Jil de Dezembro de 2008

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Caixa de Arruda dos Vinhos O BANCO DO SEU CONCELHO SEMPRE A SEU LADO Exames Nacionais do 12º ano - 2008 Externato João Alberto Faria é a 1ª escola fora da Região Metropolitana de Lisboa Fundador João Alberto Faria . Director Nuno Faria . Director-Adjunto Orlando Ferreira . www.ejaf.pt . mail: [email protected] . Dezembro 2008 Jornal Irene Lisboa Dia Mundial da Luta contra a Sida - 1 de Dezembro escuta a mensagem...sem remorsos O Externato João Alberto Faria comemorou o Dia Mundial da Luta contra a Sida com um excerto musical coreografado por alunos do 9º e 10º anos, no bar da escola. Esta actividade foi dinamizada pelo grupo disciplinar de Ciências Naturais, com o objectivo de informar os alunos sobre os métodos mais eficazes na prevenção da doença. Foto: www.novoslabirintos.blogger.com.br/ 12º ANO - 37º lugar nos Exames Nacionais do Ensino Secundário. Média superior à do ano transacto (12,5/11,7). 1º lugar entre as escolas vizinhas. 3ª melhor escola da Região Oeste. 9º ANO - 2ª melhor escola nos Exames Nacionais do Ensino Básico. 1ª melhor escola nacional a Matemática e 2ª melhor a Língua Portuguesa. Média superior à do ano transacto (3,65/3,22). 6º ANO (Provas de Aferição) - 96,7% de aprovações a Língua Portuguesa e 93,4% a Matemática. Abandono escolar de 0%, no 5º, 6º, 8º e 9º anos de escolaridade. P2 “A Dança é livre e independente” bailarina e coreógrafa Olga Ro riz Entrevista P7 FELIZ NATAL 2008 Prémio Movimento Esperança Portugal (MEP) Procurando evidenciar o esforço e a progressão das escolas ao longo dos últimos anos, relativamente à mé- dia de resultados nos exames do 12º ano, o Movimento Esperança Por- tugal (MEP) desenvolveu o ranking “Melhor é Possível” para o período de 2001 a 2007, para aferir a escola que mais evoluiu. O EJAF obteve o 3º lugar, entre 20 escolas públicas e privadas. Este prémio foi atribuído tendo ainda em conta outros indicadores e distingue a excelência, em termos absolutos, das escolas que mais pro- grediram ao longo dos anos. O troféu e o diploma foram entre- gues a 25 de Setembro, no Palácio da Independência, em Lisboa. Esti- veram presentes o Dr. Nuno Faria e a restante Direcção Pedagógica. Nova Oferta EJAF 2008/2009, em regime extracurricular, para o 7º ano. VEM APRENDER CONNOSCO A LíNGUA DE CERVANTES! ESPANHOL

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Jornal do Externato João Alberto Faria

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Caixa de Arruda dos Vinhos

O BANCO DO SEU CONCELHO SEMPRE A SEU LADO

Exames Nacionais do 12º ano - 2008

Externato João Alberto Faria é a 1ª escola fora da Região Metropolitana de Lisboa

Fundador João Alberto Faria . Director Nuno Faria . Director-Adjunto Orlando Ferreira . www.ejaf.pt . mail: [email protected] . Dezembro 2008

Jornal Irene Lisboa

Dia Mundial da Luta contra a Sida - 1 de Dezembro

escuta a mensagem...sem remorsosO Externato João Alberto Faria comemorou o Dia Mundial da Luta contra a Sida com um excerto musical coreografado por alunos do 9º e 10º anos, no bar da escola. Esta actividade foi dinamizada pelo grupo disciplinar de Ciências Naturais, com o objectivo de informar os alunos sobre os métodos mais eficazes na prevenção da doença. Foto: www.novoslabirintos.blogger.com.br/

12º Ano - 37º lugar nos Exames Nacionais do Ensino Secundário. Média superior à do ano transacto (12,5/11,7). 1º lugar entre as escolas vizinhas. 3ª melhor escola da Região Oeste. 9º Ano - 2ª melhor escola nos Exames Nacionais do Ensino Básico. 1ª melhor escola nacional a Matemática e 2ª melhor a Língua Portuguesa. Média superior à do ano transacto (3,65/3,22). 6º Ano (Provas de Aferição) - 96,7% de aprovações a Língua Portuguesa e 93,4% a Matemática. Abandono escolar de 0%, no 5º, 6º, 8º e 9º anos de escolaridade. P2

“A Dança é livree independente”

bailarina e coreógrafa

olga Roriz

Entrevista P7

FELiz nAtAL

2008

Prémio MovimentoEsperança Portugal (MEP)

Procurando evidenciar o esforço e a progressão das escolas ao longo dos últimos anos, relativamente à mé-dia de resultados nos exames do 12º ano, o Movimento Esperança Por-tugal (MEP) desenvolveu o ranking “Melhor é Possível” para o período de 2001 a 2007, para aferir a escola que mais evoluiu. O EJAF obteve o 3º lugar, entre 20 escolas públicas e privadas. Este prémio foi atribuído tendo ainda em conta outros indicadores e distingue a excelência, em termos absolutos, das escolas que mais pro-grediram ao longo dos anos. O troféu e o diploma foram entre-gues a 25 de Setembro, no Palácio da Independência, em Lisboa. Esti-veram presentes o Dr. Nuno Faria e a restante Direcção Pedagógica.

nova oferta EJAF 2008/2009, em regime extracurricular, para o 7º ano. VEM APREnDER connosco A LínguA DE cERVAntEs! ESPANHOL

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2 Destaque

Resultados dos Exames nacionais EJAF 2008 Ensino Secundário (12º ano), Básico (9º ano) e Provas de Aferição (6ºano)

Ranking das Escolas SIC 2008 Ficha Técnica: o ranking da SIC considera apenas os exames mais representativos (às 12 disciplinas com mais exames realizados por alunos internos, em todo o país, na 1ª e na 2ª fase de exames do Ensino Secundário); foram consideradas as 12 disciplinas com mais de 2000 exames realizados por alunos internos e as escolas onde, somadas as 12 disciplinas mais relevantes, foram realizados pelo menos 100 exames (com este critério - que segue há sete anos - a SIC procura evitar que os rankings sejam condicionados por resultados obtidos por um escasso número de alunos).

Ensino secundário - Exames nacionais do 12º ano

Ensino Básico - Exames nacionais do 9º ano

Ensino Básico - Provas de Aferição do 6º ano

De acordo com os dados publicados pela SIC On-line, o estudo mostra que o Externato João Al-berto Faria obteve as melhores médias de exame relativamente às escolas vizinhas, nas seguintes disciplinas: Físico-Química A, Matemática para as Ciências Sociais, Matemática B, Economia e Biologia/Geologia.

O desvio entre Classificação Interna de Frequência e Classificação de Exame foi, no EJAF, de apenas 0.92, variando, nas escolas vizinhas, entre 2.10 e 2.40, o que revela metodologias de avaliação mais rigorosas, traduzidas numa proximidade mais efectiva das reais aprendizagens dos alunos.

Referência aqui à percentagem de retenção/aban-dono escolar no 7º ano de escolaridade, ano crí-tico de passagem do 2º para o 3º Ciclo. Se, no ano lectivo 2004/2005, a percentagem compa-rativa EJAF/Nacional era de 33,7 para 23,4, no ano lectivo 2007/2008, o ratio de 7,5 para 17,8 tornou-se bastante favorável ao EJAF, reflectindo o investimento pedagógico realizado nos últimos 4 anos.

Relativamente ao abandono escolar - EJAF vs Na-cional - o Externato João Alberto Faria apresentou no ano lectivo 2007/2008 uma taxa de abandono de 0% no 5º, 6º, 8º e 9º anos, apresentando uma percentagem de abandono de apenas 0,0050% no 7º ano. De acordo com os dados publicados pelo Ministério da Educação referentes a esta matéria, para o Ensino Básico, a taxa de abandono nacio-nal, em 2001, situava-se nos 2,7 por cento.

A taxa de Retenção/Abandono EJAF, para o 5º ano de escolaridade, em 2007/08, é igual à média na-cional (8,4%), evidenciando uma queda progres-siva, se tivermos em conta os dados de 2004/05, com uma média EJAF de 19% para 13,7% na-cional. No 6º ano, a tendência de descida é mais acentuada. Em 2004/05, os valores EJAF vs. Na-cional, para Retenção/Abandono, eram de 18,8% para 13%, enquanto em 2007/08, a tendência foi claramente invertida a favor do EJAF, com médias comparativas de 3,5% para 8,4% Nacional.

