Jaqueta de Concreto N-2432

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N-2432 REV. A SET / 2004 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 26 páginas e Índice de Revisões REVESTIMENTO EXTERNO DE CONCRETO PARA DUTOS TERRESTRES E SUBMARINOS Procedimento Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior. Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos seus itens. CONTEC Comissão de Normas Técnicas Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo. Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. SC - 14 Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. Pintura e Revestimentos Anticorrosivos “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.” Apresentação As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho - GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

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Norma da Petrobrás.

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N-2432 REV. A SET / 2004

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 26 páginas e Índice de Revisões

REVESTIMENTO EXTERNO DE CONCRETO PARA DUTOS TERRESTRES E SUBMARINOS

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

CONTEC Comissão de Normas

Técnicas

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

SC - 14

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

Pintura e Revestimentos Anticorrosivos

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIROS.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reproduçãopara utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressaautorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidadescabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria deSigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho - GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

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SUMÁRIO

1 OBJETIVO........................................................................................................................................................... 4

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES............................................................................................................... 4

3 PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO.................................................................................................................. 5

4 MATERIAIS ......................................................................................................................................................... 7

4.1 REVESTIMENTO ANTICORROSIVO ................................................................................................... 7 4.2 CIMENTO.............................................................................................................................................. 7 4.3 AGREGADOS ....................................................................................................................................... 7 4.4 ÁGUA .................................................................................................................................................... 8 4.5 TELA DE REFORÇO............................................................................................................................. 8 4.6 PELÍCULA IMPERMEÁVEL .................................................................................................................. 9

5 ARMAZENAMENTO, MANUSEIO E TRANSPORTE.......................................................................................... 9

5.1 ARMAZENAMENTO.............................................................................................................................. 9 5.2 MANUSEIO E TRANSPORTE ............................................................................................................ 10

6 APLICAÇÃO DE CONCRETO........................................................................................................................... 11

6.1 DOSAGEM DO CONCRETO .............................................................................................................. 11 6.2 ARMADURA........................................................................................................................................ 11

6.2.1 ARMADURA TIPO GAIOLA (PROCESSO CONVENCIONAL) ...................................................12 6.2.2 ARMADURA CONTÍNUA (PROCESSO POR PROJEÇÃO E COMPRESSÃO)..........................12

6.3 FÔRMAS ............................................................................................................................................. 12 6.3.1 PROCESSO CONVENCIONAL...................................................................................................12 6.3.2 PROCESSOS POR COMPRESSÃO E PROJEÇÃO...................................................................13

6.4 CONCRETAGEM ................................................................................................................................ 13 6.5 MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO CONCRETO ................................................................................... 14

6.5.1 PROCESSO CONVENCIONAL...................................................................................................14 6.5.2 PROCESSOS POR COMPRESSÃO E POR PROJEÇÃO DO CONCRETO ..............................14 6.5.3 PROCESSO POR PROJEÇÃO DO CONCRETO .......................................................................15

6.6 CURA .................................................................................................................................................. 16 6.7 IDENTIFICAÇÃO................................................................................................................................. 16

7 INSTALAÇÃO DE ANODOS.............................................................................................................................. 17

8 INSPEÇÃO E TESTES...................................................................................................................................... 17

8.1 INSPEÇÃO VISUAL DOS TUBOS ...................................................................................................... 18 8.2 REVESTIMENTO ANTICORROSIVO ................................................................................................. 18 8.3 TELA DE REFORÇO........................................................................................................................... 18 8.4 AGREGADOS ..................................................................................................................................... 18

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8.5 FÔRMA E ARMADURA....................................................................................................................... 19 8.6 INSPEÇÃO DA CONCRETAGEM....................................................................................................... 19 8.7 PESO DO TUBO CONCRETADO....................................................................................................... 20 8.8 ABSORÇÃO DE ÁGUA....................................................................................................................... 20 8.9 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO....................................................................................................... 21 8.10 FLUTUAÇÃO NEGATIVA.................................................................................................................. 22 8.11 EXCENTRICIDADE ENTRE O REVESTIMENTO DE CONCRETO E O TUBO DE AÇO................. 22 8.12 ADERÊNCIA DO CONCRETO AO TUBO......................................................................................... 23

9 REPAROS NO CONCRETO ............................................................................................................................. 23

9.1 PROCESSO POR COMPRESSÃO E PROJEÇÃO............................................................................. 23 9.1.1 ANTES DA CURA........................................................................................................................23 9.1.2 APÓS A CURA ............................................................................................................................24

9.2 PROCESSO CONVENCIONAL........................................................................................................... 24 9.2.1 ANTES DA CURA........................................................................................................................24 9.2.2 APÓS A CURA ............................................................................................................................25

10 QUALIFICAÇÃO DO REVESTIMENTO EM CONCRETO REALIZADO EM PLANTA .................................... 25

TABELAS TABELA 1 - DIMENSÕES E TAXAS DE ARMADURA............................................................................................ 8

TABELA 2 - TIPOS DE ARMADURAS EM FUNÇÃO DO PROCESSO DE APLICAÇÃO DO CONCRETO......... 11

TABELA 3 - RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO - AMOSTRAGENS MÍNIMAS...................................................... 21

TABELA 4 - VALORES MÍNIMOS DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO DO CONCRETO................................. 21

FIGURAS FIGURA 1 - ARMADURA CIRCUNFERENCIAL...................................................................................................... 9

FIGURA 2 - ARMADURA LONGITUDINAL ............................................................................................................. 9

FIGURA 3 - TUBOS CONCRETADOS COM MONTAGEM DE ANODO .............................................................. 17

_____________

/OBJETIVO

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1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis na aplicação de revestimento externo de concreto em tubos destinados a montagem de dutos terrestres e submarinos. 1.2 Esta Norma considera os processos de concretagem por projeção, compressão e convencional, este último aplicável apenas a dutos terrestres. 1.3 Esta Norma se aplica a concretagens realizadas pelos processos convencionais, projeção e compressão. 1.4 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição. 1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas. 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

PETROBRAS N-1265 - Tinta de Alcatrão de Hulha-Epóxi Poliamida; PETROBRAS N-1643 - Instalações de Anodos Galvânicos e Inertes; PETROBRAS N-1644 - Construção de Fundações e de Estruturas de

Concreto Armado; PETROBRAS N-1729 - Anodo de Liga de Alumínio; PETROBRAS N-1879 - Inspeção de Anodos Galvânicos; PETROBRAS N-1989 - Montagem de Proteção Catódica Galvânica em Duto

Submarino; PETROBRAS N-2238 - Reparo de Revestimento de Duto Enterrado Utilizando

