JNU ed.57 - Jornal Nacional da Umbanda

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Xangô JNU - Jornal Nacional da Umbanda Edição 57 Edição especial. Esta edição aguardava a vo- tação na camara do projeto de lei que trans- forma a Umbanda em Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade de São Paulo. JUSTIÇA A votação foi remarcada para 26 de junho. Vamos solicitar ao Presidente da Câmara que se solidarize com a nossa comunidade. Enviem e-mails para: [email protected]

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Jornal da Umbanda

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Xangô

JNU - Jornal Nacional da UmbandaEdição 57

Edição especial. Esta edição aguardava a vo-tação na camara do projeto de lei que trans-forma a Umbanda em Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade de São Paulo.

JUSTIÇA

A votação foi remarcada para 26 de junho.Vamos solicitar ao Presidente da Câmara que se solidarize com a nossa comunidade.Enviem e-mails para: [email protected]

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected]

EDITORIAL RUBENS [email protected]

A MAGIA DIVINA DOS 7 VÓRTICES SAGRADOSINSCRIÇÕES: VENHA QUE AINDA DÁ TEMPO.DIA 21, A PARTIR DAS 19 ATÉ AS 20:30 HORAS.DIA 22, A PARTIR DAS 15:30 ATÉ AS 16:30 HORAS.DIA 22, A PARTIR DAS 17:30 ÀS 18:30 HORAS.DIA 23, A PARTIR DAS 9 ÀS 10:30 HORAS.DIA 24, A PARTIR DAS 19 ÀS 20:30 HORAS.

A Magia Divina dos Sete Vórtices Sagrados, só agora liberada para o ensino aberto, mas dentro dos graus da Magia Di-vina, já ministrada por mim há 14 anos irá surpreender todos os que se iniciarem nela,

tanto devido o seu vasto campo de trabalho quanto pelos poderes que ela no abrirá, poderes estes que provem das divindades, desde as maiores e universais até as planetárias. Desde os Tronos divinos até os sagrados Anjos. Desde os sagrados Orixás até as divindades regentes e guardiãs dos mistérios da esquerda que atuam na Umbanda. No campo dos Orixás, por exemplo, tanto abrirá o mistério do vórtice energético, vivo e divino do Sagrado Orixá Ogum, quanto abrirá os dos vórtices energéticos de todos os orixás Oguns já conhe-cidos por nós e que são aplicadores dos mistérios da Lei nos campos de todos os outros orixás, assim como, são seus aplicadores na vida dos seres, abrindo para os médiuns umbandista a possibilidade de, sem saírem de suas casas, poderem trabalhar com os vórtices energéticos, vivos e divinos de Ogum sem precisarem ir até a natureza, hoje cada dia mais proibido para as nossas praticas religiosas e magisticas. Em relação aos poderes da esquerda da Umbanda, já conhecida por nós, toda ela será aberta e ficará disponível aos iniciados nesta Magia Divina para que possam trabalhar com eles, a partir dos seus vórtices energéticos vivos e divinos, abrindo e ensinando a eles como trabalhar de uma forma diferente com os mistérios, as forças e os poderes da esquerda da Umbanda, poderosa e muito reali-zadora. Em cada Orixá universal esta magia nos autoriza a ativar os vórtices energéticos de todos os seus manifestadores divinos, seus manifestadores naturais, encantados, elementais e espirituais, tor-nando quase impossível ao mago iniciado ativar, no decorrer dos muitos anos de sua vida, todos os poderes e mistérios que lhe serão abertos. Por exemplo:

• Vórtice energético, vivo e divino do Sagrado Orixá Ogum;• Vórtice energético, vivo e divino do Sagrado Orixá Ogum Sete Lanças; Vórtice energético, vivo e divino do Mistério Caboclo Sete Lanças. -- No vórtice do orixá Ogum é o seu mistério divino que atua através dele em nosso beneficio, ou no de quem direcionarmos sua ação.

-- No vórtice do Orixá Ogum Sete Lanças, é o Senhor Ogum Sete Lanças que atua no nosso beneficio ou no de quem direcionarmos a ação.

--No vórtice Mistério Caboclo Sete Lanças, são os caboclos Sete Lanças que atuam em nosso beneficio ou no de que direcionarmos suas ações.

Como Mistério maior da Criação, tal como todos os outros, é de infinito alcance e de ilimitadas possibilidades. Mas, para quem se iniciar nele, a abertura de um novo conhecimento sobre as muitas formas de atuação dos poderes divinos irá surpreender a todos!

Ainda ativamos nesta magia os vórtices planetários solares estelares, elementares, elementais, etc.

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Caderno do Leitor Doutrina, Textos e RelatosCONVERSA ENTRE A PRETA VELHA E A MENINA parte 2/2

Hellen Costa - E-mail: [email protected]

“Vida... A vida é um bem que flui pelo Universo como um todo. O desânimo e a tristeza são meios de de-sequilíbrio utilizados pelo baixo-astral para feri-los. Os irmãos encarnados não devem dei-xar-se abater ou desestabilizar devido a estas hordas de irmãos que na verdade estão preci-sando de ajuda, tanto quanto cada um de nós. Ninguém é uma ilha. Todos precisamos viver em harmonia com a Criação Divina – en-carnados, desencarnados, Guias, Protetores Espirituais... Até as Divindades trabalham em conjunto, pois o Mistério de uma complementa o de outra e vice-versa. Nosso Pai moldou Sua Criação perfeita. Temos Divindades de diferentes qualidade, atri-butos e atribuições atuando em todos os níveis, sob diversas óticas religiosas, sustentando e amparando todas as espécies. Assim como a água precisa do oxigênio que habita o ar, e a terra do calor do fogo irra-diado pela estrela maior desta constelação, o sol, os irmãos precisam uns dos outros para que possam crescer e evoluir”. Então, a menina sorriu, e a Vovó, enigmática, deixou mais uma semente plantada no coração dela. A menina então levantou-se do banquinho de madeira que estava ao canto do fogão à lenha, beijou a testa da Vovó em sinal de respeito e amor e foi para casa em paz. A Vovó ficou ali... pitando seu cachimbo de barro, atiçando a lenha no fogão e rindo so-zinha... “Desta vez minha menina acerta o passo e não cai novamente no meio do caminho”.Com amor, Vovó Maria Conga.

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QUAL O OBJETIVO DA UMBANDA?Alexandre Cumino - E-mail: [email protected]

O primeiro objetivo da Umbanda em nossas vidas é nos ajudar. O objetivo último da Umbanda em nossas vidas é não precisar mais da Umbanda para nossas vidas. No meio do caminho, a Umbanda traz uma proposta de autoconhecimento na qual o ideal é nos fazer acor-dar deste estado de sonolência em que vivemos, nos fazer me-nos autômatos e mais conscien-tes de quem somos nós. Embora muitos ainda busquem a religião exatamen-te no sentido em que Marx a definiria, como o ópio do povo, principalmente quando estamos inebriados por uma socieda-de doente, ainda assim a Um-banda tenta nos libertar de nós mesmos, nos libertar de nossos vícios, condicionamentos e do nosso ego. A mente sempre engana. Quando começamos a frequen-tar algum grupo espiritualista, religioso ou mesmo esotérico, logo passamos a crer que so-mos melhores que os outros simples mortais, um truque do ego que nos aprisiona em senti-mentos de inferioridade sufoca-dos pela arrogância na preten-são de sermos melhores que os outros. Toda a sociedade está voltada para isso: competitivida-de, disputa e poder num mundo consumista. Me lembro de ter lido uma história de um reino no qual uma bruxa havia envenenado a água do poço principal para que todos ficassem loucos. Tempos depois, apenas o rei e a rainha não estavam loucos, pois pos-suíam um poço particular. Logo todo o povoado, em sua loucu-ra, decidiu matar o rei e a rainha, pois consideravam que os dois estavam loucos.

