João Calvino - Sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo

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Sepultamento e

Ressurreição de Jesus Cristo

João Calvino

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Sepultamento e Ressurreição de Jesus Cristo João Calvino

“E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus

desde a Galiléia, para o servir; Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe

de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. E, vinda já a tarde, chegou um

homem rico, de Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de Jesus. Este

foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que o corpo

lhe fosse dado. E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol, E o

pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande

pedra para a porta do sepulcro, retirou-se” (Mateus 27:55-60)

Vimos acima como o nosso Senhor Jesus declarou o fruto e o poder da Sua morte ao

pobre ladrão, que certamente parecia ser, por assim dizer, uma alma condenada e perdi-

da. Agora, se todos aqueles que anteriormente foram ensinados no Evangelho, e que

tenham tido alguma prova deste, fossem alienados ao ver o Filho de Deus morrer, parece

que a pregação do Evangelho teria sido vã e inútil. Além disso, sabemos que os Apósto-

los haviam sido eleitos para a condição de serem, por assim dizer, as primícias da Igreja.

Alguém poderia, então, ter pensado que esta eleição fora uma coisa decepcionante, o fato

deles terem sido escolhidos para tal ofício e condição. Por esta razão, é aqui declarado

para nós que, embora os Apóstolos tenham fugido e que nisto mostraram uma vil covar-

dia, São Pedro tinha até negado ao nosso Senhor Jesus e foi, por assim dizer, afastado

de toda a esperança de salvação, de fato, sendo digno de ser reputado como um membro

podre; contudo, Deus não permitiu que a doutrina que haviam recebido anteriormente fos-

se extinta e totalmente abolida. É verdade que São Mateus coloca mais fé na constância

de mulheres do que de homens. Isso é para que possamos aprender a magnificar ainda

mais a bondade de Deus, que aperfeiçoa o seu poder em nossa fraqueza. Isso é também

o que São Paulo diz, que Deus escolheu as coisas fracas deste mundo, a fim de que

aqueles que imaginam-se fortes possam abaixar a cabeça e não gloriarem-se em

absolutamente nada (1 Coríntios 1:19-31.) Se fosse aqui falado de homens e de sua

magnanimidade, e que eles tinham seguido o nosso Senhor Jesus Cristo à morte, alguém

poderia considerar isso como uma coisa natural. Mas quando mulheres são guiadas pelo

Espírito de Deus, e há nelas mais ousadia do que nos homens, na verdade, do que

naqueles que foram eleitos para anunciar o Evangelho para todo o mundo, nisto nós

reconhecemos que Deus estava operando e que é a Ele que o louvor deve ser atribuído.

Agora diz-se especialmente: “E estavam ali [...] muitas mulheres que tinham seguido

Jesus [...] para o servir”. O que é para melhor declarar a inclinação que elas tinham ao se

beneficiar por meio do Evangelho. Pois não era pouca excelência que elas tenham

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deixado as suas casas para caminhar aqui e ali, de fato, com grande esforço e mesmo

com vergonha. Porque sabemos qual foi a condição de nosso Senhor Jesus Cristo

enquanto Ele andou no mundo. Ele diz que as raposas têm covis e pequenos pássaros

são capazes de construir seus ninhos, mas Ele não tem onde reclinar a cabeça (Mateus

8:20, Lucas 9:58). Vemos, por outro lado, que estas mulheres tinham os meios para

alimentarem-se pacificamente e em seu conforto. Quando, então, elas caminham assim,

sem serem capazes de encontrar alojamento, exceto com dificuldade, elas têm que

prosseguir sem comida e bebida, elas são sujeitas a muitas zombarias, elas são levadas

para longe e injuriadas por toda parte, e ainda assim elas elevam-se acima de tudo isso e

suportam isso em paciência, nós podemos facilmente julgar como Deus lhes havia

fortalecido. No entanto, com a morte elas ainda declaram a esperança que elas tinham

em nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, embora elas estejam confusas, contudo se elas

tivessem suposto que nosso Senhor havia perecido definitivamente, elas poderiam ter

julgado que Ele falhara completamente. Pois Ele tinha falado com elas sobre o Reino de

Deus, que deveria ser restaurado por Seus meios. Ele havia falado com elas sobre a

perfeita bem-aventurança e sobre a salvação que Ele realizaria. E onde estão todas essas

coisas? Vemos, então, como essas pobres mulheres apesar de terem ficado perplexas e

por mais que elas estivessem preocupadas, sem saber qual seria o resultado da vida de

Nosso Senhor, no entanto, foram sustentadas por Sua autoridade. E mesmo assim Ele

faz com que, no final, elas reconheçam e julguem que Ele não prometera nada em vão.

Elas, então, esperaram aquela promessa da ressurreição, embora de acordo com os

homens elas poderiam ter julgado de forma totalmente contrária. No entanto, vemos como

a fé delas foi exercitada, a fim de que não sejamos incomodados além da medida, se na

aparência, parece que somos abandonados por Deus, e que todas as promessas do

Evangelho estão, por assim dizer, abolidas, isso acontece para que nós persistamos. Pois

estas mulheres dão testemunho contra nós, e para nossa grande condenação, se

falharmos em tais combates. Será que desejamos um exemplo mais rude do que o que

elas sofreram? No entanto, elas foram verdadeiramente vitoriosas por meio da fé.

Então, armemo-nos quando somos alertados sobre os ataques que Satanás faz contra

nós, para que estejamos armados para resistir ao golpe, e mostremos que somos tão

apoiados pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo que, embora não possamos perceber

à primeira vista o cumprimento do que é dito a nós, não podemos deixar de descansar

nEle, e trazer a Ele esta homenagem e reverência, que Ele mostrar-se-á fiel por fim. E

nós precisamos ser assim provados ao limite. Pois caso contrário, seríamos muito

delicados, e até mesmo a nossa fé seria amortecida, ou talvez pudéssemos imaginar um

paraíso terrestre, e nós não poderíamos elevar os nossos sentidos alto o suficiente para

renunciar a este mundo. Como também nós podemos ver isso melhor na pessoa da mãe

de João e Tiago. Sabemos que anteriormente ela havia sido impulsionada por tal ambição

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que desejava que nosso Senhor estivesse sentado em Seu trono real, e que Ele tivesse

ali somente pompa e bravura, e que seus dois filhos estivessem ali como dois oficiais de

