jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… ·...

20
hlTf'IilX fÀf\. 0"1\'TT11'11L'7;t jLVi ilt\\:\Vf UK iV'1VLltl

Transcript of jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… ·...

Page 1: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

hlTf'IilX fÀf\. 0"1\'TT11'11L'7;t jLVi ilt\\:\Vf UK iV'1VLltl

Page 2: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

1 ' =:,.~~,=~:~~t.&~? ~o ~g~~~~~~:.:.~~'~' 1

L Proprledado <10. sOC!BDADE NA CIO:'{A(. DE TIPOGRAFIA Trimestre 4$00.-Setnestré 8$00.- Ann 16$00.

Rdllor - ANTO'!tO MA RIA LOPES COLONIAS PORTUGOl,SA'S : S.i inestre-9$50 Ano 19$00. 1

' g91·RANG!>:rRO: :se1;nestre 14$50.-Ano 29$00.

~ NUMERO AVlH .. SO, 30 ctvs. Redacçào. a<lmlnfstraçllo e ollccua•: R•• do Secu11, 43-USBOA

Sª.~~~~:~~~ ~!.~!~~~~!.~ ~ ;.~~:;·~~~ ,~2ÊZ~~~ MEIAS F l N das senhoras. Ve ndem : fabrica propria. é na

, AS CameliaBranca

18 A D. Marques, Limitada Lrn'ABEOOAR1~.5o

· , R .. de S.t"Justa, 80 2~0 Rua do Ouro, 200 rnof'lnndt>J · Tdef.·1 I . -- -- ·- - -· -·· -~ 1 M ªquinas e Acessorios Para as :~~~rs;~::. :~~~:~~.U~A ·1 1 ., U. S ·'l_,B.., F'ANlN A-39, R. Corpo Santo, 4.1

• t8 1*M'

18MA A Af ---- fp*Dfi?+

·-11>1111 __ , ,.,_, ... ,,lll•!ll>" ____ ..... .._ ______ ....... _ !Wl;at_ lll_ _ --~''"''' 1111111• 111111 <li •11~-·M;

o uassano, n presen12 e o tntnro ~:r:~~:~ cEl~!m1:n~ fieionomi.tlta da Europa

M.11E BROUILLARD

Diz ., passado e o pr&­teote e prediz o futuro, com 11eracldade e raplpes; é locompara~el em ~atlcl· nloa. Pelo estudo que tu daa cleoclas, qulromao­claa, crono1011la e flslolo-111•, e pelas apllcaçõee praticas das teorias de Uall1 L1111ater, Deebarollee, L.amoroae, d'Arpenlf11oey, madame Sroulllard tem percorrido as princlpaea cflladu da Europa e Am• rica, oode foi admirada pelos numerosos clleotee da mala alta catei1orl11, a guem prediaae a queda do

• lmperlo e todos oa acon­tecimentos que se lhes&­

~ulram. !'ala portu11uez, lrancez, ln11lez, aleníi!o, italiano e het1panhol. 04 conaulta• dlarlaa das 9 da manhã 48 H

~) da 001te em aeu llabloete: ~. l<UA 00 CARMO, ~ <•<>-bre·lola>--J..l•boa. Coneult88 a 5.00, 10.00 e J51C)J.

M,lll V l R G l N IA CARTOMANTE-VIDENTE

Tudo ••cl•rece no .. aanado e pre1enle e preellz o ruturo.

Garanti• • todoa oa meu• cllent••s C.OtQ• ple1a veracl<la<le na conaulLa ou reem.1>0110 do <IJnbelro,

Comultaa t-0<101 01 dias ULOl8 das f~ á1 ti boras o por corro1pon• lencla, Enviar õO cen• 1avos para respo11a.

Calçada da Patriar­cal, n: 2, t.·. E•Q. (CI· '°º <la rua d • AJearla. · oreello esqul11al

---~-4··------------------1 l!Jtt na próxlm11 qu11rt11 .. fetra o

SUPLEMENTO DE MODAS & BORDADOS (00 SECULOJ

l>l'eço 20 cEnlavos - .. 1 -· ··~ -·· .. ~--·--... ""''"' .. '''" ''"'"'"'""''""

~ 1m:l-hor-re-con-sd-tuin-te -par-.a 1 1 e a rto mante 1 adultos e creanças é a

Os limphaticos devem preferir a Calcina com lodo; os &nemi­cos, a Calcina com f,erro; os astheniados, a Calcina com ar­rhenol.

(H1ANDI!: rtnomeno tu<lo consegue 1•apldo ree cul)o soem caso rontra1·10 . vu mil es cndos a quem pronir b:wer 11esfO:t do m• j , porle1·. ,.,,m g:1nho rncd;ilhas eoi todo o 01 11 11 0 0. Tr :i1n de todo o mal de 1nveJ 11 o vendo tnlismuns para sorte. Envtnr 2$500 vara r espOijl& a V. Sorol. t.ulçada de Santa Ana, 81. i. ', elas 10 ás 6.

PLl~~ADO~ 1

FAZEM-SE Rua Marque& Ponte Lima, 21, 2. ª B. -~~~~~~~~!i

Sonambulo-Espirita Como poàeremos se

felizes?

E' conenltllndo o Souambnlo-Eepirl' cbegndo .h, pouco do B 1w1.il, o unJ Q ne por me io do somno espiritual co eegu·• descobel'tae de toda a qnttl'idad assim como consegue a felicidade q cad1i um precis·1. fazendo magn ifi cnrae por meio de tratamento sugestão.

