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UMA CAMINHADA DE SACRIFÍCIO Bispos e pastores da IURD percorreram 190 km PÁGS. 3 e 4 9 anos ANO VIII. Nº82 JULHO 2011 EDIÇÃO NACIONAL 70.000 EXEMPLARES MCS-296/B/2001 Folha Universal

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UMA CAMINHADA DE SACRIFÍCIO

Bispos e pastores da IURD percorreram 190 kmpágS. 3 e 4

9anos

ANO VIII. Nº82

JULHO 2011

EDIÇÃO NACIONAL

70.000 exempLares

mCs-296/B/2001 Folha Universal

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2 | Folha UniversalJulho 2011 opinião

Folha Universalwww.iurdangola.net

EDITORIAL

H. da Cruz, IP& assoCIados (advogados - consultores) [email protected]

CONSULTÓRIO JURÍDICO

FOTO DO MÊS

O fracassado é habil em apresentar

desculpas

Convidamos-lo a tomar um café e tirar “dois dedos” de conversa.

dirigimo-nos ao fracassado. Este é Habil em apresentar desculpas para justificar as suas sucessivas derrotas e insucessos.

uma delas é a cor da pele. Nos questionemos: são os indiví-

duos de uma determinada raça, os negros pr exemplo, inferiores em inteligência? Consultemos a Bí-blia: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança, tenha ele domí-nio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos cèus, sobre os animais do-mésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela ter-ra” Gênesis 2:26. repare deus não especifica raça.

Vejamos outrass passagens do li-vro mais lido do mundo: “Não tor-cerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; por-quanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos” deuteronómio 16:19; “Então, falou Pedro, dizendo: reconheço, por ver-

É hora de acordar! por favor, sente-se.

Director: David Paulo [email protected]

Assesores: Bispo Augusto [email protected] João BartolomeuPastor Felner Batalha

Edição e Correcção: Daniel Silva

Revisão: Dr.ª Amélia Dalomba

Reporter: Dinis BundoBaptista Zau

Colaboradores: Dias dos SantosBela Lemos

Fotografia: André Domingos Jorge

Paginação: Domingas InglêsLukanisa ViegasCatalina Zapata

Impressão: DAMER S.A.

Atendimento Folha Universal: 933-686781Av. Comandante Gika S/Nº - Alvalade

dade, que Deus não faz acepção de pessoas”, actos dos apóstlos 10:34. retenha a palavra aCEPÇÃo dE PEssoas, que significa: tratamento desigual de pessoas, com favoritis-mo, parcialidade e injustiça.

aconselhamos a todos que sofram de complexo de inferioridade rácica, que se superem. Parem de lamentar e se justicar. Mostrem-se superiores ao meio. Busquem o preparo ade-quado do ponto de vista cívico, mo-ral, académico e técnico-profissio-nal. Isto os permitirá olhar de forma igual aos demais seres humanos. o domínio da ciência, não está desti-nado a determinadas raças e pessoas. Busque-a.

Há um lugar para você na socieda-de, desde que esteja preparado.

as pessoas, sejam de que raça for, em igualdade de oportunidade e motivação estarão ao mesmo nível. Não aceite que o tratem como um ser inferior.

Você pode. Você é capaz. arregas-se as mangas. ande de cabeça ergui-da. sinta-se alguém.

A reintegração da pessoa humana, orientada por uma moralidade

perante a vida quotidiana (II parte)

P ara explicar a origem da cri-minalidade, temos varias ci-ências e disciplinas, tais como

a biologia, sociologia, psicologia, re-ligião, antropologia, política, etc.

o âmbito do controlo social é vasto, dividindo-se em controlo so-cial formal e controlo social infor-mal: os Controlos sociais Formais são os estruturados pelo Estado, como é o caso do direito Penal. Hoje o pensamento jurídico mo-derno, reconhece que este controlo social só deve ser chamado em casos de ataques muito graves aos bens ju-rídicos mais importantes da socieda-de, como é o caso por exemplo do bem vida, sendo a pena uma mera consequência pelo desrespeito a lei.

Já os Controlos sociais Informais, são de grande importância por actu-arem na prevenção da criminalidade e temos com exemplo deste tipo de Controlo social: a família, a escola e a igreja.

as famílias desempenham o seu papel de educadores quando são moralmente exemplares, pois o de-

senvolvimento da personalidade da criança ref lecte-se muito no am-biente inserido, se ela é criada num lar turbulento, poderá naturalmente reproduzir o tratamento recebido em casa aos que estão a sua volta, também é de extrema importância os progenitores saberem que uma pessoa normal precisa tanto do sim como do não, pois quando se dá tudo aos f ilhos e nada lhe negam, aquela criança se tornará domina-dora, ditadora e opressora, o ideal é conduzir a criança de modo a evi-tar condutas que sejam socialmente condenáveis, impondo limites cla-ros e objectivos, sem que para isto a criança seja impedida de expôr toda sua criatividade e emoções.

Na visão da Igreja, o panorama ac-tual da criminalidade é fruto do cor-te com o Transcendental. Pelo que a reintegração do homem acontece com a conversão que despoleta, no próprio homem, pois o homem na-tural é inclemente, preocupado ape-nas em satisfazer os seus caprichos. a moral natural exige um comple-mento, e corre o risco da auto com-placência (cumpri com o meu de-ver, ninguém pode censura-me de nada). aristóteles foi sem dúvida um homem moral, porem a sua moral exclui qualquer tipo de relação com o transcendental. Confúcio conside-rava o mandamento do amor ilógico pois amar as pessoas más, contraria a razão humana, e para um cristão trata-se, de um dever como subli-nha Kierkegaard, não é somente um conselho, é um mandamento, Cris-to não disse amai os vossos inimigos se eles forem amáveis, disse “amai os vossos inimigos” (Mateus 5:44).