Nosso Senhor. “Dize”, disse ela, “que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita

e outro à tua esquerda, no teu reino” [Mateus 20:21]. Oh, que mulher tola! Que está atenta

apenas à glória e que desejava ver um triunfo terreno em seus filhos. Agora, aqui há outra

e mui diferente experiência. Pois ela vê nosso Senhor Jesus pendurado na cruz, em tal

vergonha e desgraça quando todo o mundo se opõe a Ele, e Ele está mesmo ali, por

assim dizer, amaldiçoado por Deus. Assim, nós vemos isso, quando seremos levados em

tal confusão que nossos espíritos ficarão surpresos com o terror e angústia, mas isto

significa que Deus nos retira de todos os afetos terrenos, a fim de que nada possa nos

impedir de sermos erguidos ao céu e à vida espiritual a que devemos aspirar. E nós não

podemos fazê-lo, a menos que sejamos expurgados de tudo o que nos impede nesta

terra. Isso, então, em resumo, é o que temos que lembrar a respeito dessas mulheres.

No entanto, isso não quer dizer que ali não havia também homens, mas a intenção do

Espírito Santo foi colocar diante de nossos olhos aqui tal espelho, a fim de que possamos

saber que é Deus quem conduziu essas mulheres pelo poder do Espírito Santo, e Ele quis

declarar o Seu poder e Sua graça, escolhendo instrumentos tão fracos de acordo com o

mundo. Semelhante também é visto em Nicodemos e José. É verdade que São Mateus,

São Marcos e São Lucas apenas falam de José, que veio a Pilatos e Nicodemos, tomou

coragem, vendo que ele tinha tal líder. É verdade que Nicodemos era um mestre de gran-

de estima. José era um homem rico em bens materiais, na verdade, também um membro

do conselho. No entanto, olhemos para ver se havia neles um tal zelo, a ponto de se

exporem à morte por nosso Senhor Jesus, e de fato se durante a Sua vida eles deixaram

as suas casas para seguí-lO. Não absolutamente. Mas quando se trata da morte Deus,

isso os move e os incita para além de toda a expectativa humana. Vemos, então, que

Deus operou aqui uma mudança estranha e admirável, quando concedeu tal ousadia para

José e Nicodemos, que não temiam a ira de todas as pessoas, quando eles vieram sepul-

tar o nosso Senhor Jesus. Anteriormente Nicodemos havia vindo de noite, com medo de

ser estigmatizado com infâmia. Agora, ele enterra o nosso Senhor Jesus, de fato, quando

Ele chegou ao extremo. Deus, então, teve que lhe dar um novo ânimo, pois ele mesmo

havia escondido, e, de fato, nenhumas sombras haviam sido suficientemente escuras pa-

ra ele, vendo sua timidez e covardia, a menos que Deus houvesse corrigido esse defeito

nele. Em resumo, vemos como a morte de nosso Senhor Jesus o beneficiou, e que Ele já,

nesta ocasião, mostrou as graças de Seu Espírito Santo sobre essas pobres pessoas que

anteriormente nunca tinham ousado fazer uma declaração de sua fé. Agora, eles não

somente falam pela boca, mas o que eles fazem mostra que eles preferem ser tidos por

execráveis diante de todo o mundo e ainda serem discípulos de Jesus Cristo, do que

perder o que haviam obtido; ou seja, a salvação gratuita que tinha sido oferecida a eles.

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É também por isso que se diz que José esperava o Reino de Deus. Por esta palavra é

declarado a nós que estamos separados de Deus e banidos de Seu reino, até que Ele nos

reúna para Si mesmo por Seu povo. Vemos, então, quão miserável é a condição dos

homens, até que o Senhor Jesus os chame para Si, para dedicá-los ao Seu Pai. E se

estamos separados deste bem, miséria e confusão estão sobre nós! Foi uma grande

virtude, então, esperar o Reino de Deus, porque os Judeus haviam corrompido isso, e as

ocasiões disso estavam em grande acordo com o mundo. Pois os profetas haviam decla-

rado, quando o povo voltou da Babilônia, que Deus seria de tal modo o Seu Redentor que

haveria um reino florescente em toda a dignidade, que o templo seria construído em maior

glória do que antes, que, em seguida, eles desfrutariam de todos os benefícios, e que

esta seria uma vida feliz, que todos teriam descanso e que a única preocupação seria a

de fruir a Deus, e bendizer o Seu nome, e dar-Lhe louvor. Isso é o que os profetas haviam

prometido. Mas, qual é a condição do povo? Eles são consumidos e devorados por seus

vizinhos, eles são aferroados, eles são injuriados. Às vezes, há tanta tirania que o sangue

inocente é derramado por toda a cidade, o livro da Lei é queimado, e eles são proibidos

de ter uma única leitura do mesmo, sob pena de morte. Tais grandes crueldades são pra-

ticadas, de forma que é horrível pensar sobre isso. O templo está cheio de contaminação.

A casa de Davi, o que aconteceu com ela? Foi totalmente abatida e a condição das coisas

vai continuamente de mal a pior. Então, alguém não estaria surpreendido, se em um povo

tão rude e dado aos seus apetites e afetos, eram pouquíssimos os que mantiveram a

verdadeira religião e que não haviam perdido a coragem; como podemos ver também que

o número de pessoas que suportaram com paciência e que eram firmes na fé era muito

pequeno e raríssimo. Isso é dito sobre Simeão, dito sobre Ana, a profetisa, dito de José.

Mas por quê? Em uma multidão tão grande, entre os Judeus, em um país tão populoso, o

Espírito Santo coloca diante de nós quatro ou cinco como algo que não era nada habitual,

e dá testemunho de que essas pessoas estavam esperando o Reino de Deus. Isso acon-

teceu para que possamos aprender, quando tudo estiver e nos momentos de desespero,

a mantermos os olhos fixos em Deus. E na medida em que a Sua verdade é infalível e

imutável, permaneçamos firmes até o fim, e superaremos todas as dificuldades, escânda-

los e perplexidades do mundo, e ainda que gemamos, não deixemos de aspirar ao que o

nosso Senhor nos chamou, isto é, a esperar pacientemente que o Seu Reino seja esta-

belecido em nós, e que ainda possa nos bastar ter o Penhor que Ele nos concede, o Seu

Espírito Santo, por Quem nos sustentamos o testemunho da adoção gratuita pela qual Ele

nos fez um. Quando Deus declara que Ele nos segura e nos considera como Seus filhos,

e quando isso está gravado em nossos corações pelo Espírito Santo, quando temos

diariamente a doutrina do Evangelho que ressoa e soa em nossos ouvidos, sejamos

confirmados na fé e não falhemos de modo algum, mesmo que as coisas sejam tão con-

fusas que não se possa imaginar como poderia ser pior. Isso, então, em resumo, é o que

temos que lembrar a partir dessa passagem.

