Jorge Adoum - O Mestre Perfeito

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    NDICE

    Edio

    7-8-9-10-11-12-13

    Direitos reservadosEDITORA PENSAMENTO LTDA.

    Rua Dr. Mrio Vicente, 374 - 04270-000 - So Paulo, SPFone: 272-1399-Fax: 272-4770

    E-mail: [email protected]://www.pensamento-cultrix.com.br

    Ano

    8-99-00-01

    CAPTULO

    I Simbolismo Manico .......................................... 7II Do Seio da Histria ........................................... 11

    " III O Processo da Criao e da Morte de um serHumano Igual Criao e o Fim do Mundo 20

    IV A Verdade Simbolizada....................................... 25

    " V Conceitos Preliminares Sobre o Quinto Grau de

    Mestre Perfeito ................................................... 30

    " VI Decorao do Captulo e Iniciao ................ 33

    " VII O Que Deve Saber o Mestre Perfeito .............. 37

    " VIII O Corpo de Desejos ou Astral .......................... 48

    " IX Os Mundos Invisveis ......................................... 57

    X Os Ciclos da Vida e da Morte ...................... 64

    " XI O Mestre Perfeito Deve Estudar o Corpo Fsico e a Medicina Universal ............................ 88

    " XII O Mestre Perfeito Deve Estudar o Corpo Astralou de Desejos e a Medicina Universal .......... 91

    " XIII O Mestre Perfeito Deve Estudar o Corpo Mental e a Medicina Universal .............................. 96

    " XIV O Mestre Perfeito Deve Estudar a Religiodos Sbios .......................................................... 101

    Bibllografia ............................................................................................. 113

    Impresso em nossas oficinas grficas.

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    CAPITULO ISIMBOLISMO MANICO

    1 A Maonaria tem uma linguagem sagrada, que se chamaSIMBOLOGIA.

    Estes smbolos representam os princpios eternos da LeiNatural e no podem ser trocados, nem alterados, porque so alinguagem da Verdade, que emana do Absoluto. Uma doutrina temnecessidade de uma LINGUAGEM UNIVERSAL E IMUTVEL,TANTO EM SUA FORMA COMO EM PROFUNDIDADE, comonas figuras e no que estas expressam. O sentido oculto eproblemtico das palavras tem semeado, em todos os tempos, aconfuso e a desordem no mundo, fazendo o gnero humanoabandonar o caminho da razo e da verdade.

    "Os cristos do Oriente e do Ocidente discutiram e sebateram ferozmente durante quatro sculos; os mais fortesdegolaram os mais fracos, sem mais razo do que esta absurdasentena: Deus o quer. (Dareres: Estudos Filosficos").

    O idioma simblico um e indivisvel, no podendo mo-dificar a significao de suas figuras e de sua expresso. Osidiomas nacionais no podem oferecer a mesma vantagem, porquese transformam sem cessar e se degeneram rapidamente, com osseus sentidos figurados, metforas, hiprboles. Isto nos ensina queos tropos no expressam mais uma ideia, enquanto 01 smbolosformam um quadro, representando todas as ideias de um objeto.

    O idioma simblico uma arte e a arte um pensamentomudo, que nunca se reproduz melhor do que por meio de imagens.As palavras podem descrever e ensinar uma religio ao

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    intelecto, porm, unicamente os smbolos tm o privilgio de,enquanto falam aos olhos, revelam ao esprito todos os atributosde sua natureza".

    "Uma lngua universal, continua dizendo Dareres, que, aoinvs de se corromper aperfeioa-se e enriquece-se medida queenvelhece, uma ajuda preciosa para uma Instituio esparsaem toda a superfcie da terra, e que se acha dividida em peque nascorporaes independentes entre si. Porque, por ela se conservam aunidade da f, a pureza da doutrina, a ortodoxia da sua lei, ahomogeneidade do ensino e o fluido eltrico da cincia social,que se comunica por todas as partes com a mesma fora, produzindo,por igual, tambm, os mesmos efeitos".

    H mistrios na Maonaria que o Esprito deve compreender,deve sentir, sem tratar de defini-los. O que crena e luz,pode se representar pelo smbolo, mas no pode ser explicado pialgica das palavras. O Smbolo dos Sephiroth, dos cabalistas,que encerra num simples quadro os atributos de Deus e suas

    propriedades espirituais, uma imagem grandiosa e sublime,que nos inspira admirao e respeito, mas que nos impehumildade e devoo.

    Toda doutrina que materializa sua f e revela seus mistrios,desaparece. O catolicismo subsiste pelos mistrios dos seussacramentos e a maonaria prevalece por seu incomunicvelsegredo que preocupa Roma e sua corte.

    2 Irmo aspirante a Mestre Perfeito, sabe voc quemforam Elifas Levi, Ragon, Oswaldo Wirth, Papus etc. etc ___ ?

    Se voc no os conhece, assemelha-se a uma maometanoque no conhece o fundador da sua religio, nem o lugar ondeela foi fundada, ou ento, a um cristo catlico, que nunca ouviufalar do Papa nem de Roma.

    Pois bem, estes Super-homens foram os verdadeiros depo-sitrios dos mistrios e do SEGREDO MANICO, e esfor-aram-se no sculo passado em devolver Escola. Manica seuvalor inicitico, sua finalidade espiritualista e seu poder mgico,que havia perdido por influncia do ambiente, que a converteunum organismo social dedicado luta poltica e religiosa.

    O objetivo da Maonaria transformar o homem emSU-PER-HOMEM, num Deus. A Maonaria, a religio, amedi-

    cina, etc... no so responsveis pelas faltas e defeitos de seusministros, filhos todos do egotismo da poca. A Maonariaencerra, em seus smbolos e ritos, todas as tradies e cincias;oculta em seus rituais todos os mistrios e guia o homem nocaminho da Verdade, at DEUS.

    A Maonaria, como de origem incitica, est provida dedois aspectos: um externo e circunstancial, e o outro interno ede ndole secreta.

    3 Como uma escola inicitica, a Maonaria tende alibertar o homem de sua escravido mental, mas essa libertaodeve ser paulatina, na medida do adiantamento intelectual dohomem. Adiante veremos como os Magos e Sacerdotes divi-diam os mistrios em menores e maiores, em externos e internos,em lendas e em verdades.

    A Lenda de Salomo e Hiram Abiff uma delas.

    Os maons bem esclarecidos no concedem nenhuma im-portncia histrica s famosas tradies que do princpio aMAONARIA NO TEMPLO DE SALOMO, porque estoseguros de que Salomo no teve ne m arte nem parte na formaoda Maonaria. Ns outros podemos afirmar, e sem temerequivocar-no s, que Salomo o confecionado pela Bblia,nunca foi, sequer, iniciado, porque, como' diz M. Huet, se euquisesse escrever a novela ou a histria de um assassino, tomaria aDavid ou a seu filho, Salomo, por heri. Na Bblia h doisSALOMOS: o primeiro aquele Super-homem, o Smbolo doser perfeito, o verdadeiro Iniciado e SIMBLICO "a quemAPARECEU O SENHOR E DISSE: PEDE O QUE QUISERES,QUE TE DAREI... E SALOMO, RESPONDENDO, DISSEAO SENHOR: DA A TEU SERVO UM CORAO DCIL,

    PARA QUE POSSA FAZER JUSTIA A TEU POVO EDISCERNIR ENTRE O BOM E O MAU". Pois, este Salo-m3oSimblico a Maonaria adotou entre suas lendas, como exemplode virtude e de perfeio. Mas, no ao segundo Salom o, odescrito na Bblia, que cometeu crimes e assassnios, mais doque os de Calgula e Nero.

    Buscar a origem da Instituio no conduz a nada. A histeriada Maonaria a mesma de todas as sociedades iniciticas: f UMFATO DA NATUREZA, que escapa ao intelecto do Itomem.

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    A Maonaria foi perseguida por papas e reis e, sem em-bargo, continua lutando contra o despotismo, a tirania e aintolerncia, levantando a gloriosa bandeira da LIBERDADEJGUALDADE e FRATERNIDADE (A FRATERNIDADEUNIVERSAL). Cada religio, cada Escola Inicitica, subsistepor seus mistrios, como veremos nos captulos seguintes.

    CAPITULO II

    DO SEIO DA HISTRIA

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    4 Mistrios Egpcioss Os sacerdotes egpcios pos-suam os mistrios internos, do Homem real, e ensinavamesses mistrios nos templos de Mnfis. Os iniciadores egpciossabiam e praticavam a Iniciao dos Mistrios de ISIS E DEOSIRIS, que remonta a mais de trs mil anos antes de Cristo!Sua doutrina tinha dois aspectos: O primeiro era o lado oculto da

    reencrnao e o segundo se baseava no conhecimento do homem.A Iniciao Egpcia era dividida em pequenos e grandes

    mistrios. Os primeiros eram religiosos e pblicos e os se-gundos eram cientficos e privados.

    Quando os altos iniciados reuniram em seu colgio todasas artes e todas as cincias das idades, dividiram, ento, a ini-ciao em SETE GRAUS.

    No Alto Egito, os Iniciadores, sucessores de Sesodetris,exerciam uma espcie de soberania e privilgio' sobre os reinosde Mnfis, This, etc... Estes sacerdotes egpcios reservavam asluzes para um pequeno nmero de adeptos escolhidos e julgavamque, desta maneira, agiam em benefcio geral. Para dizerverdade, NO ESTAVAM EQUIVOCADOS, porque a so-

    ciedade imoral utiliza a cincia como uma arma perigosa paraferir, ferindo-se, ao mesmo tempo, como est sucedendo noinundo atual, e assim sempre se repete esta mxima sbia:"TUDO PARA O POVO, NADA PELO POVO... NO SEDEVE DIZER A VERDADE SENO GENTE DE BEM".

    Os sacerdotes egpcios praticavam os antigos mistrios maisem favor dos povos do que dos sacerdotes.

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    Os antigos egpcios, sem dar a cincia para todo o mundo,ditavam leis para o bem-estar do povo, enquanto que,atual-mente, a cincia est para todos e nossos legisladoresditam nossas leis com um egosmo muito bem calculado.

    Nos mistrios, os reis e legisladores, os sbios e os grandesdo Egito adquiriram os profundos conhecimentos. E os egpciosno foram felizes, seno quando foram governados pelos FarasIniciados. Estes foram respeitveis Maons, sem que existisseMaonaria no Egito.

    5 MISTRIOS DOS MAGOS:

    Os Sbios Persas, alguns milhares de anos antes da eravulgar, formaram, na Prsia, uma sociedade mstica, o COLGIODOS MAGOS (de MGH, grandeza, sabedoria).

    A Instituio dos Magos tinha por objeto conservar osvestgios e segredos das cincias e das artes dos tempos primitivos,e de formar um dogma religioso que, sem escandalizar osespritos dbeis, teve o poder de reprimir e conter a fora brutaldos primeiros homens. Esta Sociedade deu origem aos smbolos,que, com a doutrina dos magos, podiam propagar-se sem nenhumrisco. A Luz do Saber foi distribuda, gradualmente, e seusiniciados nunca foram tachados de ateus nem impostores.

    Deus, para os Magos, Inefvel como Incompreensvel;por tal motivo, era necessrio dar aos povos dois emblemasrepresentand o Deus, e so: O SOL E A NATUREZA. O primeiroera considerado como o retrato de Deus ou como o mais belo desua Criao; o segundo era considerado como expresso de suaVontade, que era como Cdigo das leis que regem o Universo.

    Com o andar dos tempos, aqueles grandiosos smbolos,linguagem dos magos, foram transformados, pela ignorncia epelo fanatismo, em fbulas ou mitos dos povos.

    Tal foi a doutrina que deu origem a Deus, sob o nome de

    MITRA, OSIRIS, SESOSTRIS, BACCHO, CHAMOS, APOLO,MINOS, etc.!!!... e a grande Deusa PRAKRITI, ISIS,SA-LAMBO, VNUS, DIANA, VESTA, CERES, MAYA,MAIA, etc.. .