Foto: André Jorge

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| 3Folha UniversalJulho 2011caminhada

Na luta, a victória alcança-se com sacrifício

P artindo do pressu-posto que deus vê a dor, o sofrimento, o

desespero de tantas pessoas e ninguém toma a peito, “bis-pos e pastores da IURD-An-gola revoltados com a situação, tomamos a peito, chamando a atenção de Deus em favor do desespero das pessoas”. Con-frontadas com a misér ia, fome, doenças injustiças so-cias, humilhações, esterilida-de da parte de muitas famílas, f ilhos viciados e drogados, traições conjugais, mortes de-vido a supertições e tradições rejeitáveis, entre outros pro-blemas, o que provoca a frus-tração em muitas pessoas,os bispos e pastores movidos por uma grande revolta rea-lizaram uma caminhada de 190 quilómetros a favor do povo, membros da instituição ou não, a fim de que alcan-cem as promessas de deus, contidas na Bíblia sagrada.

a caminhada teve início em finais de Junho e termi-nuou em Julho, na cidade do Namibe, cuja província tem o mesmo nome, com térmi-no na cidade do Lubango, província da Huila.

ao longo do trajecto al-guns automobilistas, tran-seuntes e comunidades por onde passaram, considera-ram” loucos”, os integrantes da caravana.

a respeito, o bispo augus-to dias,enfatizou: “a mani-

festação da revolta surge em resposta, às circunstâncias anormais vividas pelo povo, no seu dia-a-dia”, precisou.

o percurso foi penoso.desmaios, ferimentos, do-res e pés inf lamados, o ca-potamento duma viatura de

apoio, cujos integrantes sai-ram ilesos, somam à exustão a que todos se sujeitaram e mais uma vez o Bisto au-gusto dias, ao ser interpe-lado sobre a capaciade física de prosseguir, foi peremptó-rio: “Não. A nossa carne já

não obedece à dor e a fadiga; do ponto de vista humano te-riamos desistido. Acontece que nós não obedecemos à carne. Somos submissos unicamen-te ao Espírito, porque ele, o Espírito Santo quer vitórias, conquistas. Ele impulsiona-

dINIs BuNdo

Foto: André Jorge

Foto: A. J. Foto: A. J.

Foto: A. J.

A pessoa bem sucedida é aquela que se auto desafia. O covarde não vence

Na dor está a victória A policia de trânsito apoiou a caravana

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4 | Folha UniversalJulho 2011

Jeremias 12:11 “Em assolação o tomaram, e a mim clama na sua desolação; toda a terra está assolada, porquanto não há ninguém que tome isso a peito”.

caminhada

nos a atingir a meta”. os mais de 1800 pessoas per-f iladas ao longo da aveni-da deol inda rodr igues, na Huíla assistiram atónitas

a chegada dos homens de deus, assistindo ao culto na qual o Bispo augusto dias afirmou: “Hoje começa uma nova etapa para a Igreja Uni-

versal do Reino de Deus em Angola, bem como em todos os seus membros. A pessoa bem sucedida é aquela que se auto desafia.O covarde não vence”.

Foto: A. J.

Foto: A. J.

Foto: A. J.

Foto: A. J.

Assim nasce a vontade de vencer os obstáculos

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| 5Folha UniversalJulho 2011entrevista

Etona um artista que gosta de filosofar com a arteAntónio Tomás Ana, mais conhecido por Etona é um nome referenciado das artes Angolanas, com distinções a nível Nacional e internacional

Etona- Sou um homem que nasceu na província do Zaire, município do Soyo. Aprendi a subir nos cajueiros, pastar o gado e pescar. Igualmen-te a cultivar. Caracterizo-me como uma pessoa humilde, batalhadora e trabalhadora. Saí do Soyo e vim à Luanda com objectivo de me aperfeiço-ar em termo de atelier de pin-tura. Fui discípulo do mestre João de Almeida, pintor. Tudo Começou no bairro da Salga na Ilha de Luanda, onde na altura havia um Centro de Artesanato. Tenho o Curso Médio de Artes Plásticas, fui coordenador da Brigada Jovem de Artes Plásticas. Posterior-mente, fiz o Curso Médio Es-pecializado em Portugal, na vertente monumentos e novas tecnologias. Segui os passos de Rui de Matos, Tirso Ama-ral e “de uma forma teimosa, hoje, começo a identificar-me comigo mesmo. Considero-me uma referência Internacional”.

Folha Universal: De onde vem a paixão pela Arte Plástica? Etona: Eu acho que não é propriamente uma paixão. Sentimento do género passa rápido. Foi por intermédio dela que ganhei uma respon-sabilidade séria de seguir a arte, é preciso ser responsável, assumir o papel de liderança. É uma disciplina de arte de cariz cientifica. Escolhi esse ramo das artes para poder de-fender valores de cidadania, ou seja a minha nação, a mi-nha família e valores positi-vos universais.

FU.: Como é que classi-f ica o mercado angola-no na disciplina de Artes Plásticas? E.: É complicado falar dele. Particularmente para mim, que conheço vários outros, es-palhados pelo mundo. Direi, sem medo de errar, ainda fal-ta muito por se fazer. Não me admira, que alguém o consi-dere bom, no tocante a arte. Eu não me precipito na clas-sificação. Exemplifiquemos,

temos uma produção que atin-ge por volta dos 20 por cen-to de produção artística, com-parativamente a certos países africanos. Repare, quando se aumentar a confecção de pe-ças artísticas, já vamos ver a circular o artesanato em toda parte de Angola. A arte no nosso país, ainda não é ren-tável, nós ainda vivemos de “esquemas” para sobreviver. A profissão deve ser mais digni-ficada. Os verdadeiros profis-sionais contam-se pelos dedos, possivelmente contabilizam-se quatro ou seis pessoas, os demais podem ser tidos como amadores.

FU.:Na sua infância o que sonhava ser, relati-vamente à sua formação técnico-profissional? E.: Pensava em ser um as-tronauta. Sonhos de criança!

Talvez um pouco de fantasia. Hoje, me alegro pela profissão que aderi. Nunca pensei que atingiria tão grandes patama-res. Estou muito feliz pelo que faço.

FU.: Qual é o seu maior desejo? E.: É ver as pessoas felizes. Alegro-me com a felicidade dos outros.

FU.: Qual foi o dia que mais o marcou, enquanto Artista Plástico? E.: Eu sou uma autêntico per-feccionista. É uma pergunta inteligente, mas que, possivel-mente, lhe responderei a título póstumo, ou seja, apenas daqui a quinhentos anos, cinco gera-ções depois da minha, vou me sentir completamente realizado. Quando as pessoas lembrarem-se que existiu um grande mes-

tre do mundo, chamado Etona, propagador de uma filosofia chamada de Etonismo, em todo planeta terra. FU.: Pode enumerar al-gumas exposições em que já participou? E.: Perdi a conta. De me-mória posso contabilizar mais 40 exposições, só individuais! Participei em várias conferên-cias internacionais, quer em grandes Universidades quer em Institutos. Nelas falei do Hedonismo, da razão toleran-te e outros temas candentes. No país, fi-lo, a nível univer-sitário, em Benguela, Uige, e Luanda.

Neste momento, apesar da minha presença física em An-gola, os meus quadros par-ticipam numa exposição in-tercontinental, colectiva, em Portugal, na Biblioteca da Câmara de Amadora, onde

participam artistas plásticos seleccionados em cada um dos Continentes. Igualmente, estão presentes numa exposição de leilão em Nova Iorque.