Fita de Polietileno; PETROBRAS N-2719 - Estocagem de Tubo em Área Descoberta; ABNT NBR 5735 - Cimento Portland de Alto Forno; ABNT NBR 5736 - Cimento Portland Pozolânico; ABNT NBR 5737 - Cimentos Portland Resistentes a Sulfatos; ABNT NBR 5738 - Concreto - Procedimento para Moldagem e Cura de

Corpos de Prova; ABNT NBR 5739 - Ensaio de Compressão de Corpos-de-Prova

Cilíndricos de Concreto; ABNT NBR 5741 - Extração e Preparação de Amostras de Cimentos; ABNT NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento; ABNT NBR 7211 - Agregado para Concreto; ABNT NBR 7481 - Tela de Aço Soldada para Armadura de Concreto; ABNT NBR 7680 - Extração, Preparo, Ensaio e Análise de Testemunhos

de Estruturas de Concreto; ABNT NBR 9775 - Agregados - Determinação da Umidade Superficial em

Agregados Miúdos por Meio do Frasco de Chapman; ABNT NBR 9832 - Concreto e Argamassa - Determinação dos Tempos

de Pega por Meio da Resistência à Penetração; ABNT NBR 9937 - Agregados - Determinação da Absorção e da Massa

Específica de Agregado Graúdo;

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ABNT NBR 9939 - Agregados - Determinação do Teor de Umidade Total, por Secagem, em Agregado Graúdo;

ABNT NBR 12654 - Controle Tecnológico de Materiais Componentes do Concreto;

ABNT NBR 12655 - Concreto - Preparo, Controle e Recebimento; ABNT NBR 13070 - Moldagem de Placas para Ensaio de Argamassa e

Concreto Projetados; ABNT NBR NM26 - Agregados - Amostragem; ABNT NBR NM67 - Concreto - Determinação da Consistência pelo

Abatimento do Tronco de Cone; ABNT NBR NM137 - Argamassa e Concreto - Água para Amassamento e

Cura de Argamassa e Concreto de Cimento Portland; ASTM A 82 - Standard Specification for Steel Wire, Plain, for

Concrete Reinforcement; ASTM A 185 - Standard Specification Steel Welded Wire

Reinforcement, Plain, for Concrete; ASTM C 29 - Standard Test Method for Bulk Density (“Unit Weight”)

and Voids in Aggregate; ASTM C 33 - Standard Specification for Concrete Aggregates; ASTM C 171 - Standard Specification for Sheet Materials for Curing

Concrete; BSI BS 8010 Part 3 - Code of Practice for Pipelines Part 3: Pipelines

Subsea: Design, Construction and Installation; DNV - 2000 - Submarine Pipelines Systems; SIS 055900 - Pictorial Surface Preparation Standards for Painting

Steel Surfaces. 3 PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO 3.1 O procedimento, ou o conjunto de procedimentos deve conter, no mínimo, os seguintes tópicos:

a) objetivo; b) normas de referência; c) definições; d) recebimento, manuseio e armazenamento de materiais:

- critérios de recebimento; - critérios de aceitação; - locais, critérios e período de armazenamento; - métodos de manuseio; - sistemas de rastreabilidade;

e) instalação da tela de reforço (armadura): - tipo; - processo de limpeza; - método de conformação; - sistema de fixação, garantia do posicionamento, espaçamento e cobrimento; - emendas (processo de execução, localização e sobreposição); - cobrimento; - sobreposição;

f) dosagem experimental do concreto: - cálculo de resistência de dosagem; - compatibilidade entre a dimensão máxima característica do agregado graúdo,

a malha da tela e a espessura do revestimento;

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- caracterização dos agregados graúdo e miúdo (tipo, origem, massa específica, unidade de granulometria, impurezas orgânicas, umidade superficial, materiais pulverulentos, sais, cloretos e sulfatos, conforme norma ABNT NBR 12654);

- caracterização dos cimentos (tipo, marca e características físicas, conforme norma ABNT NBR 12654);

- características químicas e físicas da água; - características dos aditivos (quando aplicável); - adensamento (processo e identidade); - critérios para determinação do fator água/cimento (resistência, durabilidade); - apresentação do método especificado de dosagem; - determinação da consistência (trabalhabilidade) do concreto; - traço unitário e consumo de materiais (m³); - comprovação da resistência de dosagem para o FCK estipulado;

g) controle tecnológico do concreto e da tela de reforço: - controle das características dos materiais constituintes, inclusive aditivos,

quando aplicável (ensaios e periodicidade); - controle da dosagem (freqüência, processo de medida dos materiais

constituintes e correções em função da umidade dos agregados); - verificação da consistência do concreto (quando aplicável) conforme norma

ABNT NBR NM67 (freqüência); - controle da resistência do concreto, conforme norma ABNT NBR 12655 - tipo

de amostragem (formação dos lotes, verificação da resistência mecânica e aceitação da estrutura);

- verificação da resistência mecânica; - controle de massa específica e absorção do concreto, quando aplicável

(amostragem e método); h) execução de fôrma:

- tipo de material; - dispositivos para fixação; - dimensões; - desmoldante; - prazos para desforma;

i) execução de concretagem: - descrição do processo de aplicação (compressão, projeção ou convencional); - características do concreto (traço, trabalhabilidade para lançamento, fator

água/cimento, aditivo e prazo); - método de medida dos materiais; - espessura de concreto; - método de adensamento (quando aplicável); - método e tempo de cura; - dimensões do revestimento; - geometria e critérios de verificação do revestimento; - peso do tubo revestido no ar e submerso;

j) equipamentos e recursos humanos; k) metodologia de registro de resultados; l) inspeções e testes; m) execução de reparos; n) transporte, manuseio e estocagem dos tubos.

3.2 Planta de Concretagem por Projeção/Compressão Estes processos devem ter seus procedimentos previamente qualificados.

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4 MATERIAIS 4.1 Revestimento Anticorrosivo 4.1.1 Com o objetivo de assegurar sua aderência ao revestimento de concreto, o revestimento anticorrosivo deve ter perfil de ancoragem segundo uma das alternativas abaixo:

a) perfil helicoidal com altura entre 1 mm e 3 mm acima da superfície do revestimento, obedecendo a um passo máximo de 250 mm;

b) aplicação, por extrusão, de uma fita de polietileno ou polipropileno com largura e altura mínimas de 15 mm e 2 mm, respectivamente, obedecendo a um passo máximo de 150 mm.