Externato João Alberto Faria2ª MELhoR EscoLA no RAnking

Exames nacionais do Ensino Básico 2007/2008

Externato João Alberto Faria37ª LugAR no RAnking

Exames nacionais do Ensino secundário 2007/2008

Língua Portuguesa - média EJAF vs. média nacional: 3,5/3,36Matemática - Média EJAF vs. média nacional: 3,63/3,22

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Iniciativas 3

Decorreram a 15 de Outubro no EJAF as cerimónias de Tomada de Posse dos Delegados de Turma, de entrega das Medalhas de Honra e Mérito e dos diplomas aos vencedo-res das diversas actividades propostas no ano lectivo transacto.

No 5º ano, 20 alunos tomaram posse como delegados de turma, en-quanto que no 6º, foram eleitos 18. No 3º Ciclo, foram eleitos 20 alunos no 7º ano e 18 no 8º. No 9º ano, foram eleitos 16 alunos.

No Ensino Secundário, tomaram posse, no 10º ano, 14 delegados, no 11º, 12 delegados e, no 12º, 14 alu-nos foram eleitos delegados de tur-ma.

A Comissão Representativa de Alunos (CRA) para o ano lectivo 2008/2009 ficou assim constituída:

representante do 2º Ciclo, Marta Avelar; do 3º Ciclo, Ricardo Silva e Ana Raquel Ferreira. No Secundário, para o 10º ano, foi eleita Alexandra Rebelo; para o 11º ano, Rafaela Par-dal e, finalmente, para o 12ºano, Pe-dro Ferreira.

No ano lectivo passado, integraram o Quadro de Honra durante todo o ano, seis alunos do 5º ano; seis do 6º; nove do 7º; doze do 8º; três do 9º; sete do 10º; 17 alunos do 11º e 13 do 12º.

Nesta cerimónia foram tam-bém entregues os Prémios EJAF 2007/2008, para os melhores alunos de cada ciclo.

No 2º Ciclo o prémio foi atribuí-do a Ângela Barnabé; no 3º Ciclo destacou-se a aluna Maria Frade e no Ensino Secundário, João Ribeiro.

Tomada de posse dos Delegados de Turma e entrega de prémios EJAF

No 1º Curso de Educação e For-mação de Adultos, 14 formandos receberam Medalhas de Honra e Mérito.

Foram ainda entregues os prémios do Concurso de Banda Desenhada. Nádia Sanches obteve o 1º lugar. Os alunos Sofia Silva, Pedro Coelho e Patrícia Soares receberam menções honrosas.

No Jogo do 24, os resultados para o 2º Ciclo, foram os seguintes: 1º, Renato Ribeiro; 2º, João Santos; 3º, David Duarte. No 3º Ciclo, ganhou Fábio Ferreira; no 2º lugar ficou Pe-dro Pereira e no 3º, Kethleyn Cal-deira.

No Torneio de Xadrez, Daniel Ro-sário obteve o 1º lugar, Lucas Ca-margo o 2º, e André Spínola, o 3º lugar.

Ângela Barnabé, melhor aluna do 2º Ciclo, acompanhada pela Prof.ª Elisabete Pombeiro.

Maria Frade, melhor aluna do 3º Ciclo, acompanhada pela Prof.ª Isabel Vinhas.

Representante de João Ribeiro, melhor aluno do Ensi-no Secundário, acompanhada pelo Prof. Vitor Manso.

Comissão Representativa dos Alunos (CRA) para o ano lectivo 2008/2009, acompanhados pela Prof.ª Conceição Rodrigues.

O progresso do país, a qualidade de todos os profissionais, precisam

de um ensino feito com rigor, com exigência e com trabalho.

A emergência de uma economia fundada no conhecimento deverá ser no futuro um poderoso factor de desenvolvimento dos Estados.

O EJAF tem sido uma escola capaz de antecipar desafios e mudanças e capaz de encontrar estratégias para a promoção de uma educação de qualidade.

Sempre estivemos comprometidos com uma visão de melhoria contínua de qualidade do ensino acompanhando os desafios da convergência Europeia.

Procurar a qualidade e estimular a inovação é uma das metas do nosso PEE.

Estudos sobre a eficácia do ensino tendem a considerar dez variáveis com uma forte incidência nos resultados escolares: clareza, flexibilidade, entusiasmo, justeza, crítica ,indução ao trabalho, coerência entre o que se ensina e o que se avalia, estimulação, variedade e tempo.

Estas variáveis estão subjacentes ao nosso modelo pedagógico e daí resultarem estratégias educacionais que nos têm conduzido a Bons níveis de sucesso escolar, como se pode comprovar pelos resultados obtidos pelos nossos alunos nos Exames Nacionais.

Porque há uma vontade de seguir em frente, de perspectivar o futuro, o nosso Projecto Educativo é um projecto global de cultura, de valorização pessoal e enriquecimento colectivo, formando indivíduos com valores e de valor, com apreço pela excelência das suas práticas.

Desejamos a todos um Santo Natal e um Feliz Ano Novo.

Nota EditorialPela Direcção Pedagógica

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EJAF - Encontros sobre Educação

4 Iniciativas

No dia 1 de Novembro, foi aber-ta ao público a “11ª Festa da Vinha e do Vinho”, no Pavilhão Multiu-sos, em Arruda dos Vinhos.

No primeiro dia decorreu o con-curso Miss Festa da Vinha e do Vi-nho, patrocinado pelo Intermarché de Arruda dos Vinhos.

Catorze finalistas do EJAF dispu-taram o lugar de Miss Festa da Vi-nha e do Vinho. Contudo, apenas cinco prémios foram atribuídos, quatro deles votados em exclusivo pelo júri.

e maquilhada por “Arte e Beleza Cabeleireiros”.

Este ano foi conferido o prémio de Miss Fotogenia, atribuído a Marta Cláudio vestida por “Ar Jo-vem”, penteada por “Arte e Beleza Cabeleireiros” e maquilhada por “Anaphora”.

Foi também concedido o prémio de Miss Simpatia, o único atribuí-do pelo público, a Joana Carvalho, vestida por “Ar Jovem” penteada e maquilhada por “Arte e Beleza Ca-beleireiros”.

Cristiana Bernardo, 1ª Dama de Honor.

11ª Miss Festa da Vinha e do VinhoAna Ferreira, 2ª Dama de Honor.

Vanessa Paulo, Miss Festa da Vinha e do Vinho 2008.

Das finalistas concorrentes, Va-nessa Paulo, vestida por “VetiAr-ruda” penteada e maquilhada por “Arte e Beleza Cabeleireiros”, obte-ve o título de Miss Festa da Vinha e do Vinho.

O prémio 1ª Dama de Honor foi atribuído a Cristiana Bernardo, vestida por “VetiArruda”, penteada por “Arte e Beleza Cabeleireiros” e maquilhada por “VillaSpa”.

A finalista Ana Ferreira foi reco-nhecida como 2ª Dama de Honor, vestida por “VetiArruda” penteada

Visitas de EstudoFevereiro 2009

Espanha

alunos do 10º ano

ToledoMadridValência

(Cidade das Artes e das Ciências)

Estados unidos

alunos doClube de Jornalismo

Nova Iorque(incluído nas comemorações

do 10º aniversário

do Jornal Irene Lisboa)

Os Desafios do Séc. XXI e a Economia do Conhecimento

Dr. Nuno Faria, Director Pedagógico do Externato João Alberto Faria (esq.) acompanhado pelo Eng.º Fernando Santo, bastonário da Ordem dos Engenheiros (dir.) e conferencista convidado.

Fernando Ferreira Santo licenciou-se em Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico, em 1974. Desde 2002 é docente no Instituto Superior de Economia e Gestão, num curso de Pós-Graduação. Desempenhou funções nos Ministérios das Obras Públicas e da Habitação. Foi eleito Bastonário da Ordem dos Engenheiros a 27 de Fevereiro de 2004 e reeleito a 28 de Fevereiro de 2007, para segundo mandato. É Presidente do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) desde Outubro de 2004, tendo sido reeleito para o mesmo cargo passados 3 anos. É membro do CES - Conselho Económico e Social, em representação do CNOP. É autor de diversos artigos sobre construção, obras públicas e imobiliário, de livros da especialidade, conferencista em encontros técnicos e profissionais e cronista em alguns órgãos de comunicação.

A questão da Economia do Conhe-cimento liga-se, sobretudo, a uma re-flexão sobre os modelos históricos de desenvolvimento e à ponderação das variáveis a ter em conta na constru-ção do modelo que queremos para o nosso tempo.

A Revolução Industrial mostrou ser possível, a partir da Ciência, construir coisas através da Máquina.