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Agora também é necessário notar o que São João registra antes que o nosso Senhor

Jesus fosse retirado da cruz: a saber, que eles traspassaram o Seu lado para ver se Ele

já havia entregado o espírito. Pois eles não haviam apressado a Sua morte como eles

fizeram com os dois ladrões. Mas vendo que parecia que Ele já havia falecido, chegaram

a sonda-lO com um golpe de lança, e, em seguida, eles sabiam que Ele morrera, e assim,

os guardas se deram por satisfeitos. Agora, é verdade que esta, se o testemunho da lei

não foi adicionado, parece-nos uma declaração um tanto fria. Mas São João quis nos

conceder uma prova de que o nosso Senhor Jesus era o verdadeiro Cordeiro pascal, já

que pela providência e conselho admirável de Deus, Ele fora preservado de todas as

mutilações. Por isso se diz no capítulo 12 de Êxodo que eles deveriam comer o cordeiro

pascal, mas que os ossos não deveriam ser quebrados, e que eles deveriam permanecer

todos íntegros (Êxodo 12:8, 9, 46.) Por que era importante que Jesus Cristo não tivesse

os Seus ossos quebrados? Pois este era o costume comum, como vemos. Eles não

queriam poupá-lO, e Ele estava no meio dos ladrões, para ser tido, por assim dizer, como

o mais detestável, para ser reputado o principal entre os homens e os criminosos ímpios.

Vemos, então, que Deus estava aqui em operação quando Ele reteve as mãos dos guar-

das, e até que Seu Filho expirasse, a fim de ser preservado, e para que tenhamos aqui

um sinal evidente que era nEle que a verdade desta antiga figura tinha que ser cumprida.

Assim, então, é preciso notar que o Filho de Deus foi preservado de toda quebra de Seus

ossos, a fim de que possamos nos apegar a Ele como nosso cordeiro pascal, Quem nos

preservar da ira de Deus, quando somos marcados com o Seu sangue. Pois devemos

concluir que, se Ele é a nossa Páscoa devemos ser aspergidos pelo Seu sangue, pois

sem isso, não nos aproveita nada que ele tenha sido derramado. Mas quando O aceita-

mos com este sacrifício, também encontramos ali a remissão dos nossos pecados, as-

bendo que até que Ele nos lave e nos purifique, somos cheios de contaminação. Então,

nós somos aspergidos pelo Seu sangue, por meio dessa aspersão que é feita em nossas

almas pelo Espírito Santo. Então somos purificados e Deus nos aceita por Seu povo, e

estamos seguros; embora a Sua ira e Sua vingança esteja sobre todo o mundo, contudo

Ele nos considera em piedade e nos têm como Seus filhos. Isso, então, é o que temos

que lembrar a partir dessa passagem, quando se diz que os ossos de nosso Senhor

Jesus não foram quebrados, a fim de que possamos conhecer que o que foi declarado por

uma figura na Lei, foi ratificado em Sua pessoa.

No entanto, é dito também: “e logo saiu sangue e água. E aquele que o viu testificou, e o

seu testemunho é verdadeiro” [João 19:34-35]. Quando vemos que a água e sangue

assim saíram, isso deve lembrar-nos de nossa purificação e o acordo para limpar os

nossos pecados, de fato, por Seu sacrifício, como São João fala em sua Carta Canônica

(1 João 1:7). É verdade que o sangue será capaz de coagular após a morte, isso ocorre

por natureza, e com o sangue, a água pode vir, isto é, a maior parte do fluido, uma vez

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que a cor e a parte mais grossa do sangue terá coagulado. Mas São João declarou que

embora isso ocorra, Deus quis mostrar nisso que a morte de Seu Filho nos beneficia: a

saber, em primeiro lugar, que pelo derramamento de sangue Ele é satisfeito conosco,

como é dito que nenhuma remissão dos pecados é possível sem derramamento de

sangue. Por isso é que desde o princípio do mundo sacrifícios foram oferecidos. Deus

certamente declarou que Ele seria propício a todos os pobres pecadores que tivessem

esperança nEle; mas Ele desejou que os sacrifícios fossem adicionados, como se Ele

dissesse que a remissão dos pecados seria dada gratuitamente aos homens, porque eles

de si mesmos não poderiam trazer nada de si próprios, mas que haveria o Mediador para

solucionar este problema. Assim é como o sangue que fluiu do lado de nosso Senhor Je-

sus Cristo é o testemunho de que o sacrifício que Ele ofereceu é a recompensa por todas

as nossas iniquidades, para que sejamos absolvidos diante de Deus. É verdade que

devemos sempre nos sentir culpado daquele sangue, ou seja, que nos humilhemos e que

sejamos conduzidos a um verdadeiro arrependimento, e que retiremos de nós toda

presunção. Mas, isso possa ser, somos assegurados de que Deus nos considera inocen-

tados e absolvidos pelo nome de Seu Filho, quando chegamos a reconhecer nossas

falhas e ofensas. E por quê? Na medida em que o sacrifício de Sua morte é suficiente

para apagar a memória de todas as nossas transgressões. Ora, não é a água que implica

purificação. Para que, então, sejamos lavados de todas as nossas máculas, reconhe-

çamos que o nosso Senhor Jesus desejou que a água fluísse de Seu lado para declarar

que realmente Ele é a nossa pureza e que não devemos buscar qualquer outro remédio

para lavar qualquer de nossas manchas. Isso, então, é como Ele veio com água e com

sangue, e por este meio, significa que temos toda a perfeição da salvação nEle, e não

devemos vagar aqui ou ali, para que sejamos ajudados de um lado e outro.