4.1.2 Alternativas que garantam a aderência do concreto sobre o polietileno ou polipropileno, previamente acordada entre o revestidor e o cliente. 4.2 Cimento O cimento a ser utilizado deve ser do tipo “Portland” podendo ser:

a) cimento “Portland” resistente a sulfatos (RS) conforme norma ABNT NBR 5737; b) cimento “Portland” pozolânico, conforme norma ABNT NBR 5736 ou cimento

“Portland” de alto-forno, conforme norma ABNT NBR 5735, ambos com teor de alumínio tricálcio entre 4 % e 8 %.

4.3 Agregados 4.3.1 Os agregados devem atender aos requisitos da norma ABNT NBR 7211. 4.3.2 Os teores de agregado miúdo presentes no agregado graúdo devem ser considerados na dosagem do concreto. 4.3.3 O teor total das substâncias nocivas, definidas na norma ABNT NBR 7211, deve ser considerado na mistura dos agregados. 4.3.4 Os agregados miúdos devem ter suas granulometrias compreendidas entre as zonas 2 e 3 da norma ABNT NBR 7211. 4.3.5 Os agregados graúdos devem ter suas granulometrias compreendidas entre as graduações 0 e 1 da norma ABNT NBR 7211. 4.3.6 O minério de ferro (limonita, hematita ou magnetita) deve ter granulometria conforme zona 4 da norma ABNT NBR 7211 e massa específica mínima de 4 410 kg/m3, determinada pela norma ABNT NBR 9937.

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4.3.7 A proporção entre os agregados graúdos e miúdos deve ser tal que resulte na maior massa unitária. 4.3.8 Todos os agregados devem ser isentos de quantidades prejudiciais de sais. 4.4 Água 4.4.1 Deve ser obedecida a norma ABNT NBR NM137. 4.4.2 A água deve ser isenta de óleo, ácido, álcalis, sal ou material orgânico. A quantidade máxima permitida de sólidos dissolvidos na água é de 2 000 ppm, sendo que carbonatos e bicarbonatos alcalinos não podem exceder a 1 000 ppm. 4.5 Tela de Reforço 4.5.1 A tela para armadura tipo gaiola, aplicável apenas a dutos terrestres, deve ser de aço CA-50 ou CA-60, conforme norma ABNT NBR 7481. 4.5.2 A tela para armadura contínua, aplicável a dutos terrestres e submarinos, deve ser de aço-carbono, galvanizada, conforme a norma ASTM A 185. 4.5.3 As telas devem atender, no mínimo, aos seguintes requisitos explícitos na TABELA 1.

TABELA 1 - DIMENSÕES E TAXAS DE ARMADURA

Tipo de Dutos Tipo de Armadura Terrestre Submarino

Gaiola Malha 100 mm x 100 mm x 3,2 mm Aço - ABNT NBR 7481 (CA-50 ou CA-60) NA

Contínua

A tela de reforço do concreto deve atender aos seguintes parâmetros:

a) distância entre arames longitudinais ao tubo (paralelo ao eixo longitudinal do tubo) igual a 75 mm;

b) distância entre arames transversais ao tubo igual a 25 mm; c) sobreposição de 25 mm para 2 telas subseqüentes; d) taxa de armadura circunferencial ao tubo igual a 0,5 % (ver

FIGURA 1); e) taxa de armadura longitudinal ao tubo igual a 0,1 % (ver

FIGURA 2). 4.5.4 Deve ser feita uma verificação prévia se esta seção de tela atende aos esforços de lançamento. 4.5.5 As dimensões das malhas devem ser tais que atendam, no mínimo, às seguintes taxas de armadura:

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a) tela em gaiola para dutos terrestres, conforme TABELA 1; b) tela contínua, conforme as FIGURAS 1 e 2.

FIGURA 1 - ARMADURA CIRCUNFERENCIAL

FIGURA 2 - ARMADURA LONGITUDINAL 4.6 Película Impermeável A película impermeável utilizada nos processos de projeção e compressão deve atender aos requisitos da norma ASTM C 171. 5 ARMAZENAMENTO, MANUSEIO E TRANSPORTE 5.1 Armazenamento 5.1.1 Todos os materiais devem ser estocados apropriadamente, a fim de serem protegidos de deterioração, contaminação ou qualquer outro dano que venha a afetar a qualidade do produto final. 5.1.2 Devem ser elaborados planos de estocagem de materiais e tubos antes do início dos serviços. 5.1.3 O armazenamento deve atender às exigências das normas PETROBRAS N-1644 e N-2719, bem como os requisitos descritos nos itens 5.1.3.1 a 5.1.3.4. 5.1.3.1 Cimento “Portland”:

a) o cimento ensacado deve estar em perfeito estado de conservação, não sendo aceitas as embalagens avariadas ou que contenham cimento empedrado;

b) o empilhamento de sacos de cimento deve ser feito sobre estrados de madeira e, no máximo, de 10 unidades;

c) o local de armazenamento de sacos de cimento deve ser coberto, seco, ventilado, protegido de raios solares ou chuva e de tal forma que possibilite a retirada em primeiro lugar do cimento mais antigo.

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5.1.3.2 Agregados:

a) os diferentes agregados devem ser armazenados diretamente sobre uma base do próprio material, abaixo do nível do terreno, com espessura mínima de 200 mm e afastados entre si, de modo a impossibilitar a sua mistura;

b) os agregados devem ser armazenados afastados de agentes contaminantes tais como: vegetação, resíduos sólidos e líquidos.

5.1.3.3 Tela de Reforço As telas de reforço devem ser empilhadas sobre estrados de madeira até uma altura máxima de 2 m em relação ao estrado. 5.1.3.4 Tubos concretados:

a) os tubos com revestimentos de concreto devem ser suportados, no mínimo, por 2 apoios com, pelo menos, 30 cm de largura, espaçados de forma que os esforços sejam igualmente distribuídos entre eles;

b) os apoios devem garantir uma altura mínima de 30 cm entre a geratriz inferior da primeira camada e o piso, bem como uma inclinação longitudinal dos tubos de 1 %;

c) o número máximo de camadas de tubos concretados deve ser determinado de modo a garantir segurança e evitar danos aos tubos.

