JN257 Guarulhos

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NEGÓCIOS Jornal de Ano XXI | # 257 | agosto de 2015 | www.sebraesp.com.br | 0800-570-0800 | radio.sebraesp.com.br facebook.com/sebraesp youtube.com/sebraesaopaulo twitter.com/sebraesp | Organização acessível com recurso online O PAINEL PLANEJA FÁCIL AGORA É OFERECIDO NA VERSÃO DIGITAL PÁGINA 14 Fãs de música podem faturar com “bolachões” VOLTA DO INTERESSE PELOS LPS REVELA NICHO E REQUER EXPERTS PÁGINA 8 Vem aí mais uma Feira do Empreendedor NA 5ª EDIÇÃO, EM 2016, SEBRAE-SP DEVE RECEBER 120 MIL VISITANTES PÁGINA 19 Momento de faturar com o mercado externo Com o real desvalorizado, exportar é o caminho, mas exige preparo, como faz Rodrigo Freitas, da Sistema Athos, de São José dos Campos PÁGINAS 10 E 11 Café gourmet traz sustentabilidade e mais lucros para produtor Para Valdir Duarte, dono do Sítio Santa Rosa, é preciso buscar certificações que reforcem o respeito às condições socioambientais PÁGINAS 12 E 13 Programa é base para excelência operacional Artur Manso amargou perdas pela ausência de controles acurados do processo produtivo de sua fábrica de grampos de Guarulhos. Sugestões e monitoramento realizados pelo programa Agentes Locais de Inovação (ALI) foram decisivos para virar o jogo PÁGINA 24 Contra a crise, capacitação Mesmo com dificuldades da indústria, metalúrgica de Guarulhos mantém nível das encomendas e planeja cortar custos | página 23 João Henrique de Marco percebeu que, entre os principais desafios surgidos com a má fase da economia nacional, está a entrada das grandes corporações nas concorrências, disputando espaço diretamente com as pequenas GUARULHOS E REGIÃO Tiragem regional: 13.497

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Jornal do empreendedor #257 Guarulhos Sebrae Serviço brasileiro de apoio a micro e pequena empresa

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Ano XXI | # 257 | agosto de 2015 | www.sebraesp.com.br | 0800-570-0800 | radio.sebraesp.com.br facebook.com/sebraesp youtube.com/sebraesaopaulo twitter.com/sebraesp |

Organização acessível com recurso onlineo painel planeja fácil agora é

oferecido na versão digital

página 14

Fãs de música podem faturar com “bolachões”volta do interesse pelos lps

revela nicho e requer experts

página 8

Vem aí mais uma Feira do Empreendedor na 5ª edição, em 2016, sebrae-sp

deve receber 120 mil visitantes

página 19

Momento de faturar com o mercado externo

Com o real desvalorizado, exportar é o caminho, mas exige preparo, como faz Rodrigo Freitas, da Sistema Athos, de São José dos Campos páginas 10 e 11

Café gourmet traz sustentabilidade e mais lucros para produtor

Para Valdir Duarte, dono do Sítio Santa Rosa, é preciso buscar certificações que reforcem o respeito às condições socioambientaispáginas 12 e 13

Programa é base para excelência operacional

Artur Manso amargou perdas pela ausência de controles acurados do processo produtivo de sua fábrica de grampos de Guarulhos. Sugestões e monitoramento realizados pelo programa Agentes Locais de Inovação (ALI) foram decisivos para virar o jogopágina 24

Contra a crise, capacitaçãoMesmo com dificuldades da indústria, metalúrgica de Guarulhos mantém nível das encomendas e planeja cortar custos | página 23

João Henrique de Marco percebeu que, entre os principais desafios surgidos com a má fase da economia nacional, está a entrada das grandes corporações nas concorrências, disputando espaço diretamente com as pequenas

Guarulhos e reGião

Tiragem regional: 13.497

Exportação oportunidadEsMeRCADo exteRno LuCRAtIVIDADe CresCimento Competitividade planejamento empreendimento

produção vendas CapaCitação agronegóCio responsabilidade

cloud tags

Notas de guarulhos e região

Ferramenta gratuita online ensina a avaliar o ponto ComerCial

Abrir a loja na melhor localização possível é um passo decisivo para o sucesso do negócio e, para orientar melhor o varejista, o Sebrae-SP ofe-rece a publicação online Ponto comercial – acerte na escolha. O acesso é gratuito e só requer que o usuário registre no site seu Cadastro Na-cional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Com 16 páginas, o material analisa em detalhes aspectos como acesso, mercado, população, concorrência e imóvel. Um dos itens abordados é a proximidade de outros estabele-cimentos correlatos. No caso dos varejistas de roupas femininas, por exemplo, é interessante observar se na vizinhança existem salões de beleza ou lojas de cosméticos, ou lojas do ramo de bolsas, calçados e acessórios, que ajudam a atrair mais clientes. O informativo traz tam-bém um questionário com cinco itens que auxiliam a avaliar os pon-tos fortes e as vulnerabilidades do ponto que se tem em vista. Acesse em http://sebr.ae/sp/vm_dpais2015

DúviDas FormulaDas De Forma anônima sobre marketing e proDução

Empresários de Guarulhos e região com dúvidas sobre marketing e produção estão convidados a participar do Sebrae Responde – círculo de perguntas e respostas, durante o qual os participantes são esti-mulados a formular e escrever, de forma anônima, suas dúvidas re-lacionadas ao tema do encontro. As perguntas serão respondidas por um consultor do Sebrae-SP especialista no tema central do evento. Em agosto, serão duas datas: dia 7, para abordar vários aspectos de marketing, e 20 de agosto, sobre produção. Ambos serão realizados das 10h às 12h, de maneira gratuita. Para mais informações e inscri-ções, ligue para (11) 2440-1009 ou 0800-570-0800.

para iniCiar um negóCio Da melhor Forma possível

Aos empreendedores com boas ideias interessados em abrir um negó-cio, o Escritório Regional (ER) do Sebrae-SP em Guarulhos realiza a ofi-cina Invista no planejamento. O objetivo é sensibilizar os participan-tes a identificar e analisar as oportunidades de negócios e iniciar o processo de planejamento de uma empresa, com exposição de vídeos e de textos, além de dinâmicas individuais e em grupo. O evento será dia 26 de agosto das 9h às 12h, com entrada gratuita. Para mais infor-mações e inscrições, ligue para (11) 2440-1009 ou 0800-570-0800.

palestra sobre Como Construir um bom relaCionamento Com Cliente

O Escritório Regional do Sebrae-SP em Guarulhos realizará no dia 20 de agosto a palestra Melhore a relação com o seu cliente, que visa demonstrar a importância desse relacionamento para o sucesso do negócio, orientando o empresário na interpretação da visão do consumidor e oferecendo estratégias para a construção e a manu-tenção de um melhor resultado. O evento será das 19h às 21h com entrada gratuita. Para mais informações e inscrições, ligue para (11) 2440-1009 ou 0800-570-0800.

Como aprimorar Controles De Fluxo De Caixa e previsões De reCeitas e Despesas

Entre as principais dificuldades do Microempreendedor Individual (MEI), está o controle das finanças. No dia 25 de agosto, das 9h às 12h, o ER do Sebrae-SP em Guarulhos vai oferecer gratuitamente a oficina SEI – controlar o meu dinheiro, com o propósito de capacitar quem está incluso nessa categoria a entender de organização financeira, abordando os seguintes temas: fluxo de caixa; diferença entre os di-nheiros pessoal e o da empresa; e fazendo a previsão do que irá rece-ber e do que pagará. Para mais informações e inscrições, ligue para (11) 2440-1009 ou 0800-570- 0800.

serviçoEscritório Regional do Sebrae-SP em GuarulhosAvenida Salgado Filho, 1.800 – Centro(11) 2440-1009 ou 0800-570-0800

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2 | jornal de negócios | guarulhos e região

edição 257 | agosto de 2015 | 3

Inspiração de cabeceira

ATITUDE EMPREENDEDORA: Descubra com Alice seu País das Maravilhas (Ed. Senac)Pelas aventuras de Alice – personagem criada por Lewis Carroll –, a autora Mara Sampaio propõe, em um texto lúdico, formas de desenvolver a atitude empreendedora, essencial para a evolução profissional.

101 DICAS PRÁTICAS DE LIDERANÇA (Ed. Sextante)Com informações acessíveis e baseadas em pesquisas atuais sobre o papel dos líderes e as expectativas de suas equipes, John Baldoni organizou sua obra em três seções: você, colegas e a empresa.

ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 [email protected] www.sebraesp.com.br > clique em OUVIDORIA.

intenção de financiar cai 2,2% em maio

o quinto mês do ano aponta recuo de 2,2% na intenção dos consumidores paulistanos em contratar financiamento. o dado é da Pesquisa de Risco e intenção de endividamento (PRie), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, serviços e turismo do estado de são Paulo (FecomerciosP). a contração se deu em relação ao mês de abril deste ano. em relação a maio de 2014, houve leve alta de 0,6%. a tendência é de estabilidade do quadro atual, com boa parte do público evitando contrair novas dívidas.

Em sua quase totalidade, os pequenos ne-gócios são dependentes do mercado interno. Por isso, o estágio atual de nossa economia impacta direta e fortemente nesses empreen-dimentos, prejudicando de forma sistemática o faturamento e a geração de empregos.

Outra reação imediata diz respeito às ex-pectativas desses empresários. Há seis meses cresce o número de empreendedores que não acreditam na melhora da economia, tampouco no aumento de receita. Estamos diante de um período de dificuldades, portanto, é preciso tri-plicar a atenção, buscar soluções que minimi-zem perdas, racionalizar ainda mais os proces-sos e planejar os investimentos.

Atualmente, das 11 mil micro e pequenas empresas (MPEs) exportadoras, 50% são pau-listas, respondendo por US$  750 milhões de valor exportado. Levando em conta que esse montante representa apenas 1,3% dos R$ 56,2 bilhões exportados em 2013, há uma boa opor-tunidade de melhora dos resultados.

Acredito que temos empresas competiti-vas capazes de se sobressaírem em qualquer parte do mundo. O principal problema está nos excessos burocráticos, tributários e de ju-

ros, bem como nos entraves de financiamen-to e de logística.

Não é tarefa fácil, ainda mais com resultados a curtíssimo prazo, mas vale a pena planejar o acesso a esse novo mercado. Nesta edição do Jornal de Negócios, você vai encontrar orien-tações detalhadas de nossos especialistas.

Sei que essa situação também requer ações mais incisivas em termos de políticas públicas. Por exemplo, a regulamentação do Simples Internacional, que vai garantir proce-dimentos simplificados de habilitação, licen-ciamento, despacho aduaneiro e câmbio, além de criar o operador logístico simplificado, que poderá realizar consolidação e desconsolida-ção de carga, licenciamento, seguro, câmbio, transporte e armazenagem. Será uma forma de resolver várias dificuldades que hoje em-perram o acesso ao mercado global.