Na verdade, quando olhamos mais de perto, veremos que há uma notável semelhança

entre o sangue e a água que fluiu do lado de nosso Senhor Jesus Cristo, e os Sacra-

mentos da Igreja, pelo que nós temos a prova e selo do que foi feito em Sua morte. Por

ter suportado o que era necessário para a nossa salvação, tendo plenamente satisfeito

Deus Seu Pai, tendo nos santificado, tendo adquirido para nós a justiça plena, Ele dese-

java que tudo isso fosse testemunhado nos dois sacramentos que Ele instituiu, os dois

sacramentos. Pois, nenhuns outros instituídos em Sua Palavra, a saber, do que o Batismo

e a Ceia do Senhor. Todo o restante é apenas imaginação frívola que veio da audácia e

ousadia dos homens. Contemplem, então, o nosso Senhor Jesus Cristo, que mostra o

poder da Sua morte e paixão, tanto no batismo como na Sua Santa Ceia. Pois no Batis-

mo, temos o testemunho de que Ele lavou e nos purificou de toda a nossa contaminação,

de forma que Deus nos recebeu em graça, como se viéssemos diante dEle puros e

limpos. Agora reconheçamos que a água do Batismo não tem esse efeito. Como pode um

elemento corruptível ser suficiente para a lavagem e purificação de nossas almas? Mas

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isso acontece na medida em que a água fluiu a partir do lado de nosso Senhor Jesus

Cristo. Passemos, então, para Aquele que foi crucificado por nós, se quisermos que o

Batismo seja útil para nós, se quisermos experimentar o fruto dele, que a nossa fé seja

dirigida ao nosso Senhor Jesus Cristo, que deseja que busquemos todos os elementos de

nossa salvação nEle, sem divagarmos e nos inclinarmos aqui e ali. E, em seguida, na

Santa Ceia, temos testemunho de que Jesus Cristo é o nosso alimento. E sob o pão, Ele

nos representa o Seu corpo, sob o vinho Seu sangue. Esta, então, é a perfeição completa

da salvação, quando estamos assim purificados, e Deus nos aceita como se tivéssemos

apenas integridade e justiça em nós e por isso somos absolvidos diante dEle de sermos

por mais tempo condenáveis, uma vez que nosso Senhor Jesus Cristo fez plenamente a

satisfação por nós. Assim, então, é como devemos nos beneficiar com os Sacramentos,

aplicar-nos com toda a nossa fé em nosso Senhor Jesus Cristo, e não nos voltando para

qualquer criatura em absoluto. Essa também é a forma como devemos ter a certeza do

que foi feito na morte e a paixão de Nosso Senhor Jesus, e que a nossa memória seja

diariamente atualizada ao nos mostrar Deus o quanto Ele valoriza o fato de que do lado

de nosso Senhor Jesus Cristo procedeu sangue e água.

Portanto, isto é, em síntese, o que temos que lembrar sobre o relato de que o lado de

nosso Senhor Jesus Cristo foi traspassado. Na verdade, também nesta palavra, quando

se diz que a Escritura foi cumprida, que possamos reconhecer o que foi já dito mais lon-

gamente, isto é, que todos foram governados pelo conselho secreto de Deus, e, apesar

de que os guardas não soubessem o que estavam fazendo, mas Deus colocou em vigor e

execução o que Ele havia pronunciado tanto por Moisés quanto por Seu Profeta Zacarias.

Nós já vimos o testemunho de Êxodo. São João acrescenta também o do profeta Zacarias,

“[...] olharão para mim, a quem traspassaram” [Zacarias 12:10].

É verdade que Deus usa isso por força de expressão, pois Ele despreza os condenadores

de Sua Palavra que foram endurecidos em cada rebelião e malícia. Ou talvez, Ele diz:

"Parece que eles fazem a guerra contra os homens que pregam a Minha Palavra, e que

podem impedi-los por estes meios. Agora é contra Mim que eles pelejam quando assim

desprezam e rejeitam a Minha Palavra, isso é como se eles me ferissem por golpes de

punhal; e assim eles verão Aquele a quem traspassaram". Mas isso foi realmente cum-

prido na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo; pois mesmo em Seu corpo humano Ele foi

traspassado. Assim, então, é como Ele foi declarado o Deus vivo, que tinha falado em

todos os tempos pelos Seus profetas, já que em Sua pessoa tudo o que havia sido

prometido é visto.

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Agora é dito, consequentemente, que José, tendo obtido a permissão de Pilatos para que

o corpo de Jesus Cristo fosse retirado da cruz, e que fosse dado a ele para o sepultamen-

to, tinha uma mortalha limpa e havia comprado também alguns unguentos aromáticos (de

fato, por uma grande soma de dinheiro, como é dito por São João) de mirra e aloés, e que

ele O sepultou em um sepulcro novo, que tinha feito para si mesmo, que fora escavado

em rocha. Neste sepulcro, nosso Senhor Jesus Cristo já começou a mostrar o resultado

de Sua morte, ou seja, Ele logo havia de vir na glória de Sua ressurreição, e Deus quis

manifestá-lO completamente. Este, então, é ainda um testemunho infalível, que, entre

tantas confusões do que lemos na narrativa que poderiam nos perturbar e agitar a nossa

fé, percebemos que Deus sempre cuidou de Seu único Filho como a Cabeça da Igreja, e

o Seu Bem-Amado, não somente a fim de que sejamos capazes de esperar nEle, mas

para que esperemos confiantemente, pois somos membros do Seu corpo, de forma que o

cuidado paternal de Deus também certamente será estendido para nós e para cada um

daqueles que esperam nEle.

No entanto, pode-se perguntar por que o nosso Senhor Jesus Cristo desejava ser

sepultado com tanto cuidado. Pois certamente parece que tal suntuosidade, como aloés,

mirra, e tais coisas eram supérfluos. Na verdade, que bem é para uma pessoa morta que

seja lavada ou ungida ou uma grande ostentação seja feita em homenagem a ela?

