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Saiba como eles pretendem resolver os problemas de Londrina e do nosso bairro (Pág. 04 e 05) Genuinamente Palhano SETEMBRO DE 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Comunidade questiona candidatos eleições VIVA A melhor esfirra da cidade (Pág. 19) Feng Shui – decoração orientada para o bem-estar (Pág. 08) gleba ANO 3 - EDIÇÃO 36 menu Sema notifica condomínios para que usem produtos não poluentes (Pág. 06) As histórias do craque Vagner Nunes (Pág. 03) PERFIL Ilustração EM Luiz Jacobs/PML Jornal da Gleba Jornal da Gleba J o rnal da G leb a

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Saiba como eles pretendem resolver os problemas de Londrina e do nosso bairro (Pág. 04 e 05)

Genuinamente Palhano

SETEMBRO DE 2012

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Comunidade questiona candidatoseleições

VIVA

A melhor esfirra da cidade (Pág. 19) Feng Shui – decoração orientada para o bem-estar (Pág. 08)

gleba

ANO 3 - EDIÇÃO 36

menu

Sema notifica condomínios para que usem produtos não poluentes(Pág. 06)

As histórias do craque Vagner Nunes

(Pág. 03)

PERFIL

A melhor esfirra da cidade (Pág. 19) Feng Shui – decoração orientada para

Ilustr

ação

EM

Luiz Jacobs/PML

Jornal da Gleba

Jornal d

a Gleba

Jorn

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leba

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PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO

JORNAL DA GLEBA - SETEMBRO de 20122

EDITORIAL

CONTATO

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Fones: (43) 3027-4125(43) 9976-6417 / 9976-0243

Comercial: 8801-7200

É dever de todo órgão de imprensa manter-se independente e apartidário em tempos eleitorais. O Jornal da Gleba acredita nessa afirmação e apresenta aos leitores desta publicação a oportunidade de conhecer melhor os candidatos a prefeito de Londrina. Convocamos alguns membros da comunidade da Gleba Palhano para questionar nossos concorrentes sobre temas de interesse local e de toda a cidade. Agradecemos as equipes dos candidatos que nos atenderam e contribuíram para o sucesso do nosso programa de TV especial sobre as eleições e para esta edição impressa.

Neste mês, também vamos mostrar como está

a situação dos condomínios que foram autuados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, por usarem produtos de limpeza com ácido na composição ao lavarem suas calçadas. Conversamos com a secretaria e ouvimos as dúvidas dos síndicos. Confira a reportagem completa na editoria Gleba, página 6.

Na editoria ZOOM, a jornalista Talita Oriani traz as novidades da coluna social mais comentada da cidade. Encerramos esta edição de setembro com a deliciosa história da esfirra mais famosa da cidade.

Boa leitura!

O Jornal da Gleba é distribuído gratuitamente em todos os edifícios e condomínios horizontais da Gleba Palhano e região. Se você não recebe o Jornal da Gleba em casa entre

em contato conosco ou retire seu exemplar nos pontos de distribuição:

EDIF. COM. TORRE MONTELLO (Av. Ayrton Senna, 550.) · MERCADO PALHANO (R. João Huss, 74) · PADARIA DOMENICO (Av. Garibaldi Deliberador, 94.) ·

PANETTERIA PALHANO (R. Ernani L. de Athaide, 130.) · POSTO BELA SUÍÇA (Av. Higienópolis, 2685.) · VISCARDI PREMIUM (Rod. Mabio G. Palhano, 1025.)

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO

EXPEDIENTE

JORNALISTAS RESPONSÁVEIS:Rafael M. Montagnini (MTB 7239/PR)

e Talita Oriani (MTB 7358/PR)DIAGRAMAÇÃO: Eduardo Massi

REVISÃO: Ana SettiTIRAGEM: 5.500 ExemplaresDISTRIBUIÇÃO: Gratuita

COLABORAÇÃO: Carolina Chueire, Eliane Bortolotto, Mariana Polli e Thiago F. de Andrade

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JORNAL DA GLEBA - SETEMBRO de 2012 3

PERFIL

Rafael [email protected]

Bom de papo e bom de bolaBoa praça, polêmico e campeão,

conheça a história do craque VagnerVagner Rogério Nunes, 39 anos, ou

simplesmente Vagner, teve a carreira futebolística dos sonhos. Cresceu nos bastidores do estádio Vitorino Gonçalves Dias, onde seu avô era zelador, passou necessidades e chegou a ser negociado por pares de chuteiras e algumas bolas. Mas Vagner não desistiu e seu futebol o levou aos principais clubes do Brasil. Foi campeão na maioria dos times em que jogou no país e passou cinco temporadas jogando no exterior. Teve dois filhos na época em que jogou no Celta de Vigo, na Espanha, e encerrou a carreira bastante jovem.

Aos 30 anos, dava adeus ao futebol. Mas, ao contrário de muitos ex-companheiros de profissão, que perderam tudo após largarem o esporte, Vagner desfruta de uma boa vida. Ele conta que a inteligência de sua mãe, aliada ao companheirismo de seu irmão, foram fundamentais para recomeçar a vida fora dos gramados. Afirmou ter dois arrependimentos: passar brevemente pela política e retornar ao futebol como dirigente. “Foram as únicas vezes em que não obedeci os conselhos de minha mãe”, desabafa. Hoje, Vagner atua no ramo de segurança privada e na construção civil. A seguir, trechos da entrevista concedida em sua casa na Gleba Palhano:

Jornal da Gleba – Como é a vida de um ex-jogador de futebol famoso?

Vagner R. Nunes – Minha carreira foi encerrada de forma inesperada. Aos 30 anos, sofria com uma contusão séria, artrose grau quatro, no joelho esquerdo, e decidi parar. Pensava jogar mais alguns anos, mas não deu. Foi nessa época que minha mãe me aconselhou a estudar. Foi o que fiz. Hoje, sou formado em administração de empresas e trabalho em outras áreas.

JG – Qual foi o grande momento de sua carreira?

VRN – Foi minha breve passagem pela seleção brasileira durante a Copa das Confederações de 2001, disputada na Coreia do Sul e Japão. Foi muito gratificante representar o Brasil numa competição internacional.

JG- Você jogou no Santos, São Paulo e Vasco. Por qual desses times você tem um carinho especial?

VRN – Gosto de todos os que você citou. Todos me deram a chance de mostrar meu futebol, incluindo os times menores como o

Arapongas, onde comecei, e o União São João de Araras.

