Je junho 2013

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Piauí mostra sua força na Ceagesp Mandioca: o alimento do século 21 Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - N o 157 | junho de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br PÁGINA 12 Embalagem | PÁGINA 23 Embrapa | Pesquisadores informatizam análises de risco de pragas agrícolas PÁGINA 26 Ciência | Estudo da Esalq busca prolongar vida útil da dedo-de-moça PÁGINA 24 Qualidade | Estudo do CQH define quem são os clientes do Entreposto SP PÁGINA 28 WUWM | Paixão Lages é o novo diretor da organização de mercados atacadistas Frutas Legumes Verduras Diversos 1,73 % -12,42 % -15,89 % 3,13 % 1,17 % Alta Baixa Baixa Baixa Baixa Alta Índice Ceagesp - maio 2013 Geral -2,45 % Pescado Femetran 2013 O bom desempenho do setor de frutas e a alta dos preços de boa parte dos produtos agrícolas impulsionaram a aquisição de novos veículos comerciais na 12ª edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas. PÁGINA 20 PÁGINA 27 PÁGINA 6 PÁGINA 18 Cultivar Internacional 70% dos carregadores são de cidades como São José do Piauí e interior do estado Zé Pinheiro, presidente do Sindicar, recebeu a comitiva da cidade de São José do Piauí na celebração da missa de Corpus Christi. Piauí Ceará São Paulo Pernambuco Outros Estados 67% 15% 6% 3% 9% México vai produzir mais tomate Em qualquer lugar que estejam, eles fazem a diferença. Os piauienses representam a maioria da força de trabalho desta categoria. É um contingente maior do que 15 municípios do próprio estado. O Piauí não é aqui, como dizem, mas certamente muitos se sentem em casa. Comunicação entre os integrantes da cadeia de abastecimento facilita o escoamento da raiz no ETSP. Encurtar o elo entre os setores reduz o desperdício de alimento e movimenta o mercado. Benassi e Castanhal se unem para estimular o uso de sacos de juta Nova abóbora é opção agroecológica Eventos PÁGINA 22 >>> PÁGINA 4

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Um jornal a serviço do agronegócio.

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Piauí mostra sua força na Ceagesp

Mandioca:o alimento do século 21

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 157 | junho de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

PÁGINA 12Embalagem | PÁGINA 23Embrapa |

Pesquisadores informatizam análises de risco de pragas agrícolas

PÁGINA 26Ciência |

Estudo da Esalq busca prolongar vida útil da dedo-de-moça

PÁGINA 24Qualidade |

Estudo do CQH define quem são os clientes do Entreposto SP

PÁGINA 28WUWM |

Paixão Lages é o novo diretor da organização de mercados atacadistas

Frutas Legumes Verduras Diversos1,73 % -12,42 % -15,89 % 3,13 % 1,17 %AltaBaixa Baixa Baixa Baixa Alta

Índice Ceagesp - maio 2013

Geral-2,45 %

Pescado

Femetran 2013O bom desempenho do setor de frutas e a alta dos preços de boa parte dos produtos agrícolas impulsionaram a aquisição de novos veículos comerciais na 12ª edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas.

PÁGINA 20 PÁGINA 27

PÁGINA 6 PÁGINA 18

Cultivar

Internacional

70% dos carregadores são de cidades como São José do Piauí e interior do estado

Zé Pinheiro, presidente do Sindicar, recebeu a comitiva

da cidade de São José do Piauí na celebração da missa

de Corpus Christi.

Piauí

Ceará

São Paulo

Pernambuco

Outros Estados

Piauí

Ceará

São Paulo

Pernambuco

Outros Estados

67%

15%

6%

3%

9%

México vai produzir mais tomate

Em qualquer lugar que estejam, eles fazem a diferença. Os piauienses representam a maioria da força de trabalho desta categoria. É um contingente maior do que 15 municípios do próprio estado. O Piauí não é aqui, como dizem, mas certamente muitos se sentem em casa.

Comunicação entre os integrantes da cadeia de abastecimento facilita o escoamento da raiz no ETSP. Encurtar o elo entre os setores reduz o desperdício de alimento e movimenta o mercado.

Benassi e Castanhal se unem para estimular o uso de sacos de juta

Nova abóbora é opção agroecológica

Eventos PÁGINA 22>>>

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02 Homenagem JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

105 ANOSDA IMIGRAÇÃOJAPONESANO BRASIL

FOTO: HERMAN BREDEHORST

PARABÉNS!

おめでとう

A habilidade dos japoneses em lidar com a terra já

estava provada desde que começaram a cultivar

café nas fazendas do interior paulista. Daí a se

envolverem com o comércio foi um caminho

natural. Em São Paulo, passaram a comercializar

seus produtos agrícolas no Mercado Central da

Cantareira. Na década de 1960, com a enchente

que atingiu a região, os comerciantes foram

enviados para o recém-criado Ceasa paulistano e

ajudaram a moldar o que viria a ser o maior centro

de abastecimento da América Latina.

Presentes desde a inauguração do entreposto

paulistano da Ceagesp, em 1966, hoje eles estão

em grande número no mercado e dominam setores

como hortaliças e flores. Parabéns a todos os

japoneses e descendentes que ajudaram o Brasil a

se tornar uma potência agrícola.

O futuro começa neste instante!

Precisamos definir o que deve

ser feito neste momento e como

estabelecer uma firme base.

No exato local em que estamos,

é importante vencer aqui e

agora!

Daisaku Ikeda

18 DE JUNHO

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junho de 2013 03Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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04 Sindicato dos Carregadores JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

Representantes da cidade de São José do Piauí (PI), estiveram no entreposto na última sema-na de maio para agradecer aos cidadãos que ajudaram a eleger o prefeito Atiano Bezerra. Na Ceagesp, 70 % dos carregadores vieram do Piauí e a maioria são do município de São José.

Não se sabe ao certo o mo-mento e nem o motivo pelo qual os piauienses escolheram o mercado atacadista para ofe-recer sua mão-de-obra. Segundo o presidente do Sindicato dos Carregadores da Ceagesp, José Pinheiro, ainda existem carre-gadores do Piauí que começa-ram no Mercado da Cantareira e migraram para o bairro da Leo-poldina junto com as empresas permissionárias e continuam na função.

“A comitiva de São José do Piauí veio para agradecer os cidadãos que viajaram nas últi-mas eleições para votar e apoiar o prefeito eleito Atiano Bezerra”, explica Pinheiro. “Aproveitamos para convidá-los a participar da missa de Corpus Christi e pres-tigiar a Banda Chocalho”, com-pletou.

José Pinheiro, que foi o anfitrião da visita, também é piauiense e defende os direitos dos carregadores do entreposto. “Nosso próximo projeto é quali-ficar e especializar a categoria”, adianta o presidente do Sindicar.

Comitiva da cidade de São José do Piauí

Prefeito: Atiano BezerraVereador: Manoel NelsonVice-Prefeito: Alacide BorgesEx-Prefeito: Ademar BezerraVereador e presidente da Câmara – Renavan José SilvaAdemaelton Bezerra Souza – Secretário municipal de Finanças

Ex-carregador celebra missa de Corpus Christi no entreposto

Para celebrar o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, o Sindicato dos Carregadores da Ceagesp (Sindicar) recebeu a Mis-sa de Corpus Christi no Galpão dos Carregadores Autônomos, no dia 30 de maio.

O Frei Décio Pacheco Bezerra veio de Piracicaba para abençoar trabalhadores do entreposto e seus familiares. O religioso também foi carregador na Ceagesp e lembrou dos tempos em que colaborava para

Comitiva de São José do Piauí visita Ceagesp

o FLV chegar até a mesa dos brasi-leiros. “Manusear alimentos é um trabalho sagrado. Parabéns a todos os carregadores e colaboradores da Ceagesp. Que Deus os abençoe”.

Descendente de piauienses, Frei Décio também homenageou os representantes do estado que “empresta” grande parte da mão--de-obra utilizada no entreposto. “O Piauí representa uma grande força no mercado atacadista de São Pau-lo”, destacou.

“Tu te revestes com a naturezaNa verde áurea da vegetaçãoAroeira e angico raiz da proezaConserva a seiva deste teu rincãoOh! São José do Piauí tu és a expressãoA tua semente proliferando gera a perfeição".

São José do Piauí tem cerca de 7 mil O primeiro a comercializar produtos nesta Com uma cultura muito conservadora, se habitantes e a Ceagesp mais de 4 mil região, como sal e querosene, foi o Sr. destacam na cidade e nos municípios carregadores. Um estudo calcula que Antônio Pedro Bezerra. Ele era dono da vizinhos os festejos do Padroeiro, desfiles, cerca de 70% destes trabalhadores são do maioria das terras de São José. Com reisados, movimentos estudantis, Piauí, em sua grande maioria da cidade recursos próprios ele construiu uma aniversário da cidade, entre outros.São José. capela, onde dois padres trouxeram a

imagem do santo. O povoado foi batizado A cidade de São José do Piauí se Se levarmos em conta que muitos vieram de São José da Tapera. São José da Tapera transformou em terra do cinema. A única com mais alguém da família, isto era um povoado da cidade de Picos. O cidade do estado que possui seis filmes significaria que se todos voltassem hoje vereador de Picos, Sr. Francisco Vicente produzidos por gente da terra. O cineasta para a terra Natal, a cidade de São José do Pacheco, e representante de São José, Roberto Borges já dirigiu seis filmes Piauí quase dobraria sua população. com a ajuda de outras pessoas conseguiu longas-metragens e tem ganhado boa

elevar em dezembro de 1963 o povoado aceitação do público em todo Brasil. O Os números são especulativos, mas São José da Tapera ao status de município, ultimo filme da saga Raízes do Sertão foi representativos, fazendo valer a com o nome de "São José do Piauí", sendo veiculado pela TV PICOS, que realizou a expressão "O Piauí é aqui!". A fé é uma instalado em 12 de abril de 1964. primeira minissérie televisiva piauense, riqueza do povo piauense, que celebrou dirigido pelo cineasta. No dia 11 de missas de Corpus Christi aqui na Cegesp e A 5 km de São José, temos o povoado novembro de 2012, Roberto Borges foi no seu estado, onde 90 % da população é Malhada Redonda. Local de grande beleza homenageado pelo festival nacional de católica. A festa teve sua origem litúrgica natural, principalmente com suas vistas cinema e vídeos dos sertões como a i n d a n a I d a d e M é d i a , s e n d o para o "Morro Chapéu" e os "Picos dos cineasta destaque piauiense, recebendo a universalizada na igreja pelo papa Urbano Três Irmãos", conhecida também como insígnia Cacto de Ouro e, no mesmo IV, no ano de 1264. "Cidade Encantada", onde podemos festival, dois de seus filmes foram

encontrar fósseis entre seus "caldeirões" escolhidos na exibição das amostras do A origem de São José do Piauí iniciou-se (pequenas valas naturais na rocha) e seus festival. A UFPI (campus de Picos) também no mesmo contexto de quase todas as cânions, além de pinturas rupestres. Ao homenageou o cineasta Roberto Borges, povoações piauienses. Onde hoje é São redor da cidade há diversos morros com certificando-o por suas obras que José existia uma propriedade de criação pinturas rupestres ainda não exploradas engradecerem a cultura regional.de gado, chamada fazenda Monte Alegre. pelo homem. Mais : www.saojosedopiaui.pi.gov.br/

(Trecho do hino oficial de São José do Piauí)

SÃO JOSÉ DO PIAUÍOnde quer que você esteja, você sempre estará lá!

EUCARISTIA

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junho de 2013 05Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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06 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

A mandioca é a quarta cul-tura agrícola mais importan-te no mundo e a principal nas regiões tropicais. A sua raiz e seus subprodutos são consu-midos por mais de 800 milhões de pessoas, segundo a FAO. Em algumas regiões do mundo, como no Nordeste brasileiro, em Gana e na Nigéria (África) e em algumas ilhas da Indonésia (Ásia), mais de 70% das calo-rias consumidas diariamente pela população vêm da man-dioca.

A qualidade culinária das raízes de mandioca adquiridas in natura apresenta grande va-riação, o que acaba afastando os consumidores do produto. Outro problema é o escureci-mento da polpa que pode ocor-rer de duas maneiras - fisioló-gica (transformação causada por enzimas da mandioca) e secundária (de ordem micro-biana) que limita o período de comercialização e a aceitação do produto no mercado. A de-terioração enzimática ocorre em torno de 48 horas após a colheita, acarretando descolo-ração e aparecimento de veias azuladas na polpa e a micro-biana é provocada por micror-ganismos que penetram nas lesões e se manifestam 05 a 07 dias após a colheita. A melhor conservação das raízes exige alguns cuidados - colheita na época correta, prevenção de danos físicos de umidade nas raízes, retiradado excesso de solo e secagem ao ar livre. As estimativas de perdas na pós--colheita sejam de 23%, devido ao uso de tecnologias inade-quadas na conservação.

O CQH (Centro de Qualidade em Horticultura) da Ceagesp fez no final de 2012 diversos testes físico-químicos visando compreender com maior cla-reza as características da man-dioca na comercialização – o tamanho das raízes, qualidade e valor de diferentes classifica-ções nas caixas, o fenômeno de escurecimento de polpa e o seu comportamento após a cocção.

A homogeneidade de tama-nho das raízes na embalagem é fator de diferenciação de valor

Cozinhar ou não cozinhar? Eis a questão! A qualidade da raiz in natura apresenta grande variação

Thiago Oliveira MeloViviane Oliveira

Amanda Camargo RostonCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

– caixas com mandiocas muito finas misturadas com mandio-cas muito grossas valem 25% menos que caixas com maior homogeneidade de tamanho. As raízes muito finas (diâme-

tro < 2,5 cm) cozinham melhor (ficam mais macias após cozi-mento), mas são mais suscetí-veis ao escurecimento que as mais grossas.

A variação de peso entre

as raízes chega 94% - em uma mesma embalagem foram en-contradas raízes com 1.125 e 65 gramas. Lotes com tamanho desuniforme são sempre ven-didos por preços menores. As raízes menores são colocadas no fundo da caixa, sofrendo da-nos mecânicos, o que as torna ainda mais suscetíveis ao es-curecimento -enzimático e mi-crobiano (os danos mecânicos são a porta de entrada de mi-cro-organismos oportunistas).