FU.: Tem recebido algum apoio do Ministério da Cultura para desenvolver esta actividade? E.: Não. Apesar de ser um cidadão angolano, aconse-lharam-me a não esperar por apoios do Ministério da Cul-tura. Avanço alguns projectos por iniciativa própria. Faço arte por amor, procuro não de-pender muito de terceiros. Isso atrasaria o meu desempenho artístico.

FU.: Entre pintura e es-cultura o que mais gosta de fazer ? E.: As duas disciplinas ar-tísticas são como meus filhos, não tenho preferência especial, por nenhuma delas. Eu faço com responsabilidade e expres-so por intermédio delas o meu pensamento. Por exemplo, eu fiz uma escultura que expressa um dos discurso do Presiden-te da República, José Eduardo dos Santos. FU.: Sente-se um homem de sucesso? E.: Nem por isso, ainda te-nho muita coisa por realizar. Com ajuda de Deus tenho a certeza que alcançarei todos os meus sonhos. Sinto-me feliz por exercer a minha profissão, faço-o com muito gosto. Já ten-tei outras, mas o que mais me deleita é a arte.

FU.: O que espera ainda fazer na arte angolana?E.: Continuar a dar o meu melhor na divulgação das nos-sas obras, enquanto artista an-golano, no exterior do país.

FU.: Se estivesse diante de Deus, qual seria o seu pedido? E.: Que as pessoas vencessem todo o tipo de preconceito, par-ticularmente o rácico e valori-zassem tudo aquilo que está ao seu redor. Dessa forma, termi-naríamos com a pobreza e os conflitos no mundo.

BaPTIsTa zau Foto: Osvaldo Chicanha

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6 | Folha UniversalJulho 2011 sete-dias

Profissionais de Benguela e Kwanza-sul auscultados sobre o pacote legislativo da Comunicação Social

O s jorna l i s t a s de Benguela e Kwan-za-sul foram aus-

cultados, no passado dia 30 de mês de Junho 30, sobre a Lei da Comunicação social, em sessão orientada pela titular da pasta, Carolina Cerqueira.

a futura Lei inclui os Pro-jectos-lei da rádio difusão, sobre televisão, da publici-dade e o seu regulamento, conselho nacional da comu-nicação social, bem como o estatuto do jorna l ista.

Prestigiou o encontro com a sua presença, o governador provincial de Benguela, ar-mando da Cruz Neto a quem coube o discurso de abertura.

Na ocasião, fez votos para que as discussões fossem aca-loradas, francas e construtivas. Para ele, o referido exercício levado a cabo em todas as pro-vincias, é uma manifestação da consolidação e amadureci-mento do sistema democrático angolano, abordagem prévia dos documentos normativos do sector em “praça aberta”.

Por sua vez, a Ministra do sector, Carolina Cerqueira, afirmou que a Lei em discus-são vai estabelecer os limites do jornalismo no nosso país. Por outro lado vai determinar

quais as medidas que devem ser tomadas a nível de fisca-lização e cautelar, por forma que a actividade jornalística

não fira os princípios da von-tade e da serenidade da Lei.

as as discussões em torno do pacote legislativo somam

já quase 60 dias, sinónimos de democracia participativa. Para além de Benguela, os profissionais da classe e de-

mais interessados já se pro-nunciaram nas províncias de Cabinda, Malanje, Bié, Na-mibe e Lunda norte.

CoNsTaNTINo Eduardo

Jornalistas participantes do encontro

Ministra da Comunicação Social (Carolina Cerqueira) tece considerações ao longo do certame

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| 7Folha UniversalJulho 2011testemunhos

pARA DEUS NADA É IMpOSSÍVELBASTA DEPOSITAR A FÉ NELE

José Joaquim armando e Engrácia armando um ca-sal obreiros da Igreja uni-versal do reino de deus (Namibe), antes de f re-quentarem a Igreja univer-sal passaram por momentos muito dificeis. Experimen-tou: doenças, perseguições de amigos e família, humi-lhações, maus sonhos, entre outros problemas: Na busca de solução, recorreu a diver-sas denominações religiosas, sem alcançar qualquer resul-tado satisfatório.

P e s s o a s h á q u e , abordadas a respei-to de determinados

compor tamos, do ponto de vista das suas condutas socia is d izem desdenhar do que fazem muitas por nos consultadas, confes-s am não gos t a r do que fazem porem não sabem como sa i r desta s gar ra s. Estamos a falar de pesso-as presas (o) nos vícios de alcoolismo, Prostituição, Cigarros e outros.

uma das v it imas deste male foi a dona Marisa M. Vanduném, de 30 anos de idade residente em Luan-da no bairro Nélio soares, membro da Igreja univer-sal do reino de deus há sete anos.

Fez o seguinte relato pe-rante a reportagem do Jor-nal Folha universal “antes do encontro com Senhor Jesus Cristo, fui muito cobiçada pe-los homens, hoje entendo que era acção do espírito de pomba gira, todos jovens queriam ser meus amores, claro com inten-

ção apenas de gozar-me, as vezes cedia ao tédio e outras vezes resistia, eu absoluta-mente não compreendia o que se passava comigo, a vontade de abandonar a má vida não me faltava, mas não sabia como fazê-lo”.

Continuou – “Tinha me tornado inimiga dos meus pais, a minha dignidade ha-via sido atirada ao relento, não sabia que tinha jogado minha vida num lamaçal da vergonha”.

Para se divorciar dos ví-cios, a nossa entrevistada contou que não lhe foi fá-cil, como parece ser.

Convencida pelo seu ir-mão membro da Iurd há já bastante tempo, con-ver teu-se a Jesus Cr isto, aprendeu agir a fé na fo-gueira santa de Israel.

os resultado foram vaga-rosamente se aproximando em si “graças a atitudes de fé que os pastores me ensi-naram a tomar, consegui me libertar dos vícios, e encon-tre i alguém que me ama,

“Vivíamos numa casa de renda, os nossos parcos salá-rios, não nos permitiam ad-quirir uma residência. Depois de muitos anos de sofrimen-to, certo dia fomos evange-lizados por um vizinho, há muito sensibilizado com os nossos problemas. Decidimos abraçar o conselho e partilhar com ele os cultos na IURD. Na congregação começamos a fazer os nossos propósitos, orações e participar da Fo-gueira Santa de Israel. Foi entaõ que começamos a notar

grandes mudanças nas nossas vidas. Hoje, podemos afirmar que Deus nos tem abençoado muito e não tem nos deixado faltar nada”.