R. ALEXANDRE HERCULANO, 39-1.0, O

Page 3: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

ILUSTRACÃO PORTUGUEZA .>

EDIÇÃO SEMANAL DE cO SECULO>

li Serie - N.0 800 Lisboa, 18 de Junho de 1921 30 Centavo•

MIS8 CorJna Orlffith e o seu pequeno cPom•. -Mlss Corlna Grlffltb é uma das mais conhecidas artistas da arte americana

CAPA- Mies Mary Plckford, szent ll artista de cinema, que lntrepreta papeis de criança com extraordlnarla ~vacldade

Page 4: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

AS JOIAS SÃO PARA A MULHER O QUE A LUZ É PARA O DIA

A mulher, artista inata que no belo se inspira e para o belo se sente irresistivelmente

atraida, não pro:ura eximir-se á poderosa se­dução que exerce no seu espirito o refulgir policromo das pedrarias, que, com o seu ma­gico scintilar, contribuem, com o mais precioso ornamento sonhado, para o realce maravilhoso da sua belesa.

Dir-se-ia, ao admirarmos um magnifico d:amante tremulando d'um lobulo delicado como uma petala de rosa, ou irradiando re­verberações de fogo ct•um colo escultural, que as pedras foram creadas para a mulher, como o sol foi creado para produzir a vida.

Page 5: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

O escudo,

e llbro, 11 peseta,

A MOMENTOSA

QUESTÃO DOS

CAMBIOS

o franro e o dolnr

A questão do dia, a que apaixona agora a opinião publica, é a da subida do cambio ou sP.ja a da baixa da libra, fiel da n ssa balança moneta ia internacional. A libra que em . , , tempos que já lá vão valia apenas quat o escudos e cincoenta centavos ou sejam qua-

tro mil e quinhen os, o preço de um fato de bom c11eviote, que já não ha. . . por se­melhante preço, a li­bra subiu, cresceu, engordou de tal fór­ma que levada á ba­lança se viu com es­panto ter de se pôr no prato oposto nada menos do que cin­coenta e tal escudos e alguns centavos, quasi uma fortuna, para que a balança se equilibrasse. Isto que se deu entre nós de uma fórma exagera­da, deu-se em toda a parte e até The Bqs­tander consagrou um numero todo á ques­tão cambial. Ele era o marco que descia e gente que se es-O marco que desce e a 1 lbra que sobe

(De Thc Bystander)

Apeur do cambio 1ublr e proporção ·mentem.se

A libra adoeceu mas <os doutoree não desesperem de e curar

<De Th1 Plasslng Sltow)

tendia pelas escadas abaixo ou era a lib1ra que todos queriam seguir na ascenção. Era a libra doenlte de cama, a libra precisada de pediluvios, a libra pela qual o judeu cyan­cke já não dava mais do que dois terç sdo seu valor. O que se fez e o que se disse da libra.

Praticos, os italianos editaram dois posta1is. N•um dê-les se mostra a balança actuada pelo trabalf ho, carregada de lã, seda, trigo, etc. Mercê desse esforço a lira sobe e a moeda estrangeira desce. E• a balança do t(J'abalho, a ba­lança da riqueza. No outro postal vê-se a balança do ocio e da miseria. A lira desce e são as moedas estrangeiras, o dotar, a libra e o franco sui~so que sobem, em detrimento da moe­da nacional. E• sempre assim.

O Seculo na sua patriotica ram­panha obrigou os cambios a s·1bir. foi o primeiro impulso pratico para a melhoria de vida tào desejada por todos. Que o cambio se mantt>nha O sonho de um •Sllota

Page 6: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

ou melhore ê o que todos desejam, é o que ê neces­sario.

Gravura~ i n • teressantes en­chem estas pagi­nas. Como se aferrolha e como se gasta é uma soberba pagina. A cabeça de um jogador da Bolsa é tambem notavel, como notavel é a colecção das moe· das, tipo oiro e prata, hoje difícil de conseguir e que nos foram cedidas pela casa A. Pia· no Junior, desta cidade.

A libra, o do­lar, a peseta, o franco, a lira, o franco suisso e o belga, o marco, a coroa aus-triaca, o florim e a moeda brasileira teem posto calafr'.os em muita gente boa. Se sóbe, porque sóbe, se desce, porque é mau, ninguem está contente. Ha quem queira a libra a cem mil réis. Os açambarcadores por exemplo. Ha quem necessite dela a seis ou sete ou dez mil rêis. Os consumidores. De forma que esta cois·1 dos cambios é verdadeiramente a momentosa questão, a questão base. Com a libra cara estão cor:adas as co­municações internacionais. Na­da de fasendas inglesas, nada de Morton de conserva ou de

i. J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa o

feu '1Plor.

(Do 1 he Bystander)

2. Como a libra tll1esse en­troq uecidn John Buli dll·lhe um escalda pés do 01eo da •1>roduçDo e do trabalho,

(De The Bystanier)

li. Dois curiosos post ses italianos.

4. O ,-anke faz a sua limo· naoa de libras. (De The Bystander)

simples lampari­n as economicas. Com o franco a mil e tal como encomendar em Paris as brochu­rasinhas de 3,50 fr., se elas custam cá seis escudos?

Como impor­tar todas aquelas coisas deliciosas que são o paraizo das mulheres e o terror dos mari­dos? E a peseta ? E o dolar? Com a peseta a 15 tos­tões, um par de alpergatas custa o mesmo que um escapim de baile. Os cambios, tre­mebunda coisa.

Quanto ás nos· sas gravuras são uma curiosa docu­mentação que, se o cambio melhorar

como deve, será apenas uma saudade... para muitos, mas que é hoje, para todos, ainda uma maguadora e dura reali­dade.

Entre a documentação gra· fica que deixamos de publicar ha alguma que vale um poema. Por exemplo, a da libra pesan­do-se na balança e vendo con­tristada que pesa muito menos, que está anéiuica. E• uma versão inglesa esla, já se vê, porque para nós a libra está hidropica. Outra, esta do cRise" de Paris, é um cemiterio cheio de cruzes. E• o cemiterio da guerra. E nas

Page 7: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

O dotar sobre a li· bra. a llbra sobre o franco e o tranco ao. bre o marco, tal é a stt uaçbo lnternnclo· na!. !Dn Mucha de

Vorsovln)

Como ae entesoura. Como se espalha (Da Ufe)

cruzes lê-se: P qui jáz o Marco, o franco, a Lira, o Kreu2er. Só o Dolar e a Libra esterlina passeiam vivas e riem satanicamente.