Menos amarras é fundamental. Por isso, não medirei esforços para sensibilizar quem for pre-ciso da importância de destravar o dia a dia do setor produtivo, em especial do segmento das pequenas empresas, regulamentando esses mecanismos, simplificando outros e garantindo tratamento diferenciado aos pequenos negócios.

Destino: o mundo

Paulo skaf, Presidente do sebrae‑sP

exPedientePublicação mensal do Sebrae‑SP

Tiragem total500 mil exemplares

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Paulo SkafACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos‑SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal.

DIRETORIA EXECUTIVADiretor‑superintendente: Bruno CaetanoDiretor técnico: Ivan HussniDiretor de adm. e finanças: Pedro Jehá

JORNAL DE NEGÓCIOSUnidade Inteligência de MercadoGerente: Eduardo Pugnali Editora responsável: Marcelle Carvalho – MTB 00885Editores‑assistentes: Roberto Capisano Filho e Daniel LopesApoio comercial: Unidade Comercial Giulliano Antonelli (gerente)

Projeto gráfico e produção

Impressão: Plural Indústria Gráfica

Sebrae‑SPRua Vergueiro, 1.117, Paraíso, CEP: 01504‑001

Escritórios Regionais Sebrae‑SPAlto Tietê 11 4722‑8244 Araçatuba 18 3622‑4426Araraquara 16 3332‑3590Baixada Santista 13 3289‑5818Barretos 17 3323‑2899 Bauru 14 3234‑1499Botucatu 14 3815‑9020

Campinas 19 3243‑0277Capital Centro 11 3253‑2121 Capital Leste I 11 2225‑2177 Capital Leste II 11 2074‑6601Capital Norte 11 2976‑2988Capital Oeste 11 3832‑5210 Capital Sul 11 5522‑0500 Franca 16 3723‑4188Grande ABC 11 4990‑1911 Guaratinguetá 12 3132‑6777Guarulhos 11 2440‑1009Jundiaí 11 4587‑3540Marília 14 3422‑5111

Osasco 11 3682‑7100Ourinhos 14 3326‑4413Piracicaba 19 3434‑0600Pres. Prudente 18 3222‑6891Ribeirão Preto 16 3621‑4050São Carlos 16 3372‑9503S. J. da Boa Vista 19 3622‑3166S. J. do Rio Preto 17 3222‑2777 S. J. dos Campos 12 3922‑2977 Sorocaba 15 3224‑4342Sudoeste Paulista 15 3522‑4444 Vale do Ribeira 13 3821‑7111Votuporanga 17 3421‑8366

errata

diferente do que foi publicado na matéria “Mercado de academias em boa forma”, na página 8 do Jornal de negócios de julho, em 2014, o setor registou um faturamento de R$ 7,8 bilhões no País, ou Us$ 2,5 bilhões, conforme informado pela associação Brasileira de academias (acad).

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Setor automotivo lidera recuo naS vendaS

o setor automotivo acumula queda de 16% nas vendas de janeiro a abril deste ano, em relação a igual período de 2014. trata-se da maior retração entre todas as atividades inclusas na Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo instituto Brasileiro de geografia e estatística (iBge). de acordo com a entidade, contribuíram para a baixa retirada de incentivos fiscais, a contração da oferta do crédito e a restrição orçamentária das famílias. Mesmo com o resultado sofrível, o grupamento de atividades – que abrange veículos, motos e peças – teve alta de 4,4%, em comparação a março.

o empresário antonio carlos nas‑raui cresceu vendo o pai, kalil, empreender. entre as lojas que o patriarca criou, uma fez fama e mudou hábitos de consumo: o rei do mate, uma pequena lanchone‑te que nasceu na avenida são joão, centro de são paulo, em 1978, e, aos poucos, conquistou fãs para no‑vas formas de consumir a bebida. de maneira diferente da infusão quente, ele a servia gelada, incor‑

franqueadas. nesta entrevista ao jornal de negócios, ele conta como transformou a criação paterna em uma das maiores redes de produtos à base de mate do país.

Quais são as dimensões do negócio?As 340 lojas da rede atendem mais de 2 milhões de pessoas por mês. Vendemos em torno de 8 milhões de pães de quei-jo, 80 toneladas de açaí e 500 mil xíca-ras de café, além de 100 tipos de mate.

Como foi a construção da marca?Começamos a operar como franquia em 1992. Uma loja acabou puxando a outra e abrimos espaço no Rio de Janeiro dois ou três anos depois, mercado onde ga-nhamos muita visibilidade. Hoje, são quase 130 lojas lá, nosso segundo maior Estado consumidor, só atrás de São Paulo. Também formatamos produtos inovadores e, com isso, consolidamos a marca. Tínhamos um grande diaman-te bruto para lapidar e precisei apren-der muita coisa para transformar o Rei do Mate no que ele é atualmente.

Quais foram os principais desafios?Não existia a categoria de casas de mate. Quando falávamos sobre tra-balhar com chá, vinha logo à cabeça aquela bebida quente que a vovó leva-va na cama quando se estava doente. Tivemos de mudar esse conceito.

De que forma?Não falamos mais em chá, mas em mate, para criar uma cultura e associar o produto a algo refrescante. Lidávamos com um público mais jovem, pós-gera-ção refrigerante, que estava à procura

de uma bebida não carbonatada, mais saudável, mais funcional. Naquela épo-ca, os supermercados tinham talvez meia gôndola com um ou dois tipos de sucos. Hoje, eles reservam um corredor inteiro para esse produto, que exibe enorme variedade, desde sucos puros a misturados à agua de coco, e diversos tipos de chás. Quando começamos, esse mercado crescia fora do Brasil, mas aqui ainda era inexistente e pegamos esse boom mundial.

Então, o perfil do consumidor do Rei do Mate é jovem?Sim, 74% do nosso público tem de 14 a 39 anos. Por isso, precisamos inovar sempre. Isso tem tudo a ver com as campanhas que fazemos e as promo-ções da cultura, da arte, da gastrono-mia e da moda.

Como falam com esse público?Fazemos merchandising em filmes nacionais, como o longa Mato sem cachorro. Também colocamos nossa marca em duas temporadas do Porta dos Fundos [esquetes de humor veicu-ladas pela internet e o canal pago Fox].

O que visam com essa estratégia?Notamos que o consumidor ainda tem esse anseio de experimentar todas es-sas marcas internacionais que estão vindo para o Brasil. Por isso, precisamos nos firmar ou reafirmar nossa iden-tidade nacional, porque nascemos na Avenida São João, somos 100% brasilei-ros. Sabemos o que é açaí, o que é mate, o que é pão de queijo. Um café que vem dos Estados Unidos é especialista em rosbife salgado, não em coxinha.

porando ingredientes como leite, limão e maracujá. em dez anos, con‑seguiu abrir sete filiais da marca na cidade, mas foi com a entrada de antonio carlos no negócio, no co‑meço dos anos 90, que o rei do mate deslanchou. com o dna de comer‑ciante herdado do pai, o filho for‑matou o empreendimento para se multiplicar como franquia. atual‑mente, já são 340 unidades instala‑das em 17 estados brasileiros, todas

Com DNA do empreendedorismoQuando o franchising engatinhava no Brasil, Antonio Carlos Nasraui apostou nesse modelo para transformar o Rei do Mate na grande rede que, hoje, soma 340 unidades

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radionovela traz dicas para meis de forma divertidaO SEBRAE cria radionovela prática e divertida para o Microempreendedor Individual (MEI). Cada capítulo tem cinco minutos e traz um empreendedor que conta suas experiências para fazer o negócio prosperar. O programa, apresentado pelo ator Jackson Antunes, é transmitido na rádio SEBRAE e em mais 270 emissoras do País, em um total de 60 episódios. O ouvinte pode conversar com o apresentador pelo blog O Negócio é o Seguinte. Confira a programação completa em: http://www.onegocioeoseguinte.sebrae.com.br/

curso gratuito de gestão e inovação da uspO Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação (Nagi), centro de capacitação gerencial da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), lança 64 videoaulas, online e gratuitas. A ideia é o fomento da inovação, seja para o estágio inicial, seja para níveis avançados. O conteúdo inclui entrevistas com especialistas e profissionais do mercado, como Gina O’Connor, da Lally School of Management & Technology do Rensselaer Polytechnic Institute, dos Estados Unidos. Gina é apontada como uma das experts em gestão de inovação. Para assistir, vá ao site da Nagi: http://nagi-pro.poli.usp.br/

sebrae e endeavor em parceria para impulsionar o meiPequenas empresas com um forte potencial de crescimento são candidatas ao programa de mentoria, parceria entre o SEBRAE e a Endeavor. As mentorias oferecem a chance de os empreendedores discutirem soluções corporativas com grandes empresários de sucesso. O SEBRAE escolherá companhias que já possuem contato com a instituição e prestará consultoria de gestão. O agendamento das reuniões caberá à Endeavor. Já existe projeto piloto com 70 organizações no Paraná e Santa Catarina.

NO VI DA DES

Como a economia nacional ainda está longe da recuperação, só resta ao empreendedor trabalhar melhor todos os recursos da micro e pequena em-presa para torná-la competitiva. Um bom começo, quase sempre, é a in-formação – afinal, no emaranhado da globalização, indicar as tendências do mercado ajuda (e muito) o empresário a traçar as melhores estratégias.

Reportagem do Jornal de Negócios mostra que, graças a informação e orientações do Sebrae-SP, cafeicul-tores da região da Média Mogiana es-tão conseguindo avanços com o café gourmet, segmento que detém 12% do mercado internacional da bebida. Para se destacarem, fazendeiros in-vestem na produção e participam de concursos que funcionam como certi-ficações. Com a safra premiada, a di-ferença do valor é dramática. Enquan-to a saca do comum gira em torno de R$ 450, a do premium atinge R$ 2 mil.

Informação também impulsionou a criação da Brused. Tema de outra pági-na desta edição, o empreendimento di-gital do ABC paulista opera comprando e revendendo celulares usados. Com processos ágeis e confiáveis, os jovens empresários perceberam a crescente demanda pelo descarte dos aparelhos e já planejam a expansão.

Outros bons negócios podem sur-gir com a 5ª Feira do Empreendedor. Mostramos que, para o evento, no fim de fevereiro 2016, a previsão é re-ceber 120 mil visitantes e movimen-tar mais de R$ 7 milhões. Outra novi-dade é o lançamento do Planeja Fácil digital. O grande quadro que mapeia o levantamento de informações, ob-jetivos e ações, agora está ao alcan-ce de um clique no celular ou tablet, facilitando a organização do dia a dia da corporação. Porque empreender tem de ser simples, e é para isso que o Sebrae-SP trabalha.