5.2 Manuseio e Transporte 5.2.1 No transporte de tubos, as cargas devem ser dispostas de modo a permitir amarração firme e a não danificar o tubo ou seu revestimento. Antes de desamarrar a pilha para descarga, deve ser feita uma inspeção visual, a fim de verificar se os tubos estão convenientemente apoiados, sem risco de rolamento. 5.2.2 Para o manuseio de tubos concretados, devem ser usados cintas com resistência apropriada, protegidos com material resistente a abrasão. Ganchos especiais para içamento de tubos pelas extremidades (patolas) podem ser utilizados, desde que apóiem, no mínimo, 1/8 da circunferência do tubo, sejam revestidos com material macio, para adaptar-se à sua curvatura interna e que não causem deformações, que venham a dificultar a utilização posterior dos tubos. 5.2.3 Para o descarregamento de feixes de tubos não revestidos devem ser utilizadas cintas de náilon. Tais cintas devem ajustar-se ao feixe, de modo a impedir movimentos relativos entre os tubos. 5.2.4 Os equipamentos utilizados na movimentação dos tubos devem ter suas lanças revestidas com borracha, feltro ou material similar. 5.2.5 O manuseio dos tubos revestidos deve ser feito de forma a evitar danos mecânicos ao bisel do tubo e aos revestimentos anticorrosivo e de concreto.

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5.2.6 No caso do uso de equipamento tipo pá carregadeira, dotada de garfos, estes equipamentos devem ser protegidos para não causar danos ao revestimento de concreto. 5.2.7 O manuseio dos tubos concretados pelo processo convencional, destinados a dutos terrestres, somente deve ser realizado 72 horas após a concretagem. A redução desse tempo pode ser aceita, desde que seja provado, por meio de ensaios ou certificado, que o tempo adotado não acarreta prejuízo nas propriedades do revestimento de concreto. 5.2.8 O manuseio dos tubos concretados pelos processos de projeção ou compressão, após o início da cura, somente deve ser efetuado após o concreto atingir a resistência à compressão mínima de 20 MPa, para o caso de dutos submarinos e de 15 MPa para dutos terrestres. 5.2.9 O transporte de tubos concretados para a aplicação na obra só deve ocorrer após o concreto atingir a resistência mínima de 34 MPa, no caso dos tubos para dutos submarinos e de 15 MPa, no caso dos tubos para dutos terrestres. 6 APLICAÇÃO DE CONCRETO 6.1 Dosagem do Concreto 6.1.1 A dosagem do concreto deve ser feita conforme previsto nas normas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 12655, de forma a atender as propriedades requeridas pelo projeto. Entretanto, o fator água-cimento máximo aceitável para tubos destinados a dutos terrestres deve ser de 0,65. 6.1.2 Admite-se a utilização de aditivos com a finalidade de se reduzir o tempo de pega, contanto que o teor de íons cloreto não ultrapasse os limites da norma ABNT NBR 6118. 6.2 Armadura O tipo de tela deve ser definido em função do processo de aplicação do concreto de acordo com a TABELA 2. No caso de dutos submarinos, deve ser verificado se a seção da tela atende aos esforços de lançamento. TABELA 2 - TIPOS DE ARMADURAS EM FUNÇÃO DO PROCESSO DE

APLICAÇÃO DO CONCRETO

Processo de Aplicação do Concreto Tipo de Armadura

Convencional Gaiola

Projeção Gaiola ou Contínua

Compressão Contínua

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6.2.1 Armadura Tipo Gaiola (Processo Convencional) 6.2.1.1 Antes da sua instalação, a tela de reforço deve ser calandrada de forma a se obter uma gaiola cilíndrica com um diâmetro, tal que, possibilite a sua instalação conforme prevista pelo projeto. 6.2.1.2 As sobreposições longitudinal e circunferencial das telas calandradas devem ser de, no mínimo, 100 mm, de maneira a se obter o fechamento da gaiola. 6.2.1.3 As telas devem ser posicionadas através de espaçadores não metálicos de modo a garantir o afastamento em relação ao tubo e o cobrimento especificado, inclusive nas extremidades onde o cobrimento deve ser, no mínimo, igual a 25 mm. 6.2.1.4 No caso de armadura simples (uma camada de tela), aplicável a dutos terrestres, as telas devem ser posicionadas na metade da espessura de concreto. 6.2.2 Armadura Contínua (Processo por Projeção e Compressão) 6.2.2.1 No caso de armadura simples (1 camada de tela), aplicável a concretos com espessura menor que 50,8 mm (2”), as telas devem ser posicionadas na metade da espessura de concreto. 6.2.2.2 No caso de armadura dupla (2 camadas de tela), aplicável a concretos com espessuras maiores ou iguais a 50,8 mm (2”), as telas devem ser posicionadas de modo a garantir um mínimo de 15 mm tanto para o cobrimento quanto para a distância entre o revestimento anticorrosivo do tubo e a tela. 6.2.2.3 A tela deve ter ser aplicada de forma contínua, de forma a proporcionar uma sobreposição mínima de 25 mm entre 2 voltas consecutivas. 6.3 Fôrmas 6.3.1 Processo Convencional 6.3.1.1 As fôrmas devem ter seção transversal circular, concêntrica ao eixo do tubo, formando um espaço anular de largura igual à espessura do revestimento definida no projeto, com tolerância de (0 ± 10) %. 6.3.1.2 As extremidades das fôrmas devem ficar recuadas de 350 mm das extremidades do tubo, para formar os colarinhos (“cut backs”), quando não forem previstos processos mecanizados de soldagem ou de ensaio das soldas de campo. Quando houver previsão de utilização de processos mecanizados na execução das soldas de campo ou do ensaio não-destrutivo, o comprimento dos colarinhos deve ser de 450 mm.

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6.3.1.3 As fôrmas devem ser estanques e possuir sustentação suficiente para evitar a sua deformação. 6.3.1.4 A superfície interna das fôrmas deve ser untada com desmoldante, devendo-se tomar cuidados para não contaminar a armadura ou deixar excesso. 6.3.1.5 A armadura e a superfície do tubo devem ser limpas antes da instalação da fôrma. 6.3.1.6 A remoção das fôrmas deve ser realizada, no mínimo, 24 horas após a concretagem. 6.3.2 Processos por Compressão e Projeção 6.3.2.1 Nesses processos a própria película impermeável também tem a função de fôrma. 6.3.2.2 A película só deve ser removida após o prazo de cura determinado pelo tipo de cimento de acordo com a norma PETROBRAS N-1644. 6.4 Concretagem 6.4.1 O preparo do concreto deve ser executado mecanicamente. Após o seu carregamento, os materiais devem ser misturados durante um tempo mínimo de 5 minutos. 6.4.2 Os recipientes empregados no preparo, transporte e lançamento do concreto devem ser estanques, de forma que não haja perda de materiais. 6.4.3 O tempo decorrido entre o início do preparo e o final do lançamento do concreto não deve exceder 1 hora, a menos que tempos de início de pega do cimento superiores a 1 hora sejam comprovados através de ensaios previamente realizados. 6.4.4 O transporte do material misturado para o local de aplicação deve ser feito de forma a não provocar segregação entre os componentes da argamassa. 6.4.5 A espessura média do revestimento de concreto deve ser aquela estabelecida no projeto com tolerância de 0 % para menos e 10 % para mais, desde que não se altere a condição de flutuação negativa. A espessura média deve ser determinada por meio da medição do perímetro da circunferência do tubo em 5 seções distribuídas uniformemente.

