Jb news informativo nr. 1.045

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1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 [email protected] Informativo Nr. 1.045 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - domingo, 14 de julho de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - " A Redenção da Mulher " - Mario Gentil Costa Bloco 3 - Ir João Ivo Girardi - Verbete da Semana - " Lei Moral " (Do Meio-Dia à Meia-Noite ) Bloco 4 - IrHercule Spoladore - "A História do Grau 33.... " Bloco 5 - Ir Ivo Reinaldo Christ - "O desafio de todo Maçom: como ser bondoso num mundo egoísta" Bloco 6 - IrAntonio de Carlos de Souza Godoi - " O Avental Maçônico significado de poderes " Bloco 7 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - " Tempo de Estudos e Loja em Família " Bloco 8 - Destaques JB Pesquisas e artigos: Acervo JB News - Internet Colaboradores Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Hoje, 14 de julho de 2013, 195º dia do calendário gregoriano. Faltam 170 para acabar o ano. Dia da Bastilha (França); Dia da Liberdade de Pensamento Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos 1 - almanaque

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JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

www.radiosintonia33 – [email protected]

Informativo Nr. 1.045 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV

Loja Templários da Nova Era nr. 91

Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras

Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC

Florianópolis (SC) - domingo, 14 de julho de 2013

Índice: Bloco 1 - Almanaque

Bloco 2 - Opinião - " A Redenção da Mulher " - Mario Gentil Costa

Bloco 3 - Ir João Ivo Girardi - Verbete da Semana - " Lei Moral " (Do Meio-Dia à Meia-Noite )

Bloco 4 - IrHercule Spoladore - "A História do Grau 33.... "

Bloco 5 - Ir Ivo Reinaldo Christ - "O desafio de todo Maçom: como ser bondoso num mundo egoísta"

Bloco 6 - IrAntonio de Carlos de Souza Godoi - " O Avental Maçônico significado de poderes "

Bloco 7 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - " Tempo de Estudos e Loja em Família "

Bloco 8 - Destaques JB

Pesquisas e artigos:

Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org

- Imagens: próprias e www.google.com.br

Hoje, 14 de julho de 2013, 195º dia do calendário gregoriano. Faltam 170 para acabar o ano.

Dia da Bastilha (França); Dia da Liberdade de Pensamento

Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

1 - almanaque

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939 - É eleito o Papa Estêvão IX. 1099 - Os exércitos cristãos tomam Jerusalém, durante a Primeira Cruzada.

1570 - O papa São Pio V publica o Missal Romano do Concilio de Trento (a Missa tridentina) com

a bula pontifícia Quo Primum Tempore 1774 - Fundação do município de Campinas

1789 - Início da Revolução Francesa: Parisienses tomam a Bastilha, prisão do regime monárquico,

e libertam sete prisioneiros políticos. 1867 - O químico sueco Alfred Nobel faz a primeira demonstração da dinamite.

1881 - Billy the kid é morto por Pat Garrett em Fort Sumner.

1899 - Luiz Galvez declara a criação do Estado Independente do Acre 1909 - Inauguração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro

1915 - É fundado o América Futebol Clube na cidade de Natal (RN).

1933 - O partido nazista da Alemanha fecha as agremiações de oposição e começa a perseguição

aos comunistas. 1951 - A CBS, rede americana de TV, transmite o primeiro programa esportivo em cores: uma

corrida de cavalos.

1958 - O rei Faisal II, do Iraque, e sua família são executados por militares em Bagdá, cinco meses depois de assumir o trono do país.

1965 - O satélite americano Mariner 4 é o primeiro a mandar para a Terra fotografias do planeta

Marte. 1979 - Primeiro concerto ao vivo de Jean Michel Jarre e o primeiro a entrar para o Guiness Book

por maior platéia sendo realizado em Place de la Concorde em Paris onde interpretou temas de

Oxygene e Equinoxe, seus primeiros álbuns de sucesso mundial.

Aniversário da cidade de Campinas. Festa nacional francesa, comemorando a queda da Bastilha.

Dia Mundial da Liberdade. Dia do Doente.

Dia do Enfermeiro.

Dia da Floresta (em homenagem à Aloysio Rauber)

Último dia das Festas de São Firmino (Sanfermines) em Pamplona, Espanha

(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)

1789 Revolução Francesa - A Revolução é considerada como o acontecimento que deu

Eventos Históricos

Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.

feriados e eventos cíclicos

fatos maçônicos do dia

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início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os

princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité,

Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em

1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por

várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.

1797 Fundada na povoação da Barra, na Bahia, a Loja Cavaleiros da Luz, a primeira Loja

do Brasil, embora sem filiação regular. A primeira Loja regular foi a Loja Reunião

(ou União) em Niterói, com patente do GO de Île-de-France, em 1801. Muitos

historiadores acharam que o nome referia a um suposto GO da Ilha Maurício,

colônia francesa no Oceano Índico, mas refere-se à ilha que deu origem a Paris,

portanto à França.

1815 Morre no cárcere Francisco Miranda, patriota venezuelano, conhecido como o Precursor, luto por mais de uma década pela independência das colônias espanholas

da América. Chegou a chefiar o governo após a proclamação da independência da

Venezuela, em 5 de julho de 1811. As rivalidades regionais e à lealdade à coroa

espanhola de ainda boa parte da população, associaram-se as conseqüências do terrível terremoto de 1812, quase que limitado às regiões insurgentes, que foi

apresentado pelo clero como castigo divino aos rebeldes. Miranda acabou preso e

deportado para Espanha, vindo a morrer em uma prisão de Cadiz.

1927 Lançada a Pedra Fundamental do atual Freemasons’Hall de Londres, erigido em

honra aos Maçons mortos na I Guerra Mundial.

1965 No encerrmento de uma Sessão Magna de Iniciação que presidia, falece vítima

de colpaso cardíaco o Ir. Manoel de Luna Filho, Grão-Mestre da Grande Loja

de Pernambuco.

1981 Fundado o Grande Oriente Estadual Sul-Riograndense, federado ao GOB

1984 Fundação da Loja Estrela do Tucumã nr. 55, Tucumã, Grande Loja do Estado do

Pará

1992 Fundação da Loja Grão-Mestre Sebastião Elias Campos nr. 136, de Jaraguá da

Grande Loja do Estado de Goiás.

Chapecó nos espera!

http://www.diadomacom2013.com.br

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]

Mario Gentil Costa- Florianópolis) [email protected] http://magenco.blog.uol.com.br

" A REDENÇÃO DA MULHER "

Não sei se todos têm notado o contínuo e crescente progresso da mulher rumo ao domínio das mais diversas áreas em que, até recentemente, predominou a macharia. Isso, além de significar a prova de sua

competência sufocada, é sinal de que a hegemonia machista vaticano-judaico-muçulmana está começando a ter seus dias contados. Se olharmos para trás, é fato recente essa mudança de costumes. Mas é seu brado de liberdade. E, ao longo da história, uma guinada desse porte nunca ocorreu de repente. Leva décadas, quando não, séculos. Não tenho dúvidas em afirmar que os tempos vindouros confirmarão a indiscutível ascensão do sexo feminino. Nós estamos vivendo uma fase de mudanças profundas - o novo milênio - que entrará para a história como o ponto de partida da redenção da mulher em termos de autodeterminação. Seu acesso às diversas profissões - incluído o direito e a justiça, isso para não lembrar a medicina, a odontologia, a arquitetura, a pesquisa científica, a carreira aero-astronáutica, a própria literatura e o exercício do magistério religioso (que as crenças chauvinistas sempre lhe negarão) - é prova sobeja da presente tese. É uma constatação sociológica insofismável. Talento, elas têm na mesma dose; apenas ainda não despertaram para a exploração maciça de seu potencial. Até a geração de nossos pais, o destino da mulher era o casamento para garantir a própria sobrevivência, a procriação imaculada, a estabilidade financeira, a submissão ao macho provedor, a vida do lar e os humildes afazeres domésticos. Em resumo, era sua escravidão social. Mas a grata conquista do divórcio e a perspectiva de engravidar sem a dependência exclusiva do espermatozóide autorizado pela sociedade machista, a mudança e o visível enfraquecimento dos códigos falso-moralistas do clero organizado, a dependência econômica inescapável estão propiciando ao sexo feminino a certeza de sua auto-suficiência. A mulher não depende mais do marido, a menos que queira. Isso é determinante. Nem mais precisa casar-se para ser mãe sem perder sua suposta dignidade. O resto irá aflorando à medida que ela passar a crer em si mesma. Não estaremos nós aqui quando tudo isso se tornar rotina, mas não tenho dúvidas em prognosticar essa perspectiva cuja tendência é óbvia e cristalina. Ninguém segura mais a mulher, meus caros. E mesmo que ela não conquiste a prerrogativa de ser aceita plenamente pelas religiões castradoras do Velho Testamento, nada perderá com isso, já que, de todas as atividades a que se dedicar, essa é a menos importante para o bem-estar da humanidade. Mesmo assim, sem querer profetizar, creio firmemente que, se o Vaticano sobreviver aos próximos séculos, o mundo ainda verá uma papisa entronizada oficialmente no trono do Francisco. E eu gostaria de estar aqui pra rir...