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    Esta a Magia, designada, s vezes, como CINCIAOCULTA, com a qual os sbios explicavam os fenmenos naturais,nos quais no h nenhum milagre, sobrenatural, e, outras vezes, erachamada a ARTE DE OPERAR FISICAMENTE AS

    MARAVILHAS. Esta Magia a origem das ci ncias humanas *da CIVILIZAO...

    6 Ao distinguir entre as pocas os homens, temos:

    1.) OS SBIOS ou MAGOS que tinham e tm, at omomento, as chaves dos mistrios antigos e modernos.

    2 ) Balbek foi um Contro de iniciao e da religiodos Magos como o de Jerusalm.

    3.) At o momento, os sbios no iniciados no podemcompreender como foi construdo SEU TEMPLO, hoje, chamadoFortaleza.

    4.) O Primeiro Zoroastro no foi seu fundador, mas,seu reformador, 2.167 anos antes de Jesus Cristo.

    7 A Religio Mitraica dos Magos tem uma lenda comoa Maonaria. a seguinte: "Mitra (Luz), segundo a mitologiados Magos, nasceu da "ROCHA GENERATIVA", debaixo dasombra de uma rvore sagrada. Uns pastores foram testemunhas do milagre. Viram-no sair da rocha, com a cabea adornadacom um gorro frgio, armado de um Cutelo e levando umatocha para iluminar as trevas das profundid ades inferiores. Ospastores o adoraram e ofereceram-lhe frutos de seus rebanhos.Como ele estava desnudo, foi a uma figueira, comeu de seusfrutos, fez uma vestimenta com suas folhas e saiu ao mundopara medir suas foras com todos os poderes. O maior inimigodele foi um touro criado por Ormuzd. Depois de uma lutatitnica com o animal, dominou-o e arrastou-o at a cova de suaprpria morada. Volveu o touro a escapar-se, e Mitra, obede

    cendo a vontade e decreto do Deus Sol, teve que perseguir novamente o touro e, agarrando-o pela abertura do nariz comuma das mos, com a outra afundou o cutelo na sua ilharga.

    Do corpo da vtima brotaram todos os veget ais e plantas daterra, da corda espinhal, brotou o trigo e, de seu sangue, brotouo vinho, como bebida sagrada nos mistrios. Na ltima ceia comos iniciados, Mitra se identifica com o Sol-Pai, e, assim,terminam suas lutas. Logo o Pai-Sol o ascende u aos

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    cus, ha sua radiante quadriga, e das alturas do cu nuncadeixou de proteger os fiis que PODEROSAMENTE o servi-ram".

    Em livros escritos para o pblico, no podemos levantar o

    vu para descobrir o mistrio da lenda.Tambm vemos que a religio Mitraica ensina a sobrevi-

    vncia da alma e o castigo ou a recompensa depois da morte.Para dar a entender ao leitor algo do mistrio, diremos estaspoucas palavras:

    "O impulso natural do sexo a luta pela existncia, afonte de todo esforo e emoo, por mais sublime ou por maisdegradante que possam ser os desejos que atuam detrs daspaixes."...

    Agora, cabe a ns falarmos acerca dos FILSOFOS GRE-GOS E DOS TAUMATURGOS.

    8 OS FILSOFOS GREGOS, que comearam a aparecer no sculo V antes de Cristo, tiveram tantos talentos e virtudes como os Magos, seus antepassados. "Os antigos, disseBuffon, converteram todas as cincias em utilidades... Osfilsofos gregos trabalharam para deixar .posterioridade algumas constitui es polticas. Eles conferiram tudo ao homem demoral, e, tudo o que no interessava sociedade e s artes eradesprezado..."

    9 OS TAUMATURGOS praticaram a Magia no princpio do Cristianismo.

    O segredo dos Ministrios dos Magos nunca se perdeu.At em nossos tempos existem seres que praticam a verdadeiraMagia para o bem do mundo, se bem que, hoje, no a chamempor este nome.

    Os fundamentos de sua obra tinham por base o naciona-lismo e por vrtice o Cosmopolitismo, que deve perdurar en-quanto durar o do mundo...

    Tais foram os objetivqs dos fundadores da Magia e daMaonaria.

    10 MISTRIO S DOS BRMANES:

    Cinco mil anos a.C, "SHASTRA", o primeiro livro hindu,foi escrito e tem um verdadeiro ritual.

    Os mistrios dos Brmanes consistiam em rituais de ini-

    ciao para os sacerdotes, que, no princpio, foram seres escolhidospor seus mritos; depois se tornaram casta privilegiada.

    A doutrina destes mistrios era toda Teognica, e suasexperincias, fsicas.

    A PARA-BRAMA, Deus que criou BRAMA, que por suavez criou o mundo, lhe foram dados dois Anjos: WISHNU eSHIVA. O primeiro o Conservador do Mundo, e o segundo 6o seu destruidor, e, desta maneira, BRAHMA, WISHNU eSHIVA formam a trindade dos hindus.

    Os Brmanes, como nicos literatos da ndia, tiveramconhecimento da Iniciao dos Magos.

    Em seu Templo, que simboliza a Natureza, os Brmanesgravaram a seguinte inscrio: FUI, SOU E SEREI, E NE-

    NHUM MORTAL ME DESCOBRIU. Entre esses Brmanes, oSacerdcio no era seno uma Magistratura, e sua religio, aJustia.

    11 MISTRIOS GREGOS:

    O TEMPLO na Grcia parece ser comum a todos os mis-trios da antiguidade. Os que mais se relacionam com a Ma-onaria so:

    1.) OS MISTRI OS DOS CABIRES DESAMOTR-CIA: em 1950 a.C. os mistrios egpcios passarama Grcia! Os primeiros que receberam aqueles mistrios foramos que residiam na Ilha de Samotrcia, hoje, Samandraki, no

    arquiplago. Nestes mistrios havia oito deuses Cabires(grandes)! Tambm estes mistrios foram levados Frigia porDarmanus e logo, Itlia, onde foram confiados s VESTAIS.Os mistrios de Samotrcia foram, em realidade, uma escolamilita r e cientfica, chamada Estratgia, donde saram os capitesda Grcia.

    12 OS MISTRIOS DE CERES OU DE ELUSIS:Estes mistrios foram, como os do Egito, divididos em mis-

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    trios menores e maiores. Seus iniciados chamavam-seEU-MLPIDES, porque a Famlia de Eumolpo foi a que conservoudurante 1200 anos a dignidade de HIEROFANTE.

    Sem embargo, estes mistrios se redu ziram, com o tempo, Mitologia e, por esse motivo, a maior parte dos- Filsofos

    gregos aderiram aos Mistrios de Mnfis e de Helipolis, taiscomo: Orfeu, Pitgoras, Plato, Tales. Minos, etc.. .13 ORFEU o prncipe dos Siciones, em Trcia!

    Depois de estudar e adquirir as cincias do Colgio de Mnfis,veio Grcia, em 1330 a.C. Eliminou os erros dos mistrios deElusis; reformou sabiamente a base que servia para osmistrios de Ceres. Estabeleceu sobre bases menos supersti-ciosas as mesmas festas que os gregos tinham e fez com queelas fossem a favor do esprito nacional e da segurana doEstado. Sua doutrina se dividia em dois graus. No primeirograu se desenvolvia a Teogonia egpcia, com seus emblemas,smbolos e moral; no segundo, que era puramente cientfico, seexpunha, no somente o sistema fsico da Natureza, como, tambm,todos os conhecimentos que podiam influir direta-mente na

    civilizao dos povos.Orfeu deu primeira doutrina o nome de exotrica e

    segunda a de esotrica (particular dos iniciados), imitando,assim, a seus mestres agpcios.

    As provas que deviam sofrer os iniciados, nos mistrios deOrfeu, eram muito rigorosas. Aos adeptos no era permitidofalar dos mistrios, nem mesmo entre eles, e, tanto aquele quefalasse como o que escutasse, eram expulsos do Templo e daSociedade.

    14 PITGORAS Nasceu na Ilha de Samos, no VISculo antes de Jesus Cristo. Depois de haver sido iniciado nosmistrios j referidos e de haver conhecido Solon Pitacus, Zoroastroe outros, regressou sua ptria, mas no pde viver debaixo das

    leis de um tirano usurpador; ento, deixou a Grcia e veiofundar em Crotona a clebre Escola Itlica que dotou o mund o detantos homens ilustres. Pitgo ras ocultou sua filosofia com vude mistrio. Seus mistrios eram divididos em trs classes ougraus. No primeiro grau, demorava o candidato trs anos.Antes de ser admitido Nefico, devia

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    dar todos seus bens ao tesoureiro da Escola. Se depois de trsnos correspondia aos desejos de seu mestre, passava, ou

    ingres-lava na segunda classe ou grau. Durante cinco anos, oNefito tinha que guardar profundo silncio, e a voz de Pitgoras

    s chegava a seus ouvidos atravs do vu que oculta va a entradado Santurio. Finalmente, o Nefito era admitido para receberO conhecimento da doutrina sagrada, e trabalhava com o mestre nainstruo de novos iniciados. Os adeptos, que estavamespalhados por todas as partes, conheciam-se entre si por certossinais e se tratavam sempre como se fossem irmos. Esta escolafo i perseguida pela ignorncia, pela maldade e pela calnia, eseus discpulos foram queimados, como os primeiros cristos; mas,A ESCOLA SABIA E VIRTUOSA nunca deixou de existir.

    15 _ MISTRIOS JUDAICOS Os mistrios judaicosso menos clebres que os mistrios gregos; sem embargo, nodeixam de ser interessantes. Alguns Israelitas, depois de haverem habitado o Egito, logo vieram a habitar a Judia e

    fundaram, em 1550 a.C, as trs seitas: CINIANA, RECABI-TES e ESSNIA. Esta ltima foi a fonte do Cristianismo e aque mais relao tem com a Iniciao: OS MISTRIOS ESSNIOS! Os Iniciados nestes Mistrios viviam como irmos,e a respeito da misteriosa vida dos mesmos, dificilmente sesabia. O candida to devia s er provado durante trs anos e,antes de ser admitido, tinha que jurar servir a Deus, amar eproteger aos homens bons, dos maus, e finalmente, guardaros segredos da Ordem, mesmo com o perigo de perder suaprpria vida. As parbolas, os smbolos e as alegorias erampara eles de uso familiar.

    16 Muitos afirmam que a doutrina de Cristo revelava aIniciao Essnia, ensinada aos discpulos escolhidos, de modo

    que os primeiros Cristos haviam sido todos Iniciados Essnios.Documentos histricos no deixaram dvida alguma sobre I

    existncia dos Ministrios Essnios, cuja instituio precedeuquatro sculos a Salomo, que foi somente um restaurador daOrdem, e no fundador.

    17 SALOMO o smbolo do Iniciado nos Ministrios de Elusis , fundado s por Orfeu. No dcimo primeiro

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    sculo antes da era vulgar, reorganizaram-se em Jerusalm osMistrios Essnios.

    Para alcanar to justo fim, Salomo fez construir umsingular TEMPLO MATERIAL em JERUSALM, fazendo tra-tados COM HIRAM II REI DE TIRO E HIRAN ABIF O

    ARQUITETO. Aquele singular TEMPLO MATERIAL eraalegoria do TEMPLO INTERNO para A INICIAO. O temploexterno era um caminho para chegar ao Interno.

    A Iniciao Solar "Salomnica" tinha por objeto um tr-plice fim: A TOLERNCIA, A FILANTROPIA e A CIVILI-ZAO, trs virtudes que nunca haviam praticado os israelitas. assim que, depois desta poca, os Essnios foram consideradoscomo homens esclarecidos no meio de um povo inculto,tolerantes entre uma massa fantica.

    Surgiram os mistrios dos Essnios durante um tempo edepois decaram com a conquista de Nabucodonosor em 604. Amorte deste rei e durante o reinado de Ciro, voltou Zoroba-bel aJerusalm, e, durante vinte anos, reconstruiu o Templo que foidestrudo por Nabucodonosor, quando conquistou Jerusalm.

