderam “concordo ou concordo fortemente com a

afirmação” sobre o modo como professor ensinou por meio da simulação clínica,

corroborando com o que relatam Jeffries (2005) e Murray et al. (2008). Pois,

segundo esses autores, o professor, na estratégia de simulação, desempenha o

papel de facilitador da aprendizagem, garantindo suporte e encorajamento ao

estudante, ao proporcionar experiências adequadas que os levem a pensar de forma

crítica e reflexiva, atos necessários para o desenvolvimento satisfatório dos

estudantes (Tabela 3).

Nesse sentido, ao fazer uma análise geral da avaliação do nível de satisfação

dos estudantes, encontram-se resultados com níveis estatísticos significativos, o que

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demonstra provável satisfação dos estudantes ao utilizar a simulação clínica de alta

fidelidade como estratégia de ensino. Destaca-se a qualidade teórica do modelo de

simulação clínica de Jeffries (2005) e a confirmação desses achados, ao comparar

com outros autores, como Alfes (2011), Conejo (2010), Fountain e Alfred (2009),

Jeffries e Rizollo (2006), Prescott e Garside (2009) e Skrable e Fitzsimons (2014),

que também encontraram elevado nível de satisfação dos estudantes com a

simulação avançada.

Com isso, encontra-se na SAF uma estratégia de ensino possuidora de

potencial altamente eficaz no desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e

atitudes, a partir da interação bem sucedida entre as disciplinas do Curso e a

formação contínua do professor, que entrará como facilitador no processo, podendo

dar apoio e incentivo ao estudante durante a simulação, propor situações clínicas

diversificadas, elaborando questões com termos como “e se”, além de, no fim da

experiência, orientar o interrogatório. Por isso, variáveis demográficas no

componente dos professores/facilitadores, no modelo teórico de simulação de

Jeffries (2005), justificam a importância desse componente no processo para que,

após o cumprimento das etapas, se obtenha sucesso por meio dessa estratégia de

ensino (SKRABLE; FITZSIMONS, 2014).

Rhodes e Curran (2005) afirmam que a utilização de cenários de simulação

em disciplinas diversificadas no curso de Enfermagem torna-se benéfica por reduzir

o nível de ansiedade do estudante com a prática, melhorando de forma significativa

resultados como a satisfação e a autoconfiança do estudante com a aprendizagem,

facilitando, ao fim, sua tomada de decisão, o que poderá minimizar o risco de dano

ao paciente.

Alfes (2011) e Prescott e Garside (2009) ratificam que o aprendizado por meio

dessa estratégia, além de aumentar o nível de satisfação dos alunos com a

aprendizagem, eleva o seu conhecimento teórico e prático, sua autoconfiança e

atitude diante de uma situação clínica real ou simulada, características importantes

na formação acadêmica do estudante da área da saúde.

Quanto à análise da autoconfiança dos estudantes, sem relacioná-la aos

achados na satisfação, encontrou-se, primeiramente, na Tabela 4, uma

autoconfiança satisfatória na maioria das afirmativas, tendo apenas um resultado

negativo de 51,3% dos estudantes que responderam “discordo fortemente da

afirmação” sobre ser responsabilidade do aluno aprender o que ele precisa na

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simulação. Todavia, é importante lembrar que os estudantes, ao participarem de

simulações avançadas, ficam diante de uma estratégia de ensino diferente do

modelo tradicional. Ressalta-se que os estudantes desta pesquisa participaram de

simulações com cenários de unidade de terapia intensiva, unidade de internação,

centro cirúrgico e visita domiciliar, sendo que a aula teórica sobre a abordagem

desses assuntos referentes a essas disciplinas foi realizada em períodos anteriores

à simulação clínica avançada e, ainda, por professores diferentes dos que

comandaram a simulação.