A solução foi o rei e a rai-nha beberem da água do poço envenenado, para, ao se torna-rem loucos, serem considerados sãos por seu povo. É isso que acontece quando todos estão loucos, vivendo uma mesma loucura, isso lhes parece nor-mal, parece que é a sanidade, então quando aparece alguém realmente são, este é declarado louco. Por este motivo, os gran-des místicos são considerados loucos de Deus, por este motivo, a mediunidade durante muito tempo foi considerada insanida-de. A Umbanda nos aponta para esta loucura maravilho-sa que é ver a vida com outros olhos, nos fazer despertar, acor-dar. No entanto, o ego nos faz acordar de um sonho dentro de outro sonho, despertar de uma ilusão para dentro de outra ilu-são, nos fazendo crer superio-res. Vemos muitos espiritualistas apegados a ideia do desapego, muitos desejando não ter mais desejos e outros viciados em se mostrar virtuosos. A Umbanda diz: aprenda tudo isso, separe vícios de vir-tudes, procure a luz, seja bom, seja virtuoso, tenha desapego, vença os desejos e por fim lhe diz: esqueça tudo isso também, pare de julgar os outros, apenas aprenda a ser você mesmo. Não existe céu, nem infer-no nem pecado, tudo está dentro de nós, apenas liberte-se do que lhe oprime e seja feliz, quem é feliz não agride. Quer que sua vida mude? Então mude a você mesmo primeiro. Como esperar que a vida seja o que nós que-remos, se não conseguimos ser quem somos realmente? Precisamos antes nos despir de todas as máscaras

sociais e mentiras que criamos para nos proteger de nossos medos, descobrir onde está a nossa sombra e o que fazer com ela. Costumamos dizer que quem não vem pelo amor, vem pela dor, e assim boa parte dos que chegam na Umbanda che-gam sedentos de algo que acre-ditam faltar em suas vidas. Chegam como pedintes de tudo o que se pode imagi-nar: carro, casa, dinheiro, poder, sexo, amor, saúde, paz e etc. Mas a Umbanda vai nos mos-trando um caminho que propõe uma mudança de olhar para nossas vidas. No princípio, por meio de limpeza astral, corte de demandas, descargas, muitos passam a compreender parte desta magia divina que nos ali-via de fardos pesados oriundos de terceiros. Com um refinamento de sensibilidade, vamos compre-endendo que também temos nossa parcela de responsabili-dade nas relações conflituosas e criadoras de tantas demandas em nossas vidas. Por meio da mediunidade ou da apuração de uma sensibilidade, vamos sen-do aguçados no caminho do co-nhecimento acerca das energias e forças que movem toda esta realidade. Muitos não passam da primeira fase e se tornam eter-nos pedintes, mendigando nas portas dos terreiros, fazendo de muleta as manifestações espi-rituais, tendo-as por oráculos infalíveis e desejando-os a sua disposição. A estes, que não passam da primeira fase, torna-se muito tentadora a ideia de comprar a mediunidade alheia, de possuir as respostas para as perguntas ainda não feitas e po-

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AS MÃOS ESTÃO ESTENDIDAS PARA QUEM QUISER SEGURAR...

Carla Real - E-mail: [email protected]

A pessoa que só vê maldade em tudo e em todos é porque está cheia de maldades em si. - Ser Humilde não é andar arcado, de cabeça baixa, falar baixinho e não enxergar a si próprio; é aceitar a mão estendida e enxergar os próprios erros aos invés de só enxergar os erros alheios e viver reclamando. - Uma das funções de Exu, Pombagira e Exu-Mirim é “Colocar o dedo na ferida e ajudar a curar essa ferida”, o significado disso é: - Dizer a verdade doa a quem doer. Nunca se esqueçam que somos o espelho de vocês,ou seja, espelhamos aquilo que vemos no intimo do ser!!! - É ajudar a esgotar as emoções negativas que vão te levar para o fundo do poço, mas aquele que não quiser esgotar encarnado, então,quando desencarnado estaremos prontos para vermos suas regressões consciênciais, assim como estaremos prontos para ajudar a esgotar tudo, desde de que vocês queiram a nossa ajuda. - Nós vamos até o fundo de sua alma, até o inconsciente do inconsciente do ser e sabemos exatamente tudo o que se passa aí dentro de vocês, inclusive quando estão duvidando dos recados dados, debochando, sendo sarcástico, quando estão fingindo, sacaneando com os médiuns pelos quais mandamos recados, enxergamos todas as suas podridões e ainda assim tentamos ajudar, es-tendemos a mão, mas quem não quiser pegar a mão estendida então que caia nas trevas da própria ignorância. - Estamos sempre atentos a tudo e a todos. - Nossa função não é passar a mão na cabeça de ninguém, nem dos médiuns que conosco trabalham, eles são as primeiros aos quais chamamos a atenção, são os que mais “bronca” levam. Os Exus, Pombagiras e Exus Mirins de Lei que os acompanham agem assim, vão chamar a atenção dos seus médiuns quando estes errarem, mas fazemos isso justamente porque não quere-mos ver eles caindo, agora, o médium que se recusa a ouvir, fica se sentindo coitadinho e injustiçado, não tenham dúvidas que desses médiuns nos afastaremos e também deixaremos cair e quando esses médiuns começarem a ser incentivados nas seus desequilíbrios por seus “Exus”, ou por Exus aos quais consultam, tenham certeza que se aproximaram de vocês os espíritos afins com sua frequência vibratória, emocional e consciencial. - Alguns podem perguntar? Isso é permitido? - Claro que é permitido,essa é uma ação da Lei Maior em cima do médium e do consulente que

der prevenir-se do inevitável. A Umbanda é como o pai e a mãe ideal, que conscientes desta missão, não criam os filhos para si, sabem que os filhos não são sua propriedade e desta forma os criam para o mundo. Nas palavras de Kalil Gibram, a Umbanda é o arco que nos impulsiona tal qual flechas no sentido e na direção que apontam nossos corações. Os que passam da primeira fase, descobrem que a umbanda não é balcão de milagres, que nossos guias não são oráculos, descobrem que temos uma família espiritual para nos acompanhar, dar força e orientar. É possível descobrir que temos mestres pessoais, guias para a vida, e que a busca maior está voltada para os tesouros internos que cada um carrega e não pelas posses materiais ou posições efêmeras que este mundo pode nos oferecer. Estes mestres, mentores e guias farão de tudo para que cada um de nós comece a aprender com a vida, tirando lições de cada situação que a vida nos coloca. No momento em que tudo passa a ser lição, tiramos o peso do julgamento e começamos a nos tornar mais conscientes. Quando nos damos conta de que o melhor que há na vida é perceber a vida em si e aprender com ela, então cada momento passa a ser precioso e o maior prazer e dedicação é nos tornamos cada vez mais conscientes de quem somos nós e este é o objetivo maior da Umbanda para nossas vidas.