O valor da informaçãoBruno Caetano

diretor‑superintendente do sebrae‑sP

@bcaetano

[email protected]

www.facebook.com/bcaetano1

Percentual de famíliaS endividadaS recua Pela Primeira vez em quatro meSeS

a Confederação nacional do Comércio de Bens, serviços e turismo (CnC) registrou, pela primeira vez em quatro meses, queda no percentual de famílias endividadas. na pesquisa de junho, o percentual foi de 62%, queda em relação aos 62,4% de maio e face aos 62,5% no mesmo período do ano passado. segundo a pesquisa, apesar da retração do percentual de famílias com dívidas que pagam em dia suas contas, aumentou as que têm contas ou dívidas em atraso, com 21,3%. em maio, eram 21,1%. e junho de 2014, 19,8%.

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e cada um fizer a sua parte, certa-mente teremos um futuro melhor.

Essa máxima está por trás das ações de responsabilidade social que já são comuns nas grandes corporações e co-meçam a fazer parte também da roti-na das micro e pequenas empresas. A humanização nos negócios demonstra que os empresários estão mais cons-cientes sobre o seu papel social.

Foi pensando assim que Nicole Fis-cher, proprietária da Atenua Som, fa-bricante de janelas antirruído da ca-pital paulista, teve a ideia de contratar um refugiado para se juntar aos atuais 50 funcionários da empresa. A ideia surgiu depois de ela assistir a um docu-mentário na TV falando sobre as condi-ções de vida desses imigrantes no Bra-sil – um contingente de mais de 7,2 mil pessoas de 81 nacionalidades distintas (a grande maioria formada por sírios, colombianos, angolanos e congoleses), segundo dados divulgados em outubro do ano passado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

Comovida pelos dados e condições dessas pessoas, Nicole resolveu fa-zer alguma coisa para ajudar. Abriu uma vaga em sua empresa e divul-gou no Instituto de Reintegração do Refugiado (Adus), entidade criada no Brasil em 2010 e que já atendeu 800 pessoas nessa situação. Assim, contratou o congolês Radjhab Amisi Ilunga na função de ajudante geral. Há 11 meses no Brasil, ele tem curso O congolês Radjhab Amisi Ilunga foi contratado por Nicole Fischer para atuar como ajudante geral na Atenua Som: empresária contou com ajuda de ONG para realizar a seleção

Ganhos para a empresa e a sociedade Lucrar não é o único objetivo de empreendedores que valorizam o lado humano de sua atividade e se envolvem em ações que beneficiam a comunidade na qual estão inseridos

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e-commerce de moda braSileiro é o maior do mundo

o Brasil lidera o mercado de moda via e-commerce desde 2012, em volume de pedidos. os dados são do Conselho de Comércio eletrônico da FecomerciosP. segundo Pedro guasti, presidente do órgão, o País ocupava a 25ª posição em 2007. especialistas do segmento da moda são unânimes em afirmar que o desempenho nacional na internet ainda tem enorme potencial e deve registrar crescimento expressivo nos próximos anos, com a popularização da banda larga, dos smartphones e das empresas que atuam nas vendas online.

em elétrica e fala bem português, in-glês, francês e holandês, além de oito dialetos de seu país de origem.

Ilunga veio sozinho para cá e, hoje, divide um quarto com mais três pes-soas no bairro de Itaquera, na zona

leste de São Paulo. “Na primeira con-versa, ele deixou bem claro que preci-sava do emprego isso me fez perceber o comprometimento que ele teria. Até agora, está correspondendo às expec-tativas”, diz Nicole.

Para ela, a grande barreira que es-sas pessoas enfrentam é o preconcei-to, o medo que a maioria dos empre-sários têm de colocar em seus quadros um estrangeiro fugitivo. “Riscos te-mos com qualquer pessoa, daqui ou

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de fora”, destaca a empresária. Na opi-nião dela, os problemas a serem en-frentados na contratação desse tipo de funcionário são de natureza cultural,

como a dificuldade de entendimento ou a falta de hábito no uso de equipa-mentos de segurança exigidos pela lei brasileira. “Mas vamos ajustando com o tempo. Funcionários de chão de fábrica, em geral, têm educação e formação muito limitada e cabe a nós ajudar essas pessoas a procurar meios para se desenvolverem”, comenta Ni-cole, que ajuda a pagar a mensalidade dos poucos funcionários que se dis-põem a cursar uma faculdade.

VESTINDO A CAMISAPara o proprietário da Roupa Diverti-da (www.roupadivertida.com.br), Le-onardo Fritoli, a forma que encontrou de ajudar foi instituindo a prática de encaminhar parte do lucro do seu ne-gócio para entidades beneficentes.

Desde que criou sua empresa, há três anos, fazia doações esporadica-mente. No fim de 2013, após participar de uma feira de varejo em Nova York, Estados Unidos, a ideia se formalizou inspirada na marca americana de ca-misetas Life Is Good. A partir deste ano, passou a adotar uma instituição por mês para a qual destina 20% do total do lucro obtido no período. Entre as beneficiadas estão Associação Pais

E-COMMERCE dE CAMISETAS dOA

20% dO TOTAL dO LUCRO MENSAL PARA

ENTIdAdES qUE APAdRINHA

O que levar em cONta aO fazer O bem

1. Implantar um projeto de responsabilidade social

dentro de sua empresa é algo muito positivo. Mas,

em primeiro lugar, é importante que ela cumpra os

requisitos legais internos, como atender a todas as

exigências trabalhistas, recolher impostos, tomar

iniciativas de sustentabilidade e de descartar

corretamente seus resíduos. Tudo isso também é

uma forma de ação social. Lembre-se de que ser

um bom empresário, assim como bom cidadão,

começa com o cumprimento de seus deveres.

2. Não existe um modelo no qual você possa

se basear para organizar o que deve fazer

e para qual público. Contudo, sempre observe

os aspectos culturais do local onde sua empresa

está inserida, ou ainda algo que esteja no âmbito

do seu próprio negócio. Aí pode estar a pista

sobre que causa abraçar. Uma empresa que

fabrica colchões, por exemplo, pode implantar

um programa de destinação adequada do produto

usado. Já uma escola pode desenvolver uma ação

para jovens carentes.

3. Se a ideia é ajudar alguma entidade, cerque-se

de algumas precauções, como a de verificar a

idoneidade da instituição e o seu histórico e se

realmente cumpre a finalidade a que se propõe.

Isso pode ser pesquisado no Conselho Municipal

de Assistência Social.

4. É importante que as ações de responsabilidade

social sejam legítimas e o marketing, feito

de forma discreta e sutil.

Fonte: Renato Fonseca, gerente de acesso a inovação e tecnologia do Sebrae-SP

mPeS têm queda de 12,8% na receita no 1º trimeStre

enquanto a economia brasileira encolheu 1,6%, de janeiro a março deste ano, na comparação com o ano passado, os pequenos negócios registraram recuo de 12,8% no acumulado do período. a pesquisa de conjuntura indicadores sebrae-sP apontou queda de 4,8% em março, na comparação com o mesmo período de 2014. setorialmente, a retração foi de 14,8% no comércio, 13,4% em serviços e 4,3% na indústria. em relação ao pessoal ocupado, o índice diminuiu 0,1%.

Amigos Excepcionias (Apae), o Banco de Alimentos, Entidade Beneficente Antonieta Granero (Ebag) e Jovens Unidos Construindo a Paz (Jucap).

A escolha da entidade obedece a um critério que ele próprio estabele-ceu, que é a visita presencial ao local para analisar e se certificar de que ela, de fato, faz o que se propõe. Se aprova-da, assinam um contrato.

Além dessa ação, Leonardo está cadastrando qualquer tipo de empre-sa que queira ser parceira e apoiar a causa. “Em troca, disponibilizamos vouchers de desconto para uso em nosso site”, explica. Com a parceria, ele alcança maior visibilidade e, con-sequentemente, mais vendas.

VÁRIAS fORMAS DE AjUDARSegundo o gerente de acesso à inova-ção e tecnologia do Sebrae-SP, Rena-to Fonseca, há diversas maneiras de investir em responsabilidade social, como a contribuição por meio de pro-grama de voluntariado interno ofe-recendo algumas horas do serviço de seus funcionários. “O contador da sua empresa, por exemplo, pode cuidar da contabilidade de uma instituição, essa também é uma forma de colabo-rar”, comenta Renato.

Não existem regras para determi-nar o que a empresa deve fazer, mas o empresário pode observar alguns aspectos que tornam a ação mais interessante [leia o quadro ao lado]. Fonseca destaca o fato de que inicia-tivas desse tipo são uma via de mão dupla. O empresário ajuda a socieda-de e, com isso, atrai reconhecimen-to e uma percepção positiva de sua companhia. “Embora esse não seja o objetivo principal ao desenvolver a ação, é sempre muito bem-vindo”, conclui ele.

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onda vintage que invadiu o mer-cado mundial não se limitou a

ressuscitar cortes de cabelo, móveis e outras modas populares nos anos 1960 e 1980. Trouxe também a pai-xão pelo disco de vinil. O famoso “bolachão” passou a ser disputado por consumidores que passam horas garimpando LPs nas lojas especiali-zadas e conta com a preferência de artistas quando querem um produto

a

A volta do “bolachão”Popular até o fim da década de 1980, o vinil perdeu espaço para outras mídias, mas volta com tudo e oferece ótima oportunidade de negócios

com mais qualidade, personalidade e intimista.

Com qualidade de som inalcançá-vel pelas outras mídias, o LP ganha também como experiência sensorial. No formato, os artistas têm mais es-paço nas capas de 31 centímetros × 31 centímetros (contra os 12 centímetros do CD) para fotos e outras artes. Além disso, o ato de manusear o disco de quase 200 gramas e colocá-lo para ro-

Manoel Jorge Dias, o “Manezinho da demolição”, vendeu nove mil LPs em feirão realizado em um único dia

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mêS a mêS, braSileiro aumenta corteS noS gaStoS com lazer

levantamento realizado pelo site guiaBolso, aplicativo (app) de finanças pessoais, mostrou a evolução contínua dos cortes feitos por brasileiros nos gastos de lazer. em janeiro, a parcela da renda revertida para o segmento representava 17,2% do salário dos 12 mil usuários em todo o País que utilizam o app para controle de suas contas bancárias. já em fevereiro, o porcentual caiu para 15,1%, e 10,9%, em março. o segmento mais impactado foi o de bares e restaurantes, que teve recuo de 7,59% (janeiro) para 4,52% (março).

dar na vitrola, e mudar de lado quan-do as faixas se esgotam, permite uma relação mais próxima entre o produto e o ouvinte.

Para o gerente de Inteligência de Mercado do Sebrae-SP, Eduardo Pugnali, o retorno da mídia traz uma ótima oportunidade de negócios para pequenas empresas. “O empreende-dor que quer explorar esse nicho deve se especializar em música, pois o con-

sumidor que frequentará seu estabe-lecimento quer um atendimento per-sonalizado, como uma consultoria musical. Então, não basta oferecer o produto, tem que entender de música para fidelizar o cliente”, afirma.

