JC - Agosto/Setembro de 2014

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agosto-setembro / 2014 JORNAL DE CHIADOR 8 JORNAL DE CHIADOR Com nícias de Parada Braga , Penha Longa e sede Comunitário de Verdade / agosto-setembro de 2014 / Ano VI - Nº 47 / Distribuição Gratuita Acesse, comente e curta nossa página no Facebook: facebook.com/jornaldechiador ESTAÇÃO FERROVIÁRIA Furnas recorre ao STF e STJ para não restaurar patrimônio. PÁG.5 Foto: Lorraine Nunes do Nascimento TELEFONIA MÓVEL EM PENHA LONGA Termina a construção da torre para recepção de sinal. Devem ser instaladas antenas de duas operadoras. PÁG.7 Foto: Alcenira Moreira Gonçalves Foto: Bruno Fuser DIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Fanfarra Jovens Musicais desfila em homenagem ao Dia da Pátria. PÁG.8 Fanfarra Jovens Musicais se apresenta no Dia da Pátria A Fanfarra Jovens Mu- sicais inaugurou suas atividades em agosto de 2000, sendo uma entidade sem fins lucrativos, mantida pela sua fundadora e mantenedora, Ma- ria Aparecida Maurício, com a missão de introduzir a educação musical para crianças a partir dos sete anos de idade. Suas au- las são ministradas pelo profes- sor João Bosco Carvalho, que acredita que a música contribui para o desenvolvimento das crianças e jovens, ajuda na par - te psicomotora, com o entendi - mento da escrituração musical, movimentação e desenvolve o processo socializante. A princípio eram ensinadas aulas de percussão, depois foi acrescentado violão, flauta doce, transversal e outros ins- trumentos. Mas foram os acor- des das flautas doces os quais mais atraíram as crianças e os jovens que, durante este perío- do de qua- torze anos de funcio- namento, passaram pela Escola de Música. Os jovens demonstra- ram gosto pelo apren- dizado musical e atualmente temos trinta integrantes distri - buídos entre percussão e flauta doce, valorizando o trabalho com apresentações locais e em cidades vizinhas, com reper - tório variado que vai desde o popular, sertanejo até interna- cionais e outros ritmos. No momento o grupo realiza duas apresentações: o Dia da Pátria (fotos) e o encerramento do Ano. Contudo, o problema que a Fanfarra sempre enfren- Maria Aparecida Mauricio tou foi a falta de continuidade do aprendizado dos jovens; pois, quando eles atingem um certo grau de conhecimento musical, que até poderiam for - mar uma banda, saem da esco- la, obrigando-nos a recomeçar atividades com outros jovens. Enfim, começamos do ponto zero e assim tem sido desde sua criação, mesmo com toda a dificuldade temos realizado grandes apresentações. Santa Cruz empata na estreia do Campeonato de Mar de Espanha Rodrigo Galdino Com informações de Branco e Alex Escola Santa Teresa realiza tradicional quadrilha A tradicional quadrilha da Escola Municipal Santa Te- resa realizada no dia 16/08/2014, com a participação dos alunos, professores, funcionários e a comunidade, foi um sucesso. Gostaria de agradecer a todos que participaram e colaboraram com o evento. Rosilene Marques Priori Fonte: Alex Miguel de Resende Goleiros: 1 _ Roberto do Carmo Bento (ROBERTINHO) 2 _ Gabriel Alves Fernandes (LEOPOLDO) Santa Cruz no Campeonato de Futebol Regional de Mar de Espanha / 2014 Diretor Presidente: Jussandro Fernandes de Oliveira/Técnico: Paulo Henrique da Conceição Vieira/Auxiliar Técnico: Alex Miguel de Resende/Massagista: Murilo Rezende Banhato Zagueiros: 1 _ Adiel Barbosa Bevilácqua (PUCA) 2 _ Fábio Moreira Gonçalves Grades (TICA) 3 _ José Henrique Ferreira Gumiero (ZÉ HENRIQUE) 4 _ Rodrigo Afonso Dimas de Almeida (DIL) Laterais: 1 _ Djay Wallace do Carmo Bento (DEIJA) 2 _ Rodrigo Henrique Silva Carvalho (RODRIGUINHO) 3 _ João Gustavo Magioli da Silva 4 _ Ronaldo Gomes Soares Meio campo: 1 _ Paulo Henrique Lino Gonçalves (PAULINHO) 2 _ Paulo Ricardo do Carmo Bento (CACAIO) 3 _ Renato Luis Martins Freitas (RENATINHO) 4 _ Walace Lemos Priori (NENEM) 5 _ Domingos Fernandes Lemos (BRANCO) 6 _ Leonardo da Silva (LÉO DO DÃO) 7 _ Lucas Scoralich Tavares 8 _ Marcelo Vasconcelos Braga MARCELINHO) Atacante: 1 _ Ademar Rodrigo Gonçalves de Araújo (RODRIGO) 2 _ Rossimar Caiaffa (ROSSI) Ilustração: internet Foto: Bruno Fuser Execução do Hino Nacional, sob comando do professor João Bosco Carvalho; Maria Aparecida, ao centro, é a criadora e mantenedora do grupo O Santa Cruz empatou com o Onze de Ouro, de Mar de Espanha, por zero a zero, na es- treia do time chiadorense no Cam- peonato de Futebol Regional. A partida foi realizada no dia 14 de setembro, em Mar de Espanha. Jogaram pelo Santa Cruz: go- leiro: Robertinho; lateral direito: Dejair; zagueiro: Zé Henrique; 4º zagueiro: Dil; lateral esquerdo: Ronaldo; meio-campo: Rodrigo e Léo, Lucas e Paulinho; ataque: Marcelinho e Rodriguinho. En- traram: Wallace (no lugar de Pau- linho), Pulca (Ronaldo), Branco (Rodrigo). O próximo jogo será no dia 28/9, contra o Senador Cortes, também no campo das Palmeiras, em Mar de Espanha, com horário a confirmar (13h15 ou 15h). Foto: Jussandro Fernandes Santa Cruz, de Chiador, participa do Campeonato Regional de Mar de Espanha Na ordem (da esquerda para a direita, de cima para baixo), os 3 grupos que se apresenta- ram: o pré-escolar; do 1º ao 5º anos; e do 6º ao 9º. Fotos: Rosilene Priori APAE Prefeitura não possui nenhum convênio para garantir a assistência dos chiadorenses. PÁG.7 PRODUTOR RURAL Seca tem causado prejuízo à categoria. PÁG.3 SANEAMENTO BÁSICO Atual sistema de abastecimento de água divide opinião de chiadorenses. PÁG.4 FUTEBOL Confira informações sobre o Campeonato de Mar de Espanha. PÁG.8