Parece, então, que isso não estava em harmonia com o ensinamento do Evangelho, onde

se diz que nós ressuscitaremos no último dia através do poder inestimável do nosso

Deus. Assim, parece que toda essa pompa deveria ser rejeitada e esquecida. Consequen-

temente, pode-se julgar que José tinha uma devoção tola, o que tenderia a obscurecer a

esperança da ressurreição. Mas temos que observar que os Judeus tinham tais cerimô-

nias até que o nosso Senhor Jesus Cristo realizasse o que era necessário para a nossa

salvação. Dentre os quais estavam o sepulcro, os sacrifícios, e lavagens, e as luzes do

Templo, e todas as coisas semelhantes. Pois aquelas pessoas, como se fossem incultas,

tinha que ser tratadas como crianças. É verdade que, por todo o mundo, o túmulo é consi-

derado sagrado, e Deus quis que isso fosse gravado no coração dos homens, mesmo dos

pagãos, a fim de que não houvesse nenhuma desculpa a todos os homens a se tornarem

como brutos, não tendo nenhuma esperança de uma vida melhor. Os pagãos têm abu-

sado disso. Mas, seja como for, eles serão reprovados por isso para o último dia, que eles

tinham um grande cuidado em enterrar os mortos, de forma que não havia nenhuma

nação tão bárbara de modo que eles negligenciassem o sepultar dos seus mortos. Eles

não sabiam o motivo disso mais do que qualquer dos seus sacrifícios, mas foi uma

condenação suficiente, quando permaneceram afastados da verdade de Deus e corrom-

peram o testemunho que Ele lhes deu, a fim de atraí-los para a fé na vida celestial. Seja

como for, o túmulo em si sempre foi, por assim dizer, um espelho da ressurreição. Porque

os corpos são colocados na terra como que para jazerem por um tempo. Se não hou-

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vesse ressurreição de modo algum, seria muito bom jogá-los fora, a fim de que eles

fossem comidos por cães ou por animais selvagens. Mas eles foram enterrados honrosa-

mente, para mostrar que eles não pereceriam absolutamente, embora eles entrassem em

decadência. Especialmente os Judeus tinham algumas cerimônias. É verdade que os

Egípcios os superaram de várias maneiras, mas estas eram apenas fanfarras ao fazerem

uma grande festa de luto, ao lamentarem-se, cortando o seu cabelo. Os egípcios, então,

fizeram isso, mas o diabo os tinha enfeitiçado para que eles pervertessem toda a ordem.

Quanto aos Judeus, que fizeram uso da sepultura, isso foi para confirmá-los na fé da

ressurreição.

Então, seguindo o que eu comecei a dizer, nosso Senhor Jesus estava disposto a ser

sepultado de acordo com o costume antigo, porque Ele ainda não tinha cumprido toda a

nossa salvação com respeito à ressurreição. É verdade que o véu do Templo rasgou-se

em Sua morte. E por meio disso, Deus mostrou que era chegado o fim e perfeição de

todas as coisas, e que as figuras e as sombras da Lei já não permaneciam. No entanto,

isso ainda não era evidente para o mundo, e não havia ninguém que fosse capaz de

reconhecer que, em Jesus Cristo, todas as figuras da Lei haviam chegado ao fim. Por

esta causa, então, Ele ainda desejava ser sepultado. Agora nós sabemos que na ressur-

reição de nosso Senhor Jesus Cristo a vida foi adquirida para nós, de modo que devemos

ir direto a Ele, não procurando outros meios para nos conduzir além daqueles que Ele nos

designou. Já dissemos que Ele nos deu dois sacramentos para nos servir como

confirmação completa. Se a forma de sepultamento que os Judeus observavam fosse

necessária para nós, não há dúvida em absoluto que Jesus Cristo desejaria somente que

isso se mantivesse permanente em Sua Igreja. Mas já não é necessário que a nossa

atenção esteja presa por estes elementos terrenos e pueris. É-nos suficiente, então,

termos uma forma simples de sepultamento, deixando estes unguentos aromáticos, que

não tipificam a ressurreição, que foi manifestada em nosso Senhor Jesus Cristo. Nós

apenas nos separaríamos dEle, se quiséssemos ter tal instrução inferior. Pois vemos que

São Paulo diz:

“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo

está assentado à destra de Deus” (Colossenses 3:1),

e devemos estar unidos ao nosso Senhor Jesus (1 Coríntios 6:17). Cheguemos até Ele,

não estejamos envolvidos em qualquer coisa que possa distrair-nos, impedir-nos, ou

retardar-nos de estarmos unidos a Ele como a nossa Cabeça, pois é dito que o Seu corpo

era o Templo de Deus. Isso, então, em resumo, é o que temos que lembrar sobre a sepultura.

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Há ainda a considerar que Ele foi colocado em um sepulcro novo, isto não foi feito à parte

da providência especial de Deus, pois Ele bem poderia ter sido colocado em um sepulcro

que tinha servido por muito tempo. Também José de Arimatéia tinha seus antepassados,

e, geralmente, em tais casas ricas e opulentas há um sepulcro comum. Mas Deus previu

isso a partir de outro ponto de vista, e quis que o nosso Senhor Jesus fosse colocado em

um sepulcro novo, no qual nenhuma pessoa ainda havia sido posta. Pois, absolutamente,

também não foi sem motivo que Ele é chamado de as primícias da ressurreição e o

primogênito dentre os mortos. No entanto, pode-se dizer que muitos morreram e foram

feitos participantes da vida antes de nosso Senhor Jesus Cristo. Lázaro tinha sido ressus-

citado. E também sabemos que Enoque e Elias foram levados sem morte natural, e foram

reunidos em vida incorruptível. Mas tudo isso dependia da ressurreição de nosso Senhor

Jesus Cristo. Devemos, então, nos apegarmos a Ele como as primícias. Na Lei os frutos

de um ano eram dedicados e consagrados a Deus, quando eles traziam apenas um pu-

nhado de trigo no altar, e um cacho de uvas. Quando, então, isso era oferecido a Deus,

era uma consagração geral de todos os frutos do ano. E quando também os primogênitos

eram dedicados a Deus, isso declarava a santidade da linhagem de Israel, e que Deus o

aceitou por Sua herança, pois Ele reservou em Si mesmo estar satisfeito com aquele

povo, como um homem se contenta em seu patrimônio. Além disso, quando chegarmos

ao nosso Senhor Jesus Cristo, reconheçamos que em Sua pessoa todos nós somos

dedicados e oferecidos, a fim de que Sua morte possa nos dar a vida hoje, e que não

sejamos mais mortais, como anteriormente. Isso, então, é o que temos que observar com

relação ao sepulcro novo, que o sepulcro de nosso Senhor Jesus Cristo deve conduzir-

nos à Sua ressurreição.