Mario Gentil Costa - MaGenCo (2013)

2 - Opinião - " A Redenção da Mulher " - Mario Gentil Costa

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O autor, Ir. João Ivo Girardi ( [email protected] ) é da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 (Blumenau). Acompanhe todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-

Noite", cujo artigo de hoje foi extraído.

LEI MORAL

“Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiverem neutros em

tempos de crise moral”. (Dante Alighieri, in A Divina Comédia).

1. O que é a Maçonaria? A Maçonaria é uma associação intima de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, como regra, a Lei Natural; por causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Moral; por princípio, a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; por frutos, a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; por fim, a felicidade dos povos que, incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira de paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero humano. (3ª Instrução de Aprendiz Maçom - REAA - GLSC). 2. O que a entende a Maçonaria por moral? - Moral é para a Maçonaria uma ciência com base

no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo de nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça. 3. A Lei Moral Universal: Uma premissa básica sustentada pelos cristãos é que todo indivíduo simplesmente

sabe o que é certo e o que é errado, devido a uma lei moral que sempre existiu em todas as culturas. Eu

poderia achar que é certo roubar um homem ou fazer sexo com a sua esposa. - Se ele tiver muito dinheiro e se

a esposa dele consentir, que mal há nisso? E se você discorda de mim, quem tem razão? Se não temos um

ponto de referência moral, o que você pensa não é mais certo nem mais errado do que o que eu penso. O

relativismo moral, que prevalece na nossa cultura atual, traz uma questão importante, que já foi matéria de

reflexão dos grandes pensadores da humanidade. Haverá uma Lei Moral Universal? Conduzimos nossas

vidas de acordo com o nosso senso de certo e errado. De alguma maneira, possuímos a consciência do que nós

devemos fazer. Quando falhamos em fazer o que deveríamos, uma parte da nossa mente que chamamos de

consciência evoca um sentimento desagradável que chamamos de culpa. Será que esse sentimento - presente

em praticamente todos os indivíduos - é uma indicação para uma Lei Moral dada por Deus? Ou isso

simplesmente reflete o que nos foi ensinado pelos nossos pais? Nossa consciência influencia as decisões que

tomamos ao longo de todo o dia. Se descobríssemos, numa estação rodoviária ou aeroporto, uma maleta cheia

de dinheiro, com o endereço e o telefone do dono, decidiremos devolver a pasta ou guardá-la, dependendo do

nosso código moral. A maioria das religiões diria que a atitude certa seria devolver a maleta, mas mesmo uma

3 - Verbete da Semana do váde-mecum maçônico

"Do Meio-Dia à Meia-Noite" - Ir João Ivo Girardi

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pessoa que não tem religião experimentaria um ímpeto, um impulso para devolver o dinheiro. E mesmo quem

resolvesse não devolver, trataria de arranjar alguma desculpa para si mesmo para poder ficar com o dinheiro.

Essa pessoa poderia pensar: quem perdeu isso tem muito mais do que eu, ou eu estou precisando muito desse

dinheiro, vou fazer um bom uso dele... E mesmo assim, certamente experimentaria algum peso na

consciência. De onde vem esse código moral natural e universal? Ele não influencia apenas o nosso

comportamento, mas influencia também a maneira como nos sentimos ao agirmos de determinada

maneira. Os Dez Mandamentos e os Dois grandes Mandamentos de Jesus Cristo (amar a Deus sobre todas as

coisas, e ao próximo como a si mesmo) representam o ápice e o resumo perfeito de tudo aquilo que a

humanidade já conseguiu desenvolver, até hoje, como regra de conduta social. O método científico

simplesmente não pode responder à questão da Lei Moral Universal, assim como jamais poderia ser a fonte de

todo o conhecimento do Universo. A Lei Moral Universal encontra expressão não apenas nos textos

sagrados, mas também no mais profundo de nossas consciências. Essa Lei, para muitos grandes pensadores,

é um dos sinalizadores que apontam para a existência de um Criador, de uma Força Inteligente por trás do

Universo físico. C. S. Lewis disse que temos duas fontes de evidências para a existência de Deus Criador:

Uma é o universo que Ele criou... a outra é a Lei Moral que Ele pôs nas nossas mentes. Também o filósofo

alemão Immanuel Kant apontou para a Lei Moral dentro de nós como um testemunho poderoso da grandeza

de Deus. Ambos parecem corroborar o que disse Deus pela boca do Profeta: Na mente lhes imprimirei as

minhas Leis, assim como no coração lhas escreverei. (Jer 31,22). * Sir Clive Staples Lewis (1898-1963),

mais conhecido como C. S. Lewis, foi um professor universitário, teólogo anglicano, poeta e escritor

britânico. Destacou-se pelo seu trabalho acadêmico sobre literatura medieval e pela apologética cristã que

desenvolveu através de várias obras e palestras. É igualmente conhecido por ser o autor da famosa série de

livros infanto-juvenis de nome As Crônicas de Nárnia, em sete volumes, pela qual lhe foi conferida inúmeros

prêmios. (Fonte: iconoblog.com.br).

4. Texto Maçônico para ser lido e meditado! Um dos lugares comuns muito frequentes nos escritos

maçônicos é atribuir a nossa Ordem a característica de ser uma escola de moral, e a maioria dos Irmãos que

escrevem ou apresentam trabalhos em Loja se orgulham muito disso. A sua repetição é tão insistente que

quase todos nós já nos conscientizamos de que estamos diante de uma verdade inconteste. Mas será mesmo a

Maçonaria uma escola de moral? Se por princípio todos os candidatos a iniciação devem ser homens livres e

de bons costumes, então todos os maçons também por princípio são homens de vida eticamente irreprochável

(diz-se daquele que não merece reproches, censura, castigo; perfeito; sem efeitos). Então como seria a

Maçonaria uma escola de moral, se a moral não é aprendida dentro de nossas Lojas onde concentramos nossas

atividades? Os nossos Irmãos não aprendem princípios de moral dentro de nossas Lojas simplesmente porque

já os tem, ou pelo menos seria desejável que os tivessem ou que todos fossem homens de moral ilibada. Seria

antes um farol de irradiação de princípios éticos sadios através do exemplo dos seus membros. A Constituição

de 1723 confirma o que dissemos logo no início. O artigo primeiro „De Deus e da Religião‟, diz que o

Maçom por sua condição deve obedecer à lei moral, isto é, supõe-se que todo o Maçom é um homem de

bons costumes por sua própria natureza de Maçom. Certamente será o caso de mudarmos essa expressão

uma escola de moral e dizer que a Maçonaria é uma fonte de irradiação de bons costumes, o que é diferente

de ser uma escola de moral. Acontece que todos os Irmãos partilham da ideia que a Maçonaria não deve agir

diretamente junto à sociedade, mas sim exercer sua influência através dos Irmãos individualmente. Dessa

forma, se todos os Irmãos já entram para a Ordem como cidadãos livres e de bons costumes, não será a