E mais. Cada um encara o problema como lhe parece ou seja, cada um fala da feira conforme lhe vai nela. Os americanos choratm que a elevada cotação do dolar lhe proibe as exportações, choram cá os nacionais que a depreciação do escudo, convertido em notas sem valor, nã<o permite a im­portação.

E até a proposito do marco ha a conhe­cida anecdota de q:.ie um sujeito para ven­der dois mil marcos ainda teve que dar cem pesetas.

Ha quem chore é certo, m s não é me­nos certo que tam-bem muita gente ri. •,

A libra

O que é hoje, coan a aublda dos cam­b'os, a cabeça de um Jo~ador de alta.

a lira e a coroa auatrlaca

Page 8: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

o QUE

SE

LÊ E

o QUE

SE

ESCREVE

Lucm DELARNE

MARDRUS

Un cancre são exemplos fla­grantes do que afirmamos.

raillNTRE o sem ~numero de escritor as q u e dia a dia veem surgindo em Paris, conse­guindo interes­sar um meio já tão blasé de sen­sações d 1 arte , Lucie Delarne Mardrus impoz­se como figura de primacial des­taque; e o seu so­berbo talento de prosadora fez mais do que in­teressar P a r i s; conquistou-lhe a dificil admira- L~'"' D1<1.1.a•1< Mui kll, a escritora francesa do dia.

Como exem­plos de grande romance cara­cterística m ente francês, basta citar la monnale de Sinze, Douce moitié e L' Acllar­née, esse mara­v i 1 h os o livro d•onde artistas hoje conhecidos extraframosseus nomes de cartaz, como Sheridan e outros.

E• tambem ção.

Diferente de tantas outras que dão que fa­lar pela sua bisarria, pelo seu détraquement, fazendo com que do seu inter\!sse pessoal re­caia sobre a obra algum atractivo, tempera­mentos futeis que mais chamam a atenção pelo desiquiltbrio dos nervos, do que pela ex­celencia do que escrevem, Lucie Delarne Mar­drus impoz-se pela exclusiva força do talento.

E tem conseguido, n•alguns cos seus ma­ravilhosos livros,-cUn Cancre>, por exem­plo,- o prodígio de empolgar a admiração d•um publico avido de griooiserles, com historias limpidas como a agua corrente, onde não ha uma unica nota ousada; não por uma ostenta­ção de pudor que seria ridicula, mas para de­monstrar que ainda hoje, me•mo em Paris, se póde fazer Arte, e fazer triunfar essa Arte, sem recorrer a excitações mais ou menos morbidas dos sentidos.

Lucie Delarne Mardrus interpreta maravi· lhosamente a alma das creanças, não pelo prisma ingénuo da condessa de Ségur, mas sim encarando-as como almas embrionarias, onde, embrionarios tambem, palpitam já todos os anceios, todos os caracteres que mais tarde, consolidados e definidos, formarão a estructura espiritual d•um ser. Foutoune et son amoure

notabilíssima a forma por que Mardrus descreve. Ler algumas paginas suas é fazer uma roma­gem de sonho pela verdura perpétua da Nor­mandia.

Embora seja como p·osadora que Lucie Delarne Mardrus conquistou a imortalidade, não se pode desconhecer a poetisa admiravel de A' maman (enternecido poema de amor fi­lial, e varias obras mais, como Horizons, Souf­f/e de Tempéte, etc, etc.

Para repousar o espirito que constante­mente trabalha, cultiva, com um diletantismo cheio de encanto, a pintura, a escultura e a musica. Ha tempos realisou uma exposição de pintura que foi muito apreciada. Raro é que um grande talento, como este, preso num so­nho de Arte maior do que o dos outros, não procure mais d•uma forma para exteriorl· sar a grande chama interior que o impulsiona e domina; e são essas manifestações as que, pela sua luminosidade espiritual, nos fazem olhar um grande talento com a mesma devo­ção re..:onhecida com que, n•uma noite silen­ciosa, vemos tremelusir o brilho glorioso das estrelas!

Page 9: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

ILusrRAÇÃO PoRTUGUEZA PAGINA ARTISfICA

CAMARADA!

PAGINA DE VICTOR C. ANDERSON

Pagina soberba de concepção revoltada, CAMARADA 1 é uma verdadeira obra prima. O pobre vagabundo, quasi descalço, de fato um simulacro, na barriga a fome permanente, pode muito bem apertar a mão ao espantalho es­farrapado, temido dos passaros. São dois res-

tos de homem, são dois bolsos vasios, ambos á chuva, ao vento, á intemperies. Nada 'de lar, de amôr, de saudades. CAMARADA 1 é uma das grandes, belas e emocinantes produções com que a llustraçao hoje inaugura a pagina da arte que faz sentir.

Page 10: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

o TEATRO E o CINEMA

MISS MARIO:\ DAVIES

Uma das mais conhecidas e apre· ciadas estrelas do cinematografo e das mais belas figuro$ da arte

muáa.

'

MISfINGUETT

A gtntil e conlteclda actri z parlslt11se na s1uz casa de Paris

A BELESA DAS MULHERES E O TALENTO

DAS ACTRISES

V ALDA V ALKYRIEN

Actriz e/teia de belesa, ótlesa clieia:de fogo e de talento (lf/killco

GLORL\ SwA...'\SO~ Stnltoro de uns olhos aaroreak; e perdiáorts, rain;ha do dne e áe

mui«Js milhart:s áe adoradores.

KATHERTNE MAÇDONALD

,, Tão gentil como artista, é uma t/a$ belesos da arte da 11ose e da emoçáb silenciosa

----

Page 11: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

A NOJfA DROVINCIA DE ~OÇAMBIQUE

O Oceano visto do faro de Zavare

VÃ.O:· 1ontamente amortecendo os ru'1lores da

ca'moanha «Pró colonlas• ha alguns meses lnl· clada na Imprensa, com o generoso e patrlo· tlco fim de chamar a atenção dos poderes pu­bllcos para o~ nossos 11omlnlos de alem mar.