Graças a deus, mantemo-nos unidos, somos um ca-sal feliz, temos uma f ilha linda, conseguimos comprar a nossa própria residência, temos dois carros, as doen-ças desapareceram.

Tudo o que alcançamos damos graças ao senhor Je-sus Cristo. Glorificado seja o deus soberano.

Tudo que alcançamosdamos graças

ao Senhor Jesus Cristo

Dona Marisa Vanduném manifesta a sua felicidade

Foto: A. J.

Foto: A. J.

Família unida glorifica a Deus

e eu a ele, ambos levamos uma vida de responsabilida-de um do outro”. Para fazer

juiz a causa, deixou repto “sei que existe muitas jovens na condição em que um dia

estive mergulhada, sem po-derem sair, a elas aconselho a recorrem em Deus”.

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8 | Folha UniversalJulho 2011 actualidade

Luanda... Com nova imagemBELa LEMos

ANTÓNIO TEIxEIRA DESTACA A IMpORTâNCIA DA REqUALIFICAçãO DA AVENIDA 21 DE JANEIRO

A conclusão das obras de requalificação e ampliação da ave-

nida 21 de Janeiro em Luan-da, está prevista para o mês de outubro próximo, reve-lou em declarações à Folha universal o coordenador do Gabinete Técnico e Exe-cutivo de Coordenação dos projectos de saneamento bá-sico de Luanda (GaTEC), antónio Teixeira.

segundo o responsável, o projecto prevê o alarga-mento da plataforma rodo-viária, construção das valas de drenagem de águas plu-viais, com vista ao término da sexta fase, do programa de saneamento básico de Luanda.a reabilitação do eixo rodoviário inclui tam-bém a criação de redes téc-nicas de telefonia, condutas de água e instalação de ilu-minação pública e sinaliza-ção vertical e horizontal.

Igualmente está previs-

Jardins renovados, passeios, bancos nas paragens de auto-carros, árvores de sombra e muitos coqueiros foram al-gumas das mudanças efetua-das na cidade de Luanda,nos últimos tempos.

Mais verde!a cidade capital de ango-

la, não passa despercebida aos Luandinos.

a cidade de Luanda tem uma nova imagem. Em vá-rios locais verificam-se me-lhorias nas infra-estruturas, aliadas ao ambiente.

acrescido a tudo isso, vá-rias estradas também estão a ser alargadas, como o caso da avenida 21 de Janeiro, deolinda rodrigues, ex-estrada de catete e tantas ou-tras vias terceárias.

dINIs BuNdo Foto: A. J.

Foto: A. J.a diversidade de plantas e árvores, nas principais pra-ças é outra mudança que não passa despercebida...

Conforme nos adiantou o jovem adilson domingos de 23 anos: “O largo da Inde-pendência é o espelho da nova imagem da nossa Kkianda”. Venho sempre aqui partilhar momentos agradáveis com a minha namorada e tirar fo-tos, por se tratar de um local aprazível.

o local é igualmente palco de muitas exposições foto-gráficas e de várias obras de pintura. Igualmente escolhi-do pelos adolescentes para outros momentos lúdicos.

“Aqui é mesmo f ixe, te-mos muito espaço, para dan-çarmos e não precisamos de nos preocupar com os carros e também está sempre limpo”, disse-nos Guilherme Men-

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| 9Folha UniversalJulho 2011actualidade

ANTÓNIO TEIxEIRA DESTACA A IMpORTâNCIA DA REqUALIFICAçãO DA AVENIDA 21 DE JANEIRO

ta a sinalização, iluminação pública, acessos às viaturas, paragens para transporte pú-blico, passeio para peões, em cada lado e melhoramento das redes técnicas.

a avenida 21 de Janeiro compreende, a estrada da samba desde as imediações da unidade de Protecção e guarnição “uGP”, passando pela rotunda do aeropor-to 04 de Fevereiro, ao lar-go da Tourada. a execução da empreitada a cargo da empresa brasileira odebre-cht, comporta duas frentes de trabalho, sendo uma do lado descendente e outra do lado ascendente do referido trecho. segundo nos intei-ramos no local, está a ser cumprido o cronograma da empreitada.

Neste momento, os traba-lhos avançam até ao bairro rocha Pinto, precisamente da rotunda da Gamek até ao desvio da samba. Inicial-mente, os moradores haviam contestado a execução das

obras, porquanto foi neces-sário a demolição de algu-mas residências e empreen-dimentos públicos, que se

situavam ao longo da via. Hoje, mostram-se satisfei-tos com o trabalho que está a ser levado a cabo, incluso

so de viaturas e transeuntes ao longo da via, no período normal de trabalho, influen-cia alguns atrasos verificados.

lamentam o atraso registado na conclusão das obras.

segundo o Coordenador da GaTC, o trânsito inten-

Obras em curso

Foto: A. J.

pital. o Jardim do Mutu Ya Kevela é o exemplo de um jardim maltratado, con-forme nos contou Edson rodrigues de 29 anos de idade, morador das redon-dezas a mais de 14 anos.

“É muito triste para nós ver o estado deste jardim, que nos viu crescer... Aqui, é fraca a sua manutenção. O jardim está sempre muito escuro e os marginais aproveitam para as-saltarem as pessoas e muitas vezes, até violarem, mulheres”.

des, um adolescente de 16 anos de idade.

Este cenário é observado também na Ilha de Luanda, e ao longo da rua Coman-dante Jika, onde dezenas de novos coqueiros e pavi-mentos dão à via, uma vista aprazível...

Nem tudo é um mar de rosas

Porém este l indo cená-rio, não se estende em to-dos os jardins da cidade ca-

antónio Kacuarta de 32 anos de idade, também falou Á nossa reportagem, sobre o jardim acima referido e dis-se: “Infelizmente, este jardim do Mutu, hoje é um perigo. Para além de maltratado, ele concentra aqui muitos margi-nais que o transformaram em

dormitório. E na calada da noite assaltam, espancam e até violam”.

Edson rodrigues aprovei-tou a oportunidade para fa-zer um apelo: “Às autoridades competentes pedimos, que velem por este jardim, contratem uma empresa para limpá-lo e se faça

um policiamento reforçado”. os benefícios da natureza

dão a todos uma sensação de saúde e calma. as árvores, as plantas, as flores e outros ele-mentos da natureza dão-nos serenidade, relaxamento e conseqüentemente melhoram a nossa qualidade de vida.Foto: A. J.

Foto: A. J.