A grande diferença nos últimos 150 anos, comparativamente ao resto do mundo, é que a sociedade ocidental adquiriu e desenvolveu a capacidade de transformar conhecimento em produtos de valor acrescentado e produzir riqueza tendo como base o conhecimento científico.

Os desafios contemporâneos as-sentam hoje, sobretudo, em dois pilares fundamentais: o ambiente e a sustentabilidade dos modelos de desenvolvimento.

Entre outros aspectos a ter em con-ta, devemos considerar as seguintes condicionantes à construção de fu-turos modelos de desenvolvimento:

o aumento da população mundial; a deslocalização maciça de populações para as cidades; o acesso a água potá-vel, saneamento básico e tratamento de lixo e o acesso a energia barata.

Os desafios contemporâneos são de outra natureza, diferentes daque-les que se colocaram em outras épo-cas da HIstória, já que lidamos com uma escala que tem como principal problema a própria sustentabilidade da espécie humana.

Para Fernando Santo, o modelo de desenvolvimento sustentado para o fu-turo é aquele que assenta no valor do Conhecimento, com a sua capacidade de transformar o saber em riqueza, num mundo em mudança permanen-te, através da investigação como motor das empresas, ou de uma maior siner-gia entre universidades e empresas.

“Não há liberdade sem indepen-dência económica”, afirma. O que faz crescer a riqueza e a diferença entre os países é saber transformar o conheci-mento em riqueza e o problema num negócio.

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Iniciativas 5

No dia 27 de Outubro, foi montado um mini- -planetário insuflável no refeitório do EJAF. Dentro do planetário foi realizada uma apresentação para as turmas do 10º ano de Ciên-cias e Tecnologias, em que se abordavam as matérias dadas na disciplina de Biologia. Esta estrutura tinha a for-ma de cúpula com capaci-dade para cerca de trinta alunos e, no seu interior, os estudantes sentavam-se em torno de um projector que os permitia visualizar ima-gens de constelações, dos diferentes tipos de estrelas e recreando o próprio proces-so do Big-Bang, em que se mencionou a nucleossíntese estelar. A apresentação, que durou cerca de uma hora, foi feita por um astrofísico da

EJAF Planetário

Universidade de Coimbra que permitia aos alunos uma participação activa. Devido à curiosidade dos alunos, o profissional explicou tam-bém, a melhor forma para encontrar algumas estrelas e constelações, como a Estrela Polar, a Ursa Maior e a Ursa Menor, aproveitando, assim, para introduzir o assunto da orientação pelas estrelas. Já no fim da demonstração foram projectadas algumas imagens do Sistema Solar, focando alguns aspectos como o tamanho de diver-sas estrelas e planetas. Após a saída do planetário o técnico conduziu os alunos para o exterior do edifício, na ten-tativa de identificar algumas estrelas, o que não foi possí-vel devido às condições cli-matéricas.

Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite, deixava assim em testamento a sua última vontade. Dava assim provas de sua filantropia e pretendia com isto aliviar parte da cul-pa que sentia por ter incenti-vado o belicismo com a sua invenção, apesar dos mais nobres propósitos que a ela levaram.

118 anos depois desse tes-tamento e 107 após a pri-meira atribuição, os Prémios Nobel mantêm isento o seu prestígio e notoriedade a ní-vel internacional.

Quantos de nós desconhe-cem a existência destes pré-mios? Quantos não sabem que José Saramago é Prémio Nobel da Literatura ou que o Bispo de Dili, D. Xime-nes Belo, é Prémio Nobel da Paz? Provavelmente muito poucos…!

2008 não foi excepção e tive-mos mais uma leva de prémios a destacar figuras importantes do mundo. Os Prémios No-bel 2008 foram atribuídos a:

Prémio Nobel da Física, Yoi-

chiro Nambu (EUA) “pela descoberta do mecanismo da rotura espontânea da sime-tria na área da Física suba-tómica”, Makoto Kobayashi (Japão) e Toshihide Maska-wa (Japão) “pela descoberta da origem da rotura da sime-tria, que prediz a existência de pelo menos três famílias de ‘quarks’ na Natureza”

Prémio Nobel da Química, Osamu Shimomura (Japão), Martin Chalfie (EUA) e Roger Y. Tsien (EUA) “pela descoberta e desenvolvimen-to da proteína verde fluores-cente (GFP)”

Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina, Harald Zur Hausen (Alemanha) “pela sua descoberta do vírus do papiloma humano” e Fran-çoise Barré-Sinoussi (Fran-ça) e Luc Montagnier (Fran-ça) “pela descoberta do vírus VIH”

Prémio Nobel da Literatu-ra, Jean-Marie Guztave Le Clézio (França) “autor de novas partidas, aventuras poéticas e êxtases de sensua-lidade, explorador da huma-

nidade para além e para trás do mandato da civilização”

Prémio Nobel da Paz, Martti Ahtisaari (Finlândia) “pelo seu importante traba-lho, em varios continentes e durante mais de três décadas, destinado a resolver os con-flictos internacionais”.

É comum o equívoco de se afirmar que também exis-te um Prémio Nobel para a Economia.

Este não foi previsto no testamento do inventor, e é um prémio posterior criado por um banco sueco, com o nome de “Prémio Sveriges Riksbank de Ciências Econó-micas em Memória de Alfred Nobel”.

Existem outros prémios internacionais para áreas não consagradas pelos Nobel, como o prémio Pulitzer para Jornalismo ou a Medalha Fields para Matemática.

Queres saber mais? Pesqui-sa no site www.nobelprize.org. Aí podes encontrar as datas de divulgação, os locais de entrega dos prémios, e mui-to mais.

“A totalidade do que resta da minha fortuna ficará disposta do seguinte modo: o capital, convertido em valores seguros pelos meus testamentários, constituirá um fundo cujas importâncias serão distribuídos cada ano sob a forma de prémios entre aqueles que durante o ano precedente tenham realizado o maior benefício para a humanidade. Estas importâncias dividir-se-ão em cinco partes iguais, que serão repartidas da seguinte forma: uma parte para a pessoa que tenha realizado a maior descoberta ou invenção mais importante dentro do campo da Física; uma parte ara a pessoa que tenha realizado a descoberta ou melhora mais importante dentro da Química; uma parte para a pessoa que tenha realizado a descoberta mais importante dentro do campo da Fisiologia e da Medicina: uma parte para a pessoa tenha producido a obra mais saliente de tendência idealista dentro do campo da Literatura, e uma parte para a pessoa que tenha trabalhado mais ou melhor em favor da fraternidade entre as nações, a abolição ou redução dos exércitos existentes e a celebração e promoção de processos de Paz. Os Prémios para a Física e a Química serão outorgados pela Academia Real das Ciências da Suécia; o Prémio para a Fisiologia e a Medicina será concedido pelo Instituito Karolinska de Estocolmo; o Prémio para a Literatura pela Academia Sueca; e o Prémio para os defensores da Paz por um comité formado por cinco pessoas elegidas pelo parlamento norueguês. É meu desejo expresso que, ao outorgar estes prémios, não se tenha em consideração a nacionalidade dos candidatos, sendo estes os mais merecedores de receber a distinção, sejam escandinavos ou não.” Clube Sueco-Noruego de Paris, 27 de Novembro de 1895

Prémios Nobel 2008

por Diogo silva

halloween A 30 de Outubro celebrou-se o Halloween no EJAF. Os corredores enche-ram-se de caras assustadoras e de barulhos arrepiantes. Como sempre, realizou-se no bar a exposição e concurso de abó-boras decoradas pelos alunos do 2º Ciclo. O vencedor do concurso foi o 5º H. À tarde houve uma sessão de cinema só com filmes de terror, organiza-da pelos finalistas. Os alunos que levassem máscara tinham um desconto na entrada.

Magusto Nos dias 10 e 11 de Novembro o cheiro a castanhas assadas chegou ao EJAF. A 10 de Novembro, os idosos do lar da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos fizeram uma visita ao Externato e trou-xeram com eles boa disposição, sabedoria e claro, castanhas as-sadas. A 11 de Novembro, dia de S. Martinho, foi organiza-do pelos finalistas um magus-to nas traseiras do bar, onde foram assadas castanhas, mais tarde vendidas aos alunos.