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] estão desequilibrados a ponto de e não ouvirem a ninguém que não diga o que eles querem ouvir, pois estão no orgulho e só conseguem ouvir o próprio Ego , a nós cabe esperar que essas pessoas vão até o fundo do poço em vida para serem esgotadas e assim conseguirem enxergar o que fizeram e passarem a nos ouvir novamente. - Carma não é aquilo que você fez em vida passada e vem pagar por isso nessa vida. Entendam uma coisa: Vocês recebem um tapa na cara de alguém e nem sabem o porque; Não se lembram de nada do que ocorreu na vida anterior e as pessoas falam que isso foi carma,não reaja hahahahahahahahahaha. - Vocês não acham que Deus seria injusto demais se deixasse vocês pagarem por algo que nem se lembram? Pensem e racionem nos mistérios Divinos: Carma é o que você faz aqui, suas ati-tudes, pensamentos, sentimentos e palavras, o que você fizer para alguém ou para o universo hoje é aqui mesmo que vocês vão pagar. Todos vocês já se encontraram sim, em vidas anteriores, se vocês se “bateram” lá, foi lá, hoje vocês estão vindo juntos novamente, estão tendo uma nova oportunidade de entendimento, estão tendo uma nova oportunidade para tentarem não se “baterem mais”. Estão tendo uma nova chance de terem maturidade de se conhecerem, se olharem antes de olhar o outro e entender que toda ação tem uma reação, que tudo o que fizer de bom e de ruim para seu semelhante retornará para você, e é aqui e agora e se vocês não entenderem isso encarnado, faremos questão de fazerem vocês entender após o desencarne hahahhahahaha. - Assim como farei questão, agora falo somente por mim, de acertar as contas com todas as pessoas que não acreditam nos recados que eu mando pela médium que comigo trabalha, ela tem defeitos sim que estou ajudando a esgotar porque ela quer minha mão, mas ela não precisa me usar e a nenhum guia dela para dizer o que acha e pensa. - Comecem a repensar em suas atitudes, comecem a se enxergar de verdade, deixem de ser o que não são, deixem de ser cegos e passem a enxergar que vocês também erram, se quiserem uma mão para enxergar, tenham a coragem de firmarem suas esquerdas e peçam para eles lhe mostrarem onde estão errando consigo e com seu próximo, pergunte o porque as situações não mudam, façam isso com humildade e saibam ouvir e interpretar o que eles vão dizer, por mais duras que sejam as palavras, serão verdadeiras. - As Mãos estão estendidas, basta vocês saírem da situação de coitadinhos e terem a coragem de pegar nessas mãos e enfrentarem e esgotarem suas sombras, seus erros, suas falhas, seus peca-dos. - Lembrem-se: os Exus, Pombagiras e Exus-Mirins não são tão insistentes quantos aos queri-dos Pretos-Velhos que alertam vocês milhões de vezes se preciso for; nós aconselhamos uma, duas, três depois..HAHAHAHAHAHAHAHAHA é por conta e risco de vocês!! - Fica o ensinamento dado para quem quiser aceitar essa mão estendida!(Nunca coloquei o nome das entidades que me intuem nos textos, mas, hoje ele pediu para eu colocar. Manda quem pode, obedece quem tem Juízo!) Gratidão Sr. Exu Tiriri por mais este ensinamento.

Como diz o ponto de Umbanda: “Ele vem da Calunga de terno e cartola e tridente na mãoEsse Exu de fé é quem nos trás o axé e nos dá proteçãoEle é Exu odara e vem nos ajudarCom seu punhal ele fura,corta demanda, ele salva ele cura Exu é mojubá, Laroyê.......Eu perguntei a ele o que é Exu, ele vem me falarLaroyê Exu, Exu é mojubáTrás sua falange Exu Tiriri para trabalhar...”

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XANGO, DA JUS-TIÇA DIVINA

AO EQUILIBRIO HUMANO

Felipe Campos - E-mail: [email protected]

A muitos e muitos anos atrás, do outro lado do oceano Atlântico, num imenso continente multicultural cha-mado de África, mais precisamente num país chamado Nigéria, havia uma cidade, um vilarejo chamado de Oyó, neste vilarejo se cultuava uma divindade, um Orixá, seu nome era Xangô. Todos que lá nasciam, filhos de Xangô, eram iniciados em seus misté-rios, conheciam de seu poder, sabiam de sua sabedoria, bebiam na fonte do saber, cultuavam e desfrutavam de seu poder, e assim foi por muito tem-po. Nós viemos a ser agraciados com esse conhecimento pela força bruta da escravização, nos foi trazido sua cultura através dos negros escravos embarcados da Costa do Ouro em seus navios Tumbeiros, onde os es-cravos sudaneses forçados ao traba-lho e sofridos até seu limite, tiravam força de sua Lei Maior, de sua Justiça Divina, nosso querido pai Xangô. Pela pluralidade da miscigenação

de diversos povos tantos nos navios negreiros quanto na vivencia da senzala, cada povo com seu culto, sua crença e seu divino Orixá, formatou na junção e no culto aos Orixás que temos hoje, e falar de Xangô se torna cada vez mais difícil, pois o que falar desse Pai querido que ainda não foi falado? Xangô é um dos Orixás mais cultuados e respeitados do Brasil, um dos primeiros Orixás Iorubanos que teve sua cultura fincada em nossa terra. Xangô sempre tido como um Rei, autoridade do panteão africano. A principio cultuado nas roças do Candomblé, teve também seu mistério revelado a nova re-ligião que se apresentou no ano de 1908 pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas através do médium Pai Zélio Fernandino de Moraes, que inclusive após a fundação da Tenda Espirita Nossa Senhora da Piedade, fundou também mais 7 casas, uma delas a Tenda de Xangô, e assim Xangô nasce também para a Umbanda, ou melhor, a Umbanda nasce para Xangô. Xangô é indivisível, irremovível, pesado, forte, integro, suas lendas sempre se percebe sua autoridade, sua figura é a figura da determinação, mas nunca autoridade desmedida. É o Orixá da decisão sábia, pensada, medida, a balança sobre o bem e o mal. Conhecido como Deus do raio e do trovão, na África antiga quando uma casa era atingida por