Disseram-se multas coisas sensatas, houve al vltres multo acellaTels, mas forçoso 6 reconhecer tambem que alguns manltestaram a sua profunda lgnorancla. escrevendo tremendas barbaridades. proprlas de quem só conhece a Afrlca pelo que dela se disse nos meados do seculo XIX.

A Atrlca de hoje, em nada lembra a doutros tempos. A provlnela de Moçambique, nestes ultlmos t7 anos, precipitou-se vertlglnosamente de encontro á cl vlll· '.S&Ção.

Enes e Moustnho proJectaram. Tiveram a Intuição <lo que esaa ri· qulsstma colonla viria a ser no futuro. Freire de Andrade e AI varo de e astro, f.e· guindo o rasto luminoso desses dois grandes es­plrllos, vincaram, 1> r o t uudamrnte, .em m"lhoramera­tos lndestrutl veis, a nossa naciona­lidade e o nosso valor como raça eolonlsadora ....

uma coisa fatal e que se darla com qualquer outro povo dominante. Nessas regiões. em que o clima de altitude 6 perfeitamente Igual ao nosso, a cooperaoao do europeu estava naturalmente assegurada sem exlgenclaP dequall· dades especiais de adaptaçao. E i1endo assim, o Trans· vaal, como outra11 colonias da Afrlca. do Sul, tinha de progredir com a mesma facilidade com que progrediria qualquer região transmontana ou mlnhõta, cuJaa rlque· zas naturais a. pusessem em destaque.

Mas, Infelizmente, na provlncla de Mooamblque, não concorrem os mesmas clrcunslancias. Se eln. estivesse em mãos de extra.nhos talvez tivesse caminhado mais. vorque não levaria tanto ternpo a despertar desse sõ· no cataleptlco de que so acordamos ha. poucos anos e que tão ratai poderia. ter sido. Contudo temos procura· do recuperar o perdido. A' custa de multas vidas, mui·

1 os sacrlftclos e dinheiro, poucas r e g Iões haverá nesse vastlsslmo t Pr r 1 torlo, que não tenham so· Crido uma radi­cal transt orma· 9ão.

N4o é de adml· Tar que a lngla· t e rra povoasse ·de cidades e vi· las as serras cio Tran11vaa1. O seu d esenvolvlmento rapldo e gfgan· 'tesco, filho da fe· bre d1> quem em POUCO tempo ))TO· cura arrancar das entranhas da tfr· ra tesouros de enormidades des· -conhecidas, era Estaçlo tele~raflca no poato de COlluno (lnharrlmeJ

Os caminhos de ferro, os pon. tes, as estradas e outras obras de romen10 desven­daram as rolete. riosas charnécas da Atrlca, tor­nando· as acesSi· veis a todas as inlclallvas. E dos cafros selvagens e aguerric1o&, que nunca atemorlsa­ram as gentes 1 u sltanas, ficou apenas uma tra­glca lenda que nó~ recordamos ao evocar as ft. g u r a s heroicas dos portugueses que porJéftcaram oormlndo, aureo·

898

Page 12: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

JaJos pela lmortalidade dos seus feitos.

Por vozes tenho a Impressão que todas as forças produtoras " esplrltos de arrojadus 111lclatlv11s, a ordem e o trabalho, emlgrara111 do cont nente, Oxando·se e111 Atrlca. Qu·1n as vezes .ao ver os nossos cau1po11 despovoudos e Incultos e as cidades e vilas envoltas 11a desoladora mlserla de um cr mlnoso abandono. com ª" suas ruas e 1 s1radas (as velhas e lindas estradas de Portu­gal ll completamente lntransi1avels. eu evoco a laboriosa actlvlda<.le da Zam­bezla, com os seus Jncomen-uruvels palmares, as suas plantações de cana sacarina, emflw toda a sua agricul­tura que r.onslllue uma riqueza que só por si nos dá direitos á pos,,e dt;1 toda a provlncla. Quantas vezes eu recordo o distrito dll Moçambique ainda ha pouco Ignorado e lmpenetravel e hl'je em pleno desenvolvimento. cortatlo em todos os sentidos p~las mais aper­feiçoadas vias de comunicação e ofe­recendo com uma generosa esponta· neidarte riquezas do lncalculavel va­lor, que ha centenas de anos avara· mente esconde no s.-u selo. E se eu Um trecho do rio lnltarrlme

Posto de Coguno. -~entados os HS. governodor carola Rastos, administrador Vasco> de Portugal, K. Vilar, ajudante; tenente Werr e Camara, chefe do posto

talasse de Manira e SoroJa, drssas encantadas regiões que o almirante sr. Pinto Rasto. com o seu modelar governo, soube transformar em lnexgotavels celeiro~ que tanto têm reduzido o nosso enorme •dE-flclb cereallfero; se eu lambem pude~se largamente referir-me ao distrito de lnhambane com as sues circunscrições transformados em pequenas vi· las, rios desllsando sob ~olldas e modernas pontes de alvena­ria, florescentes h1 rdades cortadas por largas estradas em fl· ta e a barbara paisagem ln<Jlgrna alvor o cada pelo lnl enso labõr do progresso. os crHlcos t'OIO!llais mod1;rar·Se·lam perante a obra colossal all Iniciada pelo tenente coronel H. José Ca­bral e que o capitão sr. Cayola Bastoi; vai completando, com uma superior indHerença por todos os Que a cada passo lhe levantam dUlculdades, tudo vencendo e pensando apenas em cumprir o seu dever de governador, com o mesiro brilho com que em França cumpriu o seu dever de militar distinto e valoroso.