JG – Você tinha fama de polêmico, é verdade?

VRN – Ser polêmico é faltar aos treinos, brigar com treinador, e isso eu nunca fiz. Também não deixava ninguém pisar em mim. Sempre soube me impor e sempre falei o que pensava. Talvez eu falasse um pouco demais (risos).

JG – E a fama de campeão ?VRN – Jogar em grandes times é

para poucos, você precisa estar no lugar certo e na hora certa, nesse sentido Deus me abençoou muito. (Vagner foi campeão da Taça Libertadores de 1998, bicampeão do Torneio Rio-São Paulo 1997/99, campeão carioca em 1998 e campeão paulista em 2000).

JG – Qual foi o melhor elenco e jogador com quem jogou?

VRN – Essa é difícil! Joguei em grandes elencos. No União S. João de Araras trabalhei com o Roberto Carlos (ex-lateral da seleção), o Veloso e o Zé Roberto. No Santos, joguei com o Giovanni, Jameli, Gallo, e com o Edinho, filho do Pelé. No São Paulo, joguei com o Raí e com o Rogério Ceni. No Vasco, joguei com o Juninho Pernambucano e outros. Sou um privilegiado por ter jogado com tantos craques.

JG – Quais os técnicos com que você gostou de trabalhar?

VRN – Destaco o Ladeira, o Cabralzinho e o Jair Picerni.

JG – Qual foi o gol da sua vida?VRN – Foi no campeonato brasileiro

de 1995 contra o Palmeiras. O jogo era no Pacaembu e quem ganhasse se classificaria para o hexagonal final. O Palmeiras tinha um ótimo elenco. Mas,

nesse dia, ganhamos de 1 a 0, com um gol meu. Por causa desse gol, o Santos me comprou do União S. João de Araras e eu pude dar a primeira casa para minha mãe.

JG – Que conselho você daria para um jogador em inicio de

carreira? VRN – A garotada

acha que deve começar jogando em um clube grande, mas, mesmo começando em clube pequeno, sempre terá alguém olhando para o seu futebol. Se você perseverar e tiver fé

em Deus, você acabará conseguindo.

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Eleições2012

Alexandre Felix, síndico do edifício Paranoá – Quais são os planos para expansão empresarial e aumento na oferta de empregos em Londrina?

Mário Jorge Tavares, coordenador da comissão de gestão de condomínios do ConGP e morador do edifício Le Corbusier – Qual é o seu pensamento em relação à estadualização da Sercomtel?

Alexandre Kireeff

Vamos incentivar as pequenas e grandes empresas de Londrina, e também estimular a vinda de empresas externas que queiram se instalar em nossa cidade. A CODEL, atualmente conhecida como IDEL, terá as ferramentas necessárias para apresentar Londrina às empresas externas com um alto nível de interlocução. Sou empresário, invisto muito em Londrina e também fora daqui. Portanto, conheço a linguagem que o empresário precisa ter à sua disposição para obter credibilidade em seus investimentos e ampliar a empregabilidade no município.

Temos que viabilizar a transferência das ações preferenciais da Sercomtel aos 60 mil proprietários das extintas linhas telefônicas. Essas pessoas investiram na construção da empresa. Há uma legislação para viabilizar a transferência dessas ações, que até hoje não foi cumprida. Quanto à estadualização da Sercomtel não nos parece uma política adequada porque, provavelmente, a administração da empresa seria transferida para Curitiba. Teríamos perdas nos recursos e investimentos feitos em Londrina.

BarbosaNeto

Continuar atraindo empresas como já fizemos nos 3 anos e 3 meses que estivemos à frente da Prefeitura, onde atraímos a TMT Memory que vai gerar até 10 mil empregos em nossa cidade e a DEDIC com 4.500 empregos. Vamos reformular a Lei de Incentivo a Indústrias da Codel tornando-a mais moderna e competitiva. Continuar apoiando o empreendedorismo local, como fizemos com o Estatuto da Micro e Pequena Empresa, onde garantimos a organização de mais de 6 mil novos empreendimentos.

Eu defendi a manutenção da empresa nas mãos do município e provamos que ela consegue ser viável mesmo com a alta competitividade nacional. Ampliamos com rede própria para Rolândia, Cornélio Procópio, Mandaguari, Astorga, Maringá, Sarandi, Marialva, Paiçandu e Mandaguaçu, além de Curitiba, e mais 16 cidades da Região Metropolitana. Fizemos a municipalização da ASK que também seria vendida, e hoje já apresenta liquidez. Aumentamos em muito a região da celular, que hoje pode operar a telefonia móvel em 97 municípios na região 43.

Cheida

Uma cidade só se desenvolve com mão de obra qualificada. A Prefeitura vai firmar parcerias com entidades de fomento e qualificação, como as do Sistema Fiep, capacitando o trabalhador. Vamos formar o profissional diretamente e através da própria Prefeitura. Outra medida é a Lei de Incentivo Industrial e a criação da Cidade Industrial de Londrina, onde abrigaremos as empresas que querem se expandir, incentivando aquelas que podem vir de fora. Assim geraremos mais empregos e distribuiremos mais riqueza.

Sou contra estadualizar a Sercomtel. É uma empresa de alta eficiência nas áreas de transmissão de voz e de dados. Eu pretendo fazer com que a sociedade com a Copel se transforme em uma sólida parceria, afinal ela tem cabeamento por fibra ótica em todo Estado. Isso pode se reverter em um sistema de telecomunicações essencialmente paranaense, com base em Londrina, arrecadando tributos e oferecendo um serviço de altíssima qualidade na área de tecnologia, sem abrirmos mão do capital majoritário.

Marcelo Belinati

Prezado Alexandre, o desenvolvimento econômico é uma das minhas prioridades. O governador Beto Richa já garantiu apoio para instalação de parques industriais, atração de empresas e incentivo ao empresariado local. Construção do Centro de Convenções para fomentar o turismo de negócios, com Parceria Público Privada (PPP) e participação do município, governos estadual e federal e investidores. Preparação do jovem para primeiro emprego e qualificação profissional do trabalhador são outras ações.

Prezado Mário Jorge, meu compromisso é fortalecer a Sercomtel – um orgulho de Londrina. O município deve manter o controle acionário da empresa e ampliar a parceria com o governo do Estado e Copel. Já conversei com o governador Beto Richa sobre o tema e ele achou interessante a proposta de a Sercomtel passar a ser a operadora telefônica do governo do Estado, incrementando a receita da empresa e capitalizando-a para investimentos em tecnologia e expansão de sua atuação para todo o Paraná.