Os testes físico-químicos realizados no laboratório do Centro de Qualidade em Hor-ticultura da Ceagesp demos-traram que uma relação direta entre o teor de matéria seca, a firmeza da polpa pós-cozimen-to e a densidade ao não ‘amo-lecimento’ da polpa depois do cozimento. Existe alta correla-ção (84%) entre matéria seca (matéria seca é o peso do pro-duto sem água) e densidade (relação entre peso e volume). A maior densidade e maior teor de matéria seca podem ser explicados pelo ‘empacota-mento’ das fibras na mandioca – as fibras ficam mais juntas e agregadas. A compactação das partículas (fibras e amido prin-cipalmente) dificulta a entrada da água e o amolecimento das fibras, mesmo depois de um longo tempo de cocção. A cor-relação (78%) entre a firmeza da polpa e a densidade tam-bém é alta.

Os cultivares de mandioca para mesa devem ter um ciclo

Mandioca, alimento nutritivo e indispensável à dieta brasileira

mais curto entre o plantio e a colheita. As diferentes varieda-des de mandioca apresentam um determinado tempo de seu ciclo “sem cozinhar”, um fator crítico para o mercado “in na-tura, segundo a Embrapa. As cultivares tardias apresentam baixa qualidade culinária no fim do ciclo – mesmo quando cozinham, a qualidade é ruim principalmente pela presença de fibras. A proposta do tra-balho dos técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp é estabelecer ca-racterísticas de fácil mensu-ração que podem ser utiliza-das na determinação do que possam ser mensuráveis para a determinação da qualidade culinária da mandioca sem a necessidade de cocção. A qua-lidade culinária é inversamen-te proporcional à densidade. O conhecimento da densidade máxima que uma mandioca deve ter para garantir quali-dade culinária permitirá a uti-lização de um teste simples no campo, utilizando um líquido de densidade conhecida (que pode ser produzido com água e sal). Os estudos mostraram que a mandioca com densidade abaixo de 1,13 g/cm³ apresen-tou boa qualidade culinária. É preciso testar na prática. Faça uma solução com 82 gramas de água e 18 g de sal ou múl-tipla e coloque um pedaço de mandioca descascado nela. Se a mandioca flutuar ela deverá ter boa qualidade culinária.

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junho de 2013 07QualidadeUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Fabiane Mendes da Camara; Marcela Moretti Roma; Natália Ruza; Bertoldo Borges FilhoCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O Brasil é o país da mandio-ca (ManihotesculentaCrantz) antes mesmo do seu descobri-mento. Ainda hoje, a mandioca tem grande importância na ali-mentação humana e animal, na indústria alimentícia (farinhas, féculas, espessantes, geleifican-tes, emulsificantes,) e não-ali-mentícia (têxtil, papel, plástico, adesivos, mineradora, petrolífe-ra, álcool,).

A mandioca e as hortaliças feculentasAipim ou macaxeira são ou-

tras denominações da mandio-ca para consumo in natura, que é também conhecida em outras regiões como: aipi, candinga, castelinha, macamba, man-dioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, moogo, mu-camba, pão-da-américa, pão--de-pobre, pau-farinha, uaipi, xagala.

A mandioca é uma excelente fonte de energia, fibras, mine-rais, potássio, cálcio, fósforo e vitaminas do complexo B. Uma mandioca de boa qualidade culinária deve apresentar baixo tempo de cozimento, ausência

de fibras na massa cozida e faci-lidade de descascamento.

A mandioca também é ob-jeto de estudo do projeto Pro-jeto HortiEscolha, realizado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp em parceria com a Esalq – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Processo FAPESP 2010/52337-0).

O projeto HortiEscolha apre-senta entre os seus objetivos, orientar os serviços de alimen-tação no processo de aquisição dos produtos de melhor custo--benefício. A mandioca é utiliza-da em pequeno volume ou nem

é utilizada na maioria dos car-dápios da alimentação escolar, não sendo considerada como uma alternativa para a elabora-ção de um cardápio de melhor custo-benefício e mais diversifi-cado, em cada época.

Existem muitas opções de hortaliças feculentas que arma-zenam reserva nos seus órgãos subterrâneos. As mais comer-cializadas estão ilustradas abai-xo. O estudo realizado para es-tabelecer a hortaliça feculenta (batata, mandioca, mandioqui-nha-salsa, cará, inhame e batata doce) de melhor custo-benefício para utilização no mês de junho

de 2012, mostrou a mandioca como uma das opçõesde melhor custo-benefício. A utilização da mandioca no lugar da batata significou, neste estudo, uma economia de 30%.

Os principais grupos varie-tais de mandioca comercializa-dos no ETSP da Ceagesp são: o Branco e o Amarelo que estão ilustradas no quadro de varieda-des de mandioca. A quase totali-dade da mandioca (99%) aqui comercializada é produzida no Estado de São Paulo, sendo os maiores municípios de origem: Capela do Alto, Mogi Mirim, Por-to Feliz e Artur Nogueira.

As hortaliças feculentas e os principais grupos varietais da mandioca comercializadas na CeagespIlustrações:Bertoldo Borges FilhoCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

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08 Mercado JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

A atacadista Issao está na Ceagesp há quase 40 anos e se diferencia por trabalhar com uma grande variedade de legu-mes, todos de excelente qualida-de. Segundo Jair Clementino de Souza, vendedor, a tradição da empresa não permite enganos ou produtos que estão fora do padrão. “A Issao foi fundada há muito tempo e tem forte presen-ça no mercado. O esforço é para manter a agilidade no manuseio do alimento perecível”, explica.

Há 12 anos no mercado da Ceagesp, a atacadista Nascen-te mantém o foco na qualida-de dos hortifrutis que coloca a venda. Para não haver surpre-sas na hora do recebimento da mercadoria, funcionários e produtores estão sempre em contato. “Depois de um tempo de relacionamento, os agricul-tores já sabem o que exigimos e têm se esforçado para manter um determinado padrão”, ava-lia Hessione Borges de Souza, vendedor.

Além de alertar o produtor sobre as preferências dos va-rejistas, a Nascente também se dispõe a embalar os legumes de acordo com o pedido do clien-te. Dessa maneira, mantendo um bom relacionamento com os outros agentes da cadeia, Hessione considera mais fácil administrar as vendas. “Assim, não estamos à deriva. Sabemos o que vamos receber da roça e já sabemos como entregar ao comprador. É a melhor maneira para ter produto de qualidade o ano inteiro”, explica.

Nessa época do ano, as ven-das de mandioca aumentam e Hessione destaca a qualidade da raiz. “O mercado está aque-cido e o clima tem ajudado. Te-mos recebido mandiocas que derretem quando cozinham”, garante o funcionário.

Atenta às mudanças de há-bito de consumo dos brasilei-ros, a Gramado, que atua no setor alimentício desde 1993, oferece produtos diferenciados e inovadores. O extenso catálo-go de frutas, verduras e legu-mes tem garantia de qualidade, sabor e maior durabilidade. Além disso, a seção de hortifru-tis “gourmet”, com os babys e minis, ajuda a dar o toque final no preparo e na degustação de pratos sofisticados.

David Secarelli, vendedor, explica que a atacadista sem-pre buscou se aproximar do consumidor final inovando e introduzindo outros produtos. “Foi assim que nasceu a Go Gre-en, empresa do Grupo Gramado que cultiva e comercializa pro-dutos orgânicos, se dedicando, assim, a responsabilidade am-biental”, esclarece. “Acredita-mos que essa é a tendência do mercado e nos esforçamos para acompanhá-la”, acrescenta o funcionário.

Gramado aposta em produtos inovadores e diferenciadosAo se aproximar do consumidor final, atacadista agrega modernização e responsabilidade ambiental

Os hortifrutis chamados convencionais também são selecionados por processo au-tomatizado que reduz o manu-seio e prolonga a durabilidade do FLV. Além disso, a Gramado trabalha em parceria com os agricultores, fornecendo as se-mentes para o cultivo. “Às ve-zes, financiamos alguma roça para incentivar o trabalhador rural a produzir com mais qua-lidade”, afirma David. Dessa maneira, além de colaborar

com o produtor, a distribuidora consegue manter a qualidade ao longo das safras.

Segundo o funcionário, para facilitar as atividades do setor varejista, a Gramado ofe-rece diversos produtos prontos para serem colocados nas pra-teleiras de supermercados e sacolões. “Aqueles que não vão em bandejas, são colocados em caixas apropriadas, seguindo as determinações dos órgãos fiscalizadores”, afirma.

A maneira mais fácil encon-trada pelos administradores para reduzir perdas e satisfa-zer o cliente foi o contato com os produtores. Sempre que um produto não vem nos padrões da atacadista, o agricultor res-ponsável é contatado. Clemen-tino acredita que essa feedback gera uma evolução na cadeia. “Avisando o produtor onde ele deve melhorar, ajudamos a posicioná-lo melhor no merca-do”, analisa. Durante a safra de

Issao dá feedback para produtores se destacarem no mercadoIniciativa ainda ajuda a reduzir perdas e satisfazer os clientes

mandioca, a Issao comerciali-za cerca de duas mil caixas por semana vindas das cidades de Capela do Alto, Artur Nogueira e Avaré, interior do estado de São Paulo. Além da mandioca tradicional ou “suja”, como é co-nhecida no mercado, a empresa também vende a raiz já limpa, descascada e embalada a vácuo. “Supermercados e restaurantes estão cobrando essa praticidade e estamos aqui para atendê-los”, completa Jair.

Contato com produtores e varejistas garante bom resultado nas vendas da Nascente

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junho de 2013 09MercadoUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Quando os supermerca-dos começaram a dominar o comércio varejista de frutas, verduras e legumes, a ataca-dista Porto Novo percebeu que um novo filão estava surgindo e, aos poucos, se especializou no atendimento desse setor. “Atualmente, nossos principais clientes são os supermercados. Mesmo assim, conseguimos atender todo o público da Ce-agesp, desde marreteiros, pas-sando por restaurantes, até revendedoras”, afirma o vende-dor George Higashi, que traba-lha no entreposto desde 1988.

Porto Novo se especializa no atendimento a supermercadosBom manuseio e disponibilidade dos produtos facilitam o relacionamento com as redes varejistas

Contato com produtores e varejistas garante bom resultado nas vendas da Nascente

A distribuidora de frutas e legumes Dois Cunhados está no setor hortifrutigranjeiro há 26 anos e continua confiante no mercado, que cresce a cada ano. Atualmente, a empresa participa de todos os proces-sos que envolvem a cadeia de abastecimento de FLV no Bra-sil, desde o plantio até o varejo: colheita, processos industriais, armazenamento, embalagem, transporte, movimentação e distribuição.

Focada no bom relaciona-mento com os outros integran-tes do setor, a atacadista afirma que nos estados mais desenvol-vidos, já e possível trabalhar em parceria com supermerca-dos, sacolões e demais clientes, utilizando técnicas de gerencia-mento para definir o sortimen-to dos produtos mais adequa-dos ao perfil do consumidor.

Inicialmente o esforço na comercialização e na produção própria estimulou o desen-volvimento de parcerias entre produtores, fornecedores, va-rejistas e atacadistas. Assim, criou-se um conjunto de me-didas de padronização como transporte, entrega e recebi-

Dois Cunhados trabalha em parceria com outros integrantes da cadeiaPromotores espalhados pelas redes varejistas são responsáveis pela exposição e reabastecimento das gôndolas

mento, contribuindo com higie-ne e minimizando perdas.

Cerca de 70% das lojas vare-jistas parceiras contam com um promotor da Dois Cunhados, que ficam responsáveis pela ex-posição do hortifruti e ajudam a definir quais gôndolas devem ser reabastecidas. “Esse serviço de pós-venda é um grande dife-rencial já que trabalhamos com produtos perecíveis que não podem apodrecer nas prate-leiras”, explica Fábio Cristiano,

vendedor. “Os promotores são os nossos olhos no mercado va-rejista”, compara.

A proximidade com o consu-midor final levou a Dois Cunha-dos a investir em frutas e legu-mes “bandejados”. A mandioca, por exemplo, já chega embala-da. “Somos responsáveis por mantê-las na temperatura ideal para não estragarem”, comenta Fábio. “Essa área está evoluin-do e estamos preparados para atender as demandas”, avalia.

Para lidar com supermer-cadistas, considerado o cliente mais exigente do entreposto, a Porto Novo utiliza critérios que auxiliam no controle da quali-dade depois que o hortifruti sai do campo. “Muitos varejistas são categóricos no pedido. Se necessário, reembalamos de acordo com o padrão seguido pela loja”, esclarece George, acrescentando que a empresa dispõe de uma ampla varieda-de de produtos e, por isso, nun-ca fica em falta com o cliente.

A atacadista, fundada há 13 anos, comercializa cerca de

cem caixas de mandioca por dia, equivalente a 20 mil qui-los. Higashi explica que muitos varejistas já conseguem com-prar FLV diretamente com o produtor, mas que a mandioca é um produto difícil de ser en-contrado (no atacado) fora do Entreposto Terminal de São Paulo.

“A Ceagesp ainda é referên-cia na oferta desse alimento. E a Porto Novo recebe mandio-cas frescas diariamente e tem uma lista completa para aten-der o mercado varejista”, des-taca o vendedor.

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10 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013Artigo

O Dia dos Namorados, como já se sabe, representa uma das mais importantes datas de ven-da para o setor varejista no Bra-sil, em especial para o comércio de flores.

Diferentemente de boa par-te do mundo, especialmente dos EUA e de muitos países europeus, por aqui, esta come-moração não ocorre no Dia de São Valentin (14 de fevereiro). Entre nós, a instituição do Dia dos Namorados, no mês de ju-nho, se deveu a uma jogada de marketing criada e implemen-tada por João Dória (1919-2000), em 1949, através da agência Standard Propaganda. A necessidade de criar um es-tímulo para as vendas varejis-tas tradicionalmente fracas na metade do ano, levou à ideia de criar uma nova data que impul-sionasse o consumo, logo mui-to bem recebida e incentivada pelo mercado.

A data escolhida coincide com a véspera do dia consa-grado a Santo Antônio, consi-derado o santo casamenteiro e o padroeiro do enamoramento, do amor e da paixão.