Banco Alimentar A 29 e 30 de Novembro, alunos e professo-res do EJAF uniram-se para abraçar mais uma campanha do Banco Alimentar Contra a Fome. Este ano, a recolha de alimentos foi feita no Inter-marché e no Pingo Doce de Arruda dos Vinhos, num total de 1766 kg recolhidos. A co-ordenação das equipas EJAF esteve a cargo das professoras Clara Faria e Ana Barreira. O EJAF agradece a todos os alu-nos, professores e encarregados

de educação que contribuíram para o sucesso deste projecto.olimpíadas da Matemática A 12 de Novembro realizaram-se no EJAF as Olimpíadas da Matemática, iniciativa já com 17 anos. Este ano, os vencedo-res das Olimpíadas foram os seguintes: 1º lugar para João Perdiz, do 9ºH; 2º lugar para Bárbara Casteleiro, do 9ºC.Esperamos que estas Olimpía-das se continuem a realizar nos anos vindouros e agradecemos o empenho dos professores na

realização desta actividade, que desperta o interesse e motiva os alunos para a aprendizagem da Matemática.Jantar dos antigos alunos EJAF Realizou-se nas instalações do EJAF, no dia 29 de Novembro, pelas 20.30 h, mais um jantar dos antigos alunos do Externa-to, com o objectivo de manter vivos o espírito e a cultura desta escola, mesmo após o final dos respectivos percusos académi-cos. Votos de continuação dos melhores sucessos profissionais.

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6 Músicas do Mundo

Surgiu devido à necessidade de inovação caracte-rística dos japoneses, saturados de uma indústria que julgavam já estar desgastada pela monotonia de músi-cos e músicas que nada de novo acrescentavam à cena musical da época. O visual kei nasce com a junção do rock, metal, punk rock, pós-punk, death rock, ska, etc a um visual arrojado, agressivo e andrógino. Os artistas “visuais” transmitem através da sua aparência excêntrica a essência da sua música e a sua ânsia de se liber-tarem de barreiras criativas e darem asas à sua originalidade. Estes artistas usam a sua aparên-cia bizarra como foram de cana-lizar a atenção do público para a sua música, através da qual se conseguem expressar enquan-to seres humanos e artistas. Os X JAPAN e os D’ERLANGER, foram duas das bandas pioneiras deste mo-vimento e aquelas que conse-guiram alcançar mais sucesso fora do Japão, inspirados pela criatividade e originalidade dos seus trabalhos muitas outras bandas se seguiram, mantendo sempre intacto o espírito do vi-sual kei, a ausência de barreiras à criação musical, que confere a este estilo a plasticidade ne-cessária para prevalecer num mercado de gostos exigentes e ávido de novidades.

Desde a sua criação até à actualidade que o visual kei tem sofrido várias alterações que lhe permitem ter, nos dias de hoje, um diverso leque de sub-géneros que se distanciaram de tal modo do original que até a forma “visual” dos artistas se apresentarem sofreu alterações. Os principais sub-géneros ou sub-categorias do visual kei são:

kotevi kei Um dos géneros mais proeminentes do Visual Kei, é caracterizado pela grande presença em palco dos músicos que conjugam poderosas interpeta-ções instrumentais com um visual apelativo, composto de roupas elaboradas e vistosas. Surgiu na cidade de Osaka, e pode ser dividido em “kuro kei (grupo pre-to)” e “shiro kei (grupo branco)”. O primeiro é com-posto por musicas mais pesadas letras de tema obscuro e composições rápidas, já o shiro kei, funciona como oposto, caracteriza-se por composições mais harmo-niosas e letras menos agressivas. Os impulsionadores do shiro kei, foram a banda L’Arc~en~Ciel que se apresentava frequentemente de branco e cujas musicas eram mais melodiosas e menos agressivas.

kurofuku kei É um sub-género que se desenvolveu desde os finais da década de 80 até meados da de 90. O seu estilo era mais negro e de influências góticas, algumas bandas pioneiras do movimento são BUCK-TICK, LUNA SEA, ZI:KILL, Kuroyume e BY-SE-XUAL, enquanto que a banda The GazettE é, neste momento, a que tem mais projecção fora do Japão. Apesar de, relativamente, ao kotevi kei, a maquilha-

gem ser pouca, o efeito é mais dramático e obscuro.soft visual kei É composto por bandas com uma

aparência menos chamativa, é o sub-género que recor-re menos à utilização de maquilhagem. Sendo aquele que possui maior número de fãs do sexo masculino. O seu apogeu deu-se no final da década de 90 e estas bandas foram catapultadas para o sucesso ao contrário das kotevi kei que actuavam mais na cena indie. Al-

guns exemplos de bandas de soft visual kei são GLAY, e Sid, no entanto o soft visual kei começou a entrar em crise no início do século e o sub-género já não tem seguidores na actualidade.

iryou kei São bandas representativas que pretendem recriar ambientes específicos, ou épocas históricas. Os membros apresentam-se vestidos de acordo com determinado tema. Existem bandas que recriam

ambientes de hospitais envergando fatos de enfermeiras curativos e outros elementos alusivos, e ainda outras que

compõem e ajem como se estivessem em determinado período histórico, é o caso de Versailles uma banda de

sonoridade vitoriana e composições barrocas.

oshare kei Caracterizado por grupos que abusam de roupa dita “fashion”, conciliam o seu visual excêntrico com as roupas que ditam as tendências da moda, são as bandas mais coloridas e vistosas as musicas são ale-gres e descontraídas, quase próximas do j-pop. Surgiu entre 2002 e 2004 com o declínio do kotevi kei. As bandas com maior projecção, dentro do género são An Cafe (Antique Cafe), Charlotte, SuG e Ayabie entre outras.

nagoya kei Termo genérico originado para referir bandas com origem em determinada região ou cidade Japonesa. Estas bandas tem uma sonoridade própria característica da região em que se inserem. Alguns exemplos são: Blast, BERRY e DEATHGAZE.

Independentemente do sub-género em que se inse-

rem há determinadas caracteristicas que são comuns a todos. Na sua grande maioria todas as bandas visuais são compostas por rapazes que através da indumen-tária extravagante e maquilhagem arrojada pretendem alcançar a androginia, tornando-se difícil para certas pessoas não familiares com o meio distinguir se se trata de homens ou mulheres.

As bandas são compostas no minímo por um voca-lista um guitarrista um baixista e um baterista, ainda que para conseguirem alcançar uma so-noridade mais apelativa e ino-vadora seja comum utilizarem-se dois guitarristas e um teclista. Dependendo do estilo da banda podem ser acrescentados outros instrumentos mais clássicos, é o caso da banda Malice Mizer que usa o órgão e o violonce-lo em alguns dos seus temas. É ainda frequente a existência de um membro da banda que se veste exclusivamente com rou-pas femininas, o cross-dresser, é sempre o membro de estatura mais baixa, aparência infantil e feminina.

O visual kei é um mundo musical de possibilidade infi-nitas que permite aos músicos terem total liberdade de ex-

pressão, é o caso do artista solo Miyavi (ex-membro da banda extinta Dué le Quartz) que conciliou o rock, com sapateado e interpretações originais de viola, chegando a usá-la como instrumen-to de percursão. Ao novo estilo musical criado chamou “neovisualism”.

Os artistas visual kei são exemplos de devoção ao mundo musical e ao estilo que representam. Patroci-nados por editoras indies, procuram alcançar o reco-nhecimento através de esforço e mérito próprio, nunca esquecendo a humildade, característica dos Japoneses em geral, mas que eles reforçam ao escolher viver vidas simples e despojadas do luxo e ostentação caracterísit-cas das bandas Ocidentais.

Os fãs de Visual Kei levam tão a sério as bandas que admiram, que em muitos casos se vestem como eles, o chamado “cosplay” (costume play). Aproveitam meets de pessoas com os mesmos gostos para exteriorizarem a admiração que nutrem pelas bandas.

O fenómeno do cosplay (também de personagens de Animes) é visível em todo o mundo, e também em Portugal, chegando mesmo a existir competições certificadas onde a pessoa com o melhor cosplay pode ganhar cheques de elevadas quantias.

O visual kei é admirado por uns e detestado por outros. Mas a verdade é que estes artistas têm a ca-pacidade de contagiar multidões de fans por todo mundo e de fazer a cultura Nipónica actual che-gar aos quatro cantos do Planeta, através de musi-ca inovadora e uma filosofia de vida livre de pre-conceitos e repleta de potencialidades criativas.

Visual kei (ヴィジュアル系 visual kei/bijuaru kei, “linhagem visual” ou “estilo visual). É conhecido apenas de um pequena minoria nos países ocidentais, uma minoria bastante reduzida na verdade, apenas pessoas com um interesse particular pelo Japão poderão estar familiarizadas com o termo. Refere-se a um estilo musical inserido no j-rock (rock japonês, que devido às suas caracteristicas únicas é diferenciado do rock ocidental através do “j” abreviatura de “japanese”), surgiu nos finais dos anos 70, e até à actualidade é um dos estilos musicais japoneses que mais tem fascinado o resto do mundo.