MárciaLopes

É preciso superar o falso dilema de que o município não tem vocação industrial. Nossa economia tem muitas potencialidades para atrair empresas e gerar empregos. Por isso, vou criar a Agência de Desenvolvimento, responsável pelas estratégias de crescimento econômico sustentável. Outro passo é reativar o Parque Tecnológico e criar mais três parques industriais, em diferentes regiões da cidade. Vamos também fortalecer o Porto Seco e apoiar projetos regionais como o Arco Norte.

Queremos uma Sercomtel pública, forte e competitiva. Para tanto, é urgente dotá-la de uma gestão estável e profissional e à altura do seu quadro técnico. E levar adiante os seus projetos de expansão para outras praças, explorando vários serviços na área das telecomunicações. A Sercomtel é um patrimônio londrinense. Tem que estar conectada ao desenvolvimento da cidade. É importante integrar a grande acionista COPEL, que tem estrutura no Estado, com uma rede de fibra ótica.

Valmor Venturini

É importante trazer para Londrina indústrias responsáveis, que não poluam o ambiente e que ofereçam trabalho digno e de boa qualidade, investindo na formação e qualificação profissional dos trabalhadores. Quanto ao setor empresarial, a relação da prefeitura precisa ser clara, democrática, e de permanente diálogo com os empresários e seus representantes, valorizando e priorizando nossas pequenas e médias empresas.

Sou contra a estadualização da Sercomtel. É um dos orgulhos de Londrina e precisa continuar sendo nossa. A Sercomtel deve ser de Londrina e para os londrinenses.

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eleiçõesCandidatos respondem aos

questionamentos dos moradores do bairroRafael Montagnini

[email protected]

O Jornal da Gleba não recebe dinheiro de publicidade política.

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JORNAL DA GLEBA - SETEMBRO de 2012 5

Carlos Scalassara, coordenador da comissão de urbanismo do ConGP e morador do edifício Paranoá: – Qual a sua proposta para o aperfeiçoamento institucional do município de Londrina? O que precisamos mudar para que a democracia melhore no âmbito do município?

Jornal da Gleba – O senhor não teme que a inércia da Prefeitura acabe tornando o trânsito da Gleba parecido com o do centro da cidade?

É fundamental a transparência na gestão do município. E isso se faz com ações efetivas da Prefeitura com a participação popular nas decisões. Os conselhos municipais, com participação da sociedade civil organizada e instituições interessadas na evolução administrativa, serão valorizados e a eles conferidos mais poder deliberativo do que consultivo. Trata-se de gestão compartilhada. É imprescindível que o cidadão esteja presente nos processos decisórios do município para que a democracia seja fortalecida.

A questão da mobilidade urbana é fundamental para que a cidade tenha um desenvolvimento harmônico. A cidade precisa ser devolvida às pessoas e não única e exclusivamente direcionada aos veículos. Uma das primeiras providências que tomaremos será a realização de uma pesquisa Origem/ Destino para identificar o modelo adequado para que as novas regiões, como a Gleba Palhano, não sofram com a falta de planejamento viário e de mobilidade motorizada e não motorizada (ciclovias, por exemplo).

Administrando com transparência e exercendo uma gestão democrática e participativa, como fizemos ouvindo e participando de conferências e conselho municipais. Londrina foi a primeira cidade a criar o portal da transparência, colocando todos os cargos comissionados com nome e salário na internet. Adequamos o portal da Prefeitura à Lei da Transparência com publicação de salários, viagens, prestação de contas, entre outras. Implantamos o programa Modernizando a Gestão Pública, em parceria com a sociedade.

Em nossa gestão o sistema viário da Gleba Palhano foi consideravelmente ampliado, ganhando novas ruas que facilitaram os acessos e melhoraram o fluxo dos veículos. O grande exemplo disso foi a conclusão da Avenida Ayrton Senna, que é uma grande estrutural ligando a região norte com a região sul. A Gleba também é atendida com o sistema público de transporte coletivo. Estão projetadas faixas elevadas para a Avenida Ayrton Senna com a Avenida Maringá, além da ampliação de faixas convencionais para ampliar a segurança das travessias.

Vamos estimular a participação da sociedade nas políticas públicas, reconectando o prefeito à comunidade, acabando com o fosso que hoje divide Prefeitura e sociedade. Mecanismos de controle existem, como o orçamento participativo e aberto, apreciação das finanças e licitações e com o trabalho do observatório de gestão pública. Mas mais do que isso, vamos fazer com que a população dos bairros e distritos seja ouvida no processo de definição das políticas públicas. É assim que vamos aperfeiçoar e melhorar a democracia.

A Gleba é um reflexo do que é Londrina e cresceu sem a devida participação da Prefeitura. Tem grande fluxo de veículos, pois interliga a Zona Sul com o Centro e há o tráfego do Shopping, das universidades e da PR-445. Precisamos garantir que o trânsito flua, com vias para pedestres, ciclovias e vias com segurança. Eu criei o IPPUL, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina, mas infelizmente ao longo das administrações ele foi esvaziado. Agora vamos nos debruçar sobre isso e resolver o problema.

Prezado Carlos, tenho perfil conciliador e quero governar com todas as forças políticas, sociedade organizada e lideranças comunitárias. Acredito no diálogo como melhor meio de solução para impasses. Os conselhos municipais são instrumentos de participação que devem ser fortalecidos, com assessorias contábil e jurídica pagas pela prefeitura. A transparência e o acesso às informações da Prefeitura reforçam a democracia e as relações institucionais com poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público.

Prezados moradores, o sistema viário da Gleba Palhano já é um problema e reflete a falta de planejamento da Prefeitura. Meu vice-prefeito Junker Grassiotto foi secretário de Obras do ex-prefeito Wilson Moreira e tem doutorado em planejamento urbano. Defini com ele que o Ippul será fortalecido, com profissionais qualificados para pensar e propor projetos de melhoria no trânsito, ocupação urbana e meio ambiente. Assumi o compromisso com o Instituto Ethos de incluir Londrina no programa Cidades Sustentáveis.