Segundo as pesquisas da Serasa Experian sobre as Ex-

Venda de flores no dia dos namorados em 2013Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

pectativas de Vendas para o Dia dos Namorados, as flores têm significado, em média, 12% das intenções de compras para presentear nesta data. Pela sé-rie histórica de dados destas pesquisas, é possível constatar que em anos nos quais o endi-vidamento dos consumidores no cartão de crédito e as taxas de inadimplência andam mais elevadas, a participação das flo-res entre as opções de compra aumentam significativamente, como ocorreu em 2008 e 2009, quando a intenção de presen-tear com flores elevou-se para 16% e 18%, respectivamente. Em 2013, tal fato voltou a se repetir, haja vista que o endivi-damento e a inadimplência dos consumidores encontram-se em alta.

Entre as flores preferidas para compra nesta data, as ro-sas vermelhas dominam com-pletamente o mercado, tanto em unidades, quanto em bu-quês de seis ou 12 hastes. No Brasil, há pouca flexibilidade do consumidor para incluir rosas cor-de-rosa ou de outras colorações nesta data, dife-rentemente do que ocorre no mercado norte-americano, por exemplo, onde estas encontram larga penetração. Tentativas anteriores de importadores em trazerem rosas nestas colora-

ções alternativas (cor-de-rosa, branca, mistas e outras) resul-taram em grande fracasso de vendas.

Para o ano de 2013, a fal-ta, já prevista, de rosas para o adequado abastecimento do mercado no Dia dos Namora-dos acabou provocando forte pressão de preços em toda a ca-deia, que resultou em elevação das cotações da ordem de 30% sobre o mesmo período do ano anterior, impactando o merca-do global da floricultura.

As principais razões para a queda na oferta de

rosas para a data foram as seguintes:

1) Redução da oferta de ro-

sas oriundas do mercado inter-no, em função de importantes problemas climáticos ocorri-dos nas regiões produtoras do Ceará e de Minas Gerais ao lon-go dos primeiros cinco meses do ano (especialmente em abril e maio). No Ceará, a forte seca que atingiu a região da Serra de Ibiapaba fez despencar a pro-dução de flores, especialmente a das rosas, para apenas 132 mil hastes, ante a previsão an-terior de 188 mil que deveriam ser obtidos nos 70 hectares co-bertos com estufas presentes na região. Já em Minas Gerais,

na região de Andradas, os pro-blemas foram devidos ao frio e ao excesso de chuvas, que che-gou a reduzir a produção em cerca de 35%. Com a presença de muitos dias nublados, faltou calor e luz, fatores essenciais para a produção e a qualidade das rosas.

2) Redução da oferta e da qualidade das rosas disponí-veis para a importação brasi-leira no mercado internacional (da Colômbia e Equador), em função da relativa recuperação do mercado norte-americano, para onde as rosas são dirigi-das com prioridade;

3) Endividamento do con-sumidor brasileiro no cartão de crédito e aumento da inadim-plência, o que provocou menor procura por presentes duráveis e de maior valor unitário, com-prados a prazo, abrindo, assim, maior espaço para a entrada das flores.

Além disso, a proximidade das duas principais datas de consumo: Dia das Mães (segun-do domingo do mês de maio) e Dia dos Namorados (12 de ju-nho), deixa pouca margem para a organização estratégica de produção e de abastecimento por parte dos produtores.

Em decorrência de fenôme-nos como estes, que atingem notadamente a oferta de rosas, os mercados para flores alter-nativas, especialmente os vasos de orquídeas (Phalaenopsis) e de antúrios, vêm, ano a ano, se expandido para a data, tendên-cia que deverá se acentuar já no futuro próximo.

Em 2014, poderão voltar a ocorrer, ou não, problemas de abastecimento semelhantes a esses. Porém, uma coisa já está decidida: será um Dia dos Na-morados muito diferente e que provavelmente reduzirá o foco nos presentes, pois coincidi-rá com a partida inaugural da Copa do Mundo de Futebol, no Brasil.

*Engenheiro agrônomo, douto-rando em Ciências da Comuni-cação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Con-sumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abas-tecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

**Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Ur-bano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treina-mento.

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junho de 2013 11Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Agrícola

INVESTIMENTO

As prioridades do novo plano são armazenagem, irrigação, médio produtor, seguro rural, desenvolvimento sustentável e cooperativismo. Defesa agropecuária e assistência técnica rural também serão fortalecidas

Plano Agrícola e Pecuário 2013/14 disponibilizará R$ 136 bilhões

O Plano Agrícola e Pecu-ário (PAP) 2013/14 é o mais abrangente e maior em volume financeiro já lançado no Brasil. Anunciado em 4 de junho pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, An-tônio Andrade, o total de recur-sos liberados para a próxima safra é de R$ 136 bilhões, sendo R$ 97,6 bilhões para financia-mentos de custeio e comerciali-zação e R$ 38,4 bilhões para os programas de investimento.

Em relação ao crédito dis-ponibilizado na temporada que termina no dia 30 de junho des-te ano, a alta é de 18%. Durante o lançamento do PAP, o minis-tro ressaltou ainda o fortale-cimento do sistema de defesa agropecuário brasileiro e da assistência técnica rural.

Dos R$ 136 bilhões previs-tos para a nova safra, R$ 115,6 bilhões serão com taxas de ju-ros controladas, crescimento de 23% sobre os R$ 93,9 bi-lhões previstos na temporada 2012/13. A taxa de juros anual média é de 5,5%, sendo que se-rão menores em modalidades específicas: de 3,5% para pro-gramas voltados à aquisição de máquinas agrícolas, equipa-mentos de irrigação e estrutu-ras de armazenagem; de 4,5% ao médio produtor rural; e de 5% para práticas sustentáveis.

Para o cooperativismo, R$ 5,3 bilhões estarão disponíveis pelos programas de Desen-volvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) e do e Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro). Também foram reduzidos os juros para capital de giro das cooperativas, de 9% para 6,5% ao ano.

De acordo com Antônio Andrade, a elaboração do pla-no atual dá uma atenção extra para logística e infraestrutura no Brasil. O governo federal vai disponibilizar R$ 25 bilhões para a construção de novos ar-mazéns privados no país nos próximos cinco anos – sendo R$ 5 bilhões na temporada 2013/14. O prazo será de até 15 anos para pagamento.

Além disso, serão investidos mais R$ 500 milhões para mo-dernizar e dobrar a capacidade

de armazenagem da Compa-nhia Nacional de Abastecimen-to (Conab). Pelo Programa de Sustentação de Investimento (PSI-BK), para o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas, serão R$ 6 bilhões, enquanto para a agricultura ir-rigada, R$ 400 milhões.

O médio produtor também foi destacado no novo PAP. Fo-ram disponibilizados R$ 13,2 bilhões pelo Programa Nacio-nal de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) para custeio, comercialização e investimen-to. O valor é 18,4% superior aos R$ 11,15 bilhões previstos na safra 2012/13. Os limites de empréstimo para custeio pas-saram de R$ 500 mil para R$ 600 mil, enquanto os de inves-timento subiram de R$ 300 mil para R$ 350 mil.

O financiamento ao de-senvolvimento sustentável da agricultura brasileira continua prioritário entre as modalida-des de crédito fomentadas pelo governo federal. Pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que finan-cia tecnologias que aumentam a produtividade com menor

proteção de preços, utilização do Sistema Plantio Direto, com-provação de reservas legais e áreas de preservação perma-nente na propriedade e adoção do sistema de identificação de origem).

Para apoiar a comerciali-zação, o novo Plano Agrícola e Pecuário terá R$ 5,6 bilhões. Deste total, R$ 2,5 bilhões se destinam à aquisição de produ-tos e manutenção de estoque e R$ 3,1 bilhões para equalização de preços, de maneira a garan-tir o preço mínimo ao produtor.

Defesa agropecuária e assistência técnica

O evento de lançamento do PAP marcou também o anúncio de iniciativas para aprimorar o sistema de defesa agropecuário do Brasil. Serão R$ 120 milhões para ampliação e moderniza-ção dos seis Laboratórios Na-cionais Agropecuários (Lana-gros) do Governo Federal. Esse valor será utilizado ainda para oferecer diagnósticos mais rá-pidos e ainda mais precisos.

Quanto ao Sistema Brasilei-ro de Inspeção de Produtos de

impacto ambiental, o volume de recursos saltou de R$ 3,4 bi-lhões para R$ 4,5 bilhões.

Uma das principais novida-des do plano é o aumento da subvenção ao prêmio do segu-ro rural. “O governo elevou em 75% os valores para este ano, passando de R$ 400 milhões para R$ 700 milhões”, anunciou o ministro Antônio Andrade. Do total, 75% serão aplicados em regiões e produtos agríco-las prioritários, com subvenção de 60% do custo da importân-cia segurada. A expectativa é segurar uma área superior a 10 milhões de hectares e benefi-ciar 96 mil produtores.

Já o limite de financiamen-to de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 800 mil para R$ 1 milhão, enquanto o destinado à modalidade de comercializa-ção passou de R$ 1,6 milhão para R$ 2 milhões. Em ambos os casos, a variação foi de 25%, mas o contrato de custeio pode ser ampliado em até 45%, de-pendendo das condições de contratação ou de uso de de-terminadas práticas agropecu-árias (como adesão ao seguro agrícola ou a mecanismos de

Origem Animal (o Sisbi-POA), será criada uma coordenação que garantirá a consolidação do sistema, facilitando o aces-so dos estados e municípios ao Programa. “Outra grande pre-ocupação da defesa agropecu-ária será com a tipificação das carcaças bovinas, incentivando os produtores na melhoria e padronização da carne”, expli-cou Antônio Andrade.

A criação do Serviço Nacio-nal de Assistência Técnica e Ex-tensão Rural foi lembrada pelo ministro. “A criação desse servi-ço será um marco significativo para o aumento da produção, da produtividade e do bem-estar do produtor brasileiro”.

O ministro citou ainda o Programa Inovagro, que tem o objetivo de impulsionar a pro-dutividade e a competitividade do agronegócio brasileiro por meio da inovação tecnológica. “O governo vai destinar R$ 3 bi-lhões para o agronegócio, sen-do R$ 2 bilhões para pesquisa e desenvolvimento de máquinas e equipamentos e R$ 1 bilhão para que os produtores rurais possam incorporar tecnolo-gias”, afirmou o ministro.

WILSON DIAS/ ABr

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201312 Embalagem

A Castanhal, maior fabri-cante de produtos de juta das Américas, acaba de firmar uma parceria com o Grupo Benassi, importante atacadista de horti-fruti. As empresas vão estimu-lar os produtores de batata a embalarem seus produtos ape-nas em sacos de juta.

O objetivo é diminuir o índi-ce de perda de batata durante as fases de armazenamento e transporte e aumentar a lucra-tividade de toda a cadeia pro-dutiva do tubérculo. Ao mes-mo tempo, a produção de juta, cultivada de forma sustentável por ribeirinhos na Amazônia, deve ganhar um novo aliado na competição com as fibras sinté-ticas.

“O saco de juta protege mais a batata do que outras embala-gens feitas de plástico, já que o formato macio e arredondado do fio de juta amortece os im-pactos provocados durante o transporte”, diz Hélio Meirelles, presidente da Castanhal. A afir-mação é baseada em um estudo realizado pelo Instituto de Ci-ências Agrárias da Universida-de Federal de Uberlândia (MG), que mostrou ainda que a emba-lagem de juta é mais eficaz na proteção da batata contra pro-blemas como o esverdeamento.

“Nós já percebíamos na prá-

tica que o saco de juta protege melhor as batatas, mas depois de vermos os dados do estudo ficamos definitivamente con-vencidos e passamos a exigir de nossos fornecedores regula-res que passem e entregar a ba-tata apenas em sacos de juta”, diz Bruno Benassi, gerente do grupo responsável pela unida-de de São Paulo. De acordo com Benassi, a batata tem um dos maiores índices de perda e des-perdício do segmento de FLV.

O executivo explica que todo o processo de seleção, lavagem, armazenamento e transporte é muito agressivo e reduz a vida útil do tubérculo. Hoje os sacos de nylon e clone, apesar de serem cortantes e fe-rirem com freqüência a pele da batata, são os mais utilizados para embalar o produto porque a fibra sintética reflete melhor a luz e passa a impressão para os compradores que a batata é mais clara, uma exigência dos consumidores. “Porém, isso não funciona para nós porque todos os grandes distribuido-res sabem comprar batata e não são influenciados por esses fatores. Preferimos receber a batata em uma embalagem que nos ofereça um índice maior de aproveitamento do produto”, diz Benassi.

Na parceria firmada, a Cas-tanhal ficará responsável por fazer um trabalho de divulga-ção e acompanhamento em toda a cadeia produtiva e aju-dar a convencer os produtores e os lavadores de batata a mi-grarem definitivamente para o saco de juta.

“Não será um trabalho di-fícil porque o saco de juta tem um preço competitivo em rela-ção nylon e é mais barata que o clone, além de proporcionar uma rentabilidade maior para toda a cadeia produtiva”, diz Meirelles.

O estudoO Instituto de Ciências Agrá-

rias da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, realizou uma experiência com sacos de batata de 50 kg para verificar o índice de perda do produto durante o transporte e o armazenamento. O resul-tado mostrou que, na média, os sacos de juta apresenta-vam apenas 1,25 kg de batata com danos inaceitáveis após o transporte, enquanto que o clone tinha 2,37 kg de perdas e o nylon chegava a 3,87 kg de desperdício. O estudo foi finan-ciado pela Castanhal.

O teste verificou ainda o índice de perda por esverdea-

mento, causado pela exposição à luz solar, da batata armazena-da em sacos de 50 kg. Após 10 dias ensacadas, apenas 0,725 kg das batatas armazenadas em juta estavam com um leve esverdeamento. Por outro lado, no clone esse índice era 1,111 kg e no nylon 1,475 kg. O estu-do mostrou ainda que mesmo após 30 dias de armazenamen-to, o saco de juta mantinha as batatas praticamente sem es-verdeamento considerado ina-ceitáveis pelo consumidor.

Juta, a fibra sustentávelA juta é uma fibra natural

cultivada principalmente nas áreas de várzea dos Rios Soli-mões e Amazonas. São áreas nas quais o ciclo anual de cheia do rio impede o crescimento natural da floresta ou a prática de alguma cultura permanen-te. O cultivo garante a renda de cerca de 15 mil famílias de ri-beirinhos nos Estados do Ama-zonas e do Pará.

Isso faz com que essas fa-mílias de ribeirinhos não preci-sem se envolver em atividades que agridam a Floresta Ama-zônica, como a caça, a pesca ou o desmatamento. A alternativa de renda gerada por essa cul-tura também ajuda a fixar o ho-mem no campo e evita o êxodo para engrossar as favelas e pe-riferias das grandes cidades da Região Norte.