    SOBRE AQUELE TEMPLO DE SALOMO E SOBRESUA CONSTRUO FOI CALGADA TODA A MAONA-RIA. ESTE TEMPLO, COMO AS PIRMIDES DO EGITO, UMA FICO ENGENHOSA, QUE INDICA OS INCRVEISESFOROS QUE SUSTENTARAM OS SBIOS E OSFILSOFOS DE TODOS OS TEMPOS PARA ELEVAR OTEMPLO DA VERDADE E PARA CULTIVAR A VERDADEQUE MORA DENTRO DO TEMPLO VIVO, QUE OHOMEM.

    18 MISTRIOS DO CRISTIANISMO O HO-MEM DEUS, afligido por doutrinas errneas que os doutoresda lei professavam, e conhecendo o abuso do poder sacerdotal edas castas privilegiadas, resolveu, com sua. Alta e DIVINASABEDORIA, substituir com novos mistrios os dos antigosEssnios, e, por isso, disse: EU NO VIM DERROGAR ALEI E SIM COMPLETA-LA.

    O ano Trinta e Cinco, ainda que por equivocao decmputo, foi assinalado como ano TRINTA, poca em que

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    JesusCristo reuniu seus discpulos e formou o seu apostolado.Sua Iniciao foi secreta. Morreu trs anos depois de haversemeado nas mentes e nos coraes do povo, divinas sementes,forma de parbolas e smbolos.

    Os sacerdotes que dirigiam os mistrios de uma maneiraarbitrria e degenerada, humilhados pela reforma do Cristo,se indignaram e amotinaram o povo, que, sem discernimento,pediu a morte do REFORMADOR.

    Trs grandes princpios rene a doutrina de' Cristo:AMAR A DEUS NICO E UNO, A LIBERDADE DO HO-MEM E AMAR UM AO OUTRO COMO FILHOS DE UMAMESMA FAMLIA.

    A INICIAO CRIST est, at o momento, secreta emisteriosa. A religio esotrica de Cristo est completamentedesconhecida e ignorada, e os chamados cristos tergiversam adoutrina, violam preceitos da tolerncia, para matar em nomedo Cristo e de sua religio. Cristianismo AMOR, TOLE-

    RNCIA e SACRIFCIO PELOS DEMAIS, e toda religio,crist ou no, que no contiver esta trilogia, deve ser lanadano fogo de GEHENNA.

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    CAPITULO III

    O PROCESSO DA CRIAO E DA MORTEDE UM SER HUMANO IGUAL CRIAO

    E O FIM DO MUNDO

    19 J se tem dito que os Egpcios e os Gregos possuamseus Mistrios, os quais eram dados aos recipiendrios poretapas e graus.

    O primeiro grau da Iniciao foi descrito no primeiroGrau do Aprendiz, desta Srie, com o ttulo "A INICIAOEGPCIA E SUA RELAO COM O HOMEM"; muitonecessrio voltar a l-lo novamente. Os gregos chamavamPASTOPHORIS an Aprendiz.

    20 O SEGUNDO GRAU Se o pastophoris , duranteum ano de estudos, houvesse dado provas de inteligncia, um jejum severo lhe era recomendado, a fim de preparar-se parareceber o GRAU DE NEOCORIS.

    Terminado o jejum, o iniciado era posto em uma cmaraescura, onde belas mulheres se apresentavam para reanim-lo erestituir suas foras, provocando-o com estmulos de amor.

    Esta prova demonstrava o poder da vontade. Ao sair

    triunfante, era examinado nas cincias do grau precedente e,depois de responder a diversas perguntas, era introduzido naassembleia.

    O Stolista (hisopista) asperge gua sobre o Iniciado, parapurific-lo, e este era obrigado a afirmar que SUA CONDUTAHAVIA SIDO PURA.

    Depois o Iniciado era submetido s provas de terror, como ade encerr-lo em um lugar cheio de animais e rpteis veneno-

    20

    sos! Se ele demonstrava valor nestas provas, era, depois, elo-giado e felicitado.

    Logo era conduzido e colocado entre duas altas colunas,que representavam o Oriente e o Ocidente! Entre estas, havia

    um emblema do Sol, com suas quatro estaes. O Neocoristomava por insgnia um basto, circundado por uma serpente,como o caduceu de Mercrio. Ento o Presidente lhe dava apalavra de Ordem, que era EVA, e lhe relatava a histria mito-lgica da runa do gnero humano. Cruzar os braos sobre opeito era sinal de reconhecimento. O novo iniciado devia lavaras colunas. Seu estudo era Arquitetura, Geometria eHigro-metria, para que conhecesse as inundaes do NILO.Estas cincias eram secretas e constituam o segundo Grau.

    21 O TERCEIRO GRAU PORTA DA MORTE:

    Aquele que progredisse nos graus anteriores, era iniciadono Terceiro grau, chamado MELANEFORIS.

    Era conduzido a uma porta, onde estava escrito PORTADA MORTE. Atrs desta porta havia um edifcio cheio demmias e tumbas figuradas, onde se encontravam osembalsa-madores (os Paraskistes e os Heris). No centro dolo cal se achava a tumba de Osiris, que por causa de seu supostoassassinato ainda mostrava vestgios de sangue. Era neste lugarde morte que se perguntava ao MELANEFORIS se havia to-mado parte no assassinato de seu Mestre. Depois de sua res postanegativa, dois TAPIXEYTES o conduziam para uma sala, onde seachavam todos os Melaneforis vestidos de preto. Na presena doRei, aproximava-se o Iniciado, sendo-lhe oferecido uma coroa deouro para que melhor vencesse os obstculos. Tertulianoassegurava que o candidato, instrudo de antemo, rechassava episoteava a coroa. Ento o Rei exclamava: Ultraje! Vingana! Etomava a arma dos sacrifcios e tocava suavemente com ela acabea do Iniciado. Os dois guias o tombavam por terra e osoutros o envolviam com as faixas- d e mmia. Durante esta cena,os assistentes gemiam ao redor do Iniciado, que era conduzidoat a porta do Santurio dos Espritos. Quando a porta se abria,ouviam-se troves, acompanhados de relmpagos. Caron obrigavao Candidato a descer ao Santurio, onde se encontr avam os juizesdas praias sombrias. Pluto

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    achava-se sentado em sua poltrona, rodeado de RADAMANTO,MINOS, ALECTON, ALESTER e ORFEU. Este tribunal terrvel,depois de perguntar ao candidato sobre as cincias e a moral, deviaconden-lo a errar nas GALERIAS SUBTERRNEAS.Livravam-no das faixas de mmia e recomendavam-lhe estas trs

    mximas:1 NO SER SANGUINRIO E NO DEIXAR DESOCORRER SEUS SEMELHANTES EM PERIGO. 2.a DARSEPULTURA AOS MORTOS. 3.a ESPERAR UMARESSURREIO!

    O Signo deste grau era um abrao particular, que expressa opoder da morte. As palavras de passe eram MONACH CARONMINI (dar passo aos dias da clera). As artes que se aprendiamneste grau eram: Desenho, Retrica e uma escrita chamadaHiero-Gramatical, para entenderem a geografia, a astronomia e ahistria do Egito.

    22 O QUARTO GRAU BATALHA DAS SOMBRAS.Temos visto que os trs primeiros graus descrevem a vida dohomem. O primeiro grau representa simbolicamente o nascimento,e o homem chamado NEFITO, quer dizer, menino (novio).

    O Segundo grau descreve a vida do ser humano, e chamadoCOMPANHEIRO; enquanto que o Terceiro Grau representa aMorte. Na Iniciao Egpcia a Morte ocupou trs grausconsecutivos; assim, tambm, na Maonaria moderna, o problemada morte estudado em vrios graus, como veremos depois. Depronto, temos que continuar construindo as bases externas de todasas religies e iniciaes externas ou exot-ricas, que nos conduzems Internas ou Esotricas.

    No quarto Grau, o candidato chamado CRISTOFORIS. O

    tempo empregado nos estudos do Grau anterior, TEMPO DACLERA, durava dezoito meses. Se o candidato progredisse, oTESMOSFORIS lhe entregava uma espada e um escudo, e ambosmarchavam por galerias obscuras. Homens armados ehorrivelmente mascarados atacavam, de sbito, o candidato eexclamavam PANIS! O candidato, sob insinuao de Tesmoforis,defendia-se com valor, mas, afinal, sucumbia, de-

    vido ao nmero de atacantes. Homens armados vedavam-lhe osolhos e colocavam-lhe uma corda no pescoo, arrastando^) at sala, onde devia receber o novo grau. Chegando a este lugar, osespectros gritavam desaforadamente e desapareciam. Ao retirar avenda, o candidato observava que na rica e majestosa sala havia

    uma reunio brilhnte. O Rei sentado ao lado do Demiurgo(Inspetor da Ordem); o ODUS (Orador); o Stolista (Hisopista); oHierostalista (Secretrio); o Zacoris (Tesoureiro) e o Camastis(Mestre de Banquete). Todos eram condecorados com aALYDEA (Condecorao Egpcia que simboliza a Verdade).

    Depois de uma alocuo do orador, para fortificar o nimodo candidato, logo tinha ele que beber um licor amargo, chamadoCice, sendo adornado com o escudo de Isis, com a capa do REI ecom o capuz de Anubis. Armado desta maneira, o candidatorecebia a ordem de cortar a cabea de um indivduo que deviaencontrar-se numa caverna, trazendo-a ao Rei! Os membros docolgio gritavam todos NIOBE ( a caverna do inimigo).Entrando o candidato com os demais membros do colgio,

    encontravam uma mulher bem caracterizada, de modo queparecia viva. O candidato pegava-a pelos cabelos e cortava-lhe acabea. Depois o candidato era instrudo de que a mulher e acabea eram de CORGO, esposa de TIFON, que havia provocadoo assassinato de OSIRIS. O nome do Iniciado era escrito no livro,onde estavam escritos os nomes de todos os juizes do pas;davam-lhe um livro que continha as leis, e uma insgniarepresentando ISIS, ensinando-o que no podia usar ou servir-sedesta insgnia, a no ser no ato de recepo; depois explicavam asalegorias do grau e recomendavam-lhe o estudo da legislao e dalinguagem AMNICA. A palavra passe era SASYCHIS (nomede um antigo Egpcio mui virtuoso).

    23 Do que havemos exposto, podemos deduzir o se-

    guinte:SALOMO (smbolo do Iniciado) Iniciado nos mis-trios egpcios e gregos, sabia que o homem o nico smbolo dacriao, da reproduo e da morte; por isso, fez construir umTemplo em Jerusalm, que contivesse as fases da religioexotrica e esotrica. A Teogonia dos Hebreus e a Filosofia

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    dos Egpcios e dos Gregos, simbolizando o homem com o princpioe o fim do curso anual do Sol, em vez de usar os mesmos nomes

    egpcios ou gregos, usou os hebreus, e, em vez de OSIRIS, foiHIRAM, muito embora ambos significam Sol, e assim,

    sucessivamente, em toda a Lenda do Grau. De modo que talamlgama de nomes e objetos tornou muito incerta e duvidosa a

    origem deste grau.A Filosofia Egpcia se resumia em dois princpios: pri-

    meiro estudava a sensao, cujos exerccios o carter distintivoda vida; e segundo, o estudo do Esprito ou Alma que percebe assensaes. Porm, como a Alma se separa do corpo e imortal,acreditavam os Egpcios que ela volvia sua fonte, que deviaser em regies superiores terra; mas, esta crena, posta aoalcance do pblico, produziu muita confuso.

    Os Iniciados compreendiam todo o mistrio da morte, porque,como foi explicado no Captulo "A INICIAO EGPCIA" noPrimeiro Grau, cada iniciado devia visitar as regies do mundo

    ASTRAL e morrer em Vida, para compreender o mistrio daMorte.Sendo o Outono um pressgio certo do solstcio do Inverno,

    um signo de morte de OSIRIS (SOL) no fim de sua carreiraanual, Osiris, Hiram e o homem tinham que morrer parareencarnar, segundo os Egpcios, e ressuscitar segundo outros.