Em primeiro lugar, precisamos resgatar a credibilidade na administração pública, é preciso que o prefeito tenha o respaldo dos londrinenses. Com um governo confiável, aumentamos a autoestima da população. Na minha administração, vamos implantar uma política de transparência e controle social, vamos fortalecer os conselhos que já existem e criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Vamos planejar Londrina para 30 anos, não só para 4. Colocaremos em prática o Plano Diretor, e teremos um IPPUL forte e atuante. É assim que pretendemos colocar a cidade na linha do desenvolvimento urbano sustentável e socialmente inclusivo. O transporte coletivo, na Gleba e em todo o município, tem que ser reformulado, com linhas ligando bairro a bairro, local de trabalho/estudo a local de residência, ônibus mais frequentes e menos tempo de viagem. O trânsito precisa de diagnóstico detalhado para basear novas obras viárias e roteiros alternativos de veículos.

Vamos cumprir a Lei da Transparência para governar Londrina. Isso significa também estimular a participação popular nos espaços de decisão política. Precisamos tomar conta da nossa cidade, sem terceirizar a cidadania. Todos devem participar de cada política pensada para Londrina, tendo espaço para colocar suas ideias e possibilidade de decidir democraticamente sobre a nossa cidade. Se a população contribui nessa construção política, favorece a transparência da administração.

Sim. E isso vai acontecer mesmo, principalmente se o número de carros continuar aumentando em nossa cidade. Nós faremos, junto ao IPUL (Instituto de Planejamento Urbano de Londrina), um plano de urbanização com a participação dos moradores. Assim será também na Gleba, para que os moradores possam expor os problemas e assim consigamos construir esse planejamento de forma coerente, de acordo com a realidade dessa região.

Programa especial do Jornal da Gleba leva as principais dúvidas da Gleba Palhano aos pretendentes a prefeitoFoi ao ar, no dia 4 de setembro, pela UniTV,

canais 13 e 95 da NET Londrina, nosso programa especial sobre as eleições municipais 2012.Durante pouco mais de 30 minutos, todos os candidatos responderam a perguntas feitas por moradores

da Gleba Palhano, e a mais uma pergunta feita pelos jornalistas do Jornal da Gleba. Todos os candidatos tiveram o mesmo tempo para responder às perguntas.

Esse foi o primeiro debate político realizado

pelo Jornal da Gleba, que cumpre com a sua missão apartidária de levar a melhor informação ao público da Gleba Palhano e região.

A seguir, você confere as respostas dos candidatos a prefeito de Londrina:

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GLEBA

Carolina [email protected]

Lavagem de calçadas vira problema na Gleba

Condomínios foram notificados pela SEMA para que usem produtos não poluentes; síndicos encontram

dificuldades em adquirir esses produtosNeste mês de agosto, vários

condomínios da região da Gleba Palhano receberam uma notificação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMA) para que não usem produtos de limpeza com ácido na composição ao lavarem suas calçadas, para que o mesmo não acabe poluindo as águas do Lago Igapó e as bacias do Ribeirão Lindoia.

Os síndicos receberam um informativo que indicava os produtos proibidos e uma recomendação para uso dos biodegradáveis ou à base de glicerina, jatos de água e vassouras. Mas não foi o suficiente para esclarecer as dúvidas de como resolver o problema. “Acatamos a notificação, mas nos perguntamos como fazer agora? Estamos aguardando a SEMA nos instruir em relação a qual produto usar, pois não encontramos um fornecedor que se responsabilize por um produto não poluente seguramente e o faça por escrito”, afirmou Antonia Tomasetti Marcondes, síndica do condomínio L´Essence.

Providências – Procurado pela reportagem do Jornal da Gleba, o secretário municipal do Meio Ambiente, Gilmar Domingues Pereira, afirmou que essa medida foi necessária, pois muitas das águas usadas na limpeza das calçadas estão contaminadas com ácidos, o que causa impactos grandes para o meio ambiente e danos para o Lago Igapó.

Foram enviadas amostras para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP)

analisar, o que mostrou alto índice de contaminação. “Existem sabões e detergentes neutros, que, se usados com jatos de água ao invés dos produtos limpa-pedra, podem limpar as calçadas, mesmo que com uma eficiência menor. Mas, com certeza, o malefício para o meio ambiente será bem menor”, disse.

O secretário ainda explicou que o instituto não pode indicar as marcas de produtos, mas que está buscando no mercado uma média de cinco produtos genéricos para apresentar aos condomínios e os lugares onde podem comprá-los. “Iremos colocar essa indicação no site da SEMA para que todos condomínios tenham acesso. Também iremos notificar os fornecedores para que eles vendam produtos não poluentes, senão sofrerão as penalidades na sua atuação”, comentou, acrescentando que essas medidas estarão disponíveis em breve.

Mesmo com a notificação, toda a região das bacias de contribuição do Lago Igapó e do Ribeirão Lindoia continuará sendo fiscalizada nos próximos dias. Os condomínios que permanecerem usando os produtos não indicados serão multados. O montante é baseado no Decreto Federal nº 6514, de 2008, que prevê multa de R$5 mil a R$50 milhões, dependendo da gravidade do caso.

Jornal da Gleba

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VIVA

Conheça a aplicação do Feng Shui na harmonia dos

ambientesDe acordo com esse método, a decoração da

casa e a disposição dos objetospodem influenciar o bem-estar

As teorias e princípios do Feng Shui surgiram na China, há mais de três mil anos. Hoje, esse método de decoração dos ambientes é buscado por aqueles que pretendem atrair energia positiva para a casa e para o local de trabalho. “O princípio básico é o desapego, por isso é importante não guardar objetos sem utilidade, para que eles não obstruam o nosso caminho. Também é indicado que se tenha uma proporção equilibrada de luz e sombra”, afirma a consultora de Feng Shui, paisagista e bióloga, Taciana Bernardi. Segundo ela, essas atitudes ajudam a encontrar a energia vital Chi, que traz a harmonia conceituada por esse método.

De acordo com a consultora, é realizado um estudo do local, considerando o mapa natal da casa e, por isso, o método é específico para cada ambiente. Mas, segundo ela, existem atitudes que podem ser aplicadas de forma geral, como o princípio dos animais sagrados. Segundo essa teoria, o homem é representado pela serpente, que está no centro dos outros animais. À sua frente, está a fênix, que simboliza a criatividade. Atrás, a tartaruga, simbolizando a proteção. À direita, o

tigre branco, que defende dos perigos, e, à esquerda, o dragão verde, representando a estabilidade. “Aplicando isso ao comprar uma casa, por exemplo, a melhor posição dela é que a frente, simbolizada pela fênix, esteja livre, para que a criatividade possa fluir. Na parte de trás, é importante existir outra casa, simbolizando a tartaruga, que protege o lado vulnerável. É indicado que a casa do lado esquerdo seja maior do que a do lado direito”, exemplifica Taciana.