A Afrlca de hoje em coisa alguma lembra a de outros 1empos. Caminha. Os que por Já lutam, dela fizeram uma se· gunda pa1rla e nela vêem a contlnuação de Portullal. E áqueles que de cá chamam a alençiío dos poderes publlcos para a man91ra corro são administrados os nossos domlnlos ullramarlnos, apenas lhes direi que para Isto endireitar,

para deb1elar a terrlvel crise que nos asfixia, para ani· quitar a foiue e a mlserla que nos batem á poria, nada mais seria preciso do que mandar para a Afrlca mul-1os dos nossos governan· les. substituindo - os por igual numero de afrlcal"IS· hs. sem nestes ha\fer gran­des preo.cupacões de esco­lha. Talvez s,. estragasse o que vor lá ha de bom, mas desapueicia com certeza o que cá te.mos de peor.

E a es.ta conclusão, terão de cheguT todos que tenham elemen1os concretos para estabelect11r comparações e que não {:alem abstratamen· te sobre coisas coloniais.

Creio .bem que as colo· nlas conSltltuem hoje a unl­ca afirma(ção da nossa exla· tencla de povo llvrt> e ainda bem que essa afirmação é brilhante 10 lndestrutlvel. em· bora Isso contrarie o& ambl· cíosos quie de tudo se têm servido piara dar·lhes outra naclonalldlade.

Lisboa, 1921.

Farol da Za9ara

Page 13: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

& FACTOS-

'ºº

OS CONGRESSOS

CONGRESSO BEIRÃO

CONGRESSO COOPERATIVISTA

VISITA PRESIDENCIAL

MONUMENTOS DE PORTUGAL

S. e. o bl•po de VJ%l u. - 6. e 01 streuo 8Pirlo 01 upo de e11endartu de dlff'rtnte!'.t co1ecth1ldlldCt. A' dlrelte o do ct1n-1trrno Beirão. - 7. Conitrcuo Dehlo. A11 ecto da f!.>.poah,lo lndu1ud1I, Sé de Vltcu. -A. (!()nQreoo Behlo. Ches&•dl do1 constru1lttaa li Camua f. unic11 •1 de Vlzeu. -9. COt11'bra-t,.;l1uatro1 do Silencio na EQrota de Sttnta Cruz. -10. A1pecto

de uta Portuaa1 na s. O. L. onde se rcallacu o constre~•o t ooperatl•l1tt1.

401

Page 14: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

VIDA ACADEMICA O CURSO DO 5.º ANO MEDICO

O curto do 5.• •no medico que hl dia< real11ou a aua feata no teatro de$. Carlos, re.iertendo o producto para a Ass·stencla Nacional aoa Tuberculosos. Ao centro, os professores ers. Cabeça e Belo Moraes. No primeiro plano, sentadoa, da uquerdo para a direita: Ladeira dos SPntos, Armando Vai, José Noquelra, o. Branca Rumina, Abel Car9alho, Jacinto Palma, Ate~edo e Sil9a, Manuel Pernandes. No ae2undo plano: Carlos Larrande, M.oi~ Menezes, Vasco Macieira, josc da Oraça, Sou•a Costa, JoH de Car9nlho1. Simões Raposo, Barbosa Soeiro, Hermano l'lna, Cqr-

108 Pernandes. No ultimo plano: Mlrlo da Mela, Armando Lutes, José Calejo, José Qulohooes, Pedro Meneze1, Ramos .-essos, Adelino costa, Ort1i110 Sancnes

Page 15: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

A MODA O segredo do "chie'~

f ..

A moda capricha em maravilhar-nos com as suas geniaes creações em

que a arte e o gosto se enlaçam amorosa­mente. Hoje, não é dificil encontrar lindos modelos de ctoilettes>; a grande dificuldade reside em dispôrmos da isenção d•espirito necessario para optar- ~ mos pronta e delibera. '1/ r. damente por um mo­

delo, tão explendidas e tentado­ras são as coleções que as mo­distas de renome nos apresentam. Experimentae, gentis leitoras; não vos sentireis perplexas ao ter de op_!ar por um destes modelos? ...

______ /t_fo_~f:_-~--------403

Page 16: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

DE quanta fantasia e originalidade a moda tocou os pequeninos nadas da ctoilette•, esses Inci­

dentes de elegancla em que o cchic" repousai De dia para dia as ideias multrplicam.se e surgem a mara­<Jllhar·nos em realisações imprevistas.

Pois não constltue uma verdadeira surpreza a disposição inesperada das caigrettes» negras que ornamentam este original penteado? Não constttue um ctrouvaille• de gosto este cesto de trabalho si­mulando um guarda-sol chinês? Olhemos ainda o conjunto harmonico das lindas luvas e do gracioso saco de camurça cbeige• com que a moda nos brinda ...

Que mais inventará a moda?

Page 17: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

XXVT ANO - N.o 1226

fU.llA.DO, 18 DE JUNHO DPJ 1U'..e1

ô Secu/o <:omico 11/l'LOIEllTO

llU•Olll!TICO Ot

O SECULO

Redação, .Admlnl1trao!o e Oficinas - Rua do Seoulo, '3. - Lisboa

TADINHA!

- Quem dá 1?z esmolinha do dôbro da passagem a uma pobre Companhia que nao ganha nem mil contos por ano?