    CAPITULO IV

    A VERDADE SIMBOLIZADA

    24 Repetimos: A Maonaria um fato da Natureza, esendo um fato da Natureza, uma repeti o diria, acontecida erealizada no prp rio homem. Suas leis so as mesma s de todareligio; tm por objetivo o descobrimento do Verdadeiro SerInterior do homem e o conhecimento de si mesmo.

    O Smbolo como a verdadeira arte: nunca deve falarsomente aos sentidos e, sim, deve excitar a imaginao; mas,por desgraa, o homem atual tem imaginao to preguiosaque no se esforou em investigar coisa alguma e contenta-seem adotar o dolo que ele criou.

    O Smbolo tem por objeto a investigao da verdade, masesta investigao ou revelao deve ser interna e subjetiva,linda que qualquer maom que possa crer o contrrio. Temosdito que os smbolos so as alegorias da Verdade, que noconvm ser totalmente divulgada para todos, porm os smbolosno so a verdade.

    O fim da Maonaria que cada homem se conhea a simesmo, e o conhecimento de si mesmo no consiste em estudar

    anatomia, se bem que a anatomia, para o consciente, umsublime motivo oara a meditao no mistrio que conduz Vondade.

    Ento j compreendemos que os smbolos, as lendas, asfbulas e as parbolas tm por objeto redescobrir a luz ocultapelo denso vu dos sentidos, e so necessrios porque constituemno torpo fsico dos ensinamentos, porm no se deve -crer que ohomem viva somente quando est no corpo fsico. A Maona-

    24 25

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    ria , conforme temos dito, o estudo das leis que regem e serepetem diariamente no mesmo Universo e no homem, segundoa mxima de Hermes: "O QUE EST EM CIMA COMO OQUE EST EMBAIXO, E O QUE EST EMBAIXO COMOO QUE EST EM CIMA".

    25 "VS SOIS DEUS" uma verdade lanada desdemilhares de anos e que escandaliza o vulgo at o momento, eai de quem se atreve a predicar a DIVINDADE DO HOMEME A HUMANIDADE DE DEUS!; portanto, necessrio simbolizar esta VERDADE e vesti-la com a roupagem da Fbulaou da Lenda. Todos os povos e religies nos tm deixadouma quantidade enorme de fbulas e lendas, porm, o quemais nos interessa, para nosso estudo, a que toca Maonaria, que a Fbula Egpcia de OSIRIS, ISIS e HRUS, e ALENDA DE HIRAM E SEU ASSASSINATO.

    26 LENDA DE ISIS E OSIRIS:Isis e Osiris eram irmos e como esposos divinos levaram adireo e regncia do Mundo. Depois de um tempo, aparece

    outro irmo, que TIFON, esprito do mal e, com sua astcia,conseguiu fazer entrar Osiris num cofre ou atade, e lanou-ono mar. Porm, sabendo Tifon que Isis iria buscar ansiosa-mente o corpo de Osiris, apanhou novamente o atade e des-pedaou o corpo de Osiris em catorze partes, repartindo- aspelo mundo. Isis comeou sua busca ansiosa e chorosa; queriareunir os pedaos do corpo de seu irmo-esposo, e tendo-osencontrado, rene-os e logo os sepulta em lugares diferentes,fazendo levantar um Templo em cada um deles.

    Do corao de Osiris nasceu Hrus, que, "despojando suame do diadema de rainha VIVA (E O FILHO DA VIVA),foi o senhor do mundo.

    27 urgente e necessrio compreender esta lenda, parapoder decifrar o mistrio do homem e o sentido oculto da lendade Hiram Abiff.

    Osiris a Palavra Primordial, a LUZ, , ENFIM, OESPIRITO. ISIS A NATUREZA. So os princpios Mas-culino e Feminino, que governaram o Mundo, at que veioTIFON, o desejo da unio de ambos princpios, ENGENDRAN-

    26

    DO A PALAVRA-HOMEM ou O VERBO QUE SE FAZCARNE E HABITA EM NS.

    28 Osiris e Isis, para o povo egpcio, representavam oSOL. e a LUA, porque acreditavam que a alma de Osiris habitava o Sol e a de Isis, a Lua. Este foi o corpo exterior da Religio externa dos Egpcios e sua filosofia vulgar baseada nassensaes fsicas. Mas aquele que sabe levantar o vu encontrao SOL da verdade brilhando como nunca. Sem embargo, oque mais aflige encontrar maoiis historiadores que creme escrevem que o Egito era idlatra, porque adoravam, em seus templos, o Boi pis, o co Anbis, a cegonha, etc...

    29 Se os maons e as religies perguntam: "Por queadoram os Egpcios os animais? Ns outros podemos tambmperguntar: Por que os cristos adoram, em seus templos, o cor deiro e a pomba?

    A palavra muda da Esfinge, que ningum ouviu, ainda

    "BUSCA de DEUS NO ANIMAL".Quis- a humanidade fugir bem longe da animalidade doEgito, com Israel, at o deserto da "Razo Pura" e segue hojeerrando com Israel. No so os Querubins de Ezequiel senoos pis dos egpcios, ante o trono do Senhor?

    Temos esquecido as quatro bestas do Apocalipse que "nemde dia, nem de noite conhecem repouso, proclamando a glriado Senhor".

    Ao esquecer Deus no Animal, esquecemos o mesmo Deus.A alegria celeste da terra brilha sempre no animal, enquantoque no homem est morta.

    30 Nunca os Egpcios adoraram os animais, como tam

    pouco os cristos adoraram o cordeiro e a pomba. O animal um dos tantos smbolos que serviram ao homem qe busca o Incomensurvel para confundir-se com o Criador, que no co-ahece beleza ou fealdade, seno que somente a divina alegriade criar.

    O escaravelho faz rodar sobre a terra sua bolinha de ester-00,como o sol roda no cu sua grande bola de fogo, e eis aqui 0humilde inseto convertido em animal sagrado, deus sol, RA.

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    O Ibis, de compridas patas, percorre os pntanos do Nilo,como se medisse a terra, e eis que Ibis o Deus da medida eda sabedoria, Thoth, o Hermes Trismegisto.

    Quando o homem vai pelo deserto, o chacal gosta de se-gui-lo e, depois de deix-lo para trs, a detm-se, volve acabea at o viajante, o espera, e reinicia sua carreira, comoque o guiasse atravs do deserto, reino da solido e da morte. Eeis aqui o chacal trocado no deus Anbis, guia dos mortos, "oque abre os caminhos eternos".

    Depois da inundao, as criaturas parecem nascer no lodomido e clido do Nilo; a metade do corpo j est formada e aoutra metade, por acabar ainda. Assim o NUN, matria originalou primria, d nascimento aos oito grandes deuses de Her-mpolis,seres misteriosos com cabeas de serpente e de r, que se arrastamna lama antiga, como abortos animais e divinos do caos! O quequer dizer esta lenda? o mistrio supremo da natureza,mistrio da vida ou da morte, mistrio do esper-matozide gerador. o mistrio do que denominamos "O PROCESSO CRIADOR".

    Uma multido de rzinhas verdes aparecem subitamente nosdesertos mais secos da frica Central, depois dos aguaceirostormentosos da primavera, enchendo os charcos de um coaxaragudo. Os indgenas supem que estas rs, MATLO, MATLO,caem das nuvens, porque efetivamente dormem durante o secoinverno escondidas cm buracos profundos, e quando comeam aschuvas, saem do seu esconderijo, surgem das tumbas,ressuscitam. E eis aqui a grande deusa Hecket, ou a enorme Rverde, no santurio de Denderah, no altar dos deuses, a parteiraque ajuda o segundo nascimento de Osiris, que suaressurreio.

    31 Dos primeiros sculos do Cristianismo no Egito noschegou uma lmpada da igreja em forma de r, com esta divisa"Ego heimi Anstasis", "Eu Sou a Ressurreio".

    Em verdade devemos dizer que os egpcios estavam maisprximos do Senhor do que ns; aqueles homens simples notemeram comparar com uma humilde criatura quele que veiopara salvar todas as criaturas.

    Na maravilhosa escultura de Saquara, Isis-Hathor aparecedebaixo de um desenho de uma bezerra de rosto maternal,irradia nte de bondade divina. O rosto do Fara Pasamti co,

    que aparece entre as patas dianteiras da deusa, esse rosto tohumano, to fino, era, no entanto, mais grosseiro e mais animal.

    No a mesma face bovina que, inclinando-se sobre oprespio de Belm, ao lado do rosto da me Purssima, sopra

    sobre o Menino o calor, que se mescla com o divino alento?.. .32 A noite o smbolo da terra subterrnea e do seio

    materno resulta apropriada para quem quer interrogar a tumba."Vo convert ido em grande gavio. .. Elevo- me. .. Chego, esou admi tido entre os que so de essncia div ina. Ei s aquio smbolo do Gavio.

    33 A FLOR DE LTUS, que vive nas lagunas doEgito, nasce debaixo da gua e, por seu prprio esforo , saipara a superfci e e abre seu corao luz do Sol. Eis aqui oadepto debaixo da forma desta flor, significando que sua almaou Eu, que, tendo conquistado a paz ditosa e recebido o Podere o Saber, flutua e recebe o dom da intuio, que o faz UNOCOM O PAI.

    Eis AQUI ONDE O CU SE UNE TERRA.

    O Maom deve saber interpretar todos os mistrios dosimbolismo.

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    CAPITULO V

    CONCEITOS PRELIMINARES SOBRE OQUINTO GRAU DE MESTRE PERFEITO

    34 SEGUE A LENDA:

    Antes de seguir adiante, devemos compreender o seguinte:SALOMO a Subconscincia; HIRAM II de TIRO a

    Conscincia e HIRAM ABIFF a SUPERCONSCINCIA.

    Quando sentirmos e compreendermos esta trindade no homem,poderemos, depois, interpretar todos os mistrios da Lenda.(Reler o Captulo I, LENDA DO GRAU DE MESTRE).

    Ento, dentro deste Templo-Corpo, Salomo, a mente Sub-consciente, encontrou o cadver de HIRAM ABIFF (Percebeu amorte o seu adormecimento da SUPERCONSCINCIA noHomem). Ordenou a seu inspetor ADONIRAM (ADNIS EHIRAM, DOIS EXCELSOS SERES SIMBLICOS, QUE FO-RAM MORTOS: O PRIMEIRO POR UM JAVALI CRUELE O SEGUNDO, PELOS TRS VCIOS, ALIMENTADOSPELOS DESEJOS INFERIORES) como dizamos orde-nou a ADONIRAM que preparasse os funerais do Mestre comtoda a pompa e magnificncia devidas memria de to nobre

    arquiteto, fazendo assistir ao ato todos os irmos, decoradoscom aventais brancos, recomendando, ademais, que deveria per-manecer a mancha de sangue at que obtivessem vingana deto horrvel assassinato. (O verdadeiro maom compreende esente o que significa aquela mancha de sangue, que no se develimpar ou que no se pode apagar; simboliza o pecado original,de que temos falado vrias vezes em nossos trabalhos anteriores:

    30

    Quando o baixo desejo triunfa sobre a razo O sol Espiritualo EU SOU retira-se para o mais fundo do ser e deixa de

    manifestar sua luz, e o homem se volve escravo de suaspaixes animais. A vingana consiste em matar o animal emsi mesmo, e assim, vinga-se a morte ou o ocultamente do SolInterno Espiritual).

    35 ADONIRAM traou o plano de um monumento demrmore branco e negro, que devia ser construdo dentro decurto espao de nove dias. (Este monumento o mesmo corpohumano, que formado durante os nove meses).