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10 | Folha UniversalJulho 2011 bem-estar

confira aqui algumas regras de etiqueta

A cortesia causa prazer e não nos compromete, mas não devemos exagerar, ser cortês e amável torna agradável a nossa presença

ETIQUETA AO TELEFONE

Ter bons modos ao telefone pode fazer uma diferença enorme na apre-ciação que temos de uma pessoa. Veja a seguir como evitar alguns er-ros muito comuns, cometidos, in-clusive por executivos experientes:

1- ao atender ao telefone, diga o seu nome e pergunte “em que pos-so ajudar?”. Evite perguntar “quem fala?”. só faça esta pergunta se não conseguir identificar quem está falar.

2- se a pessoa se identificar usan-do o título de doutor, professor, etc., trate-o pelo título, nunca somente pelo nome.

3 - Enquanto estiver a falar ao te-lefone, não faça outras coisas como digitar, mexer com papéis etc. a

pessoa do outro lado, com certeza, vai perceber e pode achar que você não está a lhe dar a devida atenção.

4 – Não coma enquanto estiver ao telefone. Mesmo o som de um simples rebuçado, chiclete ou pas-tilha é percebido pelo interlocu-tor e pode ser interpretado como pouco caso seu.

5 – Não tussa, espirre nem assoe o nariz directamente diante do telefo-ne. desculpe-se e afaste-se do apare-lho por alguns instantes.

6 – se precisar deixar o aparelho por alguns instantes, coloque-o com cuidado sobre a mesa para não fazer barulho.

7 – durante uma reunião na sua sala, se o telefone tocar, peça licen-ça aos demais, atenda e, ao desligar, desculpe-se pela interrupção.

8 – se você recebeu a ligação e precisa de algum tempo para dar uma resposta, comprometa-se a li-gar, informando quando e a que ho-ras telefonará.

9 – Já se foi você que fez a ligação, e a outra pessoa precisa de um tem-po para dar uma resposta, pergunte quando e a que hora você pode vol-tar a ligar.

10 – sempre que ligar ou atender o telefone, esqueça seus problemas pessoais.

F ale baixo - a tendência das pes-soas é elevar o tom de voz.

Evite assuntos particulares em público - a conversa pode deixar as pessoas constrangidas.

dê preferência à conversa ao vivo - valorize aquele que está na sua frente e deixe para conversar pelo celular depois.

Nos restaurantes, não fique a cochi-char há pessoas que desejam fazer a re-feição em paz.

retorne as ligações - se alguém dei-xar recado na caixa postal, não se esque-ça de retornar a ligação.

Escolha bem a campainha - os ringtones(toques de celular) reflectem seu estado de espírito. Portanto, escolha bem. E cuidado com os tons engraça-dinhos.

atenção ao horário - só ligue de ma-drugada para alguém se for algo muito urgente.

desligue o aparelho nas reuniões de negócio - se estiver a espera uma li-gação urgente, avise os participantes e

deixe o aparelho no modo vibratório.respeite a plateia e o artista - nas sa-

las de cinema, teatro, espectáculos nunca atenda o telefone.

Preserve o silêncio nas bibliotecas e museus - as pessoas precisam se concentrar.

Não atrapalhe médicos e enfermos evite usar o celular nos consultórios e nos hospitais.

Nas ocasiões fúnebres e ambientes re-ligiosos, esqueça o celular - respeite a fé e a dor alheia.

Espere desembarcar do avião - só li-gue o celular no saguão.

Procure guardar o celular no bolso ou na bolsa - é melhor que deixar o apare-lho à mostra.

Pergunte se a pessoa pode atender an-tes de começar a falar, veja se a pessoa pode falar.

Peça autorização para fotografar os celulares com câmara embutida são populares, mas não se esqueça de pedir para clicar.

Todos sabem que não se deve co-locar os cotovelos sobre a mesa, mas também não é bom assumir uma posição de estátua. ao aceitar um prato, nada se diz, mas quando se o declina é de bom tom dizer: não, muito obrigado. os copos levam-se à boca segurando-se pela base de seu arqueado e nunca pelas bordas. Não é correcto elogiar a comida ou a ma-neira como foi preparada. Também uma conversa não deverá provocar discussões sobre assuntos políticos, religiosos ou de qualquer natureza que possam de algum modo suscep-tibilizar algum dos presentes e, mui-to menos, gesticular com o talher quando se fala. se mastigar com a boca fechada é preciso lembrar, é de bom tom, no entanto, que se coma devagar, mastigando bem os alimen-tos, até porque é feio mesmo, usar palitos que, aliás não devem existir em qualquer recipiente sobre a mesa.

ao levantar da mesa: o prato não deve ser empurrado, depois de arru-mados os talheres sobre ele.

Maçã – uma curiosidade sobre esta fruta: por tradição histórica, nas mais refinadas mesas ou ambientes, a maça é motivo de decoração, por aliar suas belas cores ao seu aroma delicioso. Mas nem todos sabem que é chamada, também, de fruta-pão. assim, numa refeição de cerimónia,

a maça deverá ser saboreada, pois quem o fizer demonstrará que ficou satisfeito com as iguarias que foram servidas.

* sente-se com elegância manten-do a coluna erecta não cole as costas no encosto da cadeira

* evite cruzar ou esticar as per-nas para não atrapalhar as pessoas a sua frente mantenha as mãos sobre a mesa apoiando somente os punhos nunca apoie os cotovelos nem abra muito os braços para não incomodar as pessoas ao lado

* ao sentar-se coloque o guarda-napo (de tecido) sobre o colo use-o sempre que necessário e sempre de-pois de tomar qualquer liquido

TALHERES* use a faca comum para cortar

carnes e aves, partindo-se um pouco de cada vez

* Você não precisa ficar seguran-do os talheres o tempo todo descan-se-os sobre o prato

* ao levar comida a boca o garfo nunca deve estar muito cheio

* ao terminar, coloque a faca e o garfo paralelos, com os cabos volta-dos para o lado.

PS: usar palitos de dente em qual-quer jantar é super ridículo e inad-missível na regra da etiqueta.

1. sempre se apresenta o homem à mulher. Todavia, ao se tratar de um religioso, a mulher deverá ser apresentada.

2. apresenta-se uma pessoa mais moça a uma mais idosa, e a solteira à casada.

3. a mulher deverá estender a mão, antes que o faça o homem que lhe foi apresentado. No entanto, se a pessoa apresentada se limitar a um outro cumprimento, deverá ser correspondido do mesmo modo (exemplo: ligeira inclinação de cabeça).

4. a mulher, em sociedade, nunca se levanta ao ser apresentada a outra mulher, com excepção se esta for a anfitriã ou uma senhora de idade.