No entanto, olhemos para nós mesmos. Pois, embora tudo que deve ajudar a nossa fé foi

cumprido na pessoa do Filho de Deus, embora tenhamos testemunho daquilo que deve

ser suficiente para nós, ainda em nossa rudeza e fraqueza permanecemos muito longe de

chegar ao nosso Senhor Jesus Cristo. E por esta razão que cada um de nós reconheça

seus defeitos, para que alcancemos os remédios, e não percamos a coragem. Nós vemos

o que Nicodemos e José fizeram. Agora, temos de considerar duas coisas para o nosso

exemplo. A primeira é que eles ainda não estão claramente iluminados sobre o fruto da

paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Há, então, alguma crueza e sua fé ainda é

muito pequena. A outra, que, no entanto, em tal extremo eles lutaram contra todas as

tentações, e eles vieram buscar o nosso Senhor Jesus morto para colocá-lO no sepulcro,

protestando que eles estavam esperando a bendita ressurreição que havia sido prometida

a eles, e eles aspiravam por isso. Já que é assim, então, quando nós experimentamos

alguma fraqueza em nós, que ainda não sejamos impedidos de tomar coragem. É verda-

de que somos fracos, e Deus poderia nos rejeitar, se Ele nos tratasse em rigor. Mas

quando experimentamos essas falhas, deixe-nos saber que Ele aceitará o nosso desejo,

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embora seja imperfeito. Além disso, hoje, uma vez que o nosso Senhor Jesus ressuscitou

em glória, embora ainda tenhamos que suportar aqui muitas privações e misérias, e

embora pareça que diariamente Ele é crucificado em Seus membros, como verdadei-

ramente o ímpio, tanto quanto está em seu poder, O crucifica; não desfaleçamos por

conta disso, sabendo que não seremos decepcionados com o que nos é prometido no

ensino do Evangelho, e, embora nós passemos por muitas aflições, contudo olhemos

sempre para a nossa Cabeça. José e Nicodemos não tinham esta vantagem que nós

temos hoje, em absoluto, ou seja, o contemplar do poder do Espírito de Deus, que se

manifestou na ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Ainda assim, nesta conside-

ração, a fé deles não foi completamente amortecida.

Agora, uma vez que o nosso Senhor Jesus nos chama para Si mesmo, e com grande voz

Ele declara-nos que Ele subiu ao céu, a fim de que todos nós nos reunamos ali, vamos

persistir constantemente em buscá-lO e segui-lO, e não consideramos como uma coisa

má o morrer com Ele para que sejamos partícipes da Sua glória. Agora São Paulo nos

exorta a conformar-nos com Jesus Cristo, não somente no que diz respeito à Sua morte,

mas também em relação ao seu sepultamento (Romanos 6:4, Colossenses 2:12). Porque

há alguns que se contentam em morrer com o nosso Senhor Jesus por um minuto de

tempo, mas com o tempo eles se cansam. Por esta razão, eu disse que nós devemos

morrer, não somente uma vez, mas devemos sofrer pacientemente que sejamos sepulta-

dos continuamente, até o fim. Eu chamo de morte, quando Deus quer que nós resistamos

assim por Seu nome. Porque, embora não estejamos, a princípio, arrastados para o fogo

ou condenados pelo mundo, mas, quando somos aflitos, já é uma espécie de morte que

tenhamos que suportar com paciência. Mas, porque não somos tão logo humilhados,

temos que ser espancados por um longo tempo, e nisto devemos perseverar e persistir

em paciência. Porque, assim como o diabo nunca deixa de planejar o que é possível para

distrair-nos e corromper-nos, assim, durante toda a nossa vida não devemos deixar de

lutar contra ele. Embora esta condição seja difícil e tediosa, esperemos pelo tempo que

virá quando Deus nos chama para Si mesmo, e nunca deixemos de fazer a confissão de

nossa fé, e nisto sigamos a Nicodemos, mas não em sua timidez. Quando ele veio

anteriormente ao Senhor Jesus Cristo, ele ocultou-se, e ele não se atreveu a mostrar-se

um verdadeiro discípulo, mas quando ele veio para sepultar o nosso Senhor Jesus, ele

declarou e protestou que ele era do número e da comunidade dos crentes. Já que é

assim, sigamos hoje tal constância. E, apesar de nosso Senhor Jesus, com a doutrina de

Seu Evangelho, ser odiado pelo mundo, na verdade eles O seguiram em ódio, não

deixemos de aderir a Ele. Reconheçamos mesmo que Ele sempre será toda a nossa

felicidade e satisfação, quando Deus aceitará nosso serviço, e nos deixar saber que, se

devemos definhar neste mundo, o fato de que o nosso Senhor Jesus veio na glória de

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Sua ressurreição não é absolutamente a fim de estar separado de nós, mas que na hora

certa Ele nos reunirá para Si mesmo.

Além disso, alguém não deve ser surpreendido que o nosso Senhor Jesus ressuscitou

dos mortos ao terceiro dia. Pois é muito apropriado que Ele tivesse algum privilégio acima

da ordem comum da Igreja. Nisto também se cumpriu o que é dito no Salmo 16:

“Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja

corrupção” (Salmos 16:10)

O corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, então, teve que permanecer incorruptível até o

terceiro dia. Mas Seu tempo foi definido e estabelecido pelo conselho de Deus, Seu Pai.

De nossa parte, não temos tempo determinado, com exceção do último dia. Por isso,

esperemos até que tenhamos definhado enquanto isso agradar a Deus. No final, sabe-

remos que na hora certa Ele encontrará meios para nos restaurar, depois que tenhamos

sido totalmente aniquilados. Como também São Paulo nos exorta a isso, quando ele diz

que Jesus Cristo é as primícias (1 Coríntios 15:20, 23). Isso é para retardar o zelo ardente

com que às vezes somos fortemente tomados. Pois queremos voar sem asas, e nós nos

ofendemos se Deus nos deixa neste mundo, e por que ao primeiro sinal de luta Ele não

nos retire ao céu. Queremos ser levados para lá em uma carruagem de fogo, como Elias.

Em resumo, queremos triunfar antes de ter lutado. Agora, para resistirmos a tal cupidez e

esses desejos tolos, São Paulo diz que Jesus Cristo é as primícias, e temos que estar

convencidos de que em Sua morte, temos uma garantia segura da ressurreição. Assim é,

uma vez que Ele está sentado à direita de Deus Pai, exercitando todo o domínio tanto

acima como abaixo; contudo Sua majestade ainda não apareceu, e nossa vida deve estar

escondido nEle, para que estejamos ali como pobres pessoas mortas, e que, enquanto

vivermos neste mundo sejamos como pobres pessoas perdidas. No entanto, é adequado

para nós sofrermos tudo isso até que o nosso Senhor Jesus venha. Pois, em seguida, a

nossa vida será manifestada nEle, ou seja, no momento adequado.