    36 O corao de Hiram Abiff foi embalsamado ecolocado numa urna, que se exps vista pblica, no terceirosalo do SANCTO SANCTORUM, durante os nove dias ocupados na construo do monumento (O verdadeiro ser doHomem o EU SOU O SOL, A RESSURREIO E A VIDA,nunca morre, porque no teve princpio, ETERNO. Estcolocado no CENTRO DO TRINGULO DO SANTO DOSSANTOS, no homem, simbolizado pelo Corao, como temos explicado antes). Este monumento foi erigido na porta do

    OCIDENTE, um pouco ao Norte (Quer dizer que o coraoest ao ocidente do corpo um pouco esquerda ou ao norte nocorpo do homem), para assinalar o stio em que foi, primeiramente, enterrado o Mestre HIRAM ABIFF ou O SOL ESPIRITUAL.

    Quando se terminou o obelisco, colocou-se a urna sobre opedestal (isto , o corao sobre o altar), e o corpo de Hifamfoi sepultado no centro do subterrneo (MATRIZ) debaixo doTEMPLO, com as honras devidas memria do GrandeHomem.

    37 No obelisco existia uma pedra triangular, na qualestava guardada a Letra J. Logo Salomo se apoderou detodas as medalhas repartidas entre os mestres, quando a pa

    lavra foi trocada). Quando o homem renasce, encarna um corpoque simboliza o obelisco; a pedra triangular representa os trsaspectos ou trindade do homem: Esprito, Alma e Corpo. Aletra J o Yod, o nmero 10, pai de todos os nmeros.

    38 Conta a lenda que trs dias depois da cerimnia Salomo foi ao Templo com toda sua corte, e tendo examinado

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    cuidadosamente o que mandara construir, exclamou, em trans-porte de alegria: "ESTA PERFEITO". Esta lenda assemelha-semuito com o que relata a Bblia: "E DEUS VIU QUE TUDOERA BOM".

    39 _ Os Autores da Histria da Instituio atribuem spalavras: "Est perfeito" o ttulo do Grau, de Mestre Perfeito.Mas no devemos compartilhar desta ideia, porque esta deno-minao de MESTRE PERFEITO expressa os extensos conhe-cimentos internos e externos que o discpulo deve possuir parapoder decifrar os mistrios da Criao.

    CAPITULO VI

    DECORAO DO CAPTULO E INICIAO

    32

    40 Tem alfaias verdes, emblema da ressurreio, davegetao e da esperana. Tem quatro colunas brancas em cadaum dos ngulos, constituindo um total de dezesseis, dispostasde modo que todas rodeiam a Cmara; e esta adquire a forma deum crculo. (Essas dezesseis colunas significam o quadrado,

    o smbolo do corpo do homem).No Centro do Captulo se acha um monumento sepulcral,que, figurando ser de mrmore branco e negro, contm umaurna em que se acha (simbolicamente) depositado o corao deHiram, monumento terminado por uma comprida pirmide,formando um obelisco no seu todo. Rodeando a base do mesmo,encontram-se no pavimento trs pedras irregulares. (Omonumento sepulcral o corpo fsico, que tem dois plos: po-sitivo e negativo, simbolizado pelas coras branca e negra. Aurna o receptculo que contm o corao, onde mora o tomoSemente, ou o tomo NOUS, a miniatura do homem perfeito. OObelismo ou Pirmide significa o Septenrio ou a TrindadeSuperior, que domina os quatro elementos da Matria. O Trin-gulo o caminho da Verdade. Quando trs homens com inte-

    ligncia e boa f, buscam a verdade, Esprito de Deus estcom eles, isto , exteriorizam SABER, PODER e AMOR. Aspedras irregulares e toscas simbolizam as dificuldades docami-tlho da perfeio.

    41 Tem ainda este grau, como smbolo, trs crculosConcntricos, e ao centro, um cubo com a letra J em sua face(nterio r (Os trs crcul os represen tam: DEUS, o Universo e0 homem, demonstrando, tambm, simbolicamente, a UNIDA-

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    DE contendo a dualidade e a trindade, isto , TUDO EST NOTODO). Est, portanto, explicado o significado do Cubo e daLetra J.

    Em cada coluna, das dezesseis, existe um rtulo com o

    nome das qualidades que deve conquistar e adquirir o MestrePerfeito, que so as seguintes: FORA, ROBUSTEZ, VIGOR,ENERGIA, AGILIDADE, VERACIDADE, ATIVIDADE,PULCRITUDE, LIMPEZA, DELICADEZA, DECNCIA, ELE-GNCIA, GRAA, BELEZA, SIMPATIA, DIGNIDADE.Estas qualidades esto manifestadas pelas sessenta e quatro luzesque elevam as dezesseis colunas, com quatro luzes em cadacoluna, ou seja, uma luz em cada ngulo.

    42 Sobre a tumba de Hiram Abiff esto .as letrasM.A.B. (as quais si gnificam, segundo a mag ia do Verbo: AETERNID ADE DO ESPRIT O INTERNO ou a eterna evoluo da matria, por meio do Esprito Interno). O Compassoest aberto em 60 graus sobre o Esquadro, smbolo que representa o conhecimento instintivo da transcendncia dos atos.Os 60 graus so a diviso do crculo em seis, e nesta altura, ohomem se encontra entre duas foras ingentes: a necessidadee a liberdade, o vcio e a virtude. A tumba se acha entre duascolunas; isto , entre a coluna do positivo e a do negativo seacha o homem, em cujo centro se encontra a urna de ouroque contm a CHISPA DIVINA. Estas colunas equivalem aoduplo tringulo enlaado e com um TAU no centro. (O TAUsimboliza o princpio do poder Absoluto e plasmante. averdadeira cruz; mas no 6a cruz vulgar, triste e dolorosa, geralmente imaginada pela maioria das pessoas, e sim, o signoda evol uo, da vida, do pode r e da glri a. O HOMEMDEUS COM O MISTRIO DA VIDA.

    43

    A INICIAOO Recipiendrio despojado de todas suas insgnias, e

    com uma faixa verde atada ao pescoo, conduzido ao Templopelo Experto. (O homem volve vida, ao encarnar-se. A razo oua experincia acumulada vem ao seu encontro, ao voltardespojado de seus conhecimentos anteriores, aqui simbolizadospelas insgnias). Ao encontrar-se com o Mestre de Cerimnias,i|iu- llu: toca com a ponta da espada no peito, o Recipiendrio

    fica impedido de avanar, enquanto no aceita o .compromissode no revelar nada, se a exaltao lhe for denegada. ( outrosmbolo da Iniciao Interna, que demonstra que nenhum dis-cpulo pode adiantar no caminho da iniciao se no guardarsigilo completo). Depois de se encarnar, olvida-se, e tudo fica em

    segredo.

    44 Quatro so as viagens ao redor da tumba de Hiram.(Isto quer dizer que cada Iniciado deve esfora r-se para dominar os quatro mundos inferiores, existentes dentro de si,para poder entrar no mundo Superior, em seu mundo interno,onde pode unir-se com seu Intimo). Ao final de cada viagem,cada vez que passa diante do altar do douto Mestre, deve fazerum sinal: primeiro o de Aprendiz; segundo o de Companheiro; terceiro o de Mestre; e quarto o de Mestre Secreto.

    45 Cabe examina r aqui a histri a deste grau. A Bblia no menciona em nenhuma parte a morte e o assassinatode Hiram Abiff. Se vamos crer que Salomo introduziu esta

    lenda no povo hebreu, devemos tambm assegurar que o assassinato nunca se deu em seu tempo, como relata a histria doprimeiro grau. A Bblia d detalhad o relato sobre a constru odo Templo, porm nada menciona do horripilante crime.

    A suposta morte de Hiram foi extrada do Egito, e aalegoria da morte de Osiris, que Salomo, suposto autor destegrau, extraiu dos Mistrios de Elusis. Salomo no teve partenem arte neste grau. Isto asseguramos, at que outra provamais fidedigna nos convena do contrrio. Assim, afirmamos: OQUINTO GRAU A CONTINUAO NATURAL E SU-CESSIVA DA EVOLUO INTERNA, OU INICIAOINTERNA, E NO A LENDA DE UM ASSASSINATO.

    46 INTERROGATRIOTerminadas as viagens, procede-se ao interrogatrio, que

    deve versar sobre o conceito da morte e o destino do homemsobre a terra. Dedicamos um Captulo parte sobre este tema.Logo, o douto Mestre completa as instrues sobre os temasanteriores e explica ao Recipiendrio o significado do monu-mento erigido memria de Hiram, dando-lhe a conhecer ahistria do Grau. Depois desta instruo, o Recip iendrio

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    fora divina pela cabea de homem, que dirige as trs forasanimais.

    50 O touro a natureza linftica, a sangunea o leo,a nervosa a guia e a vontade simbolizada pelo homem.

    51 Os quatro evangelistas foram representados pelosquatro animais da esfinge; Mateus pelo touro; Marcos pelo leo;Lucas pelo homem e Joo pela guia. Cada evangelho estadaptado a um temperamento humano.

    52 O ser humano est formado de trs centros orgnicos; a cabea, o peito e o ventre. cabea pertence foranervosa, o sangue ao peito, e a linfa ao ventre; estas trs forasse interpenetram, se mesclam e trabalham simultaneamente.

    O homem regido por trs foras chamadas: subconsciente,consciente e super-conscincia. A primeira a vida orgnica dohomem, que atua estando ele adormecido ou desperto. Asegunda obra durante a viglia. A terceira a super-conscincia

    o estado espiritual do homem.

    O subconsciente aquele estado de vida que nos ata atodo o sistema sol ar e chamado o corpo astral; a alma de quefalam a Bblia e as religies, pela qual podemos nos comunicarcom o mundo interno. Isto nos d a chave dos fenmenostelepticos.

    O subconsciente ou o instinto se forma no astral e nelevive e serve de ponte de ligao entr e o corpo e o Esprito. OAstral o mundo, dos pressentimentos, do instinto, dos desejos ,das batalhas ou do leo da Esfinge.

    53 O corpo fsico, o corpo astral da alma, e o espritoformam o homem. Em snscrito se denominam Rua, que significa roupa, forma, aparncia ou vestido; Jjva (Eva) vida, vitalidade; e Atma, esprito ou alma de Deus. encarnada em ns.

    O alfabeto snscrito representa os trs mundos: o fsico estrepresentado pelas letras, o astral, pelas barras, e o divino,pelos acentos que se intercalam algumas vezes.

    54 Os escritos de um povo indicam sempre o sentidoda marcha da sua civilizao. Os semitas escrevem da direitapara a esquerda, o que demonstra qu e sua filosofia e cinciaforam adquiridas do Sul. Os hindus escrevem, como os latinos,

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    ia esquerda para a direita. Os descendentes dos lemurianos, ou oschineses, escrevem desde o cu terra, ou do este ao oeste. Osatlantes, verme lhos e os negros, escrevem da terra ao cu, ou doocidente para o oriente.

    O homem se alimenta usando trs espcies de alimentos: oprimeiro, so os alimentos slidos e os lquidos absorvidos peloestmago. O segundo o ar que respira, que o alimento daalma no corpo astral. O terceiro so os pensamentos do corpomental. Estas trs categorias de alimento tm uma importnciacapital para nossa evoluo.

    55 Nenhuma classe de comida, usada parcamente, impede o desenvolvimento espiritual. Deixemos aos Mestres deEscolas que filosofem sua maneira com respeito carne."Nada do que entra pela boca macu la o home m. O que saipor ela, sim". Sem embargo, o iniciado sabe o que mais convmao seu corpo e evita, durante uma poca do ano, o comer carnee outros manjares pesados. Sabe jejuar e abster-se.

    56 H certas pessoas que afirmam que um crimealimentar-se de carne de animal, e outras alegam que o regimevegetariano absoluto expe a graves perturbaes fisiolgicas.Por outra parte, o muito evoluido So Paulo recomenda: "Nodestruas por causa da comida a obra de Deus. verdade quetudo limpo, mas mal vai para o homem que come com escndalo" (Rom. 14:20). Enfim, o regime misto o melhor.