Matéria de Capa por Felipe Campos

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] um trovão ou um raio, os moradores deveriam pagar oferendas a Xangô, pois ali havia débitos com o Pai, e nos escombros da casa, os sacer-dotes reviravam em busca de pedras quentes formadas pelo raio, pois ali estava a força e o axé de Xangô, já apresentando o que entendemos como Otá. Tem sua força assentada nas roxas, pedras, pedreiras, terrenos rochosos, pedras es-sas difíceis de quebrar, inabaláveis, fixas, assim como nosso Pai. Xangô carrega sempre consigo seu sím-bolo máximo, o Oxé, um machado de duas lâmi-nas, dois cortes em sentidos opostos. O Trono Masculino da Justiça jamais po-deria olhar só para um lado, tomar as decisões sempre propensas volta-das ao mesmo interesse, por isso é seu símbolo máximo como patrono da justiça, pois nas conten-das pode sempre pender para qualquer um dos lados, com liberdade, in-dependência, com total abrangência de justiça. A criação de Olo-rum é perfeita, e na irra-diação da Justiça Divina assentou duas poten-cias, Xangô como o Tro-no Masculino da Justiça e Oro Iná como o Trono Feminino da Justiça, ou também podemos dizer, o Trono Masculino do Fogo e o Trono Feminino do Fogo, pois esta ir-radiação é a representação do elemento fogo. O fogo purificador, o fogo que constrói, o fogo que dilui todo emocional desequilibrado, e se até agora falamos de justiça então que coloquemos em seu lugar devido, assentado com nossa que-rida e sagrada Mãe Oro Ina, a grande represen-tante do Fogo da Justiça Divina, e se podemos de melhor forma explicar como cada um atua universalmente, seria mais adequado dizer que Xangô é exemplificado no símbolo humano da justiça, a cega com a balança, pois Xangô é o equilíbrio. O equilíbrio nunca pende para um lado ou para o outro, pois é estável, e assim também o é na criação, pois Xangô como qualidade divina equilibradora atua em nossas vidas independen-te de nossa vontade, pois todo universo, toda criação deve pulsar de forma equilibrada, e Xan-

gô atua com excelência com sua energia abra-sadora e consumidora das emotividades, mas também equilibrando, dando coesão e susten-tação a toda criação, desde o perfeito equilíbrio atômico dos átomos, como dá o equilíbrio da na-tureza e de nossa emoção e razão. Xangô paralisa, purifica, equilibra, Yansã direciona, o complemento dos elementos, fogo e ar. O ar da vida ao fogo, o fogo consome o ar, paralisa, purifica em seguida movimento e direciona. Em sua onda geradora ígnea, Xangô atua com o fator equilibrador, Oro Ina com o fa-tor consumidor, Xangô é o polo positivo dessa onda, irradia em raios retos, estáveis e passivos,

por irradiar em raios retos o faz de forma constante, mantendo o tempo todo, tudo e todos sob sua irra-diação ininterrupta.

ESPECIFICAÇÕES Cor: Marrom, vermelho e branco.Cor da guia: Marrom.Ervas: Barbatimão, pa-ra-raio, alfavaca-roxa, panaceia, bilreiro, erva de são joão, nega mina, eucalipto, bradamundo, caapeba, caferana, eu-calipto limão, folha de figo, gitó, levante, mãe-boa, manjericão roxo,

hortelã, manjerona, carrapeta, erva grossa, mu-lungu, lírio do brejo, erva das lavadeiras, folha da fortuna.Amaci: Seu amaci é feito com água de cachoei-ra e hortelã macerada ou com demais ervas de Xangô, curtida por três dias.Saudação: Obá Nixé Kawo KabiesilêAssentamento: Pedra de raio ou de fogo dentro de uma gamela.Dia da Semana: Quarta-feira.Símbolo: Oxé (machado duplo).Ponto de Força: PedreiraFlores: Cravos vermelhos e brancos.Pedras: Meteoritos, pirita, jaspe.Metal: Estanho.Elemento: Fogo.Chakra: Cardíaco.Bebida: Cerveja preta.Sincretismo: São Jerônimo, São José, Santo

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] Antônio, São Pedro, Moisés, São João Batista, dependendo da região.

CARACTERISTICAS DOS FILHOS DE XANGO Ao se falar de características, aspectos físicos e psicológicos deve se levar em consideração todos os Orixás regentes da coroa de seu filho, e não tão somente o Orixá Ancestral, porém, aqui va-mos balizar aspectos gerais de filhos de Xangô. Geralmente são passivos, racionais, observadores, atentos, meditativos, geniais e pouco fa-lantes. São honestos e sinceros, apreciam a leitura, a música, os discursos, a boa companhia e a companhia de mulheres vivazes. Não apreciam reuniões emotivas, os egoístas e os soberbos, são judiciosos, gostam de se vestir bem. Filhos de Xangô tem uma grande dose de energia, enorme alto-estima, tem clara consciência de que sua opinião geralmente será decisiva, tal consciência se torna por vezes ligeiramente egocên-trica. Não aceitam com facilidade quando outros se opõem a suas ideias, gostam de dar a última palavra em tudo, mas ouvem as demais ideias, porém, se mantiverem sendo contrariados podem rapidamente se tornar violentos e incontroláveis, mas logo no momento quando a lei e a ordem é res-tabelecida voltam a seu comportamento usual. Se pudéssemos associar um arquétipo aos filhos de Xangô seria o déspota esclarecido. Fisicamente atribuísse no geral um tipo forte, de estatura baixa ou média, com tendências a obesidade. Os filhos de Xangô quando estão em desequilíbrio, vibrando negativamente são reclusos, cala-dos, rancorosos, implacáveis nos seus juízos, intratáveis. Filhos de Xangô costumam se afinizar com filhos de Oxalá, Oxóssi, Ogum, filhas de Yansã, Yemanjá, Oxum e Logunam.

OFERENDAS Á XANGO O principio básico das oferendas é pedir ajuda divina, o Axé dos divinos Orixás, passarei abaixo uma oferenda básica e três especificas. Nas oferendas a Pai Xangô, geralmente pedimos sabedoria nas tomadas de decisão, reflexão, apoio material, estabilidade material e espiritual, equilíbrio emocional, espiritual e ajudas em questões judiciais.

Oferenda básica: Toalha ou pano marrom, velas branca e marrom, fitas branca e marrom, linhas branca e marrom, frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba vermelha), vi-nho tinto seco, cerveja preta, comidas (quiabos picados em rodelas e levemente cozido, rabada cozida com cebolas cortadas em rodelas), pembas branca, marrom e vermelha, licor de chocolate.

Oferenda especifica 1: 1 kg de quiabos crus, azeite de dendê para regar, 2 cebolas,cortadas em fatias no sentido do comprimento4 velas marrom, 4 velas branca, 7 folhas decouve, arrumadas em círculos com os cabos para fora, 1 garrafa ou lata de cerveja preta (sem gelar) 1 coité para por a cerveja.

Entrega: coloque os quiabos no centro do círculo de folhas de couve, enfeite com as cebolas e regue com o dendê , abra a cerveja e coloque no coité, acenda as velas, espere queimar, recolha a embala-gem da cerveja, junto com sacos plásticos e leve embora.

Oferenda especifica 2: 8 cajús, 8 cajás (ou 7 frutas do conde), 8 quiabos, 8 pinhões, 8 folhas de cou-ve para servirem de base, 8 cervejas preta para regar as frutas, 8 velas marrom.Arrumar as folhas de couve, depositar as frutas de modo estético, sempre preferindo as arrumações circulares (não cozinhar os pinhões, nem os quiabos), regar com a cerveja preta, acender as velas.

Oferenda especifica 3: 1 vela branca, 500g de quiabos escaldados enfeitados com rodelas de 1 ce-

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] bola e regados no dendê, 1 cerveja preta pequena (sem gelar) 1 coité para colocar a cerveja, 1 folha de couve, para servir de base.

Pronto, foi oferecido acima uma oferenda básica, mais 3 especificas, e uma delas mais eco-nômica, lembrando sempre que o efeito da oferenda não se consegue pelo numero de elementos colocados nem pelo montante gasto nelas, e sim com a intenção, o coração e a sua entrega espiritual no momento de faze-las, e mesmo oferecendo uma vela sequer, fazer isso de pleno e puro coração, assim se conectará a Deus e aos Orixás e receberá plenamente seu Axé divino.