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6.5 Métodos de Aplicação do Concreto 6.5.1 Processo Convencional 6.5.1.1 Este processo é aplicável apenas aos dutos terrestres. 6.5.1.2 O concreto deve ser lançado de modo a evitar segregação dos seus constituintes. 6.5.1.3 O concreto deve ser adensado mediante vibradores de parede, fixados em ambos os lados da fôrma em quantidade e espaçamento compatíveis com a potência dos vibradores. Os vibradores podem, alternativamente, ser fixados às extremidades do tubo, por meio de garras dimensionadas e fabricadas de modo a não danificarem as suas extremidades. 6.5.1.4 Os tubos devem ser apoiados em suportes que não danifiquem as suas extremidades. 6.5.1.5 No caso de paralisação da concretagem (junta fria), observar a seguinte seqüência:

a) remover as fôrmas, no mínimo, 24 horas após a paralisação; b) apicoar toda a superfície da junta até que o agregado graúdo fique exposto; c) remover todo o material solto; d) saturar a superfície com água; e) dar continuidade à concretagem.

6.5.2 Processos por Compressão e por Projeção do Concreto 6.5.2.1 No processo por compressão o concreto é aplicado sobre a superfície do tubo juntamente com a tela contínua e comprimido simultaneamente por um filme de polietileno. 6.5.2.2 No processo por projeção, a tela é aplicada durante a projeção do concreto sobre o tubo, sendo o conjunto posteriormente envolvido por um filme de polietileno. 6.5.2.3 Antes do início da concretagem os tubos devem ser testados quanto a continuidade de seu revestimento anticorrosivo. 6.5.2.4 Antes do início da concretagem, os tubos devem ser umedecidos. 6.5.2.5 A posição da tela deve estar de acordo com o item 6.2.2. 6.5.2.6 Aplicação do revestimento de concreto:

a) os tubos liberados para a concretagem se deslocam na planta através de movimentos de rotação e translação simultâneos, feitos com o auxílio de roletes de borracha, a fim de não danificar o revestimento anticorrosivo;

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b) os agregados e o cimento, armazenados em depósitos distintos, devem ser

despejados sobre a correia transportadora principal, sendo que a dosagem destes materiais é realizada através do controle de vazão e cujo ajuste é função do traço em peso;

c) a homogeneização da mistura seca dos agregados e o cimento deve ser realizada na própria correia transportadora principal, a qual deve possuir paletas transversais para atender esta finalidade;

d) a água deve ser adicionada imediatamente antes do concreto cair sobre a camada do aplicador, injetada através de bicos borrifadores controlados no painel do sistema da operação da planta;

e) no início do revestimento, o filme de polietileno e a armação devem ser fixados à extremidade do tubo, sendo o concreto lançado sobre o filme, fazendo com que o conjunto concreto/armação/filme sejam comprimidos ao redor do tubo, de forma helicoidal, garantindo o transpasse longitudinal de 2,5 cm da armação e do filme;

f) devem ser efetuados testes para garantir o cobrimento mínimo da armação (tela de reforço), definidos no projeto, assim como a uniformidade da camada que deve ter uma espessura uniforme e compacta.

6.5.2.7 Extremidades dos Tubos As extremidades dos revestimentos em concreto devem ficar recuadas das extremidades do tubo conforme descrito a seguir:

a) a remoção do concreto para formar o colarinho (“cut back”) deve ser realizada enquanto o concreto estiver fresco, utilizando serras de corte com limitadores e/ou alicates de corte;

b) para preservar o concreto, deve ser aplicada fita adesiva filamentada circunferencialmente, nos locais dos cortes;

c) o colarinho (“cut back”) do revestimento de concreto deve ser de 300 mm no caso de solda manual e 400 mm no caso de solda ou inspeção mecanizada; no caso dos tubos destinados a dutos terrestres, devem ser obedecidas as dimensões de colarinho estabelecidas no item 6.3.1.1;

d) a extremidade do revestimento de concreto deve formar um ângulo de 90° com o eixo do tubo;

e) os biseis e a parte não revestida com concreto devem ser limpos dos resíduos de concreto;

f) as extremidades do concreto no local dos cortes devem ser protegidas com 1 demão de tinta epóxi de alcatrão de hulha, conforme norma PETROBRAS N-1265.

6.5.2.8 Reaproveitamento do Material do Rebote Admite-se o reaproveitamento do material de rebote, desde que o reaproveitamento seja feito de imediato e que não comprometa a resistência final do concreto. 6.5.3 Processo por Projeção do Concreto 6.5.3.1 Incidência do Jato O jato de aplicação deve incidir perpendicularmente à superfície.

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6.5.3.2 Aplicação do Jato

a) deve-se aplicar o concreto, de tal forma a se evitar necessidade de camada complementar;

b) admite-se a obtenção de espessura final com aplicação de mais de 1 camada, desde que esta complementação seja feita imediatamente após a aplicação da camada anterior. [Prática Recomendada]

6.5.3.3 Uniformidade da Camada A aplicação deve ser executada de maneira contínua, procurando-se obter uma camada de espessura uniforme e compacta. 6.6 Cura 6.6.1 No processo convencional, após a retirada das formas o revestimento deve ser mantido úmido durante o tempo requerido pelo tipo de cimento de acordo com a norma PETROBRAS N-1644, através de um dos seguintes métodos:

a) umedecimento da superfície pela aspersão de água a intervalos de 30 minutos,

ou sempre que a superfície se mostrar aquecida ao toque manual; a temperatura do revestimento deve ser mantida na faixa de 25 °C a 32 °C;

b) mantendo-se sacos de cimento, de aniagem ou estopa, úmidos sobre a superfície do revestimento, procurando-se também atender os limites de temperatura estabelecidos na alínea a);

c) pela aplicação de película impermeável sobre o revestimento. 6.6.2 Nos processos por projeção e compressão a película impermeável deve ser mantida durante o período necessário para cura, conforme o tempo requerido pelo tipo de cimento de acordo com a norma PETROBRAS N-1644. 6.7 Identificação 6.7.1 Em adição às informações originais, os tubos revestidos pelos processos de compressão e projeção, devem conter as seguintes informações:

a) tipo de concreto (leve, normal ou pesado); b) peso específico do concreto; c) espessura do concreto; d) data de aplicação do concreto.