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Edição 47 do Jornal de Chiador

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agosto-setembro / 2014 JORNAL DE CHIADOR

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JORNAL

DE

CHIADORCom notícias de Parada Braga, Penha Longa e sede

Comunitário de Verdade / agosto-setembro de 2014 / Ano VI - Nº 47 / Distribuição Gratuita

Acesse, comente e curta nossa página no Facebook:facebook.com/jornaldechiador

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA Furnas recorre ao STF e STJ para não restaurar patrimônio. PÁG.5

Foto: Lorraine Nunes do Nascimento

TELEFONIA MÓVEL EM PENHA LONGATermina a construção da torre para recepção de sinal. Devem ser instaladas antenas de duas operadoras. PÁG.7

Foto: Alcenira Moreira Gonçalves

Foto: Bruno Fuser

DIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASILFanfarra Jovens Musicais desfila em homenagem ao Dia da Pátria. PÁG.8

Fanfarra Jovens Musicais se apresenta no Dia da Pátria

A Fanfarra Jovens Mu-sicais inaugurou suas

atividades em agosto de 2000, sendo uma entidade sem fins lucrativos, mantida pela sua fundadora e mantenedora, Ma-ria Aparecida Maurício, com a missão de introduzir a educação musical para crianças a partir dos sete anos de idade. Suas au-las são ministradas pelo profes-sor João Bosco Carvalho, que acredita que a música contribui para o desenvolvimento das crianças e jovens, ajuda na par-te psicomotora, com o entendi-mento da escrituração musical, movimentação e desenvolve o processo socializante.

A princípio eram ensinadas aulas de percussão, depois foi acrescentado violão, flauta doce, transversal e outros ins-trumentos. Mas foram os acor-des das flautas doces os quais mais atraíram as crianças e os jovens que, durante este perío-

do de qua-torze anos de funcio-namento, passaram pela Escola de Música. Os jovens demonstra-ram gosto pelo apren-d i z a d o musical e atualmente temos trinta integrantes distri-buídos entre percussão e flauta doce, valorizando o trabalho com apresentações locais e em cidades vizinhas, com reper-tório variado que vai desde o popular, sertanejo até interna-cionais e outros ritmos.

No momento o grupo realiza duas apresentações: o Dia da Pátria (fotos) e o encerramento do Ano. Contudo, o problema que a Fanfarra sempre enfren-

Maria Aparecida Mauricio

tou foi a falta de continuidade do aprendizado dos jovens; pois, quando eles atingem um certo grau de conhecimento musical, que até poderiam for-mar uma banda, saem da esco-la, obrigando-nos a recomeçar atividades com outros jovens. Enfim, começamos do ponto zero e assim tem sido desde sua criação, mesmo com toda a dificuldade temos realizado grandes apresentações.

Santa Cruz empata na estreia do Campeonato de Mar de EspanhaRodrigo Galdino Com informações de Branco e Alex

Escola Santa Teresa realiza tradicional quadrilha

A tradicional quadrilha da Escola Municipal Santa Te-resa realizada no dia 16/08/2014, com a participação

dos alunos, professores, funcionários e a comunidade, foi um sucesso. Gostaria de agradecer a todos que participaram e colaboraram com o evento.

Rosilene Marques Priori

Fonte: Alex Miguel de Resende

Goleiros:1 _ Roberto do Carmo Bento (ROBERTINHO)2 _ Gabriel Alves Fernandes (LEOPOLDO)

Santa Cruz no Campeonato de Futebol Regional de Mar de Espanha / 2014

Diretor Presidente: Jussandro Fernandes de Oliveira/Técnico: Paulo Henrique da Conceição Vieira/Auxiliar Técnico: Alex Miguel de Resende/Massagista: Murilo Rezende Banhato

Zagueiros:1 _ Adiel Barbosa Bevilácqua (PUCA)2 _ Fábio Moreira Gonçalves Grades (TICA)3 _ José Henrique Ferreira Gumiero (ZÉ HENRIQUE)4 _ Rodrigo Afonso Dimas de Almeida (DIL)Laterais:

1 _ Djay Wallace do Carmo Bento (DEIJA)2 _ Rodrigo Henrique Silva Carvalho (RODRIGUINHO)3 _ João Gustavo Magioli da Silva4 _ Ronaldo Gomes Soares

Meio campo:1 _ Paulo Henrique Lino Gonçalves (PAULINHO)2 _ Paulo Ricardo do Carmo Bento (CACAIO)3 _ Renato Luis Martins Freitas (RENATINHO)4 _ Walace Lemos Priori (NENEM)5 _ Domingos Fernandes Lemos (BRANCO)6 _ Leonardo da Silva (LÉO DO DÃO)7 _ Lucas Scoralich Tavares8 _ Marcelo Vasconcelos Braga MARCELINHO)

Atacante:1 _ Ademar Rodrigo Gonçalves de Araújo (RODRIGO)2 _ Rossimar Caiaffa (ROSSI)

Ilustração: internet

Foto: Bruno Fuser

Execução do Hino Nacional, sob comando do professor João Bosco Carvalho; Maria Aparecida, ao centro, é a criadora e mantenedora do grupo

O Santa Cruz empatou com o Onze de Ouro, de Mar de

Espanha, por zero a zero, na es-treia do time chiadorense no Cam-peonato de Futebol Regional. A partida foi realizada no dia 14 de setembro, em Mar de Espanha.

Jogaram pelo Santa Cruz: go-leiro: Robertinho; lateral direito: Dejair; zagueiro: Zé Henrique; 4º zagueiro: Dil; lateral esquerdo:

Ronaldo; meio-campo: Rodrigo e Léo, Lucas e Paulinho; ataque: Marcelinho e Rodriguinho. En-traram: Wallace (no lugar de Pau-linho), Pulca (Ronaldo), Branco (Rodrigo).