Visual kei Mais que música, uma forma de vidaヴィジュアル系

por carolina carvalho

Versailles, uma boys-band de sonoridade vitoriana e composições barrocas.

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Perfil 7

Discurso de Recepção pelo Dr. nuno FariaDirector do Externato João Alberto Faria

Com apenas três anos, quando ainda vivia em Viana do Castelo, uma educadora descobriu o talento de Olga Roriz e informou os pais de que Olga gostava muito de dançar.

“Eu gostava muito de dançar, tal como qualquer outra criança de três anos, acho eu. Mas os meus pais levaram isso muito a sério”.

A mãe de Olga, querendo proporcionar à filha aquilo que ela não tivera, dei-xou Viana do Castelo, e partiu com Olga e a sua irmã mais velha para Lisboa. Embora se tenha separado, a família sem-pre apoiou Olga na sua vida e carreira.

“A minha mãe veio comigo e com a minha irmã mais velha para Lisboa, para eu poder ter uma educação orientada para a dança, e o meu pai ficou em Viana do Castelo. A minha fa-mília foi espantosa e nunca me cobrou nada.”

Já em Lisboa, entrou para a es-cola de dança de Margarida de Abreu, onde esteve até aos sete anos, quando a própria Marga-rida de Abreu falou com a mãe de Olga e lhe disse que a filha deveria ir para uma escola mais apropriada, em que a dança se tornasse parte da vida e educação de Olga e não apenas uma activi-dade.

“Não que ela não se levasse a sério, mas achava que eu deveria ir para uma escola do Estado, com mais disciplinas e direccionada para uma carreira neste ramo”.

Assim, aos oito anos, entrou para o Teatro São Carlos, um teatro de ópera, onde recebeu as bases técnicas e artísticas, com a mestra Ana Ivanova.

“Foi neste teatro que comecei a estar perto de pessoas que queriam, como eu, entrar no mundo da dança e que também levavam esta tarefa muito a sério.”

A vida de uma jovem bailarina é complicada, exi-gente, intensa. Não havia tempo para sair com os outros jovens, devido ao cansaço físico, por causa dos exigentes treinos, associado ao cansaço mental, dos estudos.

Embora uma adolescência nos possa passar ao lado se levarmos uma vida assim, Olga Roriz não considera que isso lhe tenha acontecido, apenas vi-veu a adolescência de uma maneira diferente.

“Enquanto as raparigas passam esta fase a imagi-nar o seu conto de fadas, eu vivia o meu próprio conto de fadas, porque estudava num teatro lin-do onde via óperas como a Traviata, o Rigoleto e a Carmen. E eu até já entrava em algumas peças! Sentia-me mesmo uma princesa.”

Após a sua formação no Teatro de São Carlos,

Olga Roriz conseguiu uma audição para o Ballet Gul-benkian. Já trabalhara anteriormente com a Compa-nhia, pois algumas peças, como “Petruska” e “O Que-bra-Nozes” necessitam de várias raparigas jovens, que são escolhidas dentre as escolas de dança.

“Fui tranquila, porque já estava familiarizada com o espaço e com alguns dos bailarinos, de trabalhos que já tinha feito com essa Companhia.”

Durante a formação no Ballet Gulbenkian, o primeiro papel principal, no início de carreira,

que considera muito importante, foi em “A Última Dança Para o Meu Pai”, de Patrick Hurd.

Era uma peça para uma rapariga, a solista, mas havia sempre as segundas castes, bailarinas que po-deriam repartir os espectáculos com a solista ou ser suas suplentes, o que é, em qualquer dos casos, uma grande honra e oportunidade de aprendiza-gem. Olga Roriz foi escolhida para ser a segunda caste, o que não foi fácil.

“Gerou[-se] uma grande confusão no Ballet Gul-benkian, porque eu era uma estagiária e só tinha 20 anos. Quer dizer, tinha acabado de entrar e ia ficar com o papel principal? Então fui chamada à direcção do Ballet Gulbenkian e disseram, tanto a mim, como ao coreógrafo, que eu não podia ficar com esse papel. E foi nesta altura que o coreógrafo tomou uma posição e disse “Se ela não fizer a peça, eu também não a faço”, e eu acabei por dançar.”

Esta peça que tanto marcou Olga Roriz foi apre-sentada no auditório do Ballet Gulbenkian e em várias digressões. Numa dessas digressões, Olga co-meçou a entender o quanto a sua vida mudara.

“Eu e os meus colegas de companhia tínhamos ido a um café-restaurante lanchar, quando me vie-ram pedir autógrafos. Imagina, virem-me pedir autógrafos a mim! E, ainda por cima, com a Com-

panhia toda atrás e ninguém a pedir aos outros.”Embora nunca tivesse planeado sair do Ballet

Gulbenkian, foi convidada para ser Directora da Companhia de Dança de Lisboa.

“Nunca houve nenhuma resolução da minha parte como «Vou-me embora», mas sim, foi al-guém do exterior que, no momento certo, veio ter comigo.”

No entanto, a adminis-tração da Companhia de Dança de Lisboa tinha ideias bastante diferentes das de Olga, querendo tor-nar a Companhia numa segunda Gulbenkian, “o que para mim não fazia sentido nenhum, porque eu queria desenvolver um método de trabalho dife-rente.”

Olga Roriz pretendia um trabalho mais criativo, uma companhia onde pu-desse passar várias semanas apenas na criação de uma peça, em que pudesse dar asas à sua imaginação.

“Eu queria ter uma com-panhia de autor, poder fa-zer espectáculos de uma

noite inteira e não que me fizessem encomendas. Apresentei, então, a minha proposta, mas como as nossas ideias divergiam acabei por sair e criar a mi-nha própria companhia, a Companhia Olga Roriz, em 1995, que se estreou no Grande Auditório do CCB.”

Aos 53 anos, Olga Roriz tem duas filhas, uma de 33 e outra de 21 anos. Agora, já não precisam de apoio e atenção, mas quando em pequenas, nem sempre era fácil conciliar o trabalho com a família. No entanto, a bailarina e coreógrafa nunca teve de optar por um ou por outro.

Ao longo da sua carreira coreografou inúmeras peças pelas quais mereceu grande reconhecimento, como “Pedro e Inês”, “Confidencial” e “Inferno”.

Para Olga Roriz, a Dança é uma arte plena e maior, independente de todas as outras, apesar de as utilizar como meio manipulativo, seja a palavra, a música, a cenografia, os figurinos, a luz...

Diz-nos que a dança é uma espécie de poesia tor-nada matéria, pela sua capacidade de abstracção riquíssima em simbolismo. “Ela lança pistas à sua compreensão sem espartilhar a visão individual de cada espectador. Pode ser intervencionista, crítica e será sempre actual, porque fala sempre de um cor-po social e político. Não está presa a textos, câno-nes, estilos...”

“A Dança é sobretudo livre e independente, na verdadeira acepção da palavra”. Palavras bailadas por Olga Roriz.

Olga Roriz é uma das coreógrafas maiores do nosso país, tendo já realizado inúmeras peças de grande sucesso e parti-cipado em outras tantas. Embora prefira a dança contemporânea, a única que coreografa, fez parte do elenco de várias peças de renome, tanto de bailados, quanto de dança clássica e contemporânea. O JIL entrevistou-a na sua casa, em Lisboa, a 26 de Novembro.

OLGA RORIZ, bailarina e coreógrafa

Entrevista e texto por Beatriz colaço Dias e sofia Lemos da costa

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8 Educação

Stresse escolarpor carla Frade, Psicóloga clínica

Os agentes causadores de stresse podem adoptar um carácter mais grave como a morte de um ente querido, separação de alguém a quem se está ligado afectivamente, divórcio dos pais, desgostos amorosos e mudanças de escola (incluindo aqui os alunos estrangeiros que também mudaram de país para se inserirem numa nova cultura, num novo sistema de ensino, numa rede social diferente), ou um carácter menos grave como os acontecimentos do quotidiano (horário intenso, excesso de actividades, pouco tempo para brincar e estar com os amigos, dificuldades de aprendizagem, repreensões sistemáticas, conflitos com os colegas, dificuldades de comunicação e de relacionamento interpessoal, passar demasiado tempo sozinho em casa ou na escola).

A adaptação ineficaz aos agentes stressores provoca um desequilíbrio que incapacita o indivíduo de reagir positivamente às mudanças que se instalam, agravando o processo de adaptação.

Como em cima já foi referido a escola e as suas actividades diárias é para muitas crianças motivo de stresse. Estudos efectuados neste campo (Pereira, 2003) dividem os geradores de stresse em três áreas: académica, relações interpessoais quer com professores quer com os pares e cumprimento de regras.