5. os anfitriões não necessitam apresentar todos os convidados entre si, no caso de uma recepção de grandes proporções. Basta apresentar alguns à chegada. E num coquitel usa-se a mesma praxe.

6. o convidado de honra, numa recepção de cerimónia, é apresentado a todos os convidados e deverá ficar ao lado da anfitriã, à entrada e de pé.

Apresentação

POSTURA CORRECTA À MESA

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| 11Folha UniversalJulho 2011

Nove jornalistas e três polícias podem ser detidos em breve por causa das escutas ilegais do tablóide

OBRIgADO. ADEUS! Despede-se o News of the World

internacional

H á muito que o “News of the World” praticava in-correcções, do ponto de

vista jornalístico, mas recentemente, o carrasco da vida privada foi final-mente morto e enterrado. “Obrigado e adeus”, em letras garrafais brancas, foi à última capa do tablóide britâ-nico, após 168 anos de existência. a edição de despedida, que agradece aos “7,5 milhões de leitores fiéis”, teve direito a cinco milhões de exem-plares de tiragem - mais dois mi-lhões que o habitual - e conta ainda com o próprio obituário do jornal.

No interior da publicação, o edito-rial de quatro páginas pede desculpa aos leitores e justif ica-se: “Simples-mente perdemos o rumo”. Mas não as-sume responsabilidades. assinalando os “altos padrões” exigidos aos jorna-listas, o tablóide diz estar agora “do-lorosamente consciente de que, durante um período de vários anos até 2006, algumas das pessoas que trabalharam connosco, ou em nosso nome, vergonho-samente não alcançaram estes padrões”.

“Escutas telefônicas foram feitas e, este jornal pede por isso as suas since-ras desculpas. Não existe justificação para esta conduta vergonhosa. Não existe justificação para a dor causada às vítimas, nem para a profunda nó-doa que deixaram na nossa história”. de acordo com o “The Sunday Ti-mes”, pelo menos nove jornalistas e três polícias poderão ser detidos em breve por envolvimento no caso.

o escândalo, que rebentou em 2006, intensificou-se na semana pas-sada após os jornais “The Guardian” e “The Daily Telegraph” terem re-velado que trabalhadores do jornal tinham, na última década, intercep-tado chamadas telefónicas de cerca de 4 mil pessoas. Não só políticos e celebridades, mas também familiares de vítimas de atentados terroristas ou de soldados mortos nos conflitos do Iraque e afeganistão e da jovem Milly dowler, após ter sido assassi-nada. a história remonta a 2002 e os pais da rapariga britânica de 13 anos, que desapareceu no caminho da es-cola para casa, alimentaram esperan-ças de que a filha poderia estar viva, pois mensagens do seu telemóvel ti-nham sido apagadas. Como se veio a provar, o mistério tinha a mão do “News of the World” e o corpo de Milly foi encontrado seis meses mais tarde. No mês passado, Levi Bell-f ield, de 43 anos, foi considerado culpado do homicídio e condenado

a prisão perpétua. segundo a BBC, a família de dowler irá reunir-se hoje com o primeiro-ministro britânico, david Cameron, e o vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, para falar so-bre as investigações independentes em torno do escândalo das escutas telefónicas.

o proprietário do defunto, o mag-nata australiano naturalizado norte-americano rupert Murdoch, ater-rou ontem em Londres com a última edição na mão - que nas 48 páginas voltou a publicar algumas histórias exclusivas como a relação de david Beckham com a sua assistente re-becca Loos (2004) ou a relação do actor Hugh Grant com a prostituta divine Brown (1995) - para dar a cara pela polêmica. o encerramen-to do “News of the Screws” (como também era conhecido), que deti-nha há 42 anos, poderá afetar o seu grupo de comunicação News Corp, proprietário do jornal. a viagem tem como objetivo principal evitar que o escândalo ponha em causa a sua oferta de 9 mil milhões de euros para controlar na totalidade o grupo de televisão BskyB, da qual já possui 31%. Por sua vez, david Cameron prometeu na sexta-feira novas re-gras para a imprensa britânica e um inquérito minucioso para apurar as falhas da polícia e dos políticos, após o seu porta-voz e antigo diretor do “News of the World”, andy Coul-son, ter sido detido por envolvimen-

to nas escutas. o primeiro-ministro britânico aproveitou a ocasião para explicar a sua ligação a Murdoch, que apoiou a sua eleição em 2009,

argumentou que os seus antecesso-res trabalhistas também adotaram a prática de procurarem o apoio dos barões da comunicação social.

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12 | Folha UniversalJulho 2011 saúde

Mioma, uma patologia que ocorre nas mulheres em idade reprodutiva

Miomas são formações nodulares que se desenvolvem na parede muscular do útero e também são chamados de tumores benignos. O tamanho e localização podem causar problemas em algumas mulheres, como por exemplo, dor e sangramento intensos du-rante a menstruação.

D e acordo com o director Geral da Maternidade Lu-

crécia Paim abreu Pecame-na entrevistado pelo Jornal Folha universal, “os miomas encontram-se localizados em diversas partes do útero que são os subseroso, intramurais, e submucoso. além de po-derem também estar locali-zados no colo uterino ou no ligamento largo, estrutura de sustentação do útero no inte-rior da cavidade, por exem-plo. os subserosos localizam-se na parte exterior do útero e têm maior tendência no au-mento deste, crescendo com maior facilidade; os intramu-rais crescem na parte muscu-lar do útero e se expandem fazendo com que o este au-mente; os submucosos locali-zam-se na cavidade vitrina e a principal sintomatologia é a hemorragia, que começa com um aumento de sangramen-to durante a menstruação.

Eles podem causar diversos sintomas, dependendo da sua localização e tamanho como: dor no período menstrual chamado de dismenorréia, um sangramento uter ino anormal, dor pélvica crónica, dor durante as relações sexu-ais chamada de dispareunia, sensação de peso na barriga, urinar com mais frequência, obstrução da uretra, saída do mioma submucoso pelo colo uterino. Porém, estima-se que na grande maioria das vezes não causam sinto-

mas, sendo diagnosticados por um exame de rotina.

ainda que não provoquem sintomas, devemos estar sempre atentos acompanhan-do as pacientes realizando exame de ultra-sonograf ias nas consultas de rotina, ou quando por ventura apre-sentarem a lgum mal es-tar disse abreu Pecamena.

a causa do aparecimento de miomas é genética e o crescimento destes se dá na maioria das vezes, por acção do estrógeno, hormónio, produzido no ovário da mu-lher em idade reprodutiva.

o seu tratamento depende do quadro clínico, o tama-nho e a idade da paciente. Quando o mioma é pequeno e não tem sintomatologia ne-nhuma, a paciente deverá ser apenas submetida a um tra-tamento, para baixar os níveis de estrogénio; se for muito grande e a sintomatologia muito exuberante ou a tera-pêutica clínica não der resul-tado, há também um trata-mento cirúrgico, que consiste apenas na sua extracção.

o mioma é uma lesão be-nigna do útero e não provo-ca a morte.