    51 J se tem dito que o homem composto de trselementos principais: o corpo material proven iente da terra; oastral da alma, formado pela Natureza; e o Esprito (queequivocadamente chamado alma) de origem divina ou espi-ritual. A unio destes trs princpios produz todos os elementose faculdades do homem.

    58 O corpo fsico est animado pela alma (Anima),ou subconsciente. O esprito o Raio Divino, que se manifestapelo consciente. Durante o sono, o Consciente cessa de funcionar, aparentemente; o animal ou fsico continua seu funcionamento.

    59 Ao redor do problema do corpo astral houve muitasdiscusses que no nos interessam. O astral simplesment eo que anima e move o homem, sem intermdio do consciente.

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    O centro de sua ao a cavidade torxica e suas reservascirculam nos nervos do grande simptico. Este corpo astral daalma duplo: uma seo dirige-se at o Esprito e a outra at amatria. De maneira que o carter do corpo astral da alma duplo e este carter no reside no organismo, ainda que sirva ao

    esprito e ao corpo. Ao corpo fsico lhe d vida e ao esprito lhepermite comunicar-se com o mundo exterior.

    60 No sono ou desvanecimento interrompem-se as relaes do esprit o com o corpo. O astral prov a fora nervosaimprescindve l para a ao do esprito sobre a matria. O corpoastral transforma uma parte do sangue em fluido nervoso, quecircula nos pendnculo s do cerebelo. Durante a viglia, estafora ou fluido passa do cerebelo ao crebro por um pednculocerebeloso superior. O resto desbordante ou excessivo dofluido se dirige pelo pednculo inferior, at a espinha dorsale gnglios simpticos.

    61 No homem existe um princpio inteligente, que preside a confeco e a renovao de todos os rgos cada seteanos. Esta inteligncia est dentro do homem e fora dele. ela que faz marchar e mover todos os astros e estrelas do universo. De maneira que o princpio orgnico do homem nadamais do que uma simples clula do Universo; por conseguinte,segue ele as mesmas leis que regem a todos os habitantes domundo. Estas leis esto sob uma direo intelig ente que podemos chamar: Inteligncia da Natureza.

    62 Esta fora Inteligncia dirige a evoluo detodos os seres (do mundo e do homem), na sua funo orgnica. O homem que se cr isolado do mundo, ou que se imagina que independente desta fora, , nem mais nem menos,um glbulo vermelho do sangue que se cresse independente do

    organismo. Todo movimento no cu, por menor que seja, fazmover todo o univer so. A oposio dos astros repercute emnossa vida orgnica, ainda que ns o no percebamos, porqueestamos ligados e unidos aos diversos mundos que nos rodeiam. terra estamos ligados pelos ps e atmosfera pelos pulmes.

    63 No homem circula uma fora fludica e existem muitas maneiras de registr-la, e uma delas a seguinte: fix ar umaagulha em um pedao de cortia e colocar uma tira de papel

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    sobre a agulha. Este simples e sensvel aparelho pode registrarnosso fluido magntico, pois, acercando-se a mo direita ouesquerda, nos faz constatar a existncia desta fora que, con-tinuamente, est entrando e saindo de ns.

    64 Muito se tem falado do-Darwinismo e da evoluodo animal e do homem, e at hoje continuam buscando o eloperdido entre o homem e o animal. Do ponto de vista orgnico,existe um elo que une o homem ao animal, o animal ao vegetale o vegetal ao mineral, muito embora a cincia oficial no saibaat agora como se efetuam estas diversas transformaes progressiva s dos corpos viventes. Ns afirmamo s que a passage mde uma forma material a outra se faz no Astral.

    Quando morre um cachorro, este no desaparece, porque nadase perde no mundo; ele se transforma ou penetra no astralpara formar o comeo do futuro corpo astral de um mono; demaneira que o sbio positivista, que v os dois corpos fsicos deum cachoro e de um macaco, nota a ntima correlao queexiste entre eles, porm, nunca pode perceber o plano em que

    foi realizada esta metamorfose sucessiva.65 Quando diz a Escritura: "Receber os pecados dos

    pais sobre os filhos, at a terceira ou quarta gerao", ensina-nos simplesmente que ns construmos nosso corpo fsico atualpor meio do corpo astral que tivemos na vida anterior. Aqueleque vive embriagado em uma vida, nutre o seu coroo astralcom lcool, e em consequncia, os maus elementos da bebidaproduzem, na vida pstuma, efeitos mui dolorosos e por issoo corpo fsico da nova encarnao ser defeituoso, raqutico ecom um crebro degenerado. A me, neste caso, no maisdo que um receptculo de matria e de fora. Assim, colhemoso que semeamos e renascemos depois de um tempo de nossamorte, no corpo dos descendentes da segunda ou terceira

    gerao.66 Estamos feitos imagem de Deus; porm, ns no

    temos devolvido os talentos que recebemos. Isto nos explicao smbolo dos tringulos. Deus est representado pelo tringulo da luz, cujo vrtice est ao alto, enquanto que o homemest representado pelo outro tringulo com o vrtice para baixo.O homem como vidro sensibilizado do fotgrafo, que reflete

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    a imagem inversa, mas, uma vez desenvolvido pelo clich negativo, converte-se em positivo.

    Assim, no homem se encontram as seguintes partes: 1. " aideia a ser realizada; 2." um intermedirio; e 3.a a realizao a

    chave dos trs planos da Natureza: o mundo divino ou deidias-tipos; o mundo astral ou clich negativo e o mundoelemental ou das formas fsicas. E assim resulta que tudo o quevibra no mundo divino ou no plano fsico tem seu reflexo noastral. Neste mundo astral se reproduzem milhares deexemplares de tudo o que nele se grava, tal qual sucede com aplaca fotogrfica. Todos os desejos do homem so guardadoscomo sementes latentes, nesse mundo, e brotaro no futurocorpo fsico, nascido na famlia, pas e continente, que melhorrespondam ao seu grau de evoluo.

    67 Temos, no nosso sistema solar, mais de 20.000planetas, nos quais se pode reencarnar um homem; mas ofluido astral tem s sete diferentes aspecto s, segundo os sete

    planetas reitores, que so planos ou modalidades da forauniversal.

    68 Durante as nove luas, a encarna o da alma seprocessa da seguinte maneira: no primeiro ms, Saturno prepara os tomos dos ossos e a parte material; no segundo, Jpiter d o que constitu i a parte lquida do organis mo; noterceiro, Marte d o sangue. Quando os humores e a carneesto formados, a primeira inteligncia individual comea avigiar sua vestimenta. O Sol atua no quarto ms e, assim, asformas do ser se caracter izam. Os rgos genitais se modelame os olhos aparecem, em vez de um s co na metade da frente.Este aperfeioamento se deve a Vnus no quinto ms. Logo,Mercrio prepara a linfa e a fora nervosa, no sexto ms devida do embrio. No stimo ms a Lua completa a obra, eento, acriana pode nascer, mas ser dbil; para que isso noacontea, rintervm novamente Saturno, Jpiter e outras foraspara completar o ciclo da evoluo do feto humano, no cursoda reencarnao do esprito.

    69 Uma vez individualizado o ser humano no seu corpofsico, sua alma est sempre em relao com o mundo dosastros, donde foi tomada. Esta alma pode dilatar-se e sair r

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    homem, para receber influncias de duas espcies: ou as in-fluncias superiores, como o amor divino, que a parte lumi-nosa da alma ou o astral, que trata sempre de elevar-se; ou asinfluncias inferiores, como as paixes desenfreadas e o dio,que materializam o corpo astral para exteriorizar-se e condensa r-se

    e pr o homem em relao com a natureza material.70 Desta maneira a alma se manifesta em trs planos:

    no fsico, pela respirao; no astral, que o seu mundo, pelomagnetismo; e no plano espiritual, pela circulao dos clichsastrais. Tudo o que pensamos e executamos no fsico se gravar no corpo do mundo astral. Este o arquivo da Natureza.O olho que pode registrar este arquivo est no cruzamento docrebro ao cerebelo.

    71 O homem tentado pelo corpo ou mundo fsico e,ao mesmo tempo, pelo corpo ou mundo astral. Pensar emroubar algo a algum uma imagem astral (que outros chamammundo dos desejos); mas o divino ou a conscincia sempreinterv m e ordena: no roubar s. O clich ou

    aimagem se

    debilita, porm no to talmente borrada. Volta ao pensamento trs ou mais vezes, e se no resisti mos tenta o, aimagem se fixa no corpo astral e permanece como uma parteintegrante da aura magntica. Esta imagem vista pelo olhoclarividente ou proftico.

    72 O astral, se projeta segundo o poder da vontade.Alguns seres projetam o seu corpo astral sobre os seres queridos ou enfermos. Muitos, tambm, na hora da morte, pro jetam sua imagem a alguns seres conhecidos, e estes podemperceb-la, seja na viglia ou em sono.

    73 H certos ingnuos que crem que o desdobramento todo o segredo do Ocultismo; pois diremos a estes amigos

    que isto no mais do que uma ginstica perigosa, qu e a nadaconduz; ao contrrio, pode acarretar a enfermidade e a loucura.Ns somos os criadores dos demnios, por meio de nossos pensamento s e obras, mas todo indivduo , aqui como alm, estprotegido por seres invisveis e somente os nossos bons desejosso os que influem nos dois estados ou planos de vibraosobre os demais. De maneira que, para ajudar, no necessrioo desdobramento.

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    74 Temos que ampliar o estudo do plano astral, parafamiliarizar-nos com o mundo invisvel da Natureza e com osseres invisveis, com os quais temos relao sem dar-nos conta.

    15 A parte visvel do homem nos manifesta a parteinvisvel, porque na Natureza existe uma parte invisvel emtodas as coisas, que caem debaix o do domnio dos nossos sentidos.

    76 Assim como no corpo do homem circulam, invisi-velmente, fluidos e clulas, fatores incessantes do organismo,tambm na natureza invisvel circulam foras e seres, fatoresincessantes do plano fsico.

    77 O corpo astral o modelador e conservador dasformas orgnicas. De maneira que o corpo fsico o resultado de princpios invisveis aos nossos sentidos fsicos.

    78 A parte invisvel do homem se compe de d oisgrandes princ pios: o corpo astral ou ser psquico por umaparte, e o Esprito consciente por outra.

    79 indispensvel conhecer o plano ou mundo astral,para poder compreender as teorias do ocultismo e para poder

    explicar todos os fenmenos estranhos que se produzem.80 Para poder dar uma explicao clara do assunto,

    temos que empregar certas comparaes, que nos ponham nocaminho de uma definio compreensvel. Aqui temos, porexemplo, um fotgrafo com sua mquina ante um formosopanorama . O fotgrafo focaliza a lente e toma a paisagem cujafigura se reflete e se estampa na pelcula negativa sensibilizada.Uma vez lavada e de senvolvi da, mostra -nos algo semelhant ecom o plano astral: o negro branco e o branco negro. Assim como v o vidente o corpo astral. Quando se estampa oclich negativo sobre o papel sensibilizado, temos uma figurapositi va, vista do plano astral, e assim como somos vistospelo vidente deste plano.

    81 Agora bem, pode morrer o artista e quebrar-se amquina, mas suficiente um s negativo do panorama originalpara reproduzir milhares de figuras positivas idnticas umass outras, pela ao deste negativo sobre a matria . Em re-

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    sumo: cada forma orgnica ou inorgnica que se manifesta aosnossos sentidos, uma fotografia de uma ideia de um artistacriador que vem de um plano superior, tambm chamado plano decriao, porque ali se acham ideias e princpios primordiais;da mesma maneira sucede no crebro do fotgrafo que preparoutudo para tomar a fotografia no negativo e logo reproduzi-la em

    positivo.82 Tambm, entre o plano superior, comparado com a

    mente do fotgrafo, e o mundo fsico, que o panorama,existe um plano intermediri o disposto a receber ordens domundo superior e realiz-las atuando sobre a matria. Damesma forma, o fotgrafo, ao receber a impresso do panoramaem sua mquina, trata de conserv-lo e fix-lo na matria.Este plano intermedirio, se chama em ocultismo, o mundo ouplano astral.