LENDAS DE XANGO -

Certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xan-gô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos fo-ram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam o mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô. - Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo or-dens, seus líderes é quem devem pagar! E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.

LENDA 2

Xangô era rei de Oyó, terra de seu pai; já sua mãe era da cidade de empê, no território de tapa. Por isso, ele não era considerado filho legítimo da cidade. A cada comentário maldoso Xangô cuspia fogo e soltava faíscas pelo nariz. Andava pelas ruas da cidade com seu Oxé, um machado de duas pontas, que o tornava cada vez mais forte e astuto onde havia um roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro, encontrava o ladrão onde quer que estivesse. Para continuar reinando Xangô defendia com bravura sua cidade; chegou até a destronar o próprio irmão, Dadá, de uma cidade vizinha para ampliar seu reino. Com o prestigio conquistado, Xangô ergueu um palácio com cem colunas de bronze, no alto da cidade de Kossô, para viver com suas três esposas: Oyá ( Yansã ) amiga e guerreira; Oxum, coquete e faceira e Obá, amorosa e prestativa. Para prosseguir com suas conquistas, Xangô pediu ao babalaô de Oyó uma fórmula para aumentar seus poderes; este entregou-lhe uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. Curioso, Xangô contou a Yansã o ocorrido e ambos, não se contendo, abriram a caixa antes do tempo. Imediatamente começou a relampejar e trovejar; os raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, Xangô afundou terra adentro, retornando ao Orun.

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected]

MIRONGA DE PRETO VELHO PARA HARMONIA FAMILIAR.

Cicera Neves - E-mail: [email protected]

Itens necessários:

7 galhinhos de arruda7 galinhos de alecrim de jardim7 galhinhos de guinéuma vela de 7 dias brancauma tigela de barroum copo de água

Macere as ervas e as coloque na tigela de barro e acrescente o copo de água. Em seguida, escreva seu nome e de toda sua família e colo-que dentro da tigela contendo as ervas macera-das com a água. Acenda a vela branca de 7 dias do lado da tigela. Ajoelhe-se e peça à corrente dos pretos velhos, para que dilua, todo negativis-mo que envolve você, sua casa e sua família e que cure e purifique o corpo e o espírito de todos e que traga harmonia, amor e equilíbrio a todos.

Observação: Durante os sete dias que a vela es-tiver acessa, ajoelhe-se diantedela e faça os mesmo pedidos à corrente dos pretos velhos. Faça com fé, amor e respeito e re-ceberás os benefícios.

Ao terminar de queimar a vela, recolha os elementos contidos na tigela e os deposite na natureza pedindo licença. Os pretos velhos nos ajudam em todos os campos e sentidos de nossas vidas, pois eles são: harmo-nia, fé, humildade, amor e sabedoria

Salve a corrente dos pretos velhos. Salve nossa Umbanda Sagrada.

Recebido pela a preta velha Vovó Carolina.

OFERENDAS NA UMBANDA SAGRADARodrigo Correia dos Santos – E-mail: [email protected]

Nos rituais umbandistas e candomblecista têm uma prática muito utilizada que são as oferen-das. A oferenda significa um campo mágico aonde os Orixás e Guias espirituais irão absorver à “energia” presente naquela oferenda. Para se abrir uma oferenda não basta à quantidade, mas sim a qualidade, muitas vezes uma oferenda simples têm irá atingir seu objetivo melhor no de uma oferenda gigantesca. Ouvimos muito das pessoas leigas sobre nossa religião dizer, para que ofertamos os Orixás e Guias, já que eles não podem comer o que esta sendo oferenda - do a eles. Os espíritos sobrevivem de “energias”, essas compostas em qualquer elemento natural de nosso Planeta, e de nossos corpos

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] também, a partir do momento que somos energia vital para as manifestações dos espíritos. Ao abrir uma oferenda num campo fechado “Terreiro”, ou num campo aberto “Natureza”, você estará desencadeando um portal energético onde ira desencadear milhões de energias para determi-nado Guia ou Orixá que será ofertado naquele momento. Na oferenda cada elemento tem o seu direcionamento e campo de atuação, assim as bebidas também fazem parte da oferenda, como o fumo também tem sua função na oferenda junto com as velas. Todos esses elementos citados acima numa oferenda será tão poderosa, que os Guias e Orixás serão presenteados com uma bomba de energia, assim restabelecendo e equilibrando e fortalecendo aquele espírito. Fazendo com que aquela entidade consiga trabalhar em todos os campos da pessoa que está lhe ofertando com a oferenda. No Candomblé funciona da mesma forma, o que gera muito discussão tanto no meio religioso com fora dele e a utilização de animais nas suas oferendas. Os candomblecistas utilizam muito a prá-tica do sacrifício de animas em suas oferendas devido ao “sangue” que é uma energia muito poderosa dentro da religião Africana. O sangue significa a “vitalidade” pura dentro das religiões Africanas, devido à essa energia que vimos todos os dias alguma oferenda contendo algum animal. Na Umbanda não praticamos o sacrifico, utilizamos o “sangue verde”, é uma combinação de ervas referente aquele Orixá que será ofertado, pegamos o sugo da erva (o liquido de quando elas são todas maceradas juntas) e derramamos na oferenda, numa forma de não agredimos tão radicalmente o meio ambiente, substituindo assim o sangue animal. Quando abrirmos uma oferenda estão atuando com os quatros elementos (Ar, Fogo, Terra e Água), porque isso?

• Ar – ativação através de charutos, cigarros.• Fogo – ativação através do círculo, triângulos e retângulos de velas.• Terra – ativação devido à oferenda estar num alguidar, ou está diretamente na terra.• Água – ativação através dos líquidos presentes na oferenda.Que essas informações possam ajudar à todos a abrir oferendas magníficas energeticamente e forta-lecendo ainda mais as Entidades e os Orixás.

DEVEMOS SERVIR BEM HOJE, PARA SERMOS SERVIDOS AMANHÃ. JNU.

“EXU FAz O BEM E FAz O MAL? DEPENDE O QUE VOCê PEDE PARA ELE?”

Alexandre Cumino - E-mail: [email protected]

Até quando vamos aceitar que estas perguntas se tornem afirmações:

Exu faz o bem e faz o mal!Depende o que você pede para ele!

E dizer que não temos nada a ver com isso!!! Até uma criança sabe o que quer dizer cumplicidade,

ser cúmplice no erro é crime e é burrice,ser cúmplice no erro é assumir o carma alheio,

ser cúmplice no erro é errar duas vezes... Exu na Umbanda não é cúmplice do erro alheio,

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] Médium caído nas trevas da sua própria ignorância é que passa a ser cúmplice do erro alheio e atrai para si entidades negativas que vão envolve-lo em suas tramas de dor, ódio e vingança com encarnados escravos dos próprios sentidos desvirtuados...