Para o plantio da juta não é necessária queimada para lim-par o terreno, à medida que a cheia do próprio rio se encar-rega disso. A lama deixada após a vazante serve de fertilizante natural e torna desnecessária a utilização de adubos químicos.

A Castanhal compra a fibra dos ribeirinhos e a transforma em tecido em sua fábrica na ci-dade de Castanhal, no interior do Pará. No processo de con-fecção do tecido são utilizados apenas aditivos orgânicos e os óleos vegetais.

Isso, associado às caracte-rísticas naturais da planta, faz com que os produtos de juta, além de serem retornáveis, também sejam totalmente bio-degradáveis. Ou seja, quando descartados se desintegram ra-pidamente sem deixar qualquer resíduo ou dano ambiental.

Benassi e Castanhal se unem para estimular o uso de sacos de jutaPara aumentar vida útil do produto e diminuir perdas, Grupo Benassi vai passar a exigir que seus fornecedores entreguem a batata apenas em sacos de juta

Castanhal lança saco de juta “fecha fácil”

A Castanhal lançou uma nova linha de sacaria para em-balagem de batata com o exclu-sivo sistema “fecha fácil”. Dis-poníveis nos tamanhos 10kg, 25kg e 50kg, a nova embalagem alia praticidade à conhecida proteção ao tubérculo propor-cionado pelo fio de juta, que por ser macio e natural, dimi-nui agressões à pele da batata.

“O fecha fácil vai dobrar a produtividade das pessoas empregadas no processo de embalagem da batata, além de eliminar custos como o de fios utilizados para costurar os sacos atuais, compra e ma-nutenção de equipamentos de costura e energia elétrica utili-zada neste processo” diz Flávio Junqueira Smith, presidente da Castanhal.

A idéia da nova linha de sa-caria surgiu a partir de uma su-gestão dos próprios lavadores de batata em virtude da proibi-ção iminente da utilização dos sacos de 50kg. O Projeto de Lei 5.467 vai alterar um artigo da Consolidação das Leis do Tra-balho e o peso máximo que será permitido ser carregado por homens são sacos de 30kg, e não mais de 60kg como é hoje.

Essa mudança iria obrigar as lavadoras de batatas, que utilizam sacos de 50kg, a do-brar suas equipes de trabalho para embalar os tubérculos em sacos de 25kg. Porém, com a utilização da embalagem fecha fácil, a produtividade da equipe é duplicada e as empresas con-seguem manter o mesmo nú-mero de funcionários mesmo com a alteração no processo de embalagem.

Nova sacaria com fecho vai melhorar a produtividade da mão-de-obra empregada na embalagem de batata e cortar outros custos deste processo

PARCERIA

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junho de 2013 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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14 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013Produção

Os agricultores familiares são os produtores agrícolas mais intensamente afetados pelas mudanças do clima, como

Agricultura familiar é a mais afetada pelas mudanças do clima, aponta Embrapa

Agência Brasil

a alteração do ciclo das chuvas e o aumento das temperatu-ras causado pelo efeito estu-fa, informou o pesquisador da

mento de algumas plantações para o sul, onde o clima é mais ameno. No caso dos agricul-tores familiares, esse desloca-mento ocorre em menor escala, pois a maioria das famílias está fixada em local determinado. Para elas, portanto, o prejuízo é mais intenso - também por ser, em muitos casos, a única fonte de subsistência.

Os exemplos de prejuízos são as produções de laranja e do café. Picos de temperatu-ra, tanto para o quente quanto para o frio, alteram a floração da lavoura - o que faz com que as frutas e os grãos percam qualidade.

De acordo com o pesquisa-dor da Embrapa, em 2010, só o estado de São Paulo perdeu 250 mil hectares de café por causa das alterações de tem-peraturas. Atualmente, muitas plantações no estado foram substituídas por seringueiras, o que fez com que São Paulo te-nha ultrapassado o Acre, como o maior produtor de borracha no país. Para tentar minimizar os impactos do clima sobre a produção agrícola familiar, As-sad citou o Programa Agricultu-ra de Baixo Carbono (ABC), que

propõe ações que minimizem as emissões de gases causado-res do efeito estufa. Essas me-didas têm o objetivo de evitar e, sobretudo, não intensificar os problemas já existentes, de-correntes das mudanças climá-ticas. O programa tem vigência de 2010 a 2020 e oferece linhas de crédito.

Para o pesquisador, o pro-grama parte da adoção de sis-temas agrícolas (aplicação de técnicas e tecnologias), que podem ser conduzidos tanto por agricultores empresariais quanto por familiares - va-riando a escala das iniciativas. Segundo ele, no caso da agri-cultura familiar, é importante a participação de atores estraté-gicos, no sentido de conscien-tizar as famílias para a adoção desses sistemas.

Entre esses atores estão co-operativas (só de grão, carnes e leite são mais de 900 no Brasil), produtores de sementes (mais de 700 entrepostos), postos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Aters) e universidades com cursos de ciências agrárias (atualmente, há mais de 400, considerando zootecnia e me-dicina veterinária).

Empresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária (Embrapa), Eduardo Assad, um dos pales-trantes do seminário Caminhos para uma Agricultura Familiar sob Bases Ecológicas: Produ-zindo com Baixa Emissão de Carbono, que ocorreu nos dias 13 e 14 de junho, na sede do Instituto Nacional de Coloniza-ção e Reforma Agrária (Incra).

O evento dicutiu as formas de produção agrícola familiar de forma sustentável nos diver-sos biomas brasileiros.

Sobre os efeitos do clima na produção agrícola, o pesquisa-dor da Embrapa, Eduardo As-sad, explicou que a chuva é um dos fatores mais importantes. No caso do Brasil, a quantidade total de chuvas não tem tido al-terações, mas a intensidade das precipitações, sim. Isso resulta no aumento da erosão, na per-da de fertilizantes e em inunda-ções de áreas produtivas - como em áreas ribeirinhas, ocupadas, principalmente, por peque-nos produtores. Assad tam-bém explicou que, em relação ao aumento das temperaturas, deverá haver uma mudança na geografia das produções agrí-colas no Brasil, com o desloca-

AGRONEGÓCIO

O Valor Bruto de Produção (VBP) das lavouras brasileiras neste ano deve somar R$ 271 bilhões, valor 9,8% superior aos R$ 246,9 bilhões registra-dos em 2012. A estimativa foi divulgada nesta em 10 de ju-nho pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (AGE/Mapa).

“Como a safra de grãos 2012/13 está praticamente concluída, restando apenas in-formações das lavouras de in-verno e do milho de segunda safra, o valor da produção da-qui em diante tende a se estabi-lizar, a menos que haja eventos não esperados que possam mu-dar essa tendência”, explicou o coordenador de gestão estraté-gica do Mapa, José Garcia Gas-ques.

A maior parte dos produ-tos pesquisados apresentou aumento real do valor da pro-

Batata-inglesa, laranja e tomate lideram alta do valor da produção brasileira

dução neste ano. Os maiores destaques são a batata-inglesa (31%), a laranja (30,1%) e o tomate (82,3%). Um grupo de sete produtos tem perspecti-va de crescimento menor, mas também expressivo: banana (8,9%), arroz (7,9%), cana-de--açúcar (9,4%), feijão (10,3%), fumo (18,2%), milho (11,8%) e soja (17,1%).

Os resultados dos valores da produção regionais mostram uma ligeira tendência de queda do valor da região Norte, com redução de 0,7% em relação ao ano passado, e de aumen-to no Centro Oeste (2,3%), Sul (27%), Sudeste (14,1%) e Nor-deste (9,7%). “Importante des-tacar que os aumentos de valor da produção esperados no Sul e Sudeste devem-se principal-mente ao desempenho desfa-vorável dessas regiões no ano passado”, ressalta Gasques. Ainda de acordo com ele, o re-

sultado do Nordeste deve-se às perdas na região devido à seca, principalmente em relação ao milho.

O resultado leva em conta os levantamentos da safra de março realizados pela Com-panhia Nacional de Abasteci-mento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-

tística (IBGE), além dos preços pagos aos produtores.

Como o VBP mede a evolu-ção do desempenho das lavou-ras ao longo do ano, é normal que as mudanças dos preços dos produtos e as quantidades previstas de produção afetem os valores do estudo feito men-salmente.

A Companhia Nacional de Abastecimento vai inves-tir cerca de R$ 1,8 milhão na reforma de três Unidades Ar-mazenadoras (UAs) em São Paulo. Em todo o país, serão investidos R$500 milhões para melhorar a armazena-gem dos estoques públicos. Serão reformadas 84 unida-des e construídas outras 10. A medida foi anunciada duran-te a divulgação do Plano Agrí-cola e Pecuário2013/2014.

Serão modernizados em São Paulo os armazéns de Bauru, Garça e Bernardino de Campos. A soma da capa-cidade passível de utilização dessas unidades atualmente é de 83 mil toneladas e, com a reforma, ela atingir pelo me-nos 140 mil toneladas.

ESTOQUES PÚBLICOS

Conab reforma 3 armazéns em SP

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junho de 2013 15Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

ESALQ

A Syngenta partici-pa da 20ª Hortitec, de 19 a 21 deste mês, em Holambra (SP), com duas novidades em seu estande de frutas e ve-getais: a presença da área de Lawn & Garden (jardinagem e manejo de pragas urbanas) da empresa e a realiza-ção em seu espaço do Hortifruti Brasil, tra-dicional evento de ca-pacitação promovido pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultu-ra “Luiz de Queiroz”) da Universidade de São Paulo.

O objetivo é ampliar a oferta de informações e serviços em um mes-mo espaço, otimizando o atendimento de uma série de demandas do público visitante, so-bretudo agricultores envolvidos com culturas como tomate, cebola, batata, milho doce, pi-mentão, alface e melan-cia. “Além de produtos e soluções para hortaliças e frutas, mostraremos novidades de Lawn & Garden, como a linha de jardinagem domésti-ca Resolva. O Hortifrúti Brasil, do Cepea, por fim, terá uma programa-ção de palestras sobre tendências do mercado hortifrutícola”, explica Tércio Tosta, gerente de Marketing de Frutas e Vegetais da Syngenta.

Syngenta recebe palestras promovidas pelo Cepea na 20ª Hortitec

O cronograma de desliga-mento do sinal analógico de TV no Brasil começará em março de 2015 e vai se estender até 2018. O ministro das Comu-nicações, Paulo Bernardo, in-formou que a Presidência da República concordou com a proposta e a publicação do de-

creto deve ocorrer ainda este mês.

A previsão inicial era de que o desligamento do sinal analó-gico e a migração para o sinal digital ocorreria integralmente em 2016. E o ministro garantiu que flexibilização do calendário de desligamento da TV analógi-

ca não afetará o leilão da fre-quência de 700 MHz, que será destinada à tecnologia 4G.

“A televisão tem de ser di-gitalizada para sobrar a frequ-ência de 700 MHz. Vamos an-tecipar a liberação da faixa nos grandes centros e depois, gra-dativamente, nas outras cida-

des. Na maior parte dos muni-cípios, cerca de 4,2 mil, não tem nenhuma emissora ocupando essa faixa. Já nas grandes cida-des, o espectro está completa-mente tomado”, destacou.

Depois da publicação do decreto, o Ministério das Co-municações vai divulgar uma

portaria com detalhes sobre o cronograma do desligamento. A migração para o sinal digital vai começar pelos grandes centros urbanos. A previsão é de que tenha início em Brasília, em março de 2015, e na sequência inclua São Paulo (abril) e Rio de Janeiro (maio).

Desligamento da TV analógica começa em março de 2015

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16 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

INFRAESTRUTURA

O Índice de Preços ao Consu-midor Semanal (IPC-S) teve alta de 0,43%, na segunda prévia de junho, o que representa um recuo de 0,05 ponto percentual sobre o resultado da apuração anterior (0,48%). A pesquisa, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que cinco dos oito grupos pesquisados indicaram queda no ritmo de correções.

O principal decréscimo foi registrado em alimentação (de 0,65% para 0,41%), que teve in-fluência das hortaliças e dos le-gumes (de -0,78% para -3,01%). Também houve elevação média dos preços com taxa inferior à medição passada nos grupos ves-tuário (de 1,12% para 0,73%) com destaque para as roupas (de 1,23% para 0,82%); saúde e cui-dados pessoais (de 0,60% para 0,53%) sob efeito dos medica-mentos em geral (de 0,54% para 0,33%); educação, leitura e recre-ação (de 0,35% para 0,27%), com o impacto da redução no valor cobrado em ingressos para show musical (de 1,23% para -0,83%) e comunicação (de 0,27% para 0,20%), com os pacotes de telefo-nia fixa e internet (de 1,03% para 0,39%).

Nos demais grupos ocorreram avanços: transportes (de 0,01% para 0,19%), puxado pela tarifa de ônibus urbano (de -0,13% para 1,12%); habitação (de 0,59% para 0,63%), com a tarifa de eletrici-dade residencial (de -0,70% para -0,23%) e despesas diversas (de 0,01% para 0,05%), com o serviço religioso e funerário (de -0,71% para -0,15%).

Os cinco itens de maior influ-ência na variação do IPC-S desse período (semana encerrada em 15/06) foram: mamão papaya (de 30,83% para 18,77%); aluguel re-sidencial (de 0,89% para 0,87%); tarifa de ônibus urbano (de -0,13% para 1,12%); refeições em bares e restaurantes (de 0,64% para 0,50%) e leite tipo longa vida (de 3,68% para 3,58%).

Inflação diminui sob a influência da queda de preços de hortaliças e legumes

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junho de 2013 17Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Da mesma forma que o Brasil fez uma revolução na agricultu-ra, com aumento médio anual de 3,7% na produtividade nos últimos 20 anos, agora é neces-sária uma revolução na parte de logística e infraestrutura para re-solver os gargalos que dificultam o escoamento da safra e faz com que um container de grãos pos-to no porto custe US$ 1.790,00, contra US$ 690,00 dos nossos concorrentes mundiais.

Enquanto a capacidade de armazenagem nas fazendas dos EUA gira em torno de 55%, Brasil tem apenas 15%

A avaliação é de Luiz Car-los Corrêa Carvalho, presiden-te da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), e foi feita durante o seminário “Os Cami-nhos do Agronegócio – Oportu-nidades de Investimento”.