Maçonaria uma escola de moral, mas muito mais proficuamente um centro de irradiação de moral através de

seus membros. Seria necessário antes de tudo orgulhar-nos de sermos uma sociedade cuja maioria absoluta é

composta de homens livres e de bons costumes. Também nos orgulhamos de ser nossa Ordem uma escola de

fraternidade, o que obedece ao mesmo raciocínio antes analisado. Se todos somos homens bons isso implica

em que sejamos todos fraternos. Na realidade muitas vezes não o somos, não que não o pretendamos, mas

porque pouco nos exercitamos na pratica os nossos princípios de fraternidade maçônica. Deixa-se de

incentivar a convivência familiar, que é quase o único caminho para despertá-lo dos sentimentos fraternais,

pois que estabelecem uma ligação sentimental mais profunda entre os homens. Mas nossa convivência está

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muitas vezes infelizmente restrita ao recinto de nossas Lojas. Exaltamos, outrossim, a Maçonaria como uma

sociedade universalista, isto é, que abrigamos homens de todas as religiões e de todos os credos, e de todas as

cores políticas e de todos os princípios filosóficos. Será mesmo verdade que somos assim tão tolerantes? Nem

sempre o parecemos ser. Para que o fossemos jamais deveríamos falar em Deus, em religião, em esoterismo,

ou qualquer coisa que se assemelhe a isso. Dizemos que somos uma escola de livre pensamento, e então

perguntamos: quantas de nossas Lojas se dedicam verdadeiramente a pesquisar a verdade, ao desenvolvimento

do livre pensamento? Os livres pensadores não passam em número de mero um por cento de toda a

humanidade. Dentro da Maçonaria talvez esse percentual possa chegar a dez por cento dos membros ativos. Já

é uma situação melhor do que a regra geral. Mas nossa meta deveria ser muito maior já que somos todos

homens livres de pensamento por definição. Devemos concluir que há evidentemente muito mais Irmãos

capazes de contribuir para a elevação de nosso nível cultural. A Maçonaria está esperando por isto!

Mantenhamo-nos dentre da realidade do que verdadeiramente somos. (Ambrósio Peters).

5. Lei Moral: Complemento à 3ª Instrução de Aprendiz Maçom - GLSC: (...) Em primeiro plano, é

conveniente - e útil - que se tenha uma noção a respeito do que é ordem. São diversos sentidos que se emprega

nessa palavra. Assim, por exemplo, fala-se de ordem espacial para referir-se à colocação das coisas nos seus

repectivos lugares; ordem temporal, para indicar-se que cada ação deverá ser praticada no momento oportuno

ou preciso; ordem estática ou ordem de composição, para designar o conjunto e boa disposição das coisas

entre si; ordem dinâmica ou ordem teleológica ou ordem de finalidade, para indicar a adaptação de cada coisa

à sua destinação, ao seu fim; ordem física, relacionada ao conjunto de relações que mantêm os seres com

sujeição a um princípio (lei física) que as determina; ordem social, ao conjunto de relações que devem existir

entre os homens para alcançar a realização da Sociedade e de acordo com os supremos primados da Justiça;

ordem jurídica, ao conjunto de relações estabelecidas entre os homens, mas subordinadas ao império da lei

positiva, que as regula e disciplina; Ordem Moral, ao conjunto de relações que devem manter os homens, mas

com sujeição a um princípio superior, isto é, à Lei Natural. A ideia de ordem é encontrada fundamentalmente

na Filosofia, já que a sua própria divisão se funda exatamente no próprio conceito de ordem. Assim, a

Metafísica é uma divisão onde estão objetivamente ordenadas as coisas e independentemente do homem; a

Lógica, como ordem dos nossos conceitos; e a Moral, como ordem das nossas ações livres e encaminhadas a

uma finalidade. O fundamento imediato da ordem é a Verdade, isto porque a ordem em si mesma é a Verdade

numa forma peculiar de sua existência, ou seja, a Verdade aplicada às operações humanas, que dão

movimento e impulsão à Vontade do homem. Mas o fundamento remoto da ordem é o Grande Arquiteto do

Universo, pois é a Fonte originária de toda a Verdade. Relacionada à ordem moral, que é a que mais de perto

condiz com a Lei Moral, examina-se os seus elementos essenciais: 1º) Pluralidade de seres humanos; 2º)

Conjunto e sucessão de relações humanas; 3º) Princípio superior, norma reguladora ou lei fundamental. A

pluralidade é consequência da notas essenciais e características da ordem: a) proporção e adequação; b)

distinção dos sujeitos que relaciona e suas comunicações com o todo; c) desigualdade entre os sujeitos. A

proporção e adequação ao fim, como consequencia da exigência do fim devido (que são os dois requisitos

essenciais de qualquer ordem), põe de manifesto a alteridade (de alter, outro - conceito de cada indivíduo

segundo o qual os outros sers são distintos dele próprio), ou relação entre um e outro, como primeiro grau da

pluralidade. As relações se estabelecem entre os sujeitos em nível de anterioridade e posteridade e de

inferioridade a superioridade, formando um conjunto harmônico que elimina toda confusão, guardando a

correspondente sucessão no modo de que produzir-se para alcançar seu respectivo fim. O princípio superior

que determina o conjunto de relações é a Lei Moral, ou Lei Moral Natural, cuja expressão suprema está

lastreada nesta sentença resumida: Faz o Bem e evita o Mal. (São Tomás de Aquino - Summa Theológica). A

existência da Ordem Moral - por conseguinte da própria Lei Moral - pode ser provada: a) experimentalmente;

b) historicamente; c) diretamente; e d) ex absurdo. Experimentalmente e por intropecção, os homens sabem o

que devem fazer e o que devem omitir; e, além disso, pela crítica das ações humanas censura-se quando eles

não cumprem o que deviam cumprir. Historicamente, observa-se que todas as Escolas Filosóficas formularam

os seus sistemas de Moral, criando até o paradoxo de que, quando uma negou os princípios éticos tradicionais,

não mais fizeram senão estabelecer outros princípios morais verdadeiros antíteses substitutivas dos que

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haviam sido negados. Diretamente pelas simples afirmações costumeiras, como existe o ser moral; esse ser

tem um fim; o ser moral e seu fim são os termos reais e objetivos da ordem moral; a proporção entre esses

dois termos reais e objetivos é no que se constitui a ordem moral; logo a relação em que consiste a ordem

moral é também real e objetiva. Com efeito, assim como entre dois pontos no espaço não se pode traçar mais

do que uma reta, do mesmo modo entre esses termos objetivos da ordem moral não se pode sinalizar senão

uma relação direta. Ex absurdo, a ordem moral fica patenteada na medida em que ela não poderá deixar de

existir porque é na sua esfera que se desenvolvem os atos livres do homem. Não se pode compreender esses

atos livres se não viessem balizados por uma lei, uma Lei Moral. Sem ela, os atos livres seriam havidos

como aqueles que interessam unilateral e exclusivamente a que os pratica, com total ausência em relação aos

interesses de quem viria a ser o destinatário deles. (...) A Lei Moral tem o seu nascedouro na Lei Natural,

assim como esta na Lei Eterna. Em derradeira análise, está ante os olhos humanos, tanto os da alma como os

da carne, que há uma Inteligência ordenadora e criadora da infinita grandeza do Universo, precisamente

porque o homem julga imprescindível a existência de uma Causa originária da Ordem, cuja especial

disposição e disciplina ele pode contemplar na pequenez de seu lar ou na imensidão do Universo. E nessa

Ordem sempre estará presente, ostensiva ou velada, a Lei Moral no relacionamento com outros homens ou a

Lei Moral Natural decorrente da Lei Eterna. (CII3ºIA).

Nota: Aos Irmãos de outras Potências que praticam o REAA ou outros ritos: A Grande Loja de Santa

Catarina fornece a seus obreiros fascículos que complementam as Instruções chamadas Clássicas, cuja

finalidade é a de aguçar e incentivar os Irmãos a se lançarem no estudo mais profundo das Instruções dos

Graus Simbólicos e consequentemente da Maçonaria. É o caso do texto acima sobre a Lei Moral.