Existem basicamente três tipos de tratamento para os miomas de útero: o medica-mentoso, cirúrgico ou por embolização uterina.

Quem tem mioma pode engravidar de acordo com a local ização, tamanho e quantidade. o subserosos, não inf luenciam a zona de injecção após o alastramento

da gravidez. um dos riscos que causam à mulher grá-vida é o aborto, por isso as que estiverem nesta circuns-tâncias devem fazer consulta de alto risco e tomar medi-camentos para conservá-la, o maior tempo possível para que tenha um bebe saudável;

tem um desenvolvimento maior, em mulheres que en-gravidam pela primeira vez.

apelo às mulheres em ida-de reprodutiva, no sentido de fazerem consultas de ro-tina de genecologia, por for-ma a serem diagnosticadas o mais rápido possível. o mais

importante é as pessoas sa-berem que o mioma não é câncer, mas apenas uma do-ença benigna. a consulta de rotina é muito importante porque é a chave de preven-ção das demais doenças – realçou, o director da Ma-ternidade abreu Pecamena.

BaPTIsTa zau

Foto: A. J.

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| 13Folha UniversalJulho 2011cultura

Escola de Música da Sambadesignada Kapossoka

A escola de música da sam-ba denominada Kapossoka localizada no município da

samba, no interior da escola nacio-nal de administração ENad) em Luanda foi fundada em 10 de ou-tubro de 2008 por iniciativa do ex – administrador da samba Pedro Fançony.

a orquestra sinfónica conta com quinhentas crianças na sua maio-ria oriundas de famílias carenciadas com idades compreendida dos 6 a 15 anos.

os alunos da escola de música ka-possoka são seleccionadas nas escolas públicas do município da Maianga e são submetidos a um pequeno teste que revela a sensibilidade musical.

as crianças recebem uma mochi-la que tem um kit de higiene com toalha, sabonete, pasta, e escova de dentes, sapatilha, t-shirt e calções.

as crianças que estudam a tarde tem aulas de musicas de manhã, ten-do direito a uma merenda escolar e o almoço, as crianças que estudam de manhã saem da escola e tem a au-las de tarde e também com direito ao almoço e uma merenda.

aos sábados os dois grupos jun-tam-se para um ensaio em conjun-to, as crianças participam em varias actividades.

Katia salvador rui, 13 anos de idade, residente no município da samba, uma das alunas entrevistado pelo Jornal Folha universal, disse que esta na escola de orquestra há

mais de dois anos e que o seu sonho é ser uma professora de orquestra

“Tive alguma pequena dificuldade em aprender a tocar os instrumentos, mais graças a força e o carinho dos meus colegas

hoje consigo muxima dos ngolas ritmos”.de acordo com a directora da

Escola amantina da Conceição en-trevistada pela equipe de reporta-gem da Folha universal frisou que a escola tem como objectivo dar um espaço as crianças desocupadas e formar para que amanhã possam a vir ser grandes mestres de violino e também contribuir para na formação da geração vindoura.

Este percurso contou com apoio de algumas pessoas a começar pelo ex – administrador da samba Pedro Fançony que é apaixonado desde criança pelos sons dos violinos.

a escola prevê também a constru-ção de seis jangos para 170 alunos cada, com um auditório, um refeitó-rio, cozinha, escritório, biblioteca, e um espaço onde se registe crianças e a emissão dos seus bilhetes de identi-dade em colaboração com o Minis-tério da Justiça.

os professores são de nacionalida-de filipina e utilizam métodos orien-tais de transmissão de conhecimento com resultados inéditos

Para além das aulas de músicas as crianças têm aulas de ética, para as quais se requer a presença dos pro-genitores. E acresceu que kapossoka não só ministra música mais tambem desporto e teatro.

BaPTIsTa zau

Foto: O. C.

Foto: O. C.

Pedro Fançony e alunos da escola de orquestra

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14 | Folha UniversalJulho 2011 desporto

Pedro Neto é o novo presidente da FAF

O antigo futebol ista do spor t ing do Bié, Pe-dro Neto, vencedor das

eleições da Federação angolana de Futebol (FaF), realizadas nas 18 províncias do país, com 58 vo-tos contra 27 do opositor, artur de almeida, disse recentemente a imprensa que promete concluir o trabalho deixado por Justino Fer-nandes. Essa dica é realmente inte-ressante, já que muitos sequer pro-curam aproveitar alguns ganhos de seus antecessores, quando são nomeados. Por mera vaidade “con-sideram tudo que esteve antes deles não presta, deve ser demolido, risca-do do mapa”.

o novo inquelino da FaF mos-trou ter um pensamento sistémico, inserindo-se num processo, que teve um passado, tem um presente e terá um futuro. segundo o an-tigo embaixador na república da zâmbia tem no programa de ac-ção, entre outros, a construção de campos, centros de treinamentos das selecções nacionais, formação de árbitros e de treinadores, bem como a criação do estatuto do atleta profissional.

a profissionalização do futebol em todas as vertentes da inicia-

ção ao alto rendimento, elaboração e divulgação de programas contra a dopagem, reforço de relações com a FIFa e CaF fazem igualmente parte

do projecto de Pedro Neto. Fun-dada em 1979, em 32 anos a FaF foi liderada por Eduardo santos (1979/1984), Luis Gomes dos santos

(1984/1990), José antónio Fernan-des (1990/1991), armando Ma-chado (1992/1999) e Justino Fer-nandes (1999/2004, 2008 e 2011).

Perfil de Pedro NetoPedro Neto nasceu a 15 de Ju-

nho de 1952 em angola, o antigo presidente de direcção do clube 1º de agosto (1997/2007) é casado e fala fluentemente português, rus-so, francês e inglês.

Praticante da modalidade, tendo como ponto mais alto da carreira a conquista do campeonato dis-trital pelo Vitória do Bié (1968) e sporting do Bié (1970), Pedro Neto exerceu ainda os cargos de vice-presidente para o futebol do 1º de agosto e é um dos impulsio-nadores do futebol inter-unidades (Escola Militar de Comunicações). o substituto de Justino Fernandes no órgão reitor do futebol nacio-nal tem como passatempo a leitura, música e cinema, além de praticar futebol nas velhas guardas.