O próximo jogo será no dia 28/9, contra o Senador Cortes, também no campo das Palmeiras, em Mar de Espanha, com horário a confirmar (13h15 ou 15h).

Foto: Jussandro Fernandes

Santa Cruz, de Chiador, participa do Campeonato Regional de Mar de Espanha

Na ordem (da esquerda para a direita, de cima para baixo), os 3 grupos que se apresenta-ram: o pré-escolar; do 1º ao 5º anos; e do 6º ao 9º.

Fotos: Rosilene Priori

APAE Prefeitura não possui nenhum convênio para garantir a assistência dos chiadorenses. PÁG.7

PRODUTOR RURALSeca tem causado prejuízo à categoria. PÁG.3

SANEAMENTO BÁSICOAtual sistema de abastecimento de água divide opinião de chiadorenses. PÁG.4

FUTEBOLConfira informações sobre o Campeonato de Mar de Espanha. PÁG.8

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agosto-setembro / 2014 JORNAL DE CHIADOR agosto-setembro / 2014 JORNAL DE CHIADOR

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EXPEDIENTE:JORNAL DE CHIADOR é um veículo comunitário e sem fins lucrativos editado pela Associação Comunitária Amigos do Jornal de Chiador. CNPJ 10.966.847/0001-89Jornalista responsável: Rodrigo Galdino - MTb 15.219/MG | Projeto gráfico e diagramação: Daisy Cabral | Revisão: Bruno Fuser, Daisy Cabral, Rodrigo Galdino

Colaboradores: Alcenira Moreira Gonçalves, Alex Miguel de Resende, Arlety de O. e Silva, Arthur Eleonardo, Carla Izidora, Carlos H. I. Ferreira, Carolaine S. Santos, Charles Oliveira, Daiton Silva Santos, Domingos Fernandes Lemos , Emanuel Luiz, Jussandro Fernandes, Lorraine Nunes do Nascimento, Marco Antonio Silva, Maria Aparecida Mauricio, Rosilene Marques Priori e Vânia Afonso.

APOIO: Projeto “Chiador: Jornalismo Comunitário, História e Ação Cultural” - UFJF - FAPEMIGProjeto de Extensão Novas Tecnologias e Ação Comunitária - Coordenação: Prof. Dr. Bruno FuserGrupo de Pesquisas “Processos Comunicacionais, Educação e Cultura”/ UFJFTIRAGEM: 1.000 exemplares | PERIODICIDADE: mensal E-MAIL: [email protected]

“Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião da equipe editorial do JC”

Espaço do Leitor

Amarildo Mauro – 10Ana Gonçalves da Silva – 15Ananias – 08Ananias Lourenso - 07Daniela Botelho da Costa – 19Emanuela Araújo Costa – 24Felipe Carlos Gonçalves – 13Ieda Mauro Costa – 18Jolimara Viveiros Leopoldo – 20Jorge Henrique Araújo Costa – 28Leonice Francisco Leopoldo – 10Lucina Mauro – 05Mário de Oliveira e Silva – 28Marlon Vargas Leopoldo – 19Michele Xavier Bittencurt – 24Paloma Ferreira Dias – 28Rene Coutinho – 18Sebastiana de Araújo Gonçalves – 01

Feliz Aniversário!

Ilustração: internet

Agosto

Em memória, com nossas saudadesSebastião Mauro – 08/08

Jorge Mauro - 22/08

SetembroAdriana Nunes Reis – 02Alcenira Gonçalves Mauro – 24Altair Junior de Oliveira e Silva – 01Bruno Fuser - 18Carolaine Silva Santos – 18Cleiton Leopoldo Mauro – 03Elizabeth Vargas L. da Silva – 04Graziane dos Santos Andres – 05Izaque Polidoro da Silva – 21Joares Portel – 09Joise Helena Leopoldo – 07Jorge Elias dos Santos Andres – 06José Carlos da Silva – 10José Carlos Vieira – 08José Roberto Nunes da Silva – 11Lizandra Cardoso da Silva – 12Kelli Pereira - 26Loran Monteiro B. Lino – 13Maiara Lazaro de Souza – 14Marcela Rainho – 24Raian Vargas Lino – 15Rosangela da Silva Andres – 16Samira Pacheco Gonçalves – 18Sebastião da Silva – 17Tereza Maria da Silva – 19Valdete Resende de Souza – 20

Caros Amigos do Jor-nal de Chiador,

Gostaria de informar que haverá reunião de julga-mento das contas segunda-feira, 15/09/2014, sobre as contas do município de Chiador (exercício de 2011), na qual temos mais de um milhão de reais em créditos abertos sem recurso, reprovada por Conselho do TCE e ainda recurso apresentado de de-fesa também reprovados. Seria importante a partici-pação deste veículo que é

Contas e Estação Ferroviáriaindependente de posições políticas, pois servirá de fonte de consulta e arqui-vo histórico a respeito do que vem acontecendo com nosso município.

Informo também a ação que prevê a reforma do nosso maior patrimônio histórico, o conjunto ar-quitetônico e paisagístico da Estação Ferroviária do Chiador, na Zona da Mata, deve ser restaurado pela empresa Furnas S/A, conforme decisão da Justi-ça a pedido do Ministério

Público de Minas Gerais. A empresa terá 90 dias para apresentar o projeto de restauração e 180 dias para iniciar a execução, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A informa-ção foi publicada no site do MPMG. (Emanuel Luiz, vereador, pelo Facebook)

→ Emanuel: agradece-mos pelas sugestões de pauta. Confira as cobertu-ras nas páginas 7 (Um mi-lhão de reais: erro de digita-ção...) e 5 (Futuro da Estação de Chiador segue incerto).

Apae

Gostaria de sugerir uma matéria sobre a APAE de Três Rios, essa

importante instituição de acolhimento e ensino que atende cerca de 12 crianças do nosso município, 12 crianças mais seus familiares. A APAE, como todos sabem, vive de colaborações, doações e pessoas voluntárias que prestam serviços.