O contínuo descarte do vinil, a partir dos anos 1980, foi essencial para a consolidação do Casarão do Vinil – referência em comercializa-ção de discos usados na região da Mooca, zona leste de São Paulo. Em 2000, o engenheiro Manoel Jorge Dias – o “Manezinho da demolição”, como é conhecido por ser responsá-vel pela maioria das grandes im-plosões que acontecem em edifícios pelo País – começou a comprar mais e mais LPs, inicialmente com fins culturais. “A intenção era levar o ma-terial para pessoas que nunca tive-ram acesso ao formato”, afirma Dias. Mas, em março de 2014, seu estoque era imenso: acima de um milhão de LPs. “Anunciei o feirão por uma rede social e, em um dia, vendi 9 mil vi-nis. O retorno foi espantoso. A ideia era fazer apenas um feirão e tivemos que fazer mais 20 durante as 20 se-manas seguintes”, conta Dias, que se surpreendeu com o fato de 70% dos clientes terem entre 16 e 26 anos.

Para ele, esse mercado permanece-rá aquecido. “O crescimento nas ven-das de discos elevou as compras de vitrolas, e os grandes varejistas estão criando setores para o segmento. Cada vez mais artistas lançam novos traba-lhos no formato”, afirma.

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A alta procura por LPs usados também agitou a indústria de discos novos, adormecida desde a década de 1990. Em razão do baixo consumo, todas as fabricantes de vinil do País fecharam as portas e as gravadoras passaram a operar apenas CDs e DVDs. A brasileira Polysom foi reativada em 2009 e é a única fabricante da mídia na América Latina. Mesmo enfrentando períodos de extrema dificuldade, sobreviveu pela paixão de seus proprietários, que começaram a obter lucro apenas em 2013.

“Participo desse mercado de música desde 1979 e não via com bons olhos sermos um país entre os dez maiores em vendas do mundo e simplesmente não termos uma fábrica de vinil. Encomendar discos no exterior é mais caro e tem muito mais riscos com relação ao controle de qualidade. Além disso, havia tanta gente pedindo, tantos sinais mostrando que havia uma demanda para isso, bem como amigos e artistas torcendo a favor, que fomos obrigados a pelo menos tentar viabilizar isso”, afirma o sócio-proprietário da Polysom, João Augusto Rosa.

Saiba mais

buSca Por crédito PeloS conSumidoreS recua 12%

a demanda por crédito teve retração de 12,2% em abril na comparação com março, segundo dados da serasa experian. na comparação anual, a queda foi de 0,5%, enquanto o acumulado no primeiro quadrimestre teve alta de 4,3%. de janeiro a abril de 2014, o acumulado foi exatamente o mesmo. a queda na busca foi praticamente homogênea em todas as faixas de renda. Para os economistas da serasa, o resultado foi impactado pela alta dos juros, da inflação e da renda, além da diminuição da confiança do consumidor.

10 | joRnal de negóCios

om o real desvalorizado, exportar pode ser uma alternativa para en-

frentar a época de “vacas magras” da econômica brasileira. Ao contrário do que muitos empreendedores pensam, esse é um caminho que pode ser trilha-do com sucesso também por micro e pe-quenas empresas (MPEs). Recentemen-te, as companhias desse porte passaram a contar inclusive com um incentivo: a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aumentou o limite anual de exportação de US$ 1 milhão para US$ 3 milhões. E mais: em junho, o governo federal lan-çou o Plano Nacional de Exportações com uma série de medidas visando in-centivar as vendas brasileiras para ou-tros países. A ideia é remover barreiras e ampliar acordos comerciais, simplificar a legislação e reduzir processos burocrá-ticos, entre outras iniciativas.

Investir na via internacional, além de ampliar lucros, pode ser benéfico para o crescimento da empresa. Isso porque, para obter sucesso na emprei-tada, ela precisa preparar bem o ter-reno, melhorar processo e produtos, investir em inovação e criar um dife-rencial competitivo para poder brigar por um espaço no mercado externo. Nesse sentido, o vice-presidente execu-tivo da Associação de Comércio Exte-rior do Brasil (AEB), Fábio Faria, orien-ta: “Existem linhas de crédito com custos mais acessíveis para os empre-sários investirem em melhorias com o objetivo de se tornarem exportadores”.

PREPARAÇãO DO TERRENOFaria alerta também para a necessida-de de estudar bem o nicho externo. “A

Lucro além das fronteirasA exportação pode ser estratégia rentável para micro e pequenas empresas ampliarem mercado e se fortalecerem para atravessar a crise econômica interna

c recomendação é pesquisar sobre hábi-tos e culturas do país onde você plane-ja vender para ter certeza de que seus produtos e serviços serão bem-aceitos ou se é preciso adaptá-los”, observa.

Essa lição de casa foi feita pela de-senvolvedora de softwares Sistema Athos, de São José dos Campos. “Colo-car um pé fora do Brasil é estratégico para não sofrer com os altos e baixos da economia local”, assinala o dire-tor geral da empresa, Rodrigo Freitas. “Com negócios em vários lugares do mundo, se um país estiver em crise, o outro pode não estar, de modo que as transações comerciais ali continuarão contribuindo para o crescimento da companhia”, explica.

Para concretizar o projeto, a empresa se preparou durante dois anos e meio, estudando as condições, burocracias e mercado externo. A escolha da primei-ra unidade fora do Brasil está entre Equador e Chile, mas a expectativa é já iniciar as atividades em fevereiro do ano que vem. “No primeiro semestre, a projeção é vender três contratos por mês no exterior e evoluir para 50 ao fim de um ano”, destaca Freitas, infor-mando que esse foi o desempenho do início da Athos no Brasil. “Hoje, aqui, as vendas são de 85 contratos por mês. Sabemos que o primeiro ano é difícil, mas é um período de investimento e não de retorno”, destaca.

Para quem deseja seguir seus pas-sos, Freitas aconselha: “Antes, é pre-ciso estar bem consolidado no Brasil. Só então passe a olhar para além das fronteiras do País, para checar onde seu produto poderá ser bem-aceito”.

Rodrigo Freitas, diretor da Sistema Athos, desenvolvedora de software de São José dos Campos, prepara abertura de filial fora do Brasil

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dicaS online e gratuitaS Para reduzir deSPerdício

o seBRae lança séries de vídeos sobre sustentabilidade, com dicas que mostram ao empreendedor como poupar recursos. as sugestões incluem adaptadores que reduzem o fluxo, torneiras de acionamento eletrônico, temporizadores e válvulas de fechamento automático. a primeira série traz dez histórias de empresários que mudaram processos em nome de práticas mais sustentáveis. são episódios de cinco minutos, com foco especialmente na água e na energia elétrica. Confira: https://www.youtube.com/user/tvsebrae

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Segundo ele, com um modelo de trabalho consolidado, a empresa terá maiores chances de levar o negócio para outros lugares com sucesso.

COLhENDO OS fRUTOS Os donos da Sapeka Lingerie, confec-ção criada há 15 anos em São Paulo e Rio de Janeiro, simultaneamente, co-meçaram a investir em exportação em 2004 e não se arrependem. O su-cesso da investida rumo ao exterior se reflete no faturamento, que foi de R$ 10 milhões no ano passado. A bre-cha para seus produtos lá fora foi iden-tificada antes em Portugal e Espanha. A empresa se preparou para expor-tar e, atualmente, atende a países da América do Sul, da Europa e da África. Neste último continente, inclusive, montou um centro de distribuição, localizado na cidade de Benguela, em Angola, para atender à clientela com maior agilidade. “Como a demanda africana estava crescendo, identifi-camos que aceleraríamos bastante o processo de venda se tivéssemos essa estrutura lá”, conta o diretor comer-cial da empresa, Wesley Loureiro.

Hoje, 13% do faturamento da Sapeka provém das vendas internacionais, sen-do 9% somente do mercado africano. A ideia é ampliar ainda mais essa fatia. Para isso, a confecção pretende abrir outros entrepostos distribuidores ao re-dor do mundo, como em Moçambique, Alemanha, Portugal, Equador e Estados Unidos. “Nosso maior desafio é conse-guir desenvolver, a curto prazo, produ-tos específicos com as características de cada região. Até agora, vendemos basi-camente peças com o mesmo formato para todos os países”, explica Loureiro.

ESTRATégIA PARA MPESPara o consultor do Sebrae-SP Gilberto Campião, exportar deveria ser uma es-tratégia mais utilizada pelas MPEs. “Fal-ta no Brasil uma cultura exportadora. Especialmente nos momentos em que o mercado interno está mais retraído, elas podem ter o exterior como estratégia para manter o crescimento. A empresa que exporta é mais forte e possui maio-res chances de sobreviver em época de desaceleração econômica”, destaca.

1 Avalie se essa é uma estratégia de negócio adequada para a empresa, definindo quais os motivos e aonde quer chegar com a internacionalização da companhia;

2 Adapte o produto ou serviço para atender não só ao mercado doméstico, mas também ao externo;

3 Pesquise as oportunidades para decidir o que mandar para fora e para onde. Um bom caminho é participar de feiras de negócios e missões internacionais;

4 Procure a Receita Federal para credenciar a empresa para utilizar o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex);

5 Entre em contato com o potencial importador informando o perfil de sua companhia, a descrição do produto ou serviço e a lista de preços;

6 Conheça o tratamento tributário e opções de financiamento para exportadores;

7 determine o preço de venda fora do País. Lembre-se de que nem sempre comercializar o produto ou serviço com valor baixo será a melhor saída para conquistar o mercado internacional. qualidade é indispensável;

8 defina as condições de comercialização e as contratações de frete e de seguro;

9 defina a forma de pagamento e faça o registro de exportação no Siscomex, separando os documentos solicitados, além de providenciar a emissão da declaração para despacho no sistema;

10 Contrate câmbio, que é um instrumento para trocar moedas entre o exportador e um banco autorizado pelo Banco Central do Brasil para fazer a operação;

11 Prepare e embarque a mercadoria, separe os documentos necessários para enviar ao importador e receba o pagamento em reais, por meio de um banco autorizado.

Passo a passo para o comércio exterior

vendaS de SuPermercadoS Sobem 0,34%

a associação Brasileira de supermercados (abras) divulgou que as vendas dos supermercados tiveram alta de 0,34% em maio, frente ao mesmo mês de 2014. já quando o comparativo é feito em relação a abril deste ano, o resultado é queda de 2,53%. segundo o presidente do Conselho Consultivo da abras, sussumu Honda, o aumento do desemprego impacta diretamente o setor que deve negociar melhor com os fornecedores para “atrair os clientes, oferecendo melhores serviços e preços competitivos”.