Também é possível aplicar esse princípio na disposição dos móveis de um quarto. “O ideal é que a cama fique numa posição que permita à pessoa enxergar a porta e a janela, para evitar que ela se assuste com eventuais ruídos. Atrás da cama, é importante ter uma cabeceira, ou uma parede. Nos dois lados, a pessoa pode colocar criados-mudos, para se sentir mais acolhida”, recomenda. Ela afirma que as regras não precisam ser seguidas rigorosamente. “Nós damos as orientações e a pessoa faz o que ela achar melhor, porque ela precisa

Uma das ferramentas do Feng Shui é a bússola, que ajuda a definir as direções que precisam de alterações na casa.

Jornal da Gleba

Mariana [email protected]

se sentir bem”, diz.Na cozinha, a dica é não deixar o fogão e a geladeira

de frente um para o outro. “Se isso acontecer, vai existir uma energia de desentendimento, porque o fogão emite uma energia de fogo e a geladeira de água. Adequar isso ajuda a trazer mais harmonia ao ambiente”, aponta.

A dona de casa, Margaret Furukita, é adepta do Feng Shui há mais de dez anos. Ela adequou toda a sua casa aos princípios desse método, porque acredita na influência que esses conceitos exercem na felicidade do lar. “É uma questão de sensibilidade e de você saber como conduzir as energias da família. Com isso, acredito que se evitam alguns transtornos indesejáveis, como os problemas de saúde, e o bem-estar é atraído para o ambiente”, relata.

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ZOOM

Daniela Naka Okuno e Alexandre Birman

Izadora Bicalho e Luana Kohata Carolina Pagnan e Nicolas Fernandes

Talita [email protected]

BirthdayElis Fatel, coordenadora do curso de

Nutrição da Unifil, comemora nova idade no dia 12. O fotógrafo Devanir Parra

assopra as velinhas no dia 26. Já no dia 30, a bela empresária Maria Inês Chimentão é

quem canta os parabéns.Congradulations !!!

O casal Waldomiro Neto e Ivana Moraes era só sorrisos durante a festa de aniversário de um aninho da primogênita Laura Maria.

Os fisioterapeutas Luciano e Laira Hirata estão na correria para os preparativos da festa do primeiro aniversário dos gêmeos João Bernardo e Enzo Luiz, no comecinho de outubro.

O espaço Aroreira será transformado num circo para receber os convidados. Amigos e familiares estão contando as horas para o grande dia. A organização da festa está a cargo de Maria Ângela Ferraz.

Schutz O empresário Alexandre Birman esteve em Londrina, dias atrás, para prestigiar a inauguração da 31ª Schutz no País. No

comando da nova loja está o casal Daniela e Adriano Okuno. A dupla promoveu dois eventos para celebrar a chegada da grife: um almoço para formadores de opinião e um coquetel no Catuaí Shopping. A loja segue o novo conceito de varejo da Schutz e tem inovações como as nove telas de 40 polegadas, formando um videowall, que exibe continuamente vídeos de campanha e projetos da grife. Fotos: Toni Minighini.

FashionPara o verão 2012/2013, a estilista

londrinense Aline Bissochi ousou e criou peças que misturam a característica mais valorizada das brasileiras – a sensualidade

– com o que está sempre presente nas coleções: o luxo! O couro aparece em

modelagens rente ao corpo. A alfaiataria não fica de fora e o linhão de seda aparece com pedrarias coloridas. A cartela de cores vibra com o tomate, coral e jade, mas os

tons mais clássicos não ficam de fora como o off white, pérola e ouro.

Divulgação

Divulgação

1 Ano

Carla Salido e Flavia Cruz

Divulgação

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JORNAL DA GLEBA - SETEMBRO de 2012 11

ALLA MODA

Luciane Barbosa, personal stylist, produtora

e colunista do blogwww.ciadoestilo.com.br

As duas blogueiras que estiveram presentes em Londrina arrasaram com seus looks. Além de informação de moda, estilo também não faltou a dupla. Vocês já devem ter reparado que houve uma invasão de uns tênis com salto pelas ruas de todo o mundo, não é mesmo?

São os famosos sneakers, e foi esse mesmo o escolhido da Cris Tamer, a calça sequinha preta com camisa jeans e blazer listrado deram um ar mais despojado a roupa.

Sophia também optou pela calça sequinha preta, também conhecida como montaria. Só que dessa vez, o blazer e a sandália com tiras deram mais sofisticação e elegância ao look.

Peças misturadas (modernas, clássicas e elegantes) como as que vimos nas blogueiras, criam looks democráticos e com muito estilo para eventos mais informais.

As top blogueiras Cris Tamer e Sophia Alckmin desembarcaram na cidade, recentemente, para o coquetel de inauguração da loja Schutz. Fotografadas por Toni Minighini, as fashionistas chamaram a atenção dos convidados tanto pelo estilo quanto pela simpatia. Confira abaixo o comentário da nossa personal stylist a respeito dos modelitos das beldades.

Marky na KingdomJá eleito o melhor DJ do mundo, Marky, considerado um ícone da cena

eletrônica, comandou balada na Kingdom 2800 recentemente. Som de primeiríssima qualidade - somado a muita gente bonita e clima contagiante - fez da noite uma das melhores que o club já recebeu. As fotos são de Toni Silva.

Vanessa PaesNajara Ascencio

Marky

Mateus Silveira e Gabriela Morassi

Divulgação

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JORNAL DA GLEBA - SETEMBRO de 201212

CLICK SABER

TIRAS

Cartão Postal: o Lago Igapó e a Gleba Palhano! - José Curotto

Envie sua foto para a redaçã[email protected]

Os modelos de ensino-aprendizagem que sucederam ao longo do período moderno e contemporâneo deixaram - nos como herança um aprender/ensinar pautado pela violência da seleção do saber e a exclusão do mais fraco, menos inteligente e até mesmo o mais pobre; talvez em certa medida, forte influência do Darwinismo social.

Já no século XX, os processos de ensino-aprendizagem se desenvolveram sob a necessidade de justificar a dominação intelectual de uns sobre os outros. Senão, como explicar os famosos testes adaptados dos estudos de Alfred Binet e outros estudiosos da psicologia cognitiva? Termo pouco utilizado em sua época.