6. Rituais: (...) Ao ruído do Maço, símbolo da força impulsionante das atividades humanas,

percebestes pouco a pouco, que tudo entre nós representa trabalho moral, cujos utensílios são simbólicos e cuja aplicação se faz em nós mesmos. Como dignos filhos da Maçonaria, vos entregareis ao estudo e ao trabalho e empregareis vossas horas de ócio em nutrir o vosso coração com esse espírito de solidariedade que Deus inspirou ao homem virtuoso. Dessa forma chegareis à perfeição moral e cumprireis a missão que vos compete como construtor social.

7. Máximas sobre Falso Moralismo: - Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente

correta, racional, cheia de moralismo… Esqueça-me! Se você sabe conviver... com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: acolha-me. (Clarice Lispector). - Ah, esses moralistas... Não há nada que empeste mais do que um desinfetante! (Mario Quintana). - A diferença entre Moralismo e Cristianismo é que Moralismo mostra como deveríamos ser, Cristianismo é como nunca conseguiremos. (Raquel Rodriguez). - Há muita diferença entre moral e moralismo. O último não passa de falácia hipócrita, mas o primeiro é um pilar preponderante na estrutura social! (Reinaldo Ribeiro). - Moralismo é uma hipocrisia típica dos imorais. (Marcelo Soriano). - O moralismo é a moralidade massificada como propaganda pessoal, e neste campo, se há propaganda é porque a virtude virou mercadoria... Logo, moralidade mercadológica não é nada confiável. (Demétrio Sena). - Nada é mais falso do que uma verdade estabelecida. (Millôr Fernandes). - É muito difícil fazer compatíveis a política e a moral. (Francis Bacon, em 1600).

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A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO GRAU 33

PRIMEIRO SUPREMO CONSELHO DO MUNDO.

Autor: Hercule Spoladore

Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”

A Maçonaria Operativa tinha somente dois graus: Aprendiz e Companheiro. Mestre não

era grau e sim uma função que competia ao responsável pela construção. Não tinha quaisquer influências

da Alquimia, Cabala, Astrologia, Rosacrucianismo, Ocultismo enfim, de qualquer segmento esotérico

como tal hoje é conhecida. Não tinha templos, as reuniões como todos sabem, eram realizadas em

tabernas. Durante uma reunião de maçons não se abria qualquer livro da Lei. Os símbolos eram

desenhados no chão com giz ou carvão. Dois símbolos que já existiam e constam dos Old Charges eram

as duas Colunas, mas que naquela época, não portavam no meio de seu corpo as referidas e polêmicas

letras J e B que geram tanta discussão e que também apresentavam outros significados simbólicos, um

tanto quanto diferentes dos que hoje estão estabelecidos.

O Escocesismo ou Escocismo é caracterizado por uma série de ritos que nasceram na

França a partir do ano 1649 e que tiveram um desenvolvimento bastante peculiar e sincrético, recebendo

as mais variadas denominações e influências, quer filosóficas, morais, bíblico-judaicas, herméticas,

rosacrucianas, templárias, políticas, religiosas e sociais, além dos modismos das épocas dos cavalheiros e

gentis-homens das monarquias e reinados e também da História da Humanidade, tudo isto acontecendo

um período bastante transformador de costumes.

Em 1725 foi criado o grau de Mestre e em 1738 ele foi acrescentado oficialmente aos dois

primeiros graus e incorporado definitivamente à Ordem. Criaram a lenda de Hiran, a qual se sabe de

sobejo não ter compromisso com a realidade histórica ou religiosa e que por sinal ninguém sabe quem

foram em realidade os seus inventores, mas sabe-se que ela levou mais ou menos uns sessenta anos para

tomar a redação que hoje se conhece, bem como suas mensagens ficarem definitivamente consagradas,

uma delas “morrer para renascer”.

Se o grau de Mestre já foi um acréscimo dentro da própria Maçonaria simbólica, achar que

os maçons franceses ficariam satisfeitos com ele sendo o último, seria muita ingenuidade.

Enquanto a Maçonaria Inglesa através do seu relacionamento direto coma Igreja

Anglicana e com o Estado, permaneceu tradicionalmente ligada à Bíblia, a Maçonaria Francesa numa

liberalidade total, aceitou e adotou uma amálgama de doutrinas de concepções heterogêneas, o que

acabou sendo o substrato para o aparecimento dos Altos Graus do Escocesismo ou Escocismo e por

4 - "a história da criação do grau 33..." Ir Hercule Spoladore

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continuidade ao Rito Escocês Antigo e Aceito e outros ritos escoceses que já não são mais praticados.

Com relação à história do Rito, no início os franceses acompanharam os Modernos das Lojas inglesas,

mas começaram a acrescentar progressivamente os Altos Graus. Há quem atribua aos franceses a criação

do terceiro grau, ou seja, o Grau de Mestre, mas em realidade ele nasceu na Inglaterra.

Alguns autores atribuem um desenvolvimento cronológico na criação dos Altos Graus que

seria assim: seis graus até 1737, sete graus até 1747, nove graus até 1754, dez graus até 1758, vinte e

cinco graus, até 1801 quando foram criados mais oito graus, perfazendo trinta e três graus. Entretanto

esta cronologia é rejeitada por outros. Mas a história está aí para comprovar, pois como todos sabem os

franceses foram acrescentando graus e mais graus na Maçonaria no decorrer do século XVIII.

A causa da criação dos graus acima dos três primeiros é ainda um tanto obscura e

divergente entre os autores. Poderia ser de fundo político, ou por interesses pessoais ou a colação de

títulos cavalheirescos e pomposos, os quais alimentariam a vaidade dos nobres, ou ainda razões

espirituais ou até jesuíticas, já que o jesuitismo era ligado aos Stuarts caracterizando assim uma causa

política.

Porem com relação às origens do Rito Escocês Antigo e Aceito existe três possibilidades,

a saber:

a) O famoso discurso do Cavaleiro Ramsay

b) O Capítulo de Clermont

c) O Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente

Conforme alguns autores ainda considerando as origens do Rito referem-se a sete

categorias, a saber:

l) Graus simbólicos primitivos e universais.

2) Graus de desenvolvimento dos graus simbólicos e universais

3) Graus baseados no Iluminismo do Tribunal da Santa Vingança ou Santa Vehme

4) Graus judaicos e bíblicos

5) Graus Templários

6) Graus Alquímicos e Rosacrucianos

7) Graus Administrativos e Superiores

Entre as lendas do início das origens dos Altos Graus aparece o Cavaleiro de Ramsay

(André Michél - 1686-1743), homem erudito, nascido na Escócia, partidário dos Stuarts, protegido do

Bispo Hercule de Fenelon, com ligações em todas as cortes da Europa, ao qual se atribui ter sido o

inspirador da criação dos Graus Superiores.

O seu famoso discurso que foi escrito em 1737, mas que talvez nunca tenha sido lido em qualquer Loja,

ou apresentado em qualquer assembleia de maçons, podendo até ser apócrifo segundo alguns autores,

pois se acredita que haja pelo menos quatro versões do mesmo, material este que foi distribuído

fartamente em todas as lojas da França e países vizinhos. Neste documento Ramsay faz apologia que a

Maçonaria seria originária dos Templários, o que não é verdade, tece comentários pela primeira vez

enfatizando hierarquia na Ordem, proclama o ideal maçônico na Fraternidade e num mundo sem

fronteiras, tentando impingir uma falsa antiguidade e nobreza à Maçonaria.

Fez uma proposta às lojas inglesas para acrescentarem mais três graus aos já existentes

(Mestre Escocês, Noviço e Cavaleiro do Templo) A Maçonaria inglesa rejeitou. Estes três graus teriam

segundo Ragon criados por Ramsay.

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Fez uma proposta às lojas francesas para que se acrescentassem mais sete graus

suplementares. Também não foi aceito. Mas de qualquer forma a partir daí começaram as introduções

templárias e rosacrucianas e os Altos Graus começaram a aparecer. Muitos autores não aceitam este fato,

rejeitam a participação de Ramsay. Entretanto, outros como Ragon a apoiam.

Segundo Paul Naudon, o fato mais importante acontecido após o polêmico discurso de

Ramsay, foi a criação do Capítulo de Clermont pelo Cavaleiro de Bonneville em 1754. Os Irmãos que

criaram este Corpo pretendiam continuar os mesmos princípios da Loja de Saint-Germain-en-Laye,

fundada muito tempo antes, ou seja, praticar os Altos Graus, criando sete graus e opondo-se à política da

Grande Loja da França, a qual seria posteriormente dissolvida em 24.12.1772.