Este, então, é o que temos que observar com relação ao sepulcro de nosso Senhor Jesus

Cristo, até que cheguemos ao fim, que nos mostrará que Ele não somente fez propiciação

por todos os nossos pecados, mas também tendo obtido a vitória, Ele adquiriu para nós a

perfeição de toda a justiça, pela qual somos hoje aceitáveis a Deus, para que tenhamos

acesso a Ele, e para invocá-lO em nome de Cristo. E nessa confiança que nos curvemos

em humilde reverência diante de Sua Majestade Santa, oremos a Ele para que Ele possa

nos receber em misericórdia; que embora sejamos pobres e miseráveis, nós não

deixemos de ter o nosso refúgio em Sua misericórdia. Apesar de que dia a dia

provoquemos a Sua ira contra nós, e embora justamente mereçamos a ser rejeitados por

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Ele, possamos esperar, no entanto, que Ele mostre o fruto e o poder da morte e paixão

que Seu único Filho sofreu, por que nós fomos reconciliados, e que não duvidemos que

Ele é sempre Pai para nós, principalmente quando Ele nos fará o favor de mostrar que

somos verdadeiramente Seus filhos. Que possamos a declarar isso em verdade, de tal

forma que não pedimos nada, exceto que sejamos completamente Seus, como também

Ele nos comprou por tal preço, e com razão que sejamos totalmente reformados para o

Seu serviço. Na medida em que nós somos tão fracos que não sabemos como realizar a

centésima parte do nosso dever, que Ele ainda opere em nós pelo Seu Espírito Santo,

porque sempre a fraqueza da nossa carne carrega consigo tantas pelejas e lutas que

apenas podemos arrastar-nos para frente, em vez de andarmos corretamente.

Que possa agradar-Lhe retirar-nos de tudo isso, e que possamos ser unidos a Ele.

Glorioso Deus! Oramos para que, pelo Teu Espírito Santo aplique o que de Ti há neste sermão aos

nossos corações e nos corações daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glória de Cristo.

Ore para que o Espírito Santo use estas palavras para trazer muitos ao Conhecimento Salvador de

Jesus Cristo, pela Graça de Deus. Amém.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria !

“O Teu sangue foi vertido

Espiraste oh, meu Jesus!

E ficou por Ti cumprido,

Meu resgate sobre a Cruz”

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Fonte: Monergism.com

As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida e Fiel).

Tradução por Camila Almeida │ Revisão e Capa por William Teixeira

***

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Uma Breve Biografia de João Calvino

João Calvino (1509 – 1564)

Nascido em 10 de Julho de 1509 em Noyon, França, João Calvino cresceu em uma família

católica romana tradicional. Seu pai, Gérard Cauvin, era advogado dos religiosos e secretário do

bispo local. Sua mãe, Jeanne Lefranc, faleceu quando ele tinha cinco ou seis anos de idade. Por

alguns anos, o menino conviveu e estudou com os filhos das famílias aristocráticas locais. Aos 12

anos, recebeu um benefício eclesiástico, cuja renda serviu-lhe como bolsa de estudos.

Aos 14 anos de idade, Calvino mudou-se para Paris, a fim de estudar no College de Marche e

preparar-se para a universidade. Seus estudos consistiam nas matérias: gramática, retórica,

lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Ao final de 1523, Calvino transferiu-se para a

famosa College Montaigu, uma espécie de escola do monastério. Nessa época, a educação de

Calvino foi custeada, em parte, pelo lucro de pequenas paróquias. Assim, embora os novos

ensinos teológicos de pessoas como Lutero e Jacques Lefevre d’Etaples estivessem se

espalhando por toda Paris, Calvino estava mais ligado à Igreja Romana. No entanto, em 1527,

Calvino fez amizade com pessoas que tinham uma visão reformada.

Esses contatos formaram o cenário para a eventual mudança de Calvino para a fé reformada.

Também, nessa época, o pai de Calvino o aconselhou a estudar direito ao invés de teologia.

Em 1528, Calvino mudou-se para Orleans para estudar direito civil. Nos anos seguintes, estudou

em vários lugares e sob a orientação de vários eruditos, enquanto recebia uma educação

humanista.

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Em 1532, Calvino terminou seus estudos na área de direito e também publicou seu primeiro livro,

um comentário sobre De Clementia [Sobre a Misericórdia], do filósofo romano Sêneca. No ano

seguinte, Calvino fugiu de Paris devido aos contatos que teve com pessoas que, através de

oratórias e escritos, se opunham à Igreja Católica Romana.

Diz-se que em 1533 Calvino tenha experimentado uma conversão súbita à fé evangélica, sobre a

qual escreveu em seu prefácio dos comentários sobre Salmos. Refugiou-se na casa de um amigo

em Angoulême, onde começou a escrever a sua principal obra teológica. Em 1534, voltou a

Noyon e renunciou ao benefício eclesiástico. Escreveu o prefácio do Novo Testamento traduzido

para o francês por Olivétan (1535).

Em 1536, Calvino desvinculou-se da Igreja Católica Romana e fez planos para sair para sempre

da França e ir para Estrasburgo. Entretanto, a guerra entre Francisco I, rei da França, e Carlos V,

imperador do Sacro Império Romano, eclodiu, e Calvino decidiu fazer um desvio de uma noite

para Genebra. Mas a fama de Calvino em Genebra o precedeu. Guilherme Farel, um reformador

local, o convidou para ficar em Genebra, e convenceu a ajudá-lo naquela cidade, que apenas dois

meses antes abraçara a Reforma Protestante

Assim, começou uma longa, difícil, mas, finalmente, frutífera relação com a cidade de Genebra.

Calvino começou como professor e pregador, mas em 1538 foi convidado a deixar Genebra

devido a conflitos teológicos. Ele foi para Estrasburgo, onde ficou até 1541, ali residia o

reformador Martin Bucer, e ali passou os três aos mais felizes da sua vida (1538-41). Pastoreou

uma pequena igreja de refugiados franceses; lecionou em uma escola que serviria de modelo para

a futura Academia de Genebra; participou de conferências que visavam aproximar protestantes e

católicos. Escreveu amplamente: uma edição inteiramente revista das Institutas (1539), sua

primeira tradução francesa (1541), um comentário da Epístola aos Romanos, a Resposta a

Sadoleto (uma apologia da fé reformada) e outras obras.