A APAE poderia usar o espaço do jor-nal como meio de se apresentar a popu-lação, contar a história de sua fundação, que é muito bonita, mostrar o serviço que é feito, e enfim, levar a população a con-tribuir, a população e a Prefeitura, já que na região o único município atendido que

não contribui é Chiador.Comentei com o Sr. Euder Ázara, o

presidente da instituição, que em Chiador havia um jornal, e ele ficou muito inte-ressado em divulgar a APAE no mesmo. Fica aí a sugestão! Parabéns pelo belo trabalho apresentado por vocês. (Marco Antonio Silva, via Facebook)

→ Marco: na página 7 há notícia sobre a Apae e a ausência de auxílio da Prefei-tura para a entidade. Na edição 41, pu-blicamos matéria sobre o aniversário da entidade. Entretanto, é sempre impor-tante voltar ao assunto. Envie também seus conteúdos!

Reuniões do JC

Felicidade maior não tem #‎visitamelhordebom. Com você o tempo passa tão rápido, Daisy Cabral. Já estou daqui esperando a próxima reunião. Acho que vou virar jornalista, pelo

menos tenho bons exemplos. O que acham? Só faltou você Rodrigo Galdino. (Daiton Silva Santos, colaborador do JC, via Facebook)

→ Olá, Daiton. Desde o retorno do JC, em 2013, você tem colaborado com o projeto. Agradece-mos e ficamos felizes em ver jovens como você empolgados com a iniciativa. Nossas reuniões de pauta são, de fato, momentos únicos, de interação e diálogo. Bem vindo à turma de jornalistas!

A você, minha afilhada es-pecial que com seu jeito

tímido e quieto nos cativa, feliz aniversário! Dia especial esse que nosso Senhor te formou.

Sua dinda deseja muita sabe-doria para você lidar com todas as situações que a vida possa lhe trazer. Muita paz para seu espírito e acima de tudo muita alegria.

Te amo em CRISTO JE-SUS.

(Vânia Afonso)

A uma pessoa especialMiriam Resende Rodrigues - 05/09

Foto: Arquivo pessoal - Miriam Resende Rodrigues

Alunos de Chiador vão à APAE de Três Rios sem garantia de nenhum convênioBruno Fuser

O presidente da APAE de Três Rios, Elder de

Mattos Azara, esteve na sessão da Câmara Municipal no dia 15 de setembro. O motivo: pe-dir que o Município oficialize a situação dos 16 moradores de Chiador que frequentam a enti-dade. Apesar desse pedido já ter sido feito mais de uma vez, até hoje o atendimento é realizado sem nada oficial. E, dessa for-ma, sem custo nenhum para a Prefeitura de Chiador, e com o risco de, se houver algum pro-blema com esses alunos, não ter nada que garanta a situação do ponto de vista legal. O proble-ma chegou a tal ponto que, na prática, ameaça o atendimento. “Não se trata apenas de dinhei-ro, mas é preciso assumir com-promissos, responsabilidades”, destacou Elder.

Ele esteve acompanhado do assessor da APAE Diogenes Borsato, que é vereador em

Três Rios. Diogenes destacou que é necessário um convênio para dar respaldo jurídico ao atendimento, e nesse convênio deve constar a contrapartida da Prefeitura de Chiador. Ou seja, a APAE precisa receber algo em troca, pois presta serviços que têm custos altos: é uma sede, uma sub-sede, quatro psicólo-gas, cinco fisioterapeutas, aulas de equoterapia, escola especial. O dinheiro para manter tudo isso vem de doações, arrecadação de sócios e principalmente através de convênios com as prefeituras que usam os serviços da APAE.

“Se a contrapartida não é em dinheiro, Prefeitura pode ce-der profissional. Mas deve ser participação proporcional aos serviços que usa, Chiador tem hoje 16 alunos do nosso total de 98, e as prefeituras de Três Rios e Levy Gasparian já pos-suem seus convênios”, cobrou Diogenes.

Também no dia 15 de se-tembro a Câmara aprovou as contas da Prefeitura relativas ao ano de 2011, que haviam sido inicialmente rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas. Depois de idas e vindas do processo, sempre com pareceres con-trários às contas, a Prefeitu-ra argumentou que os gastos feitos sem autorização foram causados por questões como “erros de digitação”... Erros que se referem a mais de 1 milhão de reais. O vereador Emanuel Silva protestou: “A quantia de 1 milhão e 200 mil reais faz muita diferença em um município como Chiador, é mais de 10% do orçamento anual, bastaria para mudar a história de um setor como a educação ou a saúde, e ainda assim o TCE disse que é um valor irrelevante!” Ele votou contra, mas os vereadores aprovaram um novo parecer, favorável às contas de 2011, por 6 votos a 3. Também foi eleita a mesa diretora que as-sume em 2015. Ficará tudo mais ou menos igual: o mes-mo atual presidente, Valdir Costa (da Van), e a secretária, Izaeth Santos, trocando ape-nas a vice-presidência: sai Vinicius Ramos e entra Sele-nir Gonçalves, todos da base de apoio do prefeito. Ao final da sessão, foram servidos sal-gadinhos.

Um milhão de reais: erro de digitação...

Elder Azara: é preciso assumir responsabilidades

Foto: Bruno Fuser

Padaria São Geraldo

“O pão nosso de cada dia”Obrigado pela preferência

Tel: (32) 3285-1252

Mais desenvolvimento para Chiador

Arlety de O. e Silva

Acaba de ser construída a torre para receber o sinal

de telefonia móvel (celular), esta implantação foi obra de duas empresas: Civil Elétrica Leandro Construção, de Belo Horizonte, e Empreiteira Amazônia Serviços, de Belém do Pará (foto ao lado).

A Civil Elétrica Leandro Cons-truções, sob a chefia de Sebastião Batista Ribeiro Neto, Marcelo Humberto Santos e Marcos An-dré Almeida, com 15 dias de tra-balho, construiu a base de fixação dos equipamentos e dos cabos de segurança, para prender a es-trutura metálica de 80 metros de altura. Esta estrutura irá receber a estação de transmissão do sinal de telefonia móvel. Este estágio da implantação da torre contou com o auxílio da equipe de Paulo Hen-rique Vieira, da Parada Braga.