No domínio escolar, nomeadamente no ensino básico, a pressão para o sucesso, o grande número de disciplinas e o excesso de carga horária exigem dos pequenos estudantes uma grande capacidade de organização e gestão de tempo e materiais que nem todos possuem. No que respeita às relações interpessoais, lidar com colegas e professores (muitos deles que não se conhece bem), que têm diferentes formas de reagir, exige um esforço de adaptação permanente que é demasiado penoso para algumas crianças, principalmente para as mais inseguras. Têm medo de não conseguirem corresponder às expectativas, medo de não serem aceites, medo de rejeição devido às dificuldades de aceitação das transformações físicas e psicológicas próprias da puberdade e muitas vezes medo de agressões físicas por parte dos colegas mais velhos. Em suma, têm medo de ser diferentes e de se afirmarem como tal.

As regras de escola e de sala de aula, nem sempre uniformizadas, com exigências diferentes em termos de métodos de ensino e de organização, levam também à criação de mecanismos constantes de adaptação ao longo do dia.

Todos estes aspectos podem levar a uma sintomatologia que se pode manifestar por desconcentração, preocupação, tristeza,

nervosismo, agitação, medo, confusão, desorganização, agressividade, problemas de assiduidade, ou ainda assumir um carácter fisiológico como dores de cabeça, dores de barriga e/ou estômago, dores no peito, taquicardia, náuseas, vómitos, tremores, tensão muscular, diarreia e obstipação.Estas são reacções próprias ao stresse, no entanto a sua intensidade, duração e características próprias da criança devem ser controladas, porque podem dar origem a outras perturbações mais graves.

A prevenção do stresse em ambiente escolar deve ser feito abarcando duas vertentes: a escola em si e o indivíduo. Cada escola deve fazer um diagnóstico das suas necessidades e actuar conforme os problemas com que se depara.

Preparação de actividades de acolhimento e de conhecimento da nova escola para os alunos que chegam, articulação de actividades e estratégias entre professores do conselho de turma, comunicação efectiva entre escola e família, ajudando esta última a desenvolver competências que conduzam ao sucesso académico e comportamental dos seus educandos, ajudar os alunos a desenvolver competências de organização (gestão de tempo e materiais e métodos e técnicas de estudo), análise e discussão do regulamento interno da escola na turma, uniformização e análise das regras de funcionamento na sala de aula em todas as disciplinas, fomentar programas de tutoria aluno-aluno e professor-aluno são algumas das possíveis intervenções institucionais para minorar os agentes stressores numa escola.

A outra possibilidade de prevenção das dificuldades de adaptação é mais dirigida para o aluno e para a forma como deve actuar individualmente na resolução dos problemas, criando programas de ajuda, individuais ou em grupo, que lhe permitam reconhecer as dificuldades e criar soluções adaptadas e saudáveis para ultrapassar as mesmas.

Pereira, A I., Narciso Davide, I. (2004). Stress Escolar percebido pelos alunos. Revista proFORM@R online, nº 7. http://www.proformar.org/revista/edicao_7/pag_3.htm

Pereira, A. I. (2003). Projecto de Investigação:“Envolvimento Parental na Escola e Ajustamento Emocional e Académico na Infância - um estudo longitudinal com crianças do ensino básico” (não publicado). Financiado pelo Programa de Apoio a Projectos de Pesquisa no Domínio Educativo da Fundação Calouste Gulbenkian e pela Escola Superior de Educação João de Deus. http://www.proformar.org/revista/

A infância e a adolescência são as fases desenvolvimentais, por excelência, de vivências lúdicas e de experiências agradáveis longe das preocupações do mundo adulto. Contudo, os educadores deparam-se muitas vezes com crianças e jovens angustiados devido a dificuldades gerais de adaptação às mudanças familiares, escolares e sociais. Diz-se, pois, que sofrem de Stresse.

Este é um novo espaço dedicado à Educação para a Saúde.

O antigo ditado “Mente sã num corpo saudável” retrata bem o conceito de saúde como um conceito positivo, um recurso quotidiano que implica “um estado completo de bem-estar físico, social e mental e não apenas a ausência de doença e/ou enfermidade (Organização Mundial de Saúde, 1948).

É por isso necessário que todos os cidadãos sejam educados para uma saúde global suficientemente responsável, alcançada através de procedimentos educativos eficazes.

Em contexto escolar, Educar para a Saúde consiste em dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao tal bem-estar físico, social e mental.

Nesse sentido, estabeleceu-se uma parceria entre o Externato João Alberto Faria e a Equipa de Saúde Escolar do Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos: referê[email protected]úde.

Este projecto conta com a intervenção de alunos, pais, técnicos da equipa de Saúde Escolar, professores, psicóloga clínica do Externato, Directores de Ano, responsáveis de grupo e coordenadores do projecto.

Tem como objectivo desenvolver actividades ligadas à Promoção e Educação para a Saúde, nomeadamente no âmbito da adolescência, dos afectos, da sexualidade, da alimentação e do consumo de substâncias nocivas.

Ao longo do ano serão desenvolvidas várias actividades:

1. Espaço Coruja - atendimento a alunos do 5.º ao 12.º anos, onde se esclarecem dúvidas e preocupações ligadas à saúde física, psíquica e social;

2. Chás d’Honra para Pais e Filhos – a realizarem-se no EJAF, espaço onde serão debatidos assuntos ligados à educação, saúde e profissões ligadas à saúde e onde pais e filhos podem ouvir, conversar e debater assuntos do interesse geral com técnicos ligados às várias vertentes da saúde;

3. Acções de formação para funcionários da cozinha, dos bares e da enfermaria – a realizar ao longo do ano;

4. Mês de Educação para a Saúde – a realizar actividades no grupo turma de alunos dos 5º aos 8º anos nos meses de Janeiro e Fevereiro;

5. Outras actividades - EJAF na Desportiva, controlo da saúde oral e do Plano Nacional de Vacinação, prevenção de acidentes e controlo de peso.

ESPAÇO SAÚDE,SEXUALIDADE E AFECTOSpor Dora Videira e Patrícia Louro,professoras promotoras de saúde

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Educação 9

Num mundo cada vez mais aberto à mobilidade, chegam a Portugal crianças e jovens em idade escolar, oriundas de outras partes do mundo, ou que já por aqui nasceram. Estes jovens chegam à escola com identidades culturais particulares e deparam-se com muitas dificuldades, a começar com a língua. São, pois, descontinuidades culturais que a escola e a comunidade devem, em conjunto, perceber e agir no sentido de promover sentimentos de pertença e inclusão nesta sociedade de acolhimento. A escola tem aqui um papel importante. Mas qual?

Ora, o caminho da escola é também duro e ainda vai no início.

Se os imigrantes, ou filhos de imigrantes, são confrontados com novas formas de vida, novos padrões de valores, novas regras de comunicação e contextos diversificados (trabalho/escolar); a escola depare-se com a diversidade (alunos de vários países), a formação de professores e auxiliares (que raramente aborda questões de multiculturalismo), a legislação (que só é específica para alunos cuja língua estrangeira não é a portuguesa, deixando de fora, por exemplo, brasileiros e angolanos) e os programas (que apresentam uma visão eurocêntrica, pouco virada para o multiculturalismo).

As desvantagens sentidas por estes jovens imigrantes são reais (quanto mais não fosse pelo fraco, ou nulo domínio da língua portuguesa)

e necessitam de condições para desenvolverem as suas capacidades, fazendo as cedências necessárias, que terão de ser feitas sempre por quem chega a um país estrangeiro. Não queremos dizer com isto que devam ser anuladas as referências culturais de cada um, mas há que haver um esforço de ambas as partes, de quem chega e de quem recebe. Esta relação é quase sempre estabelecida com base numa tensão de difícil resolução, mas que tem de ser desconstruída para que se erga com bases sólidas.

É aqui que a escola entra, pois é aí que se faz a socialização institucional, que se aprendem os direitos e deveres de cidadania, que se trabalham as competências sociais e cognitivas, que ajudam a interpretar os símbolos sociais, fundamentais à inclusão. Wyman (2000), referenciando Pang, diz que esta autora “acredita que os educadores podem orientar a sociedade para que as instituições se libertem de preconceitos não intencionais” e acrescenta que Molnar “salienta que as escolas têm uma oportunidade única de moldar as crianças, influenciando, por isso, o nosso futuro. Acredita, portanto, que as escolas podem alimentar a compreensão dos efeitos devastadores do racismo nos indivíduos e na sociedade; podem, ainda, promover a crença de que o diferente não implica ser inferior” e que, se calhar, vale mais percorre o caminho das

Multiculturalismo na escolapor Jorge da cunha

semelhanças, tornando as diferenças um factor de enriquecimento pessoal, institucional e comunitário. E Silva (2004) acrescenta que o maior desafio dos professores é ajudar “todos os seus alunos a desenvolverem as suas capacidades, não utilizando a diferença cultural como obstáculo, mas, antes, como um importante recurso de aprendizagem, para si e para toda a classe”.