O fenômeno que se desvela agora forja uma consciência nos “produtores” da educação de que não se pode e não se deve “lutar” contra a natureza humana, portanto, alguns (poucos é bom que se diga) nasceram inteligentes e outros (a maioria) nasceram pouco capazes. A conclusão foi uma interpretação desigual dos modelos de ensino-aprendizagem.

Finalmente, transitando entre o fim do século XX e o início do século XXI, é criado o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Como esperamos ansiosos por ele, imaginávamos que tudo estaria resolvido como em um passe de mágica; o diálogo intrafamiliar sobre o vestibular e como encará-lo seria mais intenso, a relação aluno-professor aconteceria de forma osmótica, o aluno com desempenho intelectual menos avançado aceleraria a níveis mais otimistas e, por consequência, os problemas políticos, sociais e econômicos do mundo brasileiro se resolveriam.

Faltou-nos atenção para o fenômeno aprendizagem. Não se pode selecionar o fenômeno e classificá-lo; a proposta de um exame unificado em todo o território brasileiro é fantástica e, de fato, muito bem intencionado, contudo, mudar o currículo de o modo de ensiná-lo em uma nação de dimensões continentais não ocorre por força de Lei. Ensinar-se-á primeiro o sujeito que ensina e em seguida o sujeito que aprende e dessa relação nascerá um processo dialético no qual se ensinarão mutuamente.

Achou-se possível descartar todos os modelos anteriores incompletos e começar novos. Grande engano. A aprendizagem se processa, portanto, ela é fruto da dialogicidade dos sujeitos no mundo que estão inseridos. Vivemos, hoje, uma sociedade quase muda no diálogo entre pais e filhos; quase cega no olhar entre alunos e professores e com um número muito pequeno de representantes de nossa imensa população no ensino superior, menos de dez por cento. É algo a se pensar!

O SÉCULO XXI E O ENEM

José Antonio Lima – diretor pedagógico do Colégio Universitário de Londrina. Mestre em Psicologia Educacional pela PUC de São Paulo e consultor da Unesco

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divã

Zeila Facci [email protected]

A criativa condição humanaDesde a Antiguidade, há inúmeras concepções

sobre o homem e sua existência. Apresento para vocês um pequeno recorte de como a psicanálise propõe pensar e trabalhar o ser humano.

É necessário empenho e dedicação para nos tornarmos humanos. Pertencer à espécie Homo sapiens não garante a existência do sujeito que podemos vir a ser. Nascemos da reprodução sexuada, carregamos a diferença sexual e, portanto, somos já marcados pela incompletude, não portamos uma totalidade que se baste. Diferentemente das amebas, que se duplicam, produzindo indivíduos idênticos, nós precisamos de dois para fazer um terceiro, que será diferente dos dois anteriores.

Além do mais, o início de nossas vidas é de pleno desamparo e dependência do outro, pois um bebê não é capaz sequer de alimentar-se sozinho. O afeto dos pais sobre nós, a história familiar que já nos antecede e a cultura interagem conosco desde o primeiro segundo de nossa existência e compõem um longo processo por meio do qual nos tornamos, enfim, sujeitos. Sujeitos com a marca da falta, em movimento, e nunca acabados de forma definitiva, somos obra sempre em processo de criação.

Outro aspecto dessa humanidade é o fato de que, como seres providos de linguagem, nós desenvolvemos um crivo de interpretação e até mesmo de construção da realidade. Em outras palavras, nós representamos o mundo. O pintor René Magritte retrata essa questão em sua tela intitulada, exatamente, “A condição humana”. A princípio, temos uma janela aberta através da

qual se vê uma paisagem e, com um pouco mais de atenção, percebemos a existência de uma tela apoiada num cavalete e sobreposta em boa parte da abertura da janela. Portanto, a paisagem vista corresponde a uma pintura, e não à realidade em si mesma. Ou seja, as cores e formas com as quais cada um de nós pinta o mundo.

O poeta Paulo Leminski acrescenta algumas belas pinceladas ao nosso homem:

um homem com uma doré muito mais elegante

caminha assim de ladocomo se chegando

atrasadoandasse mais adiante

carrega o peso da dorcomo se portasse

medalhasuma coroa um milhão

de dólaresou coisas que os valha

ópios édens analgésicosnão me toquem nessa

dorela é tudo que me sobra

sofrer, vai ser minha última obra

A clínica psicanalítica busca favorecer o movimento por meio do

qual podemos traçar novos arranjos de existir, contornando o vazio, de forma a criar ao seu redor, como o oleiro na produção do vaso, novos contornos através de nossas profissões, dos nossos amores e atos cotidianos. Assim, apostamos que o sofrimento não seja nossa única e, muito menos, a última obra.

Imagem Ilustrativa

R.Magritte (1933)

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ESPAÇO ConGP

Conselho de Condomínios Residenciais da Gleba Palhano

Transição na presidência do ConGPDepois de três anos de atividades e com

grande perseverança, o Conselho de Condomínios Residenciais da Gleba Palhano – ConGP, vem cada vez mais lutando por objetivos comuns a todos os moradores do nosso bairro. Dividido em cinco comissões, urbanismo, gestão, relações institucionais, marketing e segurança, cada qual com uma finalidade específica, atua visando o bem-estar da comunidade.

No último dia 28 de agosto, no evento de posse da nova presidência do ConGP, o Condomínio Auguste Rodin, representado por sua síndica Luciane Dantas, após 6 meses de mandato, passou o cargo de presidente do ConGP para o Condomínio Ed. Solar Rivera, representado por sua síndica Alessandra Scaneiro Resquetti, que exercerá a Presidência do conselho até o final de fevereiro de 2013.

A cada dia, o ConGP conquista melhorias para o nosso bairro. Os exemplos mais significativos

foram nossa luta contra o aumento abusivo do IPTU; a redução do valor pago pelo gás; a diminuição de custos de materiais usados nos prédios; o banco de dados de prestadores de serviços e nosso plano de segurança, que também já está na fase de implantação e logo todos poderão acompanhar pelo bairro.

Nosso trabalho está apenas começando, e vamos conseguir muito mais. Se além da participação dos síndicos, tivermos também o envolvimento dos moradores, nosso Conselho será mais forte e mais melhorias serão realizadas em nossa região.