Exu na Umbanda é LEI, é LUZ, é VIDA... ACEITAR A IDEIA DE QUE EXU É CÚMPLICE, aceitar a ideia de que Exu faz o Bem e faz o Mal... É aceitar que ele seja mesmo o “demônio”, “tinhoso”, “coisa ruim”, “trevoso”... tudo menos Exu de Lei e na Umbanda Exu sempre vem na Lei, quando tem já a liberdade de dar consulta e orientar. Exu enquanto guia espiritual está sempre na Lei, Exu enquanto guia quer evoluir e quer tam-bém a minha evolução, Exu enquanto guia é orientador e tem uma consciência maior que a minha. Exu é Luz em minha vida, e não é apenas Exu; Pombagira também é Lei, Luz e Vida... Só não vê quem não quer, Exu e Pombagira são ponto forte e fraco na Umbanda, forte se conheço e fraco se desconhe-ço... Assim como nós, Exu e Pombagira são espelhos de nós mesmos, se eu conheço minha som-bra, se eu conheço minhas trevas, se eu conheço meu ego, se eu conheço meus vicios, se eu conheço minhas paixões e me proponho a trabalhar sentimentos, pensamentos, palavras e atos então este conhecimento me torna forte. Se eu desconheço ou se coloco para debaixo do tapete minhas dores, medos e traumas então passo a me reprimir, me torno hipócrita, e repreendo no outro o que eu gostaria de vivenciar... Exu e Pombagira nos ajudam a lidar com estas questões, ajudam a lidar com nosso ego, com nossas dores, com nossas paixões, para vencer nossos desejos desequilibrados e curar nossos sen-timentos. Pena que tantos olham para Exu e Pombagira e só conseguem ver justamente o contrário, querem usar de sua força e poder para vivenciar ainda mais seus desequilibrios... um dia acordarão... o que é inevitável... Estou numa fase EXU graças ao curso virtual de exu que começa agora em junho. Estou revendo textos e imagens, aproveito para compartilhar. Que Exu nos ampare e proteja sempre.

MENSAGEM DO SR. EXU CAVEIRA DAS 7 PEMBAS SAGRADAS

Silvana Cavalvanti - E-mail: [email protected]

Axé não é para quem quer , é para quem tem merecedor de receber. Não somos chucros como imaginam e não somos ignorantes como vossos vãos pensamentos possam sequer nortear. Somos criaturas desenvolvidas no plano espiritual da vida e, se tens todo o co-nhecimento tecnologico, científico, astronômico, é porque fomos nós que lhe permiti-mos o ter, desde a invenção da eletricidade, do fogo, e do primeiro aparelho eletrostáti-co ou eletronico. Fazemos usos dos faladores, dos radiofonicos, das máquinas computadoras e de suas mentes para tentar colocar um pouco de discernimento nestas cabecinhas ocas , que só pensam em bobagens. Ajude teu próximo para ser ajudado, perdoe para ser perdoado, já que a humani-dade tem mais sujeiras acumuladas do que seu próprio esgoto.Saravá é para quem quer e tem o merecimento... Laruyê. Exu Caveira das 7 Pembas Sagradas

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected]

PAI OMOLU: O SENHOR DA VIDAAndré Cozta - E-mail: [email protected]

A morte cantada em prosa e verso pelos encarnados, pode, se não tivermos cuidado, transpor-tar aqueles que nela acreditam à níveis vibratórios da ilusão. A fantasia vendida por alguns religiosos, ao longo dos tempos (pois, penso que as religiões nada têm a ver com as mazelas criadas pelos seres humanos), tem levado, invariavelmente, muitas pessoas ao fundo de um poço que, estivessem elas cientes e conscientes, minimamente, de como funciona a Ciência Maior, encarariam o momento da passagem como uma reciclagem, como mudan-ça para uma casa nova, mais ampla, confortável, arejada e com belas, cheirosas e novas roupas no armário. O Senhor e Divino Orixá Omolu, nada mais é do que um Poder Divino à serviço da Vida. É chamado por muitos de Senhor da Morte. E realmente o é. O problema não está em este Orixá receber este título, e, sim, na minha opinião, no conceito errôneo e peso dados a esta palavra. Se nos detivermos a compreender o conceito verdadeiro, perceberemos que Senhor da Morte = Senhor da Vida.

Por que a morte aqui na matéria nos propicia uma nova etapa, ou, “nova vida” em uma outra realidade, seja ela positiva ou negativa. Coloco entre aspas por que, em verdade, a vida é uma coisa só, desde nosso nascimento como centelhas divi-nas no útero gerador do nosso Divino Criador Olorum, até o instante presente. Portanto, não vivemos várias vidas como atores que interpretam diversos personagens em telenovelasVivemos uma única existência, onde, numa curta etapa (a jornada humana reencarnatória), temos várias passa-gens pelo plano material do Planeta Terra para que, por insistência, aprendamos o básico do básico da jornada evolutiva. Trocando em miúdos: “Água mole em pedra dura, tan-to bate até que fura”. E assim vamos evoluindo. Escrevo assim, por que a nossa caminhada evolutiva inicia-se muito antes da jornada humana reencarnatória e vai muito além dela. Temos a eternidade e o infinito ao nosso favor. É difícil de compreendermos isto, por que, não conseguimos ver além do muro que nos separa do lado de lá. E isto faz com que nos sintamos finitos em todos os sentidos.

E um ser será sempre aquilo que pensa ser. Se não muda sua mentalidade, sofre, e como so-fre, até que aprenda pela dor... às vezes, muita dor! Voltando ao objetivo central deste texto, quero encerrar dizendo que o Divino Orixá Omolu, o Senhor da Vida, pode ser muito útil neste momento, na sua vida, auxiliando-o, carregando até seus domínios todas as mazelas do seu dia a dia, tenham sido criadas por você ou não. Curando suas cha-gas espirituais, energéticas e até materiais. Basta que você se dispa dos preconceitos disseminados ao longo dos anos, jogue a definição demonizadora dele e de outros Orixás no lixo, veja-o como um Poder Divino paralisador de tudo aquilo que atenta contra a Vida e jogue-se aos pés dele, estenda suas mãos e entregue-se. Há de se ter muita coragem e determinação para jogar-se aos pés de um Orixá. Assim fazendo, estará se entregando a Deus. Desejo que reflita bastante sobre este texto.

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] Solicitamos a todos os irmãos que enviem o pedido abaixo para o e-mail do vereador Police Neto, na Câmara Municipal de São Paulo, para que juntos conti-nuemos unidos e fortes. Vamos mostrar a força da nossa Umbanda, pois estão querendo nos prejudicar.Ao Vereador Police Netto: A Nação Umbandista pede a vossa ajuda e empenho para tornarmos a Um-banda Patrimônio imaterial e Cultural da Cidade de São Paulo. Projeto de Lei: No. 254/2010 do vereador Quito Formiga

E-mail: [email protected]