Page 18: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

O SECULO COMICO -2-

F ALESTB..A A~EJ\1.."A Brnnco Rodrigues deixou-me penho· rado,

Duas anedotas renl .A.'me'dn TriAtão, morador em Pai- -J?:rdílo, mas aquilo não era com' •um do Cimn, nndn.vn ndoen1ndilosiiuo-

0 nwt;0

• · · . . . P11ln.vrn. d'honrn que nilo ~nbemos mi\'< nilo snbl a o que tinha. Aconselh:L· -lSão? pois Jnlgne1; como ora de oe-

ondo ir busrnr 11s~uuto p111\t n. co&tn· r m·o :'que vi<·sse 11 List1oa cousnltnr gos. · · . . wndn p:1leBtrn. uiío por no f llom, n_m eapccí.allHta d• doen9ns desconhe- -)laia alguma 0011!1\ 'l wus por4ued'olos uecos~ltntnos p1u· 1 ou· c1d11s, o hom1:m voin e "lll tílo boa ho· -~'umbeu_i tenho notlldo ultlmam~u· troa eft:itoa lit i·m·ius, E como tnl nilo l'IL q110 o medico pe1·cebeu imodi •tn· le um 1.11ov1mento desns~do ua p1·1191i snbemos,a!vão dua-anedok1s niucha frOll· mente, p ln cOr dn pon n 110 1mri)! do o~ido tenho n eRta~nn; p1e1lo, sew dn· quiubn11, <tll!l nos rontou o DOkhO engra· AnusLnoio, que se tr!lt 1va c1 'nw dinbe- vida. · • ç11d1~simo a.llli~•> .M lo, por nlcuului dn tlco. -:- Não, sr. poetn. Como tem feito •Unitinlrn·>, inexgot1ivel munuucial de -E' pl'eOi·o aualisar·lho o liquido mmto calor, tem hnvido 11,uit1~ concor· hi11torie:n• 1110.,.r.-a. 111•i1111r·o, dhso. ronclu 11011 quiosqu &, }JOr via dos oapi·

P1ltueil•11: "' -Sim, ll(>nhor doutor. lós. · • Vlsituvn .Mndrid nm ricnsso nmori- -Trnga-m'o nmnnhi'í, parn ver n -.A.h! mne, no dia 10 vi eu 11111 indi-

cauo, muuido do respoctivo livrinllo- perce11t11gew de u9uc11r quo teu\, vidno d'altn rn1eii:orin fü·ar muito res-!!nii1. Di1· gil1-11e a. um.a cns1~ onde se -Si!n, seultoi· rloutor. peilosn1~e11!e o chapou, qunndo passavn ul11!tnv11m trous o pedrn ~ue lhe iodi Pnrhu pw.1 P11lmn de Ctm11, etc., e pela mmha e3iatnn. Estou-lho muito caesem um cocheiro qn·> oonh cesso no di11 seg-niente, nu:teuclo u'n1nn m •li· grato •.• bem n c11pit1Ll, uão pol'quo 11ecessit11s1,e nh1~ de iuão uwn gn1rn!n com o liqnido -E1·a o sr. Bernn1·dioo Mnchndo· ti­de «Cicerone» lllUS p.1r.1 uiio pe1·de1· de"ejndo, veiu p rn Lisbon, aen lo obri- ron o chapou pnssnudo pela estatna tempo. g111lo n pnr111· u'uru po~to fiscal, para u <'OlllO o tir11ri11 se passasse por um p~

llfo1eu-se 110 ~r.;w, seguiu por prnQl\S reap ct.iva rcvistn nlínndeg11ri11. nPdo. e ruas e qunu o se depar1"'ª coltm -Tm)! ulgnmn ouisn pR1·11 i·evistnr\l O espirllo desnpnrecen no ouvir isto dignn de ver-se, o cocbeilo faiin parar pergu .. ton o chefe do po11to, que e1·1l " á de ePpernr que nnnco. mais raspou: os c1ivnlos: ':?.º 011bo. da á chRllladu.

-c.A.qui es el Co11grcso•. -Nilo, senhor. O 11merk111Jo nbriu o Jivro, vor1fic1i- -Q 1e Ira)! o'ess11 malinhn'l

va e ordennva: Tenhu n bondade ele vor. -Ade.mte. E 11urin n m11linha. O gunrdn tfrou a

Associações de classe Oontillunvn o giro. Nnva pnrn,,.ew: gurr11fo, ex 1minou·R á lul!, desrolhou-n, -•Aqui es l>l Fl

1utLativ11•. " provou e r •·stituin-11, dbeut!o: Podem-nos n publlca91lo o seguintG:

-E11t:1 bem. • Y••R•. Ad••11nto. -E' cnpilá. Pode pushsr. CONVITE D'Rl a 1>onco, o cocheiro 11vi~nv•1: Esta nilo á li\ d'nm 11s~eio por ni -«Aqui es el P11mlo•. alti111, mna a respons11bilid11de 6 do Melo. . Veriiicaçilo '1 • pngiua rcap otivil 0 n Entoudn·~e o leitor com 1>le, clns 111111 Âs('ruin9n11de mau111, unic1111entid11des

ordem h hl~ual: 17. no Ministorio da Iub~1·nçíto Pu· q_uo ntá agora nl\o pos1mem nmn nsso· -.A.d\lllute. blio:i . · 01nç1ío d1~ sua olaeao, i·osolvont reunil' Não longe, os N1valoe pnrnvnm: no proximo domi11go, em locnl que -•.Aqtti es el Museu•. J. Neutral. oport11111uue11&e dcslp;uarilo, p1•m tl'llt-ai· -«Y ..,s•, raspou.teu

0 visitnnte. de n~suutos que a todas Jnteresenm •

• Espera que eu volto j~. C_owo eo 1<nbe, só elas estão fóra do A peoll·&o 0 110880 holllom, entrou 110 O dia de Camões regune das 8 horas de tra.bnlho, aó elas

museu, demorou-li•' li\ du s horns o ou· trou de novo 110 trem. O ochefro pre· Isto, para "º snber bem uma co!sn, gontf'11-lhe so 1.iuh14 go11tado: nilo lrn m:du como ir uma pe~soa 1\ ron·

-•Yosl• lo limpa . .Para r;11' er111oa, pois,qual!l -Pam ~e f112er n1ueh mnmvllhn qne i111pr lfisito do nosRO bom amigo e estl-

viu, oontiuaou 0 cocheiro lá ua llu 1111 wndo colega Camões B •bro 118 ho1Jle1111• d'ele, que não ei;tamoa n:>Orl\ para gons qne_ 8~ !he <'Ostu ruum yresrnr, a tradazii· Ievui·am-t!U 11111111 de Licseutoi; o1o nos d1r1~1mos - por IJleto de uma uno~! ' me!u\ de pá de p;11lo - ncndiudo imodin·