A Gleba Palhano é hoje o bairro que mais cresce em Londrina, onde novos estabelecimentos comerciais e residenciais são instalados diariamente, trazendo mais serviços para os moradores da região. Isso ajuda bastante, evitando que seja necessário se deslocar até o centro da cidade. Caminhando a pé pelas avenidas da Gleba, por exemplo, já se encontram muitos serviços, como padarias,

supermercados, bancos, pet shops, restaurantes, farmácias e outros. Por isso, é importante acompanhar de perto esse desenvolvimento, pois, afinal de contas, esse foi o bairro que escolhemos para viver com nossa família e criar nossos filhos. Cabe a nós então, juntos, cuidarmos e zelarmos por ele.

“A melhoria do bem-estar dos moradores do bairro só será possível com o fortalecimento da união dos moradores, buscando, de forma organizada, ações concretas e também o apoio do poder público “, destaca Resquetti, nova presidente do Conselho.

Se você tem alguma ideia de melhoria, e vontade de participar do nosso trabalho, cadastre-se pelo e-mail [email protected] e receba nossas noticias por intermédio do Jornal da Gleba. O ConGP conta com você!

Reun

ião A próxima reunião do ConGP acontecerá no dia 25

de setembro, às 19h30, no edifício Vilanova Artigas, Rua José Monteiro de Mello, 205. Participe!

A reportagem com a posse da nova presidência do ConGP pode ser assistida no programa do Jornal da Gleba na UniTV, canais 13 e 95 da NET Londrina, e pelo endereço: youtube.com/user/canalunitv

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Olhos vermelhos na fotografiaVez por outra, ao fotografar com flash em

ambientes pouco iluminados, uma ou mais pessoas aparecem, em algumas fotografias (câmeras analógicas ou digitais), com as pupilas dos olhos vermelhas. Mas o que fazer para acabar com esse efeito indesejável nas fotos?

A quantidade de luz que entra nos olhos é regulada pela íris, que aumenta ou diminui o diâmetro da pupila (também conhecida como “menina dos olhos”), tal qual um diafragma automático de uma câmera fotográfica, de acordo com a iluminação do ambiente. Ou seja, quanto menor a luz ambiente, maior o diâmetro da pupila e vice-versa. Ao se olhar diretamente para a luz do flash, esta penetra por meio do cristalino e atinge o fundo dos olhos, encontrando os vasos sanguíneos de cor vermelha, na região da retina. Ao ser refletida, a luz avermelhada retorna ao cristalino, que acaba sendo fotografada, no caso do ângulo alfa ( ), formado entre a luz incidente e refletida, ser pequeno (caso das câmeras compactas), e dos olhos estarem voltados para a câmera e flash.

Pessoas de pele clara (loiras) têm menos melanina na pele e, via de regra, possuem a íris mais clara e menos pigmentos no fundo dos olhos, ficando mais translúcidos os vasos sanguíneos da região da retina, ocorrendo maior reflexão dos raios luminosos e, consequentemente, intensificando o vermelho nas pessoas de pele mais clara.

Dicas para evitar ou minimizar o efeito:

•Aumentar a iluminação do ambiente (abrindo janelas, portas ou acendendo lâmpadas), solicitando para o fotografado olhar para tais fontes de luz, visando forçar a “contração” da pupila;

•Pedir ao fotografado para não olhar diretamente para a lente da câmera;

•Aproximar a câmera do fotografado, visando aumentar o angulo alfa ( ) entre o raio incidente e o refletido (ver ilustração);

•Utilizar câmeras com flash mais afastado do eixo da lente ou flash externo (prática adotada por grande parte dos profissionais, posicionando o flash longe da câmera), se possível rebatendo a luz no teto ou parede preferencialmente de cor branca (se não, a foto ficará com predominância da cor da superfície onde refletiu a luz do flash, a

exemplo do vermelho refletido pela córnea);•Utilizar o recurso “redutor de olhos vermelhos”,

se disponível na câmera, o qual dispara um ou mais clarões rápidos (tipo luz estroboscópica), forçando a contração da pupila (antes do disparo principal de flash) e, com isso, impedindo a saída pelo cristalino da luz refletida pela retina.

•Caso a câmera disponha de tal recurso, configurar a mesma para corrigir olhos vermelhos nas fotos com flash.

• Caso tenha sido impossível eliminar ou atenuar os olhos vermelhos, estes poderão ser corrigidos com software de edição de imagem, tal como o Photoshop.

O reflexo vermelho nos olhos, observado nas fotografias, tem relação direta com o menor ângulo de incidência entre o flash e o eixo da lente, com o grau de dilatação da pupila, com o menor grau de pigmentação no fundo de olho (maior visibilidade dos vasos sanguíneos da retina). Alguns animais de hábitos noturnos e alguns peixes refletem a luz de

outras cores (branco, azul, verde, amarelo, luz azul, verde), mas isso é outra história, também muito interessante.

Mário Jorge TavaresMembro do Foto Clube de Londrina

[email protected]

Imagem Ilustrativa

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FOCA

Divulgação

Projeto musical

celebra o Dia dos Pais

Orquestra Criança Feliz e coral Encantar emocionaram a plateia

O Dia dos Pais sempre é comemorado com alegria e muitos presentes. Mas esses presentes materiais podem dar lugar a homenagens, que fazem com que esse se torne um momento especial. Pensando nisso, o Projeto Criança Feliz, que ensina música às crianças carentes da Zona Leste de Londrina, organizou na manhã da data comemorativa aos pais, uma apresentação da orquestra, juntamente com o coral composto por esses alunos. Na plateia, os pais se emocionaram.

Segundo o presidente da entidade, Gelson Alcântara, a homenagem esteve sempre nos planos do projeto porque, na maioria das vezes, as mais valorizadas são as mães. “É claro que elas são pessoas únicas, mas o pai tem um papel fundamental na formação dessas crianças, por isso, vamos apoiá-los sempre”, explica. Ele conta ainda que até mesmo os alunos cobravam um momento como esse e que essa foi a primeira homenagem de muitas.

A apresentação foi realizada no espaço cênico do aeroporto de Londrina. Um dos participantes que emocionaram a plateia foi Marcos Selzlier, que atualmente está em uma clínica de reabilitação e descobriu na música uma forma de se reerguer. Ele tocou violino e arrancou aplausos dos pais. “Eu não tive essa oportunidade, talvez por isso tenha ido pelo caminho errado, mas essas crianças saíram da situação de risco e irão se tornar pessoas de bem”, diz.