O Capítulo de Clermont teve uma duração efêmera, sua existência foi muito curta, mas

valeu pelas consequências, pois uma das suas ramificações foi a fundadora em 1754 do Conselho dos

Imperadores do Oriente do Ocidente, Grande e Soberana Loja de Jerusalém, que organizou um rito de

vinte e cinco graus chamado Rito de Perfeição ou de Heredon. Seus membros, conhecedores de várias

tradições místicas e gnósticas antigas, trouxeram para este Corpo Maçônico as influências templárias,

rosacrucianas e egípcias, além de se dizerem herdeiros dos Ritos de Clermont e das correntes escocesas

de Kilwinning e Heredon. Estava assim consagrada a influência esotérica na Ordem. Em 1762 sob os

auspícios deste Conselho, foram publicados os Regulamentos e Constituição da Maçonaria de Perfeição,

elaborados por nove comissários sendo concluída assim como Constituição de Bordeaux em 21.09.1762,

talvez um dos poucos documentos do Escocesismo ou Escocismo que é verdadeiro.

A fundação destas potências mencionadas, não dão conta, nem ideia do processo político-

maçônico dos bastidores, das desavenças internas, das histórias e estórias relatadas, das perseguições

entre os Irmãos, chegando até a agressões físicas, dos interesses pessoais, das vaidades de tal forma que

quando se analisa os fatos chega-se à conclusão que muita coisa que acontece no presente já aconteceu

no passado. Os homens continuam os mesmos. A Maçonaria mudou, mas os homens não mudaram...

Em 1761 o Conselho de Imperadores teria fornecido através do Irmão Chaillon de

Joinville, substituto Geral da Ordem e mais oito Irmãos da alta hierarquia que também teriam assinado o

documento, uma patente constitucional de Grande Inspetor do Rito de Perfeição ao Irmão Etienne ou

Stephen Morin, autorizando-o a estabelecer e perpetuar a Sublime Maçonaria em todas as partes do

mundo e investindo-o de poderes de sagrar novos Inspetores. Chegando à Colônia francesa de São

Domingos (hoje Haiti), no mesmo ano pôs-se a trabalhar. Há fortes suspeitas de que este documento seja

fraudado. Também segundo muitos autores, Etienne teria comercializado estes altos graus. Na realidade o

Rito de Perfeição ficou muito mal trabalhado durante mais ou menos trinta anos. Foi esquecido o seu

conteúdo esotérico e sua ritualística muito mal usada. Mas de qualquer forma os americanos aceitaram

muito bem o Rito, e ainda acharam que os vinte e cinco graus eram insuficientes para abranger toda a

iniciática maçônica.

Morin teria entregado certificados ou carta patente a outros Irmãos e um deles foi um

Irmão de nome Henry A. Francken, também de origem judaica, que teria estabelecido o Rito em Nova

York. Outro grupo introduziu o Rito em Charleston em 1783.

Na mesma colônia francesa São Domingos (Haiti) alguns anos mais tarde apareceram os

maçons, o Conde Alexandre François Auguste de Grasse Tilly e o seu sogro Jean Baptiste Delahogue, os

quais posteriormente em 1793 mudaram-se para Charleston. Grasse Tilly já tinha pensado em fundar um

Supremo Conselho nesta cidade. Encontraram nos Estados Unidos, uma maçonaria bastante organizada

não havia rito francês e sim o rito de York dos americanos, que era parecido com rito inglês dos Antigos.

Lá encontraram mais dois maçons, Frederik Dalcho e John Mitchel. Existem

autores que afirmam que foi Dalcho quem teve a ideia de criar mais oito graus, e autores que sustentam

que o último grau foi Grasse Tilly quem criou.

O grupo era formado pelos aos seguintes Irmãos: Alexandre François de Grasse Tilly

(francês), Jean Baptiste Delahogue (francês) Frederich Dalcho (inglês), John Mitchel (irlandês), James

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Moultrie (americano), Isac Auld (americano), Abrahan Alexander (inglês), Thomaz Bartolomew Bowen

(irlandês) , Moses Clava Levy (polonês) Emmanuel de LA Mota( Indias Ocidentais) e Israel Delieben

(checoslovaco)

Dos onze Irmãos apenas dois eram americanos.

Assim se iniciou um trabalho de poucos Irmãos sem serem conhecidos nos Estados Unidos

e especialmente no mundo maçônico da Europa, e que culminou com a criação de um Rito, calcado em

cima do Rito de Heredon. ou de Perfeição. Estes onze Irmãos fundaram o primeiro Supremo Conselho

do Mundo em 31.05.1801 na cidade de Charleston (EUA). Só que lançaram mão de uma das maiores

balelas a respeito da criação do Rito nascente que só se tornaria conhecida a partir de 04 de Dezembro de

1802 quando foi expedida uma circular comunicando o que havia acontecido e divulgando o sistema de

33 graus e atribuindo que a sua organização teria sido feita em 1786 por Frederico II da Prússia.

A versão posterior dada pelo Supremo Conselho da França para ajudar a enriquecer a

mentira, refere que Carlos Stuart, filho de Jaime III, o qual sendo considerado como chefe de toda a

Maçonaria, conferiu o título de Grão-Mestre a Frederico II, o Grande, rei da Prússia (1712-1786)

nomeando-o seu sucessor e como tal também chefe dos Altos Graus. Em 1782 ele teria confirmado as

Constituições e Regulamentos de Bordeaux. E, daí há quatro anos ele transferia seus poderes a um

Conselho de Inspetores Gerais e, ao mesmo tempo acrescentava mais oito graus, e em 1786 publicava

sua famosa Constituição. Pura invenção!

Entretanto esta versão não tem o menor reconhecimento entre os bons autores maçônicos e

entre eles Findel, Ragon, Lindsay Rebold, Thory Clavel e tantos outros. Um deles, Rebold afirma que

Frederico foi iniciado em 15.08.1738 em Brunswich e que em 1744, a Loja “Três Globos” de Berlin,

fundada por artistas franceses, foi por ele elevada a categoria de Grande Loja, da qual foi aclamado como

Grão-Mestre, exercendo mandato até 1747. Desta época para frente ele afastou-se da Ordem, e quando

apareceram os Altos Graus ele não só não os aprovou como os combateu. Eles foram introduzidos na

Alemanha pelo Marques de Bernez.

Então como aconteceu e porque esta grande mentira?

Simplesmente, porque o grupo de onze maçons que fundou um novo Rito não tinha o

respaldo histórico e credibilidade para se impor perante o mundo maçônico da época, então foi

estratégico e cômodo atribuir à fundação, do Rito Escocês Antigo e Aceito, em 1786, que ainda não

levava este nome no inicio e sim Rito dos Maçons Antigos e Aceitos, atribuído a Frederico da Prússia, e

ainda imputando ao Rito uma origem anterior. Frederico gozava de boa reputação política, simpático à

causa da separação dos Estados Unidos da Inglaterra, inclusive enviando soldados a América para

combater as forças inglesas. Só que em 1801, Frederico já tinha falecido. O interessante é que até a

presente data, muitos Rituais dos Graus Superiores do Rito Escocês Antigo e Aceito mencionam o nome

de Frederico II.

Estava assim fundado no dia 31.05.1801 nos Estados Unidos, o Rito Escocês Antigo e

Aceito, que ainda não tinha este nome, e criado desta forma o Primeiro Supremo Conselho do Mundo

tendo como primeiro Soberano Comendador John Mitchel, e ainda calcado numa mentira histórica,

aceita ainda hoje em dia como se fora uma verdade intocável. Muitos rituais dos Graus Superiores citam

o nome do Imperador.

Frederico da Prússia jamais foi o criador do Rito Escocês Antigo e Aceito

Entretanto, apesar deste imbróglio todo, e tudo isso pode ser comprovado, o Rito Escocês

hoje é um Rito sério, bem praticado pelos seus adeptos que pautam pelos seus princípios e pela sua fé no

Rito, e não pela sua confusa história. É um Rito vencedor e maioritário no Brasil.