Para concluir a montagem, fo-ram necessários os serviços da Empreiteira Amazônia Serviços, que com 13 dias finalizou a es-trutura onde serão fixadas as ante-

nas de captação do sinal. Agora, para enfim podermos utilizar dos benefícios do sinal de telefonia móvel, falta apenas uma terceira empresa colocar as antenas, que deverão ser de duas operadoras, TIM e VIVO.

Esta torre de captação foi er-guida no terreno pertencente à Fazenda Santo Antônio da Ca-choeira, conhecida como Fazen-da da Baronesa.

Foto: Alcenira Moreira Gonçalves

“Nada renasce antes que acabe.”

É tempo de renovação! Este serviço de telefonia que esta-mos prestes a receber nos convida a rever as estratégias dos serviços que são oferecidos pela empresa atual (Oi fixo).

Vamos traçar planos e colocar em movimento o projeto de cancelamento dos serviços desta operadora. Vamos fazer isto de forma tranquila, aguardamos a conclusão dos trabalhos de instalação e, de acordo com o interesse de cada um, vamos restringir o acesso inaproveitável desta operadora em nossa comunidade.

Não podemos nos esquecer da omissão, do descaso e do inaplicado atendimento que recebemos desta operadora desde que se instaurou em Penha Longa.

Que saudade da Telemar! (ARLETY SILVA)

Recado para os penhalonguenses

AGR Mat. de

construção

Tel: 3285-1328 / 8421-1435Rua Dona

Santinha, 170Entrega

a Domicílio

Posto Companheiro

Chiador-MG

Tel: (32)3285-1166

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agosto-setembro / 2014 JORNAL DE CHIADOR agosto-setembro / 2014 JORNAL DE CHIADOR

36Bruno Fuser

Produtor rural sofre com seca, Furnas e Prefeitura

agora. Choveu pouco, então as pessoas não têm descanso.

Ele mesmo e a esposa pa-raram de trabalhar com leite. Furnas acabou com a capi-nheira do sítio de Edson, que ele cortava três vezes ao ano para dar ao gado. Tentou inde-nização, mas perdeu. “Juiz não entende nada de capim, pra ele todo capim é igual”.

A Associação está com um advogado, Sandro Tavares, que analisa de que forma ob-ter na Justiça o direito à ajuda financeira da Prefeitura. “O prefeito já foi um cara da roça, mas ele não entende isso, então só arrebentou o povo da roça”, completa Edson. Sua esposa, Cátia, mostra-se confiante: “Dr. Sandro vai fazer algo por nós, não pega uma causa sem fundamento, sem estudar bem a questão”.

Penha Longa sedia 2º Encontro de LouvorArthur Eleonardo

O 2° evento de louvor de Penha Longa acon-

teceu no dia 06/09/2014, na quadra poliesportiva, onde ficamos face a face com o Es-pírito Santo. Esse evento teve inicio às 19h30, e ocorreu também por causa de uma grande amizade que Deus concebeu entre os jovens da Igreja Batista Juruel e o Gru-po Geração Jovem de Penha Longa.

Durante esse sábado aben-çoado, Deus usou muitos jo-vens para se prostrar diante de sua presença com cânticos e louvores. Tivemos o gran-de apoio da Igreja Batista e da Prefeitura de Chiador; e contamos com a presença da cantora Grace Xavier, que louvou hinos maravilhosos.

Enquanto acontecia o evento, Deus estava operan-do em outros lugares, que-brando barreiras, e destruin-do enfermidades; também conhecemos outros jovens que vivem para fazer a obra de Deus, muitas pessoas des-cobriram seus talentos, tive-mos conselhos de pessoas mais experientes.

Também gostaríamos de agradecer a presença da Assembléia, dos jovens da Labareda de Fogo, da Igre-ja Batista Juruel, da Nova Aliança, enfim de todos os que estavam ali presentes. E que no próximo “louvorsão” possamos contar com outras igrejas e mais pessoas para sentir um pouco do Espírito Santo...

É difícil suportar tanta pressão

Edson, presidente da Associação: está bem difícil a sobrevivência do produtor rural

Foto: Vania AfonsoBebida Brasileira de Excelência: Cachaça de Minas

A história da cachaça se confun-de com a história do Brasil, desde os seus primórdios, e com a for-mação da raça brasileira, feita da miscigenação de negros, brancos e índios. Em 1530, com a forma-ção das capitanias hereditárias, os primeiros mandatários portugue-ses implantaram a cultura da cana para produção de açúcar.

A cana-de-açúcar não é uma planta originária da América, mas proveniente do sudeste asiático, da Índia e China. Foi introduzida na Espanha pelos mouros, povos mu-çulmanos que invadiram a Penín-sula Ibérica (Espanha e Portugal), e posteriormente nos países colo-nizados pela Espanha e Portugal.

Com o início da industrializa-ção, houve a substituição da ati-vidade extrativista do pau-brasil pela produção de açúcar. Poste-riormente, a cana-de-açúcar foi parcialmente substituída pelo cul-tivo de café, que prosperou na atu-al região Sudeste. Porém, persistiu mais tempo como principal cul-tura do Nordeste, sendo durante muito tempo a base da economia desta região.

Hoje o Brasil é o maior produ-tor de cana-de-açúcar do mundo, com produção de açúcar, álcool combustível, biodiesel e, por fim, produzindo aguardente.

A cana-de-açúcar é um vegetal superior da ordem das gramíneas (parente do capim, grama, sorgo, arroz, bambu, cevada, etc.) carac-terizada por ter caule em gomo e no caso da cana, que é do gênero Sacharum, gomos com açúcar.

O Engenho São Jorge dos Eras-

mos foi o 3º engenho de açúcar da América Portuguesa, na Ilha de São Vicente, hoje município de Santos. Foi construído em 1534 por Martin Afonso de Souza, do-natário da capitania de São Vicen-te, dando início à formação de um vilarejo em suas proximidades, que posteriormente evoluiu como polo de desenvolvimento e pene-tração para o interior, tendo sido ponto de partida do desbravamen-to das terras interioranas, inclusive de Minas Gerais.