Luciano Alves da Silva demonstrava um olhar atento e orgulhoso durante a apresentação de seu filho. Ele conta que nunca tinha imaginado vê-lo em um momento assim. “Esse é com certeza bem maior que qualquer presente. Hoje, sonho em ter um filho músico graças a esse projeto”, conta o pai emocionado.

Outro que não conseguia disfarçar a emoção era Elizeu Pereira. Segundo ele, durante a apresentação, não sabia se chorava ou se sorria, porque se sentiu feliz por conseguir tirar seu filho das ruas. Ele conta que sempre sonhou com um futuro brilhante para seu filho, mas que, devido às dificuldades, já estava perdendo as esperanças. “Esse projeto é coisa de Deus mesmo, eu nem consigo falar mais nada”, afirma.

Rodrigo Lopes dos Santos também é um dos alunos beneficiados pelo projeto. Ele disse estar muito feliz pela apresentação e que tocar violino tem sido sua alegria. “A gente ensaia tanto e poder mostrar todo nosso esforço para os pais é muito gratificante”, diz. A apresentação durou cerca de 1h30 e os pais saíram de lá com um presente inesquecível.

Laís CardosoAluna de Jornalismo

Supervisão:Profª. Karen Debértolis

Foca é o nome dado ao jornalista com pouca experiência ou em ínicio de carreira

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COOLTURA

Thiago F. de [email protected]

Os impressionistas estão chegando

Durante esse mês de setembro muito particularmente, avançando até o dia 07 de outubro, uma exposição singular terá lugar em pleno centro histórico de São Paulo, no nobre conjunto que conforma o edifício do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB. Ocupando todos os seus 5 andares, além do subsolo, a exposição “Impressionismo: Paris e a Modernidade – Obras-Primas do Museu d’Orsay”, museu este ícone parisiense, traz uma seleção impecável, com quase uma centena de obras-primas da pintura ocidental. Quadros célebres, de monstros consagrados da terceira arte, como Degas, Monet, Cézanne, Manet, Gauguin, Toulosse-Lautrec, Renoir, Vicent Van-Gogh, entre outros, poderão ser gratuitamente apreciados.

Sem dúvida se trata de um passeio por outros tempos, onde impressões antigas, de uma época mais silenciosa e mais serena, se fazem presentes e avultam no imaginário do privilegiado visitante. É um passeio ao passado; um passado recente, no entanto, quase sem vestígios que o rememorem. Percorrer cada um dos blocos em que a exposição é dividida - são sete no total: três dedicados à cena metropolitana na virada entre os séculos XIX e XX;

e quatro dedicados à vida bucólica do campo - é como atravessar um túnel, onde as sensações provocadas pelo pintor, algo movente como um sonho, recriam sensorialmente suas realidades. São miríades de existências em algumas horas de visitação: prodígios engenhosos da arte.

Umas das principais atrações da exposição é o emblemático “O Tocador de Pífaro”, de Édouard Manet. Pintado em 1867, suas inovações estilísticas acabaram por deixá-lo fora do Salão de Paris daquele mesmo ano, vergonhosamente recusado, incompreendido. Hoje, passado quase um século e meio de sua concepção, os traços, os detalhes e as cores puras representadas, inegavelmente se afiguram como obra do mais primoroso gênio.

O programa, portanto, é imperdível aos apreciadores afortunados que se aventurarem pela capital paulista. Para mais informações, um acesso ao site oficial é recomendado: http://migre.me/aqmve .

Imagem Ilustrativa

O Tocador de Pífaro - Édouard Manet (1867)

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Eliane [email protected]

Qualidade e sabor de saudade

Em Londrina, comer esfirras pode ser muito bom, principalmente se forem macias, com recheios

variados e temperadas de lembrançasEla está em praticamente todas as

estufas de lanchonetes. Com o quibe, forma a dupla árabe dos seletos petiscos do gosto geral. A esfirra. Ou “esfiha”, em outra grafia muito usada. A esfirra tem massa simples e vários sabores. E em Londrina ela também tem sabor de nostalgia e nos leva para o passado.

Porque quando se fala de esfirra, em Londrina, nos lembramos de um dos restaurantes mais antigos da cidade, se não o mais antigo realmente: o Kiberama. Aberto em 1965, na rua Mato Grosso, continua no mesmo local, com o balcão característico da época, com clientes fiéis e com a mesma e famosa esfirra.

O Kiberama foi aberto pelo libanês Michel Dakkache e sua esposa Salime, filha de libaneses. A receita foi herdada da mãe de Salime e já era apreciada nos almoços familiares. Nada mais natural do que fazer parte do cardápio da, então, lanchonete. Os clientes foram chegando e tomando gosto pelo prato árabe.

Árabe, libanesa ou síria? Parece não haver um consenso quanto à origem desse petisco. Uns dizem que a esfirra é síria, mas ficou mais conhecida por causa do povo libanês. Outros dizem que não, ela é libanesa, da cidade de Baalbek. Antigamente, no Líbano, era feita de massa folhada e chamada de safiha (ou fataher). Mas nada é muito certo.

Salime Dakkache diz não saber como a esfirra era feita no Líbano, mas que sempre seguiu a receita de sua mãe.

Nunca mudou os ingredientes, nunca mudou o modo de fazer. A esfirra que comemos hoje no balcão, em formato de ferradura, do antigo restaurante, tem o mesmo bom gosto de 47 anos atrás.

Mas qual o segredo? Salime não conta detalhes, mas diz não haver nenhum mistério. Explica que se trata de uma massa simples, bem simples, aliás. Sem leite, sem manteiga, sem ovos... E com recheios variados. Explica: “O maior segredo é o forno, que atinge 500 ºC. E acho que nossa esfirra foi abençoada.”

Vanderlei Mendonça, gerente do restaurante, considera que o sabor do prato também se deve à qualidade dos produtos utilizados no preparo: “Usamos queijos bons; carne de qualidade; farinha especial. E os pratos passam todos por mim. Se vejo que não estão bons, faço voltar na hora.”

Além do padrão consagrado, talvez o segredo de uma boa esfirra londrinense seja a história com que ela também é recheada. Michel Dakkache morreu em 2001, mas deixou um saboroso e histórico legado. Carlos, um de seus seis filhos, tem 50 anos e explica o que isso representa: “Mantemos a tradição, a característica... Você sabe que daqui a tantos anos vai voltar, sentar e comer ‘aquela’ esfirra... O pai trouxe o filho, agora o filho traz o filho, e, um dia, esse filho vai trazer o filho do filho.”

Jornal da Gleba

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