Dos ritos escoceses e que fizeram parte do Escocesismo atualmente são praticados no

mundo apenas dois, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Escocês Retificado.

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DOCUMENTOS BÁSICOS DO ESCOCESISMO OU ESCOCISMO

a) O Discurso de Ramsay em 1738.

b) Constituição de 1762, organizada pelo Conselho de Imperadores do Oriente

do Ocidente

A Patente de Stefhen ou Etienne Morin emitida em 27.08.1761, assinada pelo Irmão

Chailon de Joinville e demais autoridades mandatárias dos Graus Eminentes.

Os novos Institutos Secretos e Fundamentais que foram atribuídos de forma

inverídica Frederico II e que, apesar de datarem de 1786, foram elaborados

posteriormente.

(e) Constituições, Estatutos e Regulamentos para o Governo do Supremo .

Conselho dos Inspetores Gerais também levando autoria de Frederico II .

indevidamente.

f) As resoluções do Congresso de Laussane em 1875.

REFERÊNCIAS

ASLAN, Nicola GRANDE DICIONARIO ENCICLOPÉDICO DE MAÇONARIA

E SIMBOLOGIA - 04 volumes – 4º Vol.

Editora Artenova S.A

Rio de Janeiro, 1976

CASTELLANI, José RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO- História, Doutrina

e Prática

Editora Maçônica “A Trolha” Ltda.

Londrina, 1988

PORBER, Kurt HISTÓRIA DO SUPEMO CONSELHO DO GRAU 33 DO

BRASIL

Livraria Kosmos Editora

Rio de Janeiro, 1983

PROBER, Kurt FREDERICO II, O GRANDE, E A MAÇONARIA

Editora Maçônica “ A TROLHA” Ltda.

Londrina, 1994

Grandes Constituições Escocesas, 1966 - 2ª edição

Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito

Leis que Regem o Escocismo no Brasil, 1951 -

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O DESAFIO DE TODO MAÇOM:

COMO SER BONDOSO NUM MUNDO EGOÍSTA Ivo Reinaldo Christ

Cadeira 23 Alguns especialistas em análise da conduta humana acreditam que o egoísmo

nunca foi tão grande e tão espalhado e vivo como nos dias atuais. Entre os motivos que

apontam um surpreende, a tecnologia. Há pessoas que são egoístas, hoje, por causa da tecnologia que se enraizou em sua

vivência diante do outro. Os pesquisadores incluem a influência exercida pela tecnologia

digital, incluindo celulares, câmaras, e-mails, ipods, e outros mais. Estes avanços tecnológicos estão mudando a vida de muitas pessoas que aos poucos se esquecem de serem entes humanos e tratar o outro como igual e não como concorrente acirrado.

A tecnologia oferece elementos que aumentam nossa cobiça por gratificações em várias áreas da vida, impulsionam o nosso apetite de possuir o há de melhor e assim deixar os outros na saudade.

No mundo atual criou-se uma nova cultura, a cultura da gratificação imediata. Dizem os psicólogos que as pessoas esperam que as coisas aconteçam de imediato, sem demora, sem erros e principalmente da maneira que elas desejam. Instalou-se a pressa.

Tudo tem de ser logo e pergunto: o que aconteceu com a paciência de ouvir, de escutar, de aguardar a vez da gente e de não passar o outro para trás. Tudo isso, salvo engano, é fruto do egoísmo que tomou conta e nos domina e com isso esquecemo-nos que

somos irmãos. Desta forma de agir surge uma tendência de cada vez mais ficarmos frustrados e

irritáveis, o que nos leva a excluir o outro e a nos sobrepor de forma inaceitável sobre o próximo, que diminuímos por possuirmos o acervo tecnológico melhor que adquirimos. Esquecemos que somos iguais e todos possuímos os mesmos direitos e deveres.

As pessoas levadas pelo egoísmo não tem mais a paciência de ler textos com atenção e de refletir sobre as mensagens que os mesmos trazem. O egoísmo as faz querer tudo de uma vez só: falar, comer, gastar dinheiro, dirigir rápido, esquecer as leis

do trânsito, maltratar aos que se opõem em seu caminho. Fazem de tudo para atender seus desejos indisciplinados. O egoísmo torna-as uma grande pedra no caminho dos seus semelhantes e se esquecem de que tudo que enfeita a vida e orna a existência com

grandeza e beleza. Afinal de contas o que é o egoísmo que os meios modernos de comunicação com

sua tecnologia em vez de nos aproximarem, nos afastam uns dos outros?

Egoísmo (ego + ismo) é o hábito, a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento ou não do ambiente e das demais pessoas com que se relacionam, neste sentido, é o antônimo de altruísmo.

Um sujeito egoísta acredita que o mundo, inclusive as pessoas a seu redor, foram criadas para ele e somente para ele. Uma pessoa egoísta, e todos são em maior ou menor medida, sofre porque as outras pessoas não correspondem às suas expectativas.

5 - " O desafio de todo maçom: como ser bondoso num mundo egoísta " - Ir Ivo Reinaldo Christ

Ir

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Há diferença entre egoísmo e egocentrismo. O egocentrismo caracteriza-se pela fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência

para todas as relações e fatos. Uma pessoa egoísta nem sempre é egocêntrica, uma vez que luta para fazer com

que os fatos se amoldem a seus interesses.

A pessoa egocêntrica é egoísta no sentido que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive. O egocentrismo é próprio da infância, como passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e

então aprender. O egoísmo incentivado pela tecnologia de comunicação moderna varia de pessoa

para pessoa. Podemos de uma forma geral, considerar atos egoístas no mundo atual: o

consumismo, o totalitarismo, a doutrinação com o intuito de coagir, e aí vem a agressividade, arrogância, confusão, ciúme, desapontamentos, depressão, fanatismo,

mau-humor, raiva... Egoísmo não é viver a nossa maneira ou estilo, mas desejar que os outros vivam

como nós queremos. O Budismo ensina que o egoísmo leva o homem a fazer de sua vida

um verdadeiro naufrágio. Encontramos no Livro da Lei ou no Livro Sagrado referências importantes sobre o

egoísmo. Citaremos duas:

“Pois de que aproveitará ao homem, se ganhar o mundo inteiro e perder sua vida? Ou que dará o homem em troca de sua vida?” (Marcos, 8:36,37), em outras palavras a egoísmo destrói e nós Maçons somos convidados a construir.

“Pedis e não recebeis; e isto porque pedis mal, para satisfazerdes as vossas paixões”. (Tiago, 4:3). O egoísmo é causador de problemas.

O egoísmo faz parte da vida atual e instalou-se em todas as camadas sociais. Os

egoístas sabem manipular a arte de ouvir apenas o que lhes convém, de evitar qualquer conversa que os leva a sair de si e a partilhar sentimentos alheios.

Uma das maneias para nos defender do egoísmo é partilhar, mesmo o pouco que

temos, com aqueles que nada têm, sob pena de um dia não termos nada feito a favor dos excluídos.

Na literatura maçônica encontramos inúmeros textos que nos levam a refletir sobre os males do egoísmo e a combatê-lo, com os de Oswald Wirth:

“... a Franco Maçonaria é chamada a refazer o mundo. A tarefa não está acima de nossas forças, desde que ela se torne aquilo que ela deve ser”.

“Iniciados em seus mistérios, a Franco Maçonaria convida-nos a tornar-nos homens de elite, sábios ou pensadores elevados acima da massa dos seres que não pensam. Não pensar é consentir em ser dominado, conduzido, dirigido e tratado muitas vezes como um animal de carga”.

“Tudo conspira para poupar aos nossos conterrâneos o trabalho de pensar. É indispensável que uma instituição poderosa reanime a tocha das tradições esquecidas”.

Como Maçons temos a obrigação de pensar, refletir e não podemos deixar-nos envolver em fórmulas egoístas que dominam os nossos meios de comunicação. Não

temos a posse da verdade, mas esforcemo-nos a nos resguardar do erro. Somos exortados a procurar o Verdadeiro, o Justo e o Belo. O importante para nós Maçons é refletir, afim de que nos apliquemos a

compreender não só os males do egoísmo, mas também e principalmente os bens que podemos conquistar com o pensamento livre e longe do egoísmo, estes são os

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ensinamentos que nos são transmitidos de uma forma velada sob os nossos símbolos e alegorias.