“Nós, da Abag, estamos trabalhando para que 2013 seja o ano da ruptura dos pro-blemas de logísticas que tanto tem prejudicado o agronegó-cio brasileiro. Exatamente por esse motivo, queremos debater como promover uma revolução na área de logística semelhante a que conseguimos fazer com o aumento da produção e da produtividade no agronegócio”, afirmou Carvalho.

Apesar de estar mais espe-rançoso em razão das recentes medidas anunciadas pelo go-verno, como por exemplo, os investimentos programados para a construção de ferrovias, rodovias e armazéns, assim como com a recém-aprovada Lei dos Portos, Carvalho não espera solução no curto prazo.

“Acredito que, se todos os investimentos se concre-tizarem, começaremos a ver resultados positivos a partir de 2015”, afirmou. “A recente mudança no marco regulató-rio dos portos deve acelerar as transformações e incenti-var uma maior participação da iniciativa privada no setor”, comentou Olivier Girardi, sócio da Macrologística Consultoria Empresarial, que falou sobre Investimento em Infraestru-tura de Transporte durante o seminário.

Os debates contaram ainda com as participações de Ede-on Vaz Ferreira, coordenador executivo do Movimento Pró--Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). Ele chamou a atenção para a enor-me deficiência em termos de armazéns, sobretudo nos esta-dos produtores de grãos. “Só no Mato Grosso, temos um dé-ficit de 29% em armazenagem”, afirmou Ferreira.

A avaliação crítica sobre os problemas de armazena-gem do País foi referendada também por outro palestrante, Carlos Alberto Nunes Batista, secretário executivo da Câma-ra Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Se-gundo Batista, enquanto a capacidade de armazenagem nas fazendas dos Estados Uni-dos gira em torno de 55%; no oeste canadense chega a 85% e na Argentina alcança o nível de 45%, no Brasil não passa dos 15%. “Para corrigir essa situa-ção, nós do Ministério da Agri-cultura estimamos que hoje serão necessários investimen-tos da ordem de R$ 16 bilhões”, informou.

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18 Internacional JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

PAULO FERNANDO

PAULO FERNANDO

A produção mexicana de tomate na safra 2013-14 deve crescer moderadamente. Contu-do, mudanças no status do acor-do de suspensão firmado entre produtores dos EUA e México podem arruinar essa previsão.

Lançado no início deste mês, o relatório anual do Departa-mento de Agricultura dos EUA (USDA) sobre as perspectivas para o tomate mexicano pre-vê que sua produção crescerá 4,5%, atingindo 2,3 milhões de toneladas.

A área plantada é estimada em 52,5 mil hectares, um au-mento de 3% em relação à safra anterior, e uma queda de 1% em relação à safra 2011-12. Segun-do o documento, as exportações continuarão estáveis e devem chegar a 1,4 milhão de toneladas.

“As estimativas publicadas indicam que a produção será boa e os agricultores terão mais certeza em relação ao mercado norte-americano e ao funciona-mento do Acordo de Suspensão do Tomate”, escreve Dulce Flo-res no relatório do USDA.

Os produtores mexicanos assinaram um novo acordo do gênero com o Departamento

Produção de tomate deve crescer 5% no MéxicoDuras negociações com os EUA resultam em embarques-piloto para o Brasil, Argentina, Chile e Uruguai

de Comércio dos EUA, em vigor desde março, para a fixação de preços mínimos mais elevados para os embarques de tomates ao país vizinho.

Esse novo acordo também remove a ameaça de uma ação antidumping dos agricultores norte-americanos contra o Mé-xico. Entretanto, a Bolsa de To-mate da Flórida questiona sua legalidade na Corte de Comér-

cio Internacional dos EUA. “É muito cedo para espe-

cular sobre a área plantada e a produção de tomate no Méxi-co”, avalia Geoge Gotsis, dono da Omega Produce, no Arizona. “O novo preço mínimo de US$ 8,40 por caixa – acima dos US$ 5,95 previstos no acordo ante-rior – pode deixar os exporta-dores mexicanos vulneráveis à subcotação dos preços pelos

comerciantes da Flórida na próxima safra”, alerta o empre-sário, lembrando que o plantio do tomateiro começará na se-gunda quinzena de julho.

A campanha de comerciali-zação do tomate mexicano na safra 2012-13 foi caracteriza-da pela redução da área plan-tada e problemas climáticos, aponta o relatório do USDA. A produção foi de 2,2 milhões de

toneladas, ante as 2,6 milhões de toneladas produzidas no período 2011-12.

Segundo o documento, a queda da área plantada se deve, em parte, à incerteza sobre o futuro do Acordo de Suspensão do Tomate. Nos últimos anos, a produção mexicana vem cain-do, mas os lucros dos produto-res seguem em linha ascenden-te, por causa da intensificação do cultivo protegido.

Plantações em estufas e áreas sombreadas estão con-centradas em Sinaloa, Baixa Califórnia e Jalisco, mas tam-bém existem operações dessa natureza nos estados de Coli-ma, México, Hidalgo, Michoa-cán, Querétaro, San Luis Poto-sí, Sonora e Zacatecas.

Em função das duras nego-ciações com os EUA, o relatório do governo norte-americano diz que os agricultores mexica-nos procuram novos mercados. Os exportadores têm forneci-do tomate para a China, Hong Kong e Panamá. Eles também estão realizando embarques--piloto para o Brasil, Argenti-na, Chile, Uruguai e outros paí-ses asiáticos.

Para reduzir o trânsito de mercadorias e melhorar a quali-dade dos produtos frescos ofer-tados em suas lojas, a rede vare-jista Walmart decidiu ampliar a aquisição direta de FLV do pro-dutor. A ordem na companhia é “cortar o intermediário”.

O anúncio a respeito do aprofundamento dessa política de compras adotada nos últi-mos anos foi feito em 3 de junho durante teleconferência. Toda-via, o supermercado diz que não pretende prescindir totalmente dos atacadistas.

Segundo o vice-presidente de produtos de mercearia do Walmart nos EUA, Jack Sinclair, a empresa planeja trazer da roça 80% das frutas, hortaliças e legumes ofertados em seus milhares de estabelecimentos. “Os outros 20% serão supridos por atacadistas locais, pois eles desempenham um papel muito

importante para nós nas áreas em que atendemos”, disse.

Danit Marquardt, diretor de comunicação corporativa da empresa, lembrou que a série de esforços realizados recen-temente e nos últimos anos in-clui a abertura de escritórios de compras nas regiões produto-ras e melhorias em transporte e logística. O executivo também ressaltou que a companhia não tem intenções de alterar a forma atual de relacionamento com os atacadistas.

“Estamos trabalhando mais diretamente com os produtores para reduzir o tempo de trânsito dessas mercadorias e estimular a produção mais rápida”, explicou.

Recentemente, a multina-cional lançou uma nova campa-nha de marketing – Fresh Over – para suas operações com pro-dutos frescos, na qual reforça a garantia de 100% de satisfação

para o consumidor que adquire FLV em suas lojas. Em caso de insatisfação com a qualidade do produto, o cliente só precisa devolver sua embalagem para receber o dinheiro de volta.

O Walmart também insti-tuiu um programa de formação para 70 mil gerentes e outros colaboradores enfatizando as boas práticas de manuseio e merchandising de hortifrutíco-las. De acordo com empresa, a Escola de Produtos Frescos vai ajudar os funcionários a identi-ficar itens que precisam ser re-movidos das prateleiras.

“Nós estamos tentando ga-rantir que cada nível de gestão tenha esse treinamento, para que nossos colaboradores pos-sam verificar a qualidade dos alimentos frescos e retirá-los das áreas de vendas quando isso for necessário”, acrescentou Sinclair.

VAREJO

Walmart quer ‘cortar o intermediário’ de FLVEntretanto, nova política de compras da multinacional não deixa atacadistas fora do rol de fornecedores

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junho de 2013 19Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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20 Evento JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

O bom desempenho setor de frutas e a alta dos preços de boa parte dos produtos agríco-las impulsionaram a aquisição de novos veículos comerciais na 12ª edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Horti-frutícolas.

A avaliação é do diretor de marketing do evento, Alexan-dre das Neves, para quem o re-sultado positivo da Femetran, realizada de 21 a 24 de maio no entreposto de São Paulo da Ceagesp, também se deve às políticas governamentais de

Mercado aquecido favorece negócios na FemetranFeira traz à Ceagesp caminhões mais econômicos e menos poluidores para o transporte FLV

estímulo à renovação da frota nacional.

“Além dos caminhões pesa-dos e semipesados, as vendas de modelos VUCs (Veículos Urbanos de Carga) movimen-taram a feira”, diz o executivo, ao ressaltar que o volume esti-mado de negócios fechados na mostra anual é R$ 20 milhões.

“Muitas vendas também são prospectadas durante a semana da Femetran e acabam sendo fechadas no decorrer do ano, tanto em São Paulo quanto em outras localidades, já que o

nosso público visitante é prove-niente de todo o Brasil e outros países do Mercosul”, acrescen-ta.

Com o objetivo de mostrar as mais modernas tecnologias de transporte e manutenção de veículos, a Femetran exibiu, mais, todas as inovações neces-sárias ao correto escoamento da produção agrícola brasileira.

Segundo as indústrias, 2013 deverá ser o segundo melhor ano da história para o mercado de caminhões no Brasil. “Incen-tivar a renovação da frota sem-

pre foi a meta principal da ex-posição realizada na Ceagesp. Ao longo de suas 12 edições, a feira vem criando novas pos-sibilidades de investimentos para a aquisição de veículos modernos e menos poluidores”, lembra o diretor comercial do evento, Felipe de Jesus.

Os expositores da edição deste ano mostraram produ-tores, permissionários, super-mercadistas, feirantes e trans-portadores de frutas, legumes, verduras, flores e pescados que operam em Centrais de Abas-tecimento (Ceasas) os mais re-

centes avanços do setor, como os veículos menos poluentes e mais econômicos com motori-zação Euro 5.

E todas as montadoras sa-íram satisfeitas com os resul-tados obtidos na Ceagesp. “Ti-vemos um público maior em relação aos anos anteriores e todas as marcas que expuse-ram suas tecnologias na feira já manifestaram interesse em participar da próxima edição”, informa.

VEJA AS FOTOS >>>

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junho de 2013 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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22 Controle JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

Estudos sobre a epidemiolo-gia, ou seja, o comportamento da maior ameaça atual à citricultu-ra mundial, a doença greening, e de seu inseto vetor deram ao jovem fitopatologista Renato Beozzo Bassanezi, pesquisador científico do Fundo de Defesa da Citricultura, o Fundecitrus, o título de Engenheiro Agrônomo Destaque da Citricultura 2013. A homenagem foi feita em 6 de junho, durante a 35ª Semana da Citricultura, realizada pelo Cen-tro de Citricultura Sylvio Mo-reira (CCSM), em Cordeirópolis (SP).

Pesquisas sobre greening rendem reconhecimento a fitopatologistaRenato Bassanezi, do Fundecitrus, é homenageado durante a Semana da Citricultura

Cristina RappaDo Sou Agro

As pesquisas de Bassanezi mostram como a doença está progredindo, o que permite ela-borar as estratégias de manejo para reduzir seu ritmo de cres-cimento. “Como ainda não se tem cura para o greening, o ob-jetivo é diminuir o ritmo de sua expansão, para que se tenha um pomar rentável até certa idade e, como isso, menos perdas”, ex-plica o especialista.

Doença transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri, o gre-ening veio da Ásia (daí a origem de seu outro nome, Huanglon-gbing) e desde meados da dé-cada passada causa prejuízos aos pomares dos dois maiores produtores de citros do mundo:

EVENTOS

De 27 a 30 de junho, a Bienal do Ibirapuera vai abrigar a nona edição da feira Bio Brazil Fair | BioFach América Latina e receber a visita de profissionais liga-dos a farmácias, lojas especializadas, supermercados, clínicas, hospitais, spas, resorts, restaurantes, agrôno-mos e outros.

Nos dois últimos dias, 29 e 30, o evento será aberto também ao público, com possibilidade de comprar os produtos diretamente dos expositores.

Data: 27 a 30 de junhoHorário: 27 a 29/06 das 11h às 20h | 30/06 das 11 às 19 horas Local: Pavilhão da Bienal do IbirapueraTwitter: @biobrazilfairFacebook: BioBrazilFair

Além de cursos, palestras, oficinas e eventos exclusi-vos, o 22º Enflor e a 10ª Garden Fair contarão com uma ampla feira de negócios, na qual os participantes po-derão conferir tendências e conhecer o que há de mais inovador em flores e plantas ornamentais, embalagens, presentes, ferramentas, acessórios de arte floral em ge-ral, gramas, mudas, sementes e forrações, jardineiras, móveis para jardins, pisos, pedras e seixos ornamentais, piscinas, vasos, luminárias, mangueiras, ferramentas, máquinas, sistemas de irrigação, defensivos, adubos e miniestufas.

Data: 14 a 16 de JulhoLocal: Recinto da Expoflora / Al. Maurício de Nassau, 675, Holambra – SP - Fone: (19) 3802-4196www.enflor.com.br/2010/index.asp

A Embrapa Instrumentação promove em São Carlos, no interior de São Paulo, a terceira edição do Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças, entre os dias 19 e 23 de agosto. O curso busca a integração de produtores, atacadistas, varejistas, técnicos e especialis-tas na cadeia produtiva.

A programação prevê atividades teóricas e práticas, incluindo excursões técnicas. O objetivo é contribuir na capacitação desse público visando à aplicação de tecno-logias que minimizem perdas e ampliem a aplicação de melhorias no setor.

Data: 19 a 23 de agostoLocal: São Carlos – SP / Fone: (16) 2107-2801Site: poscolheita.cnpdia.embrapa.brEmail: [email protected]

Bio Brazil FairFeira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia

Julho: 22º Enflor e 10ª Garden Fair Feira de negócios

3º Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutase Hortaliças

os estados da Flórida, EUA, e de São Paulo, no Brasil. Levanta-mento amostral realizado pelo Fundecitrus indica que 6,9% das árvores e 64% dos talhões dos pomares paulistas estão in-fectados.

Instituições como o CCSM/IAC e o Fundecitrus têm desen-volvido pesquisas para o de-senvolvimento de uma planta transgênica resistente à doença, mas, até que se chegue a resul-tados positivos e que ela seja aprovada para cultivo comercial pelos órgãos regulatórios, o ma-nejo adequado é a única forma de controle de sua expansão.