    83 Devemos esclarecer que o plano astral e todos osmundos invisveis esto submergidos tanto na Natureza comono homem, e que cada erva tem seu plano astral, e at seu

    plano divino. Porm,- para analizar as coisas temos que figurare imaginar a separao destes mundos conexos. Por tal motivo,temos chamado a qualidade do astral como o "Plano Intermedirio", mas isto no tudo. O plano astral tem uma segundapropriedade, que a criao das formas.

    84 A ideia do homem se assemelha Mente Divina:cria em princpio o que pode ser ou manifestar-se "em negativo" no plano astral. Quer dizer que tudo o que luminoso,em princpio, se volve obscuro; e, reciprocamente, tudo o que obscuro se volve luminoso. No esta a imagem exata doprincpio o que se manifesta fisicamente; molde da imagem.Uma vez obtido o molde, a criao astral est terminada.

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    a ocasio em que a criao comea no planofsico ou mundo visvel. A forma astral se agita sobre a matria e d nascimento forma fsica ("e a terra se achava vaziae o Esprito de Deus flutuava sobre as guas" diz a Bblia),isto , o clich negativo dava nascimento s fotografias . Assimo Astral tem que dar figuras exatas do mesmo molde e seguirassim at que o molde ou o negativo se modifique. Para mo-

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    dificar a forma, necessrio ter novo "negativo". Deus, comsua lei, pode faz-lo imediatamente, e o homem mediatamente.

    86 Os agentes do magnetismo ou fluidos criadores doastral so dois: os dementais e os elementares.

    87 Em nossa comparao precedente, o negativo e

    todos os seus componentes que recebem a figura, representamos agentes dos quais temos falado.Toda manifestao visvel a realizao de uma ideia

    invisvel. Porque na Natureza existe uma hierarquia de serespsquicos, que se assemelha que se encontra no homem,desde a clula ssea at a nervosa, a qual est composta deelementos vivos, inteligentes e diversos.

    88 Estes seres psquicos que habitam na r egio dasforas fsico-qumicas, so chamados dementais ou esprito doselementos. So anlogos aos glbulos sanguneos e, sobretudo,aos leuccitos do homem. So os dementais que se movem nascapas inferiore s do plan o astra l, em relao imediata com ocorpo fsico.

    Estes dementais obedecem vontade boa ou m que osdirige. Eles so irresponsveis de seus atos, ainda que tenhaminteligncia prpria. Porfrio (sculo III) disse: "Levantarei,talvez, contra mim o povo, se digo que existem criaturas nosquatro elemento s, que, no so nem animais puros, nem homens,ainda que aqueles tenham 'forma e raciocnio sem terem almaconsciente". Tambm, Paracelso disse o mesmo.

    89 Em nosso mundo fsico tambm temos certos animais que atuam igualmente como os dementa is. O co, porexemplo, pode, por insinuao de seu dono, atacar o ladroou o homem honesto. Em qualquer dos casos, o co no temnenhuma responsabil idade por sua ao, pois apenas se co ntenta em obedecer a seu dono, que o nico responsvel. Tal

    o papel dos dementais no Astral.Porm, os dementais obedecem, por carinho ou por medo, aohomem, tal como obedece o soldado ao seu general; somente pode mresistir vontade do nigromante. Por isso, temos os xorcismospara domin-los e as oraes para atra-los. O Mago e o sacerdote,pelas evocaes, acumulam o magnetismo uni-

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    versai, no qual pululam os dementais, chamados anjos pelasreligies, para o bem dos fiis e do mundo.

    , 90 Alm dos dementa is, no mundo astral existemoutros seres que so chamados Inteligncias Diretoras, Anjosda Guarda, Protetores Invisveis, etc.. . e que so espritos dehomens que tiveram uma evoluo mui notvel.

    H, ainda mais. No plano astral se acham outras entidadesdotadas de conscincia e so uma categoria de homens emulheres mortos recentemente, e cujas almas no completaramtoda a evoluo. Estas entidades correspondem ao que osespiritistas chamam esprito, e os ocultistas "Elementares".

    O que se chama imagem astral no mais do que o clichnegativo do qual temos falado anteriormente.

    O plano astral como um espelho do mundo divino, quereproduz em negativo as ideias primrias, origem das formas eforas fsicas futuras.

    Antes de irmos adiante, j tempo de lanar a grande ve rdade,desconhecida de muitos, que a seguinte:

    O mundo astral ou de desejos o mundo da alma ecorpo astral o corpo da alma.

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    CAPITULO VIII

    O CORPO DE DESEJOS OU ASTRAL

    91 O homem possui alguns corpos mais que o fsico.Agora vamos tratar imediatamente do segundo corpo, chamado Astral, ou Psquico, ou corpo de desejos da ALMA.

    92 O Corpo Astral se une com o fsico por meio desuas diversa s corrent es, no plexo solar. O corpo de desejosemana suas correntes do Sacro, onde se labora o fluido seminal,buscado e ansiado pelas entidades astrais que querem se ma

    nifestar no mdium.

    93 Por meio do fludo seminal, o aspirante pode pro- jetar seu corpo de desejos e materializ- lo a curta distncia.

    94 O corpo astral da alma brilha como os astros. Ostomos aspirados vitalizam o smen, cujos tomos vo passandoao corpo astral, que se torna mais brilhante, segundo a purezados pensamentos que acompanharam a aspirao.

    95 O corpo astral o arqui vo do passado, no qualvemos escritos nossos erros e baixas paixes, que se convertemna causa de nossas perturbaes mentais.

    96 A parte desenvolvida do mundo astral ou da almatem grande influncia sobre a mente.

    97 Muitos falam, sem saber o que dizem, de viagensastrais; eles nunca viajaram, pois, seno haveriam compreendido que o corpo astral no pode distanciar-se muito do corpofsico. Os pretendidos espritos do mundo astral se apoderam

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    do corpo de desejos do mdium para assombrar aos homens desua inteligncia, que muito curta , quando esto mais alm donosso mundo. Eles vampirizam e degradam nossa vitalidade.As almas avanadas no se detm neste mundo de desejos, noque no se v mais que seres do nvel inferior. Estas almas, queno querem trabalhar nem ajudar os demais, converteram-se empredicadores de moral e tratam de enganar os que esto em vida,adotando uma elevada posio moral e hierrquica, tomando,por exemplo, o nome de Jesus o Nazareno, e da Virgem Mariapara os cristos; e o de Moiss e Salomo para os jud eus, etc. . .

    98 Se os homens soubessem o dano que causam a estesseres e o dano que causam a si mesmos, com a invocao dosmortos, se horrorizariam destas sesses. Ainda mais, se soubessem que o grande dever dos vivos consiste em livrar estasalmas do inferno em que se acham, tratariam de salv-las eredimi-las da ignorncia e da iluso de que dominam no mundodos desejos, evitando alentar seus erros, e no proporcionando-lhes energia nervosa para at-los mais e mais a este mundo.

    99 Quando o aspirante adquire a prtica de penetrarem seu sistema simptico, ento pode contemplar consciente-mente o mundo astral e seus habitarftes, vidos estes ltimosde submergir-se no fluido sexual dos seres viventes, para sentiro goso de um desejo carnal ou sensual.

    100 O mdium abre as portas aos habitantes do mundoastral, para que se submirjam em seu fluido sexual, porm,eles nunca podem elevar-se a seu corpo mental ou aos planossuperiores. Os habitantes do astral no podem penetrar senono sistema nervoso; vampirivam o paciente e o enganam, dizendo que possuem grandes segredos, mas no lhes permitidodivulg-los. Pretendem ser adiantados em seu plano, porm,at agora, no beneficiaram o mundo com nenhuma descobertanem fato cientfico. A maioria deles so predicadores.

    101 Temos que detalhar esta classe de fenmenosnestes momentos, porque em futuros trabalhos devemos rasgaro vu e penetrar nestes mundos desconhecidos pela humanidade,para estud-los conscientemente. Devemos compreender quea mediunidade no o estado de sono hipntico.

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    O hipnotismo uma cincia que tem suas leis, e em tra-balhos futuros as revelaremos.

    102 O corpo astral da alma um im que atrai todosos tomos dos desejos passionais, inalados com o ar e elaborados no fgado. Estes tomos se renem ao redor de um rgodebilitado pelo nosso abuso, e so dirigidos por nosso domniosecreto, para que o destruamr Em resumidas palavras diremosque os tomos do mundo astral so geralmente inferiores. Sotomos de instinto animal.

    103 As entidades do mundo astral absorvem a vitalidade como os znganos, e inutil izam, com o tempo, os serescom os quais se pem em contato, privando-os da vitalidade edo amor o trabalho. A maioria dos que esto dominados pelasentidades astrais, aptica, indolente, e at sem amor.O nico remdio para esse mal o exerccio respiratrio pelanarina direita, para absorver tomos solares, que desalojam ostomos que provocam a apatia, devolvendo ao homem o sentimento de interesse pelos demais.

    Um guia aconselha pr flor de enxofre no calado, duranteum tempo, para libertar-se deste estado. Tambm assim se

    pode remediar muitas obsesses, porque estas entidades astraisno podem viver numa atmosfera astral impregnada pelosinvisveis vapores de enxofre.

    104 "As entidades astrais buscam, sempre, os mortospor acidentes, apoderam-se do vapor astral e mental do sangueque brota das feridas, e criam, assim, aparies e materializaesmuito reais, nas sesses espritas".

    105 "O vinagre aplicado no reto, aumenta o poderda vibrao sexual e a resistncia do mdium para afugentar aessas entidades vampiras".

    106 Tambm com o exerccio de respirao, concentrado e aspirado, pode o mdium livrar-se dessas entidades e

    pr fim sua escravizao. O exerccio deve ser praticado emdia de sol, mas no quando o ar pesado e mdo.

    107 Como dissemos anteriormente, o aspirante podecomunicar-se com os seres queridos que passaram para o mundode desejos, sempre que empregue o siste ma simptico, cujas

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    vibraes confinam com as do mundo mental. Em algumasocasies, uma grande alma pode projetar seu corpo psquico,para cumprir uma misso especial na terra, porm, isto muitoraro.

    108 "A cremao do corpo proporciona a paz ment ale diminui o terror da desintegrao. As aparies nos cemit

    rios, aos sensitivos, no so mais do que os corpos astraisapegados aos seus corpos fsicos".

    109 Todos devemos aprender a morrer em vida vriasvezes de maneira consciente, para descobrir o mistrio da mortee perder o medo do desconhecido. Para seres algo adiantados muito simples este trabalho experimental.

    110 A cremao o melhor alvio para os mortos epara os vivos. No se deve temer a morte e nem busc-la.Devemos esper-la com alegria e sem medo. O incenso queimado nos velrios d energia mental alma, e quando o inalamos, pomo-nos, espiritualmente, em contato com os seres quese acham no estado subjetivo da existncia.

    111 Quando o homem comea a a spirar, respirar epensar, conscientemente, estende uma ponte para chegar aosistema simptico, ou a seu mundo interno; pode ler no arquivoda natureza e penetrar no tempo passado. Poder ler vidaspassadas e descobrir a Lei de causa e efeito de todos os acontecimentos. Ento ele se dar conta de seus poderes internos,os quais devem ser desenv olvidos para o bem dos demais e jamais para danos e prejuzos. O estudante deve viver estespoderes de uma maneira natural e simples , at que nele seconvert am em uma segund a naturez a; ento, perde o esprit oexibicionista e principia a us-los, conscientemente, sobre pessoas merecedoras. O aspirante, neste estado, se assemelha aosbio que no se detm a explicar uma lei a crianas incapazesde compreender, seno somente a seres que aspiram e assimilam

    os ensinamentos.112 Tambm, com a magia cerimonial podemos evocar

    e invocar poderes e entidades mais elevadas.