O açúcar é talvez o único pro-duto de origem agrícola destinado à alimentação que ao longo dos séculos foi alvo de disputas locais e conquistas internacionais, mo-bilizando homens e nações. Em Portugal, a cana de açúcar foi in-troduzida inicialmente na Ilha da Madeira, na Costa da África, e em seguida trazida por Martin Afonso de Souza para o Brasil. Na Amé-rica Espanhola, Cristóvão Colom-bo, em sua 2ª viagem, introduziu a cana-de-açúcar em 1493, onde hoje é a República Dominicana.

Além de São Vicente, foi no nordeste, nas capitanias de Per-nambuco e Bahia, que também prosperou a produção de açúcar e o Brasil, durante cerca de meio século, teve o monopólio mundial da venda de açúcar. O açúcar bru-to produzido no Brasil era enviado para Portugal e lá refinado e ven-dido para o resto da Europa.

Com a descoberta de ouro em Minas Gerais, o açúcar deixou de ser a maior fonte de riqueza do Brasil. Porém, de 1500 a 1822, a riqueza produzida pelo açúcar foi

duas vezes maior que a do ouro. Na disputa do mercado europeu

de açúcar apareceram alternativas como o açúcar de beterraba bran-ca, que foi desenvolvido na França durante a guerra de Napoleão com a Inglaterra. Esta impôs o bloqueio continental dos produtos coloniais e, sendo assim, Napoleão incen-tivou a plantação e tecnologia de produção que deu a Europa autos-suficiência na produção de açúcar. Em 1900 correspondeu a 50% da produção mundial.

O Brasil produzia nesta data o correspondente 25% de açúcar no mercado, perdendo para Cuba a posição de maior produtor das Américas. Como se pode obser-var, o cultivo de cana-de-açúcar foi importante nas regiões litorâ-neas do Brasil. Em épocas mais recentes a industrialização pene-trou principalmente no interior de São Paulo, inclusive com a produ-ção de aguardente industrial.

Em Minas Gerais, a produção de açúcar não foi tão importante como no litoral e interior de São Paulo. A produção da cachaça per-maneceu nas sedes das fazendas de forma artesanal como produção de consumo regional diferenciando-se da aguardente industrial. Este fato atualmente é o determinante da qualidade da cachaça que vem se apurando com incentivo do go-verno do estado, e que atualmente não se diferencia das bebidas des-tiladas importadas.

(Dr. Alberto Antunes. Chiador-Estação /Agroindústria Primeira Estação)

Informe publicitário

Foto: Arthur Eleonardo

O produtor rural de Chia-dor não aguenta mais:

trabalha, trabalha, e chega no fim do mês aquilo que sobra mal dá pro sustento. Esse é o desabafo, emocionado, do presidente da Associação dos Produtores Rurais de Chiador, Edson Gonçalves da Silva.

Em entrevista para o progra-ma em vídeo que está no ar no Youtube, a TV Chiador, Edson mostra-se desanimado. A prin-cipal atividade da Associação é o leite, e a maior dificuldade, o carreto. Tudo agravado pela seca, que obriga o produtor a gastar mais, com ração, para o gado não morrer, e faz dimi-nuir a produção de leite.

A natureza, de um lado, e outras forças, de outro: a Pre-feitura tirou o apoio financeiro de R$ 10 mil mensais que aju-dava no carreto. Para piorar, as obras de Furnas fizeram aumentar a distância entre re-giões da zona rural, com estra-das mais longas, encarecendo o transporte. Vários produto-res, que não suportavam mais, aproveitaram para ir embora para outros lugares, com o di-nheiro da indenização. “Se a

Prefeitura não abrir os olhos vai haver uma extinção da zona rural”, diz a produtora rural Cátia Cristina Souza Sil-va, esposa de Edson.

E tem o descontentamento do produtor, que pressiona a Associação em busca de re-solver os problemas. Como o preço do carreto é dividido (atualmente é um sistema de quotas, por trecho percorrido), os maiores produtores acabam reclamando que pagam quase sozinhos. A ponto de um já ter conseguido que o Laticínio Bom Pastor – que retira o lei-te que a Associação armazena em Chiador Estação – vá di-reto na sua fazenda buscar o produto.

Solução para ele, e pior para os outros: os pequenos produ-tores não têm essa alternativa. Trabalham suado, mas não é fácil. Diz Edson:

- Nessa época é muito sofri-da, o cara trabalha, trabalha e chega no final do mês não tem 200, 300 reais lá. Como que vai viver com isso? Não con-segue porque o gado, se não der farelo, morre nessa seca, ainda mais nessa seca que está

Cátia confessa que ela e Ed-son têm ficado muito abalados emocionalmente com esses problemas todos: “Nós entra-mos com o coração aberto pra

ajudar, havia muitos problemas sérios da anterior administra-ção, pensamos que o prefeito ia nos apoiar, pois foi ele quem mais deu apoio para o Ed-son entrar, e não foi assim”.

Sem trabalhar mais com leite e com tanta pressão, Edson pensa em sair da entidade. Tem conversado com outros produtores nes-se sentido. Que assu-ma alguém que more em Chiador, pois ele, cada vez que tem de ir à cidade, são 8 km de estrada. Que saem do bolso dele. “Vou no meu carro e não cobro nada, lembro da época em que eu reclamava de outras gestões, era táxi pra lá e pra cá”. Cortou várias despesas, lanche, muita coisa. O desconto por li-tro de leite, de 12 centavos, fi-cou praticamente o mesmo que na gestão anterior – só que sem a ajuda de R$ 10 mil por mês que antes era paga pela Prefei-tura.

Cátia adianta que eles estão

procurando alguma outra alter-nativa de renda. “Mesmo com todo meu amor pela zona rural, não posso viver de nada. Eu tenho que fazer alguma coisa, mas como produtora rural está quase impossível viver”.

Ele pede que seja publicada uma mensagem, caso a entre-vista saia no Jornal de Chia-dor:“Uns se calam por timidez, ou-tros por negligência... Eu falo por não conseguir me calar diante da necessidade”.

Aniversário da Igreja BatistaVânia Afonso

Entre os dias 05 e 07 de se-tembro, a Congregação Ba-

tista em Chiador comemorou seu 17º aniversário. Em todas as noites houve culto, com os pastores Levi Albuquerque (dia 05); Vitor (dia 06) e Levi Penido (dia 07). Mui-tos colaboradores já passaram pela igreja, que agora está sob a direção da Primeira Igreja Batista (PIB) de Mar de Espanha. A cada ano que se passa o mover de Deus é mostrado mais em nossos cultos, e vidas são restauradas e modificadas. Na foto, moradores da comunidade assistem aos cultos.