Nesse sentido, afirmações como “domínio do conteúdo da atividade de

simulação”, “incluiu o conteúdo necessário para o domínio da disciplina” e

“responsabilidade do professor dizer o que eu preciso aprender na temática

desenvolvida” são itens que não foram explorados diretamente, porém passiveis de

análise com as devidas limitações. Ao retirá-los, percebe-se que o nível de

autoconfiança ainda permanece significativo, demonstrando que a mudança da

forma de realização da simulação avançada utilizada nessa pesquisa não interferiu

nos resultados. Assim, pode-se afirmar que os estudantes tiveram a variável

autoconfiança como resultado positivo na simulação avançada vivenciada (Tabela

5).

No estudo de Smith e Roehrs (2009), no qual avaliaram a autoconfiança do

estudante após cenário de simulação clínica avançada com um paciente em

insuficiência respiratória agudizada, devido à piora da patologia de base, que era

uma doença pulmonar obstrutiva crônica, obtiveram resultados positivos na

autoconfiança dos estudantes com pontuação média de 4,2, utilizando o mesmo

instrumento da presente pesquisa, porém, na versão original, estadunidense.

Analisando outras evidências clínicas na literatura, encontra-se que Bremner

et al. (2008), em sua pesquisa, constataram que a maioria dos estudantes de

Enfermagem (71%) “concordaram” ou “concordaram fortemente com a afirmação” de

que a participação em simulações clínicas avançadas deu-lhes autoconfiança na

realização de procedimentos e de condutas clínicas. O mesmo estudo afirmou que

65% dos alunos que participaram da pesquisa e, por conseguinte, de simulações

avançadas, ratificaram que tiveram queda satisfatória do nível de estresse e

ansiedade após experiência de simulação avançada.

Além disso, autores como Alfes (2011), Goldenberg et al. (2005) e Prescott e

Garside (2009) também encontraram que a forma de aprender por meio simulação

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avançada, além de aumentar a satisfação, melhora o nível de conhecimento e o

desempenho clínico. Constata-se, assim, um resultado positivo para a avaliação da

variável autoconfiança do componente resultados no modelo teórico de Jeffries

(2005).

5.3 Avaliação da comparação entre as variáveis satisfação e autoconfiança na

aprendizagem

Ao analisar o instrumento original, segundo Jeffries e Rizzolo (2006), obteve-

se alfa de Cronbach de 0,94 para a variável satisfação e alfa de 0,87 relacionado à

variável autoconfiança, contudo, ao analisar o mesmo valor de alfa após

comparação das duas variáveis, encontrou-se 0,92. Demonstra-se, com isso, que

resultados encontrados por meio desse instrumento foram considerados excelentes.

Tentou-se obter o alfa de Cronbach do instrumento traduzido para o Português

brasileiro para análise comparativa, porém, o acesso à pesquisa ainda está

impossibilitado devido à ausência de publicação.

Entretanto, no estudo de Tosterud et al. (2014), no qual foi realizado teste

psicométrico da versão norueguesa do instrumento Student Satisfaction and Self-

Confidence in Learning, encontrou-se um alfa de Cronbach de 0,85. Assim, na

análise dos resultados, buscou-se o valor do alfa de Cronbach ao comparar as duas

variáveis (satisfação e autoconfiança) neste estudo, obtendo-se primeiramente um

alfa de Cronbach de 0,607 (Tabela 6). Analisando a tabela, percebe-se que os

valores de alfa que superaram o alfa total e que, consequentemente, foram

significativos para a conquista de um alfa com valor de 0,607, foram as duas

primeiras e a última afirmativas relacionadas à variável autoconfiança, justamente os

itens que não poderiam ser avaliados devido a estratégia de simulação utilizada.