A pergunta que se impõe é a seguinte: Será que “os outros” cabem na definição do “nós” e o “nós” caberá na definição do “eles”? Pensamos que sim, no entanto não chega desenvolver respeito pelas culturas. A solução tem de ser mais dinâmica, construtiva, formativa. Passa seguramente pela escola, por se desenvolver aí uma verdadeira “Cultura de Respeito” (Cunha, 2008).

BibliografiaCUNHA, Jorge da (2008). Os

Efeitos da Literatura Multicultural na Definição de Multiculturalismo. Lisboa: Seminário Educação e Multiculturalismo, FCSH da UNL.

SILVA, M. do Carmo Vieira da (2004). “Discriminatio Subtilis: estudo de três classes multiculturais”, in Currículo, Situações Educativas e Formação de Professores. Lisboa: Educa.

WYMANN, Sarah LaBrec (2000). Como Responder à Diversidade Cultural dos Alunos. Porto: Edições Asa.

O 5.º B do Externato João Alberto Faria deslocou-se, no âmbito do Plano Nacional de Leitura, à antiga Galeria Municipal, no dia 2 de Outubro, para assistir à encenação de uma obra literária.

O 5.º B não podia ter iniciado melhor o ano lectivo, até porque o seu professor de Língua Portuguesa levou uma convidada especial: Conceição Gil, a professora que os acompanhou durante o 1.º ciclo. Quando os alunos a viram entrar já a sessão tinha começado e, sem alarde, à medida que a iam vendo, os seus olhos acompanhavam os lábios, sorrindo. São estes momentos que fazem esquecer as dificuldades do dia-a-dia de uma sala de aula.

O convite para participar neste evento foi feito pelo Dr. Paulo Câmara, responsável pela Biblioteca Irene Lisboa, à Direcção deste Externato, que logo aceitou. Estas actividades de promoção da leitura fazem parte dos programas escolares desde há muito, são, contudo, mais anunciadas agora que está em marcha o Plano Nacional de Leitura.

O livro promovido pelo talentoso actor e encenador Paulo Lajes, através do Programa de Itinerâncias Culturais da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas do Ministério da Cultura, foi “O Sonhador” de Ian MacEwan, que nos conta a história de Peter, um rapaz sonhador que se via, muitas vezes, em apuros por não distinguir o sonho da realidade. Um livro divertido para todos os que, como D. Quixote de la Mancha, continuam a sonhar.

Numa primeira parte, o actor apresentou um ateliê onde promoveu as várias facetas do livro enquanto objecto; depois fez uma leitura criativa e teatralizada de algumas passagens do livro, onde não faltou o talento, a boa disposição e a participação dos alunos e das colaboradoras da Biblioteca.

“O Sonhador” veio a Arruda dos Vinhospor Jorge da cunha

O Magalhães é um computador portátil vocacionado para crianças entre os 6 e os 10 anos de idade, e pode ser obtido em 2 versões: 60 Mi-nutos e Descobrir.

O projecto resultou de uma parce-ria entre o consórcio JP Sá Couto/Prológica e a Intel, líder mundial de processadores, e encontra-se dispo-nível para as crianças do 1º Ciclo do Ensino básico, entre zero a cinquenta euros. O projecto conta ainda com a parceria da Microsoft e da Samsung.

Das especificações de hardware destacamos o processador Intel Ce-leron M de 900 MHz, a memória de 1GB e o disco rígido de 30 GB.

O computador dispõe de capaci-dade Wi-Fi para ligações sem fios, Webcam e microfone incorporado, entre outras funcionalidades.

A máquina apresenta uma elevada resistência ao choque e à água e pesa 1,4 Kg.

O Magalhães vem equipado com um sistema Dual Boot, com Windo-

magalhãesum computador para as novas gerações

por sandro santos

ws XP, e a distribuição Linux portu-guesa Caixa Mágica.

O software que acompanha o Win-dows XP contém o ambiente gráfico Magic Desktop, especialmente dese-nhado para a utilização pelas crian-ças, e o MS Office 2007, com as apli-cações Word, Powerpoint e Excel, e a Diciopédia, da Porto Editora.

A Caixa Mágica é acompanhada pelo Open Office, o browser Firefox para a Internet, e o pacote educacio-nal GCompris.

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10 Livros & Outros

Jornal irene Lisboa Ano iX nº 26 Dezembro 2008. sede, Editor e Redacção: Externato João Alberto Faria, Casal do Cano 2630-232 Arruda dos Vinhos. Director: Nuno Faria Direc-tor-Adjunto: Orlando Ferreira. Redacção: Ana Isa Pinheiro, Bárbara Casteleiro, Beatriz Colaço Dias, Carlota Trovão, Carolina Pereira, Catarina do Canto, Cláudio Alves, Diogo Silva, Margarida Mangaz, Marília Machado, Marta Avelar, Sandro Santos, Sofia Lemos da Costa. Fotografia. Celso Ameixa e Sofia Lemos da Costa Revisão: Jorge da Cunha e Rafaela Pessoa. Arte Final e impressão: SOARTES - artes gráficas, lda. tiragem: 1200 exemplares.

Quando partires para algum lado, verifica pela bússola a direcção que levas.

Repara também na direcção do vento, esta observação é de grande valia especialmente se não tens bús-sola, ou se o Sol está encoberto.

Para verificar a direcção do vento quando este é fraco, basta lançar ao ar um pouco de terra, ou humedecer o dedo polegar e expô-lo ao vento (o lado que arrefecer primeiro indica a direcção do vento).

Toma também atenção aos pontos de referência, que, são tudo o que possa servir para reconheceres o ca-minho percorrido ou dar indicações àqueles que possam vir a seguir o mesmo trajecto.

Ora, o que nos diz a bússola? Quando olhamos para a rosa dos ventos da bússola reparamos que esta não só contém os pontos cardeais como também contem algarismos dispostos como nos relógios a partir do zero (em Norte), fazendo um cír-culo e terminando em 360 (de novo em Norte).

Podemos concluir que qualquer ponto pode ser indicado com um rumo da rosa dos ventos ou com um número de graus. Assim o leste são 90 graus, sul 180, oeste 270, sudeste 135 e assim por diante.

Mas existem mais formas de orien-

tação para além da bússola, como a orientação pelo sol: às seis da manhã (hora solar) o sol está a leste, às nove a sueste, ao meio-dia a sul, e às seis da tarde a oeste. No Inverno, põe-se muito antes das seis, mas não terá ainda atingido o poente.

No hemisfério Sul, às seis horas, o Sol está a leste, às nove a nordeste, ao meio-dia a norte, às três a noroeste e às seis a oeste.

Existe também a orientação pelas estrelas: temos a Ursa Maior que é fácil de encontrar, pois tem a forma um pouco parecida com uma con-cha de sopa, na parte setentrional do mundo indica o Norte e é a única ursa de cauda comprida que conhe-ço. Temos também o grupo Oríon que representa um homem com uma espada: é o Oríon.

Nesta, saltam-nos logo à vista as três estrelas em linha muito próximas que formam a espada e mais abaixo duas estrelas (uma à direita e a outra à esquerda) que são os pés de Oríon.

A grande ajuda deste grupo é indi-car-nos sempre para que lado se en-contra a Estrela Polar. Se erguermos uma vara para o céu e traçarmos uma linha da estrela central do cinto pelo meio da cabeça de Oríon, quando a linha que essa vara cria passar por duas estrelas e chegar a uma terceira, esta é a Estrela Polar.

Descobrindo Caminho(Orientação)

Quando abro a janela do meu quarto, logo pela manhã, sinto uma enorme frescura.

Vejo um manto de relva verde, coberta por orvalho que parece pe-quenas gotas de água espalhadas pelo meu jardim.

Perto do meu escorrega e baloiços de madeira, está uma árvore com-prida, robusta, com uma copa tão bem desenhada que me lembra um fantástico chapéu-de-chuva. As suas folhas são amarelas e pequenas, de onde realçam nervuras finas que pa-recem palitos afiados e pontiagudos.

Por vezes, as fortes rajadas de ven-to, abanam as copas das árvores que se tornam frágeis como uma pena e algumas folhas acabam por cair e se-car ao sol.

Por instantes, ouço o ladrar for-te do meu cão que insistentemente me parece chamar, a querer que eu vá brincar e rebolar com ele na relva

Da janela do meu quarto

por tiago gonçalves, 6º g

fofa e macia.No extremo do meu jardim, os ca-

nários chilreiam alegremente, fazen-do lembrar uma leve e suave melo-dia.