6.7.2 Em adição às informações originais, os tubos revestidos pelo processo convencional devem conter as seguintes informações:

a) data de aplicação do concreto; b) informações do curvamento do tubo (quando aplicável); c) espessura do concreto.

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7 INSTALAÇÃO DE ANODOS 7.1 Os anodos de sacrifício devem ser montados de acordo com a norma PETROBRAS N-1989, considerando que a ligação elétrica entre o anodo e o tubo deve ser conforme procedimento especificado na norma PETROBRAS N-1643 ou através de cabo elétrico. A fiscalização deve aprovar a proposição final da contratada. 7.2 Os tubos concretados com montagem de anodo devem ser preparados conforme estabelecido na FIGURA 3. Deve existir espaço anular de 1” entre o anôdo e o concreto e preencher com mastique ou similar os espaços vazios.

LC

VÃO PARA MONTAGEM DE ANODO

L

REVESTIMENTO DE CONCRETO

ESPAÇO A SER PREENCHIDO COM MASTIQUE

ANÔDO

2525

FIGURA 3 - TUBOS CONCRETADOS COM MONTAGEM DE ANODO 7.3 A especificação do anodo, o quantitativo de anodos relacionado com a espessura de concreto e o quantitativo de anodos relacionado com o comprimento do vão para a montagem do anodo, devem ser fornecidos por folha de dados particular para cada projeto. 7.4 A contratada deve verificar o comprimento do anodo conforme projeto detalhado do fabricante para confirmar ou restabelecer um valor de “L”, de forma a permitir que o vão possua espaço suficiente para a montagem dos anodos. 8 INSPEÇÃO E TESTES As inspeções e testes, definidos neste Capítulo, devem ser realizadas no início de cada obra e periodicamente conforme freqüência estabelecida nesta Norma.

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8.1 Inspeção Visual dos Tubos Os tubos devem ser inspecionados visualmente com o objetivo de detectar amassamentos, danos no revestimento e resíduos de graxa, óleo e demais materiais que possam comprometer a aderência do concreto ou contaminá-lo. 8.2 Revestimento Anticorrosivo 8.2.1 Os tubos devem ser inspecionados usando “Holliday Detector” com o objetivo de verificar a existência de descontinuidades no revestimento anticorrosivo antes da aplicação do revestimento de concreto. Caso sejam detectadas descontinuidades, devem ser efetuados os reparos conforme procedimento específico. 8.2.2 O “Holliday Detector” deve ser calibrado diariamente, pelo menos, 1 vez e a freqüência deve ser determinada nos procedimentos específicos. 8.2.3 Em todos os tubos a superfície externa deve ser inspecionada. Nesta inspeção, deve ser observado se o corrugado do revestimento anticorrosivo está em boas condições. Os procedimentos de aplicação devem prever o controle da rugosidade. 8.3 Tela de Reforço 8.3.1 As telas devem ser inspecionadas visualmente com o objetivo de detectar amassamentos, resíduos de graxa, óleo e demais materiais que possam comprometer a aderência do concreto ou contaminá-lo. Amassamentos e resíduos devem ser eliminados. 8.3.2 As telas que apresentarem corrosão generalizada com perdas superiores a 3 % do diâmetro nominal devem ser recusadas. 8.3.3 As telas galvanizadas, aplicáveis a dutos submarinos, contendo danos no revestimento devem ser rejeitadas. Nestas telas, deve ser verificado se as taxas de armadura foram atendidas, de acordo com a TABELA 1. Os procedimentos de aplicação devem prever o controle da taxa de armadura. 8.4 Agregados 8.4.1 Os agregados devem ser previamente submetidos aos ensaios de qualificação definidos na norma ABNT NBR 12654, com as amostragens previstas na norma ABNT NBR NM26. Os critérios de aceitação devem ser conforme a norma ABNT NBR 7211. 8.4.2 Por ocasião do recebimento, os agregados devem ser submetidos à inspeção visual, com o objetivo de detectar presença de contaminantes ou alterações das características do material previamente qualificado. Caso sejam detectados contaminantes, seus teores devem ser medidos conforme norma ABNT NBR 7211.

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8.4.3 Antes do processo de mistura, deve ser verificado o teor de umidade dos agregados com o objetivo de ajustar a quantidade necessária de água na mistura. O teor de umidade deve ser determinado conforme as normas ABNT NBR 9775 e ABNT NBR 9939. 8.5 Fôrma e Armadura Antes da concretagem deve ser verificado o descrito nos itens 8.5.1 a 8.5.3. 8.5.1 A fôrma e a armadura devem ser inspecionadas com o objetivo de verificar se estão isentas de materiais danosos ao concreto. 8.5.2 A fixação, sobreposição e o posicionamento da armadura devem atender ao item 6.2. 8.5.3 As dimensões, estanqueidade, aplicação do desmoldante e sustentação das fôrmas devem atender ao item 6.3. 8.6 Inspeção da Concretagem 8.6.1 Devem ser realizados os ensaios:

a) abatimento pelo tronco de cone de acordo com a norma ABNT NBR NM67 (apenas no processo convencional);

b) resistência à compressão, de acordo com item 8.9. 8.6.2 No caso de concretagem por processo convencional, além dos ensaios mencionados no item 8.6.1, devem ser verificados:

a) se o tempo decorrido entre o início do preparo e o final do lançamento é compatível com o tempo de início de pega do cimento estabelecido no procedimento de execução;

b) a homogeneidade da mistura. 8.6.3 No processo convencional o revestimento de concreto deve ser inspecionado visualmente para verificar a presença de defeitos após a retirada das fôrmas. 8.6.4 Nos processos por compressão e projeção o revestimento de concreto deve ser inspecionado visualmente para verificar a presença de defeitos imediatamente após a concretagem e depois da remoção da película impermeável. 8.6.5 Tubos com o somatório de áreas defeituosas superior a 3 % da área total devem ser totalmente reprocessados. 8.6.6 Efetuar inspeção visual durante a movimentação e estocagem dos tubos, a fim de verificar a presença de fissuras.