Pedro Neto foi igualmente jo-gador do Ferroviário do Huambo e do asa (atlético sport aviação).

Foto: O. C.

Foto: O. C.

Page 15: jornal

| 15Folha UniversalJulho 2011sociedade

LOJAS DE PROXIMIDADE INVADEM O MERCADO CONSUMIDOR EM LUANDA

Não há estatísticas que nos permitam aferir quantas são em Luanda. O que se sabe é que estão distribuídas em todas as esquinas da capital. Formalmente pertencem a angolanos, mas são estrangeiros que as exploram. As lojas, ou cantinas são estabelecimentos de comercialização de produtos manufacturados perecíveis. Diferem na forma e no estilo das tabernas do tempo colonial, em que a figura central era o comerciante de lápis atrás da orelha, que servia as populações nos mais elementares princípios de crédito ao consumo.

A ssemelham-se mui-to às mercearias e m in i-mercados .

os produtos, alimentares e industriais estão expostos em prateleiras de modo a facilitar a sua identificação. são peças fundamentais do sistema comercial do país, com inf luência nos hábitos de consumo da população angolana e muitas delas ri-valizam com os mercados informais em qualidade de serviço e preços. as canti-nas ou simplesmente, lojas de distribuição retalhista, que hoje se distribuem pela cidade como cogumelos, são modelos comerciais que in-tegram uma rede de estabe-lecimentos de proximidade.

distribuem-se em todas as zonas periféricas de Luanda. são geridas normalmente por estrangeiros africanos. Estão bem localizadas e obedecem a uma lógica de funcionamento que permite ao cliente satisfa-zer as suas necessidades básicas de consumo. Estão abertas das 7 às 22 horas, de domingo a domingo. Ininterruptamente. são lojas de proximidade e a sua utilidade é reconhecida pela procura. Volta e meia é visitada por crianças que vão adquirir guloseimas, a 5, 15, 20 ou 50 kwanzas. as donas de casa são as naturais visi-tantes destes estabelecimen-tos comerciais, que têm solu-ções que vão de encontro às bolsas mais modestas, como, por exemplo, as doses indi-viduais de vários produtos, como o óleo vegetal, mas-sa de tomate, açúcar, azeite, alho em conserva e os cal-dos temperados, tipo Knorr.

algumas comercializam pei-xe congelado, o que quer di-zer que têm ingredientes para uma refeição, de baixo custo.

Encerram as contas diá-rias com encaixe financeiro na ordem dos 500 dólares americanos.

o á lcool não tem aqui prateleiras, pois a religião – islâmica -, dos locatários proíbe a sua comercializa-ção. a carne de porco é ou-tro dos bens fora da lista dos comerciantes.

À sexta feira encerram no período da manhã, para que todos os fiéis possam cumprir o culto semanal na mesqui-ta principal, situada no bair-ro Mártires de Kifangondo.

À tarde são tomadas de assalto pelos consumidores que procuram bens de pri-meira necessidade.

ProduTos. a tipologia dos produtos comercializa-dos nas lojas de proximida-de de Luanda é idêntica em todo o país. Normalmente encontramos nas prateleiras, além de biscoitos e bombons, bens de primeira necessida-de, como arroz, leite, açúcar, massas alimentícias, farináce-os, óleo vegetal e de oliveira, vinagre, óleo de palma, de-

tergentes, insecticidas, etc.. os números de bens expostos variam consoante a oferta do mercado abastecedor.

Boa parte dos produtos são adquiridos em armazéns grossistas e alguns comercian-tes mais abastados chegam a importá-los com licenças alu-gadas a titulares angolanos.

Constantemente policiadas pelos serviços de fiscalização, são obrigadas a exibir certifi-cados de qualidade dos pro-dutos expostos, bem como as respectivas facturas. Tornou-se uma rotina a inspecção e a verdade é que a venda de produtos deteriorados tem sido controlada à medida.

Há comerciantes que fun-cionam em rede, com várias lojas, mas isso não é sinóni-mo de preços mais baixos, como seria de esperar. os preços mantêm-se fixos em toda a cadeia, inclusive, na-quela que é gerida pelo mes-mo proprietário.

sobre esta questão há mui-

to para dizer, pois o contro-lo dos preços e da qualidade dos produtos não constituem ainda – infelizmente – ma-téria de grande preocupação.

apetrechadas com sistema de conservação de refrige-rantes e sumos, as lojas de proximidade da capital an-golana oferecem ainda aos seus clientes, um agradá-vel sistema de climatização, auxiliar da manutenção da qualidade dos bens.

orIGEM dos Pro-duTos - Normalmente são adquiridos nos armazéns grossistas e nas grandes su-perfícies comerciais, que se vão redimensionando nos grandes perímetros habita-cionais da cidade. o Jumbo, as cadeias Maxi, shoprite e Nosso super constituem fonte de abastecimento pri-vilegiado de boa parte dos lojistas, que funcionam à base do valor acrescentado. a margem de lucro é por vezes

superior a 50 por cento do valor do produto, o que jus-tifica o interesse da sua aqui-sição nas grandes superfícies.

Há bens, como o óleo vege-tal fornecido em embalagens de litro e meio que chegam à mão do consumidor f inal ao preço de 200/250 kwan-zas, com margens superiores aos 50 por cento, atestando a utilidade do seu consumo.

o leite é outro dos produ-tos com grande nível de pro-cura e a sua variedade (em pó, condensado e pasteuriza-do), no mercado, diz bem da sua importância comercial.

artigos para criança, como fraldas descartáveis, pós e óleos hidratantes formam um naipe de produtos de grande procura.

Quanto à origem os bens alimentares distinguem-se entre a Europa e Ásia. al-guns países africanos con-tr ibuem igualmente para uma melhor diversif icação da oferta. Biscoitos, pastela-ria variada, sumos, produtos de limpeza, constituem al-gumas opções de compra à disposição do público.

CoNTroLo dE Qua-LIdadE – É uma questão bastante pertinente, pois aqui é que se definem os padrões de consumo a que o país está sujeito, na qualidade de im-portador. Há bens de quali-dade duvidosa a circularem sem controlo prévio. Chegam à mão do consumidor em es-tado impróprio e aí se tem revelado a acção impiedosa do INadEC (Instituto Na-cional de defesa do Consu-midor), na destruição pura e simples dos bens deteriorados.

as lojas de proximidade que existem um pouco por todo o país vieram impor novos conceitos na forma de acesso aos produtos, consti-tuindo além do mais, num meio de estreitamento de la-ços de angola, com outros povos do continente africano.

Foto: A. J.dIas dos saNTos

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