Dessa forma, ao retirar essas três afirmações do instrumento traduzido para o

Português brasileiro, obteve-se o alfa de Cronbach superior a 0,607 com valor fixo

em 0,652 (Tabela 7). O que justifica esse achado é que possivelmente essas

afirmações foram respondidas aleatoriamente e influenciaram significativamente no

alfa. Entretanto, isso não influenciou no resultado final, sendo o alfa de Cronbach de

0,652 considerado satisfatório, pois Pilatti et al. (2010) evidenciam, em seu estudo,

sobre propriedades psicométricas de instrumentos de avaliação, que a consistência

interna dos itens deve ser classificada com os seguintes valores: maiores que 0,9

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são considerados excelentes; 0,75 < α ≤ 0,9 são considerados bons; 0,6 < α ≤ 0,75

são considerados aceitáveis; 0,3 < α ≤ 0,6 são considerados questionáveis; e, por

fim, valores inferiores ou iguais a 0,3 são considerados inaceitáveis. Nesse sentido,

embora o alfa de Cronbach encontrado neste estudo tenha sido inferior ao estudo

original, ainda permanece dentro do intervalo aceitável.

Importante salientar que o alfa de Cronbach encontrado na pesquisa também

pode ser justificado por fatores que influenciam a consistência interna como: um

questionário extenso que pode levar a respostas impulsivas e relapsas, o tempo

para aplicação do questionário e sua aplicabilidade a uma amostra muito

homogênea, são questões que podem influenciar a consistência interna do

instrumento de forma negativa (CRONBACH; SHAVELSON, 2004).

Analisando ainda a Tabela 7 e comparando-a com a Tabela 6, percebe-se

que as duas primeiras afirmações da variável satisfação, que estavam acima do alfa

total na Tabela 6, sofreram uma elevação, porém, dessa vez, com valores abaixo do

alfa de Cronbach total, justificando que possivelmente elas não estavam interferindo

no alfa de Cronbach total, mesmo possuindo valores superiores.

Seguindo a análise da comparação entre as variáveis, observa-se na Figura 1

um gráfico de dispersão com uma reta inclinada, que possui os pontos em destaque

próximos à reta, o que demonstra realmente que é possível comparar as variáveis

satisfação e autoconfiança, possuindo uma correlação moderada com um r = 0,438,

além de uma comparação significativa, pois o p value apresentou o valor de 0,003.

Nesse sentido, o resultado desta pesquisa corrobora com o encontrado por

Khalaila (2014) em seu estudo, no qual avaliou os resultados da simulação clínica

relacionados à satisfação e à autoconfiança, revelou que os estudantes que

experimentaram a estratégia de simulação avançada e, por conseguinte, tiverem

elevados níveis de satisfação, terão de forma significativa elevados níveis de

autoconfiança na assistência ao paciente. Sugere-se que, provavelmente, a SAF, ao

compor cenários próximos à realidade, e ao explicitar os objetivos que pretendem

ser alcançados com aquela simulação, tendem a proporcionar a eficácia almejada

com ganhos positivos na autoconfiança do estudante e, portanto, altos níveis de

satisfação.

Jeffries (2005) afirma que estudantes envolvidos em atividade de

aprendizagem guardam por mais tempo os conhecimentos adquiridos. Nesse

sentido, a análise do erro cometido pelo estudante durante simulação clínica tende a

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demorar mais tempo em suas lembranças até que seja esquecido. Assim, os

estudantes que vivenciam a simulação clínica acabam sendo os principais

responsáveis pela aprendizagem, necessitando primeiramente o estabelecimento de

metas pessoais para que a obtenção de conhecimentos, habilidades e atitudes seja

efetiva.

Com todos esses fatores, a experiência de simulação permite ao estudante

analisar de forma crítica suas ações, refletir sobre suas habilidades e avaliar suas

decisões tomadas diante da situação clínica vivenciada, tendo, posteriormente, a

possibilidade de repetir a experiência na tentativa de aumentar significativamente a

aprendizagem, baseando-se na análise dos seus próprios erros (JEFFRIES, 2005).