12 | joRnal de negóCios

ue o brasileiro gosta de café não é novidade. No ano passado, o

consumo interno da bebida atingiu 20,3 milhões de sacas – total 1,24% su-perior ao registrado um ano antes, se-gundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Os núme-ros mostram que cada habitante con-sumiu, em média, 4,89 quilos de café torrado e moído no ano, o equivalente a 81 litros de café por brasileiro em 12 meses. A associação levantou que a bebida está presente em 98,2% dos la-res nacionais, representando um mer-cado de grandes oportunidades.

Um nicho de potencial elevado, de acordo com o consultor de agronegó-cios do Sebrae-SP, Cláudio D’Angieri, é a produção de cafés de categoria pre-mium. Esse tipo tem característica mais elaborada, com cultivo diferen-ciado em relação ao modo convencio-nal. Os atributos físicos e sensoriais são otimizados, ampliando a qualidade. De acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, da sigla em inglês), esse segmento representa 12% do mercado internacional da bebida.

“Trabalhamos para mostrar ao pro-dutor a importância dessa opção. A in-tenção é que ele conquiste esse nicho porque pode levar sustentabilidade e rentabilidade para o negócio. Se o produtor seguir apenas investindo no café padrão, há o risco de ficar empa-tado ou perder dinheiro. Atuar na pro-dução de cafés especiais é uma boa es-tratégia para se manter rentável e não quebrar”, aconselha D’Angieri.

De olho nesse mercado, a Fazenda Santa Jucy, próxima à cidade Cássia dos Coqueiros, no interior paulista,

Café gourmet rende prêmios e abre mercadosProdutores do interior paulista investem em grãos especiais e obtêm diferenças significativas nos ganhos em comparação às modalidades comuns

q nasceu com o propósito de investir no universo gourmet, como conta o administrador geral da propriedade, Alexandre Provencio. “Iniciamos as atividades em 2010 com o intuito de produzir cafés especiais. Nossa plan-tação se espalha pela propriedade inteira e não apenas em microlotes. A Santa Jucy foi pensada para gerar qualidade em alta quantidade”, diz.

Tal opção não é regra na cafeicultu-ra. Geralmente, as propriedades reser-vam apenas um espaço da terra para os cafés especiais. É o caso do Sítio Santa Rosa, em São Sebastião da Gra-ma. “Separo 30% do sítio para esse cul-tivo, mas o objetivo é aumentar essa parcela para 80% até 2017”, assinala o proprietário Valdir Duarte.

CONCURSOS VALORIzAM MARCASTanto a Santa Jucy como a Santa Rosa têm suas bebidas premium reconhe-cidas pelos tradicionais concursos de qualidade promovidos nas cidades tipicamente produtoras do grão. Se-gundo o consultor do Sebrae-SP, estar entre os vencedores dos concursos traz recompensas para o produtor. “É uma valorização significativa. O café premiado é validado por especialistas como uma bebida superior. Nesse sen-tido, agrega valor e aumenta o preço para venda”, explica.

Para receber o reconhecimento, é pre-ciso investir capital e dedicação. “Nosso objetivo é manter o padrão de toda a produção, em uma constante busca por qualidade. É uma oportunidade de ne-gócio e de trazer mais um produto di-ferenciado para o mercado brasileiro, a exemplo da cerveja. Itens que o brasilei-

Valdir Duarte reserva 30% das terras do Sítio Santa Rosa, em São Sebastião da Gama, para o cultivo do tipo premium, mas planeja ampliar essa fatia para 80% até 2017

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Pequena indúStria PauliSta Sobrevive e emPrega maiS

Com mais funcionários e vida mais longa, as micro e pequenas indústrias (MPis) paulistas são mais maduras diante das dificuldades, graças a gestão, produtividade e nível de investimentos. as conclusões fazem parte da pesquisa “a Micro e Pequena indústria Paulista”, do sebrae-sP, que ouviu 1.258 empresários do setor, além de 1.349 ligados ao comércio e serviços. na longevidade, as MPis resistem, em média, 12 anos, contra nove dos demais setores. as MPis têm em média 5,3 empregados por empresa, ante 2,4 na média de todos os setores.

edição 257 | agosto de 2015 | 13

ro consumia e tinham baixa qualidade estão sendo substituídas por melhores”, diz Provencio, da Santa Jucy.

A dedicação rendeu à propriedade o primeiro lugar na disputa na cida-de de Caconde e o segundo lugar na competição paulista. “Um dos nossos diferenciais é não ter lotes prepara-dos para concursos. Nosso objetivo é a qualidade em larga escala. É um desafio constante. Não é fácil dos pontos de vista de investimento e de gestão. Tem de estar disposto a enfrentar desafios. Vai dar trabalho, é preciso estar sempre atualizado e ver o que funciona para cada região”, avalia Provencio.

A propriedade de Duarte também contabiliza vitórias. Desde 2006, seu premium tem subido no pódio dos concursos locais. “Procuramos apri-morar cada vez mais a qualidade e o processo de produção, para chegar ao primeiro lugar. A classificação não é o único interesse. Queremos que outros produtores da região do Vale da Grama passem a tratar o café de maneira especial para bus-carmos mercados e mostrar o poten-cial local”, indica.

PREÇOS qUE VALEM A PENAInvestir no especial é lucrativo, apon-ta o consultor do Sebrae-SP. “Enquanto a saca do comum comercializado em bolsa custa em torno de R$ 450, o pre-mium pode chegar a mais de R$ 2 mil. O mercado reconhece a qualidade e paga por isso.”

Valdir Duarte, do sítio Santa Rosa, sente a diferença. “O café comum que produzo para o mercado local está na

faixa de R$ 430 a R$ 480. Já o especial, entre R$ 600 e R$ 800.”

O relevo é um ponto positivo da região na qual as propriedades es-tão – na Média Mogiana, mais co-nhecida como “a Mantiqueira de São Paulo”. “A altitude da região, de 1 mil a 1,4 mil metros, proporciona melhores cafés. Quanto mais alto, mais devagar o grão matura e acen-tua os açúcares, imprimindo um aroma melhor no fim da bebida”, diz o consultor.

Mas nem só com boa localização se faz um café de qualidade, explica D’Angieri. “Também é fundamental prestar atenção ao manejo da lavoura, que precisa ser muito bem cuidada, em todos os sentidos, com controle de pragas e plantação bem nutrida para externar essa qualidade no fruto.”

Duarte segue à risca a recomen-dação. “É preciso cuidar do café em todas as etapas, desde aplicar os fer-tilizantes e fazer a adubação correta até procurar um grau de maturação o mais uniforme possível na colheita, além de garantir que o grão tenha um processo de secagem que respeite as temperaturas para chegar devagar no grau de umidade.”

O proprietário do Santa Rosa acre-dita ainda que os produtores não de-vem buscar qualidade apenas para participar de concursos. “Para conse-guir vender o café como especial, não basta a qualidade da bebida. É preciso conquistar certificações que reforcem o respeito às condições socioambien-tais. A propriedade que elas possuem conta com diferencial, que vale inclu-sive para o mercado externo.”

•   Para um café campeão, é preciso escolher  uma região propícia para plantar os grãos e obter maior qualidade na bebida. Locais altos são favoráveis para desenvolver e reforçar as propriedades da planta

•   Invista em técnicas de plantação  e colheita especiais

•   Respeite normas ambientais e trabalhistas  na produção

•   Participe de concursos locais de reconhecimento dos tipos especiais. As competições podem balizar a qualidade da bebida

•   Procure adaptar a produção aos requisitos  de certificações que qualificam o café. Conheça mais sobre as categorias de certificação no link: http:sebr.ae/sp/nacional

Saiba mais

varejo reverte queda regiStrada em 12 meSeS conSecutivoS

o resultado do comércio varejista paulista em março rompeu a sequência de 12 meses de quedas consecutivas. os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no estado de são Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, serviços e turismo do estado de são Paulo (FecomerciosP). o maior número de dias úteis em março foi crucial para o avanço. Por segmento, os supermercados fortalecerem a reação com crescimento de 1 ponto porcentual, seguidos pelas farmácias e perfumarias, com 0,7 p.p.

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volume de vendaS do varejo tem Pior abril deSde 2001

o volume de vendas do comércio varejista registrou queda de 0,4% em abril, na comparação com março, segundo o instituto Brasileiro de geografia e estatística (iBge). o resultado é o pior desde abril de 2001 e a terceira retração consecutiva do indicador, derrubando a média do trimestre para 0,6%. em relação ao mesmo período de 2014, a queda foi de 3,5%. entre os segmentos, o pior desempenho foi dos equipamentos e materiais de escritório, com recuo de 12,2%, seguido pelo setor de tecidos, vestuário e calçado com retração de 3,8%.

Para o gerente da Unidade de Desenvolvimento e Inovação do Sebrae-SP, Renato Fonseca, a nova plataforma oferece maior comodi-dade. “A versão digital traz o mesmo conceito do mural impresso que era afixado na parede do estabelecimen-to. A diferença é que, por ser móvel, permite ao empresário visualizar seu negócio e fazer alterações quando quiser – seja em uma fila de banco, seja durante uma viagem –, pois to-das as informações ficam arquivadas no meio digital para serem vistas e revistas”, explica.

O único pré-requisito para aprovei-tar todas as funções da ferramenta é que a empresa esteja funcionando. Se o negócio ainda estiver no papel, o empreendedor não conseguirá uti-lizá-la para melhorar atividades que ainda não existem.

Fonseca destaca que a tecnologia é fundamental para o empresário enxergar as peças que precisam ser modificadas. “Colocando todas as ações do Planeja Fácil no papel ou no aplicativo digital, ele consegue iden-tificar o cenário em que está inserido e promover as alterações necessárias para o sucesso do negócio”, afirma. Tanto a versão digital como a im-pressa estão disponíveis no site do Sebrae-SP (www.sebraesp.com.br) de forma gratuita.

ara facilitar ainda mais a rotina de gestão de micro e pequenas

empresas (MPEs), o Sebrae-SP está lançando o Planeja Fácil Digital. A ferramenta é igual à versão impressa lançada em 2013: um painel que o em-presário preenche com os principais itens que devem orientar a adminis-tração do empreendimento. Com a opção online, agora o recurso pode ser acessado por qualquer disposi-tivo móvel, como notebook, tablet e smartphone.

Simples e prático de usar, o Planeja Fácil auxilia empresários que preci-sam vencer a dificuldade de visuali-zar o negócio como um todo e focar os investimentos nas áreas carentes ou nas que darão mais lucro. É um alia-do valioso na correria do dia a dia, comum às MPEs, nas quais o proprie-tário, em geral, fica preso às tarefas operacionais sem tempo para pensar nos próximos passos do negócio.

Assim como na versão impressa, o Planeja Fácil Digital ajuda empreen-dedores de todos os setores (indústria, comércio, serviços e agronegócios) a montar um passo a passo da gestão dividido em três etapas, cada uma identificada por uma cor. Na coluna amarela, entra o levantamento de informações e priorização. Na verde, ficam objetivos e decisões. E na azul, devem ser listadas as ações.

