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Nós, servidores públicos, nos juntamos em uma frente contra o projeto de lei comple- mentar (PLP) 549/09. Sempre fomos compro- metidos com a consolidação de um Estado forte capaz de fornecer serviços públicos gra- tuitos e de qualidade para toda a população. É nessa busca da defesa dos servidores e servi- ços públicos e da sociedade, que vimos solici- tar o apoio da população contra o PLP 549/09. Este PLP que destruirá os serviços públi- cos foi absurdamente votado por unanimida- de pelo Senado, num claro golpe contra os bra- sileiros. O projeto diz que os investimentos em serviços públicos serão congelados pelos próximos 10 (dez) anos. Na prática, a medida elimina qualquer possibilidade de recupera- ção dos serviços públicos do País. A proposta foi aprovada por senadores e senadoras elei- tos pelo povo, contra o povo. Agora, o projeto está nas mãos dos depu- tados federais para aprovação. Se o PLP for aprovado na Câmara Federal, trará graves pre- juízos à sociedade na prestação dos serviços públicos. A medida compromete a qualidade e a ampliação dos serviços prestados à socieda- de. Impedirá a recomposição e as adequações necessárias no quadro de pessoal da adminis- tração federal, com impedimento da realiza- ção de novos concursos. Não há interesse maior para o cidadão do que ver seus impostos revertidos em ser- viços que de fato atendam às demandas essenciais da Nação. Está no artigo 6° da Constituição Federal: Educação, saúde, tra- balho, moradia, lazer, segurança, previdên- cia social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados são direitos sociais. Com a aprovação do PLP 549/09 nada disso será possível. Pelas razões aqui expostas é que nos diri- gimos à população que necessita dos serviços públicos, o apoio na luta contra a aprovação do PLP 549/09 que destruirá os serviços públicos e, com eles, a Nação brasileira.

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jornal do sindicato dos servidores feerais nno estado do pará

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Page 1: jornal

Nós, servidores públicos, nos juntamos

em uma frente contra o projeto de lei comple-

mentar (PLP) 549/09. Sempre fomos compro-

metidos com a consolidação de um Estado

forte capaz de fornecer serviços públicos gra-

tuitos e de qualidade para toda a população. É

nessa busca da defesa dos servidores e servi-

ços públicos e da sociedade, que vimos solici-

tar o apoio da população contra o PLP

549/09.

Este PLP que destruirá os serviços públi-

cos foi absurdamente votado por unanimida-

de pelo Senado, num claro golpe contra os bra-

sileiros. O projeto diz que os investimentos em

serviços públicos serão congelados pelos

próximos 10 (dez) anos. Na prática, a medida

elimina qualquer possibilidade de recupera-

ção dos serviços públicos do País. A proposta

foi aprovada por senadores e senadoras elei-

tos pelo povo, contra o povo.

Agora, o projeto está nas mãos dos depu-

tados federais para aprovação. Se o PLP for

aprovado na Câmara Federal, trará graves pre-

juízos à sociedade na prestação dos serviços

públicos. A medida compromete a qualidade e

a ampliação dos serviços prestados à socieda-

de. Impedirá a recomposição e as adequações

necessárias no quadro de pessoal da adminis-

tração federal, com impedimento da realiza-

ção de novos concursos.

Não há interesse maior para o cidadão

do que ver seus impostos revertidos em ser-

viços que de fato atendam às demandas

essenciais da Nação. Está no artigo 6° da

Constituição Federal: Educação, saúde, tra-

balho, moradia, lazer, segurança, previdên-

cia social, proteção à maternidade e à

infância, assistência aos desamparados são

direitos sociais. Com a aprovação do PLP

549/09 nada disso será possível.

Pelas razões aqui expostas é que nos diri-

gimos à população que necessita dos serviços

públicos, o apoio na luta contra a aprovação

do PLP 549/09 que destruirá os serviços

públicos e, com eles, a Nação brasileira.

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O ex-presidente Lula afirmou que quan-

do a crise econômica chegasse ao Brasil ela

seria uma marolinha, quanta mentira! Termina-

do o seu governo, sua sucessora, a presidente

Dilma cortou R$ 50 bilhões de reais do orça-

mento da união para tentar conter a atual crise

que mais parece um tsunami.

O governo cortou R$ 50 bilhões do orça-

mento, assim distribuídos: R$ 8 bilhões da

moradia, R$ 3 bilhões da educação, R$ 2,5

bilhões do transporte, R$ 1,5 bilhões da justiça,

R$ 1,5 bilhões da agricultura, R$ 929 milhões

da reforma agrária, R$ 578 milhões da saúde.

Ao mesmo tempo em que penaliza a popula-

ção pobre com cortes no orçamento, Dilma

paga ao FMI (Fundo Monetário Internacional)

300 bilhões da dívida pública, 1 bilhão por dia

só nos 100 primeiros dias de governo.

Mesmo pagando em dia a dívida pública

federal ela não para de crescer (dívida interna e

externa). Hoje ela está em R$ 2 trilhões e 837

bilhões de reais: Dívida Interna: R$ 2.241 tri-

lhões e Dívida Externa: 596 bilhões.

Em 2010 o governo pagou R$ 635 bilhões

de reais (44,93% de nosso orçamento)

Como Dilma governa para os ricos e pode-

rosos e não bastasse penalizar a população

com cortes em investimentos sociais, a mesma

autorizou o reajuste das tarifas públicas como

telefone, água, luz, IPTU e Transporte. A infla-

ção disparou o que também fez encarecer a

cesta básica.

a) Feijão: 66%;

b) Carne: 50%;

c) Açúcar:19,5%;

d) Frango: 16%

Se não bastasse tudo isso,

vivemos um brutal arrocho salarial.

Enquanto o salário mínimo é de R$

545,00, o salário dos parlamentares

(deputados, senadores e ministros)

é de R$ 26 mil reais e o salário da

presidente foi reajustado em mais

de 120%.

É por isso que o Brasil é um dos países

mais desiguais do mundo. Enquanto poucos

vivem no bem-bom, a ampla maioria do

povo vive na miséria e não tem sem serviços

públicos de qualidade.

Como aumentou o desemprego

aumentou também a violência nas grandes

cidades. A saúde é um caos, vivemos uma epi-

demia de dengue, faltam médicos nos hos-

pitais e os postos de saúde não têm estrutu-

ra para atender a população.

São péssimas as condições de traba-

lho e se o governo aprovar o PLP 549

que congela o repasse de recursos para o

funcionalismo público por 10 anos a situa-

ção só vai piorar.

Hoje, não existem servidores suficien-

tes para atender o crescimento populacional

e os problemas existentes. Dilma além de sus-

pender a contratação de novos servidores,

agora quer demitir os existentes através de

uma avaliação de desempenho (PL 248).

É por isso que no dia 11 de maio esta-

remos paralisando nossas atividades fun-

cionais em defesa da população, dos ser-

viços públicos de qualidade e de melhores

condições de trabalho.