Termino com um poema que traduz de uma forma brilhante o sentimento do egoísmo.

EGOÍSMO Fui sozinho à minha entrevista,

Quem é esse que me segue Na escuridão calada? Afasto-me para ele passar,

Mas não passa. Seu andar soberbo

Levanta poeira, Sua voz forte duplica a minha palavra.

Senhor, É o meu pobre eu! Ele não se importa com nada.

Mas como sinto vergonha Por ter de vir com ele À tua porta”

Rabindranath Tagore, in “O Coração da Primavera” Tradução de Manuel Simões

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Avental Maçônico Significado e Poderes Ir. Antonio Carlos de Souza Godoi

O primeiro contato do Maçom com essa insígnia, que expressa sua condição é na Iniciação. Ao entregar o Avental ao Iniciando, o Venerável Mestre lhe diz: “Recebei este Avental, a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o emblema do Trabalho, a indicar que devemos sempre ser ativos e laboriosos. Sem ele, não podereis comparecer às nossas reuniões. Deveis usá-lo e honrá-lo, porque ele jamais vos desonrará”. Diante dessas palavras cerimoniais, poderia um Irmão menos avisado concluir que o Avental teria como único propósito simbolizar o Trabalho e isso está longe de ser a verdade. Existem outras aplicações para essa importantíssima peça de indumentária maçônica, ligadas às forças que circulam na Natureza e nos afetam diretamente, estejamos ou não em Loja. Talvez por essa razão, ou seja, por requererem tais forças muito estudo para serem devidamente compreendidas é que na Iniciação não se mencionem as outras relações que existem no uso do Avental. O Aprendiz, recém iniciado, ainda tem muito o que aprender antes de palmilhar os caminhos onde se encontram as devidas explicações. Colocá-lo, portanto, diante desses assuntos já em sua aurora iniciática seria grande imprudência. De acordo com o Ir:. C.W. Leadbeater existem em nosso corpo sete centros de força através dos quais a energia flui, ou seja, na base da coluna vertebral, no baço, no umbigo ou plexo solar, no coração, na garganta, no espaço entre os cílios, ou seja, diretamente sobre o ponto da glândula pineal onde, segundo a sabedoria hindu, estaria localizado o centro da terceira visão (nesse sentido, é bastante interessante a obra do monge tibetano Lobsang Rampa) e sobre a cabeça (daí o nome de Coronário atribuído a esse centro particular). Ora, esses centros de força, ou Chakras, estão divididos em três campos bem definidos: Inferior, Médio e Superior que correspondem, respectivamente, aos planos fisiológico, pessoal e espiritual. No plano inferior estão localizados os Chakras da coluna e do baço; no plano médio os do umbigo, coração e laringe; restam, no plano superior, o frontal e o coronário. Sendo centros de energia de uma ordem que transcende a capacidade do Homem profano ou espiritualmente pouco desenvolvido, os Chakras reclamam muita cautela, e isso é particularmente delicado no que diz respeito aos centros inferiores, pois as energias que os acionam são de caráter negativo e se ligam à parte densa do Homem, ao seu lado mais animal e primitivo. Tais forças, assim como as positivas, encontram-se livres no Universo e podem ser captadas voluntária ou acidentalmente, já que o corpo humano é uma verdadeira antena e que funciona não apenas para emitir como – e principalmente – para receber energia. E essa energia pode ser de qualquer ordem, quer positiva ou negativa, fluida ou densa, pois estamos imersos em energia e com ela interagimos o tempo todo. O Avental, cujo uso se liga a costumes antiqüíssimos relatados não apenas na Bíblia, quando Moisés instruiu os hebreus para que tivessem os rins cingidos na noite da libertação do jugo egípcio, por exemplo, mas nos mistérios persas, na Grécia cerca de 40 séculos antes de Cristo, no Hindustão ou nas Américas, tem a finalidade de isolar e

6 - "avental Maçônico significado de poderes "

Ir Antonio Carlos de Souza Godoi

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filtrar as vibrações primitivas que atuam no corpo do Homem evitando que seu pensamento seja desviado dos planos superiores para o plano das forças mais densas. Quando isso ocorre, o que não é raro acontecer, cria-se uma fluidez magnética intensamente negativa e, como é óbvio, altamente prejudicial aos trabalhos em Loja. É mistér, portanto, impedir que isso ocorra e o Avental tem a propriedade de fazê-lo desde que devidamente magnetizado e usado corretamente, pois ele possui uma espécie de tela etérea que atravessa seu cinto. Essa tela funciona como uma barreira contra as forças negativas e contra a comunicação prematura entre os planos astral e físico, o que é muito importante para o Aprendiz, embora também para os Companheiros e Mestres, já que ele detém pouco ou nenhum conhecimento sobre este assunto. O Chakra umbilical ou solar é particularmente sensível às forças negativas por estar diretamente ligado ao corpo astral e pode ser facilmente atingido por essas forças se estiver desprotegido. E é exatamente sobre essa região que o cinto atravessa, criando a barreira de isolamento e proteção. Vemos, portanto, que nosso Avental, não importa o grau que detenhamos, merece que lhe dediquemos um especial cuidado. Primeiramente porque temos que honrá-lo como símbolo do Trabalho que eleva e dignifica o Homem em sua trajetória terrena; e em segundo lugar, porque se o tratarmos como merece e deve ser tratado ele será nossa proteção permanente contra as forças maléficas que pululam ao nosso redor e podem ser fácil e rapidamente atraídas por nossos corpos. Se desleixarmos dele, seremos falsos para com o juramento sagrado que fizemos e ele tornar-se-á um frágil barco em um oceano tormentoso, de nada nos valendo.

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O presente bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk.

Loja Estrela de Morretes, 3159

Morretes - PR

tempo de estudos e loja em família O Respeitável Irmão Claudio Rodrigues, Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Oriente de

Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais solicita comentário sobre texto publicado denominado “Pílula Maçônica” abordando o Tempo de Estudos e Loja em Família. [email protected]

Loja “em família” no Tempo de Estudos. No R.:E.:A.:A.: está virando tradição, no Tempo de Estudos, quando se faz a apresentação das peças de arquitetura, os Obreiros da Loja se reunirem no Ocidente. Ali, o palestrante apresenta seu Trabalho, ao fim do qual, perguntas e comentários são feitos a respeito do tema apresentado. Desse modo, de maneira mais racional e com melhor aproveitamento de tempo, o Venerável Mestre bate o Malhete e declara estar a Loja “em família” a partir daquele momento. Nessa situação, os Obreiros podem pedir a palavra diretamente ao Venerável Mestre para comentar o Trabalho, sem ter que cumprimentar as Autoridades Maçônicas e os Vigilantes. Permite também, que a palavra volte ao mesmo Obreiro, quantas vezes o Venerável Mestre desejar. O debate torna-se fecundo e todos aproveitam muito mais, pois não há perda de tempo com os cumprimentos. Considerando que, para determinados assuntos, 30 a 45 minutos é muito pouco para um bom aproveitamento, nessa alternativa tem-se um melhor rendimento. Findo o debate, o Venerável bate o Malhete, dizendo estar “em Loja”, novamente. Devemos deixar claro que é diferente de colocar a Loja “em recreação”, típico do Rito de York, onde os Obreiros saem da Loja e há uma “ritualística” controlando

todo o acontecimento. Inclusive, as finalidades são diferentes. (a) MI Alfério Di Giaimo Neto.