Sebrae‑SP lança Planeja Fácil Digital

O recurso permite organizar de forma simples e prática os principais tópicos relacionados à administração do empreendimento

P Sete passos para usar bem a ferramenta

O importante é iniciar observando os pontos fortes e fracos da sua empresa e as oportunidades ou ameaças do mercado;1

2 Priorize suas ações com base na análise e defina seus objetivos;

3 decida por um objetivo principal. No quadro do Planeja Fácil, você deve trabalhar com apenas um objetivo de cada vez;

4 Organize as ações e os recursos necessários (financeiros, materiais e de pessoas);

5 Elabore um cronograma para cumprir todas as ações planejadas e os prazos para obter resultados positivos;

6 Coloque a mão na massa. Execute e acompanhe o planejamento das ações na ordem certa e no prazo determinado;

7 Registre as experiências e o aprendizado que você obteve durante o processo.

Fonte: Sebrae-SP

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crédito do bndeS Para PequenaS Sofre maior retração

dados do Banco nacional de desenvolvimento econômico e social (Bndes) apontam que a liberação de recursos para as pequenas corporações sofreu queda de 13%, no acumulado de 12 meses até março deste ano, em comparação ao mesmo período anterior. no caso das grandes companhias, o recuo foi de 7% e, nas médias, alcançou 19%. segundo especialistas, tal panorama decorre do cenário de dificuldades na economia e tem relação direta com a queda tanto da demanda quanto da oferta.

Sempre perto do cliente

A comunicação digital, por meio dos aplicativos (apps), está sendo cada vez mais usada pelas empresas para se relacionar com clientes, fornecedores e outros parceiros. É primordial para o sucesso de qualquer organização ter bons canais com esses agentes, respondendo prontamente a dúvidas e reclamações, além de identificar interesses de compras para oferecer promoções, e outras vantagens para fidelizá-los. Com esse objetivo, ganham força apps de mensagem instantânea e de voz, como WhatsApp, Google+, Facebook Messenger, Skipe, Viber, Tango e Instagram.

Segundo o consultor do Sebrae-SP Jairo Lobo Migues, os apps dão instantaneidade, produtividade e fidelização nos relacionamentos. “É necessário somente identificar se o seu público-alvo utiliza esses canais e tomar cuidado como irá gerir esse novo meio de comunicação dentro da empresa”, afirma.

Entre os cuidados, há o risco da inconveniência. Existe uma linha tênue entre ser assertivo no relacionamento com os consumidores e ser invasivo, enviando mensagens quando as pessoas não querem receber. Por isso, o consultor do Sebrae-SP orienta que as respostas sejam rápidas e breves.

Outro desafio é a garantia da privacidade. As informações da empresa devem estar sempre em um local seguro e ser acessadas somente para uso no ambiente profissional. Finalmente, Migues orienta o empresário a adotar uma ou mais ferramentas para definir um plano de comunicação para minimizar os riscos de implantação malsucedida. “Deve-se analisar as informações básicas como quantos clientes existem; previsão de aumento de consumidores e se utilizam muito a nova ferramenta; quantos acessos (informações, críticas, reclamações, elogios); e quanto tempo focará no uso dessa ferramenta.”

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Aplicativos e redes sociais ajudam a aproximar empresas e consumidores, porém, regras precisam ser claras para interação não virar dor de cabeça

Fonte: Embratel/Teleco e Facebook 2014

bilhãode pessoas usam

o Facebook no mundo

1,4

milhõesestão no

WhatsApp

800

milhõesinteragem pelo

Facebook Messenger

600

milhõesmilhões utilizam

o Instagram

300

das empresas mais conectadas do Brasil são pequenas

78%

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RÁDIO ONLINE DO SEBRAE

Para tornar a comunicação mais acessível ao cliente com deficiência auditiva, o seBRae-sP disponibiliza o serviço de intérprete de libras em seus eventos presenciais. a solicitação do serviço deverá ser comunicada no ato da inscrição e com antecedência de 5 (cinco) dias úteis à data de realização do evento. o cliente, ou seu representante, poderá se inscrever pessoalmente nos escritórios Regionais, pelo portal do seBRae-sP ou pelo 0800 570 0800.

18 | joRnal de negóCios

14º Congresso Brasileiro do Agronegócioquando | 3 e 4Onde | Sheraton São Paulo WTC Hotel /Avenida das Nações Unidas, 12.559 – Brooklin Novo, São Paulo-SPinformações | (11) 3285-3100

70ª feira Internacional de Bijuterias, Acessórios, joias de Prata e de Aço, folheados e Semijoiasquando | 3 a 5Onde | Centro de Convenções Frei Caneca / Rua Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo-SPinformações | (11) 3472-2020 / www.b8-bijoias.com.br

24ª feira de Produtos e Serviços para higiene, Limpeza e Conservação Ambientalquando | 4 a 6Onde | Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo / Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SPinformações | (11) 3079-2003 / http://higiexpo.com.br

Expo Postos & Conveniência 2015quando | 5 a 7Onde | Expo Center Norte – Pavilhão Branco / Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SPinformações | (21) 2441-9100 / http://expopostos.com.br

TecnoCarne & Leite (tecnologia para a indústria da carne e do leite) quando | 11 a 13Onde | Centro de Exposições Imigrantes / Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Água Funda, São Paulo-SPinformações | (11) 3598-7800 / Site: www.tecnocarne.com.br

Workshop Desafios do Agronegócioquando | 13 e 14Onde | Anfiteatro do Pavilhão da Engenharia da ESALq / Av.Pádua dias, 11, Piracicaba-SPinformações | (19) 3417-6600 / www.fealq.org.br

51º house & gift fair 2015 – South America (artigos para casa e decoração)quando | 15 a 18Onde | Expo Center Norte – Pavilhões Vermelho, Verde, Branco e Azul /

Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SPinformações | (11) 2105-7000 / www.grafitefeiras.com.br/pt-br/house/Paginas/default.aspx

V Congresso ANDAV (distribuição de insumos agropecuários)quando | 17 a 19 Onde | Transamérica Expo Center / Avenida doutor Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo-SPinformações | (11) 3214-1300 / www.congressoandav.com.br

MercoApara 2015 – feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de Reciclagem de Papelquando | 18 a 20 Onde | Imigrantes Exhibition & Convention Center / Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Água Funda, São Paulo-SPinformações | (11) 5535-6695 / www.ecobrasil.com.br

food Ingredients South America (evento sobre ingredientes alimentícios) quando | 25 e 27Onde | Transamérica Expo Center / Avenida doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo-SPInformações | (11) 4689-1935 / www.fi-events.com.br

Photoimage Brasil 2015 (feira internacional de imagem)quando | 25 a 27Onde | Expo Center Norte – Pavilhão Verde / Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SPinformações | www.photoimagebrasil.com.br

23ª feira Internacional de Tecnologia Sucroenergéticaquando | 25 a 28Onde | Centro de Eventos Zanini / Rod. Armando Salles de Oliveira, km 346,3, Sertãozinho-SPinformações | (11) 3060-5000 / www.fenasucro.com.br

19ª feira Internacional de joias folheadas, Brutos, Máquinas e Insumos e Serviçosquando | 25 a 28Onde | Centro Municipal de Eventos de Limeira / Av. Maria Teresa Silveira de Barros Camargo, 1.213, Limeira-SPinformações | www.aljoias.com.br

aGeNda de feiraS

intenção de conSumo totaliza queda de 21,2% em um ano

Pela primeira vez desde a sua criação, a intenção de Consumo das Famílias (iCF) atingiu 96,4 pontos. Pela métrica da Confederação nacional do Comércio de Bens, serviços e turismo (CnC), menos de 100 pontos indicam percepção de insatisfação com a situação atual. os dados registram queda de 21,2% na comparação com maio do ano passado, com todos os itens nos menores valores da série histórica. no período entre março e maio deste ano, o indicador recuou 6,3%, o quarto mínimo histórico consecutivo.

AgOSTO

edição 257 | agosto de 2015 | 19

inadimPlência acumula alta de 12,1% no quadrimeStre

no acumulado de janeiro e abril, a inadimplência das empresas teve alta de 12,1%, informou a serasa experian. o indicador é o mesmo quando se confrontam os dados de abril deste ano contra os do ano passado. Mas, em relação a março deste ano, o índice teve recuo de 5,8%. essa retração, segundo os especialistas, foi resultado do impacto dos títulos protestados, cuja queda soma 18%; e dos cheques sem fundo, que tiveram retração de 7,1%. as dívidas não bancárias em atraso (como contas de luz e de lojas) diminuíram 0,5%.

marketing, indústria e agronegócio, e 42 mil pessoas participaram de pa-lestras e capacitações oferecidas em diferentes espaços.

Os Microempreendedores Individu-ais (MEI), que já são mais de 1,1 milhão em São Paulo, contaram com uma área especial de orientação, enquanto os in-teressados em tomar crédito puderam conhecer as linhas de financiamento es-pecíficas para pequenas empresas, além de dicas de consultores especializados e informações das próprias instituições financeiras presentes entre os 400 ex-positores. Para 2016, são esperados 430.

Muitos dos que estiveram presentes na Feria do Empreendedor de 2015 se pre-pararam para retornar no próximo ano.

ara fomentar um ambiente fa-vorável aos negócios e difundir

o empreendedorismo como estilo de vida, o Sebrae-SP promove anualmen-te a Feira do Empreendedor. O evento, que chega à quinta edição em 2016, tem batido sucessivos recordes de pú-blico e espera receber cerca de 120 mil visitantes entre os dias 20 e 23 de fe-vereiro de 2016, além de movimentar mais de R$ 7 milhões em negócios.

Na edição deste ano, 104 mil pes-soas estiveram presentes, um incre-mento de 27% em relação a 2014. Os números são animadores, segundo os organizadores. Foram efetuados 37 mil atendimentos pelos consultores do Sebrae-SP nas áreas de finanças,

Feira do Empreendedor cria ambiente favorável aos negócios

Evento chega à quinta edição em 2016 com perspectivas de bater novos recordes em todas as frentes

P

Roberto Saretta, sócio da Kiip, divulgou um novo sistema de lavagem de carro com economia de água na edição deste ano

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É o caso da Kiip, que pretende participar pela terceira vez. A empresa apresentou na ocasião uma técnica brasileira de limpeza automotiva que promete lavar automóveis com apenas um litro de água, por meio de um carrinho elétrico, utilizando cera especial e um produto para pneus e caixa de rodas. O sistema também poupa tempo quando compa-rado à tradicional limpeza a seco: cada lavagem leva, em média, 28 minutos.

O sócio da Kiip, Roberto Saretta, conta que a empresa oferece licencia-mento, cursos e produtos necessários para quem busca investir. Assim, os clientes podem até criar uma marca própria de lavagem de veículos com pouco uso de água, ou ainda utilizar a marca Kiip sem pagar nenhum va-lor mensal.