E esse manejo deve ser cole-tivo e regional, destaca Bassane-

zi, pois de nada adianta um ci-tricultor controlar a infestação dos insetos vetores, os psilíde-os, em seu pomar, se seus vizi-nhos não o fizerem.

Outra recomendação para a eficácia desse controle é que todos os vizinhos atuem no controle do psilídeo ao mesmo tempo, para evitar que alguns pomares se tornem áreas de refúgio do inseto. “Nessa hora, agir coletivamente é a única so-lução”, ensina o especialista.

Reduzir a população de psi-lídeos antes que haja condições favoráveis para sua multipli-cação, ou seja, durante o perí-odo de dormência das plantas, antes do início das brotações,

tem sido eficaz para evitar que as populações do inseto cres-çam rapidamente. E as inspe-ções têm apontado que janeiro e agosto são os meses-chaves para o controle do inseto por meio de pulverizações com in-seticidas químicos e biológicos.

Outras medidas de controle da doença são o plantio de mu-das sadias e a eliminação das árvores muito afetadas para não servirem de fonte de contami-nação de plantas saudáveis, afir-ma Bassanezi, que classificou a homenagem recebida como “muito motivadora”. “É sempre gratificante saber que seu tra-balho está sendo reconhecido e aplicado”, diz.

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junho de 2013 23FitossanidadeUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Ao menos desde 1962, com a publicação do livro Silent Spring, de Rachel Carson, os pesticidas vêm sendo atacados implacavel-mente por ambientalistas de toda ordem. Correntes médicas aos poucos foram fazendo coro. Para os meios de comunicação tem sido um prato cheio para promo-ção de discussões. Nesse contexto, prevalece a desinformação em detrimento da ponderação cien-tífica. Sobressai uma postura fun-damentalista.

No Brasil a exacerbação che-gou a tal ponto que esses produ-tos deixaram de significar agen-tes controladores das pragas que diminuem nossas colheitas de alimentos e passaram a ser cha-mados pejorativamente de “tó-xicos do agronegócio”, e o Poder Legislativo entrou na onda e criou a Lei 7.802/1989, a Lei dos Agro-tóxicos.

No seio da sociedade, toda essa catarse transformou-se em abjeção aos agrotóxicos, com tal intensidade que o terror imagina-do estremece os neurônios e afeta

Eng. Agr. Tulio Teixeira de OliveiraDiretor Executivo da AENDA

A síndrome dos agrotóxicossensivelmente a capacidade de raciocínio lógico, e, a reação psi-cossocial resultou no surgimento de uma nova doença, a síndrome dos agrotóxicos.

A sintomatologia da nova do-ença ainda não está descrita ofi-cialmente nos meios acadêmicos da medicina, mas foram relatados casos de confusão mental (a pes-soa fala e ninguém entende), his-terismo (agressividade de causa desconhecida), isolamento social, medos inexplicáveis e até desju-nhos em eventos correlacionados ao tema. Leiam a seguir situações que corroboram a tese dessa sín-drome.

Reserva terra grande-pracuúba:

O ICMBio ao editar a Portaria 153/2013 para elencar as ativi-dades de gestão desta Reserva instituída no interior do Pará, estabeleceu regras para a aber-tura de roças de até 20 tarefas (mais ou menos, 3.700m2), e, entre elas, a proibição do uso de agrotóxicos nessas roças. O(s) autor(es) de tal norma ainda complementou(aram): “Em casos

extremos de surtos de pragas em que há risco de perda total da la-voura, sempre buscar alternativa de produtos naturais e em últi-mo caso, usar agrotóxicos, desde que autorizado previamente pelo ICMBio”. É ou não é um transtor-no delirante?

Reunião de pesquisadoresde agrotóxicos:

Curitiba, 29 a 31 nov 2012 – pesquisadores de empresas prestadoras de serviços de pes-quisa e de estações experimentais tiravam dúvidas com técnicos do Ministério da Agricultura sobre as regras a que estão condicionados pela Instrução Normativa Con-junta 25/2005 e pela Instrução Normativa 36/2009 (modificada pela IN 42/2011), quando surgiu a questão do fracionamento do produto de sua embalagem origi-nal para frascos com quantidades a serem usadas em parcelas no campo, conforme desenho do ex-perimento. Pesquisadores infor-maram que já foram até autuados por fiscais do MAPA por promo-verem esse lógico e necessário fracionamento. O MAPA informou

que não era possível fracionar, em razão de dispositivos do próprio Decreto 4074/2002. Aqui a do-ença, presente em forma latente, ressurgiu como transtorno neuró-tico e confusão mental. O Decreto 4074 não permite o fracionamen-to para comercialização de produ-tos; e, mesmo que impedisse para pesquisa, a atitude socialmente sensata seria propor alteração na legislação, por erro material.

Mesa de controvérsia sobre agrotóxicos - consea:

Nos dias 20 e 21set2012 o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, órgão assessor da Presidência da Repú-blica, subscrito por 19 Ministros e apenso ao Ministério do De-senvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil, organizou esse evento, onde desfilaram pales-trantes com enfoque previamente conhecido contra os agrotóxicos e nenhum a favor. Durante o evento foram distribuídos documentos, como “Os Impactos dos Agrotó-xicos na Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA”, “Agrotó-xicos no Brasil – Um Guia para

Defesa da Vida”, Dossiê Abrasco – Um Alerta sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde”, “Cor-del – A Maldição dos Agrotóxicos” e “Uma Compilação de Matérias Contra os Agrotóxicos – CONSEA”.

Ou seja, uma importante reu-nião governamental organizada de forma unidirecional e secre-tariado pela própria Ministra Tereza Campelo. Com certeza foi um surto da doença ocorrido em Brasília, onde as pessoas acome-tidas manifestaram transtornos delirantes.

RIO + 20: Durante a Confe-rência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, ocorrida em 2012 no Rio de Ja-neiro/RJ, um grande grupo de ativistas do MST e da VIA CAMPE-SINA invadiu e depredou parte do estande da CNA, justamente onde as informações sobre insumos agrícolas estavam expostas, inclu-sive os agrotóxicos. Claramente, o grupo sofria de transtorno de conduta que levou ao histerismo e conseqüente violência.

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LOGÍSTICA REVERSA EMBRAPA

O Sistema Campo Limpo encaminhou para o destino ambientalmente correto, entre janeiro e maio, 17.250 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos em todo o país. A quantidade representa um cresci-mento de 4% em relação ao mesmo período de 2012.

Segundo o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), a expressividade dos índices, bem como a forte integração dos elos da cadeia produ-tiva, colocam o sistema de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas como um exemplo de sucesso na gestão de resíduos sólidos no país.

De acordo com o levantamento do ins-tituto, os estados que mais encaminharam para a destinação final foram: Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, que juntos correspondem a 70% do to-tal retirado do campo no Brasil.

O Rio Grande do Norte, Piauí e Rondô-nia obtiveram os maiores crescimentos per-centuais no período analisado. “Esse setor pioneiro já retirou do meio ambiente mais de 250 mil toneladas do material em pou-co mais de dez anos de operação”, destaca o presidente da entidade, João Cesar Rando.

Cresce recolhimento de embalagens de agrotóxicos

Um sistema integrado de banco de da-dos desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária para o Departamento de Sani-dade Vegetal (DSV), da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), busca fa-cilitar os processos de análises de risco de pragas que atacam os produtos vegetais. O BD Pragas e o WikiPragas gerenciam os dados le-vantados, em nível mundial, das pragas asso-ciadas às principais culturas de interesse do agronegócio brasileiro.

A importação de produtos vegetais que são potenciais disseminadores de pragas é normatizada pela Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais (CIPV), a qual está vinculada ao Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS, sigla em inglês) da Orga-nização Mundial do Comércio (OMC). As Aná-lises de Risco de Pragas (ARP) são procedi-mentos legais aprovados por todos os países integrantes da CIPV, e nacionalmente execu-tadas pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária do País.

Os objetivos são conhecer o risco de intro-dução de pragas perigosas associado à impor-tação de produtos vegetais e indicar medidas para baixar o risco a um patamar aceitável.

Pesquisadores informatizam análises de risco de pragas agrícolas

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24 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

Quem são os

O estudo dos clientes da Ceasa paulistana - Entreposto Terminal de São Paulo fez parte dos trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Qua-lidade em Horticultura da Ceagesp em 2005, 2008 e 2011. A Secretaria de Logística e Transportes de São Paulo fez a pesquisa em 2012 com o apoio da Ceagesp.

Foram entrevistados 561 com-pradores em 2005, 218 em 2008 (parceira com a SECME), 113 em 2011 e 673 em 2012.

Os equipamentos de destino fo-ram divididos em: varejo tradicio-nal, varejo de rua, atacadista, dis-tribuidor, serviço de alimentação e outros.

O varejo tradicional é composto pelo varejo especializado (varejões, sacolões, quitandas e frutarias) e pe-los supermercados. O varejo de rua é composto por ambulantes e feiran-tes. O setor de alimentação abrange bares, restaurantes, lanchonetes, ca-sas de suco, hotéis, refeições coleti-vas e navios.

Aqui estão algumas conclusões:

• Crescimento da participação do varejo tradicional de 35% em 2005 para 49% em 2012

• Diminuição da participação do va-rejo de rua (feirantes e ambulantes) de 35% em 2005 para 26% em 2012

• Crescimento da participação do atacado de 3% em 2005 para 6% em 2012• Diminuição da participação no nú-mero de compradores do serviço de alimentação e distribuição de 23% em 2005 para 16% em 2012

• Os supermercados representaram no varejo tradicional 54% em 2005 e 51% em 2012. A participação do varejo especializado cresceu.

• As feiras representaram 91% do

varejo de rua em 2005 e 83% em 2012. A participação dos ambulan-tes cresceu.

• A origem dos compradores mu-dou ao longo dos anos. O principal destino dos clientes continua sendo o Município de São Paulo, seguida pelos outros municípios da Região Metropolitana de São Paulo, que perderam participação de 79% em 2005 para 74% em 2012. Houve um crescimento daparticipa-ção das cidades do Interior de São Paulo de 11 para 15% e de outros estados brasileiros de 9% em 2005 para 11% em 2012.

• A participação de compradores que retornam com caixa vazia caiu de 90% em 2005 para 38% em 2012.

• O número médio de dias de com-pra não variou entre 2005 e 2012 – 3,5 dias. O número médio de horas de estadia cresceu de 6 horas em 2005 para 7,5 horas em 2012.

• O perfil das reclamações dos com-pradores mudou muito entre 2005 e 2011.

A infraestrutura deficiente con-tinua em 1º lugar, mas caiu de 68% para 49% do número de reclama-ções e a sujeira passou de 0,5% para 22%.

A falta de segurança que, em 2005, participou com 17% das re-clamações – não foi citada em 2011, o transito e a falta de organização não citados em 2005, foram respec-tivamente para 11% e 5% em 2011.

Não houve reclamações da por-taria que em 2005 teve 11% de participação e o horário de funcio-namento foi responsável por 2% das reclamações em 2005 e por 6% em 2011.

Foram realizados também levan-tamentos com os atacadistas e os resultados serão publicados no pró-ximo mês.

Sabrina Leite OliveiraCláudio InforzatoFanaleAnita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

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? ?? Fundada em 1984, a APAE de Caja-mar atende 113 alunos com idades entre 6 e 60 anos e oferece ensino nos níveis infantil, fundamental, educação para jo-vens e adultos, além de oficina profissio-nalizante.

Com sede própria em uma área de mais de três mil metros quadrados, a instituição também presta serviços am-bulatoriais como: fisioterapia, fonoau-diologia, psicologia, terapia ocupacional e acompanhamento com neurologista.

A APAE de Cajamar atende pessoas com deficiência intelectual e diversas síndromes associadas. Os alunos rece-bem lanche da manhã, almoço e lanche da tarde. Os familiares também são as-sistidos pela entidade.

Informações:Telefone: (11) 4447-4555E-mail: [email protected]

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Telefones: (11) 3643 - 3832 / 3850 / 3929 Nextel: 55*45*4964E-mail: [email protected]

Resumo BCA - Maio / 2013 Cinco alimentos mais doados

1. Melão2. Laranja3. Tomate 4. Alface5. Abobrinha

Cinco maiores doadores

1. Pauli Comércio Imp. 2. TF3. Shin4. Santo Antonio5. Minas Douradas

Volume de doações recebidas:163.035 toneladas

Descarte BCA: 13.021 toneladas

Volume de doações distribuídas:150.014 toneladas

Total de Permissionários doadores:41

Total de Entidades beneficiadas: 113

APAE de Cajamar recebe doações do BCA

BCA

Existem muitas ferramentas de au-tomação comercial e elas estão sendo adotadas por empresas de todo o mun-do. O setor de produtos hortícolas fres-cos (frutas, hortaliças, flores e plantas ornamentais) utiliza muito pouco estas ferramentas. Está claro que não existe volta no processo de automação comer-cial e que temos que nos adequar.

O setor de flores é a ‘ponta de lan-ça’ na adoção da automação comercial. É possível observar a utilização de di-ferentes tecnologias de automação co-mercial como código de barras, RFID e QR Code.

O RFID é um chip implantado na embalagem que permite a gestão do retorno de embalagens reutilizáveis e uma participação menor da embala-gem no custo do produto.

O QR Code permite a aproximação do consumidor com o produtor. Uma fotografia do código pelo celular (smar-tphone) remete o consumidor à página eletrônica do produtor, com fotografias, informações sobre o produto – proprie-dades e cuidados.

O código de barra permite a auto-mação das operações comerciais – con-trole de estoque, de destino, rastreabi-lidade e prevenção de problemas.

Através dessas ferramentas os pro-dutores que enviam suas flores para a Ceagesp tem como saber como, quan-do, onde e por quem seu produto está sendo comercializado dentro do Entre-posto Terminal de São Paulo, fazer o controle do retorno das suas embala-gens e se comunicar com ocliente final dos seus produtos.

Maiores informações podem ser obtidas na página eletrônica da GS1.

Flores dão exemplo de modernizaçãoLisandro Michel BarreirosCentro de Qualidade em Horticultura

Page 25: Je junho 2013

junho de 2013 25Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 26: Je junho 2013

26 Ciência Agrícola JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013

ALIMENTAÇÃO CEAGESP

Inverno chega com novidades no Festival de Sopas

Uma das pimentas mais apreciadas pelos brasileiros, de picância e aroma suaves, é foco de pesquisa que está sendo re-alizada na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) e no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (USP/CENA).