Sua estada ali como pastor de refugiados franceses foi tão pacífica e feliz que em 1541, quando o

Conselho de Genebra o convidou de volta, Calvino ficou profundamente dividido. Ele desejava

permanecer em Estrasburgo, mas sentiu grande responsabilidade em retornar para Genebra.

Em 1540, Calvino casou-se com uma de suas paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Seu colega

Farel oficiou a cerimônia. Diz-se que quando Calvino finalmente se casou com Idelette de Buren,

ele encontrou a única coisa necessária pela qual esteve procurando: um coração sincero e

obediente, piedoso para com Deus. Para Calvino e Idelette, tal piedade era fundamental para

enfrentar as dificuldades e os desafios da vida de casados. Embora pouco se saiba da vida de

Calvino e Idelette no lar, ao que tudo indica, ela era serena e piedosa apesar de suas muitas

tragédias e dificuldades.

Em 1548, faleceu Idelette e Calvino nunca mais tornou a casar-se. O único filho que tiveram

morreu ainda na infância. Não obstante, Calvino não ficou inteiramente só. Tinha muitos amigos,

inclusive em outras regiões da Europa, com os quais trocava volumosa correspondência. Graças

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à sua liderança, Genebra tornou-se famosa e atraiu refugiados religiosos de todo o continente. Ao

regressarem a seus países de origem, essas pessoas ampliaram ainda mais a influência de

Calvino.

Em 1559 ocorreram vários eventos significativos. Calvino finalmente tornou-se um cidadão da sua

cidade adotiva. Foi inaugurada a Academia de Genebra, embrião da futura universidade, destina-

da primordialmente à preparação de pastores reformados. No mesmo ano, Calvino publicou a

última edição das Institutas. Ao longo desses anos, embora estivesse constantemente enfermo,

desenvolveu intensa atividade como pastor, pregador, administrador, professor e escritor.

Calvino permaneceu em Genebra até a sua morte, em 27 de maio de 1564. Esses anos foram

preenchidos com aulas, pregações e escritos de comentários, tratados e várias edições de As

Institutas da Religião Cristã.

A seu pedido, foi sepultado discretamente em um local desconhecido, pois não queria que nada,

inclusive possíveis homenagens póstumas à sua pessoa, obscurecesse a glória de Deus. Um dos

emblemas que aparecem nas obras do reformador mostra uma mão segurando um coração e as

palavras latinas “Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó

Senhor, de modo pronto e sincero).

Calvino era acima de tudo um pregador e expositor das Sagradas Escrituras. Sua pregação era

seu forte e permanece como de influência sem paralelo até o presente. Sua teologia estava

arraigada na exegese porque a Palavra de Deus era para ele o padrão de toda verdade e direito.

Seus comentários ainda são os melhores dentre todos os disponíveis.

______________

♦ Esta Biografia é baseada nas seguintes fontes:

Site: www.MinisterioFiel.com/BibliotecaJoaoCalvino

BEEKE, Joel. Lições Práticas sobre a Vida de Idelette Calvino. Parte 1. Disponível em:

www.MulheresPiedosas.com.br. Acessado em: 06 de Junho de 2014.

HANKO, Herman. João Calvino. O Reformador Suíço. Disponível em: www.Monergismo.com. Acessado

em: 06 de Junho de 2014.

MATOS, Alderi de Souza. João Calvino. Síntese Biográfica. Disponível em: www.Mackenzie.com.br.

Acessado em: 06 de Junho de 2014.

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10 Sermões – Robert Murray M’Cheyne

Agonia de Cristo – Jonathan Edwards

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina

da Eleição

Cristo É Tudo Em Todos – Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável – John Flavel

Doutrina da Eleição, A – Arthur Walkington Pink

Eleição & Vocação – Robert Murray M’Cheyne

Excelência de Cristo, A – Jonathan Edwards

Gloriosa Predestinação, A – C. H. Spurgeon

Imcomparável Excelência e Santidade de Deus, A –

Jeremiah Burroughs

In Memoriam, A Canção dos Suspiros – Susannah Spurgeon

Jesus! - Charles Haddon Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração – C. H. Spurgeon

Livre Graça, A – C. H. Spurgeon

Paixão de Cristo, A – Thomas Adams

Plenitude do Mediador, A – John Gill

Porção do Ímpios, A – Jonathan Edwards

Quem São Os Eleitos? – C. H. Spurgeon

Reforma – C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta – R. M. M'Cheyne

Salvação Pertence Ao Senhor, A – C. H. Spurgeon

Sangue, O – C. H. Spurgeon

Semper Idem – Thomas Adams

Sermões de Páscoa – Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e

Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) –

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Tratado sobre a Oração, Um – John Bunyan

Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, O – Paul D. Washer

Quem Somos

O Estandarte de Cristo é um projeto cujo objetivo é proclamar a Palavra de Deus e o Santo

Evangelho de Cristo Jesus, para a glória do Deus da Escritura Sagrada, através de traduções

inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e

divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores

àqueles como John Gill, Robert Murray McCheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur

Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes

últimos quatro autores.

O Estandarte é formado por pecadores salvos unicamente pela Graça do Santo e Soberano,

Único e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das

Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas,

holisticamente; para que assim, e só assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-

mos nEle desde agora e para sempre.

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A Prática da Piedade, por Lewis Bayly – Editora PES

Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, por

John Bunyan – Editora Fiel

Um Guia Seguro Para o Céu, por Joseph Alleine –

Editora PES

O Peregrino, por John Bunyan – Editora Fiel

O Livro dos Mártires, por John Foxe – Editora Mundo

Cristão

O Diário de David Brainerd, compilado por Jonathan

Edwards – Editora Fiel

Os Atributos de Deus, por A. W. Pink – Editora PES

Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe

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2 Coríntios 4 1

Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não

desfalecemos; 2

Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à

consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3

Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4

Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não

resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5

Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos

vossos servos por amor de Jesus. 6

Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do

conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7

Temos, porém, este tesouro

em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8

Em tudo

somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9

Persegui-

dos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10

Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se

manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos

também, por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos

ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de

graças para glória de Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem

exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e

momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.