O investimento inicial é baixo: de R$  4,99 mil, para a aquisição de um carrinho elétrico (incluindo curso de lavagem a seco), a R$  29,9 mil, para quem quiser ser um representante exclusivo na região (o valor engloba a compra de dez carrinhos). O gasto com cada lavagem é de menos de R$ 2, ou seja, com dez operações diárias, é pos-sível faturar mais de R$ 300 por dia, resultando em uma receita líquida de mais de R$ 3,5 mil por mês.

O tempo de retorno do investimen-to é de dois meses, em média. “Na feira deste ano foram mais de dez ne-gócios fechados”, comemora Saretta. “Em 2014, levamos uma opção de in-vestimento mais alto e, mesmo assim, tivemos resultados positivos. Cerca de

70% do público que nos procura quer investir até R$ 30 mil”, conta.

Não foi diferente para o diretor de Franquias da Doutor Lubrifica, Carlos Diego Oliveira, uma rede especializa-da em soluções automotivas delivery, criada para atender a um público que não dispõe de tempo para preservar a manutenção do seu veículo em dia. Segundo ele, a feira trouxe ótimos re-sultados e contribuirá muito para o al-cance da meta de 200 franquias já esti-pulada para 2015. Seu estande atendeu mais de 500 pessoas por dia. “Com essa ajuda, fecharemos, em média, 20 no-vas unidades em São Paulo”, afirma.

Os interessados em participar da Feira do Empreendedor 2016 en-contram informações no site do Sebrae-SP (www.sebraesp.com.br).

O que OS viSitaNteS buScam NO eveNtO

42+26+14+13+5+t42% Informação e orientação

26% Novas ideias para abrir uma empresa

14% Participação em cursos,

palestras e oficinas

13% Pesquisas de equipamentos,

fornecedores e serviços

5% Não informado

FONTE: Sebrae-SP

20 | joRnal de negóCios

abril marca virada PoSitiva no Setor de turiSmo

abril trouxe perspectivas mais animadoras para o mercado de turismo, com alta de 3,09% nos voos nacionais e número de passageiros. no mês anterior, o resultado havia sido -2,78%, e, em fevereiro, a queda foi de 4,12%. os dados são da associação Brasileira das empresas aéreas (abear), que reúne avianca, azul, gol e taM. a ocupação dos assentos cresceu 1,4 ponto porcentual sobre março, com 80,94% dos lugares disponíveis. o número de passageiros aumentou 6,39% na comparação anual, com 8.069 milhões de viajantes.

venda dos usados funciona como em qualquer e-commerce: depois de es-colher o equipamento no site, paga--se e a encomenda é entregue no en-dereço escolhido.

“O mercado brasileiro tinha essa necessidade. Os clientes sentiam dificuldades na hora de vender os aparelhos antigos. Cada celular tem, em média, 18 meses de vida, depois, o usuário já pensa em comprar um mais novo”, diz Fuschi.

A Brused negocia apenas apare-lhos da Apple (iPhone, iPad e Macs), pois o sistema operacional oferece bloqueio dos roubados, garantindo a legalidade das compras. O preço pago varia conforme o modelo, indo de R$ 600 a R$ 1,8 mil. A companhia planeja estender o mercado para ou-tras marcas de celular e somar eletro-

forte demanda pelo descarte de smartphones obsoletos fez

surgir a Brused – plataforma digital com base física (escritório) em São Caetano do Sul, no ABC paulista – que compra e revende os aparelhos. Criada em novembro de 2013, após três meses, a empresa virtual já con-tabilizava, em média, 100 aparelhos negociados por mês.

A operação criada pelos amigos Bruno Fuschi e Eric Fuzitani é sim-ples. O dono informa os dados téc-nicos do aparelho no site da Brused e recebe, instantaneamente, o orça-mento oferecido. Se estiver de acor-do, envia o celular via Correios com o número da conta corrente para pagamento. No dia seguinte, em mé-dia, se todos os itens citados estive-rem corretos, o vendedor recebe. Já a

eletrônicos. “Queremos ser referência no mercado de usados, comprando também videogames, por exemplo”, pondera Fuschi. A Brused compra,

em média, 500 aparelhos ao mês. O investimento inicial foi de R$ 20 mil a R$ 30 mil, incluindo construção do site e capital de giro. “Tentamos tudo antes de usar, para garantir que iria dar certo. Apostamos em uma plata-forma simples e intuitiva que facilita

TAxA dE CONVERSãO APONTA SE NEGóCIO

TERÁ LUCRO

Lixo que não é de se jogar foraJovens de São Caetano do Sul desenvolvem site de compra e venda de celulares antigos e obtêm sucesso

a a comunicação com os clientes”, con-ta o sócio-fundador.

O empreendedor de e-commerce deve levar em conta a taxa de con-versão (diferença entre pessoas que entram no site e aquelas que efetu-am a compra) para saber se terá lucro ou não.

No Brasil, temos uma taxa de con-versão de apenas 1%, ou seja, a cada 100 pessoas que acessam a página do e-commerce, apenas uma compra. Então o empresário deve ter uma boa estratégia de comunicação para atrair os clientes e mantê-los interessados.

O empreendedor digital deve co-nhecer minimamente de tecnologia para identificar o que precisa. Isso evi-taria uma ocorrência comum: muitas empresas pagam para terem um site com recursos que nunca vão usar.

Antes de focar em um nicho, procure saber se:

•   As pessoas querem o que está vendendo ou terá de convencê-las 

a comprar?

•   Vale a pena se especializar?

•   Já existe concorrência? Como ela está?

•   O seu mercado potencial é grande o suficiente para ser 

considerado lucrativo?

•   O nicho é fácil de ser acessado online?

•   Qual é o diferencial que o torna especial diante da concorrência?

Saiba maiS

Como testar?

•   Criação de blog, com dicas, análises e tendências sobre a área que se quer trabalhar;

•   Vender unidades do produto ou serviço via Mercado Livre, OLX, Bom negócio, entre outros.

•   Criação de uma landing page – página que explica a sua ideia ou conceito 

e que tem objetivo claro para o seu usuário, que pode ser a compra de um produto,

a assinatura de newsletter, um like em um post ou pesquisa;

•   Criação de página ou grupo em rede social para encontrar pessoas dentro do seu nicho, 

ou de um perfil no Facebook, Instagram etc.;

•   Confecção de vídeos para YouTube explicando algum conceito e fazendo reviews de produto.

Fonte: Estudo “Oportunidades em nichos do varejo online no Brasil”. SEBRAE (2014)

edição 257 | agosto de 2015 | 21

Estender comércio para equipamentos de outras marcas além da Apple é um dos projetos de Bruno Fuschi

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o sebrae Responde é um serviço destinado a atender empreendedores e empresários de micro e pequenas empresas. tem como objetivo esclarecer dúvidas e orientar sobre a abertura de novos empreendimentos, bem como tratar de questões relacionadas à gestão de empresas já constituídas.

Por que alguns empresários prosperam em tempos de crise e outros, não? Crescer em períodos adversos não é para qualquer um. Os momentos de in-certeza na economia ou as circunstân-cias difíceis exigem do empreendedor a revisão de seus planos levando em con-ta os resultados obtidos e a persistên-cia diante de obstáculos significativos.

Para isso, alguns comportamentos podem fazer toda a diferença. Alguns exemplos: buscar constantemente oportunidades e ter iniciativa; agir para expandir o negócio para novas áreas, produtos e serviços; correr riscos calcu-lados; encontrar maneiras de fazer me-lhor, mais rápido ou mais barato, como uma das formas de exigir qualidade e eficiência; buscar informações de clien-tes, fornecedores e concorrentes; con-sultar especialistas para obter assistên-cias técnica ou comercial; estabelecer metas e objetivos; além de planejar e monitorar constantemente.

A necessidade pode ser uma das fontes da inovação, mas é muito im-

prudente deixar para agir somente quando não se tem outra alternativa. Estar preparado já garante ao em-presário uma vantagem em relação aos demais. É como em uma corrida: o corredor que larga 15 minutos de-pois não terá as mesmas condições para vencer aquele que largou no tempo certo.

O empresário também precisa sa-ber o número de medalhas que ele quer, caso contrário, fica sem parâ-metros para saber se deu o seu me-lhor, um fator fundamental para a realização de seus objetivos. Sem-pre existe a possibilidade de fracas-sar, mas é aí que está o desafio. Sem este, a empresa corre o risco de ser conduzida apenas para o cumpri-mento de tarefas, sem aproveitar as oportunidades.

Podemos observar esses compor-tamentos nos empresários que pros-peram na crise. Não se trata somente de uma questão de sorte ou de uma grande sacada, mas de comprometi-mento com os resultados.

Crescer na crise Claudia aPareCida aZeVedo,

consultora do sebrae‑sP

22 | joRnal de negóCios

AgOSTO

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)20/8Sistema de recolhimento em valores fixos mensais – Último dia para o pagamento do DAS referente ao mês de julho de 2015

SIMPLES NACIONAL (ME/EPP)14/8Pagamento da diferença de carga tributária – Diferencial de alíquota de ICMS devido pelas empresas optantes pelo Simples referente às aquisições de produtos de outros Estados realizadas no mês de julho de 2015

20/8Recolhimento do DAS – Tributos devidos e apurados na forma do Simples Nacional a ser pago no dia 20 do mês subsequente em que houver sido auferida a receita bruta (LC 123, de 2006, art. 21)

31/8IR – Ganho de capital das empresas optantes pelo Simples Nacional. Imposto de Renda incidente sobre os ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de julho de 2015

20/8INSS (Simples Nacional – Anexo IV)

LUCRO PRESUMIDO30/10(último dia do mês seguinte à apuração do trimestre)IRPj – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – recolhimento trimestral. Mês de recolhimento: outubro

30/10(Último dia do mês seguinte à apuração do trimestre)CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – recolhimento trimestral. Mês de recolhimento: outubro

20/8INSS – Contribuição Previdenciária devida pelas empresas em geral calculada sobre o total da folha de pagamento, bem como dos valores retidos. Recolhimento referente à competência julho de 2015

25/8Pis/Pasep faturamento – Contribuição com base no faturamento do mês de julho de 2015Cofins faturamento – Contribuição com base no faturamento do mês de julho de 2015Demais obrigações previdenciárias, trabalhistas e retenções na fonte

6/8Salários – Último dia para o pagamento do salário do mês de julho/15

7/8fgTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Recolhimento relativo à competência de julho de 2015Caged – Cadastro geral de empregados e desempregados. Encaminhar ao Ministério do Trabalho a relação de admissões, transferências e demissões de empregados ocorridas no mês de julho de 2015

17/8INSS – Contribuintes individuais, facultativos e empregadores domésticos

14/8INSS – Produtor rural (pessoas física e jurídica) e retenção de 11% na fonte (cessão de mão de obra)

10/8gPS – Entrega ao sindicato da Guia de Recolhimento da Previdência Social. Entrega, contrarrecibo, da cópia da GPS, referente ao recolhimento do mês de junho de 2015, ao sindicato representativo da categoria profissional