-Na. .A.merica. le\"nvnw·se seis wê· ta1U1111to 1\ ch11m11d11 o esper11uçoso vate. . s• e, respondl'n o frel(nêa, socamente. ª'.uda não fl~eram •P:1'4!ve• etc. B11to re·

Pouco depois pa~tmva o 1r .. m jnuto g11!10 da etcepçilo, tão iu~olito quau10 d'o11tro eclificio mouument11', d'uma ?d10110, deve terminar, cmborl\ para • statna ou coisa ass1m,o o cooheiro ox 1~so se tenha de 1 ocorrer nos meios plicava: vwl_eutos. Começarito, porém, pol' 01··

-Levou du•eotos nnos 11 fazer! g:inmu· n snn a11~ooinQito, pelo qne pe· -Nn Amerir-11 levuv.1 mo uiê~. dem n comp11reuc1a do todus. Só faUuvn ve1· o pnl11Cio reul. oco- A.vau,e, c11m11radni; 1

cheiro, ao pus~ar nn. praça do 01 .. ente, bateu llOij c.1v1llos e cotuo o nuwricnno viasu que ele não ostavn dispo1110 11 pa­rur o tl"em. $!lifon: ·

-Cocheil"o! pára, que nqn'i á o p~h\· cio i·o-11!

O cocheiro, com nr admir11dlsei1uo: -•Si1.no lo babia visto! He pus:ulo

por nqui uyor y le a.•se~uro n uated que no e:;tava nada, tocluvitl!•

Seirtm dn:

O barateamento da vida

1

Yamos fnzor um re.d:tme t1r:- l.'n1çn, o é ao H. Frnnciseo TL'i~ti'ío, de Custe· lo de Vidl:', que publica o segniu:e ' nnuncio nos jOl'llllis:

- Cá estou, disse ele, pisc~udo o •l!'errndnrns mais baratas - n 14»00 olho ingrato. cnda 36 fennduras• . · ·

O Anuslaoio da Silva Cuobn -J':t A~1._ l~J.ton rntneineu111diesimo. p111· de calça lo, maia cois11 menos ooien.

1

-Que n?s diz... Foit11 n di-."isão, fic11 11 p11taco e11dn l Corte, Aquela 1on·a dos cegos do lustitnto Aluda hn beuemerltos!

Page 19: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

TEATRADAS

Carta do Jerolmo ·~ola dns minhes iukenbas•

O SECULO COMICO -3-

EM ~

Vnnbo ugora m01110 clu ginnso oud •e !ni pr11 vor 1uu11 pueea Xllw11d n • D.l'u- ., co M11 11111111ilh1• c11jo este i u Ut. lo do .............. \::~ ................ .. Or11vnlho disfraHndo in m•1caco i to11dníl ...... • ···,. aR molli.•nH 11 11pnchoun11rse pn r ole i " ·•

FOCO§) Ier~za d~ J~sus, uma sua rrl:da

Livrete e inda por rl(ba n11marada? Graças a D<>us 1tl10 s;ou da Madragôa/ 1.ivrBll a mim? que (f) d~em d pa/1óa Mal <i mlle que a prta1ttou, a descarada J. mal u l'•ll111n i nma 1111 Alisse C.1rpoR .~/" \ •.• ,

i u111U11a oitrnH p1os111mgo~ que princo· pinw n jl\11t11r pur Qnrd nb 'ª de 1 t.1 ( \ Tara~a de jas11s1 sua criada, pur oinnl qi a11 cumem cum f11cn 1 v11i i. Filha de pais incó1it1os, b1irôa, d11 i á 11111 menislro qu1 sn.· i.t-11 a toudRR ~ Tam servido cem COSdJS em lis!Joa as molh ie1 menos fl dei cuja esta qnl ·\· ,··j E ln/é ô ponto d'hoje estd honrada! da Burta d'.\lbiquerque i qui se veRto munto bou rnLIN 11 touuoe os omoe 1 \ f Te11/io a minlia saída cando colha, vai u Utolo faln ln~1lfouo meetrura<lo \ Tenho tamem um primo na pol1ça, oum ispaubol uma u qni ele !ala ver- • Conversemos os dois uma migalha dadl'1·umoute d purtuguez <.'um11 miu l '\~

~~111~~~r.':~t1!v~~ ~e~~.~~·1!j~~;~~n~:::ld;~d~ -. ~ 'Jr~~~:::,~~ ~·~r;:~;s~j~es~c:tde palha cum a l11do11t>11sfo i u dito Utelo veeti11 ~ .. ..,.._"" Saiba vossa incala11cia qua Isso -tlliça/ de copldo d 11 ç11rinn cnm tUI poruão qui -uim u hm minbn Zíofo i malR t<>ne 1111