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8.6.7 As fissuras com abertura de até 0,5 mm e que se estendam por menos de 180° em volta do tubo ou quando forem longitudinais apresentarem um comprimento inferior a 300 mm devem ser aceitas. As demais fissuras devem ser reparadas. 8.6.8 Caso seja detectada alguma falha no revestimento, deve ser reparada conforme descrito no Capítulo 9 desta Norma. 8.7 Peso do Tubo Concretado 8.7.1 O peso de cada tubo concretado deve ser medido utilizando balança aferida com resolução mínima de 1 %. Para dutos terrestres, quando não é requerida a flutuação negativa do tubo concretado, a pesagem do tubo não é necessária. 8.7.2 Deve ser fornecido à PETROBRAS antes dos serviços de pesagem, certificado de aferição emitido por entidade reconhecida comprovando a resolução do equipamento de pesagem que deve ser de, no máximo, 1 %. 8.7.3 Os tubos concretados devem apresentar, no mínimo, as condições de flutuação negativa previstas no projeto. 8.7.4 No caso de tubos destinados a dutos terrestres, o peso específico do concreto pode ser verificado por meio da pesagem dos corpos-de-prova de compressão, em substituição à pesagem dos tubos concretados definida no item 8.7.1. O peso específico do concreto deve ser igual ou maior que o peso específico definido pelo projeto. 8.8 Absorção de Água 8.8.1 Os testes de absorção de água são exigidos somente para dutos submarinos. 8.8.2 A absorção de água dos tubos revestidos de concreto deve seguir as especificações da norma BSI BS 8010 Part 3. 8.8.3 Os testes de absorção devem ser executados nos tubos concretados na freqüência de 1 tubo a cada 50 tubos concretados. Os testes devem ser realizados após decorrido um período mínimo de 24 horas, após a concretagem, pela imersão completa de um tubo concretado em um tanque de água doce por 24 horas. 8.8.4 Após ser retirado do tanque e imediatamente após a drenagem da água armazenada no interior do tubo, o tubo é pesado. A absorção máxima de água admitida no concreto, expressa com 1 casa decimal, deve ser de 5,0 %, sendo a absorção definida pela seguinte fórmula:

100x1,025xWW

WWPsat[%]Absorção

c

c

−−

=

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Onde: WPsat = peso do tubo de concreto saturado em água doce, em kgf; Wc = peso do tubo revestido logo após a concretagem, em kgf; W = peso de cada tubo sem revestimento de concreto, em kgf.

8.9 Resistência à Compressão 8.9.1 Para a verificação da resistência à compressão, devem ser obedecidas as seguintes amostragens mínimas:

TABELA 3 - RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO - AMOSTRAGENS MÍNIMAS

Amostra Processo 7 dias 28 dias

Convencional

1 exemplar (2 CPs) para cada caminhão-betoneira ou a cada 4 horas de concretagem, quando utilizada betoneira estacionária.

1 exemplar (2 CPs) para cada caminhão-betoneira ou a cada 4 horas de concretagem, quando utilizada betoneira estacionária.

Projeção ou Compressão

3 CPs a cada 20 tubos concretados. Após os testes iniciais, a critério da PETROBRAS, podem ser ensaiados 3 CPs a cada 50 tubos concretados.

3 CPs a cada 20 tubos concretados. Após os testes iniciais, a critério da PETROBRAS, podem ser ensaiados 3 CPs a cada 50 tubos concretados.

8.9.2 A resistência à compressão do concreto deve atender aos valores mínimos descritos na TABELA 4. TABELA 4 - VALORES MÍNIMOS DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO DO

CONCRETO

Aplicação do Tubo Idade do Exemplar

Dutos Submarinos Dutos Terrestres 7 dias 24 MPa 14 MPa

28 dias 34 MPa 20 MPa 8.9.3 Para a realização dos ensaios devem ser moldadas 3 corpos-de-prova cilíndricos de Ø 150 mm x 300 mm, para cada idade considerada. A modelagem dos corpos-de-prova deve atender à norma ABNT NBR 5738, porém no caso de processos por projeção e compressão, o adensamento deve ser realizado mecanicamente em 4 camadas. 8.9.4 Os ensaios de resistência à compressão devem ser executados conforme a norma ABNT NBR 5739. O controle da resistência do concreto deve obedecer à norma ABNT NBR 12655. 8.9.5 A resistência mecânica do concreto deve ser, no mínimo, igual a 90 % da resistência prevista no projeto.

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8.10 Flutuação Negativa Este procedimento é aplicável para dutos submarinos e para dutos terrestres (somente para travessia de rios, alagados e lagoas). 8.10.1 A flutuação negativa deve ser baseada nas condições do concreto recém aplicado e não nas condições de saturação. 8.10.2 O período de tempo entre a concretagem e a pesagem deve ser constante para todos os tubos. A tolerância de flutuação negativa deve seguir ao especificado na norma BSI BS 8010 Part 3. 8.10.3 A flutuação negativa por metro do tubo imerso em água do mar deve ser determinada para cada tubo, sendo definida pela seguinte fórmula:

flutuação negativa = peso concretado por metro - empuxo por metro 8.10.3.1 O empuxo por metro é dado por:

( )32 m/kgf0251x)DA(4

E π=

Onde:

E = empuxo; DA = média aritmética do diâmetro externo do revestimento de concreto, referida

a 5 medidas feitas a trena, em espaços igualmente distribuídos ao longo do tubo, em m.

8.10.3.2 O peso do tubo concretado (Wtc) por metro, para concreto recém aplicado, deve ser calculado pela fórmula:

)m/kgf()e2L(

)e2wW(W maxc

tc −

−=

Onde:

Wc = peso do tubo revestido logo após a concretagem, em kgf; w = peso por metro de tubo = W/L, em kgf/m; L = comprimento de cada tubo, em m; e = comprimento de cada extremidade do tubo não concretado, em m.

8.11 Excentricidade entre o Revestimento de Concreto e o Tubo de Aço 8.11.1 A excentricidade é caracterizada pela distância existente entre o centro geométrico do círculo médio ajustado ao diâmetro externo do duto e centro geométrico do círculo médio ajustado ao diâmetro externo do revestimento de concreto.

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8.11.2 A excentricidade deve ser avaliada pela medição da espessura do revestimento de concreto em 8 pontos defasados de 45° ao longo da circunferência do revestimento. A medição deve ser realizada nas 2 extremidades do tubo concretado. A medição de excentricidade deve ser realizada para cada 50 tubos. 8.11.3 Em função da performance do processo, a critério da PETROBRAS, a freqüência de medições pode ser reduzida. [Prática Recomendada] 8.11.4 A máxima excentricidade para cada tubo é definida como sendo a diferença entre a maior espessura e a menor espessura do revestimento de concreto. A máxima excentricidade deve ser igual a 12 mm. 8.12 Aderência do Concreto ao Tubo 8.12.1 A aderência do concreto ao revestimento anticorrosivo deve ser testada da seguinte maneira:

a) uma carga axial deve ser aplicada a um segmento de tubo concretado cuja extremidade do revestimento de concreto esteja apoiada, de modo a produzir esforço de cisalhamento entre o revestimento anticorrosivo e o concreto;

b) a carga a ser aplicada deve ser de 9,17 toneladas por metro de comprimento do corpo de prova ensaiado.