20/8IRf – Imposto Retido na Fonte. Descontado dos pagamentos do trabalho assalariado, sem vínculo empregatício e a outras pessoas jurídicas

quinzenalmentePIS/Cofins/CSLL – FonteContribuições PIS/Cofins/CSLL retidas na fonte

Crise. quantas vezes ouvimos essa palavra em 2015 e quantas vezes mais iremos escutá-la? Com ela, sempre vem o desafio: cortar custos. Esse é um dos momentos em que o empresário se vê obrigado a reavaliar a estratégia da empresa e analisar números. Para rea-lizar a operação com sucesso, o gestor precisa reunir três fatores: liderança, método e conhecimento do processo.Além disso, é necessário ter o contro-le financeiro da empresa em mãos. Isso se dá por meio de relatórios contábeis e outros indicadores imprescindíveis para mensurar o desempenho da em-presa, como a ferramenta que mostra a performance operacional da com-panhia e se o faturamento é suficiente para pagar investimentos, despesas, gerar caixa e lucro aos sócios. Com base nesses dados, responda as seguintes perguntas: a margem de

receita bruta é boa? É necessário au-mentar o preço do produto? A tributa-ção é adequada à empresa? As com-pras acontecem com bom preço ou é necessário trocar fornecedor? A equi-pe é enxuta ou inchada demais? Paga um aluguel muito caro? O plano de in-vestimentos está adequado? Os juros pagos nas dívidas da empresa são jus-tos? Tendo as respostas a todas essas questões, você poderá avaliar onde os cortes podem ser feitos sem prejudicar o andamento do negócio. Vale lembrar que isso não significa demitir. Há situações em que vale trabalhar com o orçamento base-zero (OBZ), que con-siste em refazer todo o orçamento da empresa como se ela estivesse sendo aberta naquele momento. Ao comparar o resultado com o que vem sendo rea-lizado, será possível identificar desvios que poderão ser ajustados no dia a dia.

silVinei toffanin, diretor da direto Contabilidade, Gestão e Consultoria

Enxugar custos não é bicho de sete cabeças

aGeNda tributária

mPeS geram maiS emPregoS que médiaS e grandeS emPreSaS

dados da secretaria da Micro e Pequena empresa (simpe) apontam que o segmento tem sido o maior gerador de empregos nos últimos dez anos. segundo a simpe, o saldo no período foi de 87,4% das micro e pequenas empresas (MPes) contra 12,6% relativos aos postos de trabalho criados pelas médias e grandes corporações. em 2005, as pequenas companhias geraram 1,2 milhão de vagas, diante de 259 mil das maiores organizações. em 2010, a diferença foi de 2 milhões de vagas contra 617 mil, respectivamente.

CresCimento Competitividade planejamento empreendimento

produção vendas CapaCitação agronegóCio responsabilidade

Micro e pequenas lideraM pedidos de recuperação judicial

as corporações de pequeno porte predominam nos requerimentos de recuperação judicial no primeiro semestre deste ano, com 255 pedidos. as de médio porte somaram 147, e as grandes, 90. a soma do período, 492 solicitações, é a mais alta desde 2006, quando a nova lei das Falências começou a vigorar, segundo dados do indicador serasa experian de Falências e recuperações. em relação às falências – que somaram 798 no País –, as pequenas empresas também são maioria, com 410 pedidos (crescimento de 1,74% em comparação ao mesmo período de 2014).

fundada em 1991 na vila formosa, zona leste de são paulo, a gradi-metal nasceu com o objetivo de fazer grades e gradis para pré-dios e supermercados, em pleno processo de expansão da região. em 1996, quando iniciou o forneci-mento de portões, telas de piso e grades para penitenciárias, sur-giu a necessidade de um espaço físico maior e a empresa se mudou para cumbica, em guarulhos. nes-se período, o portfólio se expan-diu para a fabricação de estru-turas metálicas, ramo no qual se mantém. em 2013, a gradimetal deu início ao projeto de reestru-turação do negócio e contou com o apoio do sebrae-sp. hoje, desen-volve projetos para moderniza-ções do chão de fábrica e de novos produtos. acompanhe os detalhes

na entrevista com o gerente fa-bril joão henrique de marco, um dos sócios da gradimetal.

em um momento ruim para a indústria metalúrgica em geral, como está o setor?Desde meados de 2014, o setor de es-truturas se desaqueceu, o que levou a um aumento da concorrência. Muitas empresas de grande porte entraram em concorrências que apenas médias e pequenas se envolviam.

Como tem sido o desempenho da gradimetal?Em 2014, faturamos R$ 3,6 milhões produzindo 100 toneladas por mês, um aumento de 20% na comparação com o ano anterior. Em 2015, temos conseguido manter o mesmo volu-me, mas com preços próximos aos de

2012/2013 para conseguir fechar obras e bater a concorrência. Infelizmente, os custos têm aumentado e é cada vez mais difícil reduzir o valor final.

no que o sebrae-sp ajudou a sua empresa?Em 2013, iniciamos a reestruturação e buscamos ajuda do Escritório Regio-nal do Sebrae-SP em Guarulhos. Além das consultorias individuais e em grupo que utilizei na área financeira e de marketing, pude participar do Pro-grama de Alavancagem Tecnológica [PAT], que nos ajudou na organização da produção e na melhoria da produti-vidade. Também recebemos acompa-nhamento do programa Agentes Lo-cais de Inovação [ALI] por dois anos e patrocinei cursos para minha equipe, como o de gestão de pessoas.

Como o empretec influenciou na gestão?É uma experiência muito intensa na qual há a oportunidade de se conhe-cer melhor tanto no lado pessoal como no profissional. O processo de autoco-nhecimento permitiu que enxergasse meus pontos fortes e fracos como em-preendedor e que os melhorasse. Após a participação no curso, tornei-me mais ativo para buscar novas oportu-nidades dentro e fora da empresa.

Quais são as metas para o próximo biênio?A modernização e organização do nosso chão de fábrica, a fim de redu-zir os custos e aumentar nossa capa-cidade produtiva e desenvolvimento de produtos.

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em constante reinvençãoMetalúrgica de Guarulhos reestrutura processos internos e investe em capacitação para se tornar mais competitiva

PAlAVrA dO EsPECIAlIsTA

“A Gradimetal participou de

forma efetiva do Programa ALI e

também do curso Alavancagem

tecnológica. Implementou

melhorias diversas a partir da

metodologia (5s), controle do

estoque, elaboração de ordem

de serviço, programação da

produção, controle da produção,

layout e instruções de trabalho

para o processo.”

Crenildo araújo, consultor do Escritório regional do sebrae-sp em Guarulhos

Eu rECOMEndO

“todo empreendedor deveria

fortalecer continuamente

sua rede de contatos. É um

procedimento que aprendi no

empretec e que tem me ajudado

muito na solução de problemas,

além de criar uma base de

sustentação do negócio. É

fundamental que todos busquem

ajuda do Sebrae-SP para se

orientarem e capacitarem, como

fizemos quando começamos

a reestruturação. Hoje, patrocino

cursos para minha equipe.”

João Henrique de Marco, gerente fabril e sócio da Gradimetal

guarulhos e região | edição 257 | agosto de 2015 | 23

atividade fraca faz parte de ajuste fiscal, diz diretor do Bc

Para o diretor de Política econômica do Banco central (Bc), luiz awazu Pereira da silva, os baixos resultados da economia nacional são normais, considerando que 2015 é um ano de ajuste fiscal. segundo o executivo, a retomada do crescimento econômico vai acontecer a partir do restabelecimento das confianças interna e externa. silva defende que os cortes em gastos públicos e o aumento da taxa básica de juros, a selic, são necessários para que se alcance um realinhamento de preços.

No início, o foco era o marketing, para reconquistar a confiança dos clientes. Foram trocados peças com defeito e adotadas melhorias nos

processos produtivos para aumen-tar a qualidade dos grampos. Em um segundo passo, a empresa expandiu sua área de atuação no âmbito nacio-

om apenas 20 anos, Artur de Me-deiros Manso empreendeu pela

segunda vez. Em 2010, junto com o ir-mão Lucas, comprou a Grampos Orda, tradicional fábrica de Guarulhos. “Pe-gamos a Orda em uma fase crítica. As vendas tinham caído e a qualida-de, também”, conta Manso, que atua como diretor comercial. Embora sem experiência no ramo industrial, os irmãos sabiam administrar um negó-cio, pois já eram donos de uma distri-buidora de material de escritório. Um estudo de mercado antes da aquisição mostrou aos sócios todo o potencial que a fábrica oferecia.

nal – antes, as vendas eram só para o estado de São Paulo.

Em paralelo ao atendimento em todo o Brasil, a Orda também lançou clipes e colchetes. O último foi para atender à demanda de papelarias que participam de licitação e atendem a órgãos públicos, em especial os liga-dos ao Judiciário, maiores usuários do material. Hoje, esse item representa 50% das vendas da Orda.

proGraMa aLiNo primeiro ano do negócio, o aumen-to nas vendas foi de 75%. No segundo, 36%. A expansão nas vendas para todo o Brasil gerou problemas na produção e atraso na entrega de materiais. Era recorrente a fabricação de itens que não haviam sido encomendados. “Isso gerava perdas e demandava custo de hora extra, gerando prejuízo e atraso na entrega do material correto”, lem-bra Manso.

A mudança começou com a par-ticipação no programa Agentes Lo-cais de Inovação (ALI), iniciativa do SEBRAE e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tec-nológico (CNPq) para promover a inovação nas pequenas corporações no comércio, serviços e indústria. Manso garante que, graças ao apren-dizado e à orientação recebida no ALI, pôde melhorar a questão orga-nizacional da empresa por meio de controle nos processos. “Hoje, todas as etapas de fabricação são controla-das por relatórios.”

Artur de Medeiros Manso e o irmão Lucas planejam o lançamento de itens e ampliação do prédio onde funciona a indústria

sAIbA MAIs

Como meta para 2015 e 2016, o

empresário definiu o lançamento

de produtos e ampliação da

estrutura física da fábrica, já

pensando na demanda dos

próximos anos. “Buscamos um

desenvolvimento estruturado,

sustentado em organização

e excelência operacional.

encontramos um caminho por meio

do Sebrae-SP”, finaliza Manso.

As empresas interessadas em

receber a visita do ALI devem

procurar o escritório Regional

do Sebrae-SP em Guarulhos

(Avenida Salgado Filho, 1810 –

Centro).

Mas informações nos telefones

(11) 2440-1009 ou 0800-570-

0800, ou ainda pelo e-mail:

[email protected]

InICIatIva pRevê ConstRução de até

quatRo planos de ação

gestão de processos e organizaçãoPrograma Agentes Locais de Inovação (ALI) auxiliou a evitar perdas e a melhorar atendimento ao cliente em fábrica de Guarulhos

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