Foto: Vânia Afonso

Está no ar...

Arte: Leandro Marcelino

Confira!Na sua internet,

através do Youtube

Acesse: http://migre.me/lTqoQ

Page 4: JC - Agosto/Setembro de 2014

agosto-setembro / 2014 JORNAL DE CHIADOR agosto-setembro / 2014 JORNAL DE CHIADOR

4 5Qualidade da água de poços artesianos

Agora bateu a dúvida: seria a água proveniente de poços artesianos prejudicial à sau-de? Em entrevista ao JC, o engenheiro civil e coordena-dor do curso de Engenharia Ambiental da UFJF, Otávio Branco, afirma que o uso da água subterrânea, ou seja, oriunda de poços artesianos, não prejudica a saúde e em geral é de boa qualidade, além de necessitar de um tra-tamento bem mais simples.

Ao ser questionado so-bre medidas que poderiam ser tomadas para melhorar a qualidade da água que che-ga à torneira dos moradores de um município do porte de Chiador, Otávio pondera que um monitoramento da água na boca do poço, em algum ponto das tubulações e nas residências, já resolveria, a princípio. “Acredito que isto já deve ser feito pela Prefei-tura ou pela Secretaria Regio-nal de Saúde - SRS de Minas Gerais. Caso seja constatada

alguma não conformidade com a legislação pertinente, estudos especiais deverão ser planejados e executados. A Prefeitura de Chiador deveria contratar estudos de diagnós-tico e proposição de soluções alternativas, inclusive quanto à concessão à Copasa”, diz o engenheiro.

No site da Copasa (www.copasa.com.br) são divulga-das informações sobre o tra-tamento de águas subterrâne-as, além de outros serviços de saneamento básico. A mesma página traz a seguinte afirma-ção:

“A água captada através de poços profundos, na maio-ria das vezes, não precisa ser tratada, bastando apenas a desinfecção com cloro. Isso ocorre porque, nesse caso, a água não apresenta qual-quer turbidez, eliminando as outras fases que são necessá-rias ao tratamento das águas superficiais”.

(DAISY CABRAL)

Sistema de abastecimento de água em Chiador divide opiniões

A proposta de concessão dos serviços de captação

e distribuição da água em Chia-dor para a Copasa já foi assunto de capa do Jornal de Chiador. Já houve duas votações na Câ-mara de Vereadores sobre o assunto, uma em 2002 e outra em 2010, ambas rejeitando os projetos de concessão. O que traz esta questão de volta às pá-ginas do JC são as recorrentes reclamações quanto à qualida-de da água proveniente do poço novo de Penha Longa, uma vi-sita feita pelo prefeito Moisés Gumieri e alguns vereadores a uma estação de tratamento da Copasa, em Leopoldina, e um abaixo-assina-do promovido pela Ampel.

Atualmente Chiador pos-sui seis poços a r t e s i a n o s , três em Penha Longa, dois em Chiador e um na Parada Braga. O poço que abastece o novo lote-amento em Penha Longa é o único que apresenta problemas aparentes, como água mal cheirosa e com coloração de barro; os outros poços, de acordo com morado-res, possuem água de boa qua-lidade.

A vereadora Selenir Gonçal-ves esclareceu que não existe nenhum projeto para a con-cesssão dos serviços de água e esgoto do município à Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). “O que acon-teceu de fato foi que a Prefei-tura levou alguns vereadores a Leopoldina para conhecer os

Daisy CabralCom colaboração de Arlety Silva, Daiton Santos e Vânia Afonso

Visita da prefeitura à Copasa traz a tona questionamentos sobre a qualidade da água no município

procedimentos de tratamento da água realizado pela Copasa [visita feita em 16 de setembro de 2013]. Mas não ficou nada certo de trazer a empresa para o município por enquanto, foi somente uma forma de conhe-cer o procedimento”, explica a vereadora.

Ao ser questionada se era favorável à concessão destes serviços, Selenir argumentou que é a favor do tratamento de água: “Como profissional da saúde eu acredito que Chiador precisa de tratamento de água imediatamente. Já tivemos uma água boa, mas hoje a água está péssima, temos grande quanti-

dade, mas de pés-sima qualidade”, ressalta.

O eficaz boca a boca espalhou em Chiador a no-tícia de que hou-ve uma reunião na Câmara para discutir o “proje-to Copasa” (reu-nião ocorreu no dia 10 de outubro de 2013). Pelo Facebook, o pre-sidente da Câma-ra, vereador Val-

dir Costa da Costa, explica que um representante da empresa foi à Câmara de Vereadores de Chiador, em reunião aberta a todos, para esclarecer quais os serviços seriam oferecidos. “O que trariam de benefícios e o que custaria ao povo, enfim [foi transmitida] somente in-formação para que [as pessoas] tirassem dúvidas, sem nenhum projeto. [...] foi só uma ma-neira da Copasa ter uma opor-tunidade de se pronunciar em Chiador, sem compromisso”, ressalta Valdir.

Quem vai pagar a conta?

Um dos temores de que os serviços de água e esgosto sejam concedidos à Copasa é o valor que seria cobrado men-salmente dos consu-midores. Atualmente os chiadorenses pa-gam uma taxa anual pela abastecimento de água, que gira em torno de R$60,00. Um argumento que tem surgido entre os moradores é de que o município possui muitas nascentes e que não haveria ne-cessidade de ninguém pagar por água. Até um abaixo-assinado está sendo realiza-do em prol desta questão. De acordo com o presidente da Associação de Moradores de Penha Longa (Ampel), Nil-ton Pereira, o objetivo deste abaixo-assinado, incentivado pela entidade, é pressionar a implantação de uma unidade de tratamento e distribuição de água no munícipio, que seja obra da administração e não venha trazer gastos para os moradores.

Ainda de acordo com o pre-sidente da Ampel, a Associa-ção é contra a vinda de qual-quer empresa que venha gerar custos à comunidade. “Uma grande parcela da população local não teria condições de arcar com mais esse gasto”, afirma Nilton.