7 - Perguntas & Respostas

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CONSIDERAÇÕES: Esse termo “em família” é inexistente e enxertado para tentar justificar um desrespeito àquilo que exara um ritual regularmente aprovado. Mesmo na tradição do Rito Escocês Antigo e Aceito o tal termo não é regular. O engraçado mesmo da designação “em família” é a justificativa para um ato como se os Irmãos reunidos em Loja aberta e procedendo com as práticas litúrgicas e ritualísticas não fossem considerados como uma família maçônica. Uma Loja Maçônica somente seria uma família quando fosse declarada em família? Ou estar em família significa não cumprir o ritual? Regra e costume de um Rito devem ser implacavelmente cumpridos. Mesmo no debate, se ele exige o giro da palavra, esta tem o objetivo de disciplinar as ações em Loja. Ninguém ao solicitar a palavra precisa necessariamente “cumprimentar” as Luzes e autoridades presentes, até porque esse procedimento costumeiro não é cumprimento, senão a menção clássica de alguns cargos ocupados. Nesse particular o usuário da palavra não precisa mencionar uma infinidade de nomes e cargos antes do seu pronunciamento. Para tal bastaria a seguinte menção: “Luzes, autoridades presentes, meus Irmãos”. Em assim se procedendo, certamente haveria uma ampla restrição na tal “grande perda de tempo” - não devemos entortar a boca pelo mau hábito do uso do cachimbo. Penso que assuntos e peças de arquitetura que mereçam debate deveriam ser previamente agendados e se possível com precedentes em reuniões sem abrir a Loja. Poder-se-ia decorrer ao debate em uma Sessão Administrativa, ou de Instrução. Se as instruções e os debates venham porventura merecer votação, então que o resultado destes seja apresentado na Ordem do Dia de uma sessão em Loja aberta para a competente aprovação. Agora, descumprir ritual para melhor aproveitamento tempo é o mesmo que dar mais valor ao molho do que à carne. Outro aspecto interessante na “pílula” é o termo “está virando tradição”. Esse é um pensamento equivocado no meu entendimento, até porque não é de boa geometria considerar descumprimento de ritual com virar tradição. Se no rito existe o giro da palavra, certamente nele há um conteúdo doutrinário. Para não se ferir esse princípio em nome da “perda de tempo”, basta que a instrução, ou dela outros afins, seja minuciosamente programada. Existem as instruções do grau que em merecendo explicações que as completem podem ser perfeitamente divididas e programadas por tópico para o debate em várias sessões, porém obedecendo sempre a forma de costume. Ainda na questão de “perda de tempo” o que tem contribuído, e muito, para esse acontecimento são os intermináveis assuntos mal conduzidos e mal colocados nas Ordens do Dia das nossas sessões. Palavreados inócuos e repetitivos, isso quando o assunto nem mesmo é peculiar ao período. Geralmente o resultado dessa sim “perda de tempo” é aquele monstrinho – pelo adiantado da hora vamos suspender o período de instrução. No que diz respeito à abordagem do Rito de York, cujo nome correto seria o Trabalho de Emulação, este de fato possui outro procedimento. Aliás, não só esse Trabalho, porém todo o “working” do Craft inglês (na Inglaterra não se reconhecem “ritos”, senão “trabalhos”), pois o costume é completamente

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diferente sendo que lá não existe o giro da palavra e as sessões somente são abertas por finalidade. Os assuntos são apresentados nos respectivos “levantamentos”. Quando há uma instrução sobre a “tracing board” (Tábua de Delinear), por exemplo, a Loja é colocada “em descanso” pelo Mestre da Loja, ilustrando-se que o Esquadro e o Compasso colocados sobre o Livro da Lei Sagrada ficam posicionados sobre a página da direita, não no centro do Livro. Nessa oportunidade, sem desfazer a composição desses instrumentos, o Mestre da Loja fecha o Livro para o período de descanso. Terminada a explanação o Livro é aberto novamente para a continuidade dos trabalhos. Nesse caso tudo ocorre dentro da Sala da Loja. Já para a “recreação” existe outra forma de procedimento, quando os Irmãos se retiram temporariamente da Sala por um tempo pré-determinado para diversos afins, inclusive debates instrutivos acompanhados por uma refeição. Ratificando: 1 - Os ritos que demandam nos seus costumes do giro da palavra, devem rigorosamente cumpri-lo, inclusive nos períodos de instrução, de tal modo que se houver necessidade da volta da mesma, o Venerável tem essa prerrogativa, desde que o seu retorno obedeça novamente ao giro completo (sul, norte e oriente). 2 – O termo “em família” é inexistente no Rito Escocês Antigo e Aceito. É prática ilegal e deve ser coibida pelo Orador. 3 – Práticas equivocadas não devem ser observadas sob a alegação de “está se tornando tradição”. O erro sem reparo acaba sim por se tornar consuetudinário, todavia quando dele se exige uma explicação na “tradição, uso e costume do Rito” a resposta é muito pouco satisfatória - “para melhor aproveitamento de tempo”. 4 – O melhor aproveitamento de uma instrução está na forma de como organiza-la e, maçonicamente, seja desprovida de opiniões pessoais. 5 – No mérito, há que se considerar se a instrução é verdadeiramente maçônica, ou mesmo se o assunto é de interesse da Sublime Instituição. Finalizando: a regra principal é cumprir aquilo que está legalmente aprovado. Se porventura existirem rituais em vigência que preveem “Loja em família”, mesmo não mudando as minhas convicções, reitero a sua irrestrita observação. Infelizmente, dentre tantos, equívoco como esse tem contribuído ao longo dos tempos para que o belíssimo Rito Escocês Antigo e Aceito tenha sido figuradamente denominado como uma colcha de retalhos. T.F.A. PEDRO JUK [email protected] JULHO/2013.

Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] )

que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] )

Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.

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Loja Professor Otávio Rosa

Foi realizada ontem (sábado), Sessão Magna de Iniciação na Loja Professor

Otávio Rosa (Rito Adonhiramita). A cerimônia foi realizada no Templo

localizado na Fazenda Paraíso da Serra, São Pedro de Alcântara.

Foram iniciados os irmãos André Luiz Scharf (Carlos Campos); André Orlandi

Bento (Pilates); Djeison Vargas (Eloi Vargas e Luiz Fernando da Silva Filho

(Raul).

Ao final da Sessão a Loja prestou homenagem aos aniversariantes do mês e

homenageou o JB News pela sua milésima edição, com descerramento de uma placa

alusiva em sua galeria, na Sala dos Passos Perdidos.

Confira as fotos:

https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojaProfOtavioRosaSessaoMagnaDeIniciacao13Julho2013?authkey=Gv1sRgCL2Jn-7ijMq7mwE#

8 - destaques jb

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Ninguém resistiu quando os dois pais colocaram os aventais nos filhos André e Luiz Fernando.

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Rádio Sintonia 33 & JB News- Música, Cultura e Informação o ano inteiro.

Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal Acesse o site abaixo e fique com a boa música 24 horas no ar.

www.radiosintonia33.com.br Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

1 - Não Esqueça De Respirar....!!! http://www.youtube.com/watch_popup?v=5hIc2ODfRxQ

2 - Acesse O Youtube Abaixo: http://www.youtube.com/embed/Kmy5kW3rWJU

3 - Para quem sabe apreciar: http://youtu.be/XfRruFmVRr0

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O Ir Sinval Santos da Silveira,

Grande Orador da GLSC

escreve aos domingos neste espaço

Conto poético: CAMPO GRANDE

A terra traz o cheiro do amor, a efervescência

da amizade, e o calor de um povo trabalhador !

Beleza morena, orgulho deste País. A felicidade reside naquele pedaço de lugar. O abraço caloroso da sua gente, o sorriso franco

fechando a cortina

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e inocente, semeiam o mais puro amor. Naquela tarde ensolarada, quase ontem, olhava

admirado o sol, preguiçoso, procurando o seu berço

para se recolher. Indescritível, meu Deus !

É uma cena para ser guardada no coração, mas Jamais descrita, por melhor que seja o aventureiro

poeta. De repente, a natureza se cala, e a Cidade silencia... O cenário muda de cor. O vento fala de amor, em todas as direções, e o perfume das flores, é passageiro do infinito. Uma carinhosa gargalhada, vinda de um céu vestido

de azul, não me deixa, sequer, respirar. Meu coração, acelerado pela emoção, não consegue

acreditar no que os olhos estão a lhe mostrar. Um lindo casal de araras passa sobre mim, num voo

gracioso, e generoso, dando-me as boas vindas. Não precisava de mais nada, para entender que me

encontrava no paraíso, às portas do sagrado. Ah, Campo Grande, a felicidade mora por aí, mas uma doce saudade, já me persegue por aqui !

Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/

* Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·.

Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC

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