    113 Assim como toda coisa ou ser projeta sua sombrano mundo fsico, assim tambm projeta um reflexo no mundo

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    astral da alma; porm, quando uma coisa ou ser desaparece,seu reflexo persiste em astral e reproduz a imagem desta coisa o user, tal como estava no momento da desapario. Cada homemdeixa, no astral, um reflexo ou uma imagem caracterstica. Aomorrer, o homem sofre uma troca de estado, caracterizada peladestruio da coeso que mantinha unidos seus princpios, deorigem e de tendncia mui diferentes.

    114 O corpo fsico retorna terra donde proveio.O corpo astral do ser psquico iluminado pela memr ia, a

    inteligncia e a vontade, pelas recordaes e atos, passa no planoastral a regies mais elevadas.

    115 O ideal que criou o ser humano durante a vida,forma nele uma entidade dinmica chamada Eu Superior, quenada tem a ver com o Eu Sou. Este ideal acompanha o Eu Souno mundo divino.

    116 Este Eu Superio r, formado pelo ho mem atual ,ser a fonte de existncias futuras cujos caracteres determina.E ser para o vidente "imagens astrais" ou "memria da natureza" e nela esto escritas todas as histrias do passado.

    Este o tomo-mestre do qual temos falado anterior-mente, formado pela energia criadora, que comunica ao aspi-rante todas as cincias das idades. A psicometria um ramo deseus ensinamentos.

    117 Se nosso reflexo no espelho pudesse subsistir, depois de nossa partida , com suas cores, express es e todas asaparncias reais, poderamos entender o que significa "a imagemastral de um ser humano" . Mas, por outro lado, temos o clichnegativo que pode nos dar uma semelhana.

    118 Os antigos sabiam bem isto, e o chamavam sombraou imagem astral (clich negativo), que reside nas regies doplano astral do eu inferior, e Eu Superior o que reside nasregies superiores: enquanto que o Mundo do Esprito o

    templo do Eu Sou.119 Nas sesses espiritist as deve-se comprovar e ter

    cuidado em averiguar se na evocao do defunto acode o seueu inferior ou o seu Eu Superior.

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    No primeiro caso o ser evocado ser como um reflexo noespelho: ser visvel, poder fazer alguns gestos e serfotogra-fvel, mas no falar.

    No segundo, o evocad o falar, e muitos o podero ver aomesmo tempo.

    120 Em resumo: o mundo astral o intermedirio entreo mundo fsico e o mundo do esprito, e contm o seguinte:

    a) Entidades psquicas que dirigem o mundo a stral.Estas entidades psquicas, ou homens superiores, pertencem nossa humanidade ou a uma anterior nossa.

    b) Os fludos astrais so de uma substncia anloga eletricidade, porm, dotada de propriedades psquicas: a luzastral.

    c) Nestes fluidos circulam entidades diversas, suscet-veis influncia da Vontade Humana. Os dementais so muitasvezes formados pelas ideias vitalizadas do homem.

    d) Alm destes princpios, vemos outros: as formasque devem manifes tar-se no futuro, no plano fsico; forma s

    constitudas pelo reflexo em negativo, de ideias procedentesdo mundo divino.

    e) No astral existem "Imagens Astrais", Cascares deseres e coisas, reflexos do plano fsico.

    h) O plano astral um, mas com graus de polariza o oude vibrao diferentes: O Telesm de Hermes. Quando emanadodo Deus, antes de todas as coisas, Ele disse: "Faa-se Luz".

    , j ) ao mesmo tempo substncia e movimento. umfuido de vibrao perptua. A fora que o pe em movimento eque lhe inerente se chama magnetismo. No Infinito a Luzetrea.

    Nos astros que ela anima' a Luz Astral.Nos seres organizados a luz ou fluido magntico.No homem forma o corpo astral ou o mediadorplstico.

    121 A vontade inteligente atua diretamente sobre estaluz e, por seu meio, sobre a natu reza submissa s modificaesda inteligncia.

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    Esta luz o espelho comum de todos os pensamentos e detodas as formas.

    Ela guarda as imagens de tudo o que existe e existiu, e poranalogia, de todos os eventos nos mundos vindouros.

    o instrumento da taumaturgia e da adivinhao (Papus:Tratado Elementar das Cincias Ocultas. Eliphas Levi: A Chavedos Grandes Mistrios).

    122 O sangue nutre o organismo. O sistema simpticomove os vasos sanguneos. Estes esto rodeados por pequenosfios nervosos que se unem ao gnglio simptico mais prximo.Estes nervos se dividem em vasos constritores e vasos dilatadores: os primeiros contraem e os segundos dilatam. Partindo daespinha dorsal, o grande simptico forma trs grandes plexos,que presidem os grandes centros da vida vegetativa, e so: oplexo cervical, o plexo cardaco e o plexo solar. Estes possuemnervos condutores do fluido. Mas donde provm esta foramotriz?

    123 Os glbulos vermelhos, sem guardar nada para si,proporcionam o elemento vital a todas as clulas. O cerebelo,ao apoderar-se desta fora vital, levada pelo sangue, transfor

    ma-a em eletricidade humana. Dois condutores partem do cerebelo: o primeiro o pednculo cerebeloso superior, que conduzesta energia ao crebro anterior e que trmina no ncleo vermelho de Stillin g; o segundo, o pednculo infe rior, que sedirige at os centros cinzentos da medula, onde nasce o GrandeSimptico. Os dois hemisfrio s do cerebelo esto unidos pelopednculo mdio.

    124 Quando chega o sangue ao cerebelo, produz-se afora nervosa. Durante a viglia, esta energia flui ao crebro.A mente ento pode pensar e atuar no corpo; como cada ideiadeixa exausta uma clula nervosa e produz um desgaste deenergia, resulta que, depois de algum tempo, as resrvas do sistema simptico terminam e nos sentimos cansados e esgotados,a cabea se volta pesada e comeamos a bocejar. O bocejoremove a fora nervosa rapidamente. No fim de uma jornada oudepois de um trabalho fatigante, sentimos a necessidade dedescansar. Neste momento a fora nervosa j no chega maisao crebro, porm, passa pela medula e pelos gnglios do sim-

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    ptico, atravs do pednculo inferior do cerebelo, enquanto que osuprfluo do fluido nervoso produz sonhos inferiores ouorgnicos.

    125 Quando, durante o sono, o grande simptico seaprovisiona da energia nervosa, a corrente remonta at o crebro e a mente comea a atuar durante a viglia. Porm, existem

    certos casos de rupturas duradouras ou momentneas entre amente e o corpo fsico, como na apoplexia, na qual a mentetroca de lugar ou altera seus funcionamentos e passa do fsicoao astral.

    Certas enfermidades graves, como a febre tifide ou aneurastenia, obrigam ao esprito a afastar-se por mais tempo docorpo fsico. Enfim, o desvanecimento. corta a unio do cons-ciente com o ser impulsivo.

    126 Muitos falam de hipnotismo, magnetismo e sugesto, porm poucos compreendem o porque destes fenmenos.

    H trs maneiras de hipnotizar uma pessoa: a primeiraconsiste em esvaziar a fora cerebral no cerebelo, fascinando o

    crebro por meio de uma luz forte, posta diante dos olhos, eo sono hipntico se produz instantaneamente. O esprito separa-sedo ser impulsivo, e toda a fora nervosa queda-se centralizada nocerebelo, e o paciente fica em estado semi-inconsciente. Assim seobtm o sonambulismo. Porm, podemos obter a hipnose nos por meio do olhar como por meio de qualquer dos sentidos:pel olfato, pelo ouvido e pelo gosto.

    127 Para obter o sono magntico necessrio congestionar o plexo cardaco por meio de passes. Nesse sono o sujeito

    se acha, frequentemente, em relao com as foras e seres doUniverso. Ento se produzem as vises e o magnetizador podeseparar o corpo astral do fsico e enviar o mental distante, paraadquirir certos conhecimentos.

    128 A energia, sendo levada ao plexo solar, produz osfenmeno s espiriti stas. Este plexo une o homem naturez ainstintiva ou fsica. Quando a fora nervosa do ser humanocomea a sair deste centro, num quarto escuro, os objetos seiluminam e pode-se constatar a existncia de raios de luz negra.Neste estado o corpo astral sai do fsico ao nvel dos rins e pode

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    aparecer ao lado do paciente. Todos tm um duplo luminoso,que pode apresentar-se a si mesmo. Este desdobramento seproduz quando o nosso plexo solar est congestionado poralgum meio.

    129 O mdium adormecido pode unir seu astral ao dealgum magnetizador que se ache entre os presentes, e poder

    assimilar facilmente suas ideias e, bem assim, revelar muitascoisas somente conhecidas por uma pessoa dos assistentes, convertendo -se, assim, em um leitor de pensame ntos. Em outroscasos o sujeito se pe em relao com os dementais e suas comunicaes infantis, e pode tambm o mdium comunicar-secom suicidas ou elementares de baixa categoria, e por ltimo,existem certos mdiums que, s vezes, entram em relao comum ser do plano espiritual.

    130 O "Eu Sou" est envolto em uma matria que temvrias escalas de vibrao. O esprito semelhante a uma chispade luz, rodeada de astral, que parece uma aurola, amuralhadapelo corpo fsico. Os antigos representavam o astral em formade serpente, porque os fluidos emanados da natureza do homemserpenteiam, aparentemente, desta mesma maneira. Por talmotivo, chamam de Kundalini Serpente gnea estesfluidos.

    131 A Serpente gnea est representada pelas vogaisde cada idioma, e estas vogais constituem a palavra perdida.Na mesma palavra perdida se encontra a letra da vida e damorte. A vogal "U" o som da morte, e todo ser, na hora demorrer, escutar o som ou o rudo de "U" prolongado. osmbolo da serpente que mata, e que a ressuscita; vemo-la nasescrituras, no caduceu e em todas as religies.

    132 As perturbaes de origem nervosa demonstramque o astral no est fixo ou funciona mal. Quando os mdicoschegarem a sentir e compreender isto, a loucura ser curvel.

    O regime vegetariano influi sobre o astral por tempo de-terminado, mas o regime do pensamento muito mais efetivo.Pensar sempre bem, falar sempre bem dos demais, e agir semprecorretamente, depura o corpo astral e o converte em luminoso epuro.

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    CAPITULO IX

    OS MUNDOS INVISVEIS

    133 J tempo de falar dos mundos invisveis ou dosmundos sutis, porque algum dia teremos que explor- los emvida, antes de deixar definitivamente o corpo fsico. Antes deascender ao Pai, ou ao cu das religies, obrigatrio primeiramente a descida ao Inferno que est localizado no baixo-ventre.Temos que estudar as densidades dos tomos e chegar ao maiorabismo do mal. Em nosso inferno, moradia do inimigo secreto,

    esto registrados todos os nossos feitos, desde quando adorvamos o mal, sacrificando tudo sem nenhuma compaixo e semperdo. No inferno teramos que sofrer horrivelmente se notivssemos a inteligncia protetora do tomo, Nous. Esta aordlia, este o enterramento na natureza inferior, e ningumpoderia suport-la, se no fosse a proteo do EU SOU.

    134 "Nestas esferas o visitante iniciado ser atacado eenvolvido numa atmosfera de luxria e paixo, terrivelmenteintensificadas. Mas sempre existe, em viglia, um grande mago,cujo trabalho gui-lo aos mundos superiores".

    Os magos egostas nestas esferas so muito poderosos,pois empregam a mulher para o domnio do mundo fsico e,quando logram seus propsitos, as abandonam. Proporcionamfortuna e gozo sexual aos seus seguidores e esto sempre criandouma espcie de adorao sexual, como no tempo da Atlntida.Muitos estudantes, quando chegam a certas etapas do desen-volvimento, surge neles uma espcie de desalento; ao verem-semuito atrasados em sua evoluo, entregam-se a estes tomosmagos e deles recebem um desenvolvimento intelectual muitointensificado, com certo progresso em sua fortuna.

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    135 Todo ser pode comunicar-se com os mundos invisveis, por meio de seus prprios tomos. Enquanto predominam no homem seus tomos densos do mundo inferior de seucorpo, suas comunicaes sero com espritos inf