Do mesmo local, sinto um cheiro a tinta fresca que chega até mim por uma forte brisa.

Simultaneamente, sinto um odor agradável das rosas vermelhas e bran-cas que se confundem com o aroma de rosmaninho fresco.

Mais à frente no quintal do meu amigo, vejo animais do campo que correm livremente no pasto verde-jante e de grandes dimensões.

Ouço levemente o relinchar do cavalo no estábulo, assim como o cacarejar das galinhas e o balido das ovelhas.

No horizonte longínquo, um vasto terreno de mato perde-se na minha vista e funde-se num céu esplêndido, azul e brilhante.

Há dois anos que os fãs desta saga literária esperam com ansiedade o último volume da Trilogia da He-rança, que cativou todo o mundo e que levou milhares ao mundo de Alagaësia.

Estes leitores viram os seus desejos tornarem-se realidade no dia 26 de Setembro, quando invadiu as livra-rias nacionais o novo volume desta saga de fantasia escrita pelo jovem autor Cristopher Paolini, que com-pletou 25 anos a 17 de Novembro.

Este jovem autor tomou como ins-piração escritores como J. R. Tolkien e E. R. Eddison para escrever esta saga que combina mundos fantásti-cos, magia, dragões e outras criaturas fantásticas com um clássico Bildun-gsroman, um romance que acompa-nha o crescimento físico, psicológico e moral de uma jovem personagem.

Outra famosa colecção com este estilo é a saga literária do aprendiz de

feiticeiro, Harry Potter.Tal como em Eldest, neste terceiro

volume da saga existem três histórias a se passarem ao mesmo tempo, a de Nasuada, a de Eragon e a de Roran. Neste volume a batalha contra Gal-batorix continua com tanta e energia e emoção como nos episódios ante-riores.

Se forem curiosos e forem ver à Internet, ou mesmo à nota do autor no final do livro, ir-se-iam aperceber que este não é o último e o tão espe-rado livro da anteriormente chama-da Trilogia da Herança, que agora é denominada Ciclo da Herança.

Pois é, todos os fãs desta série terão de esperar mais até terem o final das aventuras de Eragon à sua frente.

Este livro é um essencial para todos os que são fãs desta série, assim como para todos os amantes do género fan-tástico.

“Sé onr sverdar sitja hvass!”

Brisingr, de Christopher Paolinni

para os leitores da Trilogia da Herança

A princípio, parece impossível,Pensamos que não vale a pena a insistência,Que para tão elevado nível,Teremos de tomar consciência.

Pouco a pouco, ganhamos coragem,Marcamos um passo apertado,Queremos apanhar a nossa carruagem,Não vá o problema ser despertado.

E é então que olhamos para o passado,Vemos que valeu o embaraço,Aquele nosso passo apertado,Todo o nosso cansaço.

Depois vem a comemoração,O descanso de quem não desiste,As pessoas que não nos deixam correr em vão…Que nos dizem “Boa, conseguiste!”

Enfim, quando mais damos,Por regra, mais recebemos,Corremos sem sabermos para onde vamos,Com vontade de conhecermos o que não conhecemos.

E, entretanto, caímos no mesmo piso,Começa tudo outra vez,O não ter o que preciso,O querer ver o que tu vês!

por carolina Pereira

por cláudio Alves

por carolina Pereira

A velha lenga-lenga!

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Desporto & Passatempos 11

por Joaquim cunha, 7º i

Ana Marta Paulino Vicente, da turma B, do 12º ano, pratica Ginástica Acrobática desde os 9 anos. Treina cinco vezes por semana no Grupo Despor-tivo do Pessoal da Cimpor, em Alhandra.

Ana Vicente já participou em várias provas de Ginástica Acrobática, sempre na modalidade de Par Feminino.

Participou no Campeonato do Mundo de 2006, onde obteve o 7º lugar no escalão juvenil, além de vários campeonatos distritais, nacionais e torneios da Primavera.

Nos dias 4 e 5 de Abril deste ano, Ana Marta foi a França para participar na French Cup, onde obteve um brilhante 3º lugar.

No ano passado, encontrava-se no Escalão A e na Selecção Nacional, mas agora encontra-se no Escalão Júnior B, porque tem uma parceira nova.

Ana Marta em actuação na French Cup. Abril de 2008.

Ana Marta,a aluna acrobata

Medalha de Bronze na French Cup 2008

Passatempos

Área de Projecto, 7º B

Palavras Cruzadas e Sopa de Letras

O Desporto Escolar do EJAF, no ano lectivo de 2007/2008, funcionou uma vez mais, procuran-do cumprir a plenitude do documento orientador. Nesse sentido, os alunos foram presenteados com actividades de carácter interno e externo.

No que diz respeito à primeira, a actividade mais bem sucedida foi sem dúvida o Corta Mato, onde a forte adesão dos alunos (267 participantes) espelhou bem a importância e agrado que esta ini-ciativa tem para estes.

O Compal 3X3, que não se realizou por falta de condições materiais e o espaço multi-modali-dades, foram outras das iniciativas desta vertente, embora por diferentes razões, sem a mesma ade-são.

Apesar da não realização da Fase Escola do Compal 3x3, o EJAF foi representado nas fases se-guintes por alunos que integraram o grupo/equi-pa de Desporto Escolar chegando ainda assim e pelo terceiro ano consecutivo à fase Regional da Prova.

As equipas que representaram o EJAF nos Tor-neios e Convívios, foram uma vez mais os de Bad-minton (19 alunos) com deslocações a Lourinhã, Caldas da Rainha, Peniche e Torres Novas, de Bas-quetebol (62 alunos) com deslocações a Atouguia da Baleia, Sobral de Monte Agraço e Mafra, de Futsal (31 alunos) e de Râguebi (19 alunos) com participações em Lisboa e Caldas da Rainha.

Com uma mobilização de mais de 400 alunos, o Desporto Escolar no EJAF assume um forte con-tributo para a formação global do jovem, procu-rando prestar um serviço de eleição na preparação académica dos seus discentes.

Desporto Escolar

EJAF 07/08por Mário Joel

somos a Associação de Pais do EJAF. Temos algumas ideias de actividades para este ano lectivo, mas falta-nos a sua!Continuaremos a trabalhar com afinco mas juntos faremos, com certeza, melhor.Queira fazer o favor de nos fazer chegar as suas ideias e sugestões por email, ou entregando-as na nossa caixa do correio, existente junto à recepção do EJAF. Também poderá dirigi-las directamente a qualquer dos membros da Associação.Novembro 2008

CONTACTOS com a Associação de Pais Telefónico: 965817781 / 966830775 atendimento aos pais/enc.educação: por marcação telefónicaE-mail: [email protected]

No dia 16 de Outubro celebra-se o Dia Mundial da Alimentação para comemorar a criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. O principal objectivo da comemoração deste dia é alertar a população sobre assuntos como a alimentação e a nutrição. No EJAF, a data foi comemorada através de uma ementa saudável no refeitório, informação nutricional sobre diversos tipos de alimentos afixada nas paredes e ainda uma conferência sobre nutrição dada por uma professora da Universidade de Lisboa, que trouxe consigo duas alunas do curso de nutrição e dietética.Na conferência, foram abordados assuntos como os grupos alimentares, os cuidados que se devem ter com a alimentação, erros comuns e a importância do pequeno-almoço.

no dia 13 de novembro fomos à Biblioteca, ao espaço EJAF “Quem conta um Conto”.Ouvimos um conto que tinha como título:”Quem vê caras não vê corações” apresentado pelo Encarregado de Educação de uma aluna da nossa escola.O conto falava de umas crianças que chegaram à sala de aula e já pensavam que não iam ter aula. Porém, chegou uma professora de substituição que tinha um chapéu mágico. Cada vez que punha o chapéu, vinham histórias à memória dela. De cada vez que tirava o chapéu, ele deixava de ser mágico.

Page 12: Jil de Dezembro de 2008

AR

TES

Desenho a caneta, pintura a aguarela e a pastel de óleo foram os modos de registo utilizados na abordagem a este tema, na disciplina de Desenho-A, da turma G, do 12º ano.Os alunos foram convidados a apreciar os componentes cromáticos existentes nas paisagens e, através do desenho e pintura, traduziram a nossa relação profunda com a natureza. Ana Catarina Anjos.

Ana Isa Pinheiro, Balão, pastel de óleo.

Sofia Lemos da Costa, Moinho de Água, aguarela.

Sofia Lemos da Costa, Paisagem, desenho a caneta.Mónica Taipina, Quiosque, desenho a caneta.

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