9ª LOUVAÇãO HOMENAGEM E PROCISSãO AO NOSSO PAI XANGô

Aconteceu no dia 30 de maio, a 9ª Homenagem Louvação e Procissão ao nosso Pai Xangô,2.500 pessoas estiveram presentes, dentro do Ginásio do Clube Escola Mooca para louvar nosso Pai Xangô. Tivemos diversas apresentações de Curimbas de São Paulo, Taubaté e Paraná, e entre elas a apresentação da Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos que emocionou a todos com uma belíssima amostra da Cultura Umbandista, afro brasileira e amor ao Orixá Xangô. Um fato muito importante que ocorreu, foi o pronunciamento que a Procissão de Xangô vai fazer parte do “Calendário Cultural da Cidade de São Paulo” com a ajuda do Vereador Police Neto, junto ao nosso amigo e Vereador Quito Formiga, que constituiu o Dia da Umbanda e do Umbandista na Cidade de São Paulo, no dia 15 de novembro, e em seu mandato fez o Projeto de Lei que torna a Umbanda “Patrimônio Cultural e Imaterial da Cidade de São Paulo”, que passou em 1ª votação e agora com a ajuda do Vereador Police Neto irá passar pela 2ª votação, concretizando enfim a Umbanda Patrimônio Cultural e Imaterial da Cidade de São Paulo , dando mais valorização, respeito e visibilidade a nossa Religião. Agradeço a todos que apoiaram, divulgaram, compareceram e vibraram a favor da 9ª Procissão ao nosso Pai Xangô. Agradeço a todas as Autoridades presentes, Federações, Associações, Escolas de Curimba, Web rádios, Fan Pages, Jornais e Revistas, a todos os Alunos, Amigos e Familiares, que por amor colaboram na realização da 9ª Homenagem Louvação e Procissão ao Orixá Xangô. Que nosso Pai Xangô abençoe a todos! Pai Engels

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected]

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SANTO ANTôNIOVania Silva - Enviado por Sandra Santos e-mail:

[email protected]

Tem gente que pede ao Antônio um marido... Eu quando perdi tudo o que eu tinha na vida, me lem-brei de que Antônio era aquele a quem minha mãe pe-dia tudo. Andava quilômetros a pé, entre o bairro do Sumaré e a Praça do Patriarca (em São Paulo), lá naquela igreja onde ela ia pedir e agradecer ao mesmo tempo, ia e voltava a pé, uma vez só, porque nunca houve nessa terra um pedido que assim ela fizesse e ficasse sem um

pronto atendimento. Lembrei. E procurei o Antônio lá mesmo. Expliquei ao amigo que a minha velha mãe já estava bastante velhinha e não poderia se deslocar para lá a pé. Mas não fui assim logo pedindo. Não. Pedi logo em nome dela. Disse a ele que, com certeza, se ela pudesse, era lá que ela estaria e que eu lá estava pedindo em nome dela e da velha amizade deles. Mas não pedi como quem pede. Já agradeci de logo, como ela sempre fazia, na certeza de que breve viria o pronto atendimento. Passei na prova da OAB. Tomei posse num excelente cargo. E logo depois em outro. Encontrei o grande amor da minha vida. E acabo de realizar mais um sonho... Antônio não tem limites. Não tem pedido que ele não ouça com carinho de um amigo. Se eu pudesse eu agradeceria a Antônio. Mas não posso, não há agradecimento que esteja à sua altura. Então simplesmente carrego Antônio no meu coração. A quem dedico toda a minha devoção. Salve Santo Antônio! Gratidão eterna.

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CURSOS E EVENTOS DIVERSOS

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DESENVOLVIMENTO MEDIúNICO Às terças feiras, das 20h00 às 22h00Semanalmente, no Colegio de Umbanda Baiano Jeremias, - Tatuapé.(próximo ao shopping metro Tatuapé)Informações: [email protected]

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AFRICA-ROOTED RELIGIONS HAVE STRONG HOLD IN BRAzIL

Fonte: http://www.newsdaily.com/south-america/4d5f0c9447da7b5b878b111eaa6695ff/africa-rooted-religions-have-strong-hold-in-brazil

WEDNESDAY JUN 05, 2013 | GERARD AZIAKOU FOR AGENCE FRANCE PRESSE

A Candomble African-Brazilian religion disciple dances in trance in Sao Paulo, Brazil on April 27, 2013 . Credit: Yasuyoshi Chiba/AFP/FileNextPrevious Doctors told Julio Penna in 1976 that he needed to undergo corrective spine surgery but faced an 80 percent chance of being condemned to life in a wheelchair.Penna refused and instead sought help from Candomble, Brazil’s Africa-rooted religion based on wor-ship of deities known as orishas that link humans to the spiritual world.Today, the 69-year-old, who is of Italian and Portuguese descent, is walking unhindered and is a high-ranking disciple of a faith that has a powerful hold on many Brazilians of all races in the world’s biggest Catholic country.Despite lingering prejudice and intolerance, mainly from evangelical extremists, Candomble and the related faith of Umbanda are attracting a growing number of followers across this vast country of about 190 million.People often turn to the two faiths to seek relief from pain or to embark on a spiritual quest, practitioners say.Telma Witter, a 57-year-old artist, said her husband turned to Candomble as a last resort when he was dying from an auto-immune disease.“He was able to live an extra four years. That convinced me,” she told AFP.A white Brazilian, she fully embraced the faith after reading the works of the late French anthropologist Pierre Verger, a respected practitioner himself who also did extensive research on Candomble both in Brazil and Africa.Penna and Witter are followers of Mae (Mother) Sylvia de Oxala, a 75-year-old Candomble high pries-tess who runs the Axe Ile Oba temple in Sao Paulo’s Jabaquara district.In April, Mae Sylvia -- a mix of spiritual guide, faith healer and community leader -- and her disciples held an open house to honor the deity Oxossi, one of 16 orishas in West Africa’s Yoruba mythology.For hours, devotees in brightly colored garb, including women in billowing hoop skirts, chanted in the Yoruba language and danced around a sacred altar to the pulsating beat of ceremonial drums, with some falling into a trance as spirits apparently took possession of their bodies.-- Candomble: An Africa-rooted faith --

ÚLTIMA PÁGINA A Umbanda no Exterior

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] Developed by African slaves brought to Brazil from the 16th century, Candomble has various branches (Ketu, Nago, Angola, Jeje) based on the beliefs of these distinct ethnic groups. It also incorporates elements of Catholicism, with some orishas paired with analogous Christian saints.Trained in Nigeria in the Ketu (Yoruba) branch of the faith, Mae Sylvia has over the past three decades tutored nearly 3,000 disciples, many of whom went on to open their own temples across the country.“We have black, white, indigenous and even Japanese members. We are open to all,” she told AFP. “Every human being has within himself the axe (energy) of the orishas, but that powerful life force ne-eds to be harnessed and developed.”Mary Yamanaka, a 60-year-old Japanese Brazilian artist, said she joined the temple last year, attrac-ted by the aesthetic appeal of the rituals, which can include animal sacrifices, essentially to please the orishas.Mae Sylvia provides spiritual guidance to devotees, communicating with the orishas through divination based on shell reading and numerology.Each follower is paired with a specific orisha, who is connected to a force in nature and worshipped with offerings of foods. Those aspiring to be priests must go through lengthy initiation rites that last at least seven years.Best known orishas are Olorun (Supreme Being), his son Oxala assimilated to Jesus Christ, Shango (god of fire, thunder and justice), Ogun (warrior deity of metal work), Oxossi (hunter deity of the forest), Oshun (goddess of love, marriage and maternity) and Iemanja (the goddess of the sea and patron deity of fishermen).Until the 1970s, the faith was officially banned and thus practiced in secret. Even today, many followers are reluctant to publicly admit that they are adherents.For that reason, it is difficult to accurately size up the country’s Candomble community. Some estimates put it at two million members, but the real figure is likely to be considerably higher.And today, Candomble, also practiced in neighboring countries, is enjoying a revival as an affirmation of African identity and pride, particularly in the northeastern state of Bahia state, the heart of Afro-Brazilian culture.Official persecution of Candomble was part of a bid to eradicate African influence and led to the emer-gence of Umbanda in 1908, said Mae Sylvia.-- Umbanda: broader appeal among whites --Umbanda incorporates not only the cult of the orishas, but also elements of Catholicism, indigenous beliefs and the European spiritist movement developed by Frenchman Allan Kardec in the 19th century.Because it is less Africa-centered and excludes animal sacrifice, it has a much broader appeal among white Brazilians.Rubens Saraceni, a white Brazilian medium, is a prominent Umbanda priest and writer.“Candomble keeps a very strong heritage from Africa, while Umbanda gives equal weight to indigenous beliefs, spiritism and Christianity,” he explained during a festival honoring the deity Ogun in April.Nearly 1,000 disciples, most of them whites, attended the Ogun festival, chanting, dancing and bre-aking into trance during spirit possession.Saraceni estimates that with 600,000 Umbanda centers operating nationwide, the faith has at least eight million declared followers and keeps growing every year.Copyright (2013) AFP. All rights reserved.This article was distributed through the NewsCred Smartwire. Original article © Agence France Presse 2013