O presidente da Ampel argu-menta ainda que as nascentes localizadas no território da an-tiga Fazenda Baronesa foram cedidas para o município e

Foto: Site da Câmara

Vereadora Selenir: a favor do tratamento

acredita que a administração teria recursos para a criação de uma unidade para captar, tratar e distribuir a água des-sas nascentes. “A qualidade da água dos poços artesianos [atual fonte de água para as residências dos chiadorenses] está deixando a desejar, é pre-ciso mudar, mas terceirizar o serviço não é nem de longe a melhor solução”, ressalta.

Selenir Gonçalves não acre-dita que a administração tenha condições financeiras de arcar com os custos de uma unida-de própria de tratamento. “É a minha opinião, não a do pre-feito. Ele nunca afirmou isso. É pelo que eu vejo como vere-adora. Não é um projeto possí-vel para agora. Terceirizar é no momento a melhor solução”, argumenta a vereadora.

Arlety Silva é contra a con-cessão à Copasa. “Eu não que-ro que privatizem o serviço e que busquem água de longe daqui. Temos muita água aqui. Estou disposta a pagar conta de água por um serviço reali-

zado pelo município. Tratan-do nossa água. Não queremos uma água regulada”, enfatiza a moradora de Penha Longa.

Falando em gastos públicos, de acordo com informações do portal da tranparência do mu-nicípio, a Prefeitura de Chia-dor pagou em janeiro deste ano R$ 80 mil para a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto), empresa do Rio de Janeiro que oferece serviços como captação, tratamento e distribuição de redes de água. Em junho de 2013, R$ 4.500 foram destinados à Geomar-ca Poços Artesianos Ltda., empresa também fluminense especializada em perfuração e manutenção de poços tubulares profundos (poço artesiano).

O equipe do Jornal de Chia-dor tentou entrar em contato com o atual prefeito para es-clarecer algumas informações sobre os gastos, manutenção e cuidados com a água do muni-cípio; infelizmente não obtive-mos resposta até o fechamento desta reportagem.

Foto: Charles Oliveira

Poço que abastece o loteamento novo em Penha Longa

“[...] Nós moramos em uma área rural, onde a maioria das pessoas trabalha com pecuária, elas derrubam as árvores para

poder fazer pasto, isso influencia diretamente nas nascentes, na sustentabilidade de água da

nossa região [...] O problema da Copasa seria visto depois, não

adianta a gente ter a despesa de se pagar uma água se não tiver a água.” (Cristiane Oliveira, Chiador - Pergunta feita por

Vânia Afonso)

E sobre essa tal de Copasa?

“Concordo que o tratamento de água aqui em Chiador seja feito pela Copasa, porque já ouvi prefeito de outro município falando que após o tratamento da água acabaram os problemas de verme e que foi uma benção no lugar [...].

Quanto ao custo, quantas pessoas gastam mais que isso com internet, com celular e não pensam no bem-estar da família?” (Edi de

Souza Resende, Chiador - Pergunta feita por Vânia Afonso)

“Sou contra a Copasa, pois tenho alergia a cloro. E se chegar a Copasa

quem vai me ajudar a pagar os remédios? Aqui na Parada tem muita fartura de água e limpa. Não tem

necessidade da Copasa [...]”(Marinete da Silva Santos, Parada Braga -

Pergunta feita por Daiton Santos)

“Concordo que o tratamento seja feito pela Copasa, por acreditar que o grande número de doenças que vêm acontecendo em nosso distrito a causa seja esta água que estamos usando”. (Valdete Rezende de Souza, Penha Longa -

pergunta feita por Arlety Silva)

“Não concordo com o tratamento feito pela Copasa, pois a maioria das pessoas não têm condições nem de pagar [...] Além do mais existe outro meio para que se faça o tratamento deste poço novo [...] Aqui têm pessoas que nasceram, se criaram usando a água destes poços e afirmam nunca ter tido nenhum problema com o consumo d’água” (Elaine Nazareth, Penha Longa - pergunta

feita por Arlety Silva)

Arte: Daisy Cabral

Futuro da Estação de Chiador depende da JustiçaRodrigo Galdino

Furnas recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal

Federal (STF), em setembro, tentando rever-ter decisão do Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) que determinou a restauração da Es-tação Ferroviária de Chiador. A estatal alega “que executou integralmente as ações cons-tantes no Projeto Básico Ambiental para a implantação do Aproveitamento Hidrelétrico de Simplício”. Em 21 de agosto, o TJMG deu prazo de 90 dias para a empresa apresentar projeto de restauração e 180 dias para iniciar a obra, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Os recursos não têm efeito suspensivo; ou seja, o prazo para o cumprimento da determi-nação está em andamento.

A decisão do TJMG foi tomada a pedido do

Ministério Público (MPMG), que em 2012 propôs Ação Civil Pública visando fazer com que a empresa realizasse a restauração, para compensar danos que a construção da represa causaria ao meio ambiente. “Pesso-almente, penso que esses recursos não têm a menor possibilidade de serem acolhidos [...] A decisão de obrigar a empresa Furnas a restaurar a Estação me parece irreversível”, considera Luiz Carlos Teles de Castro, Pro-curador de Justiça do MPMG.

Em defesa, Furnas diz que “a Estação Fer-roviária não está localizada em área de in-fluência direta de Simplício e o seu estado de depreciação é anterior ao início da cons-trução do empreendimento”. Entretanto, em 2013 a estatal realizou licitação para execu-

tar o tratamento paisagístico do entorno do local. Luiz Flávio Mendes, do Ibama, disse ao JC que recente relatório encaminhado por Furnas prevê a conclusão do tratamento pai-sagístico para novembro de 2014.

A Estação Ferroviária de Chiador foi tom-bada pelo município em 2003. “Desde que me entendo por gente, nosso sonho é ver aquela estação restaurada”, diz Mônica Reis Fernandes, presidente do Conselho Munici-pal do Patrimônio Cultural (Compachi), re-forçando que a Prefeitura não tem condições de arcar com os custos da obra. Mônica res-salta que a estação “é um bem do município, mas também um bem do Estado e do país”. A restauração estaria orçada em cerca de R$ 3 milhões.