A qualidade e os fatores que afetam a conservação da Capsi-cum baccatum var. Pendulum, conhecida popularmente como ‘Dedo-de-Moça’, ainda são pou-co conhecidos, embora seu valor nutricional, econômico e social no Brasil e no mundo seja de grande importância.

O estudo, que tem como ob-jetivo prolongar a vida útil da pimenta in natura e em polpa pelo uso da irradiação, trabalha com a hipótese de que a técnica de irradiação, com aplicação da radiação gama é eficiente para aumentar a vida útil, com altera-ções mínimas na qualidade sen-

Estudo busca prolongar vida útil da dedo-de-moçaUso da técnica de irradiação é eficiente e resulta em alterações mínimas na qualidade sensorial e nutricional

sorial e nutricional de pimenta. “As pimentas do gênero Cap-

sicum estão entre as especiarias mais consumidas e mais valo-rizadas na culinária mundial como temperos. Pesquisas tem indicado a irradiação como uma técnica economicamente viável, bem como fisicamente segura para a conservação de alimen-tos”, explica a doutoranda Regi-na Célia Rodrigues de Miranda Milagres. Dois fatores influen-ciaram a pesquisa desenvolvida por ela.

O primeiro, é que as pimen-tas são comercializadas, geral-mente, na forma de conservas, molhos e desidratadas. Esses produtos são, normalmente, adicionados de sal ou outros conservantes químicos que, se consumidos em grandes quan-tidades, podem ser nocivos à saúde. Dessa forma, a utilização de polpa de pimenta pura será uma alternativa para o consu-

midor que busca por produtos mais saudáveis. Um segundo, se deu por conta de que as con-servas e os molhos de pimenta, geralmente, passam por proces-

samento térmico, o que pode contribuir para a redução do valor nutricional e sensorial. Assim, espera-se que o uso da técnica de irradiação prolongue a vida útil da polpa de pimenta sem causar grandes perdas nu-tricionais.

Foram realizados testes para determinar a dose ideal de irra-diação a ser empregada na pi-menta in natura e em uma polpa elaborada a partir da pimenta dedo-de-moça pura.

“Os frutos recém-colhidos foram selecionados, embalados, irradiados com as doses de 0,00; 0,25; 0,50; 0,75; 1,00; 1,25 e 1,50 kGy (unidade de radiação), armazenados a 5ºC e 25ºC por 15 dias e avaliados quanto às suas características físico-quí-micas (teor de sólidos solúveis, pH, acidez total, titulável, ratio, cor, perda de peso e umidade) e visuais (incidência de doenças, turgidez e cor).

A radiação gama, nas doses estudadas, não foi promissora para conservação da pimenta Dedo-de-Moça in natura. “O fa-tor que mais contribuiu para manter a qualidade das pimen-tas durante a estocagem foi a refrigeração”, justificou a pes-quisadora.

Diante desses resultados, outro foco da pesquisa foi testar a técnica de irradiação na polpa da pimenta, onde foram realiza-dos testes com doses entre 1 e 20 kGy e armazenamento à tem-peratura de 25º. “Os resultados indicaram que as doses de 7,5 a 10 kGy apresentam uma boa resposta quanto a conservação de polpa de pimenta”, comple-mentou. Um próximo passo da pesquisa será a realização das análises físico-químicas, nutri-cionais, microbiológicas e sen-soriais nas amostras que obti-veram os melhores resultados durante esta primeira fase.

Cozinha do Sesi é instalada na Ceasa Campinas

A unidade móvel onde funciona a cozi-nha do Serviço Social da Indústria (Sesi) foi instalada no dia 10 de junho, na Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa). Nela es-tão sendo recebidas as quase 400 pessoas que vão participar dos cursos gratuitos de alimen-tação saudável.

As aulas começaram no dia 11 e vão até 5 de julho e fazem parte da comemoração do aniversário do Banco Municipal de Alimentos de Campinas que está completando 10 anos. O transporte da cozinha, que estava na cidade de São Roque (SP), foi feito por meio de par-ceria com um permissionário da Ceasa, a Alfa Citrus, que cedeu um caminhão.

13 turmas

Ministradas por nutricionistas do Sesi, as aulas são todas práticas e incluem o preparo de receitas e degustação. São quatro temas de cursos com 10 horas de aulas cada, num total de 13 turmas. Os participantes recebem certi-ficado no final do curso.

As vagas esgotaram-se na primeira sema-na de inscrição. Por isso, o Banco de Alimen-tos e o Sesi programaram uma nova turma do curso de alimentação saudável nos dias 5, 12 e 19 de agosto, na cozinha experimental da Ceasa. A Ceasa Campinas fica na rodovia Dom Pedro I, km 140,5, em Campinas/SP.

Canjica, todas as quartas, Creme de Pinhão com CreamCheese, todas as quintas, e Sopa de Chocolate com Frutas, todos os domingos, são as novidades que o Festival de Sopas Ceagesp traz para o inverno, que começa oficialmente na sexta, dia 21. As Sopa de Cebola e Sopa de Cebola Gratinada continuam disponíveis to-das as semanas no cardápio do Festival. Três novos sabores, semanalmente, também conti-nuam substituindo os do período anterior.

Nesta semana, por exemplo (de 19 a 23 de junho - quarta a domingo), entram no cardá-pio a Sopa de Bacalhau com Taioba, Sopa de Mandioca com Costela e Sopa de Tomate com Macarrão, que serão trocadas na semana que vem por outros sabores. Quem quiser acom-panhar mais detalhes e informações sobre o evento pode acessar o site www.festivaldeso-pasceagesp.com.br.

O Festival de Sopas funciona de quarta a domingo nos seguintes horários: às quartas, quintas e domingos, das18h à meia-noite, e às sextas e sábados, das 18h às 2h. Os visitantes podem servir-se à vontade (apenas das so-pas) por R$ 26,90. Também há uma mesa de antepastos (cobrados à parte), várias opções de vinhos de diversas nacionalidades, e de ou-tras bebidas, incluindo sucos e refrigerantes. Café e sobremesa complementam o cardápio.

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junho de 2013 27Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

LEITURA ESPECIALIZADAVÍDEO

Agrícola

Destacar a cultura da culi-nária italiana é uma das op-ções para quem tiver interesse em produzir a nova cultivar de abóbora lançada pela Embrapa Clima Temperado durante a re-alização da 21ª Feira Nacional do Doce (Fenadoce), em Pelotas (RS).

Nova abóbora é opção agroecológica

A BRS Tortéi, como foi de-nominada, é apropriada para o preparo de tortéi – um tipo de massa recheada com creme de abóbora, feito por descendentes da Itália – e também para prepa-ro de vários pratos salgados.

“Cada planta pode produ-zir até 50 abóboras pequenas,

com polpa alaranjada, de con-sistência firme e rica em caro-tenoides”, explicou a pesquisa-dora Lia Barbieri. Ela destacou o tamanho do fruto – com 10 a 15 cm de diâmetro – uma exce-lente opção para consumidores que moram sozinhos ou têm famílias pequenas, por fornecer quantidades correspondentes ao consumo.

“A BRS Tórtei também é ideal para o consumo do fruto inteiro, recheado, em porção individu-al”, lembrou. Inclusive pelo ta-manho reduzido, a nova cultivar de abóbora possui um formato achatado com gomos salientes e a coloração é variada. “A cor da casca dos frutos varia ao longo do tempo após a colheita, desde verde-acinzentado até rosado e alaranjado”, informou.

Segundo a especialista, os frutos maduros também po-dem ser utilizados para decorar ambientes, ser colocados em cestas, recipientes de madeira, vidro ou cerâmica, sobre mesas e aparadores, enfeitando salas, cozinhas e restaurantes. “A du-rabilidade dos frutos podem ser até um ano”, disse.

Ricos em carotenoides, frutos maduros também podem ser utilizados para decorar ambientes

Um alimento bem conheci-do dos brasileiros e nem sem-pre valorizado, a mandioca pode se transformar em um dos principais produtos agríco-las do século 21, se for cultivada em um modelo de agricultura sustentável que satisfaça o au-mento da demanda, defendeu recentemente a Organização das Nações Unidas para a Ali-mentação e a Agricultura (FAO).

Segundo a entidade, que é presidida atualmente pelo brasileiro José Graziano, a pro-dução mundial de mandioca aumentou 60% desde 2000,

sendo opção nutricional para cereais como trigo e milho, cujos preços aumentaram mui-to nos últimos anos, tornando--se pouco acessíveis a popu-lações carentes de países em desenvolvimento.

Com a mandioca é possível produzir uma farinha de alta qualidade, que pode ser usada para substituir à de trigo, por exemplo. Cultivada tradicional-mente por grupos indígenas na América Latina, ela espalhou-se pelo mundo e agora faz parte da dieta cotidiana em alguns países.

FAO defende mandioca como alimento do século 21

A mandioca é um produto com múltiplos usos e da qual toda a planta pode ser utilizada com diferentes finalidades, ser-vindo de alternativa de renda, de base alimentar, e que se culti-vada de forma adequada permi-te uma maior sustentabilidade dos sistemas de produção.

No entanto, a reduzida tec-nificação, o uso de áreas impró-prias para o cultivo e os baixos preços obtidos pelos produto-res são dificuldades que limi-

tam a produção. A obra Cultivo e Produção de Mandioca, da Cole-ção Apontamentos e escrita por Jean Carlos Cardoso, fornece informações sobre o cultivo de mandioca, de interesse de alu-nos de graduação e pós-gradu-ação em ciências agrárias, além de produtores rurais.

Disponível por R$ 7,00 no site da Editora da Univer-sidade Federal de São Carlos (EdUFSCar):www.isthmus.com.br/edufscar

Livro Cultivo e Produção de Mandioca

Filmado nos municípios de Santo Antônio de Jesus, Tancre-do Neves, Vitória da Conquista, Entre Rios e Banzaê, além de Salvador, o documentário Man-dioca – Raiz do Brasil, mostra como os índios Kiriris de Miran-dela – município de Banzaê – in-vocam a lenda indígena de Mani do surgimento da raiz e sua presença entre os povos indíge-nas, primeiros consumidores da mandioca em forma de beiju.

O documentário Mandioca – Raiz do Brasil investiga usos e influências da mandioca

A mandioca, mostra o docu-mentário, comparece na mesa de todo brasileiro, seja sob a for-ma de farinha, beiju ou biscoito, seja como iguarias sofisticadas ou regionais, a exemplo da ma-niçoba, ou mesmo na versão pi-zza, “a pizzaioca”.

A apropriação do vegetal e seus derivados pela culinária dos colonizadores europeus, que antes só conheciam e con-sumiam o trigo, também está

entre os aspectos abordados. Através dos historiadores Ri-

cardo Carvalho e Rui Medeiros e do engenheiro agrônomo Joseli-to Motta, com depoimentos que pontuam todo o documentário, o espectador conhecerá o relato de como a mandioca fez, desde os tempos coloniais, e faz parte da história social dos brasilei-ros. Assista: www.irdeb.ba.gov.br/component/mediaz/media/view/2084

Page 28: Je junho 2013

28 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013Ceasas do Brasil

Estão abertas as inscrições para o curso de informática do telecentro para o segundo semestre deste ano. O projeto capacita gratuitamente alunos a partir de 14 anos na utiliza-ção de computadores com dis-ciplinas que incluem digitação, internet e uso de programas como word e excel.

As aulas acontecem de se-gunda à sexta-feira, de 8h às 20h, sendo seis turmas com ca-pacidade para 22 alunos cada.

Imaculada Alves participa do projeto desde fevereiro do ano passado e está satisfeita com os resultados. “Quando co-mecei as aulas, não sabia abso-

Telecentro abre inscrições para curso de informática na CeasaMinas

SUSTENTABILIDADE

A Ceasa-RJ iniciou em maio um sistema experimental de iluminação por energia solar. Serão instaladas oito placas que vão gerar 150 watts de po-tência cada uma por dia para abastecer 11 refletores a LED no entorno do prédio adminis-trativo. As baterias receberão carga durante o dia e serão uti-lizadas a noite das 18h às 5h. Cinco horas de insolação diária são suficientes para carregar as baterias.

O projeto de energia sus-tentável com o uso da energia solar fotovoltáica – energia lim-pa e racional, que não utiliza combustível e não requer cons-tantes manutenções – é fruto de uma parceria da Ceasa com a empresa Solar Eco Energy. O projeto está em fase de teste e serve de exposição desta tecno-logia para que seja avaliada a aquisição destes equipamentos para ser implantada uma ilumi-nação de segurança, aumentan-do a área iluminada em toda a Ceasa-RJ.

A inauguração do sistema experimental de utilização de energia solar na Ceasa-RJ con-tou com a presença do secre-

Projeto leva energia sustentável à Ceasa-RJ

tário de Estado de Desenvolvi-mento Regional, Felipe Peixoto, que acredita no potencial do projeto.

“Hoje nós temos a oportuni-dade de dar exemplos simples e sustentáveis. Além de iluminar, trazendo melhorias na área de segurança, esse projeto de efi-ciência energética é mais uma iniciativa da Ceasa-RJ focada na sustentabilidade”, afirmou o secretário.

O presidente da Ceasa-RJ, Leonardo Brandão, explica que o projeto de energia solar torna a Ceasa-RJ pioneira no Brasil com a implementação de um sistema de energia sustentável deste porte.

“ Apesar de ainda estar em fase de testes, o projeto poderá, no futuro, ser expandido para todas as áreas do mercado de Irajá e também para outras uni-dades da Ceasa-RJ no estado”, acredita o presidente.

Energia Solar Fotovoltáica

Por ser considerada renová-vel, pois é obtida de uma fon-te considerada inesgotável, a Energia Solar Fotovoltáica ain-da pode ser implantada em di-versos locais e tipos de empre-endimentos. Apesar do custo dessa tecnologia ser muito alto, o Brasil ainda não tem muitas usinas de energia solar, pois demanda de alto investimento, é possível perceber o retorno em alguns anos, porque além de diminuir o custo gasto com energia, os locais que têm essa tecnologia implantada con-tribuem com a energia limpa, sustentável, que não utiliza combustíveis e não requer constantes manutenções. Nes-se ponto o custo x benefício precisa ser levado em conta.

O secretário de Produção e Agroenergia, do Ministé-rio da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento (SPAE/Mapa), João Alberto Paixão Lages, foi indicado para re-presentar a América Latina na diretoria da União Mun-dial de Mercados Atacadistas (WUWM, na sigla em inglês).