TRADUÇãO

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RELIGIõES DA ÁFRICA ENRAIzA-DAS TêM FORTE INFLUêNCIA NO

BRASIL Os médicos disseram Julio Penna, em 1976, que ele precisava se submeter a cirurgia de co-luna corretiva, mas enfrentou um por cento de chance de ser condenado à vida em uma cadeira de rodas 80.

Penna se recusou e, em vez procurou a ajuda de candomblé, África enraizada religião do Brasil, baseada no culto de divindades conhecidas como orixás que ligam os seres humanos para o mundo espiritual. Hoje, a 69-year-old, que é descendente de italiano e Português, está andando livre e é um dis-cípulo de alto escalão de uma fé que tem um poder poderoso de muitos brasileiros de todas as raças no maior país católico do mundo. Apesar da persistente preconceito e intolerância, principalmente a partir de extremistas evan-gélicos, o candomblé ea fé relacionada de Umbanda estão atraindo um número crescente de seguido-res em todo este vasto país de cerca de 190 milhões. Muitas vezes as pessoas se voltam para as duas religiões para buscar o alívio da dor ou para embarcar em uma busca espiritual, os praticantes dizem. Telma Witter, um artista de 57 anos de idade, disse que seu marido voltou ao candomblé, como último recurso, quando ele estava morrendo de uma doença auto-imune. “Ele era capaz de viver um extra de quatro anos. Isso me convenceu”, disse à AFP. Um brasileiro branco, ela abraçou totalmente a fé depois de ler as obras do antropólogo francês Pierre Verger tarde, ele próprio um praticante respeitado que também fez uma extensa pesquisa sobre o candomblé no Brasil e na África. Penna e Witter são seguidores de Mae (mãe) Sylvia de Oxalá, a 75-year-old alta sacerdotisa do candomblé, que corre o Axe Ile Oba templo no bairro Jabaquara, em São Paulo. Em abril, Mae Sylvia - uma mistura de guia espiritual, curandeiro e líder da comunidade - e seus discípulos realizaram uma casa aberta para honrar a divindade Oxossi, um dos 16 orixás na mitologia iorubá da África Ocidental. Durante horas, os devotos em trajes brilhantemente coloridos, incluindo mulheres em ondulan-te saias rodadas, cantado na língua iorubá e dançavam ao redor de um altar sagrado com a batida pulsante de tambores cerimoniais, com alguns que cai como espíritos aparentemente tomaram posse de seus corpos. - Candomblé: uma fé enraizada África - Desenvolvida por escravos africanos trazidos para o Brasil a partir do século 16, o candomblé

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JNU • São Paulo, Junho de 2013. • Edição: 57 • [email protected] tem vários ramos (Ketu, Nagô, Angola, Jeje) com base nas crenças dos grupos étnicos distintos. Ele também incorpora elementos do catolicismo, com alguns orixás emparelhado com análogas santos cristãos. Treinado na Nigéria no ramo Ketu (Yoruba) da fé, Mae Sylvia tem ao longo das últimas três dé-cadas tutelados cerca de 3.000 discípulos, muitos dos quais passaram a abrir seus próprios templos em todo o país. “Temos membros negros, brancos, indígenas e até japonês. Estamos abertos a todos”, disse à AFP. “Todo ser humano tem dentro de si o machado (energia) dos orixás, mas essa força de vida poderosa precisa ser aproveitado e desenvolvido.” Mary Yamanaka, um 60-year-old artista brasileiro japonesa, disse que ela entrou para o templo no ano passado, atraídos pelo apelo estético dos rituais, que podem incluir o sacrifício de animais, essencialmente para agradar os orixás. Mae Sylvia oferece orientação espiritual aos devotos, a comunicação com os orixás através de adivinhação com base na leitura e numerologia shell. Cada seguidor está emparelhado com um orixá específico, que é ligado a uma força da nature-za e adorado com oferendas de alimentos. Aqueles que aspiram a ser sacerdotes devem passar por ritos de iniciação longas que duram pelo menos sete anos. Melhores orixás conhecidos são Olorun (Ser Supremo), seu filho Oxalá equiparado a Jesus Cristo, Xangô (deus do fogo, do trovão e da justiça), Ogum (divindade guerreira de trabalho metal), Oxossi (caçador divindade da floresta), Oxum (deusa de amor, casamento e maternidade) e Iemanjá (deusa do mar e patrono divindade de pescadores). Até os anos 1970, a fé foi oficialmente proibida e, portanto, praticado em segredo. Ainda hoje, muitos seguidores são relutantes em admitir publicamente que eles são adeptos. Por essa razão, é difícil dizer com precisão o tamanho máximo comunidade candomblé do país. Algumas estimativas colocam-lo em dois milhões de membros, mas o número real é provável que seja consideravelmente maior. E hoje, o candomblé, também praticado em países vizinhos, está desfrutando um renascimen-to como uma afirmação da identidade Africano e orgulho, especialmente no nordeste do estado da Bahia, o coração da cultura afro-brasileira. Perseguição oficial do Candomblé era parte de uma tentativa de erradicar a influência Africano e levou ao surgimento da Umbanda em 1908, disse Mae Sylvia. - Umbanda: apelo mais amplo entre os brancos - Umbanda incorpora não só o culto dos orixás, mas também elementos do catolicismo, crenças indígenas e do movimento espírita europeu desenvolvido pelo francês Allan Kardec no século 19.Porque é menos Africa-centrado e exclui o sacrifício de animais, tem um apelo muito maior entre os brasileiros brancos. Rubens Saraceni, um médium brasileiro branco, é um sacerdote Umbanda proeminente e es-critor. “Candomblé mantém uma herança muito forte de África, enquanto a Umbanda dá peso igual para as crenças indígenas, o espiritismo eo cristianismo”, explicou ele durante um festival em home-nagem a Ogum divindade em abril. Cerca de 1.000 discípulos, a maioria deles brancos, participou do festival Ogun, cantando, dan-çando e quebrando em transe durante a posse do espírito. Saraceni estima que, com 600 mil centros de Umbanda operando em todo o país, a fé tem pelo menos oito milhões de seguidores declarados e continua crescendo a cada ano.