8.12.2 O teste deve ser realizado em 3 tubos concretados ao início de cada obra e deve ser repetido, no mínimo, a cada 1 000 tubos produzidos. Em função dos resultados, a critério da PETROBRAS, a freqüência de testes pode ser reduzida. [Prática Recomendada] 9 REPAROS NO CONCRETO Os reparos no concreto devem garantir a manutenção das propriedades geométricas, físicas e químicas do produto acabado. Os materiais a serem utilizados para a execução dos reparos devem ter as mesmas características dos materiais utilizados para a concretagem na planta. Os procedimentos descritos no item 9.1 são usados para dutos submarinos e para dutos terrestres ver item 9.2. 9.1 Processo por Compressão e Projeção 9.1.1 Antes da Cura 9.1.1.1 Se a área danificada for menor que 0,10 m2:

a) isolamento da superfície do revestimento em boas condições através da fixação da fita adesiva em todo perímetro da área danificada;

b) corte do filme de polietileno na região danificada; c) remoção de todo concreto danificado até ultrapassar a tela, para ancoragem do

concreto, tomando cuidado para não danificá-la; d) antes da aplicação da mistura umedecer a região e reparar;

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e) depois de reparos manualmente, os tubos devem ser envolvidos na superfície reparada com filme de polietileno fixado com fita filamentada.

9.1.1.2 Se a área danificada for maior que 0,10 m2 e comprimento até 1 m:

a) isolamento da superfície do revestimento em boas condições através da fixação da fita adesiva em todo perímetro da área danificada;

b) corte do filme de polietileno na região danificada; c) remoção de todo concreto danificado, inclusive abaixo da tela de reforço,

tomando o cuidado para não danificá-la; d) antes da aplicação da mistura umedecer a região e reparar; e) cura de reparo: idêntico a cura do tubo, ou seja, no mínimo, 7 dias.

Nota: Depois de reparados manualmente, os tubos devem ser envolvidos na superfície

reparada com filme de polietileno fixado com fita filamentada. 9.1.1.3 Se a área for maior que 1 m2, todo o revestimento deve ser refeito. 9.1.2 Após a Cura 9.1.2.1 Com perda de, no máximo, 25 % da espessura total em área menor que 0,10 m2, e onde o concreto restante é firme, não se repara. 9.1.2.2 Com perda de, no máximo, 25 % da espessura total em áreas superiores a 0,10 m2, e menor que 0,3 m2, remover todo concreto até a exposição da tela, a fim de propiciar o engaste do material do reparo. 9.1.2.3 Se a área danificada for maior que 0,3 m2, o revestimento deve ser removido em toda a periferia do tubo ao longo da área afetada, devendo-se recompor o revestimento. 9.2 Processo Convencional 9.2.1 Antes da Cura 9.2.1.1 Devem ser feitos reparos manuais no revestimento antes da cura, se a área danificada for inferior a 0,10 m2. Estes reparos devem ser feitos removendo-se o revestimento afetado até a altura da tela de reforço, tomando cuidado para não danificá-la no processo de remoção e umedecendo convenientemente a região do concreto a ser reparado. 9.2.1.2 Caso a área danificada exceda a 0,10 m2, mas não se estenda por mais de 1 m ao longo do tubo, o reparo deve ser feito removendo-se todo o concreto da área afetada, inclusive abaixo da tela de reforço e completando o reparo manualmente. Se a área se estender por mais de 1 m ao longo do tubo, este tubo deve ser novamente revestido.

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9.2.2 Após a Cura Danos e esmagamentos causados por impacto durante a movimentação e estocagem devem ser reparados ou não, segundo os critérios estabelecidos nos itens 9.2.2.1 a 9.2.2.4. 9.2.2.1 Com perda de, no máximo, 25 % da espessura total em área menor que 0,10 m2 e onde o concreto restante é firme, deve ser aceito sem reparos. 9.2.2.2 Com perda de, no máximo, 25 % da espessura total em área superior a 0,10 m2 e menor que 0,3 m2, o concreto que restar nesta área deve ser removido até a exposição da tela, a fim de propiciar o engaste do material de reparo. 9.2.2.3 Se a área danificada for maior que 0,30 m2, o revestimento deve ser removido em toda a periferia do tubo ao longo da área afetada, devendo-se recompor o revestimento. 9.2.2.4 O revestimento resultante deve ser igual em peso, densidade, uniformidade, resistência e deve ter as mesmas características do concreto aplicado originalmente. 10 QUALIFICAÇÃO DO REVESTIMENTO EM CONCRETO REALIZADO EM

PLANTA 10.1 A critério da PETROBRAS, os testes de qualificação, conforme definido nos itens 10.1 a 10.6, podem ser testemunhados por seus técnicos ou profissionais por ela credenciados. [Prática Recomendada] 10.2 Antes do início dos trabalhos de aplicação do revestimento em concreto, os materiais empregados no revestimento de concreto devem ser submetidos a todas as inspeções ou testes definidos nesta Norma de modo a assegurar que eles atendam às respectivas especificações. 10.3 Devem ser revestidos 5 tubos, em conformidade com o procedimento de aplicação, numerado e aprovado, e neles devem ser realizados todos os testes, verificações e inspeções definidas nesta Norma. 10.4 A dimensão e quantidade de corpos-de-prova, os critérios de aceitação, o local e o cronograma de execução dos testes de qualificação devem ser previamente definidos e informados à PETROBRAS. 10.5 Os testes de qualificação devem ser repetidos sempre que houver mudança em, pelo menos, um dos parâmetros abaixo:

a) material do revestimento anticorrosivo ou do seu perfil de ancoragem; b) espessura do revestimento em concreto (de uma espessura menor que

50,8 mm para outra maior ou igual a 50,8 mm e vice-versa); c) especificação de qualquer agregado ou da armadura de aço;

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d) diâmetro do tubo (alteração de, no mínimo, 10” no diâmetro nominal para menos ou para mais).

10.6 Concluídos os trabalhos de qualificação do procedimento, a empresa aplicadora do concreto deve emitir um Relatório de Qualificação, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) tipo de revestimento anticorrosivo; b) características e fornecedores dos agregados; c) perfil de ancoragem do revestimento anticorrosivo; d) espessura do revestimento em concreto; e) procedimento de aplicação; f) especificação e certificado da tela; g) entidade que realizou os ensaios.

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IR 1/1

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A

Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

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