1

BF.lMIRO, copiou par de p?r111111 que p11rPs~em dr is piuho· ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ roe du11 g1oços 1 iutilo vai óa poiR li uos11<1111'9iuçooe bavjum oe termi1111r l A 1 • l 1 • peeen uAo foi O tra.coisa ceuil?.Pllrldu in!nme cniupimbu do cSocnlo• !auQOU• DQUCZrl 0 pr marlO cu AIYee da Cnuhn t n Dert.' \ ivnr fa. muna mlseria, isto é, não poseo Je ho· z r11111 611 olt.ros cul•gne 11c1m 11 modos jo pam 0 futuro vivtr oomo nM nqni; Chamemo'I aaeim a um Jnquerlto qno enmo quon diz : voseês Hen nós podeu- 116 pn1111 , ter ! nutomoveie 3 pnlucloa 11brimo1 hoje publicnmento o qno par· 110 ir dl~plr-ma1111 qui nlen d cn veeM em L11ibon 2 no <.'nmpo _:e quanto n ticnlnrmente já ha diftl abrlmo ,, para foi na uolto do a1mto nutolno i iulito 111u11ulee 0'11uiuero d'elae ficar/\ rodu· 110 1111bor se doye ou ni!o h11ver ox11me11 iudo pUÇOll CUUIO f llrodin i Ollll foto zllio u u: p,,rd011, fllha, O de~pe<Ji1 •DlC de inatrnQllO prio:arla. 0 cSeoulo• fez nnn tonho umia qni tu de11er cen!lo 011 de u, U\1\11 0 nu amo vou !a1t1 r a mais o mesmo, mne aos prote111oree, o exl-c11mbo qnl om 11 oluco já ie~fl 11 10 1 cn glndo·lhee a resposta 11uoi11ta, •Rim• gmrn11llu11 l•tá muuto barata pois á 111n11 ou •nllo•; nó11 ll\z1Hno·la a ontrl\ ol11111e, coleu q11I iuo dnvn muntos oud11do11, muito m11i11 lnterc11s11d11 do que 11 dos purquu tiuh11 m unta tló caudo via pt1Q11r prolouorea - a dos pcquenltc.11 - e dn-alp;uu fugu1·1to do ótemovle i dezh1 <.'ti mos-lhes latitude para d1Js11b11farem á c11111igo-l11dluho d'ele ! Ceupro nile vontade. gastar muntn 11111ça in gazulina 1 Eia o que temos recebido aW hoje e

Aro1obo muutas nlimbranena ml11h111 qno publloamoe,oamUando 01 nomes dos i çn 1 forom pedir u mê vote prós do· algnatarioe, para u1lo ap11nbaro111 algum 1>ot11do11 dlle11 qui cltn qui voto oe po· , açoite doe pap41. zerem 11 Yaoalbau a pataco cumo tlubnm ----prumitldo 1 cum lato unn te iníaclo •Devo aver, eiun sonhor. Quom n3o mnle elo\ 11rrot·11meud11ções 11 quen pur qu6 qne aja inzamre1 • um buto•. mim pr6guutnr <.'I\ minha pra <.'unLlgo co fl v h1t11 tirito Iin i nan te isqueae1111 e Pois Já se, vê qme sim, porque o meu dos hnoros i nml dos cachopos teu is· 8, que do fn,111·0 11ilo poderei sustou- mano m11l11 velho rrez exame e f1t:11 mnitn pouso lnteruo i ubrlgndo. !nr... i\foudo-te 20 contos para com· troça do mim por eiu n!lo o fazer•.

jarolmo p1·11re11 11m1\ pequena prendu, que te Emprezar10 do Paullteamo lembro o teu

do f>llrns auivu. cNan tanho me•do nlnhum do fnzor X•. inRamo purque eel o. lstora na punfn da

•:•v•:O•:•O:• lingoo, jomeir!a, airlmet1Jfrll, •gricoltu· Os assustados «°Meu caro amigo: ru, gramat~. del'Jllnho, Jograr111, c11-

- . . .ia joins da sua onrivesn.rin silo pro· grafia, purblemas, o munto mais coi-A alta do cambio l-em e11do1doo1do oioe11e, 1n11s os ultimos acontecimenlo1 l!llll•.

tautn e tão l11i .1 gou~tl, quo uós 1iediw(Nj bolaiatas obrlg11w-me a reduzir as mJ. 4 lib111 11 íh1r>zu de '"º" 11· ú primeil-11 nbne do11p!!?.llll, porque os meus nego- •O meu pai ~urmeteume um reloJo forrnn, se11ito 11& d Pgrnçne não I'Rr.im. cios sofrora1u nm golpe formidavol. do oiro 11e eu ficasse desllnto. Se não

llo<.'11111e111011 que a UOõ&n reportagem .\.H1lm, tonhll 11 bondnde de não torno- onver iznmee não "ponho u l'lllojo. Va-oou~cguiu lu1: . cor n mlnhn mulher joia nlgnmn quo nha u i?.ame•.

e Sr. Com1esnrio: onHto mais de 30 contos, porc;no n não ----1'\ ing1111111 elevo so1· c11lp11do d1\ miuhn png11rel. Sen cliente e crindo obrigdº. •Não aporvo n inenme purque en cli

mor !o. 1'1>11ho 1. .. 1·111o" o1isto11ci11 por- j nau Qou de gabaesões i ouanto maie ia-qno, em vl~t, da d~scith dos c1111Jbio!!. •· tudo menus cei com 118 trapelhadM qlle t:sto 11110 fooh11rl1111 miubn eaorit.n llpo· Correspondencia mo querem mlter na cabe11111h.

~ Lr.s com do!a 11111 ron; s de lucros ... • _ ·=··: .. :··: .. :· :'i. 'I'.\ V .ARES-Tomos visto beAtns cCá pur mim gustava munto que

•Quurida: tclmosn~, mns d\esna !orça d n primei· ulvosaemiw:ames pola em pró mO primo Qnom h~vi11 d e <.llior que ti1o ocdo llb r11. An-v! Juito ficar repurvado ••• •

Page 20: jLVi UK - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1921/N800/N8… · J"hn Buli le11a a libra ao batcllo do penborlst11 ) an ke e ,ê que este menospresa

' SllOULO OOHIOO

MONOTONIA

-• • • GR.A.CIO./'A G~:eve: g&.E\...ET'fUCOS

GRANDE t=iGu~c~o l>a ' TR..OPAÇ e>E VAR.iA-S AR.MACD

' . 0 ENGRACADO COMP!:RE

:a.M. #\J

01.l"JOl-UÇO E~ eçuavocos E.SCAN DA.L.05°'

O ENGRAÇ"AOO QUAl>RO DAS S<ISSIS íENC•AS. oeroiS,OA CASA ROUl!APA TRANCOSQ A PORTA...a.

• -r 11:~ .. o s, BOMBASj PETARDOS é':r.C. I

REP~t~E DO QUAD~o

AG~ANDe_ Et<tSRUl..MAbA

- já estou farto de ver esta fita. Se ndo me arran1am outra, n<1o volto ao teatro •••