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6 CONCLUSÃO

___________________________________________________________________

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A avaliação de duas variáveis presentes no componente resultados do

modelo de simulação, satisfação e autoconfiança da aprendizagem dos estudantes,

por meio da estratégia de ensino com a simulação clínica avançada, permitiu

concluir que satisfação e autoconfiança possuem resultados positivos nessa

estratégia de ensino. Ficou evidente que níveis elevados de satisfação favorecem a

conquista de níveis elevados de autoconfiança após a participação nessa

experiência clínica simulada.

Para essa conquista ser efetiva, precisa-se de uma construção de

componentes já mencionados no modelo de simulação clínica. Fazem-se

necessários professores/facilitadores competentes e atualizados nos caminhos da

simulação clínica, precisando sempre refletir sobre o propósito da experiência que

destina realizar, determinando o nível de complexidade, pois a simulação deverá

permanecer em um nível desafiador para o estudante, mas que seja atingível. Se,

por acaso, esse nível seja inatingível a experiência de aprendizado por meio da

simulação tornar-se-á ineficaz e afetará os níveis de satisfação e autoconfiança com

a aprendizagem do estudante.

Por isso, as análises de variáveis demográficas no componente

professor/facilitador são importantes para essa conquista, tanto em relação à

variável referente ao estudante/participante, pois esses são responsáveis pela sua

própria aprendizagem, precisando sempre estar motivados e destinados a julgar seu

progresso em direção aos resultados que pretende alcançar. Assim, quando ambos,

professores e estudantes, possuem grandes expectativas com a experiência de

simulação avançada, os resultados em torno da satisfação e da autoconfiança são

positivos e alcançados, na maioria das vezes.

Os estudantes tiveram experiências descritas em vários tipos de simulações

clínicas de alta fidelidade representando cenários de unidade de terapia intensiva,

centros cirúrgicos, unidades de internação e visitas domiciliares que representavam

cenários em saúde pública. Em todos, os estudantes apresentaram níveis de

satisfação com aprendizagem superiores a 53,5%, o que representou que esses

demostraram estar satisfeitos com a estratégia de ensino, obtendo-se níveis

significativos de autoconfiança, pois, encontrou-se, em sua maioria, níveis

satisfatórios em quase todos os itens com um alfa de Cronbach de 0,652,

demonstrando que a comparação entre as variáveis do modelo é aceitável.

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Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que este estudo acrescenta à

comunidade científica aspectos relacionados à estratégia de simulação clínica no

ensino de Enfermagem, por meio do fornecimento de informações de qualidade

referentes a duas variáveis importantes na análise do componente resultados do

modelo de simulação clínica, podendo, ao fim, afirmar que, por meio deste estudo, e

com base nas evidências encontradas, a simulação avançada preconiza meios de

alcance de satisfação e de autoconfiança na aprendizagem dos estudantes de

Enfermagem.

6.1 Limitações da pesquisa

Evidenciou-se como limitação a versão traduzida para o Português brasileiro

do instrumento Student Satisfaction and Self Confidence in Learning, que,

provavelmente, devido ao extenso tamanho territorial do Brasil, juntamente com

alguns regionalismos presentes, poderão atrapalhar a interpretação de algumas

afirmações presentes no instrumento.

Nesse sentido, devido à presença de afirmações no instrumento com uma

tradução não satisfatória de alguns itens, sugere-se a modificação do segundo,

terceiro e do quinto itens, referentes à variável satisfação: 2 - “A simulação forneceu-

me uma variedade de atividades e materiais permitindo o aprendizado”; 3 - “Gostei

de como o professor realizou a simulação”, e 5 – “A maneira como o professor

conduziu a simulação foi adequada para o meu aprendizado”, respectivamente. Na

variável autoconfiança na aprendizagem, solicitam-se mudanças no sexto, sétimo e

décimo terceiro itens, justamente os que foram excluídos deste estudo: 6 – “Estou

confiante do meu domínio do conteúdo simulado conduzido pelos meus

professores”; 7 – “Estou confiante que esta simulação abordou o conteúdo crítico

necessário para o domínio do conteúdo”, e 13 – “O professor é responsável por

conduzir o que preciso aprender com essa simulação”, respectivamente.

Além disso, os estudantes participaram de uma estratégia de ensino por meio

da simulação clínica avançada como aplicação piloto do modelo clássico. Assim, os

alunos só participam de cenários no último ano do curso, com abordagem de temas

discutidos em aulas teóricas em outros períodos da grade curricular e por

professores diferentes, tendo em vista a necessidade de sua utilização antes dos

Estágios I e II.

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Outra limitação da pesquisa encontra-se no método da coleta de dados,

realizado por e-mail, e a possibilidade de o estudante durante os 60 dias de prazo

para a resposta do instrumento, não ter tido acesso ao e-mail, ou por não utilizar

mais o e-mail disponibilizado para a pesquisa, ou por deixar para outro momento e

esquecer-se de enviar a resposta.

6.2 Perspectivas de estudos futuros

A partir da descrição da satisfação e da autoconfiança dos estudantes de

Enfermagem em experiências de aprendizagem por meio da simulação clínica,

pesquisas futuras podem ser propostas: avaliar a aquisição de conhecimentos dos

alunos por meio da experiência clínica simulada; e analisar a influência do nível de

ansiedade do estudante na satisfação e na autoconfiança com a aprendizagem.

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APENDICE ___________________________________________________________________

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÂO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO EM ENFERMAGEM

APENDICE 1 – Instrumento utilizado na Coleta de Dados

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÂO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO EM ENFERMAGEM

APENDICE 1 – Instrumento utilizado na Coleta de Dados

(Continuação)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÂO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO EM ENFERMAGEM

APENDICE 1 – Instrumento utilizado na Coleta de Dados

(Continuação)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÂO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO EM ENFERMAGEM

APENDICE 1 – Instrumento utilizado na Coleta de Dados

(Conclusão)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM ENFERMAGEM

APENDICE 2 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Título do Projeto: Experiência de simulação clínica avançada em enfermagem: satisfação e

autoconfiança como resultados.

Pesquisador(es) responsável(is): Profa Dra Grazielle Roberta Freitas da Silva

Instituição: Universidade Federal do Piauí (UFPI) / Centro de Ciências da Saúde (CCS) /

Departamento de Enfermagem

Telefone para contato: (86) 98001594

Local da coleta de dados: Ambiente virtual (e-mail)

Prezado (a) Senhor (a):

Convido o (a) Sr.(a) para participar, como voluntário (a), da pesquisa “Experiência de

simulação clínica avançada em enfermagem: satisfação e autoconfiança como resultados”,

que está sob a responsabilidade do pesquisador Jairo Edielson Rodrigues Barbosa de

Sousa. Endereço: Rua Riachuelo, nº 2300. Vermelha. Teresina – PI. Telefone: (86) 9800-

1594. E-mail: [email protected]. A pesquisa está sob a orientação da

Profa Dra Grazielle Roberta Freitas da Silva. Endereço: Campus Universitário Ministro

Petrônio Portela – Bairro Ininga. Teresina – PI. Centro de Ciências da Saúde, Departamento

de Enfermagem. Bloco 11. Telefone: (86)3215-5558. E-mail: [email protected].

Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceite a fazer

parte do estudo, rubrique as folhas e assine ao final deste documento, que está em duas

vias. Uma delas será sua e a outra do pesquisador responsável.

Em caso de recusa, o (a) Sr.(a) não será penalizado (a) de forma alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

O objetivo geral da pesquisa é avaliar a satisfação e autoconfiança do

estudantes de enfermagem em experiências de aprendizagem por meio da

simulação avançada.

A pesquisa tem como risco o constrangimento do aluno em expor sua real

satisfação com a simulação realizada por seus docentes.

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A pesquisa oferecerá benefícios a prática de simulação clínica, pois irá

auxiliar na implementação de práticas já iniciadas no laboratório de

Simulação de Práticas Clínicas em Enfermagem e Saúde (SIMENF – Saúde)

do departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí. E ainda

auxiliará outras instituições que estão inserindo essa nova estratégia de

ensino no Brasil.

Sua participação na pesquisa encerrar após a devolução do material

preenchido. O seu nome não será divulgado. Sua participação é voluntária e

você tem a liberdade de desistir de participar da pesquisa e retirar seu

consentimento a qualquer momento, sem qualquer prejuízo ou penalização.

As informações fornecidas por você terão sua privacidade garantida pelos

pesquisadores responsáveis. Os sujeitos da pesquisa não serão identificados

em nenhum momento, mesmo quando os resultados desta pesquisa forem

divulgados em qualquer forma.

______________________________________________________________

(Assinatura do pesquisador)

Consentimento da participação da pessoa como sujeito

Eu ____________________________________________________,RG ___________,CPF

______________, abaixo assinado, concordo em participar como sujeito desta pesquisa

para a qual fui suficientemente esclarecido a respeito das informações que li ou, que foram

lidas para mim, descrevendo o estudo “Experiência de simulação clinica avançada em

enfermagem: satisfação e autoconfiança como resultados”. Eu discuti com o pesquisador

Jairo Edielson Rodrigues Barbosa de Sousa sobre a minha decisão em participar nesse

trabalho. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a

serem realizados, inclusive fotografia e filmagens, meus desconfortos e riscos, as garantias

de confidencialidade e esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha

participação é isenta de despesas. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e

poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem

penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.

Local e Data _________________________________________________

Nome e Assinatura do participante ou responsável:

________________________________________________________________________

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Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimento sobre a pesquisa e aceite do

sujeito em participar:

02 testemunhas (não ligadas à Equipe de Pesquisadores)

Nome:

Assinatura:

Nome:

Assinatura:

Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato:

Comitê de Ética em Pesquisa – Associação Piauiense de Combate ao Câncer.

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ANEXOS

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83

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO 1 – DESENHO DA PLANTA DO LABORATÓRIO SIMENF – SAÚDE DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Fonte: Tese de Doutorado – MOURA, E. C. C. Ensino-aprendizagem de enfermagem em simulações clínicas: desenvolvendo competência profissional para a prevenção de úlcera por pressão. Universidade de São Paulo/USP, 2013.

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PRÓ REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO 2 – SALA DE CONTROLE DO LABORATÓRIO SIMENF – SAÚDE DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Fonte: Tese de Doutorado – MOURA, E. C. C. Ensino-aprendizagem de enfermagem em simulações clínicas: desenvolvendo competência profissional para a prevenção de úlcera por pressão. Universidade de São Paulo/USP, 2013.

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PRÓ REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO

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PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO 3 – SALA DE ESTAÇÃO DE SIMULAÇÃO AVANÇADA DO LABORATÓRIO

SIMENF – SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Fonte: Tese de Doutorado – MOURA, E. C. C. Ensino-aprendizagem de enfermagem em simulações clínicas: desenvolvendo competência profissional para a prevenção de úlcera por pressão. Universidade de São Paulo/USP, 2013.

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PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO 4 – SALA DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO – DEBRIEFING DO

LABORATÓRIO SIMENF – SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Fonte: Tese de Doutorado – MOURA, E. C. C. Ensino-aprendizagem de enfermagem em simulações clínicas: desenvolvendo competência profissional para a prevenção de úlcera por pressão. Universidade de São Paulo/USP, 2013.

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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO 5 – SATISFAÇÃO DOS ESTUDANTES E AUTOCONFIANÇA NA

APRENDIZAGEM

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PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO 6 – STUDENT SATISFACTION AND SELF-CONFIDENCE IN LEARNING

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PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO 7 – AUTORIZAÇÃO POR E-MAIL DOS AUTORES DO INSTRUMENTO

TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS BRASILEIRO