Os novos diretores esco-lhidos foram empossados no dia 25 de maio, em Helsinki, na Finlândia. Entre os convi-dados estavam os dirigentes e técnicos da Associação Bra-sileira das Centrais de Abas-tecimento (Abracen).

De acordo com Paixão Lages, “o Brasil é um dos maiores produtores do mun-

do no segmento atacadista, e poderá ser em breve, tam-bém, um dos maiores forne-cedores, bastando para isto, a apropriação das tecnologias que garantam a qualidade e padrões de fornecimento es-tipulados pelo mercado mun-dial.”

Ele reforçou “o interes-se do país em reorganizar os sistemas Ceasas, moder-nizando-os e construindo novas centrais. Desta forma, estará garantido espaço ao produtor rural, para se fazer o equilíbrio entre a oferta, a demanda e os preços; evi-tando o que ocorreu, recen-temente, no caso do tomate [alta de preço e baixa oferta]”.

Secretário do Mapa é o novo diretor da organização de mercados atacadistasPaixão Lages foi indicado para representar a América Latina na União Mundial de Mercados Atacadistas

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Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

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lutamente nada relacionado a computador, hoje estou quase 100%.

Claro que ainda tenho al-gumas dificuldades, mas es-tou superando aos poucos. A sensação que tenho hoje é de independência”, conta.

“O curso está fazendo muito bem pra mim, estou aprenden-do muitas coisas e o próximo passo que vou dar é comprar um computador pra deixar na minha casa”, afirma o carrega-dor, José Heleno Oliveira.

O curso é dividido em quatro módulos concluídos em um semestre, sendo eles:

• 1° módulo- Informática bá-sica- digitação e internet• 2° móduloWord e internet• 3° móduloPower Point e internet• 4° móduloExcel e internet

As inscrições devem ser feitas no prédio do telecen-tro, localizado no pavilhão 3 do entreposto de Contagem.

O projeto de Inclusão Di-gital é uma parceria entre o Instituto CeasaMinas, Mi-nistério das Comunicações, Fundação Banco do Brasil e CeasaMinas.

Page 29: Je junho 2013

29junho de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Ceasas do Brasil

ECONOMIA

Mamão papaya

145%

Pimentão verde

- 40,2%

Alface crespa

-25,8%

Batata comum

14,9%

Atum

59%

Índice Ceagesp recua 2,45% em maioCom retrações acentuadas, legumes e verduras influenciaram a queda do indicador. No acumulado dos últi-mos 12 meses o índice registrou aumento de 14,59%

Em maio, o Índice de pre-ços Ceagesp recuou 2,45%. Os setores de legumes e verduras registraram forte redução e impulsionaram a desacelera-ção de preços no atacado. “Os preços praticados de legumes e verduras recuaram, princi-palmente, em razão do aumen-to da quantidade ofertada. As condições climáticas satisfa-tórias nas regiões produtoras, com temperaturas mais ame-nas e pouca incidência de chuva trouxeram melhora também na qualidade da maioria dos pro-dutos destes setores de comer-cialização” explica FlávioGodas, economista da Ceagesp.

O setor de verduras apre-sentou a maior queda, de 15,89%. Com destaque para espinafre (-29,9%), rabanete (-28%), alface crespa (-25,8%),

alface lisa (-23,9%), couve (-23,6%) e agrião (-23,6%). En-tre as principais altas do setor estão as do repolho (20,4%) e salsa (10,4%).

A seguir, o setor de legumes recuou 12,42%. As principais quedas foram jiló (-41,2%), pimentão verde (-40,2%), ervi-lha torta (-38,95), pepino japo-nês (-36,9%) e tomate (13,7%). Não houve altas significativas no setor de legumes.

Já o setor de frutas apre-sentou elevação de 1,73%. As principais altas foram mamão papaya (145%), limão (35%) e manga Tommy (18,5%). Princi-pais quedas: morango (-33,7%), laranja lima (-24,1%), uva nia-gara (-18,1%), caju (-17,5%), maracujá doce (13,7%) e maçã estrangeira (-12,8%).

O setor de diversos foi o

que registrou a maior elevação, de 3,13%. Com destaque para batata comum (14,9%), batata lisa (12,9%), milho de pipoca (6,8%) e alho (4,3%). As prin-cipais quedas foram da cebola nacional (-5,4%), ovos (3,9%) e amendoim (-1,7%).

Por fim o setor de pescados com alta de 1,17%. Os princi-pais aumentos foram do atum (59%), corvina (15,2%), lula (14,1%) e espada (11,6%). E quedas em destaque de pesca-da tortinha (-38,4%), pescada (-25%), robalo (-25%), abrotea (-21,7%) e polvo (-15,1%).

Tendência:

Caso as condições climáti-cas permaneçam inalteradas, a expectativa é de que haja mais redução de preços em junho. Além de legumes e verduras, a

queda deve se estender tam-bém nos demais setores de co-mercialização.

É natural a retração no consumo nessa época do ano. Como as condições climáticas devem continuar propícias à produção, a expectativa é de mais elevação no volume ofer-tado, ótima qualidade e redu-ção dos preços praticados da maioria dos produtos comer-cializados.

Índice Ceagesp

Como objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp pas-sou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agoracontabiliza 150 itens.

Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogume-

lo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos verme-lhos, além das verduras hidro-pônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regula-res durante todos os meses de 2011.

Primeiro balizador de pre-ços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras,Pescado e Diversos. Divulgados mensal-mente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponde-rados de acordo com a sua re-presentatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

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30 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 2013Cá entre nós

Por Manelão

Caroline Del Vecchio e seu marido Julio Cesar Petrassi, rea-lizaram o 2° Encontro dos Ami-gos do Charada. O evento tem a finalidade de apresentar aos lei-gos que caminhoneiros podem, sim, ter o seu objeto de trabalho impecável e muito mais bonito que outros veículos.

Os visitantes do mercado puderam apreciar caminhões customizados ou apenas muito bem tratados por seus donos. O caminhoneiro Pica Pau, por exemplo, defende a ideia de que o caminhão não é apenas uma ferramenta de trabalho. É tam-bém um abrigo e um lugar que deve ser mantido limpo. “Aqui é onde a gente dorme e come. Pre-cisa ter higiene”, afirmou. Além dos veículos utilizados diaria-mente para trabalhar, outros expositores apresentaram rari-dades. São colecionadores apai-xonados por jóias antigas, como o senhor Edson, proprietário

Ceagesp recebe 2º Encontro dos Amigos do CharadaNo dia 19 de maio, a Ceagesp recebeu belíssimos caminhões que coloriram as ruas do entreposto

de um lindo Kenworth 1973. “No Brasil, existem apenas três como este”, conta orgulhoso. O caminhão tem cama, geladeira, televisão, ar condicionado. É um motor home completo sobre o chassi de um pesado.

Estima-se que mais de 400 pessoas estiveram no local e fun-cionários da Ceagesp elogiaram a organização e a educação dos presentes. Além dos que vieram pessoalmente, contamos com o apoio dos nossos parceiros da Cowboys do Asfalto, que man-daram diretamente de Itajaí/SC, algo muito bacana para repre-sentá-los, o MAD MAX! Muitos caminhoneiros que vieram do sul, comentaram que já o viram no Parque Beto Carrero World! A maioria que compareceu são nossos amigos da capital e gran-de São Paulo, porém, pudemos conhecer uma família super es-pecial que veio diretamente de Chapecó/RS para nos prestigiar

e nos conhecer pessoalmente. Isto é muito gratificante!

Os proprietários dos cami-nhões levaram sua família, seus amigos, isto abrilhantou ainda mais o evento. Fazemos ques-tão de agradecer também aos jovens que administram os Flo-gões e outras redes sociais.

Como sempre, eles foram os primeiros a chegar e os últimos a irem embora.

O encontro já está bomban-do nas redes e principalmente no Youtube. Agradecemos a to-dos pelo carinho, pela amizade e confiança! Isto é a base de uma grande família.

Charada FilmSom - Acessórios - Suspensão a arAv. Eng. Caetano Álvares, n° 2850 - Bairro do Limão CEP: 02546-000 - São PauloTelefone: (11) 2256-3442E-mail: [email protected]

A plantação da cultura de ba-tatas no canteiro da Nossa Tur-ma está uma beleza! As crianças ficam extasiadas quando per-guntamos aos nossos visitantes se eles conhecem aquela plan-ta. Ninguém acertou e muitos afirmaram que é pé de tomate. O batateiro João Barossi nos orientou que do plantio até a colheita, são aproximadamente 100 dias. A nossa plantação está na meia vida, pois chegou a 50 dias de plantada sendo observa-da pela garotada. No mercado, o preço da batata caiu. Mas está em alta a manifestação popular no Largo da Batata.

A plantação de batatas da Nossa TurmaNo próximo dia 6 de julho,

vamos ter a festa julina, que será o arraiá da Nossa Turma na arena de eventos da Ceagesp, no pavilhão PBCF, a partir das 14h. As crianças da instituição já es-tão ensaiando a quadrilha caipi-ra sob o comando da puxadora Tia Renata, que está dando uma roupagem nova para conduzir a apresentação.

O Sebastião, da Comitiva Capiau, vai comandar a barraca do churrasco e ir se preparando para, em Agosto, ir a Barretos cozinhar defendendo a família Ceagesp. Com a nossa torcida e o entusiasmo da Comitiva ele vai tirar nota máxima e trazer o troféu de campeão.

Venha saborear milho cozi-do, curau, bolo, pastel, mini pi-zza, caldos variados, quentão e vinho quente. Teremos muitas brincadeiras, pescaria, toca do coelho, boca do palhaço e bola na lata.

Tudo isso embalado por bandas de forró, duplas caipiras, grupos de pagode, samba e, no final, a apresentação da Escola de Samba Império Lapeano. As 20h, teremos uma rodada de bingo valendo um televisor. Ah, vamos ter batata frita da mesma qualidade que as nossas crian-ças ajudaram a plantar. A renda total será revertida para a enti-dade social Nossa Turma. Venha curtir!

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31junho de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Transporte

A montadora Volvo está testando um caminhão movido a gás natural liquefeito (GNL) que emite 10% menos CO2 se comparado com os caminhões de tecnologia Euro 5 movidos exclusivamente a diesel. Se-gundo Sérgio Gomes, diretor de estratégia de caminhões do Grupo Volvo América Latina, os resultados dos primeiros testes mostraram um excelente índice de substituição do diesel pelo GNL nas condições de estrada em que está rodando, com to-pografia ondulada. O índice de substituição do diesel pelo GNL nos primeiros meses de testes no Brasil é de cerca de 65%.

No teste, o caminhão, um FM 460cv, circula 580 quilôme-tros por viagem, em um traje-to de ida e volta de Paulínea a Avaré, no interior de São Paulo. O veículo roda carregado com 15 toneladas de GNL em uma operação real de transporte à distribuição de gás natural feita por meio de gasodutos. O mo-delo possui um tanque de die-sel com capacidade para 330

Volvo testa no Brasil caminhão movido a GNL que emite 10% menos CO2Os testes com o modelo estão sendo realizados em parceria com a White Martins

litros e um tanque de GNL com 290 litros.

“Os primeiros resultados são animadores e temos po-tencial para viabilizar a comer-cialização de caminhões GNL no Brasil num futuro próximo. A aplicação da tecnologia já se mostrou viável na Europa e a oferta de GNL no Brasil é muito boa”, destaca Gomes.

Este projeto faz parte da estratégia da Volvo de colocar no mercado veículos com com-bustíveis alternativos, menos poluentes e ao mesmo tempo vantajosos aos clientes da mar-ca do ponto de vista econômico.

“Em comparação com os motores convencionais a gás com vela de ignição, a tecno-logia com GNL desenvolvida pela Volvo oferece 30 a 40% a mais em eficiência, o que, por sua vez, reduz o consumo de combustível em 25%”, observa Alberto Neumann, gerente de estratégia e desenvolvimento de negócios. Outra vantagem é que o gás em estado liquefeito permite armazenar mais com-bustível nos tanques em com-paração com o combustível comprimido. Isto proporciona ao caminhão GNL uma autono-mia muito maior do que a dos caminhões tradicionais mo-vidos a gás que fazem uso da tecnologia de velas de ignição.

Alberto Neumann, gerente de estratégia e desenvolvimento de negócios

Sérgio Gomes, diretor de estratégia de caminhões do Grupo Volvo América Latina

A Agrale iniciou, em maio, a pro-dução de tratores em sua planta lo-calizada na cidade de Mercedes, na província de Buenos Aires. A primeira unidade fabricada foi do modelo BX 6.110, da Linha 6000, a de maior po-tência da marca. A comercialização desses produtos começa agora em junho nos concessionários da marca naquele país.

A produção de tratores na Argen-tina faz parte da estratégia de interna-cionalização da Agrale e é resultado do plano de investimentos de US$ 12,5 milhões, anunciado em dezembro do ano passado, que incluía a instalação de uma segunda linha de montagem de veículos.

O objetivo é agregar, na planta de Mercedes, a produção de tratores e ampliar a de chassis para ônibus e caminhões, para atendimento da cres-cente demanda dos produtos Agrale pelo mercado local.

A fábrica da Agrale na Argentina começou a operar no final de 2008 para produção de chassis para ôni-bus, acrescida em 2009 de caminhões leves, e já ultrapassou a fabricação de

4.000 unidades. A empresa tem mais de 40 anos de presença no mercado argentino, onde alcançou expressiva participação e conceito.

Segundo Hugo Zattera, diretor--presidente da empresa, as primeiras unidades fabricadas já superam 50% de índice de nacionalização de compo-nentes. “Nossa meta é superar os 70% de conteúdo local e assim colaborar para o fortalecimento da indústria au-tomotiva do país”, destaca o executivo.

Os tratores da Linha 6000 da Agra-le são indicados para utilização em grandes áreas de cultivo. Com mode-los com potência entre 110 e 168 cv, a Linha 6000 dispõe também de ca-bine desenvolvida para proporcionar maior conforto e espaço interno para o operador e são bem conceituadas no mercado pelo bom desempenho eco-nômico, operacional e pela facilidade de manutenção.

No Brasil, a Agrale, além da Linha 6000, também produz a Linha 5000, de 65 até 105 cv de potência, e a Linha 4000 de microtratores, de 15 até 36 cv, voltados especialmente para a agricul-tura familiar.

Agrale inicia produção de tratores na ArgentinaEmpresa planeja ampliar fabricação de chassis para ônibus